1. Principais Indicadores do CA Silves

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1 Índice 1. Principais Indicadores do CA Silves Relatório da Administração: 2.1. Mensagem da Administração Introdução ao Relatório de Gestão Enquadramento Macroeconómico e Mercado Bancário Grupo Crédito Agrícola Evolução Recente e Perspetivas Actividade do CA Silves Apreciação Global: Resumo da Actividade por áreas funcionais Estrutura Patrimonial Aplicações do Activo Recursos Empresas do Grupo C.A. e cross-selling Capital Subscrito e Movimento de Associados Solvabilidade e Situação Líquida Evolução da Conta de Exploração Resultado Após Impostos Resumo dos principais Rácios Proposta da Aplicação dos Resultados Líquidos Documentos Financeiros: 4.1. Balanço e Demonstrações Financeiras Notas Explicativas Anexas às Contas Estrutura e práticas de governo societário da CA Silves Parecer do Conselho Fiscal Certificação Legal de Contas CA Silves Relatório e Contas 2016

2 1. Principais Indicadores do CA Silves EVOLUÇÃO dos PRINCIPAIS INDICADORES BALANÇO VARIAÇÃO VALOR % ACTIVO BRUTO ,6% ACTIVO LÍQUIDO ,9% APLICAÇÕES em INSTITUIÇÕES de CRÉDITO ,6% CRÉDITO BRUTO ,3% CRÉDITO LÍQUIDO ,8% CRÉDITO em RISCO (Instrução nº 24/2012 do BdP) ,2% CRÉDITO VENCIDO ,8% IMPARIDADES ACUMULADAS para CRÉDITO ,4% ACTIVOS NÃO CORRENTES DETIDOS para VENDA (valor líquido) ,2% RECURSOS ,8% SITUAÇÃO LÍQUIDA ,1% RESULTADOS / CONTA de EXPLORAÇÃO VARIAÇÃO VALOR % RESULTADO LÍQUIDO ,2% MARGEM FINANCEIRA ,4% COMISSÕES LÍQUIDAS ,4% PRODUTO BANCÁRIO ,4% GASTOS OPERACIONAIS de ESTRUTURA ,5% IMPARIDADES para CRÉDITO (líquidas) ,0% OUTRAS IMPARIDADES e PROVISÕES ,8% RÁCIOS de ESTRUTURA RECOMENDAÇÃO CAIXA CENTRAL MÉDIA das CCAM'S (Refª 2016) Rácio de Solvabilidade global 15,7% 14,3% - N/D Rácio Common Equity Tier I 14,8% 13,8% > 10% N/D Rácio de Transformação (Crédito/Depósitos) 73,5% 72,4% <= 85% 67,4% Rácio de crédito em risco (Instrução nº 24/2012 do BdP) 12,7% 7,8% - N/D Rácio de crédito em incumprimento (Instrução nº 24/2012 do BdP) 7,3% 4,9% - N/D Rácio de Crédito Vencido 7,3% 5,0% <= 5% 6,5% Rácio de Crédito Vencido há mais de 90 dias 7,2% 4,9% <= 5% 6,4% Rácio de Crédito Vencido Liquido 0,6% 1,0% <= 3% 1,2% Crédito com garantias reais ou financeiras / Crédito Total 86,1% 88,2% > 65% 75,1% RÁCIOS de RENTABILIDADE RECOMENDAÇÃO CAIXA CENTRAL MÉDIA das CCAM'S (Refª 2016) Comissões Líquidas / Produto bancário 29,1% 31,7% > 20% 29,7% Rácio de Eficiência 65,2% 66,4% < 60% 67,7% Nº colaboradores Activo Líquido por Empregado > Produto Bancário por Empregado > Custo com Orgãos Sociais e Pessoal / Activo Líquido 1,23% 1,15% < 1,10% 0,97% Gastos gerais Administrativos / Activo Líquido 0,88% 0,77% < 0,80% 0,76% Rendibilidade do Activo Liquido Médio (ROA) 0,08% 0,14% - 0,71% Rendibilidade dos Capitais Próprios (ROE) 0,85% 1,78% - 7,62% CA Silves Relatório e Contas

3 2. Relatório da Administração 2.1. Mensagem da Administração - Introdução ao Relatório de Gestão Para dar cumprimento à Lei e aos Estatutos da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Silves C.R.L. (CA Silves) vem o Conselho de Administração apresentar à Assembleia Geral, o Relatório, Balanço e Contas, bem como a proposta de aplicação de resultados, e ainda a Estrutura e práticas de governo societário da CA Silves, referentes ao ano de Poderíamos resumir o exercício de 2016 do CA Silves, nos seguintes aspetos: superamos os nossos objectivos em quase todas as rubricas de Balanço e da Conta de Exploração, num contexto sócio-económico muito adverso à nossa actividade, que continua marcado por uma crise financeira que, na sua componente bancária, já vai no seu 9º ano, o que leva o esforço de todos ao limite. É de registar não só cumprimento das normas prudenciais, cada vez mais exigentes (de elevado consumo em tempo e dinheiro), como também destacamos o aumento do Crédito e dos Recursos, ou o crescimento das carteiras de seguros. Realçamos ainda a melhoria dos excedentes de liquidez do CA Silves, bem como a manutenção de um elevado rácio de solvabilidade. É com agrado que verificamos igualmente uma evolução melhor que os nossos pares, na medida em que face ao SICAM, crescemos mais no Crédito, na Margem Financeira, no Produto Bancário, e mantemos controlados Gastos de Estrutura, enquanto o SICAM volta a verificar um novo aumento. Assuntos que passamos a detalhar. Do ponto de vista macro-económico 2016 mostrou uma ligeira deterioração face aos últimos anos, consubstanciada num crescimento anémico do PIB em torno dos 1,4%, apoiado no crescimento do consumo privado e das exportações. Num contexto de melhoria das condições no mercado de trabalho e de redução dos níveis de endividamento das famílias, a evolução do consumo espelha a aquisição de bens não duradouros, de onde se destacam as viaturas automóveis. Não podemos deixar de sublinhar a redução do investimento incorrida. É um facto muito negativo de 2016, que vemos com especial e profunda preocupação, na medida em que este dado constitui, uma restrição ao dinamismo da atividade económica. Até porque, os atuais níveis de investimento, continuam muito abaixo do nível verificado antes da crise. Sem a recuperação estrutural do investimento empresarial, reprodutivo, será muito difícil a Portugal e ao Algarve verificarem crescimentos sustentados a médio prazo. Neste âmbito urge resolver o problema do elevado endividamento privado e público, da nossa economia. Pois apesar de verificar uma trajetória descendente, os rácios de endividamento em Portugal continuam elevados e superiores aos níveis médios da área do euro. Assim, CA Silves Relatório e Contas

4 mantém-se a necessidade de redução dos rácios de endividamento de empresas e particulares, de modo a que este facto não constitua uma restrição ativa nas decisões de consumo e investimento dos agentes económicos. Se temos constatado que o endividamento privado está em queda clara há vários anos, já para a dívida pública o cenário é o contrário. Verificar controlo e redução da dívida do Estado permanecerá como um dos grandes desafios atuais, e que se manterá por muitos anos futuros. Apenas o cumprimento dos compromissos das autoridades nacionais no âmbito das regras orçamentais europeias (tratado orçamental) permitirá assegurar uma diminuição sustentada do atual nível de dívida pública em percentagem do PIB, que constitui uma enorme vulnerabilidade latente da economia portuguesa. Este crescimento do endividamento público, bem como a consequente não melhoria do rating da Republica, não é positiva, em especial na perspetiva bancária. O processo de ajustamento da Troika trouxe inúmeras consequências para a Banca. Duas das principais respeitam à redução da concessão de crédito (processo de desalavancagem) e ao crescimento do crédito vencido, no que se refere a Sociedades não financeiras e Famílias. O CA Silves ao longo dos últimos anos tem apresentado, nestas duas rubricas, comportamentos muito melhores do que o mercado nacional. No que respeita ao Crédito Vencido em 2016, temos a comunicar que a CA Silves teve um comportamento especialmente positivo, dado que reduziu-se em quase (-28%). O que se consubstanciou numa diminuição do rácio de crédito vencido bruto para 4,98%. É uma melhoria muito significativa, sendo de realçar, que também se passou a cumprir com a recomendação da Caixa Central (<=5%), algo que não ocorria desde Já o rácio de Crédito Vencido Líquido (muito mais relevante para análise) ficou confortavelmente em 1%, claramente abaixo do objetivo e recomendação de 3%. CA Silves Relatório e Contas

5 Não obstante esta boa evolução, continuamos a constatar que se mantêm condições muito adversas à evolução positiva do crédito vencido. Não podemos deixar de referir que a reforma do mapa judiciário, implementada pelo ministério da Justiça no Verão de 2014, continua a prejudicar fortemente o bom andamento desta rubrica de crédito vencido no CA Silves. Os problemas operacionais associados a esta reforma continuam a adiar o avanço material das decisões nos processos judiciais. Por esta via, a capacidade do CA Silves em recuperar provisões e imparidades continuou fortemente condicionada, em Em 2016 o CA Silves voltou a verificar uma significativa subida da carteira de crédito bruto. Um dado em claro contraciclo com a concorrência, tanto mais positivo, se comparando com o facto do Crédito nacional a Particulares e Empresas ter continuado a diminuir, cerca de 3,9%. Já no CA Silves, o aumento muito significativo do Crédito ascendeu a +6,2%, num valor aproximado de , superando claramente o objetivo orçamentado de crescer 2%. É igualmente uma prestação muito superior à já boa evolução que as CCAM s congéneres obtiveram, cujo crédito bruto subiu apenas 4,5%. Também nos comparamos muito bem com a evolução do mercado algarvio que decresceu 4,7%, como analisaremos no ponto 2.2.C.. Esta evolução muito positiva na carteira de crédito não será alheia ao forte ativismo que o CA Silves tem manifestado na procura de crédito novo e que traduz o forte empenho que colocamos no apoio ao financiamento da economia local. E que se consubstanciou num significativo aumento da concessão de crédito novo, que superou os , em Vivendo uma contínua contração do crédito na Zona Euro, a política ultra-expansionista do BCE foi intensificada novamente em Março de 2016, através de medidas menos convencionais, devido à reduzida inflação e à persistência de alguma (menor) fragmentação financeira na zona euro, que tem imposto fortes restrições à eficaz transmissão dos mecanismos da política monetária. As medidas menos ortodoxas colocadas no terreno pelo BCE, vão desde as Targeted Long Term Refinancing Operations (TLTRO), operações de refinanciamento com termo em Março de 2021 (a que o SICAM e o CA Silves têm recorrido), bem como a redução da sua taxa diretora para 0%, ou ainda a cobrança de 0,4% de juros aos bancos, pelos depósitos mantidos junto do Banco Central. Adicionalmente, há a decorrer um programa aquisição de Asset-backed securities e de Covered bonds, ou seja, dívida titularizada. Daqui CA Silves Relatório e Contas

6 resultou uma forte redução das taxas euribor, em todos os prazos, de onde destacamos a de 6 meses que caiu para mínimos históricos, negativos, de cerca de -0,22%. Neste contexto imposto pelo BCE, e não obstante o aludido crescimento da carteira de crédito, registamos uma redução de nos proveitos com juros, resultado direto não só da nova quebra das taxas Euribor, para valores negativos, como também da maior concorrência pelo crédito novo, com a qual tivemos de voltar a lidar, desde meados de A carteira de Recursos detida pelos nossos clientes também verifica um óptimo crescimento de quase Uma prova clara da confiança que o mercado mantém no CA Silves. Conseguimos superar largamente o objetivo de defesa da carteira de Recursos, apesar da continuada competição. Esta, não tendo desaparecido, está a um nível muito mais estável, não obstante permanecer em valores muito acima das Euribor. Estes factos são de realçar, não só pelo cumprimento do valor orçamentado para os custos com os juros, como também pela elevada carteira que os nossos clientes mantém no Grupo CA, em aplicações no CA Vida e CA Gest. Desta evolução de Crédito vs Recursos resultou uma redução do rácio de transformação de 73,5% para 72,4%. Uma diminuição inesperada, consequência direta do excelente crescimento da carteira de Recursos. O CA Silves continua a apresentar uma posição largamente excedentária de liquidez, consubstanciada nos cerca de com que se fechou o ano de Uma significativa subida homóloga de 24,6% nos depósitos colocados na Caixa Central, em aproximadamente de Entendemos que este excedente tem sido umas das principais forças estruturais, para a superação da actual crise financeira. Um excedente que importa preservar apesar da enorme redução de proveitos, que o corte das taxas de juro pagos pela Caixa Central tem representado para a nossa CCAM, conforme veremos no ponto Fica clara a grande pressão sobre os ganhos, a que o CA Silves foi sujeito. Tendo sido possível evitar a redução da margem financeira, apenas por via da forte redução dos custos dos juros pagos a clientes, em linha com o orçamentado, dada a evolução negativa que verificaram os juros recebidos do Crédito e da Caixa Central, apesar dos aumentos significativos das respetivas carteiras destas rubricas. Conjugando estes efeitos na conta de exploração, registamos um forte aumento da Margem Financeira de aproximadamente (+10,4%). CA Silves Relatório e Contas

7 Já o Produto Bancário superou largamente o objetivo orçamentado de , em mais de , terminando 2016 aproximadamente nos Ainda que tenha verificado uma ligeira redução de (-1,4%) face a 2015, vemos esta evolução de forma muito positiva se atendermos ao facto de, em 2016, não se ter auferido o elevado nível de Outros Resultados de Exploração extraordinários, não recorrentes, de que havíamos beneficiado em Nomeadamente a mais-valia de registada em 2015 com a venda da participação na CA Vida; ou ainda, a recuperação de créditos e juros abatidos ao activo que haviam ascendido a em 2015, mas que em 2016 se fixaram em apenas Ou seja, em 2016 não se obteve receitas extraordinárias de cerca de , que tinham sido verificadas em O que significa que a actividade recorrente de 2016 conseguiu compensar tais receitas, conforme será pormenorizado no ponto Passando à análise dos gastos de estrutura há a destacar que o CA Silves manteve controlados os gastos operacionais, na medida em que tiveram um aumento marginal de Tal como previsto no Plano de Atividades para 2016, a Administração do CA Silves procurou agir sobre as variáveis que controla diretamente, sempre no sentido de minorar os impactos impostos por condicionantes exógenas à CA Silves, acompanhando mudanças, de modo a precaver o futuro. Desde 2009, que são reduzidos sucessivamente os custos operacionais, apesar dos elevados gastos incorridos, todos os anos, por imposições legais (seja o Acordo Coletivo de Trabalho, seja do Regulador ou do Estado). Quando comparando 2016 com o pico dos gastos atingido em 2009, verifica-se uma redução de gastos operacionais de 8,8%. As poupanças conseguidas ascendem a quase /ano, com base nos valores alcançados em As poupanças acumuladas desde 2009 elevam-se a CA Silves Relatório e Contas

8 O CA Silves terá de continuar fortemente empenhado, neste domínio, dado que é das poucas variáveis que controla minimamente. Pelo que, é das que pode usar para fazer face às elevadas quedas do Produto Bancário já incorridas em exercícios anteriores a Algo que poderemos voltar a incorrer, com elevada probabilidade, enquanto não se verificar a subida regular da carteira de Crédito e/ou o BCE resfriar a sua política monetária ultra-expansionista. O CA Silves não esquece o seu papel social, como agente de apoio ao desenvolvimento local, bem como a manutenção de uma política de proximidade a clientes e associados. Assim sendo, não se deixou de apoiar sempre que possível, a comunidade local dos dois concelhos em que desenvolve a sua actividade, dando inúmeros apoios em géneros, patrocínios e donativos aproximadamente a 20 entidades locais. Esta é uma política de responsabilidade social com impacto financeiro muito significativo nos resultados, que o CA Silves nunca deixou de fazer ao longo dos últimos anos, apesar da crise que o sector bancário atravessa desde Conforme fica patente no presente quadro: Como fator muito positivo de 2016, é de sublinhar a melhoria da Situação Líquida para um novo máximo histórico. Um dos aspetos mais positivos da estratégia de prudência que temos seguido reside no facto de mantermos um dos melhores rácios de solvabilidade da Banca nacional. No âmbito da solvabilidade, nunca é demais relembrar que nem o CA Silves nem o Crédito Agrícola tiveram de recorrer ao Estado para reforçar o seu capital próprio, ao contrário de alguns dos maiores bancos em Portugal. Essa fragilidade estrutural que a banca comercial verifica, é algo que não sofremos. O que nos tem permitido continuar a apoiar todos os nossos clientes e sócios, que desta forma nunca tiveram os seus pedidos de crédito cortados por razões meramente administrativas/regulamentares. Estes são factos muito positivos, para todos sócios e clientes que confiam no CA Silves. Face ao exposto estamos agradados com a evolução do Resultado Líquido, que ascendeu a cerca de , na medida em que supera o valor orçamentado no Plano de Actividade para Ainda que se mantenha a um nível demasiado reduzido para a dimensão do Balanço CA Silves Relatório e Contas

9 do CA Silves. Não poderemos deixar de continuar a implementar todas medidas operacionais necessárias para inverter esta tendência de baixos resultados, indissociável do contexto bancário que vivemos há 9 anos, e que deverá perdurar no futuro próximo. Manifestamos o nosso reconhecimento a todos os colaboradores, pelo empenho, dedicação e sentido de profissionalismo que demonstraram na execução das funções atribuídas, e do esforço desenvolvido para a concretização das metas traçadas. Agradecemos igualmente aos membros da Mesa da Assembleia-Geral, Revisor Oficial de Contas, e aos elementos do Conselho Fiscal, pela colaboração e acompanhamento prestados. Dando cumprimento à Lei e aos Estatutos da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Silves C.R.L. vem a Administração apresentar e solicitar a aprovação pela Assembleia-Geral, do Relatório e Contas elaborado, a respectiva aplicação de resultados e anexos, referentes ao ano de 2016, constantes no presente documento. O Conselho de Administração José Manuel Guerreiro Estiveira Gonçalves Diogo Manuel Calvário Cabrita Manuel António da Conceição Nunes O Adjunto do Conselho de Administração João Pedro Rodrigues Gonçalves CA Silves Relatório e Contas

10 2.2. Enquadramento Macroeconómico e Mercado Bancário Enquadramento Macroeconómico A. Economia Mundial A estimativa mais recente aponta para que se tenha verificado um crescimento do PIB mundial de 3,1% em 2016, valor inferior aos 3,2% alcançados em A confirmar-se esta expectativa, este será o ritmo de crescimento económico mais fraco desde o ano da recessão mundial de Fonte: Bloomberg, Janeiro 2017 Antes da crise financeira (2008), as economias emergentes vinham apresentando ritmos de crescimento superiores a 7,0%, tendo nos anos mais recentes ( ) apresentado um crescimento em torno dos 4,0%. Efectivamente, para 2016, o FMI antecipa um crescimento no conjunto dos países emergentes de 4,2%, valor aquém dos 4,4% registados em Parte deste abrandamento perspectivado para a economia global em 2016 é explicado pela evolução da segunda maior economia do mundo a China que, com uma variação estimada de 6,7% no PIB deste ano, regista o mais baixo crescimento desde 1990 (3,9%). Este valor contrasta, ainda assim, com o ritmo de crescimento dos países desenvolvidos, que se estima ter sofrido uma desaceleração de 2,1%, em 2015, para 1,6%, em A quebra no desempenho dos EUA, cujo crescimento anual reduziu de 2,6% em 2015 para 1,6% em 2016, encontra explicação na componente das exportações (que foram prejudicadas, entre outros, pelo fortalecimento do dólar americano) e na componente do investimento (condicionado pelo comportamento dos preços do petróleo que durante o ano de 2016 se mantiveram baixos). CA Silves Relatório e Contas

11 A economia da Zona Euro acelerou ligeiramente no final de 2016 (1,6%), mas o crescimento que se perspectiva é tímido e inferior ao registado em 2015 (2,0%), o que deverá contribuir para a divergência de posições entre os responsáveis monetários quanto ao fim dos estímulos na região da moeda única. Fonte: Bloomberg, Janeiro 2017 Os ataques terroristas tiveram um forte impacto negativo no desempenho do sector do turismo da França (a 2ª maior economia da Zona Euro). Por outro lado, o FMI assinala que, apesar dos avanços registados na Grécia, com o PIB a progredir de -0,2% em 2015 para +0,3% em 2016, as dívidas da Grécia continuam insustentáveis a longo prazo (180% do PIB). No médio prazo, os riscos para o crescimento económico na Zona Euro são legados da crise recente 1, o voto do Reino Unido para deixar a União Europeia, potenciais disrupções ao comércio internacional e um aperto mais forte da política monetária nos Estados Unidos que poderá ter consequências negativas nas economias emergentes (algumas das quais com fortes relações comerciais com a Europa). Fonte: Bloomberg, Janeiro 2017 A taxa de desemprego na Zona Euro foi diminuindo paulatinamente ao longo do ano, atingindo no final de 2016 uma taxa prevista de 10,5%, valor mais baixo desde 2011 e que compara com os 11,0% registados no final de Não obstante a redução do nível de desemprego nos últimos anos, esta continua ainda em níveis historicamente elevados. Nos EUA, 2016 foi um bom ano para o mercado de trabalho, com o desemprego americano a situar-se nos 4,8%, apresentando níveis mínimos semelhantes aos registados em No que toca à remuneração média por hora, esta aumentou 2,9% face a Dezembro de 2015, o que traduz o maior aumento desde Com os sectores público e privado a apresentarem níveis de endividamentos elevados e com processos de desalavancagem em curso, os problemas no sector bancário não completamente resolvidos e os níveis de desemprego a permanecerem persistentemente elevados. CA Silves Relatório e Contas

12 Fonte: Bloomberg, Janeiro 2017 aumentos no preço da energia e uma modesta recuperação económica. Em termos agregados da Zona Euro, a inflação perspectivada para 2016 foi de 0,2%, que compara com os 0,0% registados em Esta recuperação, ainda assim para um nível inferior ao objectivo de 2,0% definido pelo BCE, muito contribuiu a combinação dos A autoridade monetária europeia estendeu até final do ano o plano de compra de activos no sector público como forma de dar força à inflação através de incentivos à economia. Mas com a subida dos preços a encaminhar-se progressivamente para um ritmo que o BCE considera adequado para assegurar a estabilidade económica, alguns responsáveis avaliam a hipótese de antecipar o fim do programa de quantitative easing. Também a inflação nos EUA foi subindo ao longo de 2016, principalmente na segunda metade do ano, estimando-se que fique nos 1,3%, acima dos 0,1% registados em Este aumento foi suportado pelo fim do ciclo de quedas nos preços do petróleo, ditando que o sector energético deixasse de ter uma contribuição negativa em 2016 e começasse mesmo a contribuir positivamente para o aumento dos preços ao consumidor. O ano de 2016 ficou ainda marcado pela ocorrência de diversos eventos políticos de consequências potencialmente muito disruptivas. Na Europa, o ano de 2016 ficou decisivamente marcado pela vitória do Brexit no Reino Unido, evento que poderá condicionar a situação económica e a evolução dos mercados em função dos recuos e avanços que se venham a verificar no desenrolar do processo negocial de saída do Reino Unido da União Europeia. Theresa May, a chefe do governo britânico, prometeu activar o Artigo 50 antes do final de Março de 2017, pelo que esta questão será um tema importante no debate político associado à realização de eleições em França e na Alemanha e condicionará o futuro da União Europeia nos próximos anos. Nos EUA, Donald Trump venceu as eleições presidenciais constituindo uma incógnita o rumo esperado da política americana, sendo certo que o actual discurso político é marcadamente CA Silves Relatório e Contas

13 proteccionista (limitações à livre circulação de pessoas e bens) e de confronto com a política convencional (ruptura com o status quo). B. ECONOMIA NACIONAL A economia portuguesa, penalizada por um crescimento fraco do investimento e por fragilidades ao nível das exportações, no primeiro semestre de 2016, manteve a tendência de desaceleração iniciada no último trimestre de 2015, tendo crescido apenas 0,9% em termos homólogos. A aceleração registada no segundo semestre de 2016, muito por conta da evolução da actividade turística e do consumo privado, permitiu que o crescimento anual se situasse nos 1,3% em , valor 3 p.p. abaixo do crescimento registado em 2015 (1,6%). Fonte: Bloomberg, Janeiro 2017 O comportamento das exportações nacionais foi condicionado pela ocorrência de diversos factores, de entre os quais se destacam a persistente precariedade da situação económica em Angola (em termos homólogos, entre Janeiro e Outubro, as exportações de bens para Angola diminuíram 41,9%), muito afectada pelo baixo preço de petróleo e pelo facto de uma refinaria ter estado temporariamente parada no início do ano (o que fez com que as exportações de combustíveis diminuíssem 29,1% até Outubro). Em sentido inverso, o sector do turismo mostrou um crescimento nas exportações de serviços de 9,2%. 2 Neste enquadramento, a Comissão Europeia melhorou as estimativas para 2017 e 2018, esperando agora que a economia cresça 1,6% e 1,5%, respectivamente (em contraste com as previsões de Outono para o crescimento do PIB de 1,2% em 2017 e 1,4% em 2018). CA Silves Relatório e Contas

14 Indicadores macroeconómicos ( ) Procura Externa tav 4,6 3,8 2,0 EUR/USD Taxa de Câmbio (%) tav -11,97-10,22-3,18 Preço do Petróleo (%) tav -41,0-27,6 57,0 Produto Interno Bruto tav 0,9 1,6 1,3 Consumo Privado tav 2,1 2,6 2,1 Consumo Público tav -0,7 0,8 1,0 Formação Bruta de Capital Fixo tav 2,3 4,5-1,7 Exportações tav 3,4 6,1 3,7 Importações tav 6,2 8,2 3,5 Índice Harmonizado de Preços no Consumidor tav 0,7 0,5 0,8 Taxa de Poupança (%) vma 6,9 7,0 5,0 Taxa de Emprego % 50,7 51,3 52,0 Taxa de Desemprego % 13,9 12,4 11,0 Remunerações por Trabalhador (sector privado) tav -1,3 0,0 1,5 Balança Corrente e de Capital (%PIB) tav 2,1 1,7 1,1 Balança de Bens e Serviços (%PIB) tav 1,1 1,8 2,2 Taxa de referência do BCE (média) % 0,16 0,05 0,00 Euribor 3 meses (média) % 0,21 0,00-0,30 Yield das OT Alemãs 10 anos (média) % 0,54 0,63 0,20 Yield das OT Portuguesas 10 anos (média) % 2,69 2,52 3,76 Fonte: Banco de Portugal (Dezembro 2016), Banco Central Europeu (Dezembro 2016) e Bloomberg (Janeiro 2017) tav: Taxa anual de variação; vma: variação média anual O consumo privado cresceu 2,1% em 2016 i.e. 5 p.p. abaixo do verificado em Por seu lado, o investimento interrompeu em 2016 uma tendência de recuperação gradual, mas constante, iniciada no final de A formação bruta de capital fixo registou ainda assim decréscimos homólogos sucessivamente menores nos 3 primeiros trimestres (-2,7%, -2,4% e -1,5%). Os factores que mais contribuíram para este cenário foram as incertezas externas (volatilidade dos mercados no início do ano e incertezas políticas) e incertezas internas (viabilidade da solução política e problemas na banca portuguesa) que afastaram os investidores. Para além disso, observou-se também uma descida do investimento público para níveis historicamente baixos (até Setembro registou-se uma quebra de 27,6% na formação bruta de capital fixo por parte das administrações públicas). No mercado laboral, depois de um período entre Junho de 2015 e Março de 2016 em que a taxa de desemprego aumentou de 11,9% para 12,4%, o 2º e 3º trimestres de 2016 mostraram uma tendência de melhoria, com a taxa a descer para os 10,5% entre Julho e Setembro, o valor mais baixo desde o final de 2009, o que permitiu fechar o ano com uma taxa de desemprego de 11,0%. CA Silves Relatório e Contas

