1. Principais Indicadores do CA Silves

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1 Índice 1. Principais Indicadores do CA Silves Relatório da Administração: 2.1. Mensagem da Administração Introdução ao Relatório de Gestão Enquadramento Macroeconómico e Mercado Bancário Grupo Crédito Agrícola Evolução Recente e Perspetivas Actividade do CA Silves Apreciação Global: Resumo da Actividade por áreas funcionais Estrutura Patrimonial Aplicações do Activo Recursos Empresas do Grupo C.A. e cross-selling Capital Subscrito e Movimento de Associados Solvabilidade e Situação Líquida Evolução da Conta de Exploração Resultado Após Impostos Resumo dos principais Rácios Proposta da Aplicação dos Resultados Líquidos Documentos Financeiros: 4.1. Balanço e Demonstrações Financeiras Notas Explicativas Anexas às Contas Estrutura e práticas de governo societário da CA Silves Parecer do Conselho Fiscal Certificação Legal de Contas CA Silves Relatório e Contas 2017

2 1. Principais Indicadores do CA Silves BALANÇO EVOLUÇÃO dos PRINCIPAIS INDICADORES VARIAÇÃO VALOR % ACTIVO BRUTO ,4% ACTIVO LÍQUIDO ,9% APLICAÇÕES em INSTITUIÇÕES de CRÉDITO ,1% CRÉDITO BRUTO ,8% CRÉDITO LÍQUIDO ,9% CRÉDITO em RISCO (Instrução nº 24/2012 do BdP) ,8% CRÉDITO VENCIDO ,6% IMPARIDADES ACUMULADAS para CRÉDITO ,3% ACTIVOS NÃO CORRENTES DETIDOS para VENDA (valor líquido) ,9% RECURSOS ,1% SITUAÇÃO LÍQUIDA ,3% RESULTADOS / CONTA de EXPLORAÇÃO VARIAÇÃO VALOR % RESULTADO LÍQUIDO ,5% MARGEM FINANCEIRA ,0% COMISSÕES LÍQUIDAS ,2% PRODUTO BANCÁRIO ,0% GASTOS OPERACIONAIS de ESTRUTURA ,8% IMPARIDADES para CRÉDITO (líquidas) ,7% OUTRAS IMPARIDADES e PROVISÕES ,5% RÁCIOS de ESTRUTURA RECOMENDAÇÃO CAIXA CENTRAL MÉDIA das CCAM'S (*) Refª 2017 Rácio de Solvabilidade global 14,3% 14,2% - N/D Rácio Common Equity Tier I 13,8% 14,2% > 13% N/D Rácio de Transformação (Crédito/Depósitos) 72,4% 69,6% <= 85% 69,3% Rácio de crédito em risco (Instrução nº 24/2012 do BdP) 7,8% 7,4% - N/D Rácio de crédito em incumprimento (Instrução nº 24/2012 do BdP) 4,9% 4,6% - N/D Rácio de Crédito Vencido 5,0% 4,5% < 5% 5,7% Rácio de Crédito Vencido Liquido 1,0% 2,0% < 3% 2,3% Crédito com garantias reais ou financeiras / Crédito Total 88,2% 89,2% > 65% 75,6% RÁCIOS de RENTABILIDADE RECOMENDAÇÃO CAIXA CENTRAL MÉDIA das CCAM'S (*) Refª 2017 Comissões Líquidas / Produto bancário 31,7% 35,9% > 20% 31,7% Rácio de Eficiência 66,4% 66,5% < 70% 68,1% Nº colaboradores Activo Líquido Ajustado (**) por Empregado bancário > Produto Bancário por Empregado bancário > Custo com Orgãos Sociais e Pessoal / Activo Líquido 1,15% 1,05% < 1,10% 1,05% Gastos gerais Administrativos / Activo Líquido 0,77% 0,68% < 0,80% 0,75% Rendibilidade do Activo Liquido Médio (ROA) 0,14% 0,44% - 0,63% Rendibilidade dos Capitais Próprios (ROE) 1,59% 5,55% > 5% 6,35% (*) - Fonte: Caixa Central - DASonline (**) - Inclui as aplicações de clientes em Seguros de Capitalização e Fundos de Investimento colocados junto da CA Vida e CA Gest, respectivamente CA Silves Relatório e Contas

3 2. Relatório da Administração 2.1. Mensagem da Administração - Introdução ao Relatório de Gestão Para dar cumprimento à Lei e aos Estatutos da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Silves C.R.L. (CA Silves) vem o Conselho de Administração apresentar à Assembleia Geral, o Relatório, Balanço e Contas, bem como a proposta de aplicação de resultados, e ainda a Estrutura e práticas de governo societário da CA Silves, referentes ao ano de Poderíamos resumir o exercício de 2017 do CA Silves, nos seguintes aspetos: superamos todos os nossos objectivos não só nas rubricas de Balanço, mas também na Conta de Exploração. É de registar não só cumprimento material das normas prudenciais, cada vez mais exigentes (de elevado consumo em tempo e dinheiro), como também destacamos o aumento do Crédito e dos Recursos, ou o crescimento das carteiras de seguros. Realçamos ainda a melhoria dos excedentes de liquidez do CA Silves, bem como a manutenção de um elevado rácio de solvabilidade. É com agrado que verificamos igualmente uma evolução em linha com os nossos pares no que respeita à Margem Financeira e ao Produto Bancário. Por outro lado o CA Silves superou o SICAM, no que respeita ao crescimento do Crédito e Recursos, bem como na redução dos Gastos de Estrutura, já que o SICAM volta a verificar um novo aumento de gastos. O contexto sócio-económico do país ajudou a esta dinâmica, pois foi positivo, em termos globais. Mas em termos particulares da nossa actividade, continua adverso, na medida em que as Euribor continuaram negativas todo o exercício, bem como a nova regulação aumentou a exigência de elevados níveis de imparidades, o que estende a crise bancária para o seu 10º exercício, levando o esforço de todos ao limite. Do ponto de vista macro-económico 2017 mostrou uma clara melhoria face aos últimos anos, consubstanciada num crescimento do PIB em torno dos 2,7%, apoiado no crescimento do investimento, do consumo privado e das exportações. Num contexto de recuperação das condições no mercado de trabalho e de redução dos níveis de endividamento das famílias, a evolução do consumo espelha a aquisição de bens não duradouros, de onde se destacam as viaturas automóveis. Já a aceleração do investimento verificou-se em todas as suas componentes, mas não podemos deixar de sublinhar que reflete, em larga medida, o aumento do investimento em construção, após as quedas contínuas observadas entre [ ]. A redução profunda e prolongada do investimento no período da crise condicionou a evolução do stock de capital, o que constitui, uma restrição ao dinamismo da atividade económica, até CA Silves Relatório e Contas

4 porque os atuais níveis de investimento continuam muito abaixo do nível verificado antes da crise de Sem a recuperação estrutural do investimento empresarial, reprodutivo, será muito difícil a Portugal e ao Algarve verificarem crescimentos sustentados a médio prazo. Neste âmbito urge resolver o problema do elevado endividamento privado e público, da nossa economia. Apesar de se verificar uma trajetória descendente, os rácios de endividamento em Portugal continuam elevados e superiores aos níveis médios da área do euro. Assim, mantémse a necessidade de redução dos rácios de endividamento de empresas e particulares, de modo a que este facto não constitua uma restrição ativa nas decisões de consumo e investimento dos agentes económicos. Se temos constatado que o endividamento privado está em queda clara há vários anos, já para a dívida pública o cenário é o contrário, em termos nominais. Verificar controlo e redução da dívida do Estado permanecerá como um dos grandes desafios atuais, e que se manterá por muitos anos futuros. Apenas o cumprimento dos compromissos das autoridades nacionais no âmbito das regras orçamentais europeias (tratado orçamental) permitirá assegurar uma diminuição sustentada do atual nível de dívida pública, que constitui uma enorme vulnerabilidade latente da economia portuguesa. Se a redução da dívida face ao PIB é um importante e positivo facto de 2017, o mesmo não se poderá dizer do crescimento nominal do endividamento público, bem como a consequente reduzida melhoria do rating da Republica. Fatores que afetam muito a actividade da Banca. O processo de ajustamento da Troika trouxe inúmeras consequências para a Banca. Duas das principais respeitam à redução da concessão de crédito (processo de desalavancagem) e ao crescimento do crédito vencido, no que se refere a Sociedades não financeiras e Famílias. O CA Silves ao longo dos últimos anos tem apresentado, nestas duas rubricas, comportamentos muito melhores do que o mercado nacional. CA Silves Relatório e Contas

5 No que respeita ao Crédito Vencido em 2017, temos a comunicar que a CA Silves apenas conseguiu uma ligeira diminuição de aproximadamente (-1,6%). O que, em conjunto com a subida da carteira de Crédito, se consubstanciou numa diminuição do rácio de crédito vencido bruto para 4,51%. É uma melhoria muito significativa, sendo de realçar, que continuamos a cumprir com a recomendação da Caixa Central (<5%), pelo segundo ano consecutivo, algo que não conseguimos verificar durante 8 exercícios, entre 2008 e Este cumprimento do rácio de crédito vencido, é portanto um excelente indicador mantido em 2017, cuja tendência que conseguimos inverter em Já o rácio de Crédito Vencido Líquido (muito mais relevante para análise) ficou confortavelmente em 2%, claramente abaixo do objetivo e recomendação de 3%. Não obstante esta boa evolução, continuamos a constatar que se mantêm condições muito adversas à melhoria significativa do crédito vencido. Não podemos deixar de referir que a reforma do mapa judiciário, implementada pelo ministério da Justiça no Verão de 2014, continua a prejudicar fortemente o bom andamento desta rubrica no CA Silves. Os problemas operacionais associados a esta reforma continuam a adiar o avanço material das decisões nos processos judiciais, pelo menos no que respeita ao CA Silves. Por esta via, a capacidade em recuperar provisões e imparidades de crédito continuou fortemente condicionada, em Em 2017 o CA Silves voltou a verificar uma significativa subida da carteira de crédito bruto. Um dado em claro contraciclo com a concorrência, tanto mais positivo, se comparando com o facto do Crédito nacional a Particulares e Empresas ter continuado a diminuir, cerca de 2,2%. Já no CA Silves, o aumento muito significativo do Crédito ascendeu a +8,8%, num valor aproximado de , superando claramente o objetivo orçamentado de crescer 2%. É igualmente uma prestação em linha com a boa evolução que as CCAM s congéneres obtiveram, cujo crédito bruto subiu 9%. Também nos comparamos muito bem com a evolução do mercado algarvio que cresceu apenas 1,8%, conforma informação da Caixa Central, analisada no ponto 2.2.C.. Esta evolução muito positiva na carteira de crédito não será alheia ao forte ativismo que o CA Silves tem manifestado na procura de crédito novo e que traduz o forte empenho que CA Silves Relatório e Contas

6 colocamos no apoio ao financiamento da economia local. E que se consubstanciou num significativo aumento da concessão de crédito novo, que ascendeu a , em Vivendo uma contínua contração do crédito na Zona Euro, a política ultra-expansionista do BCE foi intensificada novamente em Março de 2016, através de medidas menos convencionais, devido à reduzida inflação e à persistência de alguma (menor) fragmentação financeira na zona euro, que tem imposto fortes restrições à eficaz transmissão dos mecanismos da política monetária. As medidas menos ortodoxas colocadas no terreno pelo BCE, vão desde as Targeted Long Term Refinancing Operations (TLTRO), operações de refinanciamento com termo em Março de 2021 (a que o SICAM e o CA Silves têm recorrido), bem como a redução da sua taxa diretora para 0%, ou ainda a cobrança de 0,4% de juros aos bancos, pelos depósitos mantidos junto do Banco Central. Adicionalmente, há a decorrer um programa aquisição de Asset-backed securities e de Covered bonds, ou seja, dívida titularizada. Daqui tem resultado uma forte redução das taxas euribor, em todos os prazos, de onde destacamos a de 6 meses que continuou a cair em 2017 para mínimos históricos, negativos, de -0,28%. Neste contexto imposto pelo BCE, e não obstante o aludido crescimento da carteira de crédito, registamos uma significativa redução de nos proveitos com juros, resultado direto não só da nova quebra das taxas Euribor, para valores negativos, como também da maior concorrência pelo crédito novo, com a qual tivemos de voltar a lidar, desde meados de A carteira de Recursos detida pelos nossos clientes também verifica um óptimo crescimento de mais de Uma prova clara da confiança que o mercado mantém no CA Silves. Conseguimos superar largamente o objetivo de defesa da carteira de Recursos, apesar da continuada competição. Esta, não tendo desaparecido, está a um nível muito mais estável, não obstante permanecer em valores muito acima das Euribor. Estes factos são de realçar, não só pelo cumprimento do valor orçamentado para os custos com os juros, como também pela elevada carteira que os nossos clientes mantém no Grupo CA, em aplicações no CA Vida e CA Gest. Desta evolução de Crédito vs Recursos resultou uma redução do rácio de transformação de 72,4% para 69,6%. Uma diminuição inesperada, consequência direta do excelente crescimento da carteira de Recursos. O CA Silves continua a apresentar uma posição largamente excedentária de liquidez, consubstanciada nos mais de em depósitos a prazo colocados na Caixa Central, com que se fechou o ano de Esta é uma significativa subida homóloga de 30,1%, de CA Silves Relatório e Contas

7 aproximadamente de Entendemos que este excedente tem sido umas das principais forças estruturais, para a superação da crise financeira da última década. Um excedente que importa preservar apesar da enorme redução de proveitos, que o corte das taxas de juro pagos pela Caixa Central tem representado para a nossa CCAM, conforme veremos no ponto Fica clara a grande pressão sobre os ganhos, a que o CA Silves foi sujeito. Tendo sido possível mitigar a redução da margem financeira, apenas por via da forte redução dos custos dos juros pagos a clientes, em linha com o orçamentado, dada a evolução negativa que verificaram os juros recebidos do Crédito e da Caixa Central, apesar dos aumentos significativos das respetivas carteiras destas rúbricas. Conjugando estes efeitos na conta de exploração, registamos uma redução da Margem Financeira de aproximadamente (-5,0%). Já o Produto Bancário superou largamente o objetivo orçamentado de , em cerca de , já que terminou 2017 aproximadamente nos Ainda que tenha verificado uma ligeira redução de (-1,0%) face a 2016, vemos esta evolução de forma muito positiva se atendermos ao facto de, em 2017, não se ter auferido o elevado nível de Outros Resultados de Exploração extraordinários, não recorrentes, de que havíamos beneficiado em 2015 e O que significa que a actividade recorrente de 2017 conseguiu mais receitas recorrentes, conforme será pormenorizado no ponto Passando à análise dos gastos de estrutura há a destacar que o CA Silves cumpriu com o Orçamento, mantendo controlados os gastos operacionais, na medida em que tiveram uma nova redução de (-0,8%). Tal como previsto no Plano de Atividades para 2017, a Administração do CA Silves procurou agir sobre as variáveis que controla diretamente, sempre no sentido de minorar os impactos impostos por condicionantes exógenas à CA Silves, acompanhando mudanças, de modo a precaver o futuro. Desde 2009, que são reduzidos sucessivamente os custos operacionais, apesar dos elevados gastos incorridos, todos os anos, por imposições legais (seja o Acordo Coletivo de Trabalho, CA Silves Relatório e Contas

8 Caixa Central, seja do Regulador ou do Estado). Quando comparamos 2017 com o pico dos gastos atingido em 2009, verifica-se uma significativa redução de gastos operacionais de 9,5%. As poupanças conseguidas ascendem a /ano, com base nos valores alcançados em As poupanças acumuladas desde 2009 elevam-se a mais de O CA Silves terá de continuar fortemente empenhado, neste domínio, dado que é das poucas variáveis que controla minimamente. Pelo que, é das que pode usar para fazer face às elevadas quedas do Produto Bancário já incorridas em exercícios anteriores a Algo que poderemos voltar a incorrer, com elevada probabilidade, se não for mantida a subida regular da carteira de Crédito e/ou o BCE resfriar a sua política monetária ultra-expansionista. O CA Silves não esquece o seu papel social, como agente de apoio ao desenvolvimento local, bem como a manutenção de uma política de proximidade a clientes e associados. Assim sendo, não se deixou de apoiar sempre que possível, a comunidade local dos dois concelhos em que desenvolve a sua actividade, dando inúmeros apoios em géneros, patrocínios e donativos aproximadamente a 15 entidades locais, num montante que ascendeu a cerca de Esta é uma política de responsabilidade social com impacto financeiro muito significativo nos resultados, que o CA Silves nunca deixou de fazer ao longo dos últimos anos, apesar da crise que o sector bancário atravessa desde Conforme fica patente no quadro anexo. Como fator muito positivo de 2017, é de sublinhar a melhoria da Situação Líquida para um novo máximo histórico de mais de Um dos aspetos mais positivos da estratégia de prudência que temos seguido reside no facto de mantermos um dos melhores rácios de solvabilidade da Banca nacional, superior a 14%. No âmbito da solvabilidade, nunca é demais relembrar que nem o CA Silves nem o Crédito Agrícola tiveram de recorrer ao Estado para reforçar o seu capital próprio, ao contrário de CA Silves Relatório e Contas

9 alguns dos maiores bancos em Portugal. Essa fragilidade estrutural que a banca comercial verifica, é algo que não sofremos. O que nos tem permitido continuar a apoiar todos os nossos clientes e sócios, que desta forma nunca tiveram os seus pedidos de crédito cortados por razões meramente administrativas/regulamentares. Estes são factos muito positivos, para todos sócios e clientes que confiam no CA Silves. Face ao exposto estamos muito agradados com a evolução do Resultado Líquido, que ascendeu a cerca de Na medida em que não só supera o valor orçamentado no Plano de Actividade para 2017, mas também eleva tal rubrica para um nível alinhado com o expectável da dimensão do Balanço do CA Silves (ROE> 5%). Um objetivo que perseguíamos desde Não poderemos deixar de continuar a implementar todas medidas operacionais necessárias para manter este nível de Resultados, evitando a tendência de baixos resultados verificados após 2008 (indissociável do contexto bancário que vivemos nos últimos 9 exercícios), e que poderão voltar num futuro próximo. Um futuro para o qual procuraremos estar devidamente preparados. Manifestamos o nosso reconhecimento a todos os colaboradores, pelo empenho, dedicação e sentido de profissionalismo que demonstraram na execução das funções atribuídas, e do esforço desenvolvido para a concretização das metas traçadas. Agradecemos igualmente aos membros da Mesa da Assembleia-Geral, Revisor Oficial de Contas, e aos elementos do Conselho Fiscal, pela colaboração e acompanhamento prestados. Dando cumprimento à Lei e aos Estatutos da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Silves C.R.L. vem a Administração apresentar e solicitar a aprovação pela Assembleia-Geral, do Relatório e Contas elaborado, a respectiva aplicação de resultados e anexos, referentes ao ano de 2017, constantes no presente documento. O Conselho de Administração José Manuel Guerreiro Estiveira Gonçalves Diogo Manuel Calvário Cabrita Manuel António da Conceição Nunes O Adjunto do Conselho de Administração João Pedro Rodrigues Gonçalves CA Silves Relatório e Contas

10 2.2. Enquadramento Macroeconómico e Mercado Bancário Enquadramento Macroeconómico A. Economia Mundial A economia internacional registou um desempenho robusto em 2017, beneficiando da atenuação de alguns factores de risco de ordem política, de condições financeiras acomodatícias nos principais blocos desenvolvidos e da retoma do comércio internacional. Destacaram-se pela positiva as economias europeias desenvolvidas e emergentes e também os países asiáticos, regiões onde o crescimento esperado para 2017 tem sido revisto genericamente em alta. O ritmo de crescimento dos preços tem vindo a aumentar nos países desenvolvidos, mas aquém do desejado pelas autoridades monetárias. O Banco Mundial elevou as suas estimativas de crescimento do PIB Mundial para 3% em Fonte: Bloomberg, Janeiro 2018 Em 2017, a economia da Zona Euro manteve-se robusta, apoiada pela manutenção das condições financeiras acomodatícias, baixo preço dos bens energéticos, recuperação da confiança entre os agentes económicos e redução dos riscos políticos. Ao longo de 2017, a economia ganhou ímpeto à medida que alguns receios que limitavam o crescimento e optimismo se foram dissipando, sendo que a procura interna continuou a ser o principal impulsionador do crescimento, mas a recuperação das exportações, graças à retoma da economia a nível global, permitiu que o contributo da procura externa fosse igualmente positivo. É de salientar, no campo político, a expectativa gorada dos que esperavam que o sentimento populista que conduziu à vitória do Sim no Brexit e à eleição de Donald Trump nos EUA os levasse a ganhar as eleições em França e na Holanda, o que acabou por não acontecer. CA Silves Relatório e Contas

11 Os 19 países que compõem a Zona Euro fecharam o ano de 2017 a crescer ao ritmo mais forte em quase sete anos, ficando o crescimento real do PIB acima dos 2% no conjunto dos países da Área do Euro. O investimento de capital também apresentou um forte crescimento em resposta à manutenção das políticas acomodatícias do Banco Central Europeu. Fonte: Bloomberg, Janeiro 2018 Com as condições económicas favoráveis na Zona Euro, a taxa de desemprego diminuiu, tendo ficado no final do ano nos 8,7%, valor que não se registava desde Janeiro de No entanto, a recuperação do emprego não foi acompanhado por um acréscimo nos salários. Assim, a variação anual dos preços ao consumidor manteve-se entre 1% e 2% ao longo do ano, tendo encerrado 2017 em 1,4%, valor que se situa ainda abaixo da meta do BCE. O BCE decidiu manter as principais taxas directoras inalteradas ao longo de todo o ano, em 0% no caso da taxa principal de refinanciamento, em -0,4% no caso da taxa dos depósitos, e em 0,25% no caso da taxa de cedência de fundos. Relativamente ao plano de compra de activos, em Abril, os montantes das compras mensais foram reduzidas para 60 mil milhões de euros, menos 20 mil milhões do que anteriormente. Em Outubro, em resposta às condições económicas favoráveis, o BCE decidiu cortar o seu programa de compras de obrigações para metade, i.e., 30 mil milhões de euros mensais a partir de Janeiro de 2018, tendo ficado expresso que este nível seria mantido até Setembro de A economia americana acabou o ano de 2017 num ritmo forte, sendo estimado um crescimento de 2,3% do PIB, aproveitando a continuação de uma dinâmica positiva registada no segundo e terceiro trimestres do ano, com os números dos mercados de capitais, confiança dos consumidores e de emprego a apresentarem os melhores resultados dos últimos anos em alguns casos, de sempre. CA Silves Relatório e Contas

12 A taxa de desemprego ficou nos 4,1% perto do final do ano, sendo este o valor mais baixo em quase 17 anos. Os ganhos no mercado de trabalho foram consistentes e os empregadores estiveram activamente a recrutar para preencher as vagas em todo o país. Esta dinâmica de recuperação do mercado de trabalho suportou o consumo privado. Num ambiente de maior confiança quanto à evolução da procura interna e externa assistiu-se também à recuperação do investimento que, numa primeira fase, se focou no sector energético, estendendo-se depois a outros sectores, nomeadamente à actividade industrial. Em Dezembro, a inflação nos EUA registou a maior subida em 11 meses, com a inflação subjacente a subir para os 1,8% em termos homólogos, impulsionada pelo sector automóvel, imobiliário e de transportes. Já a encerrar o ano, a aprovação da Fonte: Bloomberg, Janeiro 2018 reforma fiscal veio dar suporte à permanência de um cenário de crescimento em Os objectivos do plano são estabelecer um conjunto de cortes permanentes de impostos para empresas e indivíduos e simplificar o regime de deduções e créditos concedidos às famílias e empresas, eliminando ou reduzindo algumas das deduções agora previstas como forma de financiar a redução de impostos. A Reserva Federal Americana subiu a sua taxa de benchmark 3 vezes ao longo de 2017, estando esta actualmente no intervalo entre 1,25 e 1,50%. Donald Trump nomeou Jerome Powell para o cargo de Governador da Reserva Federal, que sucedeu a Presidente Janet Yellen em Fevereiro de Apesar desta mudança na liderança do banco central americano, não são esperadas grandes alterações na actual política de normalização das taxas de juro americanas. B. ECONOMIA NACIONAL A economia portuguesa, em 2017, cresceu mais do que o conjunto dos países da Zona Euro (2,60% versus 2,40%), algo que já não acontecia desde 1999, beneficiando do fortalecimento da procura interna e do desempenho favorável das exportações associado ao bom momento económico dos principais parceiros comerciais. CA Silves Relatório e Contas

13 Fonte: Bloomberg, Janeiro 2018 Na procura interna, o consumo privado beneficiou da recuperação do emprego e do rendimento disponível, tendo registado um crescimento médio anual de 2,2%. Já o investimento beneficiou da permanência dos baixos custos de financiamento e do fortalecimento da procura global que contribuiu para a recuperação da capacidade produtiva instalada, a qual se situava em 81,8% no 3º trimestre de 2017, valor acima dos 80,6% da média de longo prazo. Assim, o investimento registou um crescimento médio anual de 10,3% nos três primeiros trimestres do ano, depois de, durante o mesmo período de 2016, ter estagnado, tirando partido do investimento realizado pelo sector privado. O contributo da procura externa foi positivo, com as exportações nacionais a ficarem acima das importações. As exportações nacionais atingiram os 42% do Produto Interno Bruto em 2017 (que compara com 39,9% do PIB em 2016), um sinal da resiliência da economia nacional face a uma evolução na política monetária europeia. Os principais indicadores económicos divulgados, no que se refere ao último trimestre do ano, sugerem um crescimento sólido e superior à Zona Euro que contribui para a redução do gap de riqueza por habitante entre Portugal e a região da moeda única. A taxa de desemprego nacional registou um das descidas mais acentuadas entre os países da Europa, situando-se no final de 2017 perto dos 9,1% (11,0% em 2016). O ritmo de crescimento dos preços ao consumidor registou, ao longo do ano, um movimento de gradual aceleração. Esta dinâmica foi particularmente alimentada pela subida dos preços dos bens energéticos, cujo contributo para a taxa de inflação média anual foi ganhando importância ao longo do ano. O assinalável dinamismo registado no turismo teve impacto nos preços praticados no sector hoteleiro e, consequentemente, contribuiu para a aceleração da inflação durante o ano. Contudo, em Dezembro, a taxa estabilizou em 1,5% (1,2% de CA Silves Relatório e Contas

14 excluirmos energia e alimentação), tendo-se verificado maior agravamento de preços nos transportes, restaurantes e hotéis (mais de 3% face ao mesmo período do ano anterior). Indicadores macroeconómicos ( ) Procura Externa tav 3,8 2,0 EUR/USD Taxa de Câmbio 1,09 1,05 1,20 Preço do Petróleo (Brent, USD por barril) 51,2 58,5 66,4 Produto Interno Bruto tav 1,6 1,5 2,6 Consumo Privado tav 2,6 2,1 2,2 Consumo Público tav 0,8 0,6 0,1 Formação Bruta de Capital Fixo tav 4,5 1,6 8,3 Exportações tav 6,1 4,1 7,7 Importações tav 8,2 4,1 7,5 Índice Harmonizado de Preços no Consumidor tav 0,5 0,6 1,6 Taxa de Poupança (%) vma 7,0 5,0 4,4 Taxa de Emprego % 57,5 59,1 61,0 Taxa de Desemprego % 12,4 11,0 9,1 Remunerações por Trabalhador (sector privado) tav 0,4 2,1 2,0 Balança Corrente e de Capital (%PIB) tav 1,7 1,7 1,5 Balança de Bens e Serviços (%PIB) tav 1,8 2,2 1,8 Taxa de referência do BCE (média) % 0,05 0,00 0,00 Euribor 3 meses (média) % 0,00-0,27-0,33 Yield das OT Alemãs 10 anos (média) % 0,63 0,20 0,35 Yield das OT Portuguesas 10 anos (média) % 2,52 3,76 1,94 Fonte: Banco de Portugal (Dezembro 2017), Banco Central Europeu (Dezembro 2017) e Bloomberg (Janeiro 2018) tav: Taxa anual de variação; vma: variação média anual Fonte: Banco de Portugal, Janeiro 2018 CA Silves Relatório e Contas