15 Em termos da evolução dos preços, em 2016 verificou-se praticamente uma manutenção do nível registado no ano anterior já que a inflação média para 2016 deverá rondar os 0,8%, ligeiramente acima dos 0,5% registados em Fonte: Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública, Janeiro 2017 Em 2016, a dívida pública portuguesa somou 241,1 mil M, o que representa um aumento de 9,5 mil M face a Para o aumento de 4,1% contribuíram as emissões líquidas de títulos, com destaque para as emissões de Tesouro de rendimento variável (um novo instrumento que permitiu captar cerca de 3,3 mil M de aplicações das famílias) e para as emissões de certificados do Tesouro (que aumentaram 3,4 mil M ). Por seu lado, os empréstimos caíram 5,6 mil M, com o contributo do reembolso antecipado de 4,5 mil M concedidos pelo FMI no âmbito do Programa de Assistência Económica e Financeira. A Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) estima que a dívida pública tenha subido para 130,2% do PIB no conjunto de Esta estimativa, a confirmar-se, significa um decréscimo face ao valor registado no final do terceiro trimestre de 2016, de 133,4% do PIB, mas significa igualmente um aumento em relação a 2015 e um desvio face ao previsto para o final do ano pelo Ministério das Finanças no âmbito do Orçamento do Estado para 2017 (129,7%). Para este desvio terá contribuído o acréscimo de depósitos da administração central de 13,3 mil M no final de 2015 para 17,3 mil M, quando se encontrava prevista no OE2017 uma estabilização. A UTAO estima que a dívida pública líquida (i.e. excluindo os depósitos da administração central) poderá atingir 120,8% do PIB no final de 2016, o que representa um decréscimo de 0,8 p.p. face a A Comissão Europeia, nas previsões económicas de Inverno, estima que CA Silves Relatório e Contas

16 a dívida pública portuguesa, na óptica de Maastricht, tenha subido para 130,5% do PIB em A Comissão Europeia, nas previsões económicas de Inverno, estima ainda que o défice orçamental português tenha descido para 2,3% do PIB em 2016, ficando abaixo da meta definida para o fim do processo de sanções (2,5%) mas ainda revelando a fragilidade das finanças públicas nacionais. A arrecadação de receita foi inferior ao orçamentado em 2016, tendo esse efeito sido parcialmente compensado por receitas adicionais (que valeram 0,25% do PIB, através do Programa Especial de Redução do Endividamento ao Estado) e pela contenção de despesa, estimando-se que, sem as medidas extraordinárias, o défice orçamental português ficaria nos 2,6% do PIB. C. MERCADO BANCÁRIO NACIONAL O ano de 2016 e o início de 2017 foram marcados por uma reestruturação significativa dos principais bancos portugueses e, em alguns casos, com mudanças na gestão e nas estruturas de controlo accionista. Em termos sucintos, temos: o plano de recapitalização e a nomeação de uma nova equipa de gestão para a CGD (o banco de capitais públicos); a entrada e reforço de um novo accionista (fundo chinês Fosun) no BCP e o pagamento da última fatia de 700M do empréstimo obrigacionista de acções convertíveis (que chegou a totalizar 3.000M ); a oferta pública de aquisição lançada pelo grupo catalão CaixaBank sobre o capital do BPI que lhe permitiu adquirir uma posição de 84,52% (participação que compara com os anteriores 45,5%); o veto do Parlamento às propostas PCP/BE de nacionalização do Novo Banco, a entrada do BES em processo de liquidação e o reforço das negociações entre Banco de Portugal e o Fundo de Resolução e os candidatos à aquisição do Novo Banco (ex. fundo Lone Star) para conclusão deste processo. Evolução do mercado nacional de depósitos (Dezembro 2011 Dezembro 2016) Segundo a informação mais recente disponibilizada pelo Banco de Portugal referente a Dezembro de 2016, o volume de depósitos aumentou 2,3% em Dezembro de 2016 face ao período homólogo de Para essa evolução contribuíram o acentuado crescimento dos depósitos de empresas em 8,4% (+8,2 p.p. que em 2015) e um ligeiro crescimento nos depósitos de particulares em 1,0% (-2,8 p.p. que em 2015). CA Silves Relatório e Contas

17 Evolução do mercado nacional de crédito (Dezembro 2011 Dezembro 2016) Ao invés, o crédito bruto total concedido a clientes registou um decréscimo de 3,2% em Dezembro de 2016 face ao registado no final de A quebra mais significativa verificou-se no crédito a empresas (-5,5%), mas também foi assinalada uma redução no crédito a particulares (-1,6%), ambos face a Dezembro de CA Silves Relatório e Contas

18 De acordo com a informação divulgada pelo Banco de Portugal, entre Dez.2015 e Dez.2016, o crédito total reduziu 3,2% com uma quebra percentual mais expressiva (de dois dígitos) no segmento das empresas nas regiões autónomas e nos distritos de Viana do Castelo, Setúbal e Portalegre. Em Lisboa, o crédito a empresas caiu 2,6 mil milhões de euros, o que explica mais de 55% da quebra registada no país. Valores em milhares de euros Evolução do crédito total por região - Dez.2016 Crédito Peso total Var. Homóloga Particulares Empresas Total % Particulares Empresas Total Aveiro ,3% -3,9% -5,1% -4,3% Beja ,9% -2,5% -0,7% -2,0% Braga ,0% -2,8% -8,9% -5,1% Bragança ,6% -2,3% 10,9% 0,4% Castelo Branco ,9% -3,7% -1,5% -3,2% Coimbra ,6% -3,6% 1,2% -2,4% Évora ,3% -4,1% 26,7% 4,8% Faro ,3% -6,9% 1,5% -4,7% Guarda ,6% -2,9% -5,2% -3,4% Leiria ,4% -4,4% -1,5% -3,3% Lisboa ,9% 1,7% -5,8% -2,1% Portalegre ,6% -3,8% -16,1% -7,1% Porto ,1% -3,0% -4,1% -3,4% Santarém ,8% -3,7% -0,4% -2,8% Setúbal ,7% -2,9% -15,2% -5,1% Viana do Castelo ,1% -3,3% -24,2% -9,1% Vila Real ,9% -2,5% 4,2% -1,2% Viseu ,9% -1,7% 6,3% 0,5% Reg. Autónoma Açores ,8% -4,4% -31,4% -12,5% Reg. Autónoma Madeira ,2% -3,8% -14,4% -7,4% Total % -1,6% -5,5% -3,2% Fonte: Banco de Portugal Analisando detalhadamente o crédito a particulares, verifica-se que o decréscimo deveu-se essencialmente à diminuição do crédito à habitação (-3,0% em Dezembro de 2016 face ao período homólogo de 2015) que representa 80,8% do total do crédito a particulares. Relativamente ao crédito vencido de clientes particulares, esse situou-se nos 3,9%, agravado, principalmente, pelo crédito a outros fins que, ainda assim, tem vindo a perder peso no agregado de crédito. No caso do crédito a empresas, o decréscimo de 5,5% deveu-se principalmente à redução do crédito a empresas do sector da construção, actividades imobiliárias e água e saneamento. CA Silves Relatório e Contas

19 Apenas nos sectores da agricultura e pescas, alojamento e restauração, saúde e apoio social e indústrias extractivas foi possível verificar um aumento do crédito concedido (5,0%, 2,7%, 1,4% e 0,8%, respectivamente). Evolução do mercado de crédito a particulares por tipologia - Dez.2016 Tipologia Volume de crédito (M ) Var. Homóloga Peso total % Crédito vencido % Habitação ,0% 80,8% 2,5% Consumo ,7% 11,7% 6,2% Outros fins ,8% 7,5% 15,4% Total ,6% 100% 3,9% Fonte: Banco de Portugal Relativamente ao crédito vencido a empresas, este situou-se nos 15,7%, sendo que os sectores com maior incumprimento continuam a ser o da construção, do comércio, das actividades imobiliárias e das indústrias extractivas, que mantêm elevada representatividade no total do crédito a empresas. Evolução do mercado de crédito a empresas por CAE - Dez.2016 Actividade económica Var. Homóloga Total Crédito Peso % % Crédito Vencido Agricultura e Pescas 5,0% ,0% 5,9% Indústrias Extractivas 0,8% 256 0,3% 10,5% Indústrias Transformadoras -0,3% ,7% 10,1% Energia -8,1% ,0% 0,7% Água e Saneamento -12,3% ,8% 2,0% Construção -11,8% ,7% 35,8% Comércio -0,9% ,7% 14,6% Transporte e Armazenagem -5,3% ,9% 7,5% Alojamento e Restauração 2,7% ,9% 10,4% Actividades Imobiliárias -15,2% ,3% 25,6% Saúde e Apoio Social 1,4% ,7% 4,7% Outros -4,7% ,0% 10,4% Total -5,5% % 15,7% Fonte: Banco de Portugal Valores em milhões de euros D. ANÁLISE COMPETITIVA DO SECTOR BANCÁRIO Desempenho comparativo do Crédito Agrícola com referência a Junho 2016 Olhando à última data de referência disponível para a presente analise, 30 de Junho de 2016, há a referir que o Crédito Agrícola, a par com o Santander, neste caso por via da aquisição do Banif, apresentou uma evolução favorável relativamente aos restantes principais concorrentes, CA Silves Relatório e Contas

20 tendo registado um crescimento no crédito bruto total de 4,1% em Junho de 2016 face ao período homólogo. No que se refere aos recursos de clientes, estes cresceram 6,5% no Crédito Agrícola, registando o segundo maior crescimento do mercado, tendo sido apenas ultrapassado pelo Santander, uma vez mais devido à aquisição do Banif. É ainda de referir o crescimento anémico dos recursos de clientes verificado no BPI, e a redução líquida de depósitos no BCP, Novo Banco e Montepio. Fonte: Informação disponibilizada nos sites dos diversos Bancos. Nos casos do Montepio, Caixa Geral de Depósitos e Novo Banco, os valores são consolidados e nos casos do BCP, BPI e Santander referem-se à actividade em Portugal. O BPI e o Santander, foram os únicos bancos que registaram um aumento no crédito a empresas e no crédito a particulares. O Crédito Agrícola, por sua vez, aumentou apenas o crédito a empresas e não registou qualquer evolução no crédito a particulares, enquanto os restantes concorrentes (CGD, Novo Banco e BCP) registaram uma variação negativa em ambos os segmentos. Relativamente ao crédito a empresas, este cresceu 7,6% face ao período homólogo no Crédito Agrícola, tendo apenas sido superado pelo BPI (11,5%) e pelo Santander (38,6%). CA Silves Relatório e Contas

21 Crédito Bruto a Particulares Variações homólogas Crédito Bruto a Empresas SICAM 0,0% SICAM 7,6% CGD -2,9% CGD -0,9% Novo Banco -3,5% Novo Banco-14,8% Santander 16,9% Santander 38,6% BPI 1,3% BPI 11,5% BCP -3,6% BCP -6,4% Montepio 0,0% n.d. Montepio 0,0% n.d. Fonte: Informação disponibilizada nos sites dos diversos Bancos. Nos casos do Montepio, Caixa Geral de Depósitos e Novo Banco, os valores são consolidados e nos casos do BCP, BPI e Santander referem-se à ctividade em Portugal. Analisando o crédito concedido por distrito, verifica-se que, no primeiro semestre de 2016, todos os distritos viram o crédito reduzir face a Dezembro de 2015, tendo o Porto apresentado a maior queda (-2,9%). O distrito de Lisboa, que representa 45% do crédito nacional, observou um ligeiro decréscimo de 0,4%. Evolução do crédito nacional vs SICAM por distrito a Junho 2016 (em mil milhões ) 10,5% 12,9% 3,5% 25,6% 3,5% QM Total de crédito=4,3% 13,6% 4,5% 16,7% 7,9% 8,3% 7,7% 15,3% 1,7% 4,2% 12,9% 25,3% 10,6% Mercado nacional SICAM Distrito Dez.15/Jun-16 Jun-16 % Total Dez.15/Jun-16 Jun-16 % Total QM% Lisboa -0,4% 88,9 45% -0,7% 1,5 17% 1,7% Porto -2,9% 29,6 15% 3,7% 1,0 12% 3,5% Setúbal -2,7% 11,4 6% 1,8% 0,5 6% 4,2% Braga -0,9% 10,2 5% 3,6% 0,4 4% 3,5% Aveiro -1,2% 8,7 4% 1,7% 0,4 5% 4,5% Leiria -1,1% 6,8 3% 1,5% 0,6 7% 8,3% Faro -2,1% 6,6 3% 2,1% 0,7 8% 9,9% Santarém -1,0% 5,6 3% 3,4% 0,4 5% 7,7% Coimbra -0,4% 5,2 3% 1,6% 0,4 5% 7,9% Viseu -0,1% 3,6 2% 4,1% 0,5 6% 13,6% Outros -2,8% 21,6 11% 2,2% 2,3 27% 10,6% Total -1,3% 198,1 100% 2,0% 8,6 100% 4,3% 9,9% Fonte: PIN Mercado O Crédito Agrícola apresentou um desempenho acima do mercado, registando apenas uma redução na evolução do crédito concedido no distrito de Lisboa. Os distritos com maior crescimento incluem Viseu, Porto, Braga e Santarém, com taxas de crescimento superiores a 3,0%. CA Silves Relatório e Contas

22 Com referência aos dados de Junho de 2016, o rácio de crédito vencido a empresas tem vindo a seguir uma trajectória ascendente no mercado desde Dezembro de 2015, efeito não reflectido no comportamento da carteira do Crédito Agrícola (9,3% em Junho 2016 versus 9,4% em Dezembro de 2015 versus 10,1% em Junho 2015). Em contrapartida, o crédito vencido a particulares no Rácio de Crédito Vencido - Empresas vs Particulares Banca-Particulares Banca-Empresas CA-Particulares CA-Empresas mercado uma sofreu ligeira 15,5% 15,9% 16,3% 16,3% 16,4% 16,3% 15,4% 15,5% 15,9% 16,0% 16,2% 16,2% 16,2% redução face ao período homólogo, situando-se nos 10,1% 9,8% 9,9% 10,1% 10,1% 10,2% 9,4% 9,6% 9,6% 9,6% 9,5% 9,4% 9,3% 6,8% 6,7% 6,7% 6,5% 6,6% 6,5% 6,1% 6,1% 6,2% 6,1% 6,1% 6,0% 6,0% 4,4% 4,4% 4,4% 4,4% 4,4% 4,4% 4,2% 4,3% 4,3% 4,3% 4,3% 4,3% 4,3% 6,0% em Junho de 2016 face aos 6,8% em Junho jun-15 jul-15 ago-15 set-15 out-15 nov-15 dez-15 jan-16 fev-16 mar-16 abr-16 mai-16 jun-16 Fontes: Portal de informação de negócio de No Crédito Agrícola o rácio de crédito vencido de particulares acompanhou essa tendência de quebra (6,0% em Junho 2016 versus 6,1% em Dezembro de 2015 versus 6,8% em Junho 2015). O aumento do crédito vencido de empresas é particularmente notório na região de Lisboa com um aumento de 16,9% em Dezembro de 2015 para 18,4% em Junho de 2016 embora seja na região do Algarve que se verifica o rácio de crédito vencido mais alto (29,4%). Nos últimos 4 anos, o rácio total de crédito vencido de empresas quase triplicou, passando de 5,6% (Junho de 2011) para 16,5% (Junho de 2016). RÁCIO DE CRÉDITO VENCIDO DE EMPRESAS (%) POR REGIÃO Regiões Jun Dez Jun Dez Jun Dez Jun Dez Jun Dez Jun Norte 5,7 6,9 8,9 9,8 11,2 11,6 12,8 13,0 13,5 13,9 13,9 Centro 5,9 7,3 8,9 9,4 11,5 11,7 12,1 12,2 12,5 12,6 13,3 Lisboa 5,1 6,4 9,1 10,6 12,7 14,3 15,3 16,4 18,0 16,9 18,4 Alentejo 5,9 6,9 8,3 8,7 10,4 11,1 11,9 13,2 16,4 15,9 16,4 Algarve 7,4 11,6 18,9 18,6 24,5 25,3 25,4 25,6 27,5 30,3 29,4 Açores 5,6 6,3 8,2 8,3 9,1 8,5 8,7 8,1 8,8 8,2 9,2 Total 5,6 7,0 9,6 10,6 12,6 13,4 14,4 15,0 16,0 15,8 16,5 Fonte: Banco de Portugal, Boletim Estatístico (dados a Agosto 2016) O arquipélago dos Açores constitui a região onde o aumento do crédito vencido a empresas tem sido menos acentuado e com menor expressão, cifrando-se em 9,2% em Junho de CA Silves Relatório e Contas

23 Desde o fim de 2015 até Junho de 2016, observou-se no mercado uma ligeira redução da taxa de juro média de novos empréstimos a empresas. No segmento de particulares, tanto o mercado como o Crédito Agrícola têm vindo a reduzir as taxas de juro médias de novas operações de crédito à habitação e de crédito ao consumo e outros fins. Indicadores Jun.2016 SICAM CGD Novo Banco Santander BPI BCP Montepio Total de crédito bruto Variação homóloga Margem Financeira 16,7% 2,8% 22,0% 30,9% 17,7% 8,8% 1,0% Variação homóloga Produto Bancário -13,1% -34,6% 3,5% 36,7% 4,0% -32,5% -31,9% Cost-to-income 64,1% 82,5% 68,0% 46,6% 74,3% 47,8% 100,9% Resultado líquido Portugal 22,9 n.d. n.d. 192,8 24,5-305,1-68,0 Resultado líquido Total 22,9-205,0-362,6 192,8 105,9-197,3-68,0 Rácio de crédito em Risco 11,3% 12,2% 23,9% 6,9% 4,7% n.d. 15,4% Rácio de crédito vencido >90 dias 7,6% 7,4% 15,7% 4,2% 3,6% 9,2% 9,2% Rácio de cobertura >90 dias 128,9% 99,1% 104,3% 150,7% 109,0% 89,3% 120,5% Rácio de transformação 67,9% 90,1% 114,0% 112,0% 105,2% 108,2% 113,4% CET 1 12,8% 10,0% 12,0% 16,6% 11,1% 12,3% 10,3% Nº de agências em Portugal Fonte: Informação disponibilizada nos sites dos diversos Bancos. No caso do Montepio, Caixa Geral de Depósitos e Novo Banco, os valores são consolidados. Analisando os principais indicadores dos 7 maiores bancos em Portugal é possível aferir que: Os principais bancos a operar em Portugal apresentaram um crescimento da margem financeira devido essencialmente à redução do custo de funding quer de depósitos de clientes quer de outras fontes de financiamento. O Santander destaca-se com um crescimento de 30,9% face ao mesmo período do ano anterior, essencialmente explicado pela aquisição do Banif; Em termos de eficiência destacam-se o BCP, o Crédito Agrícola e o Santander, com níveis de cost-to income inferiores a 65%; Em relação à rentabilidade no mercado interno, o Montepio, o Novo Banco, o BCP e a CGD apresentaram resultados líquidos negativos, contrastando com Crédito Agrícola (SICAM), Santander e BPI que apresentaram resultados positivos; No que concerne à qualidade do crédito, o rácio de crédito vencido há mais de 90 dias no Novo Banco perfaz 15,7%. Em contraposição, o BPI e o Santander apresentam os mais baixos indicadores do mercado (3,6% e 4,2%, respectivamente); O Crédito Agrícola e o Santander apresentam a maior cobertura de crédito vencido há mais de 90 dias por provisões, tendo registado um rácio de 128,9% e 150,7%, respectivamente. Entre os 7 bancos, o rácio de cobertura mais baixo é o do BCP com 89,3%; CA Silves Relatório e Contas

24 O Crédito Agrícola destaca-se uma vez mais por apresentar o menor rácio de transformação do sistema bancário nacional, o que comporta uma pressão na margem financeira. Todos os bancos apresentaram a Junho de 2016 um rácio de transformação inferior aos 120% recomendados pelo regulador. Os sete maiores bancos do sistema bancário nacional respeitam o Aviso 6/2013 do BdP que estabelece a obrigatoriedade das entidades assegurarem a manutenção, em permanência, de um rácio de fundos próprios principais de nível 1 (CET1) não inferior a 7,0%, sendo certo que todos apresentam rácios iguais ou superiores a 10% ainda que nalguns casos com instrumentos de capitalização do Estado (e.g. BCP, CGD); e Em Junho de 2016, o Santander apresenta a rede mais capilar com 734 agências (influenciado pela aquisição da rede de retalho do Banif), seguida do Crédito Agrícola com 675 agências e da CGD com 663 agências. E. MERCADOS FINANCEIROS Mercados accionistas No final do primeiro trimestre de 2016, o sentimento global de aversão ao risco perdeu força. O BCE reforçou a sua política monetária acomodatícia. A China apresentou uma nova série de medidas de estímulos e controlo do valor da sua moeda. Os EUA divulgaram dados económicos prometedores e a Reserva Federal Americana indicou que iria adiar uma subida das taxas de juro. Ainda assim, excluindo os índices americanos e britânicos, a quase totalidade dos principais índices accionistas registou perdas superiores a 10%, particularmente relevantes nos mercados asiáticos. Com desvalorizações desta magnitude, este acabou por ser o pior arranque de ano para as bolsas desde ,00 1,80 1,60 1,40 1,20 1,00 0,80 0,60 0,40 0,20 0,00 Índices Accionistas (base 2010) PSI 20 IBEX 35 CAC 40 SP 500 DAX NIKKEI A finalizar a primeira metade do ano, o resultado do referendo realizado no Reino Unido retirou um valor recorde de $3 biliões dos mercados globais em apenas dois dias, levando a uma queda abrupta dos índices accionistas. Em contraposição, as perspectivas de políticas mais expansionistas nos EUA com a vitória de Trump nas eleições americanas, a recuperação dos CA Silves Relatório e Contas ,87 1,78 1,66 1,28 0,95 0,62

25 preços do petróleo e uma actividade económica resiliente levaram os índices americanos a atingirem novos máximos históricos no final de 2016, com o Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq a registarem valorizações anuais de 15%, 12% e 9%, respectivamente. Os factores que foram afectando a Europa ao longo do ano, combinados com os dados económicos pouco surpreendentes, embora positivos, levaram as bolsas da Europa a terem um desempenho mais contido. Em termos anuais o Stoxx 600 registou uma perda de 1,2%, mas o DAX alemão teve uma evolução bastante positiva (+6,87%). Os países da periferia foram os mais vulneráveis aos desenvolvimentos na Europa, com o PSI 20 e o índice de referência italiano a registarem perdas de 11,9% e 10,2%, respectivamente. Em Espanha a descida não foi tão acentuada (-2%). Mercados monetários - Taxas de câmbio e taxas de juro de referência Em 2016, foram registadas quedas do euro (EUR) face ao dólar (USD), pelo terceiro ano consecutivo, algo que não acontecia desde finais de Num período marcado pela disparidade entre as políticas monetárias do BCE e da FED, o Euro recuou 2,9% para os 1,0539 USD no final do ano, tendo chegado a negociar em mínimos de Dezembro de O resultado do Brexit afectou significativamente a libra esterlina, Fonte: Bloomberg, Janeiro 2017 tendo esta tido um dos piores desempenhos em 2016, tendo-se fixado a cotação nos 1,2340 USD. Num contexto de elevada incerteza, o Iene continuou a representar o seu papel de moeda refúgio e, em 2016, o USD perdeu terreno face ao Iene, caindo 2,97% e com cada USD a valer 116,96 Ienes no final do ano. Não obstante a desvalorização face ao Iene, o USD, em relação ao índice de referência das principais moedas mundiais (DXY), ultrapassou os 103 pontos em Dezembro, valor que não era registado desde final de 2002 (dando a 2016 a denominação de o ano da nota verde ). No que se refere ao mercado monetário na Zona Euro, verificou-se ao longo de todo o ano a progressiva descida das taxas Euribor. No final do ano, a taxa Euribor a um mês estava a - 0,368% e a Euribor a 1 ano apresentava o valor de -0,082%. Nos EUA, as taxas LIBOR do CA Silves Relatório e Contas

26 USD até um ano acabaram por subir ao longo do ano, tendo apresentado o valor de 1,686% no final do ano de Taxas de referência nos Mercados Monetários 1,6 1,4 1,2 1,0 0,8 0,6 0,4 0,2 0,0-0,2-0,4-0,6 0,75 0,25 0,00-0, Euribor 3M Taxa BCE Taxa FED Taxa BOE Matérias-primas Os primeiros seis meses do ano foram marcados por uma subida dos preços à vista ( spot ) nos mercados das matérias-primas (commodities) que reacenderam o interesse dos investidores. O ouro, em particular, liderou o caminho, a ganhar quase 20% nos primeiros 6 meses do ano. Os preços do petróleo subiram de US$39 por barril no final de Março para quase US$50 por barril no final de Junho. Os produtos agrícolas, como a soja, o açúcar, o milho e o algodão, também apresentaram ganhos no segundo trimestre. Fonte: Bloomberg, Janeiro 2017 Na segunda metade de 2016 verificou-se uma evolução mais moderada dos preços das matérias primas. O Brexit enviou ondas de choque para todos os mercados do mundo, tendo os investidores convergido para o ouro, como activo de refúgio, o que permitiu uma valorização de 8,2% nas semanas seguintes à votação. Após as eleições presidenciais americanas o ouro acabou por perder parte do seu valor, tendo encerrado o ano a valorizar 9,33% em No final do 3º trimestre, a OPEP decidiu que a produção de crude seria cortada a partir de Janeiro de 2017, conduzindo a uma subida dos preços do petróleo. O Brent do Mar do Norte registou um ganho de 52% nos 12 meses do ano, fechando com uma cotação de US$56,82 CA Silves Relatório e Contas

27 por barril. Já o West Texas Intermediate observou um rendimento anual de 45%, encerrando o ano a US$53,72 por barril. Mercado obrigacionista A dívida portuguesa teve um dos piores desempenhos na Zona Euro. Em 2016, a taxa da dívida soberana a dez anos aumentou 1,25 p.p., de 2,516% para 3,764%. A subida do prémio de risco foi ainda mais acentuada, exigindo o mercado um prémio de 356 pontos base face à dívida alemã, referência na Zona Euro. As obrigações italianas sofreram também uma subida anual das suas yields, a primeira desde a crise da dívida em No prazo de 10 anos a dívida soberana italiana subiu de 1,592% no início do ano para os 1,812% no final do ano (+ 22 pontos base), ao Fonte: Bloomberg, Janeiro 2017 contrário da dívida espanhola que, para a mesma maturidade, registou uma descida de 1,766% no início do ano para os 1,380% no final do ano (-38,6 p.b.). A dívida alemã foi um dos activos com melhor desempenho em 2016, pois, para uma maturidade a 10 anos, os títulos começaram o ano com uma yield de 0,629% e acabaram o ano com uma yield de 0,208%, registando uma variação de -42,1 pontos base. A meio do ano, o rendimento da dívida alemã entrou mesmo em terreno negativo, chegando a yield a 10 anos a atingir o valor de -0,190%. Do outro lado do Atlântico, nos EUA, a yield das obrigações da dívida soberana americana a 10 anos iniciou o ano com uma yield de 2,273% e encerrou o ano com os 2,446% (+17,3 pontos base). F. PRINCIPAIS RISCOS E INCERTEZAS PARA 2017 A evolução das economias europeias e a instabilidade política e económica, fruto das futuras eleições em França e na Holanda e da implementação do Brexit, constituem os grandes focos de preocupação para A eleição de governos extremistas e antieuropeístas nos países referidos juntamente com a concretização da saída do Reino Unido da União Europeia podem significar, segundo analistas internacionais, o fim da União Europeia, com riscos incalculáveis CA Silves Relatório e Contas

28 nas economias dos países que dela fazem parte. A este factor externo, junta-se outro relacionado com a eleição de Donald Trump como Presidente dos EUA, que criou uma tensão internacional e instabilidade geopolítica que poderá trazer maior incerteza quanto à evolução económica mundial para os próximos anos. O ano de 2017 será mais um ano marcado pela regulamentação e diversas exigências impostas ao sector financeiro, tanto para a banca europeia, através do Banco Central Europeu (BCE), como para a banca nacional por intermédio do Banco de Portugal (BdP). No início de 2017, o Banco de Portugal apontou quatro grandes desafios com que o sistema bancário nacional se defronta actualmente, são eles: i. melhorar de forma sustentada a sua rendibilidade; ii. iii. iv. adaptar-se às novas exigências regulatórias e assegurar a sua observância; introduzir alterações no modelo de governo e na cultura organizacional que permitam recuperar a confiança dos stakeholders; e investir em inovação em termos operacionais e ao nível da prestação de serviços aos clientes. No imediato, o reforço da rendibilidade dos bancos é o desafio primordial para gerar capital interno e para atrair capital externo e, desse modo, criar as condições que permitam pôr em prática estratégias de: i. redução do peso dos activos improdutivos (crédito e imóveis) nos balanços; ii. iii. reavaliação dos modelos de negócio com vista a torná-los mais eficientes (eliminação do overbanking ) e ajustados ao novo paradigma de banca digital; e mudança cultural e de comportamentos com vista a recuperar a confiança e a estabilidade de todos os stakeholders. Para além dos dois reguladores acima mencionados, as instituições de crédito e as sociedades financeiras estão também abrangidas pela regulamentação emitida pelas autoridades reguladoras do mercado de capitais e das actividades de investimento (e.g. ESMA 3, CMVM), estando neste âmbito abrangidas por novos requisitos e regulamentos, em implementação nacional e em consulta, o que naturalmente inclui o Grupo Crédito Agrícola. 3 European Securities and Markets Authority CA Silves Relatório e Contas