15 O défice do conjunto das Administrações Públicas fechou o ano de 2017 em milhões de euros, o que se traduziu numa melhoria de milhões de euros face a Apesar da redução do défice em contabilidade pública entre 2016 e 2017, o seu valor em termos brutos ficou 104 milhões de euros acima da meta traçada. Em Outubro, aquando da actualização das estimativas para o ano de 2017 (O. E. 2018), o Governo fixou a meta do défice para 2017 em 1,4%. Posteriormente, o Governo tem vindo a apontar para objectivos mais ambiciosos, com o primeiro-ministro, António Costa, a adiantar que o défice do ano de 2017 terá ficado em torno de 1,2% do PIB. C. MERCADO BANCÁRIO NACIONAL O ano de 2017 ficou marcado pela conclusão de vários processos de reforço de capital e de reestruturação em alguns dos principais bancos a operar no mercado nacional, realçando-se mudanças na gestão e nas estruturas de controlo accionista. Em termos sucintos, temos: a operação de aumento de capital no BCP (1,3 mil milhões de euros) com a entrada de um novo accionista (Fosun); a conclusão da 2ª fase do plano de recapitalização da CGD, com a injecção de 2,5 mil milhões de euros no capital do banco público; a conclusão da oferta pública de aquisição lançado pelo CaixaBank sobre o capital do BPI (adquirindo uma posição maioritária de 84,52%); a conclusão da alienação de 75% do capital do Novo Banco ao Fundo Lone Star, mantendo-se os restantes 25% como propriedade do Fundo de Resolução; e o processo de integração do Banco Popular Portugal no Santander Totta, resultado do processo de resolução e venda do Banco Popular ao Banco Santander. Evolução do mercado nacional de depósitos (Dezembro 2012 Dezembro 2017) CA Silves Relatório e Contas

16 Segundo a informação mais recente disponibilizada pelo Banco de Portugal, o volume de depósitos aumentou 2,8% em 2017 face a Dezembro de Para essa evolução contribuiu o acentuado crescimento dos depósitos de empresas em 14,9% (+5,9 p.p. que em 2016), sendo que nos particulares ocorreu uma estagnação no volume de depósitos 0,0% (-1,0 p.p. que em 2016). Evolução do mercado nacional de crédito (Dezembro 2012 Dezembro 2017) Ao invés, o crédito bruto total concedido a clientes registou um decréscimo de 2,8% em Dezembro de 2017 face ao registado no final de 2016, em parte justificado pela alienação de carteiras de crédito não produtivo (NPL) verificada em várias instituições do sector bancário. A quebra mais significativa verificou-se no crédito a empresas (-5,5%), mas também foi assinalada uma redução no crédito a particulares (-1,0%), ambos face a Dezembro de De acordo com a informação divulgada pelo Banco de Portugal, entre Dez.2016 e Dez.2017, o crédito total reduziu 2,8% com uma quebra percentual mais expressiva (de dois dígitos) no segmento das empresas nos distritos de Portalegre, Guarda e Castelo Branco. Em Lisboa, o crédito a empresas caiu 4,5 mil milhões de euros e, em sentido inverso, no distrito do Porto a concessão de crédito aumentou 0,7 mil milhões de euros, sendo que no país foi registada uma quebra no crédito a empresas global de 4,2 mil milhões de euros. CA Silves Relatório e Contas

17 Valores em milhões de euros Evolução do crédito total por região - Dez.2017 Crédito Peso total Var. Homóloga Particulares Empresas Total % Particulares Empresas Total Aveiro ,5% 0,0% -0,6% -0,2% Beja ,9% 3,6% -7,3% 0,8% Braga ,2% -0,3% -0,7% -0,4% Bragança ,6% 5,5% -10,2% 2,0% Castelo Branco ,9% 1,0% -26,4% -5,0% Coimbra ,7% 0,7% -2,4% -0,1% Évora ,4% 3,0% 7,4% 4,6% Faro ,5% 0,9% 4,1% 1,8% Guarda ,6% 4,2% -29,0% -3,6% Leiria ,4% -1,1% -3,3% -1,9% Lisboa ,7% -3,0% -10,4% -6,7% Portalegre ,6% 0,6% -26,4% -5,8% Porto ,0% -0,3% 5,7% 2,2% Santarém ,0% 0,0% 2,0% 0,5% Setúbal ,8% -1,1% -0,6% -1,0% Viana do Castelo ,2% 2,1% 7,4% 3,3% Vila Real ,9% -1,3% -12,2% -3,6% Viseu ,0% 2,1% 3,1% 2,4% Reg. Autónoma Açores ,0% 4,2% -1,9% 2,4% Reg. Autónoma Madeira ,2% -1,9% -9,6% -4,3% Total % -1,0% -5,5% -2,8% Fonte: Banco de Portugal Analisando detalhadamente o crédito a particulares, verifica-se que o decréscimo se deveu essencialmente à diminuição do crédito à habitação (-1,4% em Dezembro de 2017 face a Dezembro de 2016) que representa 81,3% do total do crédito a particulares. Relativamente ao crédito vencido de clientes particulares, este situou-se nos 3,8%, agravado, principalmente, pelo crédito a outros fins que, ainda assim, tem vindo a perder peso no agregado de crédito (-13,0% em Dezembro de 2017 face a Dezembro de 2016). Evolução do mercado de crédito a particulares por tipologia - Dez.2017 Tipologia Volume de crédito (M ) Var. Homóloga Peso total % Crédito vencido % Habitação ,4% 81,3% 2,1% Consumo ,1% 12,1% 4,6% Outros fins ,0% 6,6% 22,4% Total ,0% 100% 3,8% Fonte: Banco de Portugal No caso do crédito a empresas, o decréscimo de 5,5% deveu-se principalmente à redução do crédito a empresas do sector do transporte e armazenagem, construção, e energia. Nos CA Silves Relatório e Contas

18 sectores da agricultura e pescas, indústrias extractivas, alojamento e restauração e actividades imobiliárias foi possível verificar um aumento do crédito concedido (3,0%, 7,8%, 1,4% e 4,3%, respectivamente). Relativamente ao crédito vencido a empresas, este situou-se nos 12,7%, sendo que os sectores com maior incumprimento continuam a ser o da construção, das actividades imobiliárias e do comércio, que mantêm elevada representatividade no total do crédito a empresas. Evolução do mercado de crédito a empresas por CAE - Dez.2017 Actividade económica Var. Homóloga Total Crédito Peso % % Crédito Vencido Agricultura e Pescas 3,0% ,2% 4,4% Indústrias Extractivas 7,8% 278 0,4% 10,8% Indústrias Transformadoras -1,0% ,0% 7,8% Energia -18,8% ,0% 0,0% Água e Saneamento -19,2% ,5% 2,1% Construção -7,1% ,7% 32,4% Comércio -2,4% ,1% 10,1% Transporte e Armazenagem -14,0% ,2% 4,1% Alojamento e Restauração 1,4% ,3% 9,2% Actividades Imobiliárias 4,3% ,1% 20,6% Saúde e Apoio Social 2,2% ,8% 4,8% Outros -13,7% ,7% 9,2% Total -5,5% ,0% 12,7% Fonte: Banco de Portugal D. ANÁLISE COMPETITIVA DO SECTOR BANCÁRIO Desempenho comparativo do Crédito Agrícola com referência a Junho 2017 Olhando à última data de referência disponível para a presente analise, 30 de Junho de 2016, há a referir que o Crédito Agrícola, a par com o Santander, neste caso por via da aquisição do Banif, apresentou uma evolução favorável relativamente aos restantes principais concorrentes, tendo registado um crescimento no crédito bruto total de 4,1% em Junho de 2016 face ao período homólogo. O Crédito Agrícola apresentou uma evolução favorável contrariando a tendência de mercado, tendo registado um crescimento no crédito bruto total de 5,7% em Junho de 2017 face ao período homólogo. Valores em milhões de euros No que se refere aos recursos de clientes no balanço do Crédito Agrícola, estes cresceram 3,4%, consubstanciado a sua posição de banco credível e de refúgio para as poupanças dos CA Silves Relatório e Contas

19 portugueses. O BPI, o BCP e o Santander apresentaram igualmente variações positivas nesta rubrica, sendo de destacar pela negativa o Montepio que, devido aos problemas económicofinanceiros anunciados publicamente, viu o nível de depósitos reduzir em 5,5%, a CGD e o Novo Banco. O Crédito Agrícola foi o único banco que registou um aumento do crédito em ambos os segmentos, particulares (+2,6%) e empresas (+8,1%), demonstrando a cada vez maior confiança que os agentes económicos depositam no banco. Este comportamento permitiu atingir uma quota de mercado 4,8% em Junho de 2017, que compara com os 4,3% verificados em Junho de Fonte: Informação disponibilizada nos sites dos diversos Bancos. Nos casos do Montepio, Caixa Geral de Depósitos e Novo Banco, os valores são consolidados e nos casos do BPI, BCP e Santander referem-se à actividade em Portugal. O BPI, por sua vez, registou o maior aumento no crédito a empresas, apesar da evolução negativa no crédito a particulares. As quebras de 10,0% no Novo Banco e de 18,6% na CGD ao nível do crédito a empresas reflectem os processos de limpeza dos balanços (venda de activos não produtivos e write offs) e de desalavancagem financeira, associada a uma maior restrição na concessão de crédito. Fonte: Informação disponibilizada nos sites dos diversos Bancos. Nos casos do Montepio, Caixa Geral de Depósitos e Novo Banco, os valores são consolidados e nos casos do BPI, BCP e Santander referem-se à actividade em Portugal. CA Silves Relatório e Contas

20 Evolução do crédito nacional vs. SICAM por distrito a Junho 2017 (mil milhões ) Analisando o crédito concedido por geografia, verifica-se que, no primeiro semestre de 2017, o mercado nacional sofreu uma contracção de 1,5% face a Dezembro de 2016, contribuindo o distrito de Lisboa com uma quebra de 3,1% (de notar que o distrito de Lisboa representa 44% do crédito nacional). Em sentido oposto, embora de menor proporção, Beja registou um aumento de 2,4% em Junho de 2017, face a Dezembro de Fonte: PIN Mercado O Crédito Agrícola apresentou um desempenho acima do mercado, registando evoluções positivas do crédito concedido em todos os distritos de Portugal Continental e nas Regiões Autónomas. Assim, os distritos com maior crescimento verificado no 1º semestre de 2017 foram os de Braga, Aveiro e Faro, com taxas de crescimento na ordem dos 6,0%. Evolução do crédito vencido a Junho de 2017 Com referência aos dados de Junho de 2017, o rácio de crédito vencido a empresas tem vindo a seguir uma trajectória descendente no mercado desde Novembro de 2016 (com excepção do mês de Fevereiro de 2017), efeito também verificado no comportamento da carteira do Crédito Agrícola (6,8% em Junho 2017 versus 8,4% em Novembro de 2016). Conjuntamente, o crédito vencido a particulares no mercado sofreu uma redução face ao período homólogo, situando-se nos 2,5% em Junho de 2017 face aos 4,3% em Junho de No Crédito Agrícola o rácio de crédito vencido de particulares acompanhou essa tendência de quebra (5,0% em Junho 2017 versus 6,0% em Junho 2016). CA Silves Relatório e Contas

21 Rácio de Crédito Vencido - Empresas vs Particulares Banca-Particulares Banca-Empresas CA-Particulares CA-Empresas 16,22% 16,32% 16,48% 16,27% 16,49% 16,42% 15,70% 15,31% 15,35% 15,02% 14,79% 14,84% 14,84% 8,92% 8,84% 8,77% 8,64% 8,65% 8,40% 5,98% 5,94% 5,91% 5,84% 5,83% 5,72% 6,93% 7,14% 7,14% 7,04% 6,96% 6,85% 6,77% 5,18% 5,17% 5,20% 5,10% 5,10% 5,05% 5,04% 4,33% 4,30% 4,29% 4,25% 4,12% 4,13% 3,87% 3,63% 3,62% 3,84% 2,49% 2,51% 2,51% jun-16 jul-16 ago-16 set-16 out-16 nov-16 dez-16 jan-17 feb-17 mar-17 abr-17 mai-17 jun-17 CV Total CA (Jun-17) 6,0% Fonte: Banco de Portugal, Portal de informação de negócio CV Total Banca (Jun-17) 7,3% Apesar da quebra verificada no país, a região de Lisboa viu o crédito vencido de empresas aumentar de 17,4% em Dezembro de 2016 para 18,1% em Junho de 2017, embora seja na região do Algarve que se verifica o rácio de crédito vencido mais elevado (25,0%). Nos últimos 5 anos, o rácio total de crédito vencido de empresas aumentou 5,2 p.p., passando de 9,6% (Junho de 2012) para 14,8% (Junho de 2017). RÁCIO DE CRÉDITO VENCIDO DE EMPRESAS (%) POR REGIÃO Regiões Jun Dez Jun Dez Jun Dez Jun Dez Jun Dez Jun Norte 8,9 9,8 11,2 11,5 12,7 12,9 13,4 13,5 13,4 12,6 11,6 Centro 8,9 9,4 11,5 11,8 12,2 12,3 12,6 12,4 13,0 12,3 12,4 Lisboa 9,1 10,6 12,8 14,4 15,4 16,5 17,9 16,8 18,0 17,4 18,1 Alentejo 8,6 8,7 10,6 11,3 11,9 13,2 16,3 15,5 16,1 14,5 10,5 Algarve 18,9 18,6 24,5 25,3 25,4 25,6 27,4 29,9 29,2 25,2 25,0 Açores 8,2 8,3 9,0 8,4 8,7 8,2 8,7 7,4 8,4 7,8 7,2 Madeira 11,6 13,7 14,3 15,8 19,5 21,7 20,6 19,4 19,9 18,9 18,0 Total 9,6 10,5 12,6 13,5 14,4 15,1 16,0 15,5 16,1 15,2 14,8 Fonte: Banco de Portugal, Boletim Estatístico (dados a Agosto 2017) O arquipélago dos Açores constitui a região onde o aumento do crédito vencido a empresas tem sido menos acentuado e com menor expressão, cifrando-se em 7,2% em Junho de As taxas de juro do crédito na generalidade têm vindo a reduzir como consequência da persistência das Euribor negativas, da quebra nos custos de funding (ex. programa do BCE, depósitos de clientes) e do efeito concorrencial entre bancos. CA Silves Relatório e Contas

22 Outros indicadores dos 7 principais bancos em Portugal [Jun. 2017] Indicadores Jun.2017 SICAM CGD Novo Banco Santander BPI BCP Montepio Total de crédito bruto Variação homóloga Margem Financeira 8,4% 18,2% -19,6% -8,6% -1,4% 9,0% 21,8% Variação homóloga Produto Bancário -2,1% 57,0% -2,2% -9,5% -21,0% -1,1% 49,2% Cost-to-income 66,6% 50,0% 60,7% 49,3% 65,0% 45,2% 55,2% Resultado líquido Portugal 43,6-169,5 n.d. 233,0 n.d. 1,9 13,0 Resultado líquido Total 43,6-50,0-290,3 233,0-101,7 89,9 13,0 Rácio de crédito em Risco 9,1% 9,8% 11,3% 7,7% 3,8% 10,1% 15,1% Rácio de crédito vencido >90 dias 5,9% 7,2% 17,7% n.d n.d 6,4% 9,2% Rácio de cobertura >90 dias 122,5% 103,9% 93,0% n.d n.d. 110,1% 86,9% Rácio de transformação 69,1% 87,0% 106,0% 99,6% 106,0% 95,0% 117,9% CET 1 13,1% 12,7% 10,8% 15,7% 11,9% 13,0% 12,6% Nº de agências em Portugal Fonte: Informação disponibilizada nos sites dos diversos Bancos. No caso do Montepio, BPI, Caixa Geral de Depósitos e Novo Banco, os valores são consolidados. Nota: No caso do Santander refere-se a NPL por ausência de informação relativamente ao rácio de crédito em risco Analisando os principais indicadores dos 7 maiores bancos em Portugal é possível aferir que: Apesar da quebra verificada no custo do funding, apenas o Crédito Agrícola, a CGD, o BCP e o Montepio registaram variações positivas da margem financeira. A acentuada redução verificada no Novo Banco (-19,6%) deve-se, em larga medida, à quebra da taxa de juro média do crédito a clientes. A CGD, o Santander e o BCP, registaram, em Junho de 2017, níveis de cost-to income iguais ou inferiores a 50%, tendo o Crédito Agrícola atingido os 67%, o que representa o valor mais elevado do sector; No que respeita aos resultados do exercício, o Novo Banco assume o destaque pela negativa, com um prejuízo de 290 milhões de euros, muito por conta do ainda em curso provisionamento da carteira de crédito. No sentido oposto, o Santander apresentou um lucro do exercício de 233 milhões de euros e o BPI que, não fossem os gastos incorridos com o programa de rescisões e a venda da participação do BPA, teria atingido um lucro de 188 milhões de euros. No que concerne à qualidade do crédito, o rácio de crédito em risco oscila entre os 3,8% do BPI e os 15,1% do Montepio, sendo, neste caso, ainda de destacar a reduzida cobertura de crédito vencido. O Crédito Agrícola destaca-se por apresentar o menor rácio de transformação do sistema bancário nacional (69,1%), o que comporta uma forte pressão sobre a margem financeira. Todos os restantes bancos do sector apresentaram a Junho de 2017 um rácio de transformação superior a 85% e inferior aos 120% recomendados pelo regulador. CA Silves Relatório e Contas

23 Os sete maiores bancos do sistema bancário nacional apresentaram em Junho de 2017 um rácio de fundos próprios principais de nível 1 (CET1) acima de 10%. Em Junho de 2017, o Crédito Agrícola com 670 agências, é o banco a operar em Portugal com o maior número de agências, após as significativas reduções efectuadas pelo Santander e CGD (134 e 76 agências encerradas, respectivamente entre Junho de 2016 e Junho de 2017). A diminuição da rede de agências tem sido tendência transversal a todo o sector bancário, em resposta à pressão imposta pela dificuldade de defesa da rentabilidade nas operações comerciais e pelas crescentes exigências regulamentares, sobretudo ao nível dos rácios de capital exigíveis. O nível de créditos problemáticos (non-performing loans) dos bancos portugueses é muito elevado e constitui atualmente o maior desafio que o sector enfrenta, pois afecta os níveis de consumo de capital e a rendibilidade dos bancos, sendo igualmente apontado pelas agências de rating como o principal entrave à saída do nível de lixo da República. MERCADOS FINANCEIROS Mercados accionistas O mercado de acções americano fixou sucessivos máximos históricos ao longo de 2017, com o Dow Jones a bater pela primeira vez os pontos em Janeiro, em Março, em Agosto e finalmente no último dia de Novembro, tendo terminado o ano nos ,22 pontos. Já o S&P 500 arrecadou uns impressionantes 62 novos recordes em 2017, encerrando o ano nos pontos. Os níveis de confiança das empresas e dos consumidores mantiveram-se em níveis elevados ao longo do ano. Os líderes deste crescimento foram sem dúvida os grandes nomes do sector tecnológico como a Amazon, Facebook, Apple, Microsoft e Alphabet. Com desenvolvimentos políticos favoráveis e dados económicos fortes, o mercado de capitais na Europa também se valorizou. Os investidores ficaram aliviados em Maio quando Emmanuel Macron ganhou as eleições francesas, no entanto, Fonte: Bloomberg, Janeiro 2018 CA Silves Relatório e Contas

24 mais tarde, as preocupações voltaram com a incerteza política na Alemanha e em Espanha. O Stoxx 600 encerrou o ano a avançar 7,68%. Na Alemanha, apesar da incerteza política na segunda metade do ano, o DAX ganhou 12,51%. Nos periféricos, o PSI 20 encerrou o ano a subir 15,15% e a Borsa Italiana 13,61%. O IBEX 35 teve uma performance inferior, penalizado pela crise da Catalunha tendo, ainda assim, registado uma valorização de 7,4%. Mercados monetários - Taxas de câmbio e taxas de juro de referência No que diz respeito às principais moedas, o ano de 2017 foi um ano de valorização do euro relativamente às moedas rivais. Ao longo do ano, o euro registou uma apreciação acumulada de 14,15% face ao dólar, 9,16% face ao franco suíço, 10% face ao iene japonês e 4% face à libra esterlina. No início do ano com o EUR/USD nos 1,052 dólares, referia-se como provável a paridade entre as duas moedas. No entanto, o par fechou o ano a 1,20 dólares, valor que não era verificado desde Efectivamente, as expectativas quanto à solidez do crescimento da Zona Euro e quanto à remoção das medidas monetárias não convencionais levaram à maior procura do euro contra as restantes moedas. Segundo o Bank of International Settlements, o dólar continua a ser a moeda dominante em mais de 80% das transacções cambiais. Com as expectativas de maior suporte ao crescimento por parte das políticas da nova Administração a desvanecerem-se à medida que o tempo ia passando, nomeadamente com o adiamento dos planos de obras públicas e de introdução de um novo pacote fiscal, a moeda norte americana foi perdendo força ao longo do ano. Em termos políticos, foi igualmente significativa a forte oposição do Congresso às medidas prometidas em campanha eleitoral, como o fim imediato do programa conhecido por Obamacare. Quanto à política monetária, a Fed prosseguiu o ciclo de subida das taxas de juro que, embora tenha ampliado o diferencial de juros para o euro, não trouxe uma significativa apreciação da moeda, visto que os movimentos já tinham sido antecipados pelos mercados e tornaram-se num não-evento. Fonte: Bloomberg, Janeiro 2018 Apesar do iene japonês se ter desvalorizado em relação ao euro, manteve grande firmeza face ao dólar. Na maior parte do ano o par CA Silves Relatório e Contas

25 USD/JPY variou dentro do intervalo largo compreendido entre 107 e 116, sem tendência. O Banco Central Nipónico defendeu sempre uma maior estabilidade da moeda, nunca hesitando em fazer intervenções no mercado de forma a evitar movimentos de apreciação da sua moeda. A libra acabou por ter um comportamento de maior estabilização no segundo semestre do ano, depois do movimento de depreciação que ocorreu entre Maio e Agosto. Ao longo de 2017, o comportamento da libra foi condicionado pelo Brexit e os avanços e recuos decorrentes de todo o processo. Até à data de Março de 2019, data final para o divórcio definitivo do Reino Unido da EU, será sempre um dos principais factores de mercado. No mercado monetário, a taxa Euribor a 1 mês apresentou uma tendência de subida encerrando o ano de 2017 a -0,368% e a Euribor a 1 ano desceu, fechando o ano em -0,186%. Matérias-primas O mercado do petróleo teve alguns factores relevantes que condicionaram de forma significativa a sua evolução ao longo de Do lado dos produtores, esteve a preocupação para com um maior equilíbrio entre a oferta e a procura, uma vez que o desfasamento existente estaria a Fonte: Bloomberg, Janeiro 2018 colocar em risco a evolução dos preços. O petróleo iniciou o ano perto dos $60, com fortes expectativas de retoma e reforço do consumo ao longo do ano de No entanto, o ciclo de crescimento em curso nos vários blocos não iria trazer acréscimos significativos da procura, havendo até, durante algum tempo, dúvidas em relação ao crescimento da actividade na China. Face à possibilidade de ocorrer um abrandamento mais expressivo do crescimento chinês, surgiram reacções negativas nos mercados de commodities. O petróleo chegou a registar um mínimo de $44 no final de Junho. Na segunda metade do ano houve uma recuperação dos preços do petróleo, com a maior visibilidade nos cortes de produção na OPEP e com a perspectiva de um aumento do consumo no ano seguinte. Assim, a tendência de subida dos preços foi surgindo de forma consistente e sistemática, levando o petróleo a encerrar o ano em torno dos $66. CA Silves Relatório e Contas

26 O ouro negociou durante a maior parte do ano dentro do intervalo dos $1.200-$1.300 e encerrou o ano a valorizar mais de 13% nos $1.302,8. Embora a Fed tenha continuado com o seu processo de normalização das taxas de juro e dos mercados accionistas terem acelerado, a performance do ouro foi assinalável. Mercado obrigacionista O mercado obrigacionista continuou condicionado pela permanência de políticas monetárias acomodatícias e baixos níveis de inflação. Estes factores limitaram o movimento de subida das yields dos principais benchmarks na Zona Euro e EUA que, embora tenham recuperado dos mínimos registados no ano anterior, se mantiveram em níveis historicamente muito baixos. Já entre os países da periferia da região da moeda única, foram verificados movimentos mais significativos, nomeadamente no caso da dívida pública nacional, que beneficiou do facto de duas agências de notação financeira terem elevado a avaliação do risco, voltando a colocar Portugal na classe de investimento. Nos 10 anos a yield portuguesa desceu dos 3,76% para os 1,94%, com o spread face à dívida alemã no mesmo prazo a cair para os 152 pontos. Fonte: Bloomberg, Janeiro 2018 Contrariamente, Espanha e Itália viram as suas yields subir face ao seu valor de fecho de 2016, tendo as yields fechado 2017 a 1,56% e 2,29%, respectivamente, no prazo dos 10 anos. Em Espanha, a instabilidade política decorrente da situação da Catalunha e os receios quanto às consequências económicas prejudicaram as yields espanholas. Em Itália, os receios concentraram-se em torno das próximas eleições nacionais onde o Movimento 5 Estrelas tem aparecido bem posicionado nas sondagens. A yield do Bund alemão a 10 anos transaccionou num intervalo entre 0,18 e 0,60%, continuando condicionado pelo programa de compra de activos do BCE e também pelo baixo nível de oferta, reflexo da sua saudável situação fiscal. CA Silves Relatório e Contas

27 E. PRINCIPAIS RISCOS E INCERTEZAS PARA 2018 Para 2018, a maior fonte de incerteza está relacionada com o impacto da reversão das políticas monetárias acomodatícias dos Bancos Centrais na economia mundial e nos índices de confiança dos agentes económicos, nomeadamente relacionado com a indecisão em torno do término do programa de compra de activos do Banco Central Europeu e no aumento das taxas de juro da Reserva Federal. Acresce que a instabilidade geopolítica (oriunda do Brexit e da crise na Catalunha, do resultado das próximas eleições em Itália, e dos efeitos que poderão advir da nova política expansionista e da reforma fiscal de Donald Trump) pode constituir um factor determinante em 2018, particularmente tendo em consideração a crescente tensão entre EUA e China. O panorama do comércio mundial poderá sofrer alterações em 2018, permanecendo incertos os movimentos no mercado cambial, após a queda registada no início de 2018 do dólar, a valorização do euro face a uma expectável retoma das economias europeias, e o interesse potencial de alguns players mundiais na classificação do Renminbi como a primeira moeda no comércio de petróleo. Em 2018, o papel da regulação e supervisão adquire uma relevância elevada no sector financeiro, no panorama europeu, através do Banco Central Europeu e da Autoridade Bancária Europeia, como também no sistema bancário nacional por intermédio do Banco de Portugal. Esta atuação mais rigorosa é justificada não apenas pela tentativa de garantir maior resiliência das instituições financeiras face a futuras crises, mas também pela necessidade de regular o surgimento de novos players (ex. fintechs) no mercado bancário europeu. Os maiores desafios da banca nacional para 2018 estão relacionados com: 1) a melhoria da rentabilidade do negócio bancário, por via: (i) do aumento da eficiência operacional e controlo de custos, nomeadamente através do esforço de digitalização e robotização das operações; (ii) da resolução adequada dos stocks de crédito não produtivo; (iii) da revisão da oferta e dos serviços prestados aos clientes. 2) a pressão sobre o capital e liquidez, por via: (i) da dificuldade na captação de capital privado (apesar dos resultados positivos apresentados pela banca nacional e a capacidade de geração de resultados via capital interno) e da dificuldade de implementar, com sucesso, os investimentos e parcerias necessárias para operar numa indústria com ameaças e em permanente mutação (ex. digital, regulação); CA Silves Relatório e Contas

28 (ii) de compliance, com novas exigências relacionadas com os requisitos de absorção de risco (ex. Basel IV, MREL), de alavancagem e de liquidez (ex. LCR, NSFR). 3) a adaptação às novas exigências regulatórias e assegurar a sua observância, os demais requisitos requeridos às instituições financeiras visam não só a maior defesa dos direitos do consumidor (ex. GDPR, PSD2, DMIF2), como também assegurar maior prudência e segurança na condução da actividade bancária (ex. IFRS9, PBC/FT); 4) a revisão dos modelos de negócio, ajustando-os às novas exigências dos consumidores (ex. mobile banking, serviço 24/7, procedimento de abertura de conta e concessão de crédito online) e às alterações de contexto (ex. surgimento das fintechs no contexto do open banking) Grupo Crédito Agrícola Evolução Recente e Perspetivas A. Análise Financeira do Negócio Bancário do Grupo CA (SICAM) Nota: Os dados económico-financeiros apresentados para o SICAM (Caixa Central e Caixas Associadas), referentes ao exercício de 2017, constituem valores provisórios e não auditados. CA Silves Relatório e Contas