29 2.3. Grupo Crédito Agrícola Evolução Recente e Perspetivas A. Análise Financeira do SICAM (Negócio Bancário do Grupo CA) Balanço Em milhares de euros Variação Abs. % Activo Disponibilidades ,2% Aplicações em Instituições de Crédito ,6% Crédito a Clientes (líquido) ,5% Crédito a Clientes (bruto) ,4% Provisões / Imparidades Acumuladas ,0% Aplicações em Títulos (líquido) ,4% Activos não correntes detidos para venda ,3% Invest. Filiais, Tangíveis e Intangíveis ,1% Outros Activos ,8% Total Activo ,9% Passivo Recursos de bancos centrais e OIC ,3% Recursos de Clientes ,3% Passivos Subordinados ,2% Outros Passivos ,3% Total Passivo ,9% Capitais Próprios ,7% Total do Capital Próprio + Passivo ,9% Nota: Os dados económico-financeiros apresentados para o SICAM (Caixa Central e Caixas Associadas), referentes ao exercício de 2016, constituem valores provisórios e não auditados. Após 2 anos de recuperação económica moderada em Portugal, o ano de 2016 veio abrandar ligeiramente a trajectória iniciada em 2014 com o Banco de Portugal, no Boletim Económico de Dezembro, a apontar para um crescimento do PIB de 1,2% 4, valor aquém dos 1,6% registados em A ausência de convergência real face à área do euro vem reflectindo a persistência de constrangimentos estruturais ao crescimento da economia portuguesa, no qual assumem uma relevância especial os elevados níveis de endividamento dos sectores público e privado, uma evolução demográfica desfavorável e a persistência de ineficiências nos mercados do trabalho e do produto que requerem a continuação do processo de reformas estruturais. O forte dinamismo do consumo registado nos últimos anos esteve associado à 4 Para 2017 e 2018, prevê-se um crescimento de 1,4% e 1,5%, respectivamente. Fonte: Boletim Económico do Banco de Portugal (Dez.2016). CA Silves Relatório e Contas

30 despesa em bens duradouros, resultante em parte da concretização de decisões adiadas durante a recessão de Apesar do aumento da procura interna em 2016, assistiuse à redução do nível de alavancagem da economia (famílias, SNF 5 e sector público) e à redução homóloga do crédito concedido (-2,7%). Em 2016, o Crédito Agrícola apresentou um resultado líquido proveniente do negócio bancário (SICAM) de cerca de 72,1 milhões de euros que representa um aumento de 16 milhões de euros face aos 56,3 milhões de euros alcançados em Evolução do Resultado líquido (em milhões de euros) 72,1 56,3 24,5 1, Sociedades não financeiras. CA Silves Relatório e Contas

31 Evolução do Resultado Líquido Valores em milhões de euros 31-mar jun set dez-16 Caixas Associadas 25,5 36,2 56,1 80,6 Caixa Central 5,3-13,8-13,7-9,3 SICAM (Consolidado) 30,9 22,9 42,8 72,1 Apesar do resultado líquido do SICAM em 2016 ser significativamente superior ao do ano anterior, o produto bancário registou, em sentido inverso, uma quebra de 5,6%. Esta quebra resulta sobretudo de uma redução significativa dos resultados de activos financeiros disponíveis para venda (-61,0%) e foi parcialmente compensada através do aumento da margem financeira e das comissões líquidas em 12,6% e 6,1%, respectivamente. Decomposição do Produto Bancário - SICAM Valores em milhões de euros, excepto percentagens Δ Abs. Δ % Margem Financeira ,6% Margem Complementar, da qual: ,9% Comissões líquidas ,1% Resultado de operações financeiras ,9 38, ,0% Outros resultados de exploração ,7% Produto Bancário ,6% A margem financeira do SICAM aumentou de 12,6%, passando de 245 milhões de euros em 2015 para 276 milhões de euros em 2016, e esta variação positiva resultou do efeito da redução das taxas de remuneração (dos novos depósitos e das renovações) ainda que aplicado a um volume de depósitos superior ao registado no período homólogo. É ainda de realçar que a Caixa Central em 2016 efectuou um esforço de redução remuneração dos recursos das Caixas Associadas com vista a reduzir a pressão sobre a margem financeira da Caixa Central, ainda assim acima dos níveis praticados no mercado, sacrificando a sua margem financeira. Contudo, as remunerações têm vindo a reduzir, convergindo para taxas semelhantes às praticadas no mercado. De qualquer forma é inevitável que este processo de convergência com o mercado se mantenha em 2017, o que implicará desafios acrescidos de rentabilidade para as Caixas Associadas. Produto Bancário - SICAM Margem Financeira Comissões Líquidas Res. Op. Financeiras Valores em milhões de euros Margem Complementar Produto Bancário Caixas Associadas Caixa Central SICAM (Consolidado) CA Silves Relatório e Contas

32 Quanto aos custos de estrutura do SICAM, verificou-se um aumento de 4,2% (12,4 milhões de euros). Este agravamento justifica-se pelo aumento dos custos com o pessoal em 8,9 milhões de euros (+5,3%) e dos gastos gerais administrativos em 3,5 milhões de euros (+2,9%). Evolução dos Custos de Estrutura - SICAM Valores em milhões de euros, excepto percentagens Δ Abs. Δ % Custos de Estrutura ,2% Custos de Pessoal ,3% Gastos Gerais Administativos ,9% Amortizações ,5% Numa análise à variação homóloga com referência aos 12 meses de 2016, verifica-se: i. no agregado das 82 Caixas Associadas, um agravamento de 5,9% nos custos com pessoal (de 140,7 milhões de euros para 149,0 milhões de euros), explicado pela entrada em vigor dos novos mandatos ( ) e da associada promoção de quadros qualificados a titulares de funções em órgão sociais e de fiscalização, e de 1,6% nos gastos gerais administrativos (de 103,6 milhões de euros para 105,3 milhões de euros); e ii. na Caixa Central, um agravamento de 0,1% nos custos com pessoal (de 25,8 milhões de euros para 25,8 milhões de euros) e de 11,0% nos gastos gerais administrativos (de 19,0 milhões de euros para 21,1 milhões de euros). Numa análise mais detalhada, é possível verificar que as rubricas que mais contribuíram para o agravamento dos custos com pessoal nas Caixas Associadas, no valor de 8,3 milhões de euros, respeitam ao fundo de pensões (+4,0 milhões de euros), às remunerações com os órgãos sociais de gestão e de fiscalização (+3,0 milhões de euros) e encargos associados. Na Caixa Central, os gastos com pessoal mantiveram-se em linha com o período homólogo, ainda que se tenha registado um agravamento na rubrica de indemnizações contratuais. As rubricas que mais contribuíram para o agravamento dos gastos gerais foram: na Caixa Central, o acréscimo de 2,1 milhões de euros respeita essencialmente aos serviços da SIBS (ex. cartões), aos custos judiciais, de contencioso e de notariado, às avenças e honorários (ex. recuperação de crédito, alienação de créditos não produtivos) e aos custos com formação; e CA Silves Relatório e Contas

33 nas Caixas Associadas, o acréscimo de 1,7 milhões de euros respeita essencialmente à publicidade, aos serviços de auditoria, aos serviços da SIBS (ex. meios de pagamento e outros serviços), às comunicações obrigatórias para clientes (expedição) e aos seguros (ex. imóveis em dação). O crédito a clientes aumentou 3,4% com o crédito a empresas e administração pública a crescer 5,0% e o crédito a particulares a crescer 1,4% face a Evolução do Crédito a Clientes Valores em milhões de euros, excepto percentagens Δ Abs. Δ % Crédito bruto ,4% Provisões / Imparidades ,0% Crédito líquido ,5% A carteira de crédito do Grupo Crédito Agrícola regista, desde 2014, uma assinalável melhoria ao nível do seu perfil de risco, em particular no segundo semestre de 2016, ao verificar uma redução muito significativa do crédito vencido em cerca de 121 milhões de euros (o que representa um decréscimo de cerca de 18%) relativamente ao final de 2015, com o segmento da habitação e o crédito empresarial a serem os principais responsáveis pelo desagravamento dos níveis de sinistralidade da carteira, tendo para tal contribuído uma actuação ainda mais eficaz na abordagem do Grupo CA às actividades de acompanhamento e recuperação de crédito e nos procedimentos de abate ao activo (write-offs). Evolução do Rácio de Crédito Vencido Valores em milhões de euros, excepto percentagens Δ Abs. Δ % Crédito total sobre clientes ,4% Crédito e juros vencidos (total) ,1% Crédito e juros vencidos < 90d ,9% Crédito e juros vencidos > 90d ,0% Rácio de CV > 90d 8,0% 7,8% 6,2% -1,6 p.p. n.a. Em 2016 verificou-se uma substancial redução das necessidades de provisionamento / reforço das imparidades da carteira de crédito. Em relação ao rácio de cobertura do crédito vencido registou-se um aumento, passando de 128% em 2015 para 131% em 2016, prosseguindo o Crédito Agrícola com uma gestão sã e prudente no que respeita a esta matéria. CA Silves Relatório e Contas

34 Evolução das Provisões/Imparidades Valores em milhões de euros, excepto percentagens Δ Abs. Δ % Correcção de valor em crédito de clientes ,3% Imparidade de outros activos ,5% Provisões e imparidades do exercício ,8% Provisões e imparidades (stock) ,0% Rácio de cobertura do crédito vencido 125% 128% 131% 3,30 p.p. - Relativamente à estrutura de balanço, registou-se um aumento de 13,9% no activo total do SICAM que passou de milhões de euros em 2015 para milhões de euros em 2016, contribuindo para este crescimento do activo líquido o aumento do crédito a clientes de 3,4% (284 milhões de euros) e o aumento das aplicações em títulos (+1,6 mil milhões ). Activo Valores em milhões de euros Passivo Capitais Próprios Caixas Associadas Caixa Central SICAM (Consolidado) O passivo total do SICAM aumentou cerca de 1,8 mil milhões de euros, por conta do aumento de recursos em bancos centrais (953 milhões de euros, i.e. +152%) e por via de aumento de recursos de clientes (801 milhões de euros, i.e. +7,3%). Salienta-se a evolução negativa do rácio de transformação que, em 2016 face a 2015, registou um decréscimo de 1,1 p.p. (de 69,1% para 67,9%). Este nível de transformação fica muito CA Silves Relatório e Contas

35 aquém da média do sistema bancário e dos limites regulamentares, sendo apenas justificado pelo facto do mercado procurar o Crédito Agrícola enquanto banco-refúgio para aforro. B. Outros Factos Relevantes O reconhecimento da Marca CA por parte do público, como sendo forte, credível e de confiança; os prémios obtidos, no ano 2016, enquanto Melhor Banco no Serviço de Atendimento ao Cliente e O Banco Mais Recomendado e com os Clientes Mais Satisfeitos ; e o facto do SICAM se encontrar entre as instituições menos reclamadas no sistema bancário 6, permitem afirmar o bom desempenho do Crédito Agrícola em Este reconhecimento não se restringe ao negócio bancário, estendendo-se às Seguradoras e à Gestora de Activos do Grupo. Pelo sexto ano consecutivo, a CA Seguros foi reconhecida como A Melhor Seguradora Não Vida do seu segmento de dimensão 7. Por seu lado, a CA Vida foi premiada como A Melhor Grande Seguradora do Ramo Vida 8. A CA Vida ainda os rankings de Lealdade do Cliente e de Imagem, duas classificações obtidas no Índice Nacional de Satisfação do Cliente do ECSI Portugal O Crédito Agrícola tem participado e desenvolvido acções de promoção junto de empresas, donde se destacam: 6 Segundo dados do relatório de supervisão comportamental do Banco de Portugal (1ºS 2016), o Crédito Agrícola (SICAM) apresenta 2 reclamações por cada 100 mil contas de depósitos à ordem enquanto a média do sistema atingiu as Prémio atribuído pela revista Exame em parceria com a Deloitte e Informa D&B. 8 Estudo elaborado pela EY e a Ignios e divulgado na Star Company, uma edição especial do jornal Dinheiro Vivo, distribuída com o Diário de Notícias e o Jornal de Notícias. CA Silves Relatório e Contas

36 O ciclo de seminários sobre o tema empreendedorismo, enquadrado na 3ª edição do Prémio Empreendedorismo e Inovação, acentuando o posicionamento de grupo financeiro que aposta e reconhece o tecido empresarial português; O workshop Cooperar para Exportar dirigido a empresários e produtores do sector hortofrutícola; A homenagem às empresas clientes CA com o estatuto de PME Líder e PME Excelência em 2015, realizada pelo terceiro ano consecutivo, num evento que sublinha o contributo das Empresas, Clientes do Grupo, para a competitividade e crescimento da economia portuguesa; O concurso de Vinhos do Crédito Agrícola, que decorreu pelo terceiro ano consecutivo, realizado juntamente com a Associação dos Escanções de Portugal, destinado a Produtores e Cooperativas de todas as regiões vitivinícolas do país. As cerimónias de entrega de prémios decorreram na Estufa-Fria, em Lisboa. Inauguração da 1ª Agência na Madeira No âmbito da sua estratégia de cobertura total do território nacional, foi inaugurada uma agência no Funchal, dando início à actividade de retalho na Região Autónoma da Madeira pelo Crédito Agrícola. A cerimónia de inauguração da Agência, realizada em Outubro de 2016, contou com a presença de diversas entidades locais, entre elas o Presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque. Dada a importância que a nova Agência representa para o Grupo CA, foi desenvolvida uma Campanha Publicitária com o claim Nunca Estivemos Tão Próximos. A campanha presente em TV, Rádio, Imprensa e Mupis da Região, revelava Sílvia Alberto a retirar o Canotier, num gesto de cumprimento à chegada à Madeira. No domínio da gestão de activos, o Crédito Agrícola conseguiu obter a melhor rendibilidade em três dos seus Fundos de Investimento Mobiliários nas respectivas categorias, um deles pelo oitavo ano consecutivo segundo rendibilidades divulgadas pela Associação Portuguesa de Fundos de Investimento, Pensões e Património. O CA Monetário, Fundo de Investimento CA Silves Relatório e Contas

37 Mobiliário Aberto do Mercado Monetário, com um nível de risco um (numa escala de um a sete) e uma rendibilidade de 0,10% em 2016, consegue, pelo oitavo ano consecutivo, o primeiro lugar na categoria Fundos do Mercado Monetário Euro. O CA Rendimento, Fundo de Investimento Mobiliário Aberto de Obrigações, com um nível de risco dois e uma rendibilidade de 2,25% em 2016, foi o vencedor da categoria Fundos do Obrigações de Taxa Indexada Euro pelo quarto ano consecutivo. Em 2016, pela primeira vez, o CA Alternativo, Fundo de Investimento Alternativo Aberto Flexível, foi o vencedor da categoria Fundos Alternativos Flexíveis, ISRR 3. Trata-se de um fundo de investimento com um nível de risco de três e uma rendibilidade de 4,20% em O serviço Balcão 24 (B24) terminou o ano 2016 com 258 serviços em funcionamento, representando um crescimento homólogo de 4% nos serviços inicializados. O número de transacções nos B24 registou um crescimento de 7% face ao período homólogo. A taxa média de transferência das transacções encontra-se acima dos 37% (mais 3,41 p.p. face a 2015). A evolução semestral do volume de transacções operações e consultas realizadas no serviço B24, registou em 2016, um crescimento de 8% e 6% respectivamente, em comparação com iguais períodos de No ano 2016, o parque de ATM do Crédito Agrícola registou um aumento de 2%, passando de para (valores em final de período). Esta situação permitiu reforçar a quota de mercado do Grupo CA na rede SIBS em 0,45 p.p.. No que se refere ao número de transacções em ATM do Crédito Agrícola registou-se uma subida de 6%, registando-se mais de 86 milhões de transacções. Em 2016, o parque de TPA do Crédito Agrícola cresceu 11%, totalizando os TPA activos. O número de transacções subiu 18% face a 2015, tendo-se registado cerca de 44 milhões de transacções. Em termos homólogos, em 2016, verificou-se um aumento da carteira de cartões de pagamento a débito do Crédito Agrícola de 4,4% e uma redução da carteira de cartões de pagamento a crédito do Crédito Agrícola de 7,5%. Esta evolução originou um incremento da quota de mercado do Crédito Agrícola de 0,6 p.p. nos cartões de débito e uma perda de 0,3 p.p. nos cartões crédito. No sentido de dinamizar a actividade comercial das CCAM, estabeleceram-se protocolos e parcerias comerciais e de colaboração, tendo sido concretizados acordos e realizadas iniciativas conjuntas com várias entidades privadas e institucionais, entre as quais se destacam: ANDC - Associação Nacional Direito ao Crédito; CA Silves Relatório e Contas

38 ENERGIE Energia solar termodinâmica; CPPME - Confederação Portuguesa das Micro, Pequenas e Médias Empresas; ARAN - Associação Nacional do Ramo Automóvel; Minha Terra - Federação Portuguesa de Associações de Desenvolvimento Local; ACBM - Associação de Criadores de Bovinos Mertolengos; AGROPORTAL a porta do mundo rural; e Telemédia Destaque na Loja CA para vinhos, azeites e outros produtos de Associado. No ano de 2016 incentivou-se o acompanhamento e dinamização de campanhas, com o objectivo de contribuir para um crescente envolvimento de todos os colaboradores com funções comerciais na comercialização de produtos estratégicos e dirigidos aos segmentos alvo. Com a utilização das redes sociais facebook e instagram o Crédito Agrícola tem vindo a reforçar a sua presença junto de um público mais jovem, tendo atingido cerca de fãs no facebook no final de Decorridos 7 anos de transmissão do programa de actualidade financeira, constatámos que este patrocínio permitiu impactar mais de telespectadores por ano, alavancando assim a notoriedade da marca CA. Em 2016 o Grupo Crédito Agrícola manteve a sua política de continuidade estratégica de patrocínios a alguns desportistas, modalidades e eventos, como sejam: Teresa Almeida, Campeã do Mundo de Bodyboard em 2014; Mário Patrão, Campeão Nacional de TT e da classe Maratona no Rali Dakar 2016, em motociclismo; João Ruivo, Vice-Campeão Nacional de Rali na Categoria I; Alcobaça Club de Ciclismo, com destaque para o Ciclista Pedro Lopes por ter alcançado o título de Campeão Nacional de Contrarelógio, na categoria de cadetes; 34ª Volta ao Alentejo em Bicicleta. A longo do ano o Crédito Agrícola marcou presença em diversas feiras e eventos, entre os quais, o Salão Imobiliário de Portugal (SIL), Salão Internacional do Sector Alimentar e Bebidas (SISAB), PORTUGAL AGRO, Fruit Logistica e Fruit Attraction. CA Silves Relatório e Contas

39 2.4. Actividade da C.A. Silves em 2016 Apreciação Global Resumo da Actividade por áreas Funcionais Departamento Comercial No ano 2016, a actividade Comercial da CCAM sofreu ajustes, que se consubstanciaram na melhoria dos Resultados Comerciais apresentados. Fruto dos sucessivos diagnósticos efectuados ao longo do exercício, com vista à prestação de um serviço de excelência que se procura diariamente alcançar, ajustaram-se procedimentos internos, cujo impacto foi bastante positivo nos resultados alcançados, e por conseguinte na qualidade do serviço aos nossos clientes e associados. Apesar de continuarmos a conviver com um elevado grau de incerteza económica, social e política, os comerciais da CCAM conseguiram potenciar vendas regulares, sustentadas e convenientemente ajustadas às reais necessidades dos nossos clientes e associados. Continuámos a apostar fortemente nos segmentos de Empresas e Empresários, criando pela primeira vez na História da CCAM uma função específica para acompanhar as empresas e negócios de maior dimensão, com um atendimento diferenciador e especializado, através do Gestor de Empresas. Manteve-se igualmente a aposta no segmento de particulares, pois a visão 360º da relação comercial do CA Silves para com os seus clientes e associados, assenta na relação de longo prazo, baseada na confiança e acréscimo de valor para todas as partes. Assim, e relativamente à excelente prestação quanto à concretização dos Objectivos Comerciais definidos para o ano 2016, destacamos o crescimento sustentado da carteira de crédito (sem descurar a rigorosa análise de Risco) e o decréscimo da Carteira de Crédito Vencido, dois vectores estruturais na composição do Balanço de qualquer Instituição Bancária. O crescimento da carteira de Recursos que verificámos, é igualmente o reflexo da confiança que os nossos clientes e associados depositam na Gestão da CCAM em detrimento de outros concorrentes. Continuamos a ter o apoio da Caixa Central e das Empresas participadas na implementação de campanhas e ações de marketing local, que permitiram atribuir ainda melhores condições á nossa oferta, sempre no sentido de ajustarmos a mesma às reais necessidades dos nossos clientes e Associados, propondo os produtos que realmente os clientes necessitam. O trabalho de dinamização da Economia Social, que fruto da crise, tem sido descurada pela maior parte dos nossos concorrentes, também continuou a merecer a nossa melhor atenção. CA Silves Relatório e Contas

40 Realizámos novamente várias ações de promoção do aforro junto de alunos das Escolas dos nossos concelhos, pois consideramos que a necessidade de construir o futuro dos nossos jovens começa cedo, e a literacia financeira deve paulatinamente fazer parte do quotidiano das crianças e jovens. Nesse âmbito, foram atribuídos a três alunos nossos clientes, prémios de mérito por ficarem entre os 20 melhores alunos a nível Nacional, do seu ano lectivo. No âmbito do protocolo com um Agrupamento de Escolas, realizamos a 4ª Gala de entrega de prémios de Mérito no sentido de premiar a meritocracia dos alunos desse Agrupamento. Esta iniciativa foi pioneira em 2013, e desde então tem sido um êxito. Continuamos a acreditar que irá servir de motivação extra para o esforço dos alunos deste Agrupamento. Promovemos várias iniciativas para apoio aos empresários agrícolas, das quais destacamos o 3º Coloquio no Algoz em parceria com a Confagri e convites para participação em Feiras. Foi um ano em que, á excepção da CA Gest, foram ultrapassados os objectivos delineados para as Companhias de Seguros (CA Seguros e CA Vida), cumprimento este que nos permitiu o incremento da Margem Complementar. Departamento de Análise de Risco e Crédito (DRC) Em 2016 continuou a ser fundamental a concessão de crédito com qualidade, tendo sido implementadas medidas de gestão no processo de aprovação e acompanhamento, sem comprometer os níveis do bom rigor na seleção da carteira de crédito. O DRC manteve os sistemas de notação de risco internos do SICAM, modelo scoring para as operações dos particulares e ENI s, e o modelo de rating para os clientes empresas. Apesar de se encontrarem mais automatizados, continuam a não dispensar o exame dos analistas de risco. No decurso de 2016 entraram no departamento 625 analises associadas a crédito, dos quais 602 foram analisados e submetidos a despacho. Adicionalmente, foram analisadas 150 renovações dos limites de Crédito (CCC`s e Descobertos autorizados). O Portal de Gestão de Processos Processo de Decisão de Crédito, sofreu ligeiras melhorias no contexto de utilização, nomeadamente a reutilização da documentação em novos processos. Mas, os desenvolvimentos ainda são insuficientes para diminuir o consumo de tempo do departamento, olhando aos desafios de todas as áreas envolvidas, afetando a rapidez desejada nas análises, decisões e formalizações das operações de crédito. CA Silves Relatório e Contas

41 O regime transitório do Aviso 3/95 para Aviso 5/2015, do Banco de Portugal, teve fortes implicações nos procedimentos e funcionalidades associadas à quantificação das imparidades individuais da carteira de crédito da CA Silves. Atendendo aos novos critérios de seleção para análise individual, no último trimestre 2016, registámos um maior dispêndio de tempo pelo analista de risco, na análise individual de imparidades. Neste âmbito a manutenção e a revisão das análises individuais, na aplicação MOAI, em 2017, passarão a ser executadas com uma periodicidade mensal em substituição da trimestral que vigorou até Foi mantido o acompanhamento da carteira de crédito, através das tarefas implícitas da Collection Box, continuando a otimizar os gastos das suas tarefas diárias sobre o PARI/PERSI (Dec.Lei 227/2012 e Instrução 44/2012). Em parceria com o departamento comercial, foi mantida a formação interna sobre a preparação e formalização dos processos de crédito. Algo que tem constituído um dos pilares primordiais para promover a qualidade e a rapidez dos processos de crédito. Departamento Jurídico e de Contratação Área do Judicial: Durante o ano de 2016, o Gabinete Jurídico (GJ) assegurou em absoluto todo o patrocínio judicial em representação e interesse da Caixa Agrícola. Intentou todas as acções judiciais com vista à recuperação de crédito vencido; na representação em todos os processos de Insolvência e PER s por via das reclamações de créditos bem assim como, as reclamações de crédito com origem em execuções fiscais. A alteração à Lei de Organização do Sistema Judiciário (LOSJ), que redefiniu a competência territorial dos tribunais, ainda penalizou ao longo de 2016 grandemente as vendas judiciais. Com a operacionalidade do leilão electrónico junto da câmara dos solicitadores, já criado pela portaria Portaria n.º 282/2013, de 29 de agosto mas que só no final de 2016 começou a funcionar, prevê-se que as vendas judiciais passem a ser mais céleres e eficazes. Ainda assim, as recuperações por aquisição de imóveis, contabilizamos no decurso de 2016 cerca de , na sua totalidade por via das execuções judiciais. No que respeita a montantes já abatidos ao activo, foram recuperados em 2016, cerca de de crédito, juros e respectivas despesas, o que representa uma quebra de cerca de , face a A recuperação extrajudicial por via de reestruturações e consolidação de créditos, manteve-se uma preocupação constante do GJ durante o ano de 2016, procurando-se sempre que possível, CA Silves Relatório e Contas

42 ajustar os encargos financeiros às disponibilidades das famílias e concomitantemente, o reforço de garantias de crédito. Área da Assessoria Jurídica: Foi assegurado pelo GJ um efetivo apoio ao Conselho de Administração, à rede comercial bem como a todos os clientes da Caixa Agrícola sempre que justificado. Foi assumido toda a atividade de registos e notariado para a qual tem competência, assegurando todos os registos nas Conservatórias, todos os reconhecimentos de assinaturas, termos de autenticação, certificação de fotocópias; e outros atos onde a Caixa Agrícola teve intervenção, o que permitiu consolidarem a independência da Caixa face a órgãos externos. Área da contratação: Conforme exercícios anteriores, assegurou o GJ a preparação, acompanhamento e formalização de todos os contratos, títulos e escrituras com os clientes. Em 2016 ascenderam a 212 contratos e 116 escrituras, procurando dentro da legalidade, adaptar o clausulado de forma a defender os interesses da Caixa Agrícola e dos seus clientes. Área das Actividades de Suporte Contribui este departamento para a eficiência e eficácia das restantes áreas de suporte de negócio da CCAM, assegurando-as internamente ou em outsourcing, e participa na política e cumprimento de objectivos em matéria financeira, de tesouraria, de meios materiais e meios Humanos. Actua através de quatro gabinetes, que desenvolveram em 2016 as seguintes actividades: Gabinete Financeiro, Reporting, Património e Operações Gerais Executou a contabilidade geral, nos prazos e de acordo com os critérios contabilísticos geralmente aceites. Procedeu à elaboração da informação de reporte prudencial obrigatório. Assegurou o cumprimento das obrigações fiscais e da segurança social da CCAM. Paralelamente promoveu a venda do património não afecto à exploração, de acordo com orientações superiores, e todas as acções de benfeitoria necessárias à manutenção e valorização destas propriedades. Alienaram-se em 2016, 22 imóveis no montante de cerca de (valor bruto), dos quais 10 por venda directa, que ascenderam a Assegurou a gestão e o controlo dos gastos operacionais (de Pessoal, Gastos Gerais Administrativos e Amortizações) de acordo com o previsto pelo Conselho de Administração, CA Silves Relatório e Contas