29 Em 2017, o Crédito Agrícola apresentou um resultado líquido proveniente do negócio bancário (SICAM) de cerca de 147,6 milhões de euros, que representa um aumento de 75,5 milhões de euros face aos 72,1 milhões de euros alcançados em Evolução do Resultado Líquido Valores em milhões de euros 31-mar jun set dez-17 Caixas Associadas 22,8 41,6 68,5 89,4 Caixa Central 0,8 8,2 46,3 55,2 SICAM (Consolidado) 23,5 43,6 119,3 147,6 Demonstração de Resultados Em milhares de euros Variação Abs. % Juros e rendimentos similares ,9% Juros e encargos similares ,8% Margem Financeira ,0% Comissões líquidas ,2% Result. de operações financeiras ,9% Outros resultados de exploração (*) ,9% Produto Bancário ,2% Custos de Estrutura ,0% Custos de pessoal ,8% Gastos gerais administrativos ,0% Amortizações ,7% Provisões e imparidades ,1% Resultado antes de impostos ,9% Impostos, após correc. e diferidos ,6% Resultado Líquido ,9% (*) Inclui rendimentos de instrumentos de capital, resultados de reavaliação cambial, resultados de alienação de outros activos e outros resultados de exploração. O resultado líquido registado no SICAM em 2017 é significativamente superior ao do ano anterior, em parte justificado pelo aumento do produto bancário que verificou um aumento de CA Silves Relatório e Contas

30 58 milhões de euros (+12,2%). Este aumento resulta de um acréscimo verificado nas principais componentes do Produto Bancário, designadamente nos resultados de activos financeiros (+105,9%), da margem financeira (+5,0%) e das comissões líquidas (+7,2%). Decomposição do Produto Bancário - SICAM Valores em milhões de euros, excepto percentagens Δ Abs. Δ % Margem Financeira ,0% Margem Complementar, da qual: ,4% Comissões líquidas ,2% Resultado de operações financeiras 99 38,6 79, ,9% Outros resultados de exploração ,9% Produto Bancário ,2% A margem financeira do SICAM aumentou 5,0%, com especial nota para o crescimento da Margem da Caixa Central, já que a das CCAM s reduziu-se cerca de 2,2%. Assim sendo a Margem do SICAM passou de 276 milhões de euros em 2016 para 290 milhões de euros em 2017, tendo esta variação positiva sido resultante do efeito da redução das taxas de remuneração dos novos depósitos e das revisões nas renovações, ainda que este efeito tenha sido atenuado com o aumento do volume de depósitos face ao período homólogo. No ano de 2017, as taxas de referência (EURIBOR) mantiveram uma tendência de queda, em resultado da maior liquidez existente na economia europeia promovida pelas políticas monetárias de quantitative easing do BCE. Deste modo, a taxa de remuneração dos recursos das Caixas Associadas na Caixa Central foi ajustada à evolução das taxas praticadas no mercado. Evolução dos Custos de Estrutura - SICAM Valores em milhões de euros, excepto percentagens Δ Abs. Δ % Custos de Estrutura ,0% Custos de Pessoal ,8% Gastos Gerais Administativos ,0% Amortizações ,7% Quanto aos custos de estrutura do SICAM, verificou-se um aumento de 1,0% (3,1 milhões de euros). Este agravamento justifica-se pelo aumento dos custos com o pessoal em 1,3 milhões de euros (+0,8%) e dos gastos gerais administrativos em 2,5 milhões de euros (+2,0%). CA Silves Relatório e Contas

31 Evolução das Provisões/Imparidades Valores em milhões de euros, excepto percentagens Δ Abs. Δ % Correcção de valor em crédito de clientes ,5% Imparidade de outros activos ,1% Provisões e imparidades do exercício ,1% Provisões e imparidades (stock) ,9% Rácio de cobertura do crédito vencido 128% 131% 124% -6,68 p.p. - Nas contas de 2017, é possível verificar que foram constituídas provisões e imparidades líquidas no valor de 15 milhões de euros, o que representa uma redução de 42 milhões de euros face a Em relação ao rácio de cobertura do crédito vencido registou-se uma redução, passando de 131% em 2016 para 124% em 2017, em linha com a evolução verificada nos parâmetros de risco que beneficiaram da retoma económica. Valores em milhões de euros, excepto percentagens Δ Abs. Δ % Crédito total sobre clientes ,3% Crédito e juros vencidos (total) ,0% Relativamente à estrutura de balanço, registou-se um aumento de 10,5% no activo total do SICAM que passou de milhões de euros em 2016 para milhões de euros em 2017, contribuindo para este crescimento do activo líquido o aumento do crédito a clientes de 9,8% (785 milhões de euros) e o aumento das aplicações em títulos (+696 milhões de euros). O crédito a clientes consolidado aumentou 8,3%, com o crédito a empresas e administração pública a crescer 11,3% e o crédito a particulares a crescer 4,6% face a Evolução do Crédito a Clientes Valores em milhões de euros, excepto percentagens Δ Abs. Δ % Crédito bruto ,3% Provisões / Imparidades ,9% Crédito líquido ,8% CA Silves Relatório e Contas

32 O passivo total do SICAM aumentou cerca de 1,3 mil milhões de euros, por conta do aumento de recursos de clientes (867 milhões de euros, i.e. +7,4%) e por via do aumento de recursos em bancos centrais e outras instituições de crédito (356 milhões de euros, i.e. +22,6%). Activo Valores em milhões de euros Passivo Capitais Próprios Caixas Associadas Caixa Central SICAM (Consolidado) É de salientar a evolução positiva do rácio de transformação que, entre 2016 e 2017, registou um acréscimo de 1,5 p.p. (de 67,9% para 69,5%). Ainda assim, este nível de transformação fica muito aquém da média do sistema bancário e dos limites regulamentares, sendo apenas justificado pelo facto do mercado procurar o Crédito Agrícola enquanto banco-refúgio para aforro. Evolução do crédito e recursos de clientes Valores em milhões de euros, excepto percentagens Δ Abs. Δ % Crédito a Clientes (líquido) ,8% Recursos de Clientes ,4% Rácio de Transformação 69,1% 67,9% 69,5% 1,5 p.p. n.a. B. Outros Factos Relevantes O reconhecimento da Marca CA por parte do público, como sendo forte, credível e de confiança; o prémio obtido, no ano 2017, enquanto Melhor Banco no Serviço de Atendimento ao Cliente ; e o facto do SICAM se encontrar entre as instituições menos reclamadas no sistema bancário 1, permitem afirmar o bom desempenho do Crédito Agrícola em Segundo dados do relatório de supervisão comportamental do Banco de Portugal (1ºS 2017), o Crédito Agrícola (SICAM) apresenta 4 reclamações por cada 100 mil contas de depósitos à ordem enquanto a média do sistema é de 13. CA Silves Relatório e Contas

33 Este reconhecimento não se restringe ao negócio bancário, estendendo-se às Seguradoras e à Gestora de Activos do Grupo. Pela sétima vez em dez anos, o terceiro ano consecutivo, a CA Seguros foi reconhecida como A Melhor Seguradora Não Vida do seu segmento de dimensão 2. Por seu lado, a CA Vida foi eleita Empresa Líder, no Índice Nacional de Satisfação do Cliente do ECSI Portugal 2017, tendo repetido o 1º lugar no Índice de Lealdade do Cliente obtido em 2016 no mesmo estudo. Mais ainda, os Fundos CA Rendimento e CA Monetário foram os fundos mais rentáveis em 2017, na sua respectiva classe, e consequentemente elegíveis para a atribuição do prémio APFIPP. O Crédito Agrícola tem participado e desenvolvido acções de promoção junto de empresas, donde se destacam: A 4ª edição do Prémio Empreendedorismo e Inovação distinguindo as empresas empreendedoras no sector agrícola que contribuem para a inovação e competitividade das fileiras agrícola, agro-indústria e floresta, acentuando o posicionamento de grupo financeiro que aposta e reconhece o tecido empresarial português; O Workshop Cooperar para Exportar dirigido a empresários e produtores do sector hortofrutícola; A homenagem às empresas clientes CA com o estatuto de PME Líder e PME Excelência em 2016, realizada pelo quarto ano consecutivo, num evento que sublinha o contributo das Empresas, Clientes do Grupo, para a competitividade e crescimento da economia portuguesa; O concurso de Vinhos do Crédito Agrícola, que decorreu pelo quarto ano consecutivo, realizado juntamente com a Associação dos Escanções de Portugal, destinado a Produtores e Cooperativas de todas as regiões vitivinícolas do país. O serviço Balcão 24 terminou o ano 2017 com 259 serviços em funcionamento, representando um crescimento de 1% nos serviços inicializados, face a O número total de transacções nos B24 registou um crescimento de 7%, face ao período homólogo. A taxa média de transferência das transacções encontra-se acima dos 42% (mais 4,80 p.p. face a 2016). Na análise da evolução semestral do volume de transacções operações e consultas realizadas no serviço Balcão 24, verifica-se em 2017, um crescimento de 7% em cada semestre, em comparação com igual período de Prémio atribuído pela revista Exame em parceria com a Deloitte e Informa D&B. CA Silves Relatório e Contas

34 O ano 2017 registou um aumento do parque de ATM do Crédito Agrícola em 1%, passando de no final de 2016 para Esta situação originou um reforço da quota de mercado do Grupo CA na rede SIBS de 1 p.p. passando a ter 13% da rede de ATM em Portugal. No que se refere ao número de transacções em ATM do Crédito Agrícola registou-se uma subida de 5%, efectuando-se mais de 90 milhões de transacções. No ano 2017, o parque de TPA do Crédito Agrícola cresceu 13%, contando com TPA activos e uma subida no número de transacções de 16% face a 2016, registando cerca de 51 milhões de transacções. Em termos homólogos, em 2017, verificou-se um aumento da carteira de cartões de pagamento a débito do Crédito Agrícola de 5,9% e da carteira de cartões de pagamento a crédito do Crédito Agrícola de 7,3%. Esta evolução originou um incremento da quota de mercado do Crédito Agrícola de 0,4 p.p. nos cartões de débito e um aumento de 1,5 p.p. nos cartões de crédito. No sentido de dinamizar a actividade comercial das Caixas Associadas, estabeleceram-se protocolos e parcerias comerciais e de colaboração, tendo sido concretizados acordos e realizadas iniciativas conjuntas com várias entidades privadas e institucionais, entre as quais se destacam: ADRAL - Agência de Desenvolvimento Regional do Alentejo; NERSANT - Associação Empresarial da Região de Santarém; Grupo Lusiaves - Projecto LUSITERRA ; Grupo Agrinda - AgriPro e Agriloja. No ano de 2017 incentivou-se o acompanhamento e dinamização de campanhas, com o objectivo de contribuir para um crescente envolvimento de todos os colaboradores com funções comerciais na comercialização de produtos estratégicos e dirigidos aos segmentos alvo. Com a utilização das redes sociais facebook, instagram e linkedin, o Crédito Agrícola tem vindo a reforçar a sua presença junto de um público mais jovem, tendo como exemplo no final de 2017 atingido quase os fãs só no facebook. Desde 2009, o programa de actualidade financeira revela ser uma parceria acertada para a divulgação da marca Crédito Agrícola junto do público em geral. CA Silves Relatório e Contas

35 Em 2017 foi introduzido um programa Especial Empresas, transmitido semanalmente à 6ª feira, que para além de compilar temas de interesse para as empresas, fez a cobertura de eventos institucionais do CA, nomeadamente: Apresentação de Resultados do Grupo CA; Jantar PME Líder e Excelência CA; Jantar de Gala Concurso de Vinhos CA e Cerimónia de Entrega do Prémio Empreendedorismo e Inovação CA. O Grupo Crédito Agrícola associou-se ao Movimento pela Utilização Digital Activa, o MUDA. Uma iniciativa que tem como objectivo fomentar a educação digital dos portugueses, contribuindo assim para uma sociedade mais evoluída, inclusiva e participativa, criando desta forma uma economia mais forte e competitiva. De modo a divulgar esta iniciativa que teve uma comunicação nos meios de comunicação nacionais promovida pela organização do MUDA, o Crédito Agrícola efectuou a divulgação desta acção nas suas Agências, assim como através das redes sociais. Foi implementado o canal directo de comunicação aos Clientes, o Marketing. A utilização de canais digitais para comunicar é, hoje em dia, indispensável para se transmitir informação, divulgar iniciativas e promover a oferta junto de Clientes e potenciais Clientes. No âmbito Campanhas de Marketing e de outras Acções realizadas no final do ano 2017, através do canal de comunicação digital mais directo com os Clientes, o Marketing, foram implementadas as diversas acções de comunicação digital. Foram implementados diversos programas específicos para segmentos prioritários como o CA Nota 20, que pretende reconhecer o mérito escolar dos alunos do ensino secundário, oferecendo prémios aos melhores alunos a nível nacional do 7º ao 12º ano. Esta iniciativa que complementa também as acções de reconhecimento que são feitas localmente pelas Caixas Associadas tem vindo a ter um número crescente de participantes de ano para ano. Para o segmento dos jovens dos 12 aos 17 anos foi também lançado o Programa de Fidelização CA Faz Por ti School Leader VID, um concurso de produção de vídeos dedicados à temática da poupança, que são submetidos a concurso num canal específico da rede social YouTube, participando os 10 videos mais votados numa final que se realiza na Futurália 2018, a feira das profissões e vocações para os jovens que frequentam o ensino secundário. Este programa foi promovido por dois youtubers com uma notoriedade elevada no segmento a que se destinou a iniciativa. CA Silves Relatório e Contas

36 Para o segmento dos jovens até aos 12 anos de idade foi também realizadas diversas iniciativas no âmbito do Clube do Cristas, clube digital para estes jovens e respectivos encarregados de edução, de que se destacam o lançamento de novos jogos na app do Clube, a agenda cultural e a promoção e oferta a Clientes do segmento do jogo Multipli, que pretende promover o conhecimento da matemática e foi reconhecido pela Sociedade Portuguesa de Matemática e pela Associação de Professores de Matemática. Em 2017, o CA patrocinou o programa televisivo Os Extraordinários, tratando-se do 1º e único programa onde as competências como a destreza mental e as habilidades de memória desempenham o papel principal. Este programa apresentado por Sílvia Alberto, o rosto do Crédito Agrícola nos últimos anos, contribuiu para aumentar a notoriedade do Grupo, trazendo-nos juventude, modernidade, sofisticação, simpatia e reforçando atributos como talento, destreza e inovação. Em 2017 o Grupo Crédito Agrícola manteve a sua política de continuidade estratégica de patrocínios a alguns desportistas, modalidades e eventos, como sejam: Teresa Almeida, Vice-Campeã Europeia de BodyBoard; Katlheen Barrigão, Campeã Nacional de Long Board; Mário Patrão, 3º lugar no Campeonato Nacional de TT e da classe Maratona e 20º lugar no Rali Dakar 2017, em motociclismo; João Salgadinho, Campeão Nacional Interbancário, em Snooker; Rui Ramalho, Campeão Nacional de Montanha, em Automobilismo; Alcobaça Club de Ciclismo, com especial destaque para os ciclistas Julian Espinoza, Pedro Lopes, Tiago Santos e Guilherme Mota que foram consagrados vencedor da Taça Nacional Cadetes, vencedor da Taça de Portugal Juniores, vencedor Nacional de Escolas de Infantis e Campeão Nacional de Fundo, respectivamente; CDUL, Campeões Nacionais de Rugby; Pedro Rilhado, Vice-campeão Nacional de Kart. Ao longo do ano o Crédito Agrícola marcou presença em diversas feiras e eventos, entre os quais, o Salão Imobiliário de Portugal (SIL), Salão Internacional do Sector Alimentar e Bebidas (SISAB), Tektónica, Fruit Logistica e Fruit Attraction. CA Silves Relatório e Contas

37 2.4. Actividade da C.A. Silves em 2017 Apreciação Global Resumo da Actividade por áreas Funcionais Departamento Comercial O ano 2017, foi marcado pela continuidade da implementação de iniciativas internas com vista a potenciar os Resultados Comerciais, e a prestação de um serviço de excelência. Apesar de continuarmos a conviver com um elevado grau de incerteza económica, social e política, os comerciais da CCAM mais uma vez conseguiram potenciar vendas regulares, sustentadas e convenientemente ajustadas às reais necessidades dos nossos clientes e associados. Demos continuidade ao trabalho iniciado em 2016 junto dos segmentos de Empresas e Empresários, através do Gestor de Empresas que acompanhou as empresas e os negócios de maior dimensão, através de um atendimento diferenciador e especializado. A visão 360º da relação comercial do CA Silves para com os seus clientes e associados, desde sempre que assenta na relação de longo prazo, baseada na solidez, confiança e acréscimo de valor para todas as partes. A prova dessa confiança, foi um crescimento do numero de novos clientes em 2017 de mais de 12%. Assim, e relativamente à excelente prestação quanto à concretização de todos os Objectivos Comerciais definidos para o ano 2017, destacamos o crescimento sustentado da carteira de crédito (sem descurar a rigorosa análise de Risco) e o decréscimo da Carteira de Crédito Vencido, dois vectores estruturais na composição do Balanço de qualquer Instituição Bancária. O crescimento da Carteira de Recursos que verificámos, é historicamente positivo no CA Silves e reflecte igualmente a confiança que os nossos clientes e associados depositam na Gestão da CCAM, em detrimento de outros concorrentes. A Caixa Central e as Empresas participadas apoiaram-nos na implementação de Campanhas e Acções de Marqueting Local, que permitiram atribuir ainda melhores condições á nossa oferta, sempre no sentido de ajustarmos a mesma às reais necessidades dos nossos clientes e Associados, propondo os produtos que realmente os clientes necessitam. O trabalho de dinamização da Economia Social, que tem sido descurado pela maior parte dos nossos concorrentes, também continuou a merecer a nossa melhor atenção. A CCAM continuou a apoiar as Instituições Locais de cariz Social, Cultural e Desportivo, clientes e CA Silves Relatório e Contas

38 associadas do CA Silves, que escolheram a CCAM como seu parceiro preferencial. Através de Patrocínios e Donativos, foi atribuído a um total de 15 associados, cerca de Realizámos novamente várias acções de promoção do Aforro junto de alunos das Escolas dos nossos Concelhos, pois consideramos que a necessidade de construir o Futuro dos nossos Jovens começa cedo, e a literacia financeira deve paulatinamente fazer parte do quotidiano das crianças e jovens. Em suma, foi um ano em que, foram cumpridos todos os objectivos delineados quer nas Rúbricas de Balanço, quer nas Companhias de Seguros (CA Seguros e CA Vida) e Fundos de Investimento Mobiliário. Este cumprimento de objectivos permitiu um crescimento sustentável dos resultados apresentados, objectivo este que procuraremos manter no futuro. Departamento de Análise de Risco e Crédito (DRC) No decorrer de 2017, entraram no departamento 649 processos de crédito, dos quais 635 foram analisados e submetidos a decisão, assim como cerca de 170 análises de revisão e/ou denuncias de limites da Conta Corrente Caucionada e Descobertos Autorizados. Foi disponibilizada pela Caixa Central à área comercial uma nova solução, designada por CA Flow, para a simplificação do processo de venda de crédito ao consumo (1.ª fase). Porém, as dificuldades foram transversais às duas áreas, comercial e DRC, atingindo o DRC em prosseguir com as análises de risco de forma mais célere nesse segmento, por ter de assegurar a execução e o acompanhamento nas diferentes etapas do processo de crédito. Há semelhança dos anos anteriores, o acompanhamento da carteira de crédito e a respectiva marcação de clientes em Procedimento Extrajudicial de Regularização de Situações de Incumprimento (PERSI) continua a ser realizado de uma forma diária através da aplicação Collection Box. Numa base mensal o acompanhamento da carteira de crédito foi realizado através do modelo de imparidade MOAI, de modo acomodar o cumprimento das normas internacionais de contabilidade. A intervenção do DRC consubstancia-se na análise individual de imparidade dos clientes/grupos com maior exposição e na revisão das análises individuais, do CA Silves. Continuou-se apostar na formação profissional interna e externa de modo a incrementar a produtividade e a rentabilidade, assim como aumentar o conhecimento dos colaboradores. Salienta-se que, ao nível interno manteve-se a parceria com a área comercial através da CA Silves Relatório e Contas

39 formação On Job com o intuito de melhorar a qualidade das propostas de crédito provenientes da rede, o que também permitiu ao DRC reduzir o fluxo de processos pendentes para análise e decisão. A colaboração interdepartamental é um princípio que se promove no departamento. Apesar de haver departamentos distintos com funções diferentes, entendemos que a comunicação é essencial para o bom funcionamento de toda a instituição. Departamento Jurídico e de Contratação Área do Judicial: Durante o ano de 2017, o Gabinete Jurídico (GJ) assegurou através do seu advogado interno, todo o patrocínio judicial em representação e interesse da Caixa Agrícola. Intentou todas as acções judiciais com vista à recuperação de crédito vencido; na representação em todos os processos de Insolvência e PER s por via das reclamações de créditos bem assim como, as reclamações de crédito com origem em execuções fiscais. A alteração à Lei de Organização do Sistema Judiciário (LOSJ), que redefiniu a competência territorial dos tribunais, atribuindo competência em matéria de execuções apenas aos tribunais de Loulé e de Silves dentro da região Algarvia, sem antes ter adequado as estruturas para o aumento de processos, causou tais constrangimentos na normal marcha processual que durante o ano de 2017 ainda não foi possível recuperar, penalizando assim em muito, as vendas judiciais. Nem a operacionalidade do leilão electrónico a funcionar junto da câmara dos solicitadores, já criado pela portaria Portaria n.º 282/2013, de 29 de Agosto mas que só no final de 2016 começou a funcionar, ajudou na celeridade das vendas judiciais. Ainda assim, as recuperações por aquisição de imóveis, contabilizamos no decurso de 2017 cerca de , totalmente por via das execuções judiciais. No que respeita a montantes já abatidos ao activo, foram apenas recuperados em 2017, cerca de de crédito, juros e respectivas despesas, o que representa um acréscimo/quebra de cerca de , face a A recuperação extra-judicial por via de reestruturações e consolidação de créditos, mantiveram-se uma preocupação constante do GJ durante o ano de 2017, procurando-se sempre que possível, ajustar os encargos financeiros às disponibilidades das famílias e concomitantemente, o reforço de garantias de crédito. CA Silves Relatório e Contas

40 Área da Assessoria Jurídica: Foi assegurado pelo GJ um efetivo apoio ao Conselho de Administração, à rede comercial bem como a todos os clientes da Caixa Agrícola sempre que justificado. Foi assumido toda a atividade de registos e notariado para a qual tem competência, assegurando todos os registos nas Conservatórias, todos os reconhecimentos de assinaturas, termos de autenticação, certificação de fotocópias; e outros atos onde a Caixa Agrícola teve intervenção, o que permitiu consolidarem a independência da Caixa face a órgãos externos. Área da contratação: Conforme exercícios anteriores, assegurou o GJ a preparação, acompanhamento e formalização de todos os contratos, títulos e escrituras com os clientes. Em 2017 ascenderam a 180 contratos e 133 escrituras, procurando dentro da legalidade, adaptar o clausulado de forma a defender os interesses da Caixa Agrícola e dos seus clientes. Área das Actividades de Suporte Assegura, internamente ou em outsourcing, a eficiência e eficácia das áreas de suporte ao negócio da CCAM. Actua através de quatro gabinetes, que desenvolveram em 2017, as actividades a seguir descritas, pese embora o facto de actuar com menos dois colaboradores. Uma saída permanente, por motivos regulamentares, que assumiu a Função de gestão de Risco e Compliance, e uma saída temporária, por baixa médica prolongada. Gabinete Financeiro, Reporting, Património e Operações Gerais Executou a contabilidade geral, nos prazos e de acordo com os critérios contabilísticos geralmente aceites. Procedeu à elaboração da informação de reporte prudencial obrigatório. Assegurou o cumprimento das obrigações fiscais e da segurança social da CCAM. Paralelamente promoveu a venda do património não afecto à exploração, de acordo com orientações superiores, e todas as acções de benfeitoria necessárias à manutenção e valorização destas propriedades. Alienaram-se em 2017, 14 imóveis no montante de cerca de (valor bruto), dos quais 13 por venda directa. Assegurou a gestão e o controlo dos gastos operacionais (de Pessoal, Gastos Gerais Administrativos e Amortizações) de acordo com o previsto pelo Conselho de Administração, Coordenação Geral e Plano de Actividades da CCAM. CA Silves Relatório e Contas

41 Assegurou a gestão das penhoras fiscais (240), electrónicas (456) e da Segurança Social (632), num total de penhoras. Gabinete Informação, Arquivo e Processamento Assegurou a gestão do arquivo de clientes e contas à ordem da CCAM, assim como da digitalização das assinaturas associadas às contas, no que respeita à sua validação na aplicação Gestão Documental Edoc. Em 2017 contou-se com o trabalho desenvolvido por um estagiário contratado no âmbito IEFP Medida Emprego. Em média, validaram-se cerca de 430 processos de clientes e contas por mês. Assegurou-se o processamento das operações de crédito, amortizações e liquidações de empréstimos, contribuindo também para o cumprimento do objectivo traçado para a angariação de crédito. Realizou a gestão do pedido de avaliações Imobiliárias, no âmbito do negócio creditício da CCAM, a avaliadores externos. Em 2017 foram realizadas 172 avaliações. Foi assegurada a representação legal da CCAM em muitas as escrituras públicas, cerca de 105, associadas aos créditos já aludidos pelo Gabinete de contratação. Gabinete Administrativo e Recursos Humanos Assegurou o processamento de salários e a gestão inerente aos Recursos Humanos, assim como a segurança e as boas condições de funcionamento das instalações e do, equipamento da CCAM, nomeadamente, em termos de limpeza, organização, funcionalidade, para com os clientes internos e externos. Foi também assegurada, parte, da assessoria geral do Conselho de Administração, Coordenação Geral, Conselho de Crédito e de Coordenadores assim como os restantes Órgãos Sociais. Gabinete Apoio Técnico Agrícola Assegurou o atendimento aos Sócios e Clientes da CCAM, disponibilizando informação privilegiada na área agrícola. Garantiu a formalização das candidaturas, tendo sido disponibilizados os serviços que permitiram a concretização das seguintes ajudas (foram submetidas 63 processos): RPB Regime de Pagamentos Base; MAA Medidas Agro-ambientais; MZD Manutenção da Actividade Agrícola em Zonas Desfavorecidas; Transferências de Direitos RPB e MAA; IB Identificação do Beneficiário com transferências de NIB e outras IC para a CA Silves, e crédito CA Silves Relatório e Contas

42 de subsídios na mesma. Também assegurou os Pedidos de Pagamento no âmbito dos Projectos de Investimento elaborados e com termo de aceitação já elaborado. Contribuiu para a realização de um Coloquio na Agência do Algoz, subordinado ao tema Sessão de Esclarecimento Projectos de Investimento , em colaboração com a AJAP, com a qual se estabeleceu um Protocolo de Sub-Delegação de Tarefas, delegadas estas pelo IFAP, IP. Foi também estabelecido um Protocolo de Implementação e Operacionalização de Serviços de Apoio Técnico Agrícola/Pecuário, com a Associação de Regantes e Beneficiários de Silves, Lagoa e Portimão Estrutura Patrimonial As rubricas da estrutura patrimonial de maior materialidade, que serão detalhadas nos próximos capítulos, são resumidas na tabela infra exposta: Estrutura Patrimonial Aplicações Crédito Recursos Situação Líquida Activo Liquido Variação Absoluta Variação % 30,1% 8,8% 15,1% 12,3% 14,9% Verifica-se o crescimento de todas estas as rubricas do Balanço, materialmente relevantes. Destacamos o aumento do Crédito, pelo terceiro ano consecutivo. Este facto, muito positivo, representa a consolidação da tendência de subida iniciada em Invertendo as quedas, que ocorrerem entre final de 2009 e O crescimento desta rubrica é essencial para a rentabilidade actual e futura do CA Silves, um assunto que será adiante aprofundado. CA Silves Relatório e Contas

43 Dos principais objectivos orçamentados para 2017, aprovados em Assembleia Geral, associados às 5 variáveis supra indicadas no quadro, há a referir que todos foram atingidos e superados. Com destaque para o Crédito, que ficou cerca de acima do objetivo. Deu-se continuidade à tendência de aumento de Recursos, verificada desde 2014, apesar da forte concorrência que ainda se verifica, por parte de alguns (poucos) bancos não cooperativos, e do Estado Português, em relação à divida pública. Conseguiu-se apresentar nesta rubrica uma significativa superação dos objectivos em quase , sem comprometer a rentabilidade, respeitando a linha estratégica seguida pela CCAM, que privilegia o vetor da rentabilidade. Os eventos negativos que eclodiram nos últimos anos na banca portuguesa, não serão alheios a tal crescimento dos Recursos. Este aumento demonstra, claramente, a elevada credibilidade e confiança que o mercado deposita no CA Silves Aplicações do Activo As duas principais componentes do Activo continuam a ser o Crédito concedido a clientes e as Aplicações na Caixa Central, respetivamente, com pesos brutos de cerca de 55% e 34%, num peso total de 89%. Atendendo à sua maior significância pormenorizamos a sua análise. Evolução do Crédito Variação Crédito Total - Bruto Crédito em Risco (Instrução nº 24/2012 do BdP) Crédito Vencido Imparidades Acumuladas p/ Crédito (no Activo) Taxa Cobertura do Credito Vencido por Imparidades no Activo 99,2% 106,3% 7,0 pp Podemos afirmar que a rubrica do Crédito evoluiu muito positivamente, novamente em contraciclo com a redução da carteira de crédito da banca nacional. Para tal facto não será estranho a boa resposta comercial do CA Silves na angariação de novas operações, a recuperação do consumo, a maior procura de habitação, bem como a recuperação da confiança de particulares e empresas, que se traduziu no aumento da procura de crédito junto do CA Silves, cujo impacto no crescimento na carteira tem sido elevado. CA Silves Relatório e Contas

44 Porém, não podemos perder de vista que esta evolução foi conseguida num contexto desfavorável à actividade bancária, atendendo ao elevado nível de desemprego (cerca de 9%), e ao baixo nível do investimento público e privado, que apesar de terem recuperado em 2017, ainda se mantêm a níveis distantes dos verificados antes de 2008, que marcou o início da actual crise financeira. Neste ambiente, destacamos positivamente a actividade que continuamos a verificar no nosso serviço de crédito, seja pelas cerca de 545 operações novas (381 concedidas em 2017, às quais acrescem 164 plafonds / limites de credito renovados), seja pelo seu montante global, de quase , num valor médio por operação de cerca de Uma evolução que continua a ser pautada pelas normas prudenciais e comportamentais, cada vez mais exigentes, emanadas da Caixa Central, do Auditor e do Supervisor, que comportam não só mais rigor, mas também cada vez mais custos para a CA Silves. Não podemos explicar a evolução da carteira de crédito, sem realçar a contribuição significativa, decorrente da rubrica de recuperação de crédito vencido, por via do fortíssimo abrandamento da aquisição de imóveis por recuperação de crédito, que apenas reduziu a carteira de crédito em cerca de , no ano de 2017, em linha com a tendência de CA Silves Relatório e Contas

45 Em 2017 foi adquirido apenas 1 imóvel por recuperação de crédito no montante bruto de Foram alienados 14, cujo montante contabilístico bruto ascendeu a (vendas próprias do CA Silves, sem recurso a nenhuma entidade do Grupo CA). No que respeita ao crédito vencido, verificou-se uma ligeira redução de , para totalizar cerca de , representando 4,5% da totalidade da carteira de crédito. É uma ótima evolução que culmina numa taxa muito aceitável, na medida em que compara muito bem com a Banca Nacional e com a média das CCAM s do SICAM, que apresentam nesta rubrica piores indicadores. Por outro lado, registamos com muito agrado que este rácio mantém a tendência de estar abaixo dos 5% recomendados pela Caixa Central. A recuperação deste indicador consubstancia o bom trabalho de que a CCAM tem desenvolvido nesta década, não só na recuperação do crédito vencido, como também, e acima de tudo, na concessão de crédito novo, de melhor qualidade de risco. Já o rácio de crédito vencido líquido, que subiu para 2,0%, mantém-se num valor extremamente confortável, claramente abaixo da recomendação de 3%. Uma evolução que consideramos positiva, por já refletir a implementação do novo normativo de provisionamento do crédito vencido, que entrou em vigor em Janeiro de 2017 (NCA s IAS39). Neste contexto, a percentagem de cobertura do crédito vencido por imparidades no Activo, subiu para 106%, ou seja, o crédito em incumprimento está mais do que coberto por provisões. Uma realidade alcançada em resultado da política de risco implementada com CA Silves Relatório e Contas

46 prudência acrescida, pela Administração, ao longo dos últimos anos. Uma fonte de confiança adicional que os associados e clientes do CA Silves podem usufruir. Em 2017 o nosso departamento jurídico teve uma atuação positiva, ainda que não tenha conseguido evitar os prejuízos decorrentes do facto de os Tribunais continuarem a verificar elevados atrasos na produção de decisões, no que respeita a execuções interpostas. O que fica bem patente nas reduzidas decisões tomadas. Esta reduzida celeridade dos processos encontra a sua maior justificação (recente) na reforma do mapa judiciário, implementada no Verão de Que não tendo sido corretamente operacionalizada e bem recebida pela burocracia judicial, tarda em produzir efeitos positivos, pelo menos na nossa região. O que não só acarreta elevado prejuízo à conta de exploração do CA Silves, como também não contribui para a redução do crédito vencido. Por outro lado, impõe iguais danos a todas as famílias e empresas, que queiram ver os seus direitos executivos defendidos. Ficando longe do objetivo orçamentado para 2017, o rácio de transformação (Crédito Bruto sobre Clientes / Recursos Alheios), verifica uma diminuição face ao último exercício, fixandose nos 69,6%, em Dezembro de 2017, em consequência do excelente aumento dos Recursos, que se tem verificado desde 2013: As aplicações do CA Silves, alternativas ao Crédito, são essencialmente os depósitos a prazo constituídos na Caixa Central. Estas Aplicações verificam um elevado aumento de 30%, mais de Os níveis verificados consubstanciam a manutenção do excesso de liquidez da CCAM, um pilar estratégico, que tem sido uma das nossas armas competitivas face à concorrência da banca não cooperativa. CA Silves Relatório e Contas

47 Recursos Nesta rubrica o CA Silves verificou um crescimento muito significativo, consubstanciado num aumento do volume de recursos de mais de (+15%). Tal evolução é tanto mais meritória não só pela concorrência que ainda se verifica pela captação de Recursos, mas também pela elevada carteira que mantemos junto de empresas do Grupo CA (ainda que se tenha reduzido aproximadamente ), como analisaremos no próximo ponto. O CA Silves continuou a evidenciar um bom crescimento, o que representa uma prova clara da enorme confiança que o mercado deposita na nossa Cooperativa bancária. Ao contrário da turbulência que muitos bancos não cooperativos continuam a experimentar, cuja consequência foi, entre outras, a redução do seu volume de recursos (conforme analisado no ponto 2.2.) Empresas do Grupo C.A. e cross selling O CA Silves está associado a empresas do Grupo CA, de forma a dispor uma maior gama de oferta de produtos financeiros, potenciando por esta via a venda cruzada (cross selling), adaptada às necessidades dos nossos clientes. Em 2016, apresentou um novo aumento do volume da carteira da CA Seguros, a par do crescimento da carteira de fundos de investimento na CA Gest, contrabalançada pela diminuição da carteira de seguros de capitalização na CA Vida. Vemos esta redução da carteira detida junto da CA Vida, como algo razoável atendendo a que a seguradora descontinuou a venda dos produtos de capitalização, por motivos de gestão indissociáveis do novo enquadramento regulamentar (Solvência II). Esta realidade e as tendências de crescimento dos últimos exercícios reforçam a venda cruzada e o grau de fidelização do cliente. Do quadro seguinte, realçamos o cumprimento integral dos CA Silves Relatório e Contas

48 objectivos preconizados, quer em produção nova, quer em termos de crescimento da carteira: Unidades de Negócio Variação Valor % Seguros Ramos Reais (produção) ,6% Seguros Ramos Reais (PCE's) ,5% Seguros Ramo Vida (produção) ,1% Seguros Capitalização - Ramo Vida (carteira) ,9% Fundos Investimento Mobiliário (carteira) ,2% Tansferência de Recursos de clientes de (-) ou para (+) empresas do Grupo CA Realçamos a excelente evolução verificada nos seguros do ramo real, dado que foi atingida a mais elevada carteira de sempre do CA Silves, cujos Prémios Comerciais Emitidos (PCE s) atingiram o máximo histórico de Já a produção nova ascendeu a quase , ficando também, claramente, acima do objetivo de É também de destacar, em termos de evolução histórica, o crescimento sustentado da carteira de seguros, que entre os exercícios de 2009 a 2017 cresceu mais de , ou seja, uns expressivos 62%. No que respeita ao Ramo Vida, a CA Vida descontinuou a venda de alguns bem-sucedidos produtos de capitalização. Por esta razão foi impossível evitar a redução da respectiva carteira, tal como havia sido orçamentado. Ainda assim num montante muito inferior ao antecipado, já o nível de vendas de 2017 superou os objectivos. Não obstante a diminuição anual, esta carteira de mais de , continua a colocar o CA Silves no top do ranking nacional do Grupo C.A., neste segmento. CA Silves Relatório e Contas

49 Estas evoluções consubstanciam uma enérgica dinâmica comercial por parte da rede comercial, e o reforço da confiança que os nossos clientes continuam a atribuir ao Grupo C.A, em busca de soluções alternativas aos tradicionais depósitos a prazo, que apresentam taxas tendencialmente menores Capital Subscrito e Movimento de Associados Como reflexo de inúmeras iniciativas internas do CA Silves, é com imenso agrado que verificamos uma ótima evolução da rúbrica do Capital Social total subscrito. Fixou-se em , o que representa um crescimento de 2,7%, cerca de , face a Mais um ano em que podemos destacar o bom crescimento do capital subscrito pelos sócios, cujo capital totaliza aproximadamente (o remanescente é titulado pela CCAM de Silves). No quadro seguinte resumimos a evolução: Movimento de Sócios Admissões Saídas Sócios existentes em 31 de Dez Capital subscrito pelos associados em 31 Dez. (em ) Variação anual ,9% 3,1% 12,3% 24,2% 14,3% 17,6% 15,8% 11,4% 8,3% 8,4% Superando o objetivado pela Administração do CA Silves no Plano de Atividades e Orçamento de 2017, podemos extrair do quadro supra que, através do reforço de novos associados, voltou a haver um claro aumento do capital subscrito pelos associados de 8,4%, em mais de , face ao período homólogo. A par de um elevado aumento de 243 no número dos sócios (+4,4%). O que se traduziu em novos máximos históricos, não só no número de associados da CCAM, como também no capital por eles subscrito, reforçando a tendência iniciada em 2009, quase triplicando o valor de capital detido pelos sócios: CA Silves Relatório e Contas

50 Solvabilidade e Situação Líquida A Situação Líquida registou um expressivo crescimento, superando os Sendo um dos fatores mais positivos a registar no corrente exercício, dada a sua contínua melhoria, que cresceu 12% face ao período homólogo, aproximadamente Congratulamo-nos com a acrescida capacidade de resiliência e contínuo reforço da solidez financeira do CA Silves, apesar da concorrência e dos problemas associados ao crédito vencido resultantes da conjuntura económica e do desemprego, como vimos no capitulo 2.2. Os Fundos Próprios em 2017 tiveram um aumento de 3,8%, cerca de A fundamentação material para tal evolução está na implementação das regras de Basileia III, e no Aviso 5/2015 do BdP, bem como na boa captação de novos sócios. A evolução muito positiva destas duas rúbricas, nos últimos anos, deverá ser tanto mais valorizada, se considerarmos as dificuldades que a banca não cooperativa verificou na angariação de capital e fundos próprios para cumprir os limites impostos pela Autoridade Bancária Europeia e Banco de Portugal. Havendo inclusive 3 bancos privados que necessitaram de recorrer ao Estado, nomeadamente, por via de Obrigações de conversão contingente CoCos (BCP e BBPI), ou por uma solução mista, mais radical, que incluiu não só as CoCos como também a entrada direta do Estado no capital social do ex-banif. Ou ainda, em 2014, o colapso do Grupo BES que ditou a resolução do banco BES. Bem como, já no final de 2015, CA Silves Relatório e Contas

51 a venda do BANIF aos espanhóis do banco Santander Totta, de onde resultou a perda do capital e dívida injetados pelo Estado em 2012, bem como uma limpeza de Balanço do ex- BANIF assumida pelo erário público, de cerca de Milhões de euros. Sustentado nestes factos, com especial destaque não só para as novas regras do já aludido Aviso 5/2015 do BdP, mas também para o aumento da carteira de crédito, há a indicar que o rácio de solvabilidade global reduzir-se em 0,1 p.p., fixando-se em 14,3%. Já o rácio Common Equity Tier I (sucessor do Core tier I), também regista um aumento tendo-se fixado em 14,2%, um valor claramente acima do mínimo recomendado pelo Banco de Portugal que é de 10% (o mínimo obrigatório é de 8%). Exibe-se uma confortável situação nesta rubrica, em sintonia com os valores já referidos para o SICAM (que são dos mais elevados da banca). Sem sombra de dúvida, este é um pilar muito forte de solidez financeira, com o qual os nossos clientes e associados podem contar e confiar, dado que o CA Silves está à margem da fragilidade estrutural com a qual a banca não cooperativa ainda se debate, imposta pelas significativas necessidades de capital, de que ainda precisa de colmatar Evolução da Conta de Exploração Margem Financeira Apurou-se uma redução de 5% nesta rubrica, aproximadamente Em linha com a prestação das nossas congéneres CCAM s, que viram a sua Margem Financeira baixar 2,2%. Esta evolução retoma o caracter estrutural da tendência de redução de Margem, que historicamente se tem verificado desde a implementação das regras contabilísticas de CA Silves Relatório e Contas

52 Permanecendo um dos maiores desafios que o CA Silves terá de continuar a enfrentar, e que fica bem patente no próximo gráfico: Em 2017, a evolução homóloga da Margem Financeira encontra a sua explicação material nos seguintes vectores: Do lado dos proveitos, tal como ocorre desde 2014, destacamos a forte pressão junto da remuneração dos excedentes de liquidez na Caixa Central, na medida em que tais juros recebidos verificam uma nova diminuição (-25%), não obstante o forte crescimento de quase (+30%) dos depósitos colocados na Caixa Central, já analisado; Diminuição dos juros recebidos de Crédito de 6,6%, ou seja, Como verificamos um crescimento significativo da carteira de crédito (+8,8%), tal evolução é imputável, fundamentalmente, à redução das taxas Euribor para valores negativos, em consequência da política monetária seguida pelo B.C.E. (ver no ponto 2.2.). Bem como é justificável pela maior concorrência que se faz sentir no mercado do Crédito, e que se tem traduzido numa redução dos spreads médios das novas operações; Do lado dos Gastos com os juros a pagar a clientes, há a referir uma redução significativa, de aproximadamente , que constituiu o fundamento de maior materialidade para a sustentabilidade da Margem. Esta variação dos gastos com juros a clientes é a consequência inevitável da redução dos juros recebidos das aplicações da Caixa Central, bem como de uma maior normalização do pricing dos depósitos a prazo no mercado nacional, que tenderão para refletir o nível das euribor. O risco de deflação/inflação reduzida por um longo período de tempo, acima de tudo, mas também os efeitos de alguma fragmentação do mercado monetário único, bem como a perda de eficácia dos mecanismos de transmissão da política monetária tradicional, e o potencial de ressurgimento de nova crise da dívida soberana da Europa periférica, continuaram a ditar a maior influência nas decisões do BCE sobre as suas taxas diretoras, em Riscos elevados para os quais temos alertado há 7 anos, mas que o ano de 2017 parece indiciar de que poderão estar finalmente a ser ultrapassados. CA Silves Relatório e Contas

53 O CA Silves neste contexto verificou, em 2017, os menores ganhos com juros, desde a implementação da nova contabilidade bancária, em O valor ascendeu a apenas , o que representa somente cerca de 35% dos proveitos com juros registados no exercício de 2008, o ano em que atingimos o nosso máximo histórico. Pelo que é justo afirmar que esta política monetária ultra-expansionista tem-se mostrado fortemente penalizadora para o CA Silves, nos últimos 9 exercícios, desde Isto porque tem implicado uma brutal diminuição dos proveitos (-65%) da actividade creditícia. Um efeito muito negativo na conta de exploração, fortemente potenciado pela quebra dos juros recebidos da Caixa Central, que marcou igualmente o exercício de A expressiva pressão sobre a Margem Financeira que esta situação originou, continua reforçada do lado dos custos dos Recursos, apesar de aliviada em Verifica-se ainda a manutenção de um elevado índice de concorrência entre algumas instituições de crédito e o Estado pela captação de depósitos, uma realidade que se impõe desde Não obstante as restrições às taxas passivas impostas pelo Banco de Portugal em 2011, reforçadas em Março de 2012, é ainda bem patente a manutenção de um insustentável diferencial das taxas passivas face à Euribor, apesar de 2017 ter registado um diferencial mais reduzido. Fica clara a grande pressão sobre os ganhos, a que o CA Silves tem sido sujeito. Ainda assim, só foi possível mitigar a redução da margem financeira, promovendo a sua manutenção, por via da forte redução dos gastos com juros pagos a clientes. Uma estratégia em linha com o orçamentado, dada a evolução negativa que verificaram os juros recebidos do Crédito e da Caixa Central, não obstante os aumentos significativos das respetivas carteiras (já analisados). CA Silves Relatório e Contas

54 Produto Bancário O Produto Bancário registou uma ligeira diminuição 1%, de aproximadamente , como podemos ver no gráfico seguinte. É uma prestação ligeiramente pior do que a das CCAM s do SICAM que viram o seu Produto Bancário baixar 0,1%. Para esta evolução do Produto Bancário, concorre a já explicada evolução da Margem Financeira, bem como o aumento de 12% das comissões líquidas cobradas, em cerca de Consequência maior do crescimento das comissões associadas ao crédito, bem como da melhoria das comissões da CA Seguros, dado o aumento significativo das respectivas carteiras e a superação destes objectivos comerciais. Adicionalmente há a destacar a diminuição de das mais-valias com a venda de imóveis obtidos por recuperação de crédito. Bem como, a redução 77% nos Outros Resultados de Exploração, em , quando comparado com o período homólogo, cuja explicação principal podemos encontrar na normalização dos resultados não recorrentes. É uma evolução muito positiva, que podemos extrair desta análise, por comparação a Pois fica evidente que uma parte muito maior do Produto Bancário, obtido em 2017, passou a ser natureza recorrente, conferindo um maior carater estrutural às receitas. Um objetivo para o qual teremos de continuar a trabalhar para melhorar. Resultados Antes de Impostos Os Gastos de estrutura voltaram a manter-se controlados, dado que diminuíram -0,8%, aproximadamente O que suplanta em muito, a prestação das CCAM s do SICAM que viram os seus gastos de estrutura subir cerca de 0,8%. Os Gastos com Órgãos Sociais e Pessoal baixaram -0,5%, cerca de Em sentido positivo evoluíram também as amortizações que se reduziram em aproximadamente Estas ótimas reduções foram quase anuladas pelo crescimento Gastos Gerais Administrativos cujo aumento ascendeu a 1,5%, cerca de , em resultado de maiores gastos em especial, com auditorias cujo gasto cresceu (+94%), bem como nos valores CA Silves Relatório e Contas

55 faturados pelas empresas CA Serviços e CA Informática, que impuseram ao CA Silves um aumento global de 6,6%, aproximadamente Estes montantes constituem o menor nível de gastos, desde os verificados no exercício de 2007, dado em 2017 terem descido para aproximadamente Esta evolução deverá ser tanto mais valorizada na medida em que é resultado de um expressivo controlo de custos por parte da Administração. A tal evolução não será alheia, a reestruturação em 2015 da rede comercial do CA Silves, resultando na fusão de duas delegações. Estes vectores estão em linha com o compromisso assumido de praticar uma gestão dinâmica, atuando sobre as variáveis mais controláveis, de modo a mitigar os efeitos negativos daquelas que a Administração não controla diretamente. Dessas variáveis não controláveis neste domínio dos Gastos, gostaríamos de realçar apenas aquelas resultantes de imposições legais, nomeadamente, do Acordo Coletivo de Trabalho, que nunca deixou de impor aumento de gastos. A redução estrutural dos Gastos é evidente desde 2009, apesar de todas as vicissitudes sofridas e analisadas nos últimos exercícios em termos de Gastos. Comparando 2017 com o CA Silves Relatório e Contas

56 pico dos gastos incorrido em 2009, verifica-se uma redução de gastos de estrutura de 9,5%. As poupanças conseguidas ascendem a cerca de /ano, com base nos valores alcançados em As poupanças acumuladas desde 2009 elevam-se a mais de : Face a alguns dos impactos negativos já analisados na conta de exploração, o Conselho de Administração decidiu pelo 7º ano consecutivo, prescindir de prémios variáveis. Nos termos explicados e aprovados em Assembleia Geral, na Política de Remunerações da CCAM de Silves. Passando para a análise da variação líquida de provisões (constituições liquidas de reposições e anulações), verificamos que as de Crédito ascenderam aproximadamente a , um aumento de , face ao exercício homólogo. Os objectivos preconizados neste domínio, foram mais que cumpridos, dado que o valor provisionado ficou muito abaixo do orçamento, algo indissociável da redução e maior controlo do crédito vencido. Ainda assim, neste domínio das provisões não podemos deixar de voltar a referir os problemas operacionais associados à reforma do mapa judiciário, que continuam a adiar o avanço material das decisões nos processos judiciais colocados pelo CA Silves. Por esta via, a capacidade da CCAM em recuperar provisões e imparidades em 2017 continuou fortemente condicionada. Em sentido inverso evoluíram as Outras Provisões e Imparidades, que verificaram uma elevada diminuição de quase A evolução desta rúbrica continua a ser prejudicada não só pelas imparidades dos imóveis obtidos por recuperação de crédito, devido às reavaliações regulamentares periódicas a que a CCAM está obrigada, como também pelo provisionamento de alguns imóveis de serviço próprio, e ainda no provisionamento significativo do fundo imobiliário ImovalorCA. Este último foi um facto inesperado com que a gestão teve de lidar e provisionar ao longo do ano, num montante que ascendeu a quase CA Silves Relatório e Contas

57 Agregando todas as provisões e imparidades, o esforço de provisionamento do CA Silves elevou-se a um total aproximado de : Neste contexto, os resultados apurados antes de impostos, cresceram significativamente para um valor de cerca de Um aumento expressivo de 103%, quase , face ao registado em período homólogo Resultados Após Impostos O CA Silves apresenta um acréscimo no seu Resultado Líquido do Exercício (RLE), para um montante acima do valor orçamentado, dado que se cifrou em , triplicando o seu valor face ao período homólogo, como se mostra no próximo gráfico. Embora a explicação para esta evolução se encontrar desenvolvida nos capítulos anteriores, resumiremos aqueles fatores que, em nosso entender, mais contribuíram para a formação do actual RLE: CA Silves Relatório e Contas

58 Política monetária ultra-expansionista seguida pelo BCE, que se traduziu em nova redução das taxas Euribor, a níveis já negativos. Uma realidade nunca antes verificada em Portugal, bastante penalizadora dos juros recebidos da carteira de crédito da CA Silves. Um efeito que conduziu a que os juros recebidos do Crédito diminuíssem 6,6%, aproximadamente , não obstante o segundo melhor crescimento anual da última década, da carteira de crédito da CCAM, que subiu 8,8%, cerca de ; Retomar da concorrência pela captação de Crédito, ainda que restringida ao crédito à habitação de risco favorável, e ao sector empresarial de bens transacionáveis, de bons ratings. Este facto que se retomou em 2014, manteve ulterior pressão nos proveitos de 2017, por via do esmagamento das taxas activas, das novas operações de crédito; Se considerarmos o aumento de 30%, quase , nas aplicações depositadas na Caixa Central, a quebra verificada de 25% nos juros recebidos por tais Aplicações, só pode ser classificada como muito significativa. Tais juros terminaram 2017 no valor mais reduzido desde a implementação das novas regras contabilísticas, em Pelo que, a rentabilização do excesso da nossa liquidez é uma tarefa cada vez mais difícil, algo indissociável do nosso actual regime jurídico e da política monetária no BCE; Forte redução dos gastos com juros pagos a clientes, em linha com o orçamentado, repercutindo a evolução negativa dos juros recebidos do Crédito e da Caixa Central, apesar dos aumentos significativos das respetivas carteiras destas rubricas; Manutenção de alguma competição pelos Recursos dos nossos clientes, dada a premência que o Estado e alguma da Banca comercial têm em obter liquidez estrutural. Um facto que continua a ser indutor de um diferencial das taxas passivas face às Euribor, embora 2017 registe um nível mais reduzido, face aos últimos anos; Aumento das comissões recebidas, consequência direta do aumento da carteira de crédito, de seguros ramos reais, e dos seguros vida de não capitalização; Controlo dos Gastos de estrutura, que baixaram aproximadamente (-0,8%) face a 2017; Redução do valor do Crédito vencido e a consequente menor necessidade de provisionamento dessa rubrica. Apesar da reforma do mapa judiciário iniciada em 2014, continuar a afetar bastante a capacidade de recuperar rapidamente as provisões; CA Silves Relatório e Contas

59 Redução das Outras Provisões e Imparidades, face ao período homólogo, apesar de continuarem a elevados níveis, pois superaram os , em especial devido ao provisionamento do fundo imobiliário Imovalor CA, dos imóveis obtidos por recuperação de crédito e de serviço próprio Resumo dos principais Rácios Na tabela seguinte resumimos os principais rácios de estrutura, de rentabilidade e prudenciais, alguns destes indicadores já abordados em capítulos anteriores: Rácios de Estrutura e Prudenciais Cumpre a recomendação da CAIXA CENTRAL? Rácio de Solvabilidade global 14,3% 14,2% N/A Rácio Common Equity Tier I > 13% 13,8% 14,2% Cumpre Rácio de Transformação (Crédito/Depósitos) <= 85% 72,4% 69,6% Cumpre Rácio de crédito em risco (Instrução nº 24/2012 do BdP) 7,8% 7,4% N/A Rácio de crédito em incumprimento (Instrução nº 24/2012 do BdP) 4,90% 4,56% N/A Rácio de Crédito Vencido < 5% 4,98% 4,51% Cumpre Rácio de Crédito Vencido Liquido < 3% 1,00% 2,01% Cumpre Crédito com garantias reais ou financeiras / Crédito Total > 65% 88,2% 89,2% Cumpre Rácios de Rentabilidade Cumpre a recomendação da CAIXA CENTRAL? Comissões Líquidas / Produto bancário > 20,0% 31,7% 35,9% Cumpre Rácio de Eficiência < 70% 66,4% 66,5% Cumpre Nº colaboradores Activo Líquido por Empregado bancário > Cumpre Activo Líquido Ajustado (*) por Empregado bancário > Cumpre Produto Bancário por Empregado bancário > Cumpre Custo com Pessoal / Activo Líquido < 1,1% 1,15% 1,05% Cumpre Gastos gerais Administrativos / Activo Líquido < 0,8% 0,77% 0,68% Cumpre Rendibilidade do Activo Liquido Médio (ROA) 0,14% 0,44% N/A Rendibilidade dos Capitais Próprios (ROE) > 5% 1,59% 5,55% Cumpre (*) - Inclui as aplicações de clientes em Seguros de Capitalização e Fundos de Investimento colocados junto da CA Vida e CA Gest, respectivamente CA Silves Relatório e Contas

60 3. Proposta da Aplicação dos Resultados Líquidos Como nota prévia será importante deixar claro que a distribuição de resultados está condicionada à aprovação do Banco de Portugal, nos termos impostos pela sua carta circular Refª CC/2017/ G, de 27 de Janeiro de Bem como, deverão ser cumpridas as recomendações da Caixa Central, expostas na circular refª DAS/01/2018 de Tendo presente este contexto, e depois de apurados os resultados do exercício findo a 31 Dezembro de 2017 no montante de ,86 euros, propõe a Administração da C.C.A.M. de Silves, de acordo com os artigos 33º e 34º dos Estatutos, a seguinte aplicação: Reserva Legal ,77 Reserva Especial ,14 Reserva para Educação e Formação Cooperativa 8.500,00 Reserva para Mutualismo 1.000,00 Distribuição aos Associados ,95 (*) (valores em euros) ,86 (*) Dos quais 2.078,32 abrangidos pelo nº3 do Artigo nº 34º dos Estatutos (englobáveis em Reservas, quando aplicável). De acordo com o artigo 8º dos Estatutos propõe também a Administração que seja incorporada no Capital Social titulado pela C.C.A.M. de Silves, a quase totalidade da Reserva Especial num total de Assim que for recepcionada a autorização formal do regulador, e nos termos em que este não se oponha, a Administração dará cumprimento à aplicação supra indicada dos resultados do exercício. Silves, 28 de Fevereiro de 2018 O Conselho de Administração José Manuel G. Estiveira Gonçalves Diogo Manuel Calvário Cabrita Manuel António da Conceição Nunes O Adjunto da Administração João Pedro Rodrigues Gonçalves CA Silves Relatório e Contas