43 Coordenação Geral e Plano de actividades da CCAM. Assegurou a gestão e acompanhamento das penhoras fiscais e electrónicas. Gabinete Informação, Arquivo e Processamento Assegurou a gestão do arquivo de clientes e contas à ordem da CCAM, assim como da digitalização das assinaturas associadas às contas, no que respeita á sua validação, na aplicação Gestão Documental Edoc. Validaram-se em média 100 processos de clientes e contas, por semana. Assegurou o processamento de operações de crédito, amortizações e liquidações de empréstimos, contribuindo também para o cumprimento do objectivo traçado para a angariação de crédito. Realizou a gestão dos pedidos de Avaliações Imobiliárias, no âmbito do negócio creditício da CCAM, a avaliadores externos. Em 2016 foram realizadas 192 avaliações. Bem como a gestão de pedidos de distrate e liquidação de seguros associados a crédito. Adicionalmente foi assegurada a representação legal da CCAM em todas as escrituras públicas associadas aos créditos já aludidos pelo Gabinete de contratação. Gabinete Administrativo e Recursos Humanos Assegurou a assessoria geral do Conselho de Administração, Coordenação Geral, Conselho de Crédito e de Coordenadores assim como dos restantes Órgãos Sociais. Assegurou igualmente o processamento de salários e a gestão inerente aos Recursos Humanos. E ainda a segurança e as boas condições de funcionamento das instalações e do equipamento da CCAM, nomeadamente, em termos de limpeza, organização, funcionalidade, para com os clientes internos e externos. Gabinete Apoio Técnico Agrícola Assegurou o atendimento aos Sócios e Clientes da CCAM, disponibilizando informação privilegiada na área agrícola. Garantiu a formalização das candidaturas, tendo sido disponibilizados os serviços que permitiram a concretização das seguintes ajudas (foram submetidos 105 processos): RPB Regime de Pagamentos Base; MAA Medidas Agro-ambientais; MZD Manutenção da Actividade Agrícola em Zonas Desfavorecidas; Transferência de Direitos RPB e MAA; IB Identificação do Benificiário com transferência de NIB de outras IC para a CA Silves e crédito de subsídios na mesma. Também assegurou os Pedidos de Pagamento, no âmbito dos Projectos de Investimentos elaborados e com termo de aceitação já formalizado. Contribuiu para a realização de um colóquio na agência do Algoz, em colaboração com a Confagri, subordinado ao tema das Ajudas ao rendimento. CA Silves Relatório e Contas

44 Estrutura Patrimonial As rubricas da estrutura patrimonial de maior materialidade, que serão detalhadas nos próximos capítulos, são resumidas na tabela infra exposta: Estrutura Patrimonial Aplicações Crédito Recursos Situação Líquida Activo Liquido Variação Absoluta Variação % 24,6% 6,3% 7,8% 1,1% 10,9% Verifica-se o crescimento de todas estas as rubricas do Balanço, materialmente relevantes. Destacamos o aumento do Crédito, pelo segundo ano consecutivo. Este facto muito positivo representa a consolidação da tendência de subida de Invertendo as quedas, que ocorrerem entre final de 2009 e O crescimento desta rubrica é essencial para a rentabilidade actual e futura do CA Silves, um assunto que será adiante aprofundado. Dos principais objectivos orçamentados para 2016, aprovados em Assembleia Geral, associados às 5 variáveis supra indicadas, há a referir que todos foram atingidos e superados. Com destaque para o Crédito, que ficou cerca de acima do objetivo. Deu-se continuidade à tendência de aumento de Recursos, verificada desde 2014, apesar da forte concorrência que ainda se verifica, por parte de alguns (poucos) bancos não cooperativos, e do Estado Português, em relação à divida pública. Conseguiu-se apresentar nesta rubrica uma significativa superação dos objectivos em mais de , sem comprometer a rentabilidade, respeitando a linha estratégica seguida pela CCAM, que privilegia o vetor da rentabilidade. Os eventos negativos que continuam a eclodir na banca não cooperativa portuguesa não serão alheios a tal crescimento dos Recursos. Por claro contraponto à banca não cooperativa, esta evolução demonstra a elevada credibilidade e confiança que o mercado deposita no CA Silves. CA Silves Relatório e Contas

45 Aplicações do Activo As duas principais componentes do Activo continuam a ser o Crédito concedido a clientes e as Aplicações na Caixa Central, com pesos brutos de cerca de 58% e 29%, respetivamente. Atendendo à sua maior significância pormenorizamos a sua análise. Podemos afirmar que a rubrica do Crédito evoluiu muito positivamente, em contraciclo com a redução da carteira de crédito da banca nacional. A tal facto não será estranho a recuperação do consumo, bem como a recuperação da confiança de particulares e empresas, que se traduziu no aumento da procura de crédito. O crédito continua negativamente influenciado pelo elevado nível de desemprego (cerca de 10%), e pelo baixo nível do investimento público e privado, que apesar de terem crescido em 2014 e em 2015, retomaram as quedas em 2016, mantendo-se ainda a níveis distantes dos verificados antes de 2008, que marcou o início da actual crise financeira. Neste ambiente, destacamos positivamente a actividade que continuamos a verificar no nosso serviço de crédito, seja pelas cerca de 684 operações novas (405 concedidas em 2016, às quais acrescem 279 plafonds / limites de credito renovados), seja pelo seu montante global, que superou os , num valor médio por operação de cerca de Evolução do Crédito Variação Crédito Total - Bruto Crédito em Risco (Instrução nº 24/2012 do BdP) Crédito Vencido Provisões/Imparidades Acumuladas p/ Crédito Taxa Cobertura do Credito em atraso 97,3% 99,2% 1,9 pp Uma evolução que continua a ser pautada de acordo com as normas prudenciais e comportamentais, cada vez mais exigentes, emanadas da Caixa Central e do supervisor, que comportam não só mais rigor, mas também cada vez mais custos para a CA Silves. Não podemos explicar a evolução da carteira de crédito, sem realçar a contribuição significativa, decorrente da rubrica de recuperação de crédito vencido, por via do forte CA Silves Relatório e Contas

46 abrandamento da aquisição de imóveis por recuperação de crédito, que apenas reduziu a carteira de crédito em cerca de , no ano de Em 2016, em valores brutos, foram adquiridos 5 imóveis por recuperação de crédito no montante de Foram alienados 22, cujo montante contabilístico bruto ascendeu a , dos quais 12 imoveis foram vendidos ao Fundo imobiliário do Grupo CA, o ImoValorCA, pelo montante de No que respeita ao crédito vencido, verificou-se uma significativa redução de , para totalizar cerca de , representando 4,98% da totalidade da carteira de crédito. Esta variação é indissociável do abate de crédito incobrável realizado de, aproximadamente, Porém, é uma ótima evolução que culmina numa taxa muito aceitável, na medida em que compara muito bem com a Banca Nacional e com a média das CCAM s do SICAM, que apresentam nesta rubrica piores indicadores. Por outro lado, registamos com muito agrado terminar o exercício abaixo dos 5% recomendados pela Caixa Central, pela primeira vez desde A recuperação deste indicador consubstancia o bom trabalho de que a CCAM tem desenvolvido nesta década, não só na recuperação do crédito vencido, como também, e acima de tudo, na concessão de crédito novo, de melhor qualidade de risco. Já o rácio de crédito vencido líquido subiu para 1,0%, um valor extremamente confortável, claramente abaixo da recomendação de 3%. Uma CA Silves Relatório e Contas

47 evolução que resultou, em final de ano, da preparação para implementação do novo normativo de provisionamento do crédito vencido, que entrou em vigor em Janeiro de 2017 (NCA s). Neste contexto, a percentagem de cobertura do crédito em atraso subiu para 99,2%, ou seja, o crédito em incumprimento está quase todo provisionado. Uma vez que esta Administração mantém a política de prudência acrescida, implementada ao longo dos últimos anos. Uma fonte de confiança adicional que os associados e clientes do CA Silves podem usufruir. Em 2016 o nosso departamento jurídico teve uma atuação positiva, ainda que não tenha conseguido evitar os prejuízos decorrentes do facto de os Tribunais continuarem a verificar elevados atrasos na produção de decisões, no que respeita a execuções interpostas. O que fica bem patente nas reduzidas decisões tomadas. Esta reduzida celeridade dos processos encontra a sua maior justificação (recente) na reforma do mapa judiciário, implementada no Verão de Que não tendo sido corretamente operacionalizada e bem recebida pela burocracia judicial, tarda em produzir efeitos positivos para a sociedade portuguesa. O que não só acarreta elevado prejuízo à conta de exploração do CA Silves, como também não contribui para a redução do crédito vencido. Por outro lado, impõe iguais danos a todas as famílias e empresas, que queiram ver os seus direitos executivos defendidos. Ficando longe do objetivo orçamentado para 2016, o rácio de transformação (Crédito Bruto sobre Clientes / Recursos Alheios), verifica uma diminuição face ao último exercício, fixandose nos 72,4%, em Dezembro de 2016, em consequência do excelente aumento dos Recursos: As aplicações do CA Silves, alternativas ao Crédito, são essencialmente os depósitos a prazo constituídos na Caixa Central. Estas Aplicações verificam um elevado aumento de 24,6%, mais de Os níveis verificados mostram a manutenção do excesso de liquidez da CCAM, CA Silves Relatório e Contas

48 um pilar estratégico, que é uma das nossas armas competitivas face à concorrência da banca não cooperativa. A sua evolução tem sido a seguinte (valores em Milhões de ): Recursos Nesta rubrica o CA Silves verificou um crescimento muito significativo, consubstanciado num aumento do volume de recursos de quase (+7,8%). Tal evolução é tanto mais meritória não só pela concorrência que ainda se verifica pela captação de Recursos, mas também pela elevada carteira que mantemos junto de empresas do Grupo CA (ainda que se tenha reduzido em ), como analisaremos no próximo ponto. O CA Silves evidencia um bom crescimento, o que representa uma prova clara da enorme confiança que o mercado deposita na nossa Cooperativa bancária. Ao contrário da turbulência que muitos bancos não cooperativos continuam a experimentar, em que uma das suas consequências foi precisamente a redução do seu volume de recursos (conforme analisado no ponto 2.2.). CA Silves Relatório e Contas

49 Empresas do Grupo C.A. e cross selling O CA Silves está associado a empresas do Grupo CA, de forma a dispor uma maior gama de oferta de produtos financeiros. Em 2016, apresentou um aumento do volume da carteira da CA Seguros, a par da manutenção da carteira de fundos de investimento na CA Gest, contrabalançada pela diminuição da carteira de seguros de capitalização na CA Vida. Vemos esta redução da carteira detida junto da CA Vida, como algo razoável atendendo a que a seguradora descontinuou a venda de muitos produtos de capitalização, por motivos regulamentares (Solvência II). Esta realidade e as tendências de crescimento dos últimos exercícios reforçam a venda cruzada e o grau de fidelização do cliente. Do quadro seguinte, realçamos o cumprimento material e geral dos objectivos preconizados, quer em produção nova, quer em termos de crescimento da carteira, à excepção da CA Gest: Unidades de Negócio Variação Valor % Seguros Ramos Reais (produção) ,5% Seguros Ramos Reais (PCE's) ,9% Seguros Ramo Vida (produção) ,8% Seguros Capitalização - Ramo Vida (carteira) ,2% Fundos Investimento Mobiliário (carteira) ,4% Tansferência de Recursos de clientes de (-) ou para (+) empresas do Grupo CA Realçamos a excelente evolução verificada nos seguros do ramo real, dado que foi atingida a mais elevada carteira de sempre do CA Silves, cujos Prémios Comerciais Emitidos (PCE s) atingiram o máximo histórico de Já a produção nova ascendeu a quase , ficando também, claramente, acima do objetivo de É também de destacar, em termos de evolução histórica, o crescimento sustentado da carteira de seguros, que entre os exercícios de 2010 a 2016 cresceu mais de , ou seja, uns expressivos 49,2%: CA Silves Relatório e Contas

50 No que respeita ao Ramo Vida, a CA Vida descontinuou a venda de alguns bem-sucedidos produtos de capitalização. Por esta razão foi impossível evitar a redução da respectiva carteira. Ainda assim num montante muito inferior ao antecipado, já o nível de vendas de 2016 superou os objectivos. Não obstante a diminuição anual, esta carteira de mais de , continua a colocar o CA Silves no top do ranking nacional do Grupo C.A., neste segmento. Estas evoluções consubstanciam uma enérgica dinâmica comercial por parte da rede comercial, e o reforço da confiança que os nossos clientes continuam a atribuir ao Grupo C.A, em busca de soluções alternativas aos tradicionais depósitos a prazo, que apresentam taxas tendencialmente menores. CA Silves Relatório e Contas

51 Capital Subscrito e Movimento de Associados Como reflexo de inúmeras iniciativas internas do CA Silves, é com imenso agrado que verificamos uma ótima evolução da rúbrica do Capital Social total subscrito. Fixou-se em , o que representa um crescimento de 1,9%, cerca de , face a Mais um ano em que podemos destacar o bom crescimento do capital subscrito pelos sócios, cujo capital totaliza aproximadamente (o remanescente é titulado pela CCAM de Silves). No quadro seguinte resumimos a evolução: Movimento de Sócios Admissões Saídas Sócios existentes em 31 de Dez Capital subscrito pelos associados em 31 Dez. (em ) Variação anual ,9% 3,1% 12,3% 24,2% 14,3% 17,6% 15,8% 11,4% 8,3% Superando o objetivado pela Administração do CA Silves no Plano de Atividades e Orçamento de 2016, podemos extrair do quadro supra que, através do reforço de novos associados, voltou a haver um claro aumento do capital subscrito pelos associados de 8,3%, em quase , face ao período homólogo. A par de um elevado aumento de 231 no número dos sócios (+4,3%). O que se traduziu em novos máximos históricos, não só no número de associados da CCAM, como também no capital por eles subscrito, reforçando a tendência iniciada em 2009, e mais que duplicando o valor de capital detido pelos sócios: Solvabilidade e Situação Líquida A Situação Líquida manteve-se acima dos Sendo um dos fatores mais positivos a registar no corrente exercício, dada a sua contínua melhoria, que cresceu 1,1% face ao período homólogo, aproximadamente CA Silves Relatório e Contas

52 Congratulamo-nos com a acrescida capacidade de resiliência e contínuo reforço da solidez financeira do CA Silves, apesar da concorrência e dos problemas associados ao crédito vencido resultantes da conjuntura económica e do desemprego, como vimos no capitulo 2.2. Os Fundos Próprios em 2016 tiveram uma diminuição de 1,8%, cerca de A fundamentação material para tal evolução está na implementação das regras de Basileia III, e no Aviso 5/2015 do BdP, pela extinção das Provisões para Riscos Gerais de Crédito, no âmbito da qual foi feita uma recomendação, para antecipar o seu impacto, ainda em A evolução destas duas rúbricas deverá ser tanto mais valorizada, se considerarmos as dificuldades que a banca não cooperativa verificou na angariação de capital e fundos próprios para cumprir os limites impostos pela Autoridade Bancária Europeia e Banco de Portugal. Havendo inclusive 3 bancos privados que necessitaram de recorrer ao Estado, nomeadamente, por via de Obrigações de conversão contingente CoCos (BCP e BBPI), ou por uma solução mista, mais radical, que incluiu não só as CoCos como também a entrada direta do Estado no capital social do ex-banif. Ou ainda, já em 2014, a queda do Grupo BES que ditou a resolução do banco BES. Bem como, já no final de 2015, a venda do BANIF aos espanhóis do banco Santander Totta, de onde resultou a perda do capital e dívida injetados pelo Estado em 2012, bem como uma limpeza de Balanço do ex-banif assumida pelo erário público, de cerca de Milhões de euros. CA Silves Relatório e Contas

53 Sustentado nestes factos, com especial destaque não só para as novas regras do já aludido Aviso 5/2015 do BdP, mas também para o aumento da carteira de crédito, há a indicar que o rácio de solvabilidade global reduzir-se em 1,4 p.p., fixando-se em 14,3%. Já o rácio Common Equity Tier I (sucessor do Core tier I), também regista uma diminuição tendo-se fixado em 13,8%, um valor claramente acima do mínimo recomendado pelo Banco de Portugal que é de 10% (o mínimo obrigatório é de 8%). Exibe-se uma confortável situação nesta rubrica, em sintonia com os valores já referidos para o SICAM (que são dos mais elevados da banca). Sem sombra de dúvida, este é um pilar muito forte de solidez financeira, com o qual os nossos clientes e associados podem contar e confiar, dado que o CA Silves está à margem da fragilidade estrutural com a qual a banca não cooperativa ainda se debate, imposta pelas significativas necessidades de capital, de que ainda precisa de colmatar Evolução da Conta de Exploração Margem Financeira Apurou-se um aumento significativo desta rubrica de 10,4%, aproximadamente O que supera muito a prestação das nossas congéneres CCAM s, que viram a sua Margem Financeira baixar 2,8%. Apesar desta boa evolução temos de realçar que, historicamente, mantém-se o caracter estrutural da tendência de redução de Margem, desde a implementação das regras contabilísticas de Permanecendo um dos maiores desafios que o CA Silves terá de continuar a enfrentar, e que fica bem patente no próximo gráfico: CA Silves Relatório e Contas

54 Em 2016, a evolução homóloga da Margem Financeira encontra a sua explicação material nos seguintes vectores: Do lado dos proveitos, tal como em 2014/2015, destacamos a forte pressão junto da remuneração dos excedentes de liquidez na Caixa Central, na medida em que tais juros recebidos verificam uma nova diminuição (-23,1%), não obstante o forte crescimento de quase (+24,6%) dos depósitos colocados na Caixa Central, já analisado; Diminuição dos juros recebidos de Crédito de 2,9%, ou seja, Ainda assim é uma boa melhoria face ao período homólogo, em que havia decrescido 4%. Como verificamos um crescimento significativo da carteira de crédito (+6,3%), tal evolução é imputável, fundamentalmente, à redução das taxas Euribor para valores negativos, em consequência da política monetária seguida pelo B.C.E. (ver no ponto 2.2.). Bem como é justificável pela maior concorrência que se faz sentir no mercado do Crédito, e que se tem traduzido numa redução dos spreads médios das novas operações; Do lado dos Gastos com os juros a pagar a clientes há a referir uma redução significativa, que constitui o fundamento de maior materialidade para a melhoria da Margem. Esta variação dos gastos com juros a clientes é a consequência inevitável da redução dos juros recebidos das aplicações da Caixa Central, bem como de uma maior normalização do pricing no mercado nacional. Os efeitos da fragmentação do mercado monetário único, a perda de eficácia dos mecanismos de transmissão da política monetária tradicional, e a latente crise da dívida soberana da Europa periférica, continuaram a ditar em 2016 a maior influência nas decisões do BCE sobre as suas taxas diretoras. Riscos elevados para os quais temos alertado há 6 anos, agora reforçados por um novo risco que cresceu de relevância nos últimos 3 anos na Zona Euro, que tem condicionado, igualmente, a política monetária desde o Verão 2014: o risco de deflação/inflação reduzida por um longo período de tempo. O CA Silves neste contexto verificou, em 2016, os menores ganhos com juros, desde a implementação da nova contabilidade bancária, em O valor ascendeu a apenas CA Silves Relatório e Contas

55 , o que representa somente cerca de 39% dos proveitos com juros registados no exercício de 2008, o ano em que atingimos o nosso máximo histórico. Pelo que é justo afirmar que esta política monetária ultra-expansionista tem-se mostrado fortemente penalizadora para o CA Silves, nos últimos 8 exercícios, desde Isto porque tem implicado uma brutal diminuição dos proveitos (-61%) da actividade creditícia. Um efeito muito negativo na conta de exploração, fortemente potenciado pela quebra dos juros recebidos da Caixa Central, que marcou igualmente o exercício de A expressiva pressão sobre a Margem Financeira que esta situação originou, continua reforçada do lado dos custos dos Recursos, apesar de aliviada em Verifica-se ainda a manutenção de um elevado índice de concorrência entre algumas instituições de crédito pela captação de depósitos, uma realidade que se impõe desde Não obstante as restrições às taxas passivas impostas pelo Banco de Portugal em 2011, reforçadas em Março de 2012, é ainda bem patente a manutenção de um insustentável diferencial das taxas passivas face à Euribor, embora registe um diferencial mais reduzido quando comparado com Fica clara a grande pressão sobre os ganhos, a que o CA Silves tem sido sujeito. Ainda assim, só foi possível evitar a redução da margem financeira, promovendo a sua recuperação, por via da forte redução dos gastos com juros pagos a clientes. Uma estratégia em linha com o orçamentado, dada a evolução negativa que verificaram os juros recebidos do Crédito e da Caixa Central, não obstante os aumentos significativos das respetivas carteiras (já analisados). CA Silves Relatório e Contas

56 Produto Bancário O Produto Bancário registou uma ligeira diminuição 1,4%, de aproximadamente , como podemos ver no gráfico seguinte. Esta prestação supera, em muito, a das CCAM s do SICAM que viram o seu Produto Bancário baixar 2,5%. Para esta evolução do Produto Bancário, concorre a já explicada evolução da Margem Financeira, bem como o aumento de 7,4% das comissões liquidas cobradas, em cerca de Consequência maior da recuperação das comissões associadas ao crédito, bem como do crescimento das comissões da CA Seguros, dado o aumento significativo da carteira e a superação dos respetivos objectivos comerciais. Adicionalmente há a destacar o aumento das mais-valias com a venda de imóveis obtidos por recuperação de crédito ( ). Bem como, a redução 83% nos Outros Resultados de Exploração, em quase , quando comparado com o período homólogo, cuja explicação principal podemos encontrar na normalização dos resultados não recorrentes, que não se verificaram em 2016, mas dos quais havíamos beneficiado em 2015, a saber: Na alienação de 99,5% da participação que o CA Silves detinha na CA Vida, que gerou mais-valias de cerca de , em 2015; Na significativa detioração do montante obtido por recuperação do crédito e juros abatidos ao Activo, que face a 2015, foram reduzidos em mais de , na medida em que terminamos 2016 com apenas de proveitos nesta rubrica, o valor mais baixo desde Desta análise, por comparação a 2015, fica evidente que uma parte muito maior do Produto Bancário, obtido em 2016, passou a ser natureza recorrente. É uma evolução muito positiva, conferindo um maior carater estrutural às receitas. Um objetivo para o qual teremos de continuar a trabalhar para melhorar. CA Silves Relatório e Contas

57 Resultados Antes de Impostos Os Gastos de estrutura voltaram a manter-se controlados, dado que cresceram apenas 0,5%, aproximadamente O que suplanta em muito, a prestação das CCAM s do SICAM que viram os seus gastos de estrutura subir 4,1%. Os Gastos com Órgãos Sociais e Pessoal subiram 3,8%, cerca de , estando plenamente justificados com base em gastos extraordinários adicionais face a 2015, de aproximadamente (associados à saída de um colaborador, e à superação dos objectivos comerciais). Este crescimento foi compensado com fortes diminuições das outras rúbricas dos gastos operacionais. Especial nota merecem os Gastos Gerais Administrativos cujo decréscimo ascendeu a 2,5%, cerca de , ou ainda, as amortizações que baixaram quase Estes valores, constituem o 2º nível mais reduzido de gastos desde o exercício de 2007, dado terem descido para aproximadamente Esta evolução deverá ser tanto mais valorizada na medida em que é resultado de um expressivo controlo de custos por parte da Administração. A tal evolução não será alheia, a reestruturação em 2015 da rede comercial do CA Silves, resultando na fusão de duas delegações, de modo a manter uma representação em todas as 8 freguesias da sua área de atuação, em Silves e Lagoa. Os efeitos maiores na poupança em gastos, já registados em 2015, mantiveram relevância no exercício de Estes vectores estão em linha com o compromisso assumido de praticar uma gestão dinâmica, atuando sobre as variáveis mais controláveis, de modo a mitigar os efeitos negativos daquelas que a Administração não controla diretamente. Dessas variáveis não controláveis neste CA Silves Relatório e Contas

58 domínio dos Gastos, gostaríamos de realçar apenas aquelas resultantes de imposições legais, nomeadamente, do Acordo Coletivo de Trabalho, que continua a impor aumento de gastos. A redução estrutural dos Gastos é evidente desde 2009, apesar de todas as vicissitudes sofridas e analisadas nos últimos exercícios em termos de Gastos. Comparando 2016 com o pico dos gastos incorrido em 2009, verifica-se uma redução de gastos de estrutura de 8,8%. As poupanças conseguidas ascendem a cerca de /ano, com base nos valores alcançados em As poupanças acumuladas desde 2009 elevam-se a quase : Face a alguns dos impactos negativos já analisados na conta de exploração, o Conselho de Administração decidiu pelo 6º ano consecutivo, prescindir dos seus prémios variáveis. Nos termos explicados e aprovados em Assembleia Geral, na Política de Remunerações da CCAM de Silves. Passando para a análise da variação líquida de provisões (constituições liquidas de reposições e anulações), verificamos que as de Crédito ascenderam aproximadamente a , um decréscimo favorável de , face ao exercício homólogo. Os objectivos preconizados CA Silves Relatório e Contas

59 neste domínio, foram mais que cumpridos, dado que o valor provisionado ficou muito abaixo do orçamento, algo indissociável da redução e maior controlo do crédito vencido. Ainda assim, neste domínio das provisões não podemos deixar de voltar a referir os problemas operacionais associados à reforma do mapa judiciário, que continuam a adiar o avanço material das decisões nos processos judiciais. Por esta via, a capacidade da CCAM em recuperar provisões e imparidades em 2016 continuou fortemente condicionada. Em sentido inverso evoluíram as Outras Provisões e Imparidades, que verificaram um elevado crescimento de mais de Este aumento encontra a sua maior justificação não só no aumento das imparidades dos imóveis obtidos por recuperação de crédito, devido às reavaliações regulamentares periódicas a que a CCAM está obrigada, como também no provisionamento de alguns imóveis de serviço próprio. Este último, foi um facto inesperado com que a gestão teve de lidar e provisionar em final de ano, mas do qual irá procurar refutar, no sentido de obter a reposição de tais provisões em 2017, fundamentando a falta razoabilidade que entendemos existir, nesta imposição da Caixa Central. Agregando todas as provisões e imparidades, o esforço de provisionamento do CA Silves ascendeu a um total de : Neste contexto, os resultados apurados antes de impostos, cresceram significativamente para um valor de cerca de Um aumento expressivo de , mais 88,7%, do que aquele registado em período homólogo Resultados Após Impostos O CA Silves apresenta um acréscimo no seu Resultado Líquido do Exercício (RLE), para um montante acima do valor orçamentado, dado que se cifrou em , duplicando o seu valor face ao período homólogo, como se mostra no próximo gráfico. CA Silves Relatório e Contas

60 Embora a explicação para esta evolução se encontrar desenvolvida nos capítulos anteriores, resumiremos aqueles fatores que, em nosso entender, mais contribuíram para a formação do actual RLE: Política monetária ultra-expansionista seguida pelo BCE, que se traduziu em nova redução das taxas Euribor, a níveis já negativos. Uma realidade nunca antes verificada em Portugal, bastante penalizadora dos juros recebidos da carteira de crédito da CA Silves. Um efeito que conduziu a que os juros recebidos do Crédito diminuíssem 2,9%, aproximadamente , não obstante o segundo melhor crescimento anual da última década, da carteira de crédito da CCAM, que subiu 6,3%, em mais de ; Retomar da concorrência pela captação de Crédito, ainda que restringida ao crédito à habitação de risco favorável, e ao sector empresarial de bens transacionáveis, de bons ratings. Este facto que se retomou em 2014, manteve ulterior pressão nos proveitos de 2016, por via do esmagamento das taxas activas, das novas operações de crédito; Se considerarmos o aumento de 24%, quase , nas aplicações depositadas na Caixa Central, a quebra de 23% nos juros recebidos por tais Aplicações, só pode ser classificada como muito significativa. Tais juros terminaram 2016 no valor mais reduzido desde a implementação das novas regras contabilísticas, em Pelo que, a rentabilização do excesso da nossa liquidez é uma tarefa cada vez mais difícil, algo indissociável do nosso actual regime jurídico e da política monetária no BCE; Forte redução dos gastos com juros pagos a clientes, em linha com o orçamentado, repercutindo a evolução negativa dos juros recebidos do Crédito e da Caixa Central, apesar dos aumentos significativos das respetivas carteiras destas rubricas; CA Silves Relatório e Contas