61 4. Documentos Financeiros 4.1. Balanço e Demonstrações Financeiras 61

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65 Modelo I Inventário de títulos em base individual Data: Instituição: CCAM SILVES Unidade: Euros Natureza e espécie (1) Categoria de Activo Instrução n.º 23/2004 Código do título Tipo de emitente Cotado/ País do Não emitente cotado Mercado organizado Cotação relevante Valor nominal Critério valorimétrico Valor de Balanço Valias (+ / -) Montante vencido (2) (3) (4) (S/N) (5) (6) (7) (8) (9) (10) (11) Imparidade Outras Capital Instrumentos de dívida De dívida pública CA Gest OTABRIL2027 AFDN -- OUT PRT S JV OTOUTUBRO2022 AFDN -- OUT PRT S JV FRTR 2,25% 05/25/24 AFDN -- OUT FRA S JV SPGB 1,3% 10/31/26 AFDN -- OUT ESP S JV CCTS EU FLOAT 10/15/24 AFDN -- OUT ITA S JV Correcções de valor De outros emissores públicos De outros emissores Adquiridos no âmbito de operações de titularização Equiparados a first loss position Outros Outros Dívida não subordinada Dívida subordinada CA Vida AFDV -- OIF PRT N JV Total Instrumentos de capital Imovalor CA AFDV -- OIF PRT N 1 CH % Centro Tecnológico de Citricultura AFDV -- OUT PRT N 500 CH 100% CCCAM-Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo, CRL IFAEC -- IC PRT N 5 CH Rural Informática IFAEC -- OUT PRT N 5 CH % CA Seguros IFAEC -- S PRT N 5 CH 53 6% CA Vida IFAEC -- S PRT N 5 CH Fenacam IFAEC -- OUT PRT N 5 CH 20 CA Seguros e Pensões SGPS SA IFAEC -- OIF PRT N 5 CH Total % % de participação Direito s de Operações especiais Observações (12) (13) CA Silves Relatório e Contas

66 4.2. Notas Explicativas Anexas às Contas 1. NOTA INTRODUTÓRIA A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Silves, C.R.L. (adiante designada por Caixa ou CCAM Silves) é uma instituição de crédito constituída em 29 de Abril de 1929, é uma instituição de crédito comercialmente averbada em 02 de Maio de 1983 sob a forma de Cooperativa de responsabilidade limitada. Constitui objecto da Caixa a concessão de crédito e a prática dos demais actos inerentes à actividade bancária, nos termos previstos na legislação aplicável. A Caixa é parte integrante do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo (SICAM) o qual é formado pela Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo, C.R.L. (Caixa Central) e pelas Caixas de Crédito Agrícola Mútuo suas associadas. Compete à Caixa Central assegurar a orientação, fiscalização e representação das entidades que fazem parte do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo. Em 31 de Dezembro de 2017, a Caixa opera através da sua sede, situada na Rua Comendador Vilarinho n.º 22, em Silves e através de uma rede de 8 balcões situados nos concelhos de Silves e de Lagoa. Em 2017: - Na rubrica Activos não Correntes detidos para Venda foram alienados 14 Imóveis/fracções, no montante de (Nota 12), e adquirido um imóvel por Escritura Comp/Venda Processo Insolvência, no montante de ; - Abertura de Carteira de Dívida Pública da Zona Euro, para a CA Silves, junto da CA Gest e Caixa Central. Os títulos são adquiridos com o objectivo de venda no curto prazo, sendo classificados na rúbrica dos Activos Financeiros detidos para Negociação. Os resultados ganhos ou percas, obtidos, são reconhecidos directamente em resultados (Nota 6). Em 2016: - Na rubrica Activos não Correntes detidos para Venda foram adquiridos 5 imóveis por recuperação de crédito no montante de (valor bruto) e foram alienados 22, no montante de (valor bruto). Destas vendas, 12 imoveis no valor bruto de , foram alienados ao Fundo Imobiliário, ImovalorCA. A variação global bruta nesta rúbrica foi de (Nota 12). - Imparidades Imoveis Serviço Próprio Em estrito cumprimento da Circular DCF/72/2016, de da Caixa Central, foram reavaliados 50% dos imóveis de Serviço Próprio (valor líquido), onde se inclui obrigatoriamente o edifício sede (Nota 17). Foram reavaliados os seguintes Imóveis: Silves (Sede), delegação de Porches, ATM Tunes, ATM Pêra, delegação de Armação de Pêra. 2. BASES DE APRESENTAÇÃO, COMPARABILIDADE DA INFORMAÇÃO E PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS 2.1. Bases de apresentação das contas Bases de apresentação das contas 66

67 Até 31 de Dezembro de 2016, as demonstrações financeiras em base individual da Caixa foram preparadas e apresentadas de acordo com as Normas de Contabilidade Ajustadas (NCA), tal como imposto pelo Aviso nº 1/2005 do Banco de Portugal. As NCA tinham por base as Normas Internacionais de Contabilidade (NIC), tal como adoptadas, em cada momento, por Regulamento da União Europeia, sendo contudo aplicáveis as derrogações previstas nos Avisos nº 1/2005 e nº 4/2005 do Banco de Portugal. Com a publicação do Aviso nº 5/2015 do Banco de Portugal, as entidades sujeitas à supervisão do Banco de Portugal passaram a estar obrigadas a elaborar as suas demonstrações financeiras em base individual de acordo com as NIC, tal como adoptadas, em cada momento, por Regulamento da União Europeia. As NIC incluem as normas contabilísticas emitidas pelo International Accounting Standards Board (IASB), bem como as interpretações emitidas pelo International Financial Reporting Interpretation Committee (IFRIC) e pelos respectivos órgãos antecessores. Apesar de o Aviso nº 5/2015 ter produzido efeitos a partir do dia 1 de Janeiro de 2016, as Caixas de Crédito Agrícola Mútuo integradas no Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo (SICAM) beneficiaram, durante o ano de 2016, do regime transitório previsto no artigo 3º do referido Aviso, pelo que nestas entidades a adopção das NIC apenas ocorreu no dia 1 de Janeiro de De notar que as demonstrações financeiras consolidadas do Grupo Crédito Agrícola (GCA), o qual inclui o SICAM, já eram preparadas e apresentadas de acordo com as NIC, pelo que esta adopção em 2017 ocorreu apenas a nível das contas individuais. As demonstrações financeiras da Caixa apresentadas reportam-se ao ano de 2017, período findo em 31 de Dezembro, tendo sido já preparadas de acordo com as NIC. As demonstrações financeiras estão expressas em Euros e foram preparadas de acordo com o princípio do custo histórico, com excepção dos activos e passivos registados ao justo valor. De notar que a preparação das demonstrações financeiras de acordo com as NIC requer que a Caixa efectue julgamentos e estimativas e utilize pressupostos que afectam a aplicação das políticas contabilísticas e os montantes de proveitos, custos, activos e passivos. Alterações em tais pressupostos ou diferenças destes face à realidade poderão ter impacto sobre as actuais estimativas e julgamentos. Estas demonstrações financeiras foram aprovadas em reunião do Conselho de Administração de dia 31 de Janeiro de Alterações às políticas contabilísticas e comparabilidade da informação A entrada em vigor do Aviso nº 5/2015 do Banco de Portugal, impôs a necessidade de a Caixa elaborar as suas demonstrações financeiras individuais, a partir de 1 de Janeiro de 2017, de acordo com as NIC, deixando assim de ser aplicadas as NCA. Com a publicação do referido Aviso, foram revogados os Avisos nº 1/2005 e nº 3/95 do Banco de Portugal, os quais regulamentavam a constituição de provisões por parte das instituições de crédito, com as seguintes finalidades: (i) risco específico de crédito, (ii) riscos gerais de crédito, (iii) encargos com pensões de reforma e sobrevivência, (iv) menos-valias de títulos e imobilizações financeiras, (v) menos-valias de outras aplicações e (vi) risco-país. Neste sentido, o crédito concedido, as garantias prestadas e outras operações de natureza análoga passaram a estar sujeitas ao registo de perdas por imparidades de acordo com os requisitos da NIC 39 Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração, deixando de se aplicar o modelo de provisionamento previsto no Aviso nº 3/95 do Banco de Portugal. CA SILVES Relatório e Contas

68 Assim, a alteração resultante da revogação das NCA e adopção das NIC para efeitos da preparação e apresentação das demonstrações financeiras, a partir de 1 de Janeiro de 2017, teve impacto nomeadamente ao nível da diminuição das provisões para crédito a clientes e garantias, decorrente do reconhecimento de perdas por imparidade apuradas em conformidade com a NIC 39 por substituição do anterior referencial previsto no Aviso nº 3/95 do Banco de Portugal. De acordo com as NIC, a adopção do novo normativo contabilístico deve ser aplicada retrospectivamente, pelo que a Caixa ajustou as suas demonstrações financeiras de 2016 para efeitos comparativos. Assim, as demonstrações financeiras de 2017 são em todos os aspectos materialmente relevantes comparáveis com as demonstrações financeiras que se apresentam no presente documento referentes ao período anterior (ou seja, 2016). Apresenta-se nos quadros abaixo a reconciliação das principais rubricas das demonstrações financeiras aprovadas em 2016, as quais foram preparadas em base NCA, e as demonstrações financeiras de 2016, preparadas de acordo com as NIC, reportadas neste documento para efeitos comparativos: a) Reconciliação entre o Balanço a 1 de Janeiro de 2016 preparado com base nas NCA e nas NIC Notas NIC Ajustamentos NCA Crédito a clientes Activos por impostos diferidos Outros elementos do activo Total do Activo Provisões Outros elementos do passivo Total Passivo Outras reservas e resultados transitados Lucro do exercício Outros elementos do capital próprio Total Capital Próprio Total do Passivo e Capital Próprio NIC b) Reconciliação entre o Balanço a 31 de Dezembro de 2016 preparado com base nas NCA e nas Notas NIC Ajustamentos NCA Crédito a clientes Activos por impostos diferidos Outros elementos do activo Total do Activo Provisões Outros elementos do passivo Total Passivo Outras reservas e resultados transitados Lucro do exercício Outros elementos do capital próprio Total Capital Próprio Total do Passivo e Capital Próprio CA SILVES Relatório e Contas

69 c) Reconciliação entre a Demonstração dos Resultados a 31 de Dezembro de 2016 preparado com base nas NCA e nas NIC Notas NIC Ajustamentos NCA Margem Financeira Produto bancário Provisões líquidas de reposições e anulações Imparidade de outros activos financeiros líquida de reversõ Outros proveitos / (custos) que concorrem para o resultado Resultado antes de impostos Impostos correntes diferidos Resultado líquido do exercício Adicionalmente, ocorreram em 2017 um conjunto de alterações às NIC, as quais apresentamos de seguida, que não tiveram qualquer impacto nas políticas contabilísticas ou nas demonstrações financeiras apresentadas a 31 de Dezembro de Impacto da adopção das alterações às normas que se tornaram efectivas a 1 de Janeiro de 2017: a) IAS 7 (alteração), Revisão às divulgações (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2017). Esta alteração introduz uma divulgação adicional sobre as variações dos passivos de financiamento, desagregados entre as transacções que deram origem a movimentos de caixa e as que não, e a forma como esta informação concilia com os fluxos de caixa das actividades de financiamento da Demonstração do Fluxo de Caixa. b) IAS 12 (alteração), Imposto sobre o rendimento Reconhecimento de impostos diferidos activos sobre perdas potenciais (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2017). Esta alteração clarifica a forma de contabilizar impostos diferidos activos relacionados com activos mensurados ao justo valor, como estimar os lucros tributáveis futuros quando existem diferenças temporárias dedutíveis e como avaliar a recuperabilidade dos impostos diferidos activos quando existem restrições na lei fiscal. 2. Normas (novas e alterações) e interpretações publicadas, cuja aplicação é obrigatória para períodos anuais que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2018, mas que a União Europeia ainda não endossou: a) IFRS 9 (nova), Instrumentos financeiros (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2018). A IFRS 9 substitui os requisitos da IAS 39, relativamente: (i) à classificação e mensuração dos activos e passivos financeiros; (ii) ao reconhecimento de imparidade sobre créditos a receber (através do modelo da perda esperada); e (iii) aos requisitos para o reconhecimento e classificação da contabilidade de cobertura. O Grupo Crédito Agrícola, onde se inclui a CCAM, definiu uma estrutura global de trabalho com o objectivo de adaptar os seus processos internos aos normativos explanados na IFRS 9, de modo a que estes sejam, simultaneamente, aplicáveis, CA SILVES Relatório e Contas

70 uniformemente, a todas as CCAM do SICAM e sejam adaptáveis às características individuais de cada uma. Relativamente à estrutura de governance do projecto de implementação da IFRS 9, o Grupo criou um comité com a responsabilidade de acompanhar o projecto mas também de assegurar que estão envolvidos neste projecto todas as áreas relevantes para o sucesso do mesmo. O Grupo Crédito Agrícola encontra-se actualmente na fase de implementação dos modelos e requisitos definidos, com o objectivo de assegurar a eficiente implementação dos normativos previstos na IFRS 9, optimizando os recursos necessários para o desenvolvimento dos requisitos e modelos definidos. Quando a fase de implementação estiver concluída, o Grupo irá testar os resultados obtidos pelos modelos implementados através de diversas simulações, por forma a assegurar que a transição para o novo normativo está de acordo com o estabelecido inicialmente. Esta última fase inclui um cálculo paralelo do montante de imparidade de acordo com os requisitos previstos na IFRS 9, como complemento e base de comparação às simulações internas que o Grupo desenvolveu ao longo do projecto de implementação da IFRS 9. A CCAM, enquanto parte integrante do Grupo Crédito Agrícola, encontra-se alinhada com o modelo, calendário e objectivos do Grupo para o projecto de implementação da IFRS 9. À presente data, a CCAM está a avaliar os efeitos e impactos da plena adopção dos normativos previstos na IFRS 9, pelo que os impactos estimados desta avaliação serão comunicados assim que esteja disponível uma estimativa razoável dos mesmos. c) IFRS 15 (nova), Rédito de contratos com clientes (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2018). Esta nova norma aplica-se apenas a contratos para a entrega de produtos ou prestação de serviços, e exige que a entidade reconheça o rédito quando a obrigação contratual de entregar activos ou prestar serviços é satisfeita e pelo montante que reflecte a contraprestação a que a entidade tem direito, conforme previsto na metodologia das 5 etapas. d) IFRS 16 (nova), Locações (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2019). Esta nova norma substitui o IAS 17, com um impacto significativo na contabilização pelos locatários que são agora obrigados a reconhecer um passivo de locação reflectindo futuros pagamentos da locação e um activo de direito de uso" para todos os contratos de locação, excepto certas locações de curto prazo e de activos de baixo valor. A definição de um contrato locação também foi alterada, sendo baseada no "direito de controlar o uso de um activo identificado". e) IFRS 4 (alteração), Contratos de seguro (aplicação da IFRS 4 com a IFRS 9) (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2018). Esta alteração atribui às entidades que negoceiam contractos de seguro a opção de reconhecer no Outro rendimento integral, em vez de reconhecer na Demonstração dos resultados, a volatilidade que pode resultar da aplicação da IFRS 9 antes da nova norma sobre contractos de seguro ser publicada. Adicionalmente é dada uma isenção temporária à aplicação da IFRS 9 até 2021 às entidades cuja actividade predominante seja a de seguradora. Esta isenção é opcional e não se aplica às demonstrações financeiras consolidadas que incluam uma entidade seguradora. f) Alterações à IFRS 15, Rédito de contratos com clientes (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2018). Estas alterações referem-se às indicações adicionais a seguir para determinar as obrigações de desempenho de um contrato, ao momento do reconhecimento do rédito de uma licença de propriedade CA SILVES Relatório e Contas

71 intelectual, à revisão dos indicadores para a classificação da relação principal versus agente, e aos novos regimes previstos para simplificar a transição. 3. Normas (novas e alterações) e interpretações publicadas, cuja aplicação é obrigatória para períodos anuais que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2017, mas que a União Europeia ainda não endossou: 3.1 Normas a) Melhorias às normas (a aplicar, em geral, nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2017). Este ciclo de melhorias afecta os seguintes normativos: IFRS 1, IFRS 12 e IAS 28. b) IAS 40 (alteração) Transferência de propriedades de investimento (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2018). Esta alteração ainda está sujeita ao processo de endosso pela União Europeia. Esta alteração clarifica que os activos só podem ser transferidos de e para a categoria de propriedades de investimentos quando exista evidência da alteração de uso. Apenas a alteração da intenção da gestão não é suficiente para efectuar a transferência. c) IFRS 2 (alteração), Classificação e mensuração de transacções de pagamentos baseados em acções (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2018). Esta alteração ainda está sujeita ao processo de endosso pela União Europeia. Esta alteração clarifica a base de mensuração para as transacções de pagamentos baseados em acções liquidadas financeiramente ( cash-settled ) e a contabilização de modificações a um plano de pagamentos baseado em acções, que alteram a sua classificação de liquidado financeiramente ( Cashsettled ) para liquidado com capital próprio ( equity-settled ). Para além disso, introduz uma exceção aos princípios da IFRS 2, que passa a exigir que um plano de pagamentos baseado em acções seja tratado como se fosse totalmente liquidado com capital próprio ( equitysettled ), quando o empregador seja obrigado a reter um montante de imposto ao funcionário e pagar essa quantia à autoridade fiscal. d) IFRS 9 (alteração), Elementos de pré-pagamento com compensação negativa (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2019). Esta alteração ainda está sujeita ao processo de endosso pela União Europeia. Esta alteração introduz a possibilidade de classificar activos financeiros com condições de pré-pagamento com compensação negativa, ao custo amortizado, desde que se verifique o cumprimento de condições específicas, em vez de ser classificado ao justo valor através de resultados. Os impactos ainda não estão totalmente estimados a esta data. e) IAS 28 (alteração), Investimentos de longo-prazo em associadas e empreendimentos conjuntos (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2019). Esta alteração ainda está sujeita ao processo de endosso pela União Europeia. Esta alteração clarifica que os investimentos de longo-prazo em associadas e empreendimentos conjuntos (componentes do investimento de uma entidade em associadas e empreendimentos conjuntos), que não estão a ser mensurados através do método de equivalência patrimonial, são contabilizados segundo a IFRS 9, estando sujeitos ao modelo de imparidade das perdas estimadas, antes de qualquer teste de imparidade ao investimento como um todo. Os impactos ainda não estão totalmente estimados a esta data. f) Melhorias às normas (a aplicar aos exercícios que se inicies em ou após 1 de Janeiro de 2019). Este ciclo de melhorias ainda está sujeito ao processo de endosso pela União Europeia. Este ciclo de melhorias afecta os seguintes normativos: IAS 23, IAS 12, IFRS 3 e IFRS 11. Os impactos ainda não estão totalmente estimados a esta data. CA SILVES Relatório e Contas

72 g) IFRS 17 (nova), Contratos de seguro (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2021). Esta norma ainda está sujeita ao processo de endosso pela União Europeia. Esta nova norma substitui o IFRS 4 e é aplicável a todas as entidades que emitam contratos de seguro, contratos de resseguro e contratos de investimento com características de participação discricionária. A IFRS 17 baseia-se na mensuração corrente das responsabilidades técnicas, a cada data de relato. A mensuração corrente pode assentar num modelo completo ( building block approach ) ou simplificado ( premium allocation approach ). O reconhecimento da margem técnica é diferente consoante esta seja positiva ou negativa. A IFRS 17 é de aplicação retrospectiva. Os impactos ainda não estão totalmente estimados a esta data Interpretações h) IFRIC 22 (nova), Operações em moeda estrangeira e contraprestação antecipada (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2018). Esta interpretação ainda está sujeita ao processo de endosso pela União Europeia. Trata-se de uma interpretação à IAS 21 Os efeitos de alterações em taxas de câmbio e refere-se à determinação da "data da transacção" quando uma entidade paga ou recebe antecipadamente a contraprestação de contratos denominados em moeda estrangeira. A data da transacção determina a taxa de câmbio a usar para converter as transacções em moeda estrangeira. Os impactos ainda não estão totalmente estimados a esta data. i) IFRIC 23 (nova), Incerteza sobre o tratamento de Imposto sobre o rendimento (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2019). Esta interpretação ainda está sujeita ao processo de endosso pela União Europeia. Trata-se de uma interpretação à IAS 12 Imposto sobre o rendimento, referindo-se aos requisitos de mensuração e reconhecimento a aplicar quando existem incertezas quanto à aceitação de um determinado tratamento fiscal por parte da Administração fiscal relativamente a Imposto sobre o rendimento. Em caso de incerteza quanto à posição da Administração fiscal sobre uma transacção específica, a entidade deverá efectuar a sua melhor estimativa e registar os cativos ou passivos por imposto sobre o rendimento à luz da IAS 12, e não da IAS 37 Provisões, passivos contingentes e activos contingentes, com base no valor esperado ou o valor mais provável. A aplicação da IFRIC 23 pode ser retrospectiva ou retrospectiva modificada. Os impactos ainda não estão totalmente estimados a esta data Principais políticas contabilísticas As políticas contabilísticas mais significativas, utilizadas na preparação das demonstrações financeiras foram as seguintes: a) Especialização dos exercícios A Caixa adopta o princípio contabilístico da especialização de exercícios em relação à generalidade das rubricas das demonstrações financeiras. Assim, os custos e proveitos são registados à medida que são gerados, independentemente do momento do seu pagamento ou recebimento. b) Transacções em moeda estrangeira Os activos e passivos expressos em moeda estrangeira são convertidos para Euros à taxa de câmbio em vigor na data do balanço, com excepção dos saldos relativos a notas e moedas estrangeiras, os quais são convertidos ao câmbio médio do mês indicado pelo Banco de Portugal. Os proveitos e custos relativos às transacções em moeda estrangeira registam-se no período em que ocorrem, de acordo com o efeito que as transacções em divisas têm na posição cambial. Na data da sua contratação, as compras e vendas de moeda estrangeira à vista e a prazo são registadas na posição cambial. No quadro abaixo estão indicados os câmbios à data de balanço: CA SILVES Relatório e Contas

73 Moeda Descrição da Moeda Taxa Câmbio AUD AUD - Dólar Australiano 1,53493 CAD CAD - Dólar Canadiano 1,50416 CHF CHF - Franco Suíço 1,17038 DKK DKK - Coroa Dinamarquesa 7,44510 GBP GBP - Libra Esterlina 0,88722 USD USD Dólar dos Estados Unidos 1,19970 ZAR ZAR Rand da África do Sul 14,82330 SCP SCP Libra Escocesa 0,88722 SEK SEK Coroa Sueca 9,84380 c) Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos As empresas filiais são entidades nas quais a Caixa exerce controlo sobre a gestão das mesmas. As empresas associadas são entidades nas quais a Caixa exerce influência significativa, mas não detém o controlo. Como influência significativa entende-se uma participação financeira (directa ou indirecta) superior a 20% ou o poder de participar nas decisões sobre as políticas financeiras e operacionais da entidade mas sem existir controlo nem controlo conjunto sobre a mesma. A Caixa controla uma entidade quando está exposta a, ou tem direitos sobre, retornos variáveis do seu envolvimento com a entidade e tem a capacidade de afectar esses retornos, através do seu poder sobre a entidade. As empresas filiais e associadas são valorizadas ao custo de aquisição. Estes investimentos são objectos de análises de perdas por imparidade quando estas participações financeiras registem deteriorações significativas ao nível da sua posição financeira, sendo registadas perdas por imparidade quando o valor estimado recuperável é inferior ao valor contabilístico registado. As participações em empresas filiais e associadas em moeda estrangeira (activos não monetários valorizados ao custo histórico) são convertidas à taxa de câmbio histórica da data da transacção, conforme previsto na NIC 21. Os dividendos são registados nas respectivas contas de resultados quando o direito ao seu pagamento é estabelecido. d) Crédito e outros valores a receber O crédito a clientes abrange os créditos concedidos a clientes e outras operações de empréstimo tituladas (papel comercial) cuja intenção não é a de venda no curto prazo, os quais são registados na data em que o montante do crédito é adiantado ao cliente, sendo reconhecidas pelo valor nominal. Posteriormente, o crédito e outros valores a receber são registados ao custo amortizado, sendo submetidos a análises periódicas de imparidade. A componente de juros, incluindo a referente a eventuais prémios/descontos, é objecto de relevação contabilística autónoma nas respectivas contas de resultados. Os proveitos são reconhecidos quando obtidos e distribuídos por períodos mensais. Sempre que aplicável, as comissões e custos externos imputáveis à contratação das operações subjacentes aos activos incluídos nesta categoria devem ser, igualmente, reconhecidos ao longo do período de vigência dos créditos, segundo o método da taxa efectiva. CA SILVES Relatório e Contas

74 Os juros são reconhecidos de acordo com o princípio da especialização dos exercícios, sendo as comissões e custos associados aos créditos periodificados ao longo da vida das operações, independentemente do momento em que são cobrados ou pagos. A Caixa classifica em crédito vencido as prestações vencidas de capital ou juros decorridos que sejam 30 dias após o seu vencimento. Os créditos com prestações vencidas são denunciados nos termos definidos no manual de crédito aprovado, sendo nesse momento considerada vencida toda a dívida. O crédito a clientes é desreconhecido do balanço quando (i) os direitos contratuais da Caixa relativos aos respectivos fluxos financeiros se encontrem expirados, (ii) a Caixa transfira substancialmente todos os riscos e benefícios associados ao crédito, ou (iii) mesmo que a Caixa retenha uma parte dos riscos e benefícios associados aos créditos, o controlo sobre os mesmos tenha sido transferido. Garantias prestadas e compromissos irrevogáveis As responsabilidades por garantias prestadas e compromissos irrevogáveis são registadas em rubricas extrapatrimoniais pelo valor em risco, sendo os fluxos de juros, comissões ou outros proveitos registados em resultados ao longo da vida das operações. Imparidade A análise da imparidade do crédito a clientes, bem como das operações de garantias e compromissos assumidos, é realizada pelo GCA a nível central, sendo aplicado o mesmo modelo de imparidade a todas as Caixas integradas no SICAM. Periodicamente, o GCA analisa o crédito a clientes e outros valores a receber para identificar evidências de imparidade. Considera-se que um activo financeiro se encontra em imparidade, se e só se, existir evidência de que a ocorrência de um evento (ou eventos) tenha um impacto mensurável nos fluxos de caixa futuros esperados desse activo ou grupo de activos. Para efeitos de apuramento de imparidade do crédito concedido, o GCA segmenta a sua carteira da seguinte forma: - Crédito concedido a empresas; - Crédito à habitação; - Crédito ao consumo; - Crédito concedido através de cartões de crédito a particulares; - Outros créditos a particulares; - Extrapatrimoniais. Adicionalmente, foram incluídas as responsabilidades relativas a papel comercial, operações em moeda estrangeira e contractos de locação financeira. De acordo com o modelo de imparidade em vigor no GCA, é analisada a existência de perdas por imparidade em termos individuais, através de uma análise casuística, e em termos colectivos. Quando um grupo de activos financeiros é avaliado em conjunto, os fluxos de caixa futuros desse grupo são estimados tendo por base os fluxos contratuais dos activos desse grupo e os dados históricos relativos a perdas em activos com características de risco de crédito similares. Sempre que se entende necessário, a informação histórica é actualizada com base nos dados correntes observáveis, para reflectirem os efeitos das condições actuais. Os critérios de selecção dos clientes alvo de análise individual foram os seguintes: CA SILVES Relatório e Contas

75 Todos os clientes/ Grupo económico (GER) com responsabilidades superiores a Euros; Clientes/ GER com crédito vencido (há mais de 90 dias) superior a Euros; Clientes/ GER com classificação igual ou superior a indícios e responsabilidades superiores a Euros; Clientes/ GER com exposição da conta corrente ou descoberto superior a Euros e igual ou superior a 90% do limite contratado nos últimos 18 meses; Clientes/ GER com responsabilidades superiores a Euros sem garantia real associada ou com LTV (loan-to-value) superior a 80%; Clientes/ GER com créditos reestruturados e com exposição de créditos reestruturados superior a Euros. A evidência de imparidade de um activo ou grupo de activos definida pela Caixa está relacionada com a observação de diversos eventos denominados eventos de perda, entre os quais se destacam: Situações de incumprimento do contrato, nomeadamente atraso no pagamento do capital e/ou juros; Dificuldades financeiras significativas do devedor; Alteração significativa da situação patrimonial do devedor; Ocorrência de alterações adversas, nomeadamente: o o das condições e/ou capacidade de pagamento; das condições económicas do sector no qual o devedor se insere, com impacto na capacidade de cumprimento das suas obrigações. As perdas por imparidade para os clientes que não revelam indícios de imparidade correspondem ao produto entre a probabilidade de indícios acumulada a 12 meses (PI), tendo por base o tempo de permanência em meses no estado de delinquência sem indícios de imparidade, e o máximo entre zero e a diferença entre o valor de balanço dos respectivos créditos à data de referência e o valor actualizado dos fluxos de caixas futuros estimados dessas operações. A PI corresponde à probabilidade de uma operação ou cliente entrar numa situação de indícios de imparidade durante um período de emergência. Este período equivale ao tempo que decorre entre a ocorrência de um evento originador de perdas e o momento em que a existência desse evento é percepcionada pelos Serviços do GCA (Incurred But Not Reported). Para todos os segmentos da carteira, o GCA considerou um período de emergência de 12 meses, e a PI foi calculada por operação. Se existir evidência de que qualquer entidade do GCA incorreu numa perda por imparidade em crédito e outros valores a receber, o montante da perda é determinado pela diferença entre o valor de balanço desses activos e o valor actual dos seus fluxos de caixa futuros estimados, descontados à taxa de juro original do activo ou activos financeiros. O valor de balanço do activo ou dos activos é reduzido pelo saldo da conta de perdas por imparidade. Para créditos com taxa de juro variável, a taxa de desconto utilizada para determinar qualquer perda por imparidade é a taxa de juro corrente, determinada pelo contracto. As perdas por imparidade são registadas por contrapartida de resultados. CA SILVES Relatório e Contas

76 Quando num período subsequente se registe uma diminuição do montante das perdas por imparidade atribuídas a um evento, o montante previamente reconhecido é revertido, sendo ajustada a conta de perdas por imparidade. O montante da reversão é reconhecido directamente na demonstração de resultados. Anulações de capital e juros Periodicamente, a Caixa abate ao activo, por utilização da imparidade constituída, os créditos considerados incobráveis após análise específica dos órgãos de estrutura que têm a seu cargo o acompanhamento e recuperação dos créditos, tendo o respectivo abate que ser igualmente aprovado pelo Conselho de Administração. Eventuais recuperações de créditos abatidos ao activo são reflectidas como rendimentos na demonstração de resultados do exercício em que ocorram. De acordo com as políticas em vigor no GCA, os juros de créditos vencidos sem garantia real são anulados três meses após a data de vencimento da operação ou da primeira prestação em atraso. Os juros não registados, sobre os créditos acima referidos, apenas são reconhecidos no exercício em que venham a ser cobrados. Os juros de créditos vencidos que se encontrem garantidos por hipoteca ou com outras garantias reais não são anulados. Não obstante, para os créditos com garantia real e hipotecária com prestações de capital vencidas e não pagas há mais de seis e doze meses, respectivamente, o cálculo e o registo de juros sobre o capital vincendo é interrompido. As recuperações de juros abatidos ao activo são igualmente reflectidos como rendimentos na demonstração de resultados do exercício em que ocorram. e) Outros activos e passivos financeiros Os outros activos e passivos financeiros são reconhecidos e valorizados de acordo com a NIC 39, sendo registados na data de contratação pelo justo valor. j) Activos financeiros detidos para negociação e ao justo valor através de resultados, passivos financeiros detidos para negociação Os activos financeiros detidos para negociação incluem títulos de rendimento variável transaccionados em mercados activos, adquiridos com o objectivo de venda ou recompra no curto prazo, bem como derivados. Os derivados de negociação com valor líquido a receber (justo valor positivo) são incluídos na rubrica activos financeiros detidos para negociação. Os derivados de negociação com valor líquido a pagar (justo valor negativo), são incluídos na rubrica passivos financeiros detidos para negociação. Os activos financeiros ao justo valor através de resultados incluem os títulos de rendimento fixo transaccionados em mercados activos que a Caixa optou por registar e avaliar ao justo valor através de resultados. Os activos e passivos financeiros detidos para negociação e os activos financeiros ao justo valor através de resultados são reconhecidos inicialmente ao justo valor. Os ganhos e perdas decorrentes da valorização subsequente ao justo valor são reconhecidos em resultados. Os juros inerentes aos activos financeiros e as diferenças entre o custo de aquisição e o valor nominal (prémio ou desconto) são calculados de acordo com o método da taxa de juro efectiva e reconhecidos em resultados na rubrica de Juros e rendimentos similares. CA SILVES Relatório e Contas

77 Os dividendos são reconhecidos quando atribuídos ou recebidos. De acordo com este critério, os dividendos antecipados são registados como proveitos no exercício em que é deliberada a sua distribuição. O justo valor dos activos financeiros detidos para negociação e transaccionados em mercados activos é o seu bid-price ou a cotação de fecho à data do balanço. Se um preço de mercado não estiver disponível, o justo valor do instrumento é estimado com base em técnicas de valorização, que incluem modelos de avaliação de preços ou técnicas de discounted cash-flows. Quando são utilizadas técnicas de discounted cash-flows, os fluxos financeiros futuros são estimados de acordo com as expectativas da gestão e a taxa de desconto utilizada corresponde à taxa de mercado para instrumentos financeiros com características semelhantes. Nos modelos de avaliação de preços, os dados utilizados correspondem a informações sobre preços de mercado. ii) Activos financeiros disponíveis para venda Os activos financeiros disponíveis para venda incluem instrumentos de capital e dívida, que não sejam classificados como de negociação, designados ao justo valor através de resultados, activos detidos até à maturidade ou como empréstimos concedidos e contas a receber. Os activos financeiros disponíveis para venda são registados ao justo valor, com excepção de instrumentos de capital não cotados num mercado activo e cujo justo valor não possa ser mensurado com fiabilidade, os quais permanecem registados ao custo. Os ganhos e perdas relativos à variação subsequente do justo valor são reflectidos em rubrica específica do capital próprio reserva de justo valor até à sua venda (ou até ao reconhecimento de perdas por imparidade), momento em que são transferidos para resultados. Os ganhos ou perdas cambiais de activos monetários são reconhecidas directamente em resultados do período, enquanto que os ganhos ou perdas cambiais dos instrumentos de capital próprio são reconhecidos directamente em reservas. Os juros inerentes aos activos financeiros e o reconhecimento das diferenças entre o custo de aquisição e o valor nominal (prémio ou desconto) são calculados de acordo com o método da taxa de juro efectiva e registados em resultados na rubrica de Juros e rendimentos similares. Os rendimentos de títulos de rendimento variável são reconhecidos em resultados na data em que são atribuídos ou recebidos. De acordo com este critério, os dividendos antecipados são registados como proveitos no exercício em que é deliberada a sua distribuição. iii) Investimentos detidos até à maturidade Os investimentos detidos até à maturidade são activos financeiros não derivados com pagamentos fixados ou determináveis e maturidades fixadas, relativamente aos quais a Caixa tem a intenção positiva e a capacidade de deter até à maturidade. Os investimentos financeiros detidos até à maturidade são registados ao custo de aquisição. Os juros inerentes aos activos financeiros e o reconhecimento das diferenças entre o custo de aquisição e o valor nominal (prémio ou desconto) são calculados de acordo com o método da taxa de juro efectiva e registados em resultados na rubrica de Juros e rendimentos similares. iv) Empréstimos concedidos e contas a receber Nesta rubrica são registados apenas os valores a receber de outras instituições de crédito. Os valores aqui registados respeitam a activos financeiros com pagamentos fixos ou determináveis, não cotados num mercado activo e não incluídos em qualquer uma das restantes categorias de activos financeiros. CA SILVES Relatório e Contas

78 No reconhecimento inicial, estes activos são valorizados pelo justo valor, deduzido de eventuais comissões incluídas na taxa efectiva, e acrescido de todos os custos incrementais directamente atribuíveis à transacção. Subsequentemente, estes activos são valorizados ao custo amortizado, com base no método da taxa de juro efectiva e sujeitos a testes de imparidade. Os juros são reconhecidos com base no método da taxa de juro efectiva, que permite calcular o custo amortizado e repartir os juros ao longo do período das operações. A taxa efectiva é utilizada para descontar os fluxos de caixa futuros estimados associados ao instrumento financeiro na data do seu reconhecimento inicial. v) Operações de venda com acordo de recompra Considera-se acordo de recompra um acordo para transferir um activo financeiro para uma outra parte em troca de dinheiro ou de outra retribuição e uma obrigação concorrente de adquirir o activo financeiro numa data futura por uma quantia igual ao dinheiro, ou a outra retribuição trocada incluindo juros. Os títulos vendidos com acordo de recompra são mantidos na carteira onde estavam originalmente registados. Os fundos recebidos são registados, na data de liquidação, em conta própria do passivo, sendo periodificados os respectivos juros, através do método da taxa de juro efectiva. vi) Operações de compra com acordo de revenda É considerada compra com acordo de revenda o acordo pelo qual uma instituição compra um activo financeiro com o compromisso de revender esse activo a um preço pré determinado e numa determinada data fixada ou em data a fixar. Os activos financeiros adquiridos com acordo de revenda por um preço fixo ou por um preço que iguala o preço de compra acrescido de um juro inerente ao prazo da operação não são reconhecidos no balanço, sendo o custo de aquisição registado como empréstimos a outras instituições de crédito. A diferença entre o valor de compra e o valor de revenda é tratada como juro e é diferido durante a vida do acordo, através do método da taxa efectiva. vii) Outros passivos financeiros Um instrumento é classificado como passivo financeiro quando existe uma obrigação contratual da sua liquidação ser efectuada mediante a entrega de dinheiro ou de outro activo financeiro independentemente da sua forma legal. Os outros passivos financeiros, essencialmente recursos de instituições de crédito, depósitos de clientes e dívida emitida, são inicialmente valorizados ao justo valor, que corresponde à contraprestação recebida líquida dos custos de transacção e são posteriormente valorizados ao custo amortizado. Conforme previsto no Decreto-Lei n.º 182/87, de 21 de Abril, foi criado o Fundo de Garantia do Crédito Agrícola Mútuo, cujo funcionamento foi regulamentado pelo Decreto-Lei 345/98, de 9 de Novembro. Este último visou reconverter o Fundo de Garantia de Crédito Agrícola Mútuo, por forma a que o mesmo tivesse por objecto (i) garantir o reembolso de depósitos constituídos na Caixa Central e nas Caixas de Crédito Agrícola Mútuo suas associadas e (ii) promover e realizar acções que visem assegurar a solvabilidade e liquidez das referidas instituições, com vista à defesa do SICAM. viii) Imparidade em activos financeiros A Caixa efectua análises periódicas de imparidade aos activos financeiros e outros valores a receber, conforme referido acima. Quando existe evidência de imparidade num activo ou grupo de activos financeiros, as perdas por imparidade registam-se por contrapartida de resultados. CA SILVES Relatório e Contas

79 Para títulos cotados e fundos de investimento, considera-se que existe evidência objectiva de imparidade numa situação de desvalorização continuada ou de valor significativo na cotação dos títulos. Considera-se desvalorização continuada ou de valor significativo, uma depreciação de valor por tempo superior a 12 meses ou de valor superior a 30%, respectivamente. Para títulos não cotados, é considerado evidência objectiva de imparidade a existência de eventos com impacto no valor estimado dos fluxos de caixa futuros do activo financeiro, desde que possa ser estimado com razoabilidade. Caso num período subsequente se registe uma diminuição no montante das perdas por imparidade atribuída a um evento, o valor previamente reconhecido é revertido através de ajustamento à conta de perdas por imparidade. O montante da reversão é reconhecido directamente na demonstração de resultados. No caso de activos financeiros disponíveis para venda, em caso de evidência objectiva de imparidade, resultante de diminuição significativa e prolongada do justo valor do título ou de dificuldades financeiras do emitente, a perda acumulada na reserva de reavaliação de justo valor é removida do capital próprio e reconhecida nos resultados. As perdas por imparidade registadas em títulos de rendimento fixo podem ser revertidas através de resultados, caso se verifique uma alteração positiva no justo valor do título resultante de um evento ocorrido após a determinação da imparidade. As perdas por imparidade relativas a títulos de rendimento variável não podem ser revertidas, pelo que eventuais mais-valias potenciais originadas após o reconhecimento de perdas por imparidade são reflectidas na reserva de justo valor. Quanto a títulos de rendimento variável para os quais tenha sido registada imparidade, posteriores variações negativas no seu justo valor são sempre reconhecidas em resultados. ix) Instrumentos financeiros derivados Os instrumentos financeiros derivados são registados pelo seu justo valor na data da sua contratação. Adicionalmente, são reflectidos em rubricas extrapatrimoniais pelo respectivo valor nocional. Subsequentemente, os instrumentos financeiros derivados são mensurados pelo respectivo justo valor. O justo valor é apurado: - Com base em cotações obtidas em mercados activos (por exemplo, no que respeita a futuros transaccionados em mercados organizados); - Com base em modelos que incorporam técnicas de valorização aceites no mercado, incluindo cash-flows descontados e modelos de valorização de opções. Os derivados são registados ao justo valor, sendo os resultados apurados mensalmente reconhecidos em proveitos e custos do exercício, nas rubricas de "Resultados de activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados". As reavaliações positivas e negativas são registadas nas rubricas "Activos financeiros detidos para negociação" e "Passivos financeiros ao justo valor através de resultados", respectivamente. A Caixa não possui em balanço instrumentos financeiros derivados de cobertura. Os derivados que estão embutidos em outros instrumentos financeiros são tratados em separado do instrumento principal, sempre que: i) as suas características económicas e os seus riscos não se encontrem relacionados com as características económicas e riscos do instrumento principal; e ii) o instrumento principal não se encontre mensurado ao justo valor através de resultados. Tais derivados embutidos são desembutidos, e contabilizados ao justo valor, sendo as variações de justo valor reconhecidas em resultados. São considerados derivados de negociação todos os instrumentos financeiros derivados que não estejam associados a relações de cobertura eficazes de acordo com a NIC 39, incluindo: - Derivados contratados para cobertura de risco em activos ou passivos registados ao justo valor através de resultados, tornando assim desnecessária a utilização de contabilidade de cobertura; - Derivados contratados para cobertura de risco que não constituem coberturas eficazes ao abrigo da NIC 39; CA SILVES Relatório e Contas

80 - Derivados contratados com o objectivo de trading. Os derivados de negociação são registados ao justo valor, sendo os resultados apurados diariamente reconhecidos em proveitos e custos do exercício, nas rubricas de Resultados de activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados. As reavaliações positivas e negativas são registadas nas rubricas Activos financeiros ao justo valor através de resultados e Passivos financeiros ao justo valor através de resultados, respectivamente. g) Outros activos tangíveis Os activos tangíveis utilizados pela Caixa para o desenvolvimento da sua actividade são contabilisticamente relevados pelo custo de aquisição (incluindo custos directamente atribuíveis) deduzido das amortizações acumuladas. A depreciação dos activos tangíveis é registada numa base sistemática ao longo do período de vida útil estimado do bem: Anos de vida útil (anos) Imóveis de serviço próprio 50 Despesas em edifícios arrendados 10 Equipamento informático e de escritório 4 a 10 Mobiliário e instalações interiores 6 a 10 Viaturas 4 As despesas de investimento em obras não passíveis de recuperação, realizadas em edifícios que não sejam propriedade da Caixa, são amortizadas em prazo compatível com o da sua utilidade esperada ou do contrato de arrendamento. Conforme previsto na IFRS 1, os activos tangíveis adquiridos até 1 de Janeiro de 2006 foram registados pelo valor contabilístico na data de transição para as NCA, que corresponde ao custo ajustado por reavaliações efectuadas nos termos da lei, decorrentes da evolução de índices gerais de preços. Uma parcela correspondente a 40% do aumento das amortizações que resultam dessas reavaliações não é aceite como custo para efeitos fiscais, sendo registados os correspondentes impostos diferidos passivos. Periodicamente são efectuadas avaliações aos imóveis de modo a apurar perdas por imparidade. Activos intangíveis A Caixa regista nesta rubrica as despesas da fase de desenvolvimento de projectos relativos a sistemas de informação implementados e em fase de implementação, bem como o custo de software adquirido, em qualquer dos casos quando o impacto esperado se reflecte para além do exercício em que são realizados. Os activos intangíveis são registados ao custo de aquisição, deduzido de amortizações e perdas por imparidade acumuladas. As amortizações são registadas como custos do exercício numa base sistemática ao longo da vida útil estimada dos activos, a qual corresponde a um período de 3 anos. h) Activos não correntes detidos para venda A Caixa regista em Activos não correntes detidos para venda os imóveis, equipamentos e outros bens recebidos em dação para pagamento de operações de crédito vencido, quando estes se encontram disponíveis para venda imediata na sua condição presente e existe a probabilidade de alienação dos mesmos no período de um ano, sendo registados pelo valor acordado no contrato de dação, o qual CA SILVES Relatório e Contas

81 corresponde ao menor dos valores da dívida existente ou da avaliação do bem, na data da dação. Os imóveis são objecto de avaliações periódicas (pelo menos de 3 em 3 anos), que dão lugar ao registo de perdas por imparidade sempre que o valor decorrente dessas avaliações (líquido de custos de venda) seja inferior ao valor por que se encontram contabilizados. Os activos tangíveis são registados nesta rubrica a partir do momento da celebração do contrato promessa de dação ou da arrematação. Encontram-se registados igualmente, nesta rubrica, os activos executados judicialmente. Em excepção ao enquadramento no parágrafo acima referido, os imóveis que apresentem a existência de ónus impeditivo de venda, são enquadrados em Outros Activos, de acordo com o mencionado no parágrafo 7 da IFRS 5 Activos Não Correntes Detidos para Venda e Unidades Operacionais Descontinuadas : Para que este seja o caso, o activo (ou grupo para alienação) deve estar disponível para venda imediata na sua condição presente sujeito apenas aos termos que sejam habituais e costumeiros para vendas de tais activos (ou grupos para alienação) e a sua venda deve ser altamente provável. A Caixa não reconhece mais-valias potenciais nestes activos. i) Provisões Esta rubrica do passivo inclui as provisões constituídas para fazer face a Garantias Bancárias concedidas e Riscos contingentes registados nas contas Extrapatrimoniais, riscos fiscais, processos judiciais e outros a riscos específicos decorrentes da actividade da Caixa, de acordo com a NIC 37. j) Benefícios de empregados A Caixa subscreveu o Acordo Colectivo de Trabalho Vertical (ACTV) para o sector bancário, pelo que os seus empregados ou as suas famílias têm direito a pensões de reforma, invalidez e sobrevivência. No entanto, uma vez que os empregados estão inscritos na Segurança Social, as responsabilidades da Caixa com pensões relativamente aos seus colaboradores consistem no pagamento de complementos face aos níveis previstos no ACTV. Para cobertura das suas responsabilidades, a Caixa integra o Fundo de Pensões do GCA, o qual se destina a financiar os complementos de pensões de reforma por velhice ou invalidez e pensões de viuvez e orfandade efectuadas pela Segurança Social. Estes complementos são calculados, por referência ao ACTV, de acordo com (i) a pensão garantida à idade presumível de reforma, (ii) com o coeficiente entre o número de anos de serviço prestados até à data do cálculo e (iii) o número total de anos de serviço à data de reforma. Este Fundo, cujos benefícios a atribuir pelo Plano de Pensões são os definidos no Acordo Colectivo de Trabalho Vertical do Crédito Agrícola Mútuo, assume, assim, a natureza de um Fundo solidário, estando a sua gestão a cargo da Companhia de Seguros CA Vida, SA. De acordo com os estatutos da Caixa, os membros dos seus órgãos sociais não são abrangidos pelos benefícios descritos. Para o cálculo das pensões do ACTV, o tempo de serviço assumido foi calculado a partir das seguintes datas: Para as diuturnidades futuras e respectiva evolução automática na carreira, considerou-se a data de antiguidade para efeito de nível e diuturnidades; Para o cálculo das percentagens do anexo V na atribuição das pensões, assumiu-se a data de admissão reconhecida para o Fundo de Pensões. CA SILVES Relatório e Contas

82 Para a repartição das responsabilidades por serviços passados a cargo do Fundo de Pensões do Crédito Agrícola, admitiu-se o seguinte: Quando a data de antiguidade para efeito de nível e diuturnidades é posterior à data de admissão reconhecida para o Fundo de Pensões, é esta última a considerada no cálculo dos tempos de serviço passado e total; Quando a data de antiguidade para efeito de nível e diuturnidades é anterior à data de admissão reconhecida para o Fundo de Pensões, é esta última a considerada no cálculo do tempo de serviço passado. Para o tempo de serviço total, a data a considerar é a utilizada no cálculo do nível e diuturnidades, uma vez que esta corresponde à da admissão na Banca. Os métodos de cálculo utilizados foram o do Projected Unit Credit para a reforma por velhice e sobrevivência diferida e o dos Prémios Únicos Sucessivos para a reforma por invalidez e sobrevivência imediata. O cálculo da pensão de sobrevivência aplicou-se somente aos participantes efectivamente casados, admitindo-se como idade do cônjuge a do participante diminuída ou acrescida de três anos, consoante este seja do sexo masculino ou feminino. O cálculo deste benefício encontra-se em função do nível de remuneração do participante, de acordo com o Anexo VI do ACTV. A Caixa regista anualmente como custo a contribuição para o Fundo de Pensões que é estimada pela Companhia de Seguros CA Vida, SA para cada entidade contribuinte em função do número de trabalhadores inscrito. O Aviso nº 4/2005 do Banco de Portugal determina a obrigatoriedade de financiamento integral pelos fundos de pensões das responsabilidades por pensões em pagamento e de um nível mínimo de financiamento de 95% das responsabilidades com serviços passados de pessoal no activo. k) Prémios de antiguidade Nos termos do ACTV, a Caixa assumiu o compromisso de atribuir aos colaboradores no activo que completem quinze, vinte e cinco e trinta anos de bom e efectivo serviço, um prémio de antiguidade de valor igual a um, dois ou três meses da sua retribuição mensal efectiva (no ano da atribuição), respectivamente. A Caixa determina o valor actual dos benefícios com prémios de antiguidade através de cálculos actuariais pelo método Projected Unit Credit. Os pressupostos actuariais (financeiros e demográficos) têm por base expectativas para o crescimento dos salários e baseiam-se em tábuas de mortalidade utilizadas para o apuramento das responsabilidades com pensões. A taxa de desconto é determinada com base em taxas de mercado de obrigações de empresas de rating elevado e prazo semelhante ao da liquidação das responsabilidades. l) Reconhecimento de rendimentos de serviços e comissões Os rendimentos de serviços e comissões obtidos na execução de um acto significativo, são reconhecidos em resultados quando o acto significativo tiver sido concluído; Os rendimentos de serviços e comissões obtidos à medida que os serviços são prestados são reconhecidos em resultados no exercício a que se referem; Os rendimentos de serviços e comissões que são uma parte integrante da taxa de juro efectiva de um instrumento financeiro são registados em resultados pelo método da taxa de juro efectiva. m) Impostos sobre os lucros CA SILVES Relatório e Contas

83 A Caixa é tributada individualmente e está sujeita ao regime fiscal consignado no Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas (Código do IRC). O total dos impostos sobre lucros registados em resultados engloba os impostos correntes e os impostos diferidos. O imposto corrente é calculado com base no resultado fiscal do exercício, o qual difere do resultado contabilístico devido a ajustamentos ao lucro tributável resultantes de custos ou proveitos não relevantes para efeitos fiscais, ou que apenas serão considerados noutros períodos. Os impostos diferidos correspondem ao impacto no imposto a recuperar / pagar em períodos futuros resultante de diferenças temporárias entre o valor de balanço dos activos e passivos e a sua base fiscal, utilizada na determinação do lucro tributável. Os passivos por impostos diferidos são normalmente registados para todas as diferenças temporárias tributáveis, enquanto que os impostos diferidos activos só são registados até ao montante em que seja provável a existência de lucros tributáveis futuros que permitam a utilização das correspondentes diferenças tributárias dedutíveis ou prejuízos fiscais. No entanto, não são registados impostos diferidos nas seguintes situações: Diferenças temporárias resultantes de goodwill; Diferenças temporárias originadas no reconhecimento inicial de activos e passivos em transacções que não afectem o resultado contabilístico ou o lucro tributável; Diferenças tributárias dedutíveis resultantes de lucros não distribuídos por empresas filiais e associadas, na medida em que a Caixa tenha a possibilidade de controlar a sua reversão e seja provável que a mesma não venha a ocorrer num futuro previsível. Os impostos diferidos são calculados com base nas taxas de imposto que se antecipa estarem em vigor à data da reversão das diferenças temporárias, que correspondem às taxas aprovadas ou substancialmente aprovadas na data de balanço. Os impostos sobre o rendimento (correntes ou diferidos) são reflectidos nos resultados do exercício, excepto nos casos em que as transacções que os originaram tenham sido reflectidas noutras rubricas de capital próprio (por exemplo, no caso da reavaliação de activos financeiros disponíveis para venda). Nestes casos, o correspondente imposto é igualmente reflectido por contrapartida de capital próprio, não afectando o resultado do exercício. n) Caixa e equivalentes de caixa Para efeitos da demonstração dos fluxos de caixa, a caixa e seus equivalentes englobam os valores registados no balanço com maturidade inicial inferior a três meses a contar da data de aquisição/contratação e não sujeitas a riscos de flutuação de valor, onde se incluem a caixa e as disponibilidades em Bancos Centrais e outras instituições de crédito. A caixa e equivalentes de caixa excluem os depósitos de natureza obrigatória realizados juntos de Bancos Centrais. 3. PRINCIPAIS ESTIMATIVAS E INCERTEZAS ASSOCIADAS À APLICAÇÃO DAS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS As estimativas e julgamentos com impacto nas demonstrações financeiras separadas da Caixa são continuamente avaliadas, representando à data de cada relato a melhor estimativa do Conselho de Administração, tendo em conta o desempenho histórico, a experiência acumulada e as expectativas sobre eventos futuros que, nas circunstâncias em causa, se acreditam serem razoáveis. A natureza intrínseca das estimativas pode levar a que o reflexo real das situações que haviam sido alvo de estimativa possam, para efeitos de relato financeiro, vir a diferir dos montantes estimados. CA SILVES Relatório e Contas

84 A preparação das demonstrações financeiras requer a elaboração de estimativas e a adopção de pressupostos pela gestão, que podem afectar o valor dos activos e passivos, réditos e custos, assim como de passivos contingentes divulgados. O uso de estimativas e pressupostos, por parte da gestão, mais significativas são as seguintes: Provisões e perdas por imparidade A Caixa efectua uma revisão periódica da sua carteira de crédito de forma a avaliar a existência de imparidade. O processo de avaliação da carteira de crédito de forma a determinar se uma perda por imparidade deve ser reconhecida é sujeito a diversas estimativas e julgamentos. Este processo inclui factores como a frequência de incumprimento, notações de risco, taxas de recuperação das perdas e as estimativas quer dos fluxos de caixa futuros quer do momento do seu recebimento. A utilização de metodologias alternativas e de outros pressupostos e estimativas poderia resultar em níveis diferentes das perdas por imparidade reconhecidas, com o consequente impacto nos resultados. Justo valor dos instrumentos financeiros O justo valor é baseado em cotações de mercado, sempre que disponíveis. No entanto, e na ausência de cotação, os instrumentos financeiros são valorizados com base em bids indicativos calculados por terceiros através de modelos de valorização ou de acordo com metodologias de valorização considerando essencialmente inputs observáveis em mercado com impacto significativo na valorização do instrumento. Benefícios a empregados As responsabilidades com complemento de pensões de reforma e sobrevivência são estimadas utilizando pressupostos actuariais e financeiros, nomeadamente no que se refere à mortalidade, crescimento dos salários e das pensões e taxas de juro de longo prazo. Neste sentido, estas estimativas são sujeitas a incertezas significativas. Activos por impostos diferidos São reconhecidos activos por impostos diferidos para prejuízos fiscais não utilizados, na medida em que seja provável que venham a existir no prazo futuro estabelecido por lei resultados fiscais positivos. Para o efeito são efectuados julgamentos para determinação do montante de impostos diferidos activos que podem ser reconhecidos, baseados no nível de resultados fiscais futuros esperados de acordo com projecções económico-financeiras em condições de incerteza. Caso estas estimativas não se concretizem, existe o risco de ajustamento no valor do activo por impostos diferidos em exercícios futuros. Avaliação de activos imobiliários O serviço de avaliações é prestado por peritos independentes, registados na CMVM e com qualificações, reconhecida competência e experiência profissional, adequadas ao desempenho das respectivas funções. Os procedimentos de avaliação pressupõem a recolha de informação rigorosa, quer de documentação actualizada, quer numa inspecção do imóvel e zona envolvente, quer na análise do mercado, transacções, relação oferta/procura e perspectivas de desenvolvimento. O tratamento da informação permite a adopção de valores base para o cálculo, por aplicação dos métodos e sua comparação. O valor de realização dos activos está dependente da evolução futura das condições do mercado imobiliário. CA SILVES Relatório e Contas

85 4. CAIXA E DISPONIBILIDADES EM BANCOS CENTRAIS Esta rubrica tem a seguinte composição: 31-dez dez-16 Caixa: Moedas nacionais Moedas estrangeiras Depósitos à Ordem no Banco de Portugal - - Disponibilidades sobre bancos centrais no estrangeiro: Depósitos à ordem - - Cheques a cobrar - - Outras disponibilidades Juros a receber De acordo com o Regulamento nº 2.818/98, de 1 de Dezembro, emitido pelo Banco Central Europeu, as instituições de crédito estabelecidas nos Estados-Membros participantes estão sujeitas à constituição de reservas mínimas em contas junto dos Bancos Centrais Nacionais participantes. O valor das reservas mínimas a cumprir por cada instituição é determinado a partir da aplicação dos coeficientes de reservas à base de incidência, a qual resulta do somatório de um subconjunto de rubricas do passivo do seu balanço. Presentemente, o coeficiente é de 1% para as responsabilidades de prazo igual ou inferior a dois anos. As reservas mínimas exigidas são remuneradas à média das taxas das operações principais de refinanciamento do Sistema Europeu de Bancos Centrais. 5. DISPONIBILIDADES EM OUTRAS INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO Esta rubrica tem a seguinte composição: 31-dez dez-16 Disponibilidades em Instituições de Crédito no País: Depósitos à ordem Cheques a cobrar Outras disponibilidades Disponibilidades em Instituições Crédito no Estrangeiro: Organismos financeiros internacionais Sucursais de outras instituições de créditos nacionais Outras instituições de crédito - - Juros a Receber CA SILVES Relatório e Contas