61 Manutenção de uma competição elevada pelos Recursos dos nossos clientes, dada a premência que o Estado e a Banca comercial têm em obter liquidez estrutural. Um facto que continua a ser indutor de um diferencial das taxas passivas face às Euribor, embora 2016 registe um nível mais reduzido, quando comparado com 2015; Aumento das comissões recebidas, consequência direta do aumento da carteira de crédito, de seguros ramos reais, e dos seguros vida de não capitalização; Controlo apertado dos Gastos de estrutura, que estagnaram face a 2015 (+0,5%); Significativa redução do valor do Crédito vencido e a consequente menor necessidade de provisionamento dessa rubrica. Apesar da reforma do mapa judiciário iniciada em 2014, continuar a afetar bastante a capacidade de recuperar rapidamente as provisões; Expressivo aumento das Outras Provisões e Imparidades, em mais de , face ao período homólogo, em especial devido ao crescimento do provisionamento dos imóveis obtidos por recuperação de credito e de serviço próprio Resumo dos principais Rácios Na tabela seguinte resumimos os principais rácios de estrutura, de rentabilidade e prudenciais, alguns destes indicadores já abordados em capítulos anteriores: Rácios de Estrutura e Prudenciais Cumpre a recomendação da CAIXA CENTRAL? Rácio de Solvabilidade global 15,7% 14,3% N/A Rácio Common Equity Tier I > 10% 14,8% 13,8% Cumpre Rácio de Transformação (Crédito/Depósitos) <= 85% 73,5% 72,4% Cumpre Rácio de crédito em risco (Instrução nº 24/2012 do BdP) 12,7% 7,8% N/A Rácio de crédito em incumprimento (Instrução nº 24/2012 do BdP) 7,34% 4,90% N/A Rácio de Crédito Vencido <= 5% 7,33% 4,98% Cumpre Rácio de Crédito Vencido há mais de 90 dias <= 5% 7,22% 4,88% Cumpre Rácio de Crédito Vencido Liquido <= 3% 0,60% 1,00% Cumpre Crédito com garantias reais ou financeiras / Crédito Total > 65% 86,1% 88,2% Cumpre Rácios de Rentabilidade Cumpre a recomendação da CAIXA CENTRAL? Comissões Líquidas / Produto bancário > 20,0% 29,1% 31,7% Cumpre Rácio de Eficiência < 60% 65,2% 66,4% Não Cumpre Nº colaboradores Activo Líquido por Empregado > euros Cumpre Produto Bancário por Empregado > Cumpre Custo com Pessoal / Activo Líquido < 1,1% 1,23% 1,15% Não Cumpre Gastos gerais Administrativos / Activo Líquido < 0,8% 0,88% 0,77% Cumpre Rendibilidade do Activo Liquido Médio (ROA) 0,08% 0,14% N/A Rendibilidade dos Capitais Próprios (ROE) 0,85% 1,78% N/A CA Silves Relatório e Contas

62 3. Proposta da Aplicação dos Resultados Líquidos Como nota prévia será importante deixar claro que a distribuição de resultados está condicionada à aprovação do Banco de Portugal, nos termos impostos pela sua carta circular Refª CC/2017/ G, de 27 de Janeiro de Bem como, deverão ser cumpridas as recomendações da Caixa Central, expostas na circular refª DFOA/03/2017 de 01 de Fevereiro de Tendo presente este contexto, e depois de apurados os resultados do exercício findo a 31 Dezembro de 2016 no montante de ,39 euros, propõe a Administração da C.C.A.M. de Silves, de acordo com os artigos 33º e 34º dos Estatutos, a seguinte aplicação: Cobertura Resultados Negativos Transitados ,80 Reserva Legal ,12 Reserva Especial ,18 Distribuição aos Associados ,29 (*) (valores em euros) ,39 (*) Dos quais 1.454,35 abrangidos pelo nº3 do Artigo nº 34º dos Estatutos (englobáveis em Reservas, quando aplicável). De acordo com o artigo 8º dos Estatutos propõe também a Administração que seja incorporada no Capital Social titulado pela C.C.A.M. de Silves, a quase totalidade da Reserva Especial num total de Assim que for rececionada a autorização formal do regulador, e nos termos em que este não se oponha, a Administração dará cumprimento à aplicação supra indicada dos resultados do exercício. Silves, 22 de Fevereiro de 2017 O Conselho de Administração José Manuel G. Estiveira Gonçalves Diogo Manuel Calvário Cabrita Manuel António da Conceição Nunes O Adjunto da Administração João Pedro Rodrigues Gonçalves CA Silves Relatório e Contas

63 4. Documentos Financeiros 4.1. Balanço e Demonstrações Financeiras CA Silves Relatório e Contas

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66 CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO SILVES, C.R.L. DEMONSTRAÇÕES DE ALTERAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIO PARA OS EXERCíCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 E 31 DEZEMBRO DE 2015 (Montantes expressos em Euros) Outras Reservas e resultados transitados Reservas de Outras Resultados Resultado do Capital reavaliação reservas transitados Total exercício Total Saldos em 31 de Dezembro de (37.672) Amort anual impacto de transição das pensões (Nota 36) (31.074) (31.074) (31.074) Aplicação do resultado do exercício de 2014: Transferência para resultados transitados (37.672) - Constituição de reservas - (29.134) (9.462) Distribuição de dividendos - - (32.351) - (32.351) (36.103) (68.454) Mobilização de Reservas Aumento de capital (350) - (350) Reembolso de capital (11.195) (11.195) Alterações de justo valor líquidas de imposto Resultado liquido do exercício de Saldos em 31 de Dezembro de (18.954) (31.074) Amort anual impacto de transição das pensões (Nota 36) (31.074) (31.074) - (31.074) Aplicação do resultado do exercício de 2015: Transferência para resultados transitados (31.074) - Constituição de reservas - ( ) (42.406) ( ) Distribuição de dividendos - - (29.813) - (29.813) (27.869) (57.683) Mobilização de Reservas Aumento de capital Reembolso de capital (12.575) (12.575) Alterações de justo valor líquidas de imposto Resultado liquido do exercício de Saldos em 31 de Dezembro de ( ) (31.074) O RESPONSÁVEL PELA CONTABILIDADE O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO O Anexo faz parte integrante destas demonstrações. CA Silves Relatório e Contas

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69 4.2. Notas Explicativas Anexas às Contas 1. NOTA INTRODUTÓRIA A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Silves, C.R.L. (adiante designada por Caixa ou CCAM Silves), fundada em 29 de Abril de 1929, é uma instituição de crédito comercialmente averbada em 02 de Maio de 1983 sob a forma de Cooperativa de responsabilidade limitada. Constitui objecto da Caixa a concessão de crédito e a prática dos demais actos inerentes à actividade bancária, nos termos previstos na legislação aplicável. A Caixa forma parte do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo (SICAM) o qual é formado pela Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo, C.R.L. (Caixa Central) e pelas Caixas de Crédito Agrícola Mútuo suas associadas. Compete à Caixa Central assegurar a orientação, fiscalização e representação das entidades que fazem parte do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo. Em 31 de Dezembro de 2016, a Caixa opera através da sua sede, situada na Rua Comendador Vilarinho n.º 22, em Silves e através de uma rede de 8 balcões situados nos concelhos de Silves e de Lagoa. Regista-se como eventos mais relevantes na Caixa durante 2016 e 2015 e que tenham impacto nas suas contas os seguintes factos: Em 2016: - Na rubrica Activos não Correntes detidos para Venda foram adquiridos 5 imóveis por recuperação de crédito no montante de (valor bruto) e foram alienados 22, no montante de (valor bruto). Destas vendas, 12 imoveis no valor bruto de , foram alienados ao Fundo Imobiliário, ImovalorCA. A variação global bruta nesta rúbrica foi de (Nota 15). - Imparidades Imoveis Serviço Próprio Em estrito cumprimento da Circular DCF/72/2016, de da Caixa Central, foram reavaliados 50% dos imóveis de Serviço Próprio (valor líquido), onde se inclui obrigatoriamente o edifício sede (Nota 17). Foram reavaliados os seguintes Imóveis: Silves (Sede), delegação de Porches, ATM Tunes, ATM Pêra, delegação de Armação de Pêra. Em 2015: - Fecho das agências de Tunes e Pêra, a , permanecendo em funcionamento e capitalizadas as duas ATM`s, segundo a premissa de serviço às comunidades locais à luz do nosso objecto social. - Na rubrica Activos não Correntes detidos para Venda foram adquiridos 11 imóveis por recuperação de crédito no montante de (valor bruto) e foram alienados 40, no montante de (valor bruto). Destas vendas 27, no valor de , foram alienados ao Fundo Imobiliário, ImovalorCA. A variação global bruta nesta rúbrica foi de, ( ) (Nota 15). 2. BASES DE APRESENTAÇÃO, COMPARABILIDADE DA INFORMAÇÃO E PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS 2.1. Bases de apresentação das contas As demonstrações financeiras da Caixa foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações, com base nos livros e registos contabilísticos mantidos de acordo com os princípios consagrados nas Normas de Contabilidade Ajustadas (NCA), nos termos do Aviso nº 1/2005, de 21 de Fevereiro e das Instruções nº 23/2004 e nº 9/2005, do Banco de Portugal. CA Silves Relatório e Contas

70 As NCA correspondem genericamente às Normas Internacionais de Relato Financeiro (IAS/IFRS), conforme adoptadas pela União Europeia, de acordo com o Regulamento (CE) nº 1606/2002 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 19 de Julho, transposto para o ordenamento nacional pelo Decreto- Lei nº 35/2005, de 17 de Fevereiro e pelo Aviso nº 1/2005, de 21 de Fevereiro, do Banco de Portugal, excepto no que se refere a: i) Valorimetria do crédito a clientes e valores a receber de outros devedores (Crédito e contas a receber) os créditos são registados pelo valor nominal, não podendo ser reclassificados para outras categorias e, como tal, registados pelo justo valor. Os proveitos são reconhecidos segundo a regra pro rata temporis, quando se tratem de operações que produzam fluxos redituais ao longo de um período superior a um mês, nomeadamente juros e comissões; ii) Sempre que aplicável, as comissões e custos externos imputáveis à contratação das operações subjacentes aos activos classificados como crédito e contas a receber deverão ser, igualmente, periodificados ao longo do período de vigência dos créditos, de acordo com o método referido na alínea anterior; iii) Provisionamento do crédito e contas a receber - mantém-se o anterior regime, sendo definidos níveis mínimos de provisionamento de acordo com o disposto no Aviso do Banco de Portugal nº 3/95, com as alterações introduzidas pelo Aviso do Banco de Portugal nº 8/03, de 30 de Junho e pelo Aviso do Banco de Portugal nº 3/2005, de 21 de Fevereiro. Este regime abrange ainda as responsabilidades representadas por aceites, garantias e outros instrumentos de natureza análoga; iv) Os activos tangíveis são obrigatoriamente mantidos ao custo de aquisição, não sendo deste modo possível o seu registo pelo justo valor, conforme permitido pelo IAS 16 Activos fixos tangíveis. Como excepção, é permitido o registo de reavaliações extraordinárias, legalmente autorizadas, caso em que as mais - valias resultantes são registadas em Reservas de reavaliação. v) Benefícios aos empregados, através do estabelecimento de um período para diferimento do impacto contabilístico decorrente da transição para os critérios do IAS 19. De acordo com os Avisos do Banco de Portugal nº 4/2005 de 21 de Fevereiro e nº 12/2005 de 30 de Dezembro, o reconhecimento em resultados transitados do impacto apurado com referência a 31 de Dezembro de 2004, decorrente da transição para os IAS/IFRS pode ser atingido através da aplicação de um plano de amortização de prestações uniformes até 31 de Dezembro de 2014, com excepção da parte referente ao impacto da alteração da tábua de mortalidade e às responsabilidades relativas a cuidados médicos pós-emprego, para a qual esse plano de amortização pode ir até 31 de Dezembro de Em 2007 a Caixa apresentou pela primeira vez as suas demonstrações financeiras de acordo com as NCA, sendo o impacto da introdução destas normas apresentado na Nota 3. As demonstrações financeiras da Caixa em 31 de Dezembro de 2015 foram aprovadas pelos correspondentes órgãos sociais, em Assembleia-geral, a 20 de Março de As demonstrações financeiras da Caixa em 31 de Dezembro de 2016 foram aprovadas pelo Conselho de Administração, a 1 de Fevereiro de Comparabilidade da informação Neste reporte o comparativo é feito com o ano anterior, ou seja, Resumo das principais políticas contabilísticas As políticas contabilísticas mais significativas, utilizadas na preparação das demonstrações financeiras foram as seguintes: a) Especialização dos exercícios A Caixa adopta o princípio contabilístico da especialização de exercícios em relação à generalidade das rubricas das demonstrações financeiras. Assim, os custos e proveitos são registados à medida que são gerados, independentemente do momento do seu pagamento ou recebimento. b) Transacções em moeda estrangeira CA Silves Relatório e Contas

71 Os activos e passivos expressos em moeda estrangeira são convertidos para Euros ao câmbio de "fixing" da data do balanço, com excepção dos saldos relativos a notas e moedas estrangeiras, os quais são convertidos ao câmbio médio do mês indicado pelo Banco de Portugal. Os proveitos e custos relativos às transacções em moeda estrangeira registam-se no período em que ocorrem, de acordo com o efeito que as transacções em divisas têm na posição cambial. Na data da sua contratação, as compras e vendas de moeda estrangeira à vista e a prazo são registadas na posição cambial. c) Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos As empresas filiais são entidades nas quais a Caixa exerce controlo sobre a gestão das mesmas. As empresas associadas são entidades nas quais a Caixa exerce influência significativa, mas não detém o controlo. Como influência significativa entende-se uma participação financeira (directa ou indirecta) superior a 20% ou o poder de participar nas decisões sobre as políticas financeiras e operacionais da entidade mas sem existir controlo nem controlo conjunto sobre a mesma. As empresas filiais e associadas são valorizadas ao custo de aquisição, sendo objecto de análises de perdas por imparidade. As participações em empresas filiais e associadas em moeda estrangeira (activos não monetários valorizados ao custo histórico) são convertidas à taxa de câmbio histórica da data da transacção, conforme previsto no IAS 21. d) Crédito e outros valores a receber Conforme descrito na Nota 2.1 estes activos encontram-se registados ao valor nominal, de acordo com o Aviso nº 1/2005 do Banco de Portugal. A componente de juros, incluindo a referente a eventuais prémios/descontos, é objecto de relevação contabilística autónoma nas respectivas contas de resultados. Os proveitos são reconhecidos quando obtidos e distribuídos por períodos mensais, segundo o método da taxa efectiva, quando se trate de operações que produzam fluxos redituais ao longo de um período superior a um mês. Sempre que aplicável, as comissões e custos externos imputáveis à contratação das operações subjacentes aos activos incluídos nesta categoria devem ser, igualmente, periodificados ao longo do período de vigência dos créditos, segundo o método da taxa efectiva. Posteriormente, o crédito e outros valores a receber são submetidos à constituição de provisões, nos termos descritos abaixo. Os juros são reconhecidos de acordo com o princípio da especialização dos exercícios, sendo as comissões e custos associados aos créditos periodificados ao longo da vida das operações, independentemente do momento em que são cobrados ou pagos. Garantias prestadas e compromissos irrevogáveis As responsabilidades por garantias prestadas e compromissos irrevogáveis são registadas em rubricas extrapatrimoniais pelo valor em risco, sendo os fluxos de juros, comissões ou outros proveitos registados em resultados ao longo da vida das operações. Provisões para crédito e juros vencidos, créditos de cobrança duvidosa, riscos país e riscos Gerais de crédito De acordo com o Aviso do Banco de Portugal nº 3/95, de 30 de Junho (com as alterações introduzidas subsequentemente, nomeadamente pelo Aviso nº 3/2005, de 21 de Fevereiro), e outras disposições emitidas pelo Banco de Portugal, são constituídas as seguintes provisões para riscos de crédito: i) Provisão para crédito e juros vencidos Destina-se a fazer face aos riscos de realização de créditos concedidos que apresentem prestações vencidas e não pagas de capital ou juros. As percentagens provisionadas do CA Silves Relatório e Contas

72 crédito e juros vencidos dependem do tipo de garantias existentes e são função crescente do período decorrido desde a data de incumprimento. ii) Provisão para créditos de cobrança duvidosa Destina-se à cobertura dos riscos de realização do capital vincendo relativo a créditos concedidos que apresentem prestações vencidas e não pagas de capital ou juros, ou que estejam afectos a clientes que tenham outras responsabilidades vencidas. Nos termos do Aviso nº 3/95, são considerados créditos de cobrança duvidosa, os seguintes: - As prestações vincendas de uma mesma operação de crédito em que se verifique, relativamente às respectivas prestações em mora de capital e juros, pelo menos uma das seguintes condições:. Excederem 25% do capital em dívida, acrescido de juros;. Estarem em incumprimento há mais de:. Seis meses, nas operações com prazo inferior a cinco anos;. Doze meses, nas operações com prazo igual ou superior a cinco anos mas inferior a dez anos;. Vinte e quatro meses, nas operações com prazo igual ou superior a dez anos. Os créditos nestas condições são considerados vencidos apenas para efeitos da constituição de provisões, sendo provisionados com base nas taxas aplicáveis ao crédito vencido dessas operações. - Os créditos vincendos sobre um mesmo cliente se, de acordo com a classificação acima definida, o crédito e juros vencidos de todas as operações relativas a esse cliente excederem 25% do crédito total, acrescido de juros. Os créditos nestas condições são provisionados com base em metade das taxas aplicáveis aos créditos vencidos. iii) Provisão para risco país Destina-se a fazer face aos problemas de realização dos activos financeiros e extrapatrimoniais sobre residentes de países considerados de risco pelo Banco de Portugal, qualquer que seja o instrumento utilizado ou a natureza da contraparte, com excepção: - Dos domiciliados em sucursal estabelecida nesse país, expressos e pagáveis na moeda desse país, na medida em que estejam cobertos por recursos denominados nessa moeda; - Das participações financeiras; - Das operações com sucursais de instituições de crédito de um país considerado de risco, desde que estabelecidas em Estados membros da União Europeia; - Dos que se encontrem garantidos por entidades indicadas no número 1 do artigo 15º do Aviso nº 3/95, desde que a garantia abranja o risco de transferência; - Das operações de financiamento de comércio externo de curto-prazo, que cumpram as condições definidas pelo Banco de Portugal. As necessidades de provisões são determinadas por aplicação das percentagens fixadas em Instruções e Cartas Circulares do Banco de Portugal, que classificam os países e territórios segundo grupos de risco. iv) Provisão para riscos gerais de crédito Encontra-se registada no passivo, na rubrica "Provisões", e destina-se a fazer face a riscos de cobrança do crédito concedido e garantias e avales prestados. CA Silves Relatório e Contas

73 Esta provisão é calculada por aplicação das seguintes percentagens genéricas à totalidade do crédito não vencido, incluindo as garantias e avales: - 1,5%, no que se refere ao crédito ao consumo e às operações de crédito a particulares, cuja finalidade não possa ser determinada; - 0,5%, relativamente ao crédito garantido por hipoteca sobre imóvel, ou operações de locação financeira imobiliária, em ambos os casos quando o imóvel se destine a habitação do mutuário; - 1%, no que se refere ao restante crédito concedido. Nos exercícios de 2001 e 2002 foram aceites como custo fiscal 50% dos reforços da provisão para riscos gerais de crédito. A partir de 1 de Janeiro de 2003 os reforços desta provisão deixaram de ser aceites fiscalmente como custo. A Caixa classifica em crédito vencido as prestações vencidas de capital ou juros decorridos que sejam 30 dias após o seu vencimento. Os créditos com prestações vencidas são denunciados nos termos definidos no manual de crédito aprovado, sendo nesse momento considerada vencida toda a dívida. Periodicamente, a Caixa abate ao activo os créditos considerados incobráveis por utilização das provisões constituídas. Em caso de eventual recuperação dos referidos créditos, esta é reconhecida em resultados, na rubrica Outros resultados de exploração. e) Outros activos e passivos financeiros Os outros activos e passivos financeiros são reconhecidos e valorizados de acordo com os IAS 32 e IAS 39, sendo registados na data de contratação pelo justo valor. i) Activos financeiros detidos para negociação e ao justo valor através de resultados, passivos financeiros detidos para negociação Os activos financeiros detidos para negociação incluem títulos de rendimento variável transaccionados em mercados activos, adquiridos com o objectivo de venda ou recompra no curto prazo, bem como derivados. Os derivados de negociação com valor líquido a receber (justo valor positivo) são incluídos na rubrica de activos financeiros detidos para negociação. Os derivados de negociação com valor líquido a pagar (justo valor negativo), são incluídos na rubrica de passivos financeiros detidos para negociação. Os activos financeiros ao justo valor através de resultados incluem os títulos de rendimento fixo transaccionados em mercados activos que a Caixa optou por registar e avaliar ao justo valor através de resultados. Os activos e passivos financeiros detidos para negociação e os activos financeiros ao justo valor através de resultados são reconhecidos inicialmente ao justo valor. Os ganhos e perdas decorrentes da valorização subsequente ao justo valor são reconhecidos em resultados. Os juros inerentes aos activos financeiros e as diferenças entre o custo de aquisição e o valor nominal (prémio ou desconto) são calculados de acordo com o método da taxa efectiva e reconhecidos em resultados na rubrica de Juros e rendimentos similares. Os dividendos são reconhecidos quando atribuídos ou recebidos. De acordo com este critério, os dividendos antecipados são registados como proveitos no exercício em que é deliberada a sua distribuição. CA Silves Relatório e Contas

74 O justo valor dos activos financeiros detidos para negociação e transaccionados em mercados activos é o seu bid-price ou a cotação de fecho à data do balanço. Se um preço de mercado não estiver disponível, o justo valor do instrumento é estimado com base em técnicas de valorização, que incluem modelos de avaliação de preços ou técnicas de discounted cashflows. Quando são utilizadas técnicas de discounted cash-flows, os fluxos financeiros futuros são estimados de acordo com as expectativas da gestão e a taxa de desconto utilizada corresponde à taxa de mercado para instrumentos financeiros com características semelhantes. Nos modelos de avaliação de preços, os dados utilizados correspondem a informações sobre preços de mercado. O justo valor dos derivados que não são transaccionados em bolsa é estimado com base no montante que seria recebido ou pago para liquidar o contrato na data em análise, considerando as condições de mercado vigentes bem como a qualidade creditícia das contrapartes. ii) Activos financeiros disponíveis para venda Os activos financeiros disponíveis para venda incluem instrumentos de capital e dívida, que não sejam classificados como activos financeiros detidos para negociação, ao justo valor através de resultados, investimentos a deter até à maturidade, crédito ou empréstimos e contas a receber. Os activos financeiros disponíveis para venda são registados ao justo valor, com excepção de instrumentos de capital não cotados num mercado activo e cujo justo valor não possa ser mensurado com fiabilidade, os quais permanecem registados ao custo. Os ganhos e perdas relativos à variação subsequente do justo valor são reflectidos em rubrica específica do capital próprio reserva de justo valor até à sua venda (ou até ao reconhecimento de perdas por imparidade), momento em que são transferidos para resultados. Os ganhos ou perdas cambiais de activos monetários são reconhecidas directamente em resultados do período. Os juros inerentes aos activos financeiros são calculados de acordo com o método da taxa efectiva e registados em resultados na rubrica de Juros e rendimentos similares. Os dividendos são registados nas respectivas contas de resultados quando o direito ao seu pagamento é estabelecido. A Caixa Agrícola efectua análises periódicas de imparidade aos activos financeiros com excepção de crédito a clientes e outros valores a receber, cujas provisões e imparidade são calculadas conforme referido na alínea d). Quando existe evidência de imparidade num activo ou grupo de activos financeiros, as perdas por imparidade registam-se por contrapartida de resultados. Para títulos cotados e fundos de investimento, considera-se que existe evidência objectiva de imparidade numa situação de desvalorização continuada ou de valor significativo na cotação dos títulos. Considera-se desvalorização continuada ou de valor significativo, uma depreciação de valor por tempo superior a 12 meses ou de valor superior a 30%, respectivamente. Para títulos não cotados, é considerado evidência objectiva de imparidade a existência de eventos com impacto no valor estimado dos fluxos de caixa futuros do activo financeiro, desde que possa ser estimado com razoabilidade. Em caso de evidência objectiva de imparidade, resultante de diminuição significativa ou prolongada do justo valor do título ou de dificuldades financeiras do emitente, a perda acumulada na reserva de reavaliação de justo valor é removida do capital próprio e reconhecida nos resultados. As perdas por imparidade registadas em títulos de rendimento fixo podem ser revertidas através de resultados, caso se verifique uma alteração positiva no justo valor do título resultante de um evento ocorrido após a determinação da imparidade. CA Silves Relatório e Contas

75 As perdas por imparidade relativas a títulos de rendimento variável não podem ser revertidas, pelo que eventuais mais-valias potenciais originadas após o reconhecimento de perdas por imparidade são reflectidas na reserva de justo valor. Quanto a títulos de rendimento variável para os quais tenha sido registada imparidade, posteriores variações negativas no justo valor são sempre reconhecidas em resultados. iii) Investimentos a deter até à maturidade Os investimentos a deter até à maturidade são investimentos que têm um rendimento fixo, com taxa de juro conhecida no momento da emissão e data de reembolso determinada, sendo do interesse da Caixa mantê-los até ao seu reembolso. Os investimentos financeiros a deter até à maturidade são registados ao custo de aquisição. Os juros inerentes aos activos financeiros e o reconhecimento das diferenças entre o custo de aquisição e o valor nominal (prémio ou desconto) são calculados de acordo com o método da taxa efectiva e registados em resultados na rubrica de Juros e rendimentos similares. iv) Empréstimos e contas a receber De acordo com a restrição estabelecida pelo Aviso nº 1/2005, nesta rubrica são registados apenas os valores a receber de outras instituições de crédito. São activos financeiros com pagamentos fixos ou determináveis, não cotados num mercado activo e não incluídos em qualquer uma das restantes categorias de activos financeiros. No reconhecimento inicial estes activos são valorizados pelo justo valor, deduzido de eventuais comissões incluídas na taxa efectiva, e acrescido de todos os custos incrementais directamente atribuíveis à transacção. Subsequentes, estes activos são reconhecidos em balanço ao custo amortizado, deduzido de perdas por imparidade e provisões para risco país. Os juros são reconhecidos com base no método da taxa efectiva, que permite calcular o custo amortizado e repartir os juros ao longo do período das operações. A taxa efectiva é aquela que, sendo utilizada para descontar os fluxos de caixa futuros estimados associados ao instrumento financeiro na data do reconhecimento inicial. Operações de venda com acordo de recompra Os títulos vendidos com acordo de recompra são mantidos na carteira onde estavam originalmente registados. Os fundos recebidos são registados, na data de liquidação, em conta própria do passivo, sendo periodificados os respectivos juros. v) Outros passivos financeiros Os outros passivos financeiros, essencialmente recursos de instituições de crédito, depósitos de clientes e dívida emitida, são inicialmente valorizados ao justo valor, que corresponde à contraprestação recebida líquida dos custos de transacção e são posteriormente valorizados ao custo amortizado. Conforme previsto no Decreto-Lei n.º 182/87, de 21 de Abril, foi criado o Fundo de Garantia do Crédito Agrícola Mútuo, cujo funcionamento foi regulamentado pelo Decreto-Lei 345/98, de 9 de Novembro. Este último visou reconverter o Fundo de Garantia de Crédito Agrícola Mútuo, para que o mesmo tivesse por objecto (i) garantir o reembolso de depósitos constituídos na Caixa Central e nas Caixas de Crédito Agrícola Mútuo suas associadas e (ii) promover e realizar acções que visem assegurar a solvabilidade e liquidez das referidas instituições, com vista à defesa do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo (SICAM). vi) Imparidade em activos financeiros CA Silves Relatório e Contas

76 A Caixa efectua análises periódicas de imparidade aos activos financeiros com excepção de crédito a clientes e outros valores a receber, conforme referido na alínea d). Quando existe evidência de imparidade num activo ou grupo de activos financeiros, as perdas por imparidade registam-se por contrapartida de resultados. Para títulos cotados, considera-se que existe evidência de imparidade numa situação de desvalorização continuada ou de valor significativo na cotação dos títulos. Para títulos não cotados, é considerado evidência de imparidade a existência de impacto no valor estimado dos fluxos de caixa futuros do activo financeiro, desde que possa ser estimado com razoabilidade. Caso num período subsequente se registe uma diminuição no montante das perdas por imparidade atribuída a um evento, o valor previamente reconhecido é revertido através de ajustamento à conta de perdas por imparidade. O montante da reversão é reconhecido directamente na demonstração de resultados. No caso de activos disponíveis para venda, em caso de evidência objectiva de imparidade, resultante de diminuição significativa e prolongada do justo valor do título ou de dificuldades financeiras do emitente, a perda acumulada na reserva de reavaliação de justo valor é removida do capital próprio e reconhecida nos resultados. As perdas por imparidade registadas em títulos de rendimento fixo podem ser revertidas através de resultados, caso se verifique uma alteração positiva no justo valor do título resultante de um evento ocorrido após a determinação da imparidade. As perdas por imparidade relativas a títulos de rendimento variável não podem ser revertidas, pelo que eventuais mais valias potenciais originadas após o reconhecimento de perdas por imparidade são reflectidas na reserva de justo valor. Quanto a títulos de rendimento variável para os quais tenha sido registada imparidade, posteriores variações negativas no justo valor são sempre reconhecidas em resultados. No caso de activos financeiros disponíveis para venda com evidência de imparidade, a perda potencial acumulada em reservas é transferida para resultados. f) Derivados e contabilidade de cobertura Os instrumentos financeiros derivados são registados pelo seu justo valor na data da sua contratação. Adicionalmente, são reflectidos em rubricas extrapatrimoniais pelo respectivo valor nacional. Subsequentemente, os instrumentos financeiros derivados são mensurados pelo respectivo justo valor. O justo valor é apurado: Com base em cotações obtidas em mercados activos (por exemplo, no que respeita a futuros transaccionados em mercados organizados); Com base em modelos que incorporam técnicas de valorização aceites no mercado, incluindo cash-flows descontados e modelos de valorização de opções. Derivados embutidos Os instrumentos financeiros derivados embutidos noutros instrumentos financeiros são destacados do contrato de base e tratados como derivados autónomos no âmbito da Norma IAS 39, sempre que: As características económicas e os riscos do derivado embutido não estejam intimamente relacionados com o contrato de base, conforme definido na Norma IAS 39; e A totalidade do instrumento financeiro combinado não esteja registada ao justo valor, com as variações no justo valor reflectidas em resultados. Derivados de cobertura Trata de derivados contratados com o objectivo de cobertura da exposição a um determinado risco inerente à actividade da Caixa. A classificação como derivados de cobertura e a utilização do conceito CA Silves Relatório e Contas