86 6. ACTIVOS FINANCEIROS DETIDOS PARA NEGOCIAÇÃO Esta rubrica tem a seguinte composição: 31-dez dez-16 Títulos Emitidos por residentes Instrumentos de dívida Instrumentos de capital - - Outros - - Emitidos por não residentes Instrumentos de dívida Instrumentos de capital - - Outros - - Instrumentos financeiros derivados - - Imparidade O detalhe dos títulos incluídos nesta rubrica em 31 de Dezembro de 2017 é apresentado no Modelo I Inventário de títulos em base individual já exposto no ponto OUTROS ACTIVOS FINANCEIROS AO JUSTO VALOR ATRAVÉS DE RESULTADOS Não Aplicável 8. ACTIVOS FINANCEIROS DISPONÍVEIS PARA VENDA Esta rubrica tem a seguinte composição: 31-dez dez-16 Títulos Emitidos por residentes Instrumentos de dívida Instrumentos de capital Ao Justo Valor Ao Custo Historico Outros - - Emitidos por não residentes Crédito e outros valores a receber - - Imparidade ( ) (12.500) Apresenta-se igualmente abaixo os movimentos do ano na reserva de justo valor em capitas próprios: CA SILVES Relatório e Contas

87 31-dez-16 Movimentos de dez-17 Reserva Aumentos Diminuições Outras Reserva de JV de JV de JV variações de JV Reservas de justo valor Títulos emitidos por residentes - Instrumentos de dívida 0 - Instrumentos de capital ( ) Outros 0 Títulos emitidos por não residentes ( ) V. Aquisição Provisões Imparidades C. Histórico Constituídas UP's-residentes-reservas de reavaliação Fundo Investimento - IMOVALORCA ( ) O detalhe dos títulos incluídos nesta rubrica em 31 de Dezembro de 2017 é apresentado no Modelo I Inventário de títulos em base individual já exposto no ponto APLICAÇÕES EM INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO Esta rubrica apresenta a seguinte composição: 31-dez dez-16 Aplicações em Instituições de Crédito no País: Outras aplicações - - Em outras instituições de crédito: Depósitos Juros a receber Outras aplicações Em outras instituições de crédito: Outras aplicações Correcções de valor de activos que sejam objecto de operações de cobertura Imparidades CA SILVES Relatório e Contas

88 Em 31 de Dezembro de 2017 e 31 de Dezembro de 2016, os prazos residuais das aplicações em instituições de crédito apresentavam a seguinte estrutura: 31-dez dez CRÉDITO A CLIENTES Até três meses Entre três meses e um ano Entre um ano e três anos Entre três e cinco anos - - Mais de cinco anos Juros a receber Para fazer face aos riscos de recuperação da carteira de crédito concedido, a Caixa sujeita a mesma a análise no âmbito do modelo de imparidade do GCA, conforme se explicou em detalhe na nota 2.3 d) referentes às principais políticas contabilísticas seguidas pela Caixa. Note-se que, por força da publicação do Aviso nº 5/2015 do Banco de Portugal e, consequente, revogação do Aviso nº 3/95 do Banco de Portugal, a Caixa passou a registar imparidades de acordo com a NIC 39 sobre a sua carteira de crédito, em vez de provisões para risco específico de crédito e risco geral de crédito, conforme sucedeu até 31 de Dezembro de Porém, os montantes apresentados nas colunas de 1 de Janeiro e 31 de Dezembro de 2016 do quadro acima encontram-se ajustados de forma a reflectir a posição de Balanço naquelas datas em conformidade com as NIC. Os ajustamentos realizados em cada data encontram-se apresentados em maior detalhe na nota 2.2 referente à comparabilidade da informação. Em 31 de Dezembro de 2017 e 31 de Dezembro de 2016, o prazo residual dos créditos a clientes apresenta a seguinte estrutura: X < 3 Meses Meses < X < 1 Ano Ano < X < 5 Anos X > 5 Anos X - Duração Residual Esta rubrica tem a seguinte composição: CA SILVES Relatório e Contas

89 31-dez dez-16 1-jan-16 Crédito interno Médio e longo prazos Empréstimos à habitação bonificado Empréstimos à habitação regime geral Empréstimos com garantia real Empréstimos sem garantia real Contratos de locação financeira Clientes CCAM Empresas do grupo Empréstimos subordinados Curto prazo Outros créditos Cartão crédito Outros créditos Créditos em conta corrente Clientes Empresas do grupo Descobertos em depósitos à ordem Empresas do grupo Outros residentes Crédito ao exterior Médio e longo prazo Empréstimos Curto prazo Outros créditos Descobertos dep.ordem - não residentes Outros créditos a clientes Juros a receber Comissões associadas ao custo amortizado: Despesas com encargo diferido Receitas com rendimento diferido ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) Correcções de valor dos activos que sejam objecto de cobertura Total crédito não vencido Crédito e juros vencidos Crédito vencido Juros vencidos Total crédito e juros vencidos Imparidades e Provisões Para crédito e juros vencidos ( ) ( ) ( ) Para crédito de cobrança duvidosa ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) CA SILVES Relatório e Contas

90 11. INVESTIMENTOS DETIDOS ATÉ À MATURIDADE Não Aplicável 12. ACTIVOS NÃO CORRENTES DETIDOS PARA VENDA Esta rubrica apresenta a seguinte composição: 31-dez dez-16 Activos não correntes detidos para venda: Imóveis Equipamento - - Outros Outros activos não correntes detidos para venda: Filiais - - Associadas - - Outros activos não correntes detidos para venda Imparidade: Imóveis ( ) ( ) Equipamento - - Outros O movimento desta rubrica nos exercícios de 2017 e 2016 pode ser apresentado da seguinte forma: 31-dez dez-17 Valor Utilização Dotações Reposições Valor Valor bruto Imparidade Aquisições Alienações de imparidade de imparidade de imparidade bruto Imparidade líquido Activos não correntes detidos para venda Imóveis ( ) ( ) ( ) ( ) Equipamento Outros ( ) ( ) ( ) ( ) dez dez-16 Valor Utilização Dotações Reposições Valor Valor bruto Imparidade Aquisições Alienações de imparidade de imparidade de imparidade bruto Imparidade líquido Activos não correntes detidos para venda Imóveis ( ) ( ) ( ) ( ) Equipamento Outros ( ) ( ) ( ) ( ) Nos termos da Instrução nº 4/2016, de 21 de Março, a Caixa tem efectuado pedidos de prorrogação do prazo de detenção e manutenção no seu património, de imóveis adquiridos em reembolso de crédito. CA SILVES Relatório e Contas

91 13. OUTROS ACTIVOS TANGÍVEIS O movimento ocorrido nas rubricas de Outros activos tangíveis durante os exercícios de 2017 e 2016 foi o seguinte: 31-dez dez-17 Regularizações Alienações e abates Valor Depreciações Depreciações Imparidade Valor Depreciações Valor Descrição bruto acumuladas Imparidade Aquisições Transferências do exercício do exercício Valor bruto Depreciação Valor bruto Depreciação bruto acumuladas Imparidade líquido Imóveis: De serviço próprio: Terrenos Edificios ( ) ( ) - - (37.322) (16.066) ( ) ( ) Outros ( ) (12.726) ( ) Obras em imóveis arrendados (87.633) (7.330) (94.963) Outros imóveis (5.490) (901) (6.391) ( ) ( ) - - (58.279) (16.066) ( ) ( ) Equipamento: Mobiliário e material ( ) (6.446) ( ) Máquinas e ferramentas ( ) (8.173) ( ) Equipamento informático ( ) (6.596) ( ) Instalações interiores ( ) (18.100) ( ) Material de transporte ( ) ( ) Equipamento de segurança ( ) - - (18.138) ( ) Outro equipamento ( ) (10.037) ( ) ( ) (67.490) ( ) Equipamento em locação financeira: Imóveis Equipamento Outros activos em locação financeira Outros activos tangíveis: ( ) Activos tangíveis em curso ( ) ( ) ( ) (16.066) ( ) ( ) dez dez-16 Valor Depreciações Depreciações Imparidade Regularizações Alienações e abates Valor Depreciações Valor Descrição bruto acumuladas Imparidade Aquisições Transferências do exercício do exercício Valor bruto Depreciação Valor bruto Depreciação bruto acumuladas Imparidade líquido Imóveis: De serviço próprio: Terrenos Edificios ( ) (37.804) ( ) ( ) ( ) Outros ( ) (12.809) ( ) Obras em imóveis arrendados (80.303) (7.330) (87.633) Outros imóveis (4.590) (901) (5.490) ( ) (58.844) ( ) ( ) ( ) Equipamento: Mobiliário e material ( ) (9.785) ( ) Máquinas e ferramentas ( ) (7.619) ( ) Equipamento informático ( ) (17.690) ( ) Instalações interiores ( ) (19.562) ( ) Material de transporte ( ) (3.655) (2.444) ( ) Equipamento de segurança ( ) (23.348) ( ) Outro equipamento ( ) (18.932) ( ) ( ) ( ) (2.444) ( ) Equipamento em locação financeira: Imóveis Equipamento Outros activos em locação financeira Outros activos tangíveis: ( ) Activos tangíveis em curso (16.140) ( ) (16.140) ( ) ( ) (2.444) ( ) ( ) ACTIVOS INTANGÍVEIS O movimento ocorrido nas rubricas de Activos intangíveis durante os exercícios de 2017 e 2016 foi o seguinte: CA SILVES Relatório e Contas

92 - 31-dez Regularizações Alienações e abates Valor Amortização Valor Amortização Imparidade Valor Amortização Valor bruto acumulada líquido do exercício do exercício bruto acumulada líquido Descrição Imparidade Aquisições Transferências Valor bruto Amortização Valor bruto Amortização Imparidade Sistema de tratamento automático de dados (softw are) ( ) (16) ( ) - - Outros activos intangíveis Activos intangíveis em curso ( ) (16) ( ) dez Regularizações Alienações e abates Valor Amortização Valor Amortização Imparidade Valor Amortização Valor bruto acumulada líquido do exercício do exercício bruto acumulada líquido Descrição Imparidade Aquisições Transferências Valor bruto Amortização Valor bruto Amortização Imparidade Sistema de tratamento automático de dados (softw are) ( ) (193) ( ) - 16 Outros activos intangíveis Activos intangíveis em curso ( ) (193) ( ) INVESTIMENTOS EM FILIAIS, ASSOCIADAS E EMPREENDIMENTOS CONJUNTOS Em 31 de Dezembro de 2017 e 31 de Dezembro de 2016, a rubrica investimentos em filiais tem a seguinte composição: Participação Valor de Valor de efectiva (%) balanço balanço Empresa Sector de actividade Sede 31-dez dez dez-16 CCCAM Instituição Crédito LX 0,67% CA Informat Outros LX 0,28% CA SegurosSeguros LX 0,00% CA Vida Seguros LX 0,00% FENACAM Outros LX 0,00% CA SegurosSeguros LX 0,42% Imparidade Acumulada CA Seguros -3-3 CA Informática Em 31 de Dezembro de 2017, os dados financeiros mais significativos retirados das demonstrações financeiras destas empresas podem ser resumidos da seguinte forma: Activo Situação Resultado Empresa líquido líquida líquido Caixa Central CA Seguros & Pensões SGPS CA Vida CA Seguros CA Informática Fenacam Dividendos recebidos no ano CA Seguros 3 13 CA Vida CA - Seguros e Pensões SGPS SA CA SILVES Relatório e Contas

93 16. IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO Os saldos de activos e passivos por impostos sobre o rendimento em 31 de Dezembro de 2017, 1 de Janeiro e 31 de Dezembro de 2016 eram os seguintes: 31-dez dez-16 1-jan-16 Activos por impostos diferidos Por diferenças temporárias Por prejuízos fiscais reportáveis Passivos por impostos diferidos Por diferenças temporárias Activos por impostos correntes Pagamentos por conta Outros Imposto sobre o rendimento a recuperar Passivos por impostos correntes - Imposto sobre o rendimento a pagar Em resultado da adopção das NIC em 2017, a Caixa apurou um impacto ao nível dos impostos diferidos, tal como apresentado no ponto 2.2 relativo à comparabilidade das demonstrações financeiras. Sobre este assunto remetemos para a mencionada nota deste anexo. O detalhe e o movimento ocorrido nos impostos diferidos durante os exercícios de 2017 e 2016 foi o seguinte: 2017 Saldo Adopção Variação Variação Variação Saldo em das NIC em em Resultados em em 31-dez-16 (Aviso 5/2015) Resultados Transitados Reservas 31-dez-17. Imparidade em activos tangíveis Imparidade em activos intangíveis Imparidades em crédito Imparidade em participações financeiras Imparidade em ANCDV e outros activos Provisão para riscos gerais bancários Provisão para outros riscos e encargos Benefícios aos empregados Reformas antecipadas (592) Contribuição efectuada Prémio de antiguidade (2.663) Encargos com saúde Reavaliação de AFT não aceite fiscalmente Reserva de justo valor de IFD Reserva de justo valor de AFDV Prejuízos fiscais reportáveis (93.210) ( ) - CA SILVES Relatório e Contas

94 2016 Saldo Adopção Variação Variação Variação Saldo em das NIC em em Resultados em em 1-jan-16 (Aviso 5/2015) Resultados Transitados Reservas 31-dez-16. Imparidade em activos tangíveis Imparidade em activos intangíveis Imparidades em crédito (51.277) Imparidade em participações financeiras Imparidade em ANCDV e outros activos Provisão para riscos gerais bancários Provisão para outros riscos e encargos Benefícios aos empregados Reformas antecipadas (1.999) Contribuição efectuada Prémio de antiguidade (4.976) Encargos com saúde Reavaliação de AFT não aceite fiscalmente Reserva de justo valor de IFD Reserva de justo valor de AFDV Prejuízos fiscais reportáveis (72.593) ( ) ( ) Os gastos com impostos sobre lucros registados em resultados, bem como a carga fiscal, medida pela relação entre a dotação para impostos sobre lucros e o lucro do exercício antes de impostos, podem ser apresentados como se segue: 31-dez dez-16 Impostos correntes Impostos sobre os lucros do exercício Correcções de impostos de exercícios anteriores (37.028) Impostos diferidos Registo e reversão de diferenças temporárias ( ) Prejuízos fiscais reportáveis (25.120) Total de impostos reconhecidos em resultados Lucro antes de impostos Carga fiscal 2,93% 44,52% De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e correcção por parte da Autoridade Tributária e Aduaneira, regra geral, durante um período de 4 anos. Deste modo, os exercícios de 2013 a 2016 encontram-se ainda abertos para inspecção, podendo ser alvo de liquidações adicionais por parte daquela entidade. Contudo, entende a Administração da Caixa que não é previsível que ocorram correcções com impacto significativo nas demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de OUTROS ACTIVOS Esta rubrica apresenta a seguinte composição: - CA SILVES Relatório e Contas

95 31-dez dez-16 Outros activos Outros metais preciosos - - Devedores por operações sobre futuros - - Sector Público Administrativo IVA a recuperar Despesas a debitar a clientes - - Bonificações a receber - - Outros devedores diversos Rendimentos a receber Outros juros e rendimentos similares Outros rendimentos a receber Comissões recebidas-cartões emitidos (61.001) Despesas com encargo diferido Fundo de Pensões - - Seguros Outras Valores a regularizar Operações cambiais a liquidar - - Operações activas a regularizar - - Fundo de Pensões Outras operações a regularizar Imparidade Outros activos Outros devedores diversos ( ) ( ) - - ( ) ( ) 18. RECURSOS DE BANCOS CENTRAIS Não Aplicável 19. OUTROS PASSIVOS FINANCEIROS AO JUSTO VALOR ATRAVÉS DE RESULTADOS Não Aplicável 20. RECURSOS DE OUTRAS INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO Esta rubrica tem a seguinte composição: Em 31 de Dezembro de 2017 e 31 de Dezembro de 2016, o prazo residual dos recursos de outras instituições de crédito apresenta a seguinte estrutura: 31-dez dez-16 Até três meses Entre três meses e um ano - - Entre um ano e três anos - - Entre três e cinco anos - - Mais de cinco anos RECURSOS DE CLIENTES E OUTROS EMPRÉSTIMOS CA SILVES Relatório e Contas

96 Esta rubrica tem a seguinte composição: 31-dez dez-16 Depósitos À ordem A prazo De poupança Outros recursos de clientes - - Cheques e ordens a pagar Outros - - Juros a pagar Em 31 de Dezembro de 2017 e 31 de Dezembro de 2016, os prazos residuais dos recursos de clientes e outros empréstimos, apresentavam a seguinte estrutura: 31-dez dez-16 Até três meses Entre três meses e um ano Entre um ano e cinco anos Mais de cinco anos Duração Residual RESPONSABILIDADES REPRESENTADAS POR TÍTULOS Não Aplicável 23. PROVISÕES E IMPARIDADES O movimento ocorrido nas provisões e imparidades da Caixa durante os exercícios de 2017 e 2016 foi o seguinte: CA SILVES Relatório e Contas

97 Saldos em Reposições e Saldos em 31-dez-16 Reforços anulações Utilizações Transferências 31-dez-17 Imparidade para crédito a clientes e aplicações ( ) - (40.672) em instituições de crédito Imparidade em AFDV - Intrumentos de dívida Intrumentos de capital Outros títulos Imparidade em investimentos em filiais e associadas Imparidade em AFT e AI (96.190) (62.772) Imparidade em ANCDV Imparidade em outros activos (88.156) Imparidade para garantias e compromissos assumidos (41.444) Provisões: - Riscos bancários gerais Outros riscos e encargos Outras provisões ( ) (62.772) (40.672) Saldos em Reposições e Saldos em 1-jan-16 Reforços anulações Utilizações Transferências 31-dez-16 Imparidade para crédito a clientes e aplicações ( ) ( ) (57.768) em instituições de crédito (Notas 8 e 9) Imparidade em AFDV (Nota 7) - Intrumentos de dívida Intrumentos de capital Outros títulos Imparidade em investimentos em filiais e associadas (Nota 17) Imparidade em AFT e AI (Nota 15 e 16) ( ) Imparidade em ANCDV (Nota 13) Imparidade em outros activos (Nota 19) (24.424) Imparidade para garantias e compromissos assumidos Provisões: - Riscos bancários gerais Outros riscos e encargos ( ) - ( ) 0 - Outras provisões ( ) - ( ) ( ) ( ) No que respeita à imparidade do crédito, conforme explicado em detalhe na nota 2.2, em resultado da publicação do Aviso nº 5/2015 do Banco de Portugal, a Caixa adoptou com efeitos a 1 de Janeiro de 2017 as NIC, passando a calcular e contabilizar imparidades nos termos da NIC 39, contrariamente ao que sucedia até 31 de Dezembro de 2016, data até à qual vigorou um modelo de provisionamento do crédito nos termos do Aviso nº 3/95 do Banco de Portugal. Os impactos contabilísticos resultantes da adopção do novo normativo contabilístico encontram-se devidamente apresentados e explicados na nota 2.2 relativa à comparabilidade da informação. 24. INSTRUMENTOS REPRESENTATIVOS DE CAPITAL Não Aplicável 25. OUTROS PASSIVOS SUBORDINADOS Não Aplicável 26. OUTROS PASSIVOS CA SILVES Relatório e Contas

98 Esta rubrica tem a seguinte composição: 31-dez dez-16 Credores e outros recursos Credores por operações sobre futuros Recursos Diversos Sector Público Administrativo Retenção de impostos na fonte Contribuições para a Segurança Social Imposto sobre o Valor Acrescentado Cobranças por conta de terceiros Contribuições para outros sistemas de saúde Credores diversos Contribuições a entregar Fundo de Pensões Outros credores Encargos a pagar Por capitais próprios e equiparados - - Comissões por operações sobre instrumentos financeiros - - Por gastos com pessoal Provisão para férias e subsídio de férias Prémio de antiguidade Subsídio de morte - - Remunerações variáveis - - Outros - - Por gastos gerais administrativos - - Outros Receitas com rendimento diferido Comissões sobre garantias prestadas Outras Valores a regularizar Posição cambial - - Operações sobre valores mobiliários a regularizar - - Operações Passivas a regularizar Meios Electrónicos de Pagamento Compensação de Cheques DL18/ Outras operações a regularizar PASSIVOS CONTINGENTES E COMPROMISSOS Os passivos contingentes e compromissos associados à actividade bancária encontram-se registados em rubricas extrapatrimoniais e apresentam o seguinte detalhe: CA SILVES Relatório e Contas

99 31-dez dez-16 Garantias prestadas e outros passivos eventuais Garantias e avales prestados Aceites e endossos - - Créditos documentários abertos - - Outros passivos eventuais - - Compromissos perante terceiros - - Contratos a prazo de depósitos - - Por linhas de crédito Compromissos irrevogáveis Compromissos revogáveis Por subscrição de títulos - - Responsabilidade potencial para com o Sistema de indemnização aos investidores - - Responsabilidades por prestação de serviços Depósito e guarda de valores Valores recebidos para cobrança Valores administrados pela instituição - - Outras CAPITAL E PRÉMIOS DE EMISSÃO Esta rubrica tem a seguinte composição: N º de Valor N º de Valor quotas Capital % quotas Capital % Sócios - Por entregas dinheiro ,3% ,3% Por Incorporação de Reservas ,7% ,7% % % O capital da Caixa é variável, sendo dividido e representado por títulos de capital nominativos com um valor unitário de 5 euros. Nos termos do Decreto-Lei nº 142/2009, de 16 de Junho (Regime Jurídico do Credito Agrícola Mutuo e das Cooperativas de Credito Agrícola Mutuo), o capital da Caixa só pode ser reduzido por amortização dos títulos de capital nos casos de redução da participação do Associado, exoneração do Associado, exclusão do Associado ou falecimento de um Associado desde que os seus sucessores não queiram ou não possam associar-se. A redução da participação do Associado só e permitida ate ao limite mínimo estabelecido nos estatutos ou deliberado em Assembleia-geral. 29. RESERVAS, RESULTADOS TRANSITADOS, OUTROS INSTRUMENTOS DE CAPITAL E LUCRO DO EXERCÍCIO Em 31 de Dezembro de 2017, 1 de Janeiro e 31 de Dezembro de 2016, as rubricas de reservas e resultados transitados têm a seguinte composição: CA SILVES Relatório e Contas

100 31-dez dez-16 1-jan-16 Reservas de reavaliação: Reservas resultantes da valorização ao justo valor: De activos financeiros disponíveis para venda 0 ( ) De investimentos em filiais, associadas e emp. conjuntos ( ) Reservas de reavaliação do imobilizado Reservas por impostos diferidos De activos financeiros disponíveis para venda Fundo de Pensões - Ganhos e perdas actuariais (2.158) (57.309) (28.537) (2.158) ( ) (18.954) Outros instrumentos de capital Reserva legal Outras reservas Resultados transitados - (31.074) (31.074) Lucro do exercício ( ) Em conformidade com o disposto no Decreto-Lei nº 298/92, de 31 de Dezembro, a Caixa constitui um fundo de reserva até à concorrência do capital ou do somatório das reservas livres constituídas e dos resultados transitados, se superior. Para tal, é anualmente transferida para esta reserva uma fracção não inferior a 10% do resultado líquido do exercício, até perfazer o referido montante. Esta reserva só pode ser utilizada para a cobertura de prejuízos acumulados ou para aumentar o capital. Em 2017 foi ainda registado em outras reservas o impacto da adopção das NIC. O detalhe deste impacto encontra-se apresentado na nota 2.2 relativa à comparabilidade das demonstrações financeiras. 30. JUROS E RENDIMENTOS SIMILARES Esta rubrica tem a seguinte composição: CA SILVES Relatório e Contas

101 31-dez dez-17 Juros de disponibilidades em bancos centrais Depósitos à ordem no Banco de Portugal - - Disponibilidades sobre bancos centrais no estrangeiro - - Juros de disponibilidades em outras instituições de crédito Disponibilidades sobre instituições de crédito no país Disponibilidades sobre instituições de crédito no estrangeiro - - Juros de outras disponibilidades - - Juros de aplicações em instituições de crédito Aplicações em instituições de crédito no país Aplicações em instituições de crédito no estrangeiro - - Juros de crédito a clientes Crédito não representado por valores mobiliários Crédito interno Empresas e administrações públicas Desconto e outros créditos titulados por efeitos Empréstimos Créditos em conta corrente Descobertos em depósitos à ordem Créditos tomados - factoring - - Operações de locação financeira Mobiliária - - Imobiliária Operações de compra com acordo de revenda - - Outros créditos Particulares Habitação Operações de locação financeira - - Outros créditos Consumo Operações de locação financeira - - Outros créditos Outras finalidades Desconto e outros créditos titulados por efeitos Empréstimos Créditos em conta corrente Descobertos em depósitos à ordem Operações de locação financeira dez dez-16 Crédito externo Empresas e administrações públicas Desconto e outros créditos titulados por efeitos - - Empréstimos - - Créditos em conta corrente - - Descobertos em depósitos à ordem - - Créditos tomados - factoring - - Operações de locação financeira Mobiliária - - Imobiliária - - Operações de compra com acordo de revenda - - Outros créditos - - Particulares Habitação Operações de locação financeira - - Outros créditos Consumo Operações de locação financeira Outros créditos Outras finalidades Desconto e outros créditos titulados por efeitos Empréstimos Créditos em conta corrente Descobertos em depósitos à ordem Operações de locação financeira Outros créditos Outros créditos e valores a receber (titulados) Emitidos por residentes Emitidos por não residentes - - Juros de activos titularizados não desreconhecidos Crédito a clientes - titularizado Crédito interno - - Crédito ao exterior - - Outros créditos e valores a receber - titularizados - - Juros de activos com acordo de recompra - - Juros de investimentos detidos até à maturidade Títulos de dívida emitidos por residentes - - Títulos de dívida emitidos por não residentes - - Outros investimentos detidos até à maturidade - - Outros juros e rendimentos similares - - Juros Crédito Vencido Juros e rendimentos similares CA SILVES Relatório e Contas

102 31. JUROS E ENCARGOS SIMILARES Esta rubrica tem a seguinte composição: Juros de recursos de outras instituições de crédito no País no Estrangeiro - - Juros de recursos de clientes e outros empréstimos Juros de passivos financeiros de negociação - - instrumentos financeiros derivados - - Juros de derivados de cobertura - - Juros de passivos subordinados - - Outras comissões pagas: - - operações de crédito - - Outros juros e encargos similares RENDIMENTOS DE INSTRUMENTOS DE CAPITAL Esta rubrica tem a seguinte composição: 31-dez dez-16 Activos financeiros disponíveis para venda Emitidos por residentes - - Emitidos por não residentes Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos No país Investimentos em filiais - - Dividendos CA Seguros 3 13 Dividendos - CA Vida Dividendos - CA - Seguros e Pensões SGPS SA Investimentos em associadas - - Investimentos em empreendimentos conjuntos - - No estrangeiro Investimentos em filiais - - Investimentos em associadas - - Investimentos em empreendimentos conjuntos Outros instrumentos de capital RENDIMENTOS DE SERVIÇOS E COMISSÕES Esta rubrica tem a seguinte composição: CA SILVES Relatório e Contas

103 31-dez dez-16 Por garantias prestadas Garantias e avales Fianças e indemnizações (contragarantias) - - Créditos documentários abertos - - Outras garantias prestadas Por compromissos assumidos perante terceiros Compromissos irrevogáveis Linhas de crédito irrevogáveis Subscrição de títulos - - Outros compromissos irrevogáveis Compromissos revogáveis Por operações sobre instrumentos financeiros Operações de crédito - - Outras operações sobre instrumentos financeiros Por serviços prestados Depósito e guarda de valores - - Cobrança de valores Administração de valores - - Organismos de investimento colectivo em valores mobiliários Comissão de resgate de unidades de participação - - Transferência de valores Gestão de cartões Anuidades Montagem de operações Operações de crédito Por operações de factoring - - Comissão de Abertura e Utilização Comissão-Estudo/Contrato crédito Comissão de Processamento Outras operações de crédito Outros serviços prestados - - Cartões Comissões de Intermediação Comissões de Colocação e Comercialização Outras Por operações realizadas por conta de terceiros Sobre títulos Outras operações realizadas por conta de terceiros Outras comissões recebidas ENCARGOS COM SERVIÇOS E COMISSÕES Esta rubrica tem a seguinte composição: CA SILVES Relatório e Contas