77 de contabilidade de cobertura, conforme abaixo descrito, está sujeita ao cumprimento das regras definidas na Norma IAS 39. Para todas as relações de cobertura, a Caixa prepara no início da operação documentação formal, que inclui os seguintes aspectos: Objectivos de gestão de risco e estratégia associada à realização da operação de cobertura, de acordo com as políticas de cobertura de risco definidas; Descrição do (s) risco (s) coberto (s); Identificação e descrição dos instrumentos financeiros cobertos e de cobertura; Método de avaliação da eficácia de cobertura e periodicidade da sua realização. Mensalmente, são efectuados e documentados testes de eficácia das coberturas através da comparação da variação no justo valor do instrumento de cobertura e do elemento coberto (na parcela atribuível ao risco coberto). De forma a possibilitar a utilização de contabilidade de cobertura de acordo com a Norma IAS 39, esta relação deverá situar-se num intervalo entre 80% e 125%. Adicionalmente, são efectuados testes de eficácia prospectivos, de forma a demonstrar a expectativa da eficácia futura da cobertura. Os derivados de cobertura são registados ao justo valor, sendo os resultados apurados mensalmente reconhecidos em proveitos e custos do exercício. Caso se demonstre que a cobertura é eficaz, a Caixa reflecte igualmente no resultado do exercício a variação no justo valor do elemento coberto atribuível ao risco coberto. O impacto destas valorizações é reflectido em rubricas de Resultados em activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados. No caso de derivados que tenham associada uma componente de juros (como por exemplo, swaps de taxa de juro) a periodificação de juros relativa ao período em curso e os fluxos liquidados são reflectidos em Juros e rendimentos similares e Juros e encargos similares, da demonstração de resultados. As reavaliações positivas e negativas de derivados de cobertura são registadas no activo e passivo, respectivamente, em rubricas específicas. As valorizações dos elementos cobertos são reflectidas nas rubricas onde se encontram registados esses activos e passivos. Derivados de negociação São considerados derivados de negociação todos os instrumentos financeiros derivados que não estejam associados a relações de cobertura eficazes de acordo com a Norma IAS 39, incluindo: Derivados contratados para cobertura de risco em activos ou passivos registados ao justo valor através de resultados, tornando assim desnecessária a utilização de contabilidade de cobertura; Derivados contratados para cobertura de risco que não constituem coberturas eficazes ao abrigo da Norma IAS 39; Derivados contratados com o objectivo de trading. Os derivados de negociação são registados ao justo valor, sendo os resultados apurados diariamente reconhecidos em proveitos e custos do exercício, nas rubricas de Resultados de activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados. As reavaliações positivas e negativas são registadas nas rubricas Activos financeiros ao justo valor através de resultados e Passivos financeiros ao justo valor através de resultados, respectivamente. g) Propriedades de investimento Correspondem a imóveis detidos pela Caixa com o objectivo de obtenção de rendimentos através do arrendamento e/ou da sua valorização. As propriedades de investimento são registadas ao justo valor, determinado anualmente com base em avaliações de peritos. As variações no justo valor são reflectidas em resultados e os imóveis não são sujeitos a amortizações. h) Outros activos tangíveis CA Silves Relatório e Contas

78 Os activos tangíveis utilizados para o desenvolvimento da actividade são contabilisticamente relevados pelo custo de aquisição (incluindo custos directamente atribuíveis) deduzido das depreciações e perdas de imparidade acumuladas. Sempre que existam indícios de perda de valor dos activos fixos tangíveis, são efectuados testes de imparidade de forma a estimar o valor recuperável do activo, e quando necessário registar uma perda por imparidade. O valor recuperável é determinado como o mais elevado entre o justo valor menos custos de vender, e o valor de uso do activo, sendo este último calculado com base no valor actual dos fluxos de caixa futuros estimados, decorrentes do uso continuado e da alienação do activo no final da vida útil definida. Os ganhos ou perdas na alienação dos activos são determinados pela diferença entre o valor de realização e o valor contabilístico do activo, devem ser reconhecidos na demonstração dos resultados, no período em que se realizem. A depreciação dos activos tangíveis é registada numa base sistemática ao longo do período de vida útil estimado do bem: Anos de Vida útil: Imóveis de serviço próprio 50 Despesas em edifícios arrendados 10 Equipamento informático e de escritório 4 a 10 Mobiliário e instalações interiores 6 a 10 Viaturas 4 As despesas de investimento em obras não passíveis de recuperação, realizadas em edifícios que não sejam propriedade da Caixa, são amortizadas em prazo compatível com o da sua utilidade esperada ou do contrato de arrendamento. Conforme previsto no IFRS 1, os activos tangíveis adquiridos até 1 de Janeiro de 2006 foram registados pelo valor contabilístico na data de transição para os IAS/IFRS, que corresponde ao custo ajustado por reavaliações efectuadas nos termos da lei, decorrentes da evolução de índices gerais de preços. Uma parcela correspondente a 40% do aumento das amortizações que resultam dessas reavaliações não é aceite como custo para efeitos fiscais, sendo registados os correspondentes impostos diferidos passivos. Periodicamente são efectuadas avaliações aos imóveis de modo a apurar perdas por imparidade. Activos intangíveis Esta rubrica compreende essencialmente custos com a aquisição, desenvolvimento ou preparação para uso de software utilizado no desenvolvimento das actividades da Caixa. Os activos intangíveis são registados ao custo de aquisição, deduzido de amortizações e perdas por imparidade acumuladas. As amortizações são registadas como custos do exercício numa base sistemática ao longo da vida útil estimada dos activos, a qual corresponde a um período de 3 anos. i) Activos tangíveis disponíveis para venda Os activos não correntes, ou grupos de activos e passivos a alienar são classificados como detidos para venda sempre que seja expectável que o seu valor de balanço venha a ser recuperado através da venda, e não do seu uso continuado. Para que um activo (ou grupo de activos e passivos) seja classificado nesta rubrica é assegurado o cumprimento dos seguintes requisitos: A probabilidade de ocorrência da venda é elevada; O activo está disponível para venda imediata no seu estado actual; Deverá existir a expectativa de que a venda se venha a concretizar até um ano após a classificação do activo nesta rubrica. Os activos registados nesta rubrica são valorizados ao menor entre o custo de aquisição e o justo valor, deduzido dos custos a incorrer na venda. O justo valor destes activos é determinado com base em avaliações de peritos independentes, não sendo sujeitos a amortizações. j) Provisões CA Silves Relatório e Contas

79 Esta rubrica do passivo inclui as provisões constituídas para fazer face a, riscos fiscais, processos judiciais e outros e a riscos específicos decorrentes da actividade da Caixa, de acordo com o IAS 37 (Nota 30). k) Benefícios de empregados A Caixa subscreveu o Acordo Colectivo de Trabalho Vertical (ACTV) para o sector bancário pelo que os seus empregados ou as suas famílias têm direito a pensões de reforma, invalidez e sobrevivência. No entanto, uma vez que os empregados estão inscritos na Segurança Social, as responsabilidades da Caixa com pensões relativamente aos seus colaboradores consistem no pagamento de complementos face aos níveis previstos no ACTV. Para cobertura das suas responsabilidades a Caixa integra o Fundo de Pensões do Grupo Crédito Agrícola, o qual se destina a financiar os complementos de pensões de reforma por velhice ou invalidez e pensões de viuvez e orfandade efectuadas pela Segurança Social. Estes complementos são calculados, por referência ao ACTV, de acordo com (i) a pensão garantida à idade presumível de reforma, (ii) com o coeficiente entre o número de anos de serviço prestados até à data do cálculo e (iii) o número total de anos de serviço à data de reforma. Este Fundo, cujos benefícios a atribuir pelo Plano de Pensões são os definidos no Acordo Colectivo de Trabalho Vertical do Crédito Agrícola Mútuo, assume, assim, a natureza de um Fundo solidário, estando a sua gestão a cargo da Companhia de Seguros Credito Agrícola Vida S.A.. De acordo com os estatutos da Caixa, os membros dos seus órgãos sociais não são abrangidos pelos benefícios descritos. Para o cálculo das pensões do ACTV, o tempo de serviço assumido foi calculado a partir das seguintes datas: Para as diuturnidades futuras e respectiva evolução automática na carreira, considerou-se a data de antiguidade para efeito de nível e diuturnidades; Para o cálculo das percentagens do anexo V na atribuição das pensões, assumiuse a data de admissão reconhecida para o Fundo de Pensões. Para a repartição das responsabilidades por serviços passados a cargo do Fundo de Pensões do Crédito Agrícola, admitiu-se o seguinte: Quando a data de antiguidade para efeito de nível e diuturnidades é posterior à data de admissão reconhecida para o Fundo de Pensões, é esta última a considerada no cálculo dos tempos de serviço passado e total; Quando a data de antiguidade para efeito de nível e diuturnidades é anterior à data de admissão reconhecida para o Fundo de Pensões, é esta última a considerada no cálculo do tempo de serviço passado. Para o tempo de serviço total, a data a considerar é a utilizada no cálculo do nível e diuturnidades, uma vez que esta corresponde à da admissão na Banca. Os métodos de cálculo utilizados foram o do Projected Unit Credit para a reforma por velhice e sobrevivência diferida e o dos Prémios Únicos Sucessivos para a reforma por invalidez e sobrevivência imediata. O cálculo da pensão de sobrevivência aplicou-se somente aos participantes efectivamente casados, admitindo-se como idade do cônjuge a do participante diminuída ou acrescida de três anos, consoante este seja do sexo masculino ou feminino. O cálculo deste benefício encontra-se em função do nível de remuneração do participante, de acordo com o Anexo VI do ACTV. A Caixa regista anualmente como custo a contribuição para o Fundo de Pensões que é estimada pela Companhia de Seguros Fidelidade Mundial S.A. para cada entidade contribuinte em função do número de trabalhadores inscrito. O Aviso do Banco de Portugal nº 4/2005 determina a obrigatoriedade de financiamento integral pelos fundos de pensões das responsabilidades por pensões em pagamento e de um nível mínimo de financiamento de 95% das responsabilidades com serviços passados de pessoal no activo. No CA Silves Relatório e Contas

80 entanto, estabelece um período transitório entre 7 e 9 anos relativamente à cobertura do aumento de responsabilidades decorrente da adopção do IAS 19. l) Impostos sobre os lucros A Caixa é tributada individualmente e está sujeita ao regime fiscal consignado no Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas (Código do IRC). O total dos impostos sobre lucros registados em resultados engloba os impostos correntes e os impostos diferidos. O imposto corrente é calculado com base no resultado fiscal do exercício, o qual difere do resultado contabilístico devido a ajustamentos ao lucro tributável resultantes de custos ou proveitos não relevantes para efeitos fiscais, ou que apenas serão considerados noutros períodos. Os impostos diferidos correspondem ao impacto no imposto a recuperar / pagar em períodos futuros resultante de diferenças temporárias dedutíveis ou tributáveis entre o valor de balanço dos activos e passivos e a sua base fiscal, utilizada na determinação do lucro tributável. Os passivos por impostos diferidos são normalmente registados para todas as diferenças temporárias tributáveis, enquanto que os impostos diferidos activos só são registados até ao montante em que seja provável a existência de lucros tributáveis futuros que permitam a utilização das correspondentes diferenças tributárias dedutíveis ou prejuízos fiscais. No entanto, não são registados impostos diferidos nas seguintes situações: Diferenças temporárias resultantes de goodwill; Diferenças temporárias originadas no reconhecimento inicial de activos e passivos em transacções que não afectem o resultado contabilístico ou o lucro tributável; Diferenças tributárias dedutíveis resultantes de lucros não distribuídos por empresas filiais e associadas, na medida em que a Caixa tenha a possibilidade de controlar a sua reversão e seja provável que a mesma não venha a ocorrer num futuro previsível. Os impostos diferidos são calculados com base nas taxas de imposto que se antecipa estarem em vigor à data da reversão das diferenças temporárias, que correspondem às taxas aprovadas ou substancialmente aprovadas na data de balanço. Os impostos sobre o rendimento (correntes ou diferidos) são reflectidos nos resultados do exercício, excepto nos casos em que as transacções que os originaram tenham sido reflectidas noutras rubricas de capital próprio (por exemplo, no caso da reavaliação de activos financeiros disponíveis para venda). Nestes casos, o correspondente imposto é igualmente reflectido por contrapartida de capital próprio, não afectando o resultado do exercício. m) Locação financeira Os activos em regime de locação financeira são registados no balanço como crédito concedido, sendo este reembolsado através das amortizações de capital constantes do plano financeiro dos contratos. Os juros incluídos nas rendas são registados como proveitos financeiros. 3. INTRODUÇÃO DAS NORMAS DE CONTABILIDADE AJUSTADAS A aplicação das Normas de Contabilidade Ajustadas nas demonstrações financeiras teve um impacto global negativo nos capitais próprios da Caixa em 1 de Janeiro de 2007 no montante de Euros, em relação ao valor apresentado nas últimas demonstrações financeiras preparadas de acordo com o PCSB resultante dos seguintes efeitos, cujas repercussões irão continuar por 9 anos, sendo diferidas anualmente até CA Silves Relatório e Contas

81 Valor Impacto Valor Bruto Fiscal Líquido Capitais próprios em 1 de Janeiro de 2007 de acordo com o PCSB Impacto da adoção dos IAS/IFRS, excluindo IAS 32 e IAS 39: Activos tangíveis e imparidade IAS 16 e 36 (84.888) (60.748) Activos intangíveis IAS 38 (60) 13 (47) Responsabilidades com pensões IAS 19 - Prémio de antiguidade IAS 19 ( ) ( ) Encargos com saúde IAS 19 - Impostos diferidos IAS Provisões IAS 37 - Activos detidos para venda IFRS 5 - Aplicação do IAS 32 e do IAS 39 Títulos de capital - Diferimento de comissões associadas a operações de crédito (6.453) (5.071) Reavaliação de instrumentos financeiros derivados - De cobertura - De negociação - Impacto na valorização dos elementos cobertos por derivados de cobertura - Mais valias potenciais - Reconhecimento de títulos detidos até à maturidade ao custo amortizaias 39 - ( ) ( ) Capitais próprios em 1 de Janeiro de 2007 de acordo com as NCA Activos Tangíveis (IAS 16) A Caixa regularizou por contrapartida de resultados transitados, durante o exercício de 2007, o valor por amortizar dos activos tangíveis que não cumpriam com os requisitos do IAS 16. Estes activos correspondiam essencialmente a mobiliário e máquinas e ferramentas. No exercício de 2011 a Caixa assumiu em Gastos do exercício 1/5 do Imposto Diferido calculado no âmbito desta IAS. Activos Intangíveis (IAS 38) A Caixa regularizou por contrapartida de resultados transitados, durante o exercício de 2007, o valor por amortizar dos activos intangíveis que não cumpriam com os requisitos do IAS 38. Estes activos correspondiam a Software, que de acordo com o PCSB eram amortizados em 3 anos. Prémio de antiguidade e SAMS (IAS 19) O valor actual dos prémios de antiguidade a pagar no futuro por serviços passados em 31 de Dezembro de 2006 foi reconhecido por contrapartida de resultados transitados. De acordo com o anterior normativo do Banco de Portugal, os prémios de antiguidade eram reconhecidos como custo no momento do respectivo pagamento. Os impactos contabilísticos e fiscais relacionados com as responsabilidades com o SAMS têm como Pressuposto que o financiamento dessas responsabilidades passou a ser assegurado pelo Fundo de Pensões do Crédito Agrícola no exercício de Impostos diferidos (IAS 12) - Amortizações futuras não aceites em resultado de reavaliações legais: De acordo com o código de IRC, as amortizações do exercício de bens de imobilizado reavaliados e que resultam dessas reavaliações, 40% destas não são aceites como custos para efeitos fiscais. Assim, significa que as amortizações futuras que resultam da reavaliação devem ser apuradas, para que 40% destas sejam alvo de apuramento de impostos diferidos passivos, na medida em que sabemos que serão tributadas no futuro, no momento em que forem contabilizadas (como amortizações do exercício). - Provisões para Riscos Gerais de Crédito CA Silves Relatório e Contas

82 Estas provisões não são aceites fiscalmente na sua constituição ou reforço. Assim, os valores acrescidos para efeitos fiscais em exercícios anteriores a 2006, se ainda não deduzidos, poderão no futuro vir a ser aceites fiscalmente pelo que gera imposto diferido activo. Porém, atendendo ao facto de não possuirmos inventário demonstrativo, contracto a contracto, dos valores a deduzir anualmente, foi decidido não calcular, para o exercício de 2012, o Imposto Diferido, por conta destas Provisões. - Provisões para Outros Riscos e Encargos As provisões não enquadráveis para efeitos de aplicação do Aviso 3/95 do Banco de Portugal, devem ser acrescidas no ano em que forem criadas. Assim, caso venham, no futuro a ser repostas ou utilizadas, no momento da sua reposição ou utilização, vão gerar uma redução de imposto. Importa salientar que provisões fiscais e provisões para processos judiciais não geram Impostos Diferidos Activos. 4. RELATO POR SEGMENTOS Nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2016, e em 31 de Dezembro de 2015, a totalidade dos elementos do Balanço e da Demonstração dos Resultados da Caixa resultaram de operações efectuadas em Portugal. Por falta de recursos técnicos na aplicação software não é possível apresentar a segmentação dos resultados da Caixa por linhas de negócio para os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2016 e em 31 de Dezembro de CAIXA E DISPONIBILIDADES EM BANCOS CENTRAIS Esta rubrica tem a seguinte composição: Caixa: Moedas nacionais Moedas estrangeiras Depósitos à Ordem no Banco de Portugal - - Disponibilidades sobre bancos centrais no estrangeiro - - Juros a receber De acordo com o Regulamento nº 2.818/98, de 1 de Dezembro, emitido pelo Banco Central Europeu, a partir de 1 de Janeiro de 1999 as instituições de crédito estabelecidas nos Estados-Membros participantes estão sujeitas à constituição de reservas mínimas em contas junto dos Bancos Centrais Nacionais participantes. A base de incidência compreende todos os depósitos em bancos centrais e em instituições financeiras e monetárias que se situem fora da zona Euro e todos os depósitos de clientes inferiores a dois anos. A esta base é aplicado um coeficiente de 2% e abatido um montante de Euros. As reservas mínimas exigidas são remuneradas à média das taxas das operações principais de refinanciamento do Sistema Europeu de Bancos Centrais. CA Silves Relatório e Contas

83 6. DISPONIBILIDADES EM OUTRAS INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO Esta rubrica tem a seguinte composição: Disponibilidades em Instituições de Crédito no País: Depósitos à ordem Cheques a cobrar Outras disponibilidades Juros a Receber ACTIVOS FINANCEIROS DETIDOS PARA NEGOCIAÇÃO Não aplicável 8. OUTROS ACTIVOS FINANCEIROS AO JUSTO VALOR ATRAVÉS DE RESULTADOS Não aplicável 9. ACTIVOS FINANCEIROS DISPONÍVEIS PARA VENDA Esta rubrica tem a seguinte composição: Títulos Emitidos por residentes Instrumentos de dívida subordinada Instrumentos de capital - Ao Justo Valor Ao Custo Historico Emitidos por não residentes Instrumentos de dívida - - Instrumentos de capital - - Outros - - Crédito e outros valores a receber - - Imparidade (12.500) (12.500) APLICAÇÕES EM INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO Esta rubrica apresenta a seguinte composição: Em outras instituições de crédito: Mercado monetário interbancário - - Aplicações a muito curto prazo - - Depósitos Empréstimos - - Operações de compra de acordo com revenda - - Aplicações subordinadas - - Outras aplicações - - Juros a Receber Juros a Receber CA Silves Relatório e Contas

84 Em 31 de Dezembro de 2016 e 31 de Dezembro de 2015, os prazos residuais das aplicações em instituições de crédito apresentavam a seguinte estrutura: < 3 meses , ,00 1ano < 3 meses , ,00 3 anos < 1 ano , ,00 5 anos < 3 ano 0,00 0,00 Indeterminada , , , , CRÉDITO A CLIENTES Esta rubrica tem a seguinte composição: Crédito a clientes Empresas e administrações públicas Desconto e outros créditos titulados por efeitos Empréstimos Sem Grt Real Empréstimos Com Grt Real Empréstimos administração Pública Créditos em conta corrente Descobertos em depósitos à ordem Operações de locação financeira Outros créditos Particulares Habitação Regime Geral Habitação Regime Bonificado Consumo Outras finalidades Sem Grt Real Outras finalidades Com Grt Real Crédito ao exterior Particulares Habitação Consumo Outras finalidades Outros créditos e valores a receber (titulados) Papel Comercial a desconto-empresas residentes Juros de crédito a clientes Receitas com rendimento diferido Associadas a operações de crédito ( ) ( ) Total crédito não vencido Crédito e juros vencidos Crédito a clientes Devedores e outras aplicações - - Juros vencidos a regularizar e despesas de crédito Total crédito Bruto Provisões acumuladas Para crédito de cobrança duvidosa Para crédito vencido Total crédito Liquido CA Silves Relatório e Contas

85 Para fazer face aos riscos de realização do crédito concedido, a Caixa dispõe em 31 de Dezembro de 2016 e em 31 de Dezembro de 2015 de uma Provisão para Riscos Gerais de Crédito no montante de Euros e Euros, respectivamente, registada na rubrica Provisões do passivo (Nota 30). Em 31 de Dezembro de 2016 e em 31 de Dezembro de 2015, o prazo residual dos créditos a clientes apresentam a seguinte estrutura: INVESTIMENTOS DETIDOS ATÉ À MATURIDADE Não Aplicável 13. ACTIVOS COM ACORDO DE RECOMPRA Não Aplicável 14. DERIVADOS DE COBERTURA Não Aplicável X < 3 Meses Meses < X < 1 Ano Ano < X < 5 Anos X > 5 Anos X - Duração Residual ACTIVOS NÃO CORRENTES DETIDOS PARA VENDA Esta rubrica apresenta a seguinte composição: Activos não correntes detidos para venda: Imóveis Outros Outros activos não correntes detidos para venda: Filiais - - Outros activos não correntes detidos para venda Imparidade: Imóveis ( ) ( ) Outros Foram adquiridos 5 imóveis por recuperação de crédito no montante de (valor bruto) e foram alienados 23, no montante de (valor bruto). Destas vendas 23, no valor de , foram alienados ao Fundo Imobiliário, ImovalorCA. A variação global bruta, negativa, O movimento desta rubrica durante os exercícios de 2016 e 2015 pode ser apresentado da seguinte forma: CA Silves Relatório e Contas

86 Activos N/correntes detidos Vnd Valor Utilização Dotações Reposições Valor Valor bruto Imparidade Aquisições Alienações de imparidade de imparidade de imparidade bruto Imparidade líquido Imóveis ( ) ( ) ( ) ( ) Equipamento Outros ( ) ( ) ( ) ( ) Activos N/correntes detidos Vnd Valor Utilização Dotações Reposições Valor Valor bruto Imparidade Aquisições Alienações de imparidade de imparidade de imparidade bruto Imparidade líquido Imóveis ( ) ( ) ,00 ( ) ( ) Equipamento Outros ( ) ( ) ( ) ( ) PROPRIEDADES DE INVESTIMENTO Não Aplicável 17. OUTROS ACTIVOS TANGÍVEIS O movimento ocorrido nas rubricas de Outros activos tangíveis durante o exercício de 2016 e 2015 foi o seguinte: Valor Amortizações Amortizações Alienações Valor Descrição bruto acumuladas Imparidade Aquisições Transferências do exercício Imparidade Regularizações e abates líquido Imóveis: De serviço próprio: Terrenos Edificios ( ) (37.804) ( ) Outros ( ) (12.809) Obras em imóveis arrendados (80.303) (7.330) Outros imóveis (4.590) (901) ( ) (58.844) Equipamento: Mobiliário e material ( ) (9.785) Máquinas e ferramentas ( ) (7.619) Equipamento informático ( ) (17.690) Instalações interiores ( ) (19.562) Material de transporte ( ) (3.655) - - (2.444) Equipamento de segurança ( ) (23.348) Outro equipamento ( ) (18.932) ( ) ( ) - - (2.444) Equipamento em locação financeira: Imóveis Equipamento Outros activos em locação finan Outros activos tangíveis: Patrimonio Artistico Activos tangíveis em curso (1.550) ( ) (1.550) ( ) - - (2.444) Valor Amortizações Amortizações Alienações Valor Descrição bruto acumuladas Imparidade Aquisições Transferências do exercício Imparidade Regularizações e abates líquido Imóveis: De serviço próprio: Terrenos Edificios ( ) (37.804) Outros (91.289) (12.809) Obras em imóveis arrendados (72.972) (7.330) Outros imóveis (3.689) (901) ( ) (58.844) Equipamento: Mobiliário e material ( ) (10.517) (1.211) Máquinas e ferramentas ( ) (17.374) Equipamento informático ( ) (19.972) Instalações interiores ( ) (20.928) (63) Material de transporte ( ) (7.536) (1.883) Equipamento de segurança ( ) (27.948) (6.095) Outro equipamento ( ) (20.218) ( ) ( ) - - (9.251) Equipamento em locação financeira: Imóveis Equipamento Outros activos em locação finan Outros activos tangíveis: Patrimonio Artistico Activos tangíveis em curso ( ) ( ) - - (9.251) CA Silves Relatório e Contas

87 Instrução DCF/72/2016 V. liquido antes imparidades Perdas Imparidade acumuladas V. Balanço Liquido Valor balanço Liquido Total dos imoveis de serv próprio» , , ,52 Valor balanço Liquido Total dos imoveis de serv próprio Avaliados» , , ,52 % total de imóveis de serviço próprio avaliados» % 18. ACTIVOS INTANGÍVEIS O movimento ocorrido nas rubricas de Activos intangíveis durante os exercícios de 2016 e 2015 foi o seguinte: Valor Amortizações Amortizações Regulari Alienações Valor Descrição bruto acumuladas Imparidade Aquisições Transferências do exercício Imparidade zações e abates líquido Software ( ) - - (193) Outros activos intangíveis 0 (0) Activos intang em curso ( ) (193) Valor Amortizações Amortizações Regulari Alienações Valor Descrição bruto acumuladas Imparidade Aquisições Transferências do exercício Imparidade zações e abates líquido Software ( ) - - (193) Outros activos intangíveis 0 (0) Activos intang em curso ( ) (193) INVESTIMENTOS EM FILIAIS, ASSOCIADAS E EMPREENDIMENTOS CONJUNTOS Em 31 de Dezembro de 2016 e 31 de Dezembro de 2015, a rubrica investimentos em filiais tem a seguinte composição: Participação Valor de Valor de efectiva (%) balanço balanço Empresa Sector de actividade Sede CCCAM Instituição Crédito LX 0,67% CA Informatica Outros LX 0,28% CA Seguros Seguros LX 0,00% CA Vida Seguros LX 0,00% FENACAM Outros LX 0,00% CA Seguros & Pensões SGPS Seguros LX 0,42% Imparidade Acumulada CA Seguros -3-3 CA Informática Em 31 de Dezembro de 2016, os dados financeiros mais significativos retirados das demonstrações financeiras destas empresas podem ser resumidos da seguinte forma: CA Silves Relatório e Contas

88 (em euros) Situação Resultado Activo Liquido Liquida Liquido Caixa Central CA Seguros & Pensões SGPS CA Vida CA Seguros CA Informática Fenacam Nota: Os dados das empresas supra indicadas são provisórios, disponíveis à data da elaboração do Relatório e Contas. Ainda não foram Auditados. 20. IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO Os saldos de activos e passivos por impostos sobre o rendimento em 31 de Dezembro de 2016 e 31 de Dezembro de 2015 eram os seguintes: Activos por impostos diferidos Por diferenças temporárias Por prejuízos fiscais reportáveis Passivos por impostos diferidos Por diferenças temporárias Activos por impostos correntes Outros - - Imposto sobre o rendimento a recuperar Passivos por impostos correntes Imposto sobre o rendimento a recuperar - - Imposto sobre o rendimento a pagar - (37.251) - (37.251) O detalhe e o movimento ocorrido nos impostos diferidos durante os exercícios de 2016 e 2015 foi o seguinte: Os gastos com impostos sobre lucros registados em resultados, bem como a carga fiscal, medida pela relação entre a dotação para impostos sobre lucros e o lucro do exercício antes de impostos, podem ser apresentados como se segue: CA Silves Relatório e Contas

89 Saldo Variação Variação Variação Saldo em Adopção em em Resultados em em da IAS 39 Resultados Transitados Reservas Activos tangíveis e imparidade Activos intangíveis Prémio de antiguidade (4.976) Encargos com saúde Provisões não aceites fiscalmente: Provisões para cobrança duvidosa Provisões para crédito vencido (51.276) Provisões para riscos gerais de crédito Provisões para riscos bancários gerais Provisão para aplicações financeiras Provisões para imóveis Provisões para outras aplicações Provisões para outros riscos e encargos Pensões Impacto Fundo Pensões - Custo não Fiscal Reformas antecipadas (1.999) Desvios actuariais Contribuição efectuada Impactos Transição - Alt Politicas Contabi_ Reavaliação de imob. n/ aceite fiscalmente - Amort. Futuras Reavaliação de instrumentos financeiros derivados Valias fiscais Prejuízos fiscais reportáveis (72.593) Comissões_IAS Correcções no justo valor dos elementos cobertos Valorização dos activos disponíveis para venda Carteira de títulos detidos até à maturidade ( ) ( ) De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e correcção por parte das autoridades fiscais durante um período de cinco anos. Deste modo, as declarações fiscais da Caixa relativas aos anos de 2012 a 2016 poderão vir ainda a ser sujeitas a revisão e a matéria colectável a eventuais correcções. No cálculo do imposto corrente do exercício de 2013 (IRC) há que atender ao benefício do Crédito Fiscal Extraordinário ao Investimento, aprovado pela Lei 49/2013, de 16 de Julho. Este benefício consiste na dedução à coleta do IRC do montante correspondente a 20% das despesas de investimento em ativos afetos à exploração (despesas elegíveis) efetuadas entre 1 de Junho de 2013 e 31 de Dezembro de 2013 (com o limite de 70% da coleta do exercício). Neste âmbito, foram realizadas despesas elegíveis no referido período no montante de ,14, o que permitiria beneficiar de uma dedução à coleta do IRC de 2013 no valor de 6.896,63. Adicionalmente, a Caixa de Silves é membro de um Agrupamento Complementar de Empresas (Crédito Agrícola Serviços Centro de Serviços Partilhados, ACE). De acordo com o regime aplicável, o ACE não apura coleta, sendo o correspondente resultado fiscal imputado aos seus membros. Deste modo, os investimentos elegíveis realizados pelo ACE podem ser deduzidos à coleta apurada pelos respetivos membros. O benefício fiscal respeitante ao investimento efetuado pelo ACE, em 2013, para a CCAM de Silves foi de ,31, o que perfaz ,94 o montante do benefício a reportar. Porque em 2013 a CCAM registou um Prejuízo Fiscal este benefício não foi deduzido naquele período de tributação, podendo ser reportado nos 5 períodos de tributação subsequentes. Em 2015 foi utilizado este benefício fiscal na sua totalidade, relativamente á CCAM, ficando por deduzir os investimentos elegíveis realizados pelo ACE. CA Silves Relatório e Contas

90 21. OUTROS ACTIVOS Esta rubrica apresenta a seguinte composição: Outros activos Crédito e juros vencidos Devedores e outras aplicações Despesas a debitar a clientes - - Bonificações a receber - - Outros devedores diversos Rendimentos a receber Outros juros e rendimentos similares Outros rendimentos a receber Despesas com encargo diferido Fundo de Pensões Seguros Outras Valores a regularizar Operações cambiais a liquidar - - Operações activas a regularizar - - Outras - - Fundo de Pensões - - Outras operações a regularizar Imparidade Outros activos Outros devedores diversos ( ) (85.743) ( ) (85.743) RECURSOS DE BANCOS CENTRAIS Não Aplicável 23. PASSIVOS FINANCEIROS DETIDOS PARA NEGOCIAÇÃO Não Aplicável 24. OUTROS PASSIVOS FINANCEIROS AO JUSTO VALOR ATRAVÉS DE RESULTADOS Não Aplicável 25. RECURSOS DE OUTRAS INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO CA Silves Relatório e Contas

91 Recursos Outras Instituições Crédito Depósitos Empréstimos-CCCAM - 0 Juros de Recursos Outras Instituições Crédito RECURSOS DE CLIENTES E OUTROS EMPRÉSTIMOS Esta rubrica tem a seguinte composição: Depósitos À ordem A prazo De poupança Outros recursos de clientes Cheques e ordens a pagar Outros - - Juros a pagar Em 31 de Dezembro de 2016, e 31 de Dezembro de 2015, os prazos residuais dos recursos de clientes e outros empréstimos, apresentavam a seguinte estrutura: X < 3 Meses Meses < X < 1 Ano Ano < X < 5 Anos X > 5 Anos X - Duração Residual RESPONSABILIDADES REPRESENTADAS POR TÍTULOS Não Aplicável 28. PASSIVOS FINANCEIROS ASSOCIADOS A ACTIVOS TRANSFERIDOS Não Aplicável 29. PASSIVOS NÃO CORRENTES DETIDOS PARA VENDA Não Aplicável CA Silves Relatório e Contas

92 30. PROVISÕES E IMPARIDADE O movimento ocorrido nas provisões e na imparidade da Caixa durante os exercícios de 2016 e 2015 foi o seguinte: Saldos em Reposições e Saldos em Reforços anulações Utilizações Transferências Provisões para créditos sobre clientes e aplicações em instituições de crédito: - Créditos de cobrança duvidosa ( ) Crédito e juros vencidos ( ) ( ) (57.768) Risco-país ( ) ( ) (57.768) Provisões: - Riscos gerais de crédito ( ) Outros riscos e encargos Riscos bancários gerais ( ) Imparidade - Imparidade de outros activos financeiros Imparidade de outros activos: Activos não correntes detidos para venda ( ) Outros activos tangíveis Outros activos (24.424) ( ) ( ) ( ) Saldos em Reposições e Saldos em Reforços anulações Utilizações Transferências Provisões para créditos sobre clientes e aplicações em instituições de crédito: - Créditos de cobrança duvidosa ( ) Crédito e juros vencidos ( ) (51.546) Risco-país ( ) (51.546) Provisões: - Riscos gerais de crédito ( ) Outros riscos e encargos Riscos bancários gerais ( ) Imparidade - Imparidade de outros activos financeiros (879) Imparidade de outros activos: Activos não correntes detidos para venda ( ) Outros activos tangíveis Outros activos (12.358) ( ) ( ) (51.546) INSTRUMENTOS REPRESENTATIVOS DE CAPITAL Não Aplicável 32. OUTROS PASSIVOS SUBORDINADOS Não Aplicável CA Silves Relatório e Contas

93 33. OUTROS PASSIVOS Esta rubrica tem a seguinte composição: Responsabilidades com pensões e outros benefícios Credores e outros recursos Recursos Diversos Sector Público Administrativo Imposto sobre o Valor Acrescentado Retenção de impostos na fonte Contribuições para a Segurança Social Cobranças por conta de terceiros Contribuições a entregar Fundo de Pensões Contribuições para outros sistemas de saúde Credores diversos Credores por Fornecimentos de Bens Outros credores Acordos por Recuperação Crédito Encargos a pagar Por capitais próprios e equiparados Comissões por operações sobre instrumentos financeiros Por gastos com pessoal Provisão para férias e subsídio de férias Prémio de antiguidade SAMS - - Subsídio de morte - - Remunerações variáveis - - Outros - - Por gastos gerais administrativos - - Outros Receitas com rendimento diferido Comissões sobre garantias prestadas De compromissos irrevogáveis assumidos perante terc Valores a regularizar Posição cambial Operações sobre valores mobiliários a regularizar Operações Passivas a regularizar Meios Electrónicos de Pagamento Compensação de Cheques DL18/ Imposto S/Rendimento Capitais Outras operações a regularizar CA Silves Relatório e Contas

94 34. PASSIVOS CONTINGENTES E COMPROMISSOS Os passivos contingentes e compromissos associados à actividade bancária encontram-se registados em rubricas extrapatrimoniais e apresentam o seguinte detalhe: Garantias prestadas e outros passivos eventuais Garantias e avales prestados Aceites e endossos - Créditos documentários abertos - - Outros passivos eventuais - Garantias reais (activos dados em garantia) - Direitos adicionais de crédito - - Compromissos perante terceiros - - Contratos a prazo de depósitos - - Por linhas de crédito Compromissos irrevogáveis Compromissos revogáveis Por subscrição de títulos - - Responsabilidade potencial para com o Sistema de indemnização aos investidores - - Responsabilidades por prestação de serviços Depósito e guarda de valores Valores recebidos para cobrança Valores administrados pela instituição - - Outras CAPITAL E PRÉMIOS DE EMISSÃO Em 31 de Dezembro de 2016 e 31 de Dezembro de 2015, a estrutura do Capital Social da Caixa é a seguinte: Valor Nominal por Quota 5, N º de Valor N º de Valor quotas Capital % quotas Capital % Sócios - Por entregas dinheiro ,3% ,2% Por Incorporação de Reservas ,7% ,8% % % 36. RESERVAS, RESULTADOS TRANSITADOS, OUTROS INSTRUMENTOS DE CAPITAL E LUCRO DO EXERCÍCIO Em 31 de Dezembro de 2016 e 31 de Dezembro de 2015, as rubricas de reservas e resultados transitados têm a seguinte composição: CA Silves Relatório e Contas

95 Reservas de reavaliação: Reservas resultantes da valorização ao justo valor: De activos financeiros disponíveis para venda ( ) De investimentos em filiais, assoc. e empreend. conjuntos - - ( ) Reservas de reavaliação do imobilizado - - Reservas por impostos diferidos - - De activos financeiros disponíveis para venda - - Fundo de Pensões - Ganhos e perdas actuariais (57.309) (28.537) ( ) (18.954) Outras reservas e Resultados Transitados Reserva legal Outras reservas Resultados transitados (31.074) (31.074) Resultado do exercício Em conformidade com o disposto no Decreto-Lei nº 298/92, de 31 de Dezembro, alterado pelo Decreto-Lei nº 201/2002, de 26 de Setembro, deverá ser constituído um fundo de reserva até à concorrência do capital ou do somatório das reservas livres constituídas e dos resultados transitados, se superior. Para tal, é anualmente transferida para esta reserva uma fracção não inferior a 10% do resultado líquido do exercício, até perfazer o referido montante. Esta reserva só pode ser utilizada para a cobertura de prejuízos acumulados ou para aumentar o capital. A Caixa, de acordo com o Decreto-Lei nº 24/91, consolidado à data de 10 de Abril de 2001, R.J.C.A.M., constitui obrigatoriamente: - Reserva Legal, destinada a cobrir eventuais perdas, no mínimo de 20%, até que esta atinja montante igual ao capital social; - Reserva Especial, para reforço da Situação Líquida, no mínimo de 20%, até que atinja montante igual aos benefícios auferidos com os procedimentos de recuperação ou saneamento; - Reserva de Educação e Formação e Reserva de Mutualismo, no máximo de 5%, de acordo com o que for decidido pela Assembleia-geral, sob proposta da Direcção. CA Silves Relatório e Contas

96 37. JUROS E RENDIMENTOS SIMILARES Esta rubrica tem a seguinte composição: Juros de disponibilidades em bancos centrais Depósitos à ordem no Banco de Portugal - - Juros de disponibilidades em outras instituições de crédito Disponibilidades sobre instituições de crédito no país Disponibilidades sobre instituições de crédito no estrangeiro Juros de aplicações em instituições de crédito Aplicações em instituições de crédito no país Juros de crédito a clientes Crédito não representado por valores mobiliários Crédito interno Empresas e administrações públicas Desconto e outros créditos titulados por efeitos Empréstimos Créditos em conta corrente Descobertos em depósitos à ordem Outros créditos Particulares 478 Habitação Consumo Outros créditos Outras finalidades Desconto e outros créditos titulados por efeitos Empréstimos Créditos em conta corrente Descobertos em depósitos à ordem Outros créditos Crédito ao exterior Particulares Habitação Juros-Crédito à habitação Consumo Operações de locação financeira Outros créditos Outras finalidades Desconto e outros créditos titulados por efeitos Empréstimos - - Créditos em conta corrente Descobertos em depósitos à ordem Outros créditos e valores a receber (titulados) Juros Crédito Vencido Juros e rendimentos similares CA Silves Relatório e Contas

97 38.JUROS E ENCARGOS SIMILARES Esta rubrica tem a seguinte composição: Juros de recursos de outras instituições de crédito no país no estrangeiro - - Juros de recursos de clientes e outros empréstimos Juros de passivos financeiros de negociação - - instrumentos financeiros derivados - - Juros de derivados de cobertura - - Juros de passivos subordinados - - Outras comissões pagas: - - operações de crédito - - Outros juros e encargos similares RENDIMENTOS DE INSTRUMENTOS DE CAPITAL Esta rubrica tem a seguinte composição: Activos financeiros disponíveis para venda Emitidos por residentes - - Emitidos por não residentes Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos No país Investimentos em filiais Investimentos em associadas - - Investimentos em empreendimentos conjuntos - - No estrangeiro Investimentos em filiais - - Investimentos em associadas - - Investimentos em empreendimentos conjuntos Outros instrumentos de capital CA Silves Relatório e Contas

98 40. RENDIMENTOS DE SERVIÇOS E COMISSÕES Esta rubrica tem a seguinte composição: Por garantias prestadas Garantias e avales Fianças e indemnizações (contragarantias) - - Créditos documentários abertos - - Outras garantias prestadas Por compromissos assumidos perante terceiros Compromissos irrevogáveis Linhas de crédito irrevogáveis Subscrição de títulos - - Outros compromissos irrevogáveis Compromissos revogáveis Por operações sobre instrumentos financeiros Operações de crédito - - Outras operações sobre instrumentos financeiros Por serviços prestados Depósito e guarda de valores - - Cobrança de valores Administração de valores - - Organismos de investimento colectivo em valores mobiliários Comissão de gestão - - Comissão de emissão de unidades de participação - - Comissão de resgate de unidades de participação - - Transferência de valores Gestão de cartões Anuidades Montagem de operações - - Operações de crédito Por operações de factoring - - Comissão de Abertura e Utilização Comissão-Estudo/Contrato crédito Comissão de Processamento Outras operações de crédito Outros serviços prestados Cartões Comissões de Intermediação Comissões de Colocação e Comercialização Outras Por operações realizadas por conta de terceiros Sobre títulos Em operações de Bolsa - - Em operações fora de Bolsa - - Outras operações realizadas por conta de terceiros Outras comissões recebidas CA Silves Relatório e Contas

99 41. ENCARGOS COM SERVIÇOS E COMISSÕES Esta rubrica tem a seguinte composição: Por garantias recebidas - - Por compromissos assumidos por terceiros - - Por serviços bancários prestados por terceiros Depósito e guarda de valores Operações de crédito - - Cobrança de valores Administração de valores - - Outros Serviços Bancários Outros - - Por operações realizadas por terceiros - - Outras comissões pagas RESULTADOS DE ACTIVOS E PASSIVOS AVALIADOS AO JUSTO VALOR ATRAVÉS DE RESULTADOS Não Aplicável 43. RESULTADOS DE ACTIVOS FINANCEIROS DISPONÍVEIS PARA VENDA Não Aplicável 44. RESULTADOS DE REAVALIAÇÃO CAMBIAL Esta rubrica tem a seguinte composição: Operações cambiais à vista Operações cambiais a prazo RESULTADOS DE ALIENAÇÃO DE OUTROS ACTIVOS Esta rubrica tem a seguinte composição: Resultados em activos não financeiros Outros Activos Tangíveis (202) Perdas Realizadas_Outros Activos Tangíveis Ganhos Realizados_Outros Activos Tangíveis Activos não Correntes Detidos Venda Perdas Realizadas_Activos não Correntes Detidos Venda - - Ganhos Realizados_Activos não Correntes Detidos Venda Resultados em investimentos em filiais, associadas e - - empreendimentos conjuntos CA Silves Relatório e Contas

100 46. OUTROS RESULTADOS DE EXPLORAÇÃO Estas rubricas têm a seguinte composição: Ganhos em investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos No país Investimentos em filiais Investimentos em associadas - - No estrangeiro Investimentos em filiais - - Investimentos em associadas Ganhos em activos não financeiros Activos não correntes detidos para venda Ganhos realizados - - Ganhos não realizados - - Propriedades de investimento - - Outras propriedades de investimento - - Outros activos tangíveis - - Outros activos não financeiros Outros rendimentos de exploração Rendas de locação operacional - - Rendas Reembolso de despesas Recuperação de créditos, juros e despesas Recuperação de créditos incobráveis (*) Recuperação de juros e despesas de crédito vencido Rendimentos da prestação de serviços diversos Rendimentos Receitas Operacionais relativas exerc. anteriores Outros Outros encargos de exploração Quotizações e donativos (13.385) (25.936) Contribuições para o Fundo de Garantia do Crédito Agrícola Mútuo (17.402) (23.132) Outras Perdas realizadas - Outros activos tangíveis - (7.368) Outros impostos (38.798) ( ) Anulação Juros Vencidos - - Perdas relativas exerc. anteriores (40.213) (32.119) Outros encargos e gastos operacionais (41.058) (35.704) ( ) ( ) (*) Nas contas Extrapatrimoniais, regista-se a seguinte evolução das rubricas de Créditos, Juros e Despesas abatidos ao Activo: Outras contas Extrapatrimoniais Créditos Abatidos ao activo Créditos Abatidos ao activo Juros Vencidos Despesas Crédito Vencido CA Silves Relatório e Contas

101 47. CUSTOS COM PESSOAL Esta rubrica tem a seguinte composição: Salários e vencimentos Órgãos de Gestão e Fiscalização Remunerações Empregados Remuneração Mensal Remuneração Adicionais Encargos sociais obrigatórios Fundos de Pensões (Nota 18) Encargos relativos a remunerações: Caixa de Abono de Família - - Segurança Social SAMS Outros encargos sociais obrigatórios: Seguros Acidentes Trabalho Outros Encargos sociais facultativos Outros custos com pessoal: Indemnizações contratuais Outros O número médio de colaboradores da Caixa em 2016 e 2015 apresenta a seguinte composição: Funções Funções de Direcção 1 1 Funções de Coordenação de Área 4 4 Funções de Coordenação de Balcão 8 8 Funções Técnicas Funções Administrativas 2 2 Funções Auxiliares CA Silves Relatório e Contas

102 48. GASTOS GERAIS ADMINISTRATIVOS Esta rubrica tem a seguinte composição: Com fornecimentos: Água energia e combustíveis Material de consumo corrente Publicações Material de higiene e limpeza Outros fornec. de terceiros - Fenacam - - Outros fornecimentos de terceiros Com serviços: Rendas e alugueres Equipamento Informático - - Outros Comunicações Deslocações, estadas e representação Publicidade e edição de publicações Conservação e reparação Transportes Formação de pessoal Seguros Serviços especializados: Avenças e honorários Judiciais contencioso e notariado Informática Segurança e vigilância Informações Limpeza Bancos de dados - - Outros serviços especializados: SIBS - Multibanco Avaliadores externos Outros Outros serviços de Terceiros: Serviço Compensação Recrutamento Pessoal - - Serviços de suporte ao negócio Outros serviços de terceiros Gastos Gerais Adm. Ex. Anteriores ENTIDADES RELACIONADAS Para além das empresas coligadas e associadas (Nota 19), a Caixa consolida com as Caixas de Crédito Agrícola Mútuo associadas, como outras empresas do Grupo. Em 31 de Dezembro de 2016 e 31 de Dezembro de 2015 as demonstrações financeiras da Caixa incluem os seguintes saldos e transacções com entidades relacionadas: CA Silves Relatório e Contas

103 Activos: Assoc. Coligadas Outras empresas do Outras empresas do Grupo Total Assoc. Coligadas Grupo Total Disponibilidades em outras instituições de crédito Activos financeiros detidos para negociação Activos financeiros disponíveis para venda Aplicações em instituições de crédito Crédito a clientes Outros activos Passivos: Passivos financeiros detidos para negociação Recursos de outras instituições de crédito Recursos de clientes e outros empréstimos Responsabilidades representadas por títulos Passivos subordinados Outros passivos Gastos Juros e encargos similares Encargos com serviços e comissões Resultados de activos e passivos avaliados - - ao justo valor através de resultados Gastos gerais administrativos Ganhos Juros e rendimentos similares Rendimentos de instrumentos de capital Rendimentos de serviços e comissões Outros resultados de exploração Extrapatrimoniais: Garantias prestadas e outros passivos eventuais: Garantias recebidas Compromissos perante terceiros Operações cambiais e instrumentos derivados As transacções com entidades relacionadas são efectuadas, por regra, com base nos valores de mercado nas respectivas datas. 50. PENSÕES DE REFORMA A 01 de Janeiro de 2013 entraram em vigor as alterações, publicadas em Junho de 2011, à IAS 19 norma contabilística internacional que trata os benefícios dos empregados. O período de transição para implementação das alterações à IAS 19 terminou no início de 2013, e todas as empresas que adoptem esta norma para a contabilização dos benefícios dos empregados (planos de pensões), ficaram obrigadas a ter de reflectir as alterações à IAS 19 durante Dessa forma, a informação financeira passou a ser apurada e reportada, a partir do exercício de 2013 (com base no estudo actuarial elaborado em 31/12/2013), seguindo a IAS 19 revista. As principais alterações são: Reconhecimento Eliminação da possibilidade de reconhecimento diferido dos ganhos e perdas actuariais, ou seja, da utilização do método do corredor. Os ganhos e perdas actuariais deverão ser totalmente reconhecidos em outro rendimento integral no ano em que ocorrem; CA Silves Relatório e Contas

104 Eliminação do conceito "retorno esperado dos activos". Apresentação Custo do Serviço (P&L): O custo do serviço inclui o custo dos serviços correntes, custo dos serviços passados e ganhos ou perdas aquando das liquidações; Juro líquido (P&L): O juro líquido é determinado pela multiplicação da taxa de desconto pelo passivo (activo) líquido de benefícios definid; os (ambos determinados no início do período de relato anual, tendo em conta qualquer variação do passivo (activo) líquido de benefícios definidos durante o período em consequência do pagamento de contribuições e benefícios); Remensurações (Outro Rendimento Integral): Inclui todas as alterações resultantes da remensuração das responsabilidades por serviços passados e activos do plano. Decorrente da introdução das Normas Internacionais de Contabilidade e no que diz respeito à IAS 19 Benefícios dos empregados, foi registado em 1 de Janeiro de 2007 o valor dos ajustamentos de transição referentes a 31 de Dezembro de Em 1 de Janeiro de 2007, o valor das responsabilidades com complementos de pensões de reforma, prémio de antiguidade e SAMS e respectivas coberturas, em NCA s foram as seguintes: Fundo de pensões A.1. Responsabilidades PCSB 138,722 A.2. Impacto da transição para IAS 19: 89,653 A.2.1. Tábua de mortalidade 7,306 A.2.2. Pressupostos financeiros 82,347 A.3. Responsabilidades IAS 19 (A.1. + A.2.) 228,375 A.4. Valor da quota-parte do fundo de pensões em ,334 A. Insuficiência de cobertura pelo Fundo de Pensões (A.3. A.4.) Encargos com saúde (SAMS): 65, B.1. Com trabalhadores no ativo e ex-trabalhadores 282,109 B.2. Com licenças sem vencimento 0 B.3. Com pré-reformados 0 B.4. Com pensões em pagamento 36,860 B. Total 318, Prémio de antiguidade: C.1. Com trabalhadores no ativo e ex-trabalhadores 211,711 C.2. Com licenças sem vencimento 0 C. Total 211,711 CA Silves Relatório e Contas

105 De acordo com o Aviso nº 12/2005, de 30 de Dezembro, o acréscimo de responsabilidades decorrente da alteração da tábua de mortalidade em data posterior a 1 de Janeiro de 2005 pode ser reconhecido através da aplicação de um plano de amortização de prestações uniformes anuais até 31 de Dezembro de 2013 (7 anos). De acordo com o Aviso do Banco de Portugal nº 4/2005, de 21 de Fevereiro, o aumento de responsabilidades com o Fundo de Pensões, decorrente da introdução da IAS 19 deverá ser reconhecido através da aplicação de um plano de amortização de prestações uniformes anuais até 31 de Dezembro de 2011 (5 anos). Adicionalmente, de acordo com o Aviso do Banco de Portugal nº 4/2005, de 21 de Fevereiro, as responsabilidades com o SAMS, decorrente da introdução da IAS 19 deverá ser reconhecido através da aplicação de um plano de amortização de prestações uniformes anuais até 31 de Dezembro de 2013 (7 anos). Durante o ano de 2008, o Banco de Portugal emitiu um novo aviso (Aviso nº 7/2008, de 14 de Outubro de 2008), no qual permite diferir os impactos da transição acima identificados, por um período adicional de três anos face ao período estipulado inicialmente. Foi decisão da CCAM SILVES prolongar o diferimento dos impactos de transição tal como permitido no Aviso nº 7/2008, de 14 de Outubro de Assim, em o valor por reconhecer em resultados transitados, que deriva dos impactos da adopção do IAS 19, e o número de anos pelos quais agora serão reconhecidos em resultados transitados, é como segue: A A A B.2007 Alteração da tábua de mortalidade Alteração dos pressupostos financeiros Excesso de cobertura em PCSB Encargos com saúde (SAMS) Nº anos a diferir Data limite de diferimento 6,262 9 anos ,878 7 anos ,690 7 anos ,402 9 anos 2016 No exercício de 2014 terminou o prazo limite de diferimento do impacto de transição na adopção da IAS 19, no que respeita a: - Alteração dos pressupostos financeiros; - Excesso de cobertura em PCSB. Ficaram por ainda diferir em 2015 e 2016, o valor respeitante a: - Alteração da tábua de mortalidade; - Encargos com saúde (SAMS). Assim sendo, o reconhecimento anual nos resultados transitados no atual exercício é o seguinte: A Alteração da tábua de mortalidade 696 B.2016 Encargos com saúde (SAMS) 30, TOTAL 31,074 CA Silves Relatório e Contas

106 TOTAL = A B.2016 *Terminou no final do exercício de 2016, o diferimento total do impacto de transição na adopção da IAS iii.b) Registo do impacto do movimento do Fundo de Pensões e do custo com o SAMS e Prémios de antiguidade a 31/12/2016. Os pressupostos atuariais e financeiros utilizados no cálculo das responsabilidades da CCAM SILVES com referência a 31 de Dezembro de 2016 e de 2015 foram os seguintes: 31/12/ /12/2015 Pressupostos demográficos Tábua de mortalidade TV 88/90 TV 88/90 Tábua de invalidez EVK 80 EVK 80 Idade de reforma (**) (**) Método de avaliação Projected Unit Projected Unit Credit Credit Pressupostos financeiros: Taxa de desconto (*) (*) Taxa de crescimento dos salários e outros benefícios 1,40% 1,40% Taxa de crescimento das pensões 1,00% 1,00% Taxa de revalorização de salários para a Segurança Social: - de acordo com nº2 Artº 27 do Decreto Lei 187/2007 1,40% 1,40% - de acordo com nº1 Artº 27 do Decreto Lei 187/2007 1,40% 1,40% (*) Taxa de desconto diferente para diferentes grupos da população: Trabalhadores no activo e Licenças com idade actuarial <55 anos: 2,30% no activo e Licenças com idade actuarial> =55 anos: 2,10% reformados e pensionistas: 1,75% (**) De acordo com o Decreto-lei nº167-e/2013 2,70% Trabalhadores 2,30% Pré-reformados, 2,00% Em 31 de Dezembro de 2016, o valor das responsabilidades por serviços passados com o pagamento de complementos de reforma e sobrevivência e encargos com cuidados médicos de saúde pósemprego (SAMS), com trabalhadores no ativo, licenças sem vencimento, pré-reformados e pensões em pagamento, referente à CCAM SILVES, é o seguinte: F.2016 Valor actual das Responsabilidades por serviços passados F.1 Com trabalhadores no activo e ex-trabalhadores F.2 Com licenças sem vencimento F.3 Com pré-reformados 0 F.4 Com pensões em pagamento CA Silves Relatório e Contas

107 O acréscimo anual de responsabilidades com pensões de reforma e sobrevivência e cuidados médicos pós- emprego referente à CCAM SILVES é o que a seguir se apresenta: G.1 + Custo do serviço corrente G.3 + Custo dos juros Líquido Net Interest 381 G.4.Ano +/- (Ganhos) e Perdas atuariais G.4.1.A Relativos a diferenças entre os pressupostos e os valores realizados no G.4.2.A Relativos a alterações verificadas nos pressupostos e nas condições no dos planos G.5 + Acréscimos de responsabilidades resultantes de reformas antecipadas G.6 = Acréscimo anual de responsabilidades O movimento ocorrido na quota-parte do fundo de pensões referente à CCAM SILVES foi o seguinte: A (+) Valor da quota-parte do fundo de pensões em H.1 (+) Contribuições efectuadas H.1.1 Pela CCAM SILVES H.1.2 Pelos empregados H.2 (+) Capitais recebidos de seguro 0 H.3 (+) Rendimento dos ativos do Fundo de Pensões (liquido) H.4 (-) Prémios de seguro pagos H.9 (+) Participação de resultados no seguro H.5 (-) Pensões pagas pelo fundo de pensões H.5.1 Por reformas antecipadas H.5.2 Outros H.6 (-) SAMS pago pelo fundo de pensões H (=) Valor da quota-parte do fundo de pensões em H.8. Variação do valor da quota-parte do fundo de pensões em (H A ) O movimento ocorrido durante o exercício de 2016, relativo ao valor actual das responsabilidades por serviços passados foi o seguinte: CA Silves Relatório e Contas

108 F.2015 (+) Responsabilidades Totais em 31 de Dezembro de G.1 (+) Custo do serviço corrente G.1.1 Custo do serviço corrente da Entidade H.1.2 Contribuições para o Fundo efectuadas pelos empregados G.2 (+) Custo dos juros G.4.1 (+/-) (Ganhos) e perdas atuariais nas responsabilidades G.5 (+) Acréscimos de responsabilidades resultantes de reforma antecipadas H.5 (-) Pensões pagas pelo fundo de pensões H.5.1 Por reformas antecipadas H.5.2 Outros H.6 (-) SAMS pago pelo fundo de pensões F.2016 (=) Responsabilidades totais em K. Variação nas responsabilidades em 2016 (F.2016 F.2015) O nível de cobertura das responsabilidades em 31 de Dezembro de 2016, de acordo com o Aviso 12/2001 do Banco de Portugal, era o seguinte: F.2016 Valor actual das responsabilidades com serviços passados I.1 Valor por amortizar em 31 Dezembro de 2016 (Aviso 7/2008) * 0 I.2 Responsabilidades por serviços passados (Aviso 12/2001) I.3 Nível de cobertura (Aviso 12/2001) (%) 101 *Terminou no final do exercício de 2016, o diferimento total do impacto de transição na adopção da IAS 19 Com a implementação em 1 de Janeiro de 2013 das alterações decorrentes da IAS 19 Revisto, os desvios atuariais por amortizar apurados à data de 31 de Dezembro de 2012, foram transferidos para uma rubrica do rendimento integral reservas de reavaliação. No exercício de 2016, o valor dos desvios atuariais existentes e o movimento ocorrido no exercício no rendimento integral, foi o seguinte: RI.2015 Desvios atuariais em RI.ano Desvios atuariais gerados em 2016 Ganhos e perdas atuariais RI.2016 Desvios atuariais em Prémios de antiguidade: A evolução do valor das responsabilidades por serviços passados, com prémios de antiguidade futuros, com trabalhadores no ativo e licenças sem vencimento, foi a seguinte: CA Silves Relatório e Contas

109 Prémio de Antiguidade N Com trabalhadores no ativo N Com licenças sem vencimento N.2015 Total Prémio de Antiguidade N Com trabalhadores no ativo N Com licenças sem vencimento 0 N.2016 Total Prémio de Antiguidade Variação O.1. Com trabalhadores no ativo O.2. Com licenças sem vencimento O. Total PRESTAÇÃO SERVIÇO MEDIAÇÃO DE SEGUROS OU DE RESSEGUROS A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo (CCAM) de Silves está inscrita na Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões, com o estatuto de Mediador de Seguros Ligado, de acordo com o artigo 8º, alínea a), subalínea i), do Decreto-Lei nº 144/2006, de 31 de Julho, desenvolvendo a actividade de intermediação em exclusividade com as Seguradoras do Grupo Crédito Agrícola, designadamente, a Crédito Agrícola Seguros Companhia de Seguros de Ramos Reais, SA (CA Seguros), que se dedica ao exercício da actividade de seguros para todos os Ramos Não Vida e com a Crédito Agrícola Vida Companhia de Seguros, SA (CA Vida), que se dedica ao exercício da actividade de seguros para o Ramo Vida e Fundos de Pensões. No âmbito dos serviços de mediação de seguros a CCAM efectua a venda de contratos de seguros e de adesões a Fundos de Pensões, presta apoio pós-venda aos segurados e participa no encaminhamento das participações de sinistros que sejam entregues nos Balcões da CCAM. Como contrapartida dos serviços de mediação de seguros prestados às referidas seguradoras, a CCAM recebe remunerações pela mediação de seguros e pela colocação de adesões em Fundos de Pensões as quais estão definidas em Protocolo estabelecido entre a CCAM e as referidas Seguradoras. As remunerações de mediação de seguros são reconhecidas como um rendimento na Demonstração de Resultados, na rubrica de Rendimentos de Serviços e Comissões. Os valores de remunerações a pagar pelas Seguradoras, à data de 31 de Dezembro de cada ano, estão reconhecidas como um activo no Balanço, na rubrica de Outros Activos. À data de emissão das presentes demonstrações financeiras, as remunerações de mediação que estavam por pagar em 31 de Dezembro de 2016, encontram-se já integralmente pagas pelas referidas Seguradoras. O quadro seguinte evidencia o valor total das remunerações de mediação de seguros, auferida pela CCAM nos últimos 3 anos (valores em euros): Origem Seguradora % Por Origem 2016 Ramos Não Vida CA Seguros , , ,65 72,9% Ramo Vida CA Vida , , ,35 26,3% Fundos de Pensões CA Vida 2.925, , ,54 0,8% Total , , ,54 100% CA SILVES Relatório e Contas

110 A CCAM não efectua a cobrança de prémios por conta das seguradoras, nem efectua a movimentação de quaisquer tipos de fundos relativos a contratos de seguros. Desta forma, não há qualquer outro activo, passivo, rendimento ou gasto a reportar, relativo à actividade de mediação de seguros, exercida pela CCAM. 52. VALORES PRUDENCIAIS DOS FUNDOS PROPRIOS No exercício de 2014, a Instrução 23/2007 foi descontinuada, dado lugar ao cálculo dos requisitos e rácios prudenciais, de acordo com os reportes Corep, aplicando as regras CRD IV / CRR, Regulamento (U.E.) nº 575/2013, tendo-se, obtido os seguintes rácios do reporte de solvabilidade das contas individuais da Caixa Agrícola a e a : FUNDOS PRÓPRIOS E RÁCIO DE SOLVABILIDADE Em euros Fundos Próprios totais Common equity tier 1* Tier 1* Tier Posição em risco de activos e equivalentes Exposição ao Risco Crédito Operacional CVA 0 0 Rácios de solvabilidade (a) Common equity tier 1* 13,8% 14,8% Tier 1 * 13,8% 14,8% Tier 2 0,5% 0,9% Total* 14,3% 15,7% * Incorporando o resultado líquido do exercício. O responsável pela contabilidade O Conselho de Administração CA SILVES Relatório e Contas

111 5. Estrutura e Práticas de Governo Societário da Caixa Crédito Agrícola Mútuo de Silves, CRL 5.1. Estrutura de Governo Societário A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Silves, CRL adopta o modelo de governação vulgarmente conhecido como latino reforçado, constituído pelo Conselho de Administração, Conselho Fiscal e Revisor Oficial de Contas. Os membros dos órgãos sociais e da Mesa da Assembleia Geral são eleitos pela Assembleia Geral, para um mandato de três anos. Sendo a informação infra referente aos órgãos sociais em funções a , pelo mandato referente ao período Organograma Geral da Caixa de Crédito Agrícola Assembleia Geral Conselho de Administração Conselho Fiscal ROC 5.3. Assembleia Geral A Mesa da Assembleia Geral é constituída por um Presidente, um Vice-Presidente e um Secretário Composição da Mesa da Assembleia Geral Presidente: Joaquim António G. E. Gonçalves Vice-Presidente: Gonçalo André das Neves Dias Secretário: Romeu Jorge Pontes Suplente: Sónia Isabel Borralho Brito Competência da Assembleia Geral A Assembleia Geral delibera sobre todos os assuntos para os quais a Lei e os Estatutos lhe atribuam competências, competindo-lhe, em especial: Eleger, suspender e destituir os titulares dos cargos sociais, incluindo os seus Presidentes; CA SILVES Relatório e Contas

112 Votar a proposta de plano de actividade e de orçamento da Caixa Agrícola para o exercício seguinte; Votar o relatório, o balanço e as contas do exercício anterior; Aprovar a fusão, a cisão e a dissolução da Caixa Agrícola; Aprovar a associação e a exoneração da Caixa Agrícola da CAIXA CENTRAL e de organismos cooperativos de grau superior; Fixar a remuneração dos titulares dos órgãos sociais da Caixa Agrícola; Decidir do exercício do direito de ação cível ou penal contra o revisor oficial de contas, administradores, gerentes, outros mandatários ou membros do Conselho Fiscal e da Mesa da Assembleia Geral; Decidir da alteração dos Estatutos Conselho de Administração O Conselho de Administração é composto por um número ímpar de membros efetivos, no mínimo de três e de um suplente. Atualmente o Conselho de Administração é composto por 3 membros, com mandato para o triénio 2016/ 2018, eleitos em Dezembro de Composição do Conselho de Administração Presidente: José Manuel Guerreiro Estiveira Gonçalves Vogal: Diogo Manuel Calvário Cabrita Vogal: Manuel António da Conceição Nunes Suplente: Cláudia Isabel da Silva Bento Competências do Conselho de Administração As competências do Conselho de Administração decorrem da Lei, competindo-lhe, em especial e de acordo com os Estatutos: Administrar e representar a Caixa Agrícola; Elaborar, para votação pela Assembleia Geral, uma proposta de plano de actividade e de orçamento para o exercício seguinte; Elaborar, para votação pela Assembleia Geral, o relatório e as contas relativos ao exercício anterior; Adotar as medidas necessárias à garantia da solvabilidade e liquidez da Caixa Agrícola; Decidir das operações de crédito da Caixa Agrícola. Fiscalizar a aplicação dos capitais mutuados; Promover a cobrança coerciva dos créditos da Caixa Agrícola, vencidos e não pagos; Organizar, dirigir e disciplinar os serviços. CA SILVES Relatório e Contas

113 Reuniões do Conselho de Administração O Conselho de Administração reúne, pelo menos, 1 vez por semana, e sempre que necessário, tendo realizado um total de 51 reuniões formais de Administração no ano de Distribuição de Pelouros pelos Membros do Conselho de Administração O Conselho de Administração tem os seguintes pelouros definidos entre os seus membros: O Presidente José Manuel G.E. Gonçalves: Representação da Caixa; Departamento Comercial; Departamento Financeiro; Recursos Humanos; Área das actividades de Suporte; Planeamento Estratégico e Controlo de Gestão; Comunicação e Relações Institucionais Vogal Diogo Manuel Calvário Cabrita: Departamento Risco e Crédito; Departamento Jurídico e contencioso; Contratação e Recuperação de Crédito; Organização e processos; Vogal Manuel António da Conceição Nunes: Auditoria Interna; Compliance; Risco Global Órgãos de Fiscalização A fiscalização da Caixa de Crédito Agrícola compete a um Conselho Fiscal e a um Revisor Oficial de Contas ou uma Sociedade de Revisores Oficiais de Contas. As competências dos órgãos de fiscalização são as que decorrem da lei, competindo, ainda, ao Conselho Fiscal, de acordo com os Estatutos, emitir parecer sobre a proposta de plano de actividade e de orçamento Conselho Fiscal O Conselho Fiscal é composto por três membros efetivos e, pelo menos, um suplente Composição do Conselho Fiscal Presidente: João Pedro Rodrigues Gonçalves Mendonça Vice-Presidente: Maria Julieta Gravanita Elias Vogal: Patrícia Isabel Cabrita Neves Suplente: Nuno Filipe Louzeiro Silva Reuniões do Conselho Fiscal O Conselho Fiscal reúne, pelo menos, 1 vez por trimestre, e sempre que necessário, tendo realizado, em 2016, um total de 8 reuniões. CA SILVES Relatório e Contas

114 Revisor Oficial de Contas O Revisor Oficial de Contas é designado pela Assembleia Geral, sob proposta do Conselho Fiscal. O mandato actual do Revisor Oficial de Contas é de 2013 a 2015, encontrando-se designados para o cargo: Efetivo: Isabel Paiva, Miguel Galvão & Associados Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, Lda, contribuinte nº ; representada pelo R.O.C. nº 629 Isabel Gomes de Novais Paiva, contribuinte nº Suplente: R.O.C. nº 1098 José Luís Guerreiro Nunes, contribuinte nº Política de remuneração Política de remuneração dos Órgãos Sociais Nos termos do número 4 do Art. 115º-C do Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras (RGICSF), aprovado pelo Decreto-Lei nº 298/92, de 31 de Dezembro, na redacção que lhe foi dada pelo Decreto-Lei nº 157/2014, de 24 de Outubro, vem o Conselho de Administração da CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE SILVES, CRL (doravante CAIXA AGRÍCOLA), submeter à aprovação da Assembleia Geral a Política de Remuneração dos Membros dos Órgãos de Administração e de Fiscalização da CAIXA AGRÍCOLA para o ano de A Política de Remuneração dos Membros dos Órgãos de Administração e de Fiscalização da CAIXA AGRÍCOLA para o ano de 2016 foi aprovada nos seguintes termos: 1. INTRODUÇÃO Em cumprimento do normativo aplicável, a Política de Remuneração dos Membros dos Órgãos de Administração e de Fiscalização da CAIXA AGRÍCOLA foi definida e elaborada de modo a reflectir adequada e proporcionalmente a dimensão, a organização interna e a natureza da Instituição, o âmbito e a complexidade da actividade por si desenvolvida, a natureza e a magnitude dos riscos assumidos e a assumir e o grau de centralização e delegação de poderes estabelecido no seio da mesma Instituição. A mesma Política de Remuneração, atento o facto do Banco de Portugal não ter ainda aprovado qualquer instrumento regulamentar que revogue, altere ou substitua o Aviso nº 10/2011, sendo que as Instruções nºs 4/2015 e 5/2015, publicadas em 15 de Junho de 2015, referem-se à matéria das Políticas de Remuneração, mas somente quanto a divulgação de informação quantitativa a ela atinente, teve em consideração os seguintes instrumentos: a. O RGICSF; b. O Aviso do Banco de Portugal nº 10/2011, quanto às normas neste contidas que não sejam incompatíveis com a actual redacção do RGICSF, atentas as alterações neste introduzidas pelo Decreto-Lei nº 157/2014 e por diplomas subsequentes, e que não devam, por isso, considerarse revogadas em função de tais alterações; c. A Lei nº 28/2009, de 19 de Junho, na redacção que lhe foi dada pelo Decreto-Lei nº 157/2014; d. A Directiva nº 2013/36/EU, do Parlamento Europeu e do Conselho (IV Directiva de Requisitos de Capital); e. O Regulamento nº 575/2013, do Parlamento Europeu e do Conselho (Regulamento de Requisitos de Capital). CA SILVES Relatório e Contas

115 2. PRINCÍPIOS GERAIS O regime legal e regulamentar ora em vigor preserva a aplicação do princípio da proporcionalidade na definição das políticas de remuneração, pelo que se mantém a relevância dada elementos como a natureza jurídica de cooperativa da Instituição e a imposição de restrições de natureza geográfica à actuação da dita Instituição, factores que determinam que a tais funções correspondam muitas vezes remunerações de valor senão simbólico, pelo menos inferior ao da média dos Colaboradores da Instituição, sendo por conseguinte tais remunerações insusceptíveis de qualquer comparação com as que são auferidas no resto do Sector Bancário, tal como são insusceptíveis de levar à assunção de riscos excessivos ou de pôr em causa os interesses de longo prazo da Instituição, a sua estabilidade financeira ou a sua base de capital. Nesta perspectiva, para além de se terem que considerar inaplicáveis à CAIXA AGRÍCOLA todas as disposições do RGICSF, da Lei nº 28/2009 e do Aviso nº 10/2011 (os últimos na medida em que se considerem compatíveis com o primeiro) que pressuponham que as entidades às mesmas sujeitas revestem a natureza jurídica de sociedades anónimas, houve que ponderar a aplicação de muitas das demais normas, sempre por referência ao princípio da proporcionalidade ínsito no corpo do nº 3 do art. 115º-C do RGICSF. Consequentemente, o referido princípio da proporcionalidade presidiu à elaboração da presente Política de Remuneração que, nos termos do RGICSF, prossegue ainda os seguintes objectivos: a. Promover e ser coerente com uma gestão de riscos sã e prudente e não incentivar a assunção de riscos superiores ao nível de risco tolerado pela Instituição; b. Ser compatível com a estratégia empresarial da Instituição, os seus objectivos, valores e interesses de longo prazo e incluir medidas destinadas a evitar conflitos de interesses; c. Distinguir de forma clara os critérios para a fixação da componente fixa da remuneração, fundamentados principalmente na experiência profissional relevante e na responsabilidade organizacional de cada Membro de Órgão de Administração ou de Fiscalização. 3. CONSIDERAÇÕES GERAIS Nos termos e para os efeitos do nº 1 do art. 16º do Aviso nº 10/2011, declara-se que: a) A Política de Remuneração dos Órgãos de Administração e de Fiscalização é definida pela Assembleia Geral, sem a intervenção de quaisquer consultores externos, cabendo à mesma revê-la periodicamente, pelo menos uma vez por ano, em sede da sua aprovação nos termos do nº 4 do art. 115º-C do RGICSF; b) A presente política não contempla a atribuição de remunerações variáveis; c) Vistas a natureza e dimensões da Instituição, a inexistência de remunerações variáveis, o valor das remunerações pagas aos Membros dos respectivos Órgãos de Administração e de Fiscalização e o facto de, não sendo a Instituição uma sociedade anónima, lhe ser impossível pagar qualquer remuneração sob a forma de acções ou instrumentos nos termos do nº 3 do art. 115º-E do RGICSF, não será diferido o pagamento de qualquer parte da remuneração; d) A Política de Remuneração é propícia ao alinhamento dos interesses dos Membros do Órgão de Administração com os interesses de longo prazo da Instituição e é igualmente consentânea com o desincentivo de uma assunção excessiva de riscos, na medida em que preconiza a atribuição de uma remuneração de valor moderado, compatível com as tradições e com a natureza específica do Crédito Agrícola; e) Atenta a natureza cooperativa da CAIXA AGRÍCOLA, o desempenho dos Órgãos de Administração e de Fiscalização é, em primeira linha, avaliado pelos Associados em sede de Assembleia Geral, reflectindo tal avaliação não só o desempenho económico da Instituição, mas também outros critérios directamente relacionados com a sobredita natureza cooperativa, incluindo a qualidade da relação estabelecida entre Administração e Cooperadores e da informação prestada aos membros sobre o andamento dos negócios sociais. 4. REMUNERAÇÃO DOS MEMBROS DO ORGÃO DE FISCALIZAÇÃO: CONSELHO FISCAL A remuneração dos Membros do Conselho Fiscal, tendo em consideração a natureza da composição desse Órgão Social, consiste exclusivamente numa componente fixa, paga através de senhas de CA SILVES Relatório e Contas

116 presença de valor fixado pela Assembleia Geral; a remuneração fixa de cada membro do órgão de fiscalização corresponderá a um valor por presença em reunião ou representação da CCAM senha de presença de acordo com os valores fixados pela Assembleia Geral a liquidar nos meses em que se realizam as reuniões, consoante a práctica da CCAM. Acresce a esta remuneração o pagamento de despesas de representação ou outras incorridas no exercício das funções de Membro de Orgão de Fiscalização. 5. REMUNERAÇÃO DOS MEMBROS DO ÓRGÃO DE ADMINISTRAÇÃO: CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 5.1. REMUNERAÇÃO DOS ADMINISTRADORES EXECUTIVOS A remuneração dos Membros executivos do Conselho de Administração consiste exclusivamente numa componente fixa, em montante fixo mensal liquidado em catorze meses, de valor fixado pela Assembleia Geral. Acresce a esta remuneração i) atribuição de cartão de crédito e afectação do mesmo ao pagamento de despesas de representação ou outras incorridas no exercício das funções de Membro do Órgão de Administração; ii) atribuição de telemóvel ou viatura de serviço para uso no exercício das mesmas funções; iii) facilidades de reembolso de despesas não compreendidas em i). Nos termos e para os efeitos dos arts. 115º-E e 115º-F do RGICSF e do nº 2 do art. 16º do Aviso nº 10/2011, mais se declara que: Quanto à avaliação do desempenho a) O órgão competente para a avaliação do desempenho individual dos Administradores Executivos é o Órgão de Fiscalização, sem prejuízo da competência da Assembleia Geral, nos termos acima descritos; b) A remuneração dos Administradores Executivos não inclui uma componente variável, pelo que são inaplicáveis os arts. 115º-E e 115º-F do RGICSF e as alíneas b), c), d), e), f), g), h) e i) do nº 2 do art. 16º do Aviso nº 10/ Quanto aos mecanismos de malus e clawback Conforme referido acima, a remuneração dos Administradores executivos não inclui uma componente variável, pelo que são inaplicáveis as regras constantes do RGICSF quanto à aquisição do direito à mesma e aos mecanismos de redução ( malus ) ou reversão ( clawback ) Disposições gerais a) Uma vez que a remuneração dos Administradores Executivos não inclui uma componente variável, são inaplicáveis as alíneas b), c), d), e), f), g), h) e i) do nº 2 do art. 16º do Aviso nº 10/2011; b) No exercício de 2015 não foram pagas nem se mostraram devidas compensações e indemnizações a Membros do Órgão de Administração devido à cessação das suas funções; c) A Instituição não celebrou com os Membros do seu Órgão de Administração qualquer contrato que lhes confira direito a compensações ou indemnizações em caso de destituição, incluindo pagamentos relacionados com a duração de um período de pré-aviso ou cláusula de não concorrência, pelo que o direito a tais compensações ou indemnizações se rege exclusivamente pelas normas legais aplicáveis, sendo desnecessários os instrumentos jurídicos a que alude o art. 10º do Aviso nº 10/2011; de igual modo, não vigora na Instituição qualquer regime especial relativo a pagamentos relacionados com a cessação antecipada de funções, pelo que é igualmente inaplicável o nº 11 do art. 115º-E do RGICSF; d) Foram pagas ao Presidente do Conselho de Administração da Caixa Agrícola, senhor José Manuel Guerreiro Estiveira Gonçalves, senhas de presença, pela Caixa Central Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo, C.R.L., pela sua participação nas reuniões do Conselho Consultivo da mesma. e) Não vigoram na Instituição quaisquer regimes complementares de pensões ou de reforma antecipada, nem são concedidos benefícios discricionários de pensão; CA SILVES Relatório e Contas

117 f) Inexistem outros benefícios não pecuniários relevantes que possam ser considerados como remuneração. g) Os Membros do Órgão de Administração não utilizam quaisquer seguros de remuneração ou responsabilidade, ou quaisquer outros mecanismos de cobertura de risco tendentes a atenuar os efeitos de alinhamento pelo risco inerentes às suas modalidades de remuneração h) Caso seja atribuída qualquer remuneração a Administrador Executivo eleito para o seu primeiro mandato que vise compensá-lo pela cessação de funções anteriores, esta terá em consideração os interesses de longo prazo da Instituição e será sujeita às regras que em cada momento vigorem quanto a desempenho, indisponibilidade mediante retenção pela Instituição, diferimento e reversão, sem prejuízo de, conforme referido, não ser actualmente diferido o pagamento de qualquer parte da remuneração. 6. REVISOR OFICIAL DE CONTAS A remuneração do Revisor Oficial de Contas é estabelecida com base nas práticas de mercado e definida no âmbito de contrato de prestação de serviços de revisão de contas Remunerações auferidas pelos membros dos Órgãos de Administração e Fiscalização No exercício de 2016, o detalhe das remunerações pagas aos Membros dos Órgãos Sociais (Concelho Fiscal, Conselho de Administração e ROC), apresenta-se a seguir: Remuneração Fixa Variável Total Conselho Administração CCAM Presidente Conselho Administração Vogal Conselho Administração (Março ) Vogal Conselho Administração (Março ) Vogal Conselho Administração ( Março 2016) Vogal Conselho Administração ( Março 2016) Total Conselho Fiscal Presidente Conselho Fiscal Vogal Conselho Fiscal Vogal Conselho Fiscal Total Revisor Oficial de Contas Contracto anual (com IVA Incluido) Política de remuneração de colaboradores Dando cumprimento ao disposto no nº 3 do artigo 16º do Aviso do Banco de Portugal nº 10/2011, é prestada a seguinte informação, atinente à política de remuneração de colaboradores, que é idêntica para a generalidade dos colaboradores da cooperativa: a) A política de remuneração dos colaboradores é definida e aprovada pelo Órgão de Administração; CA SILVES Relatório e Contas

118 b) Os colaboradores abrangidos pelo nº 2 do artigo 1º do Aviso do Banco de Portugal nº 10/2011 auferem uma remuneração idêntica aquela que está definida para a generalidade dos colaboradores da cooperativa, que assenta principalmente numa componente fixa paga catorze vezes por ano, de acordo com as condições dispostas no ACT do Crédito Agrícola, a qual pode ainda integrar um complemento remunerativo mensal fixo, estabelecido contratualmente ou na sequência de reajustamento remunerativo casuístico. c) Também se atribui até duas horas de Isenção de horário de trabalho às funções cujo nível de responsabilidade e exigência de disponibilidade assim o justifique. d) Pode ser atribuída anualmente uma remuneração variável, definida com base num processo de avaliação de um conjunto de competências críticas para a função, a qual corresponde apenas a um prémio de desempenho. e) A metodologia e critérios de avaliação de desempenho, aprovados pelo órgão de administração, são divulgados internamente, aprovados e aplicados de forma idêntica, para a generalidade dos colaboradores da instituição. O órgão de administração valida os resultados finais da avaliação de desempenho efectuada pela hierarquia direta dos colaboradores. f) Para os colaboradores em apreço a componente variável da remuneração, seu limite e as orientações de atribuição são revistos anualmente pelo Conselho de Administração. g) A componente variável poderá assim ser atribuída anualmente, mediante análise casuística do Conselho de Administração, considerando o resultado líquido da CCAM de Silves, e os resultados da avaliação de competências específicas e transversais, que permitem verificar o respeito pelas regras e procedimentos aplicáveis à actividade, designadamente as regras de controlo interno e as que são relativas às relações com clientes e investidores. h) Pretende-se, deste modo, promover a sustentabilidade da instituição e a criação de valor a longo prazo. i) A remuneração variável quando atribuída é paga em numerário tendo por base o desempenho do ano, seguindo o princípio contabilístico da especialização. j) Não é diferida parte da componente variável da remuneração, porquanto o valor desta não tem expressividade para que o seu pagamento imediato e de uma só vez possa impedir que se atinja qualquer um dos objectivos que o diferimento visaria prosseguir. k) Atendendo ao disposto no artigo 17º do Aviso do Banco de Portugal nº 10/2011, os colaboradores abrangidos pelo nº 2 do artigo 1º do mesmo Aviso, para 2016 indicamos que um total de 41 colaboradores auferiu uma parte fixa de , em conjunto com de parte variável, numa remuneração total auferida de Em 2016 mantêm-se a saída temporária por 3 anos de um colaborador foi renovada a cedência à Administração Pública; verificou-se a saída de um colaborador por mútuo acordo. l) Montantes e tipos de remuneração variável, separados por remuneração pecuniária e outros tipos não aplicável; m) Montante da remuneração diferida não paga, de forma agregada não aplicável; n) Montantes anuais da remuneração diferida devida, paga ou objeto de reduções resultantes de ajustamento introduzido em função do desempenho individual dos titulares não aplicável; o) Número de novas contratações efetuadas no ano a que a informação respeita não houve novas contratações; p) Montante dos pagamentos efetuados ou devidos anualmente em virtude de rescisão antecipada de contrato de trabalho com Colaboradores, número de beneficiários desses pagamentos e o maior pagamento atribuído a um Colaborador individual não aplicável. CA SILVES Relatório e Contas

119 6. Parecer do Conselho Fiscal CA SILVES Relatório e Contas

120 7. Certificação Legal de Contas CA SILVES Relatório e Contas

121 CA SILVES Relatório e Contas

122 CA SILVES Relatório e Contas

123 CA SILVES Relatório e Contas

124 CA SILVES Relatório e Contas

125 CA SILVES Relatório e Contas

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