104 31-dez dez-16 Por garantias recebidas - - Por compromissos assumidos por terceiros - - Por serviços bancários prestados por terceiros Depósito e guarda de valores Operações de crédito Cobrança de valores Administração de valores Outros Transferência de valores Cartões Por operações realizadas por terceiros - - Outras comissões pagas RESULTADOS DE ACTIVOS E PASSIVOS AVALIADOS AO JUSTO VALOR ATRAVÉS DE RESULTADOS Esta rubrica tem a seguinte composição: 31-dez dez-16 Ganhos Perdas Líquido Ganhos Perdas Líquido Activos Activos financeiros detidos para negociação (9.513) Derivados de Cobertura Outras activos ao justo valor através de resultados (9.513) Passivos Passivos financeiros detidos para negociação Derivados de cobertura Outros passivos ao justo valor através de resultados RESULTADOS DE ACTIVOS FINANCEIROS DISPONÍVEIS PARA VENDA Esta rubrica tem a seguinte composição: 31-dez dez-16 Títulos Emitidos por residentes Instrumentos de dívida - - Instrumentos de capital (1.314) - Outros - - Emitidos por não residentes Instrumentos de dívida - - Instrumentos de capital - - Outros - - (1.314) RESULTADOS DE REAVALIAÇÃO CAMBIAL Esta rubrica tem a seguinte composição: CA SILVES Relatório e Contas

105 31-dez dez-16 Operações cambiais à vista (882) Operações cambiais a prazo - - (882) RESULTADOS DE ALIENAÇÃO DE OUTROS ACTIVOS Esta rubrica tem a seguinte composição: 31-dez dez-16 Resultados em activos não financeiros Outros activos tangíveis 1 (202) Perdas Realizadas_Outros Activos Tangíveis Ganhos Realizados_Outros Activos Tangíveis Outras perdas realizadas - Outros Activos Tangíveis Perdas Realizadas_Activos não Correntes Detidos Venda - - Ganhos Realizados_Activos não Correntes Detidos Venda Resultados em investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos OUTROS RESULTADOS DE EXPLORAÇÃO Estas rubricas têm a seguinte composição: 31-dez dez-16 Ganhos em investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos - - Ganhos em activos não financeiros - - Outros rendimentos de exploração Rendas de locação operacional - - Ganhos em operações descontinuadas - - Reembolso de despesas Recuperação de créditos, juros e despesas Recuperação de créditos incobráveis Recuperação de juros e despesas de crédito vencido Rendimentos da prestação de serviços diversos Rendas Rendimentos Receitas Operacionais relativas exerc. anteriores Outros Outros encargos de exploração Quotizações e donativos (14.639) (13.385) Contribuições para o Fundo de Garantia do Crédito Agrícola Mútuo (19.048) (17.402) Outros encargos e gastos operacionais (40.648) (40.213) Anulação Juros Vencidos (42.312) (38.798) Perdas relativas exerc. anteriores - - Outros impostos (51.164) (41.058) ( ) ( ) CA SILVES Relatório e Contas

106 40. CUSTOS COM PESSOAL Esta rubrica tem a seguinte composição: 31-dez dez-16 Salários e vencimentos Órgãos de Gestão e Fiscalização Empregados Encargos sociais obrigatórios Fundos de Pensões Encargos relativos a remunerações: Caixa de Abono de Família - - Segurança Social SAMS Outros - - Outros encargos sociais obrigatórios: Subsídio por morte - - Outros Seguros Acidentes Trabalho Encargos sociais facultativos - - Outros custos com pessoal: Indemnizações contratuais Outros O número médio de colaboradores da Caixa em 31 de Dezembro de 2017 e 2016 apresenta a seguinte composição: 31-dez dez-16 Funções de Direcção 1 1 Funções de Coordenação de Área 4 4 Funções de Coordenação de Balcão 8 8 Funções Técnicas Funções Administrativas 2 2 Funções Auxiliares GASTOS GERAIS ADMINISTRATIVOS Esta rubrica tem a seguinte composição: CA SILVES Relatório e Contas

107 31-dez dez-16 Com fornecimentos: Água energia e combustíveis Material de consumo corrente Publicações Material de higiene e limpeza Outros fornecimentos de terceiros Com serviços: Rendas e alugueres - - Equipamento Informático - - Outros Comunicações Deslocações, estadas e representação Publicidade e edição de publicações Conservação e reparação Transportes Formação de pessoal Seguros Serviços especializados: Avenças e honorários Judiciais contencioso e notariado Informática Segurança e vigilância - - Limpeza Informações Bancos de dados 86 Mão de obra eventual - - Outros serviços especializados: SIBS - Multibanco Avaliadores externos Outros Avaliadores externos - - Outros serviços de terceiros - - Serviço Compensação Recrutamento Pessoal - - Serviços de suporte ao negócio Outros serviços de terceiros Gastos Gerais Administrativos Ex. Anteriores O valor registado a 31 de Dezembro de 2017 respeitantes aos honorários a facturar pela Sociedade de Revisores Oficiais de Contas ascende a (aos quais ainda acrescente IVA a 23%). 42. ENTIDADES RELACIONADAS Para além das empresas coligadas e associadas (Nota 17), a Caixa consolida com as Caixas de Crédito Agrícola Mútuo associadas, como outras empresas do Grupo. CA SILVES Relatório e Contas

108 No quadro abaixo apresentamos os saldos e transacções, bem como as responsabilidades extrapatrimoniais, entre a Caixa e entidades relacionadas, com referência a 31 de Dezembro de 2017 e ao período comparativo de 31 de Dezembro de dez dez-16 Associadas Coligadas Caixa Central Total Associadas Coligadas Caixa Central Total Activos: Disponibilidades em outras instituições de crédito Activos financeiros detidos para negociação Activos financeiros disponíveis para venda Aplicações em instituições de crédito Crédito a clientes Outros activos Passivos: Passivos financeiros detidos para negociação Recursos de outras instituições de crédito Recursos de clientes e outros empréstimos Responsabilidades representadas por títulos Passivos subordinados Outros passivos Extrapatrimoniais: Garantias prestadas e outros passivos eventuais: Garantias recebidas Compromissos perante terceiros Operações cambiais e instrumentos derivados dez dez-16 Associadas Coligadas Caixa Central Total Associadas Coligadas Caixa Central Total Custos: Juros e encargos similares Encargos com serviços e comissões Resultados de activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados - (60.796) - (60.796) Gastos gerais administrativos Proveitos: Juros e rendimentos similares Rendimentos de instrumentos de capital Rendimentos de serviços e comissões Outros resultados de exploração As transacções com entidades relacionadas são efectuadas, por regra, com base nos valores de mercado nas respectivas datas. Para determinação das responsabilidades por serviços passados da Caixa relativas a empregados no activo e a reformados e pensionistas, foram efectuados estudos actuariais pela Companhia Crédito Agrícola Vida, S.A. Em resultado das alterações introduzidas à NIC 19 Benefícios aos Empregados (passando a designarse NIC 19R), as quais entraram em vigor a 1 de Janeiro de 2013, as remensurações, anteriormente denominadas desvios actuariais, passaram a ser reconhecidas em capitais próprios, como outro rendimento integral. CA SILVES Relatório e Contas

109 A 31 de Dezembro de 2017, encontra-se registada em capitais próprios uma reserva de reavaliação correspondente às remensurações acumuladas de Com as alterações à NIC 19R, passou a ser aplicada uma taxa única às responsabilidades e aos activos do plano, sendo que o impacto em resultados do fundo de pensões passou a corresponder apenas ao custo corrente e aos gastos líquidos de juros. O impacto em resultados encontra-se registado na rubrica de Custos com pessoal, ascendendo a 31 de Dezembro de 2017 a , conforme se detalha abaixo: Os pressupostos actuariais e financeiros utilizados a 31 de Dezembro de 2017 e 31 de Dezembro de 2016 foram os seguintes: Em 31 de Dezembro de 2017, o valor das responsabilidades por serviços passados com o pagamento de complementos de reforma e sobrevivência e encargos com cuidados médicos de saúde pós-emprego (SAMS), com trabalhadores no ativo, licenças sem vencimento, pré-reformados e pensões em pagamento, referente à CCAM SILVES, é o seguinte: Valor actual das Responsabilidades por serviços passados F.2016 F.1 Com trabalhadores no ativo e ex-trabalhadores F.2 Com licenças sem vencimento 0 F.3 Com pré-reformados 0 F.4 Com pensões em pagamento O acréscimo anual de responsabilidades com pensões de reforma e sobrevivência e cuidados médicos pós emprego referente à CCAM SILVES é o que a seguir se apresenta: CA SILVES Relatório e Contas

110 G.1 + Custo do serviço corrente G.3 + Custo dos juros Líquido Net Interest 813 G.4.Ano +/- (Ganhos) e Perdas atuariais G.4.1.Ano Relativos a diferenças entre os pressupostos e os valores realizados G.4.2.Ano Relativos a alterações verificadas nos pressupostos e nas 0 condições dos planos G.5 + Acréscimos de responsabilidades resultantes de reformas 0 antecipadas G.6 = Acréscimo anual de responsabilidades O movimento ocorrido na quota-parte do fundo de pensões referente à CCAM SILVES foi o seguinte: A (+) Valor da quota-parte do fundo de pensões em H.1 (+) Contribuições efectuadas H.1.1 Pela CCAM SILVES 0 H.1.2 Pelos empregados H.2 (+) Capitais recebidos de seguro 0 H.3 (+) Rendimento dos ativos do Fundo de Pensões (liquido) H.4 (-) Prémios de seguro pagos H.9 (+) Participação de resultados no seguro H.5 (-) Pensões pagas pelo fundo de pensões H.5.1 Por reformas antecipadas H.5.2 Outros H.6 (-) SAMS pago pelo fundo de pensões H (=) Valor da quota-parte do fundo de pensões em H.8. Variação do valor da quota-parte do fundo de pensões em 2017 (H A ) O movimento ocorrido durante o exercício de 2017, relativo ao valor actual das responsabilidades por serviços passados foi o seguinte: F.2016 (+) Responsabilidades Totais em 31 de Dezembro de G.1 (+) Custo do serviço corrente G.1.1 Custo do serviço corrente da Entidade H.1.2 Contribuições para o Fundo efectuadas pelos empregados G.2 (+) Custo dos juros G.4.1 (+/-) (Ganhos) e perdas atuariais nas responsabilidades G.5 (+) Acréscimos de responsabilidades resultantes de reforma antecipadas 0 CA SILVES Relatório e Contas

111 H.5 (-) Pensões pagas pelo fundo de pensões H.5.1 Por reformas antecipadas H.5.2 Outros H.6 (-) SAMS pago pelo fundo de pensões F.2017 (=) Responsabilidades totais em K. Variação nas responsabilidades em 2017 (F.2017 F.2016) O nível de cobertura das responsabilidades em 31 de Dezembro de 2017, de acordo com o Aviso 12/2001 do Banco de Portugal, era o seguinte: F.2017 Valor actual das responsabilidades com serviços passados I.1 Valor por amortizar em 31 Dezembro de 2017 (Aviso 7/2008)* 0 I.2 Responsabilidades por serviços passados (Aviso 12/2001) I.3 Nível de cobertura (Aviso 12/2001) (%) 104 *Terminou no final do exercício de 2016, o diferimento total do impacto de transição na adopção da IAS 19. Com a implementação em 1 de Janeiro de 2013 das alterações decorrentes da IAS 19 Revisto, os desvios atuariais por amortizar apurados à data de 31 de Dezembro de 2012, foram transferidos para uma rubrica do rendimento integral reservas de reavaliação. No exercício de 2016, o valor dos desvios atuariais existentes e o movimento ocorrido no exercício no rendimento integral, foi o seguinte: RI.2016 Desvios atuariais em RI.ano Desvios atuariais gerados em 2017 Ganhos e perdas atuariais RI.2017 Desvios atuariais em Prémios de antiguidade: A evolução do valor das responsabilidades por serviços passados, com prémios de antiguidade futuros, com trabalhadores no ativo e licenças sem vencimento, foi a seguinte: Prémio de Antiguidade N Com trabalhadores no ativo N Com licenças sem vencimento 0 N.2016 Total Prémio de Antiguidade N Com trabalhadores no ativo N Com licenças sem vencimento 0 N.2017 Total CA SILVES Relatório e Contas

112 Prémio de Antiguidade Variação O.1. Com trabalhadores no ativo O.2. Com licenças sem vencimento 0 O. Total DIVULGAÇÕES RELATIVAS A INSTRUMENTOS FINANCEIROS Risco de Mercado O risco de mercado reflecte o potencial de perdas eventuais resultantes de uma alteração adversa do valor de mercado de um instrumento financeiro como consequência da variação, nomeadamente, de taxas de juro, taxas de câmbio, preços de acções, preços de mercadorias, spreads de crédito ou outras variáveis equivalentes. As regras de gestão do risco de mercado estabelecidas pela Caixa para cada carteira, incluem limites de risco de mercado e ainda limites quanto à exposição a risco de crédito e de liquidez, rentabilidade exigida, tipos de instrumentos autorizados e níveis de perdas máximas admissíveis. De modo a mitigar os riscos associados a uma avaliação dos riscos incorridos, encontra-se implementada uma política de segregação de funções entre a execução das operações de mercado e o controlo do risco incorrido a cada momento decorrente das mesmas. Eventuais operações de cobertura podem ser propostas tanto pelos gestores das carteiras como pelos responsáveis pelo controlo do risco, tendo em conta os limites de risco e os instrumentos autorizados. Risco Cambial O risco cambial surge associado às variações nas taxas de câmbio das moedas, sempre que existem posições abertas nessas mesmas moedas. A Caixa apresenta uma reduzida exposição a este tipo de risco. Efectivamente, o perfil definido para o risco cambial é bastante conservador e é consubstanciado na política de cobertura seguida. Risco de Taxa de Juro A Caixa incorre em risco de taxa de juro sempre que, no desenvolvimento da sua actividade, contrata operações com fluxos financeiros futuros cujo valor presente é sensível a variações das taxas de juro. O risco de taxa de juro agregado suportado deriva de diversos factores, nomeadamente: diferentes prazos de vencimento ou revisão das taxas dos activos, passivos e elementos extrapatrimoniais (risco de repricing); alterações da inclinação da curva de taxas de juro (risco de curva); variações assimétricas das diversas curvas de mercado que afectam as distintas massas patrimoniais e extrapatrimoniais (risco de base); e existência de opções explícitas ou implícitas em muitos produtos bancários (risco de opção). Em 31 de Dezembro de 2017 e 2016, a exposição ao risco de taxa de juro pode ser resumida como se segue: CA SILVES Relatório e Contas

113 em milhares de euros Taxa Fixa Taxa Variável Sujeito a risco de taxa de juro Não sujeito a risco de taxa de juro Indeterminado Total Activos Caixa e disponibilidades em Bancos Centrais Disponibilidades em outras instituições de crédito Asctivos financeiros disponíveis para venda Aplicações em Instituições de Crédito Crédito a clientes (saldo bruto) Investimentos detidos até à maturidade Passivos Recursos de bancos centrais Recursos de outras instituições de Crédito Recursos de clientes e outros empréstimos Outros passivos subordinados Exposição líquida em milhares de euros Taxa Fixa Taxa Variável Sujeito a risco de taxa de juro Não sujeito a risco de taxa de juro Indeterminado Total Activos Caixa e disponibilidades em Bancos Centrais Disponibilidades em outras instituições de crédito Asctivos financeiros disponíveis para venda Aplicações em Instituições de Crédito Crédito a clientes (saldo bruto) Investimentos detidos até à maturidade Passivos Recursos de bancos centrais Recursos de outras instituições de Crédito Recursos de clientes e outros empréstimos Outros passivos subordinados Exposição líquida Em 31 de Dezembro de 2017 e 2016, a distribuição dos instrumentos financeiros com exposição a risco de taxa de juro em função da sua maturidade ou data de refixação é apresentado no quadro seguinte: CA SILVES Relatório e Contas

114 em milhares de euros Dtas de Refixação/Datas de Maturidade À vista Até 3 meses De 3 meses a 1 ano De 1 a 3 anos De 3 a 5 anos Mais de 5 anos Indeterminado Não sujeito a risco de taxa de juro Total Activos Caixa e disponibilidades em Bancos Centrais Disponibilidades em outras instituições de crédito Asctivos financeiros disponíveis para venda Aplicações em Instituições de Crédito Crédito a clientes (saldo bruto) Investimentos detidos até à maturidade Passivos Recursos de bancos centrais Recursos de outras instituições de Crédito Recursos de clientes e outros empréstimos Outros passivos subordinados Exposição líquida (7.192) (3.273) - (58) em milhares de euros Dtas de Refixação/Datas de Maturidade À vista Até 3 meses De 3 meses a 1 ano De 1 a 3 anos De 3 a 5 anos Mais de 5 anos Indetermi nado Não sujeito a risco de taxa de juro Total Activos Caixa e disponibilidades em Bancos Centrais Disponibilidades em outras instituições de crédito Asctivos financeiros disponíveis para venda Aplicações em Instituições de Crédito Crédito a clientes (saldo bruto) Investimentos detidos até à maturidade Passivos Recursos de bancos centrais Recursos de outras instituições de Crédito Recursos de clientes e outros empréstimos Outros passivos subordinados Exposição líquida (37.631) (2.689) - (146) Apresenta-se de seguida a análise de sensibilidade do valor económico, tanto em activos como de passivos, ao risco de taxa de juro a que a Caixa se encontra exposta em 31 de Dezembro de 2017 e 2016, efectuada a partir de simulação, nos activos e passivos sensíveis, de variações de até 200 pontos bases nas taxas de referência, de acordo com a Caixa Central, e a fonte PIN Controlo: em milhares de euros -200 bp -100 bp -50 bp +50 bp +100 bp +200 bp Activos Caixa e disponibilidades em Bancos Centrais Disponibilidades em outras instituições de crédito Asctivos financeiros disponíveis para venda Aplicações em Instituições de Crédito Crédito a clientes (saldo bruto) Investimentos detidos até à maturidade Passivos Recursos de bancos centrais Recursos de outras instituições de Crédito Recursos de clientes e outros empréstimos Outros passivos subordinados Impacto no valor económico CA SILVES Relatório e Contas

115 em milhares de euros -200 bp -100 bp -50 bp +50 bp +100 bp +200 bp Activos Caixa e disponibilidades em Bancos Centrais Disponibilidades em outras instituições de crédito Asctivos financeiros disponíveis para venda Aplicações em Instituições de Crédito Crédito a clientes (saldo bruto) Investimentos detidos até à maturidade Passivos Recursos de bancos centrais Recursos de outras instituições de Crédito Recursos de clientes e outros empréstimos Outros passivos subordinados Impacto no valor económico Risco de Liquidez O risco de liquidez está associado à potencial incapacidade da Caixa financiar o seu activo satisfazendo nas datas contratadas todas as responsabilidades exigíveis. Refira-se que em matéria de liquidez, o Grupo Crédito Agrícola prossegue uma política conservadora que se traduz num rácio de transformação em cada uma das suas unidades claramente abaixo da média do rácio de transformação do sistema financeiro nacional. Os recursos excedentários do Grupo Crédito Agrícola são canalizados para a Caixa Central, onde são centralmente aplicados em activos de boa qualidade creditícia e liquidez, nomeadamente obrigações de dívida pública de países da Zona Euro e aplicações em obrigações de Instituições de Crédito de referência, nacionais ou internacionais. O Grupo Crédito Agrícola dispõe de uma sólida implantação no mercado de retalho, distribuída de forma equilibrada ao longo do país, que se traduz numa rede de 675 balcões e numa base de funding dispersa, estável e com elevada permanência. Numa óptica de prevenção e de gestão de contingência de risco de liquidez são especialmente tidos em conta e acompanhados os seguintes aspectos: Controle e contenção de eventuais concentrações de recursos comerciais que, tendendo a desenvolver-se, pudessem vir a concorrer para uma maior permeabilidade da carteira diminuindo a sua estabilidade e permanência. São efectuadas regularmente simulações de impactos ao abrigo de hipóteses conservadoras sobre a estabilidade dos recursos de retalho e sem consideração do concurso de fontes de financiamento adicionais. Embora sem dependência de tais fontes de financiamento complementares atendendo à posição estrutural de tesouraria do Grupo Crédito Agrícola, manutenção de linhas de financiamento junto de Instituições de Crédito nacionais e internacionais, regularmente testadas; Lançamento regular de produtos de passivo que concorram para a manutenção dos padrões de permanência dos recursos projectados. Manutenção de uma almofada de activos com liquidez imediata para fazer face a um qualquer aumento inesperado de saídas de caixa. CA SILVES Relatório e Contas

116 Em 31 de Dezembro de 2017 e 2016 os prazos residuais contratuais dos instrumentos financeiros apresentam a seguinte composição: À vista Até 3 meses De 3 meses a 1 ano em milhares de euros Prazos residuais contratuais De 1 a 3 anos De 3 a 5 anos Mais de 5 anos Indetermi nado Total Activos Caixa e disponibilidades em Bancos Centrais Disponibilidades em outras instituições de crédito Asctivos financeiros disponíveis para venda Aplicações em Instituições de Crédito Crédito a clientes (saldo bruto) Investimentos detidos até à maturidade Passivos Recursos de bancos centrais Recursos de outras instituições de Crédito Recursos de clientes e outros empréstimos Outros passivos subordinados Diferencial (96.275) (2.606) À vista Até 3 meses De 3 meses a 1 ano em milhares de euros Prazos residuais contratuais De 1 a 3 anos De 3 a 5 anos Mais de 5 anos Indetermi nado Total Activos Caixa e disponibilidades em Bancos Centrais Disponibilidades em outras instituições de crédito Asctivos financeiros disponíveis para venda Aplicações em Instituições de Crédito Crédito a clientes (saldo bruto) Investimentos detidos até à maturidade Passivos Recursos de bancos centrais Recursos de outras instituições de Crédito Recursos de clientes e outros empréstimos Outros passivos subordinados Diferencial (79.017) (11.196) Risco de Crédito As actividades desenvolvidas em matéria de gestão de riscos e de capital pretendem habilitar a Caixa para uma gestão do risco de crédito alinhada com as melhores práticas de mercado, através de um conjunto significativo de iniciativas que compreendem uma forte articulação com a vertente tecnológica e exigem o desenvolvimento de competências internas específicas, bem como assegurar o necessário enquadramento com os exigentes desafios de carácter regulamentar vigentes. Relativamente ao crédito a clientes, a Caixa dispõe de um modelo heurístico de rating associado a um processo de workflow, que visa uniformizar o processo de análise do risco de crédito das empresas e de modelos de scoring de aceitação associados ao processo de concessão de crédito a clientes particulares. Deste modo, o Grupo Crédito Agrícola tem vindo a desenvolver e a melhorar a sua capacidade de gestão do risco, com base na adopção de metodologias que permitem obter uma visão mais exacta do perfil de risco da sua carteira. Por motivos operacionais ainda não é possível apresentar a Carteira de crédito por segmento, assim como a Imparidade de Carteira de crédito por segmento, a 31 de Dezembro de 2017 e Exposição máxima ao risco de crédito CA SILVES Relatório e Contas

117 Em 31 de Dezembro de 2017 e 2016, a exposição máxima ao risco de crédito por tipo de instrumentos financeiro, excluindo os títulos em carteira pode ser resumida como segue: Justo valor de activos e passivos financeiros Como previsto na norma IFRS 13 e para efeitos de apresentação, os instrumentos financeiros registados em balanço ao justo valor são classificados com a seguinte hierarquia: Nível 1 Cotações em mercado activo Neste nível englobam-se os instrumentos financeiros valorizados com base em preços de mercados activos (bids executáveis) divulgados através de plataformas de negociação. Nível 2 Técnicas de valorização baseadas em dados de mercado Neste nível são considerados os instrumentos financeiros valorizados com recurso a modelos internos que utilizam dados observáveis no mercado, nomeadamente curvas de taxas de juro ou taxas de câmbio. Nível 3 Técnicas de valorização utilizando inputs não baseados em dados observáveis em mercado Englobam-se neste nível os instrumentos financeiros valorizados de acordo com metodologias de valorização internas considerando essencialmente inputs não observáveis em mercado e com impacto significativo na valorização do instrumento ou valorizados com base em bids indicativos calculados por terceiros através de modelos de valorização. Em 31 de Dezembro de 2017 e 2016, a forma de apuramento do justo valor dos instrumentos financeiros reflectidos nas demonstrações financeiras, pode ser resumida nos quadros consultáveis no Relatório e Contas actual e o do ano anterior, no ponto 4.1, modelo I Inventario de títulos em base individual. 45. PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE MEDIAÇÃO DE SEGUROS A Caixa está inscrita na Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões, com o estatuto de Mediador de Seguros Ligado, de acordo com o artigo 8º, alínea a), subalínea i), do Decreto-Lei nº 144/2006, de 31 de Julho, desenvolvendo a actividade de intermediação em exclusividade com as Seguradoras do Grupo Crédito Agrícola, designadamente, a Crédito Agrícola Seguros Companhia de Seguros de Ramos Reais, SA (CA Seguros), que se dedica ao exercício da actividade de seguros para todos os Ramos Não Vida e com a Crédito Agrícola Vida Companhia de Seguros, SA (CA Vida), que se dedica ao exercício da actividade de seguros para o Ramo Vida e Fundos de Pensões. No âmbito dos serviços de mediação de seguros, a Caixa efectua a venda de contratos de seguros e de adesões a Fundos de Pensões, presta apoio pós-venda aos segurados e participa no encaminhamento das participações de sinistros que sejam entregues nos seus Balcões. Como contrapartida dos serviços de mediação de seguros prestados às referidas seguradoras, a Caixa recebe remunerações pela mediação de seguros e pela colocação de adesões em Fundos de Pensões as quais estão definidas em Protocolo estabelecido entre a Caixa e as referidas Seguradoras. As remunerações de mediação de seguros são reconhecidas como um rendimento na Demonstração de Resultados, na rubrica de Rendimentos de Serviços e Comissões. Os valores de remunerações a pagar %Balanço, na rubrica de Outros Activos. O quadro seguinte evidencia o valor total das remunerações de mediação de seguros, auferidas pela Caixa nos últimos 3 anos (valores em euros): CA SILVES Relatório e Contas

118 Origem Seguradora % Por Origem Ramos Não Vida CA Seguros ,0% Ramo Vida CA Vida ,9% Fundos de Pensões CA Vida ,0% Total % A Caixa não efectua a cobrança de prémios por conta das seguradoras, nem efectua a movimentação de quaisquer tipos de fundos relativos a contractos de seguros. Desta forma, não há qualquer outro activo, passivo, rendimento ou gasto a reportar, relativo à actividade de mediação de seguros, exercida pela Caixa. 46. RÁCIOS PRUDENCIAIS A partir de 1 de Janeiro de 2014, a solvabilidade da banca europeia passou a ser avaliada através do rácio Common Equity Tier 1 (CET1), ao abrigo do Acordo de Basileia III. Durante o ano de 2014 encontrou-se em vigor um regime transitório que permite o cálculo do rácio CET1 na forma de implementação phase in. No final de 2016, o rácio de fundos próprios principais de nível 1 (Common Equity Tier 1) situou-se nos 13,8%, situando-se nos 14,2% a 31 de Dezembro de Por seu lado, o rácio de capital total situouse nos 14,2%, cumprindo os requisitos mínimos estabelecidos pelo regulador. Em euros Fundos Próprios totais Common equity tier 1* Tier 1* Tier Posição em risco de activos e equivalentes Exposição ao Risco Crédito Operacional CVA 0 0 Rácios de solvabilidade (a) Common equity tier 1* 14,2% 13,8% Tier 1 * 14,2% 13,8% Tier 2 0,0% 0,5% Total* 14,2% 14,3% * Incorporando o resultado líquido do exercício. 47. EVENTOS SUBSEQUENTES Estas demonstrações financeiras foram aprovadas em reunião do Conselho de Administração de dia 31 de Janeiro de Tendo em conta o disposto na IAS 10, até à data de autorização para emissão destas demonstrações financeiras, não foram identificados eventos subsequentes que impliquem ajustamentos ou divulgações adicionais. O responsável pela contabilidade O Conselho de Administração CA SILVES Relatório e Contas

119 5. Estrutura e Práticas de Governo Societário da Caixa Crédito Agrícola Mútuo de Silves, CRL 5.1. Estrutura de Governo Societário A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Silves, CRL adopta o modelo de governação vulgarmente conhecido como latino reforçado, constituído pelo Conselho de Administração, Conselho Fiscal e Revisor Oficial de Contas. Os membros dos órgãos sociais e da Mesa da Assembleia Geral são eleitos pela Assembleia Geral, para um mandato de três anos. Sendo a informação infra referente aos órgãos sociais em funções a , pelo mandato referente ao período Organograma Geral da Caixa de Crédito Agrícola Assembleia Geral Conselho de Administração Conselho Fiscal ROC 5.3. Assembleia Geral A Mesa da Assembleia Geral é constituída por um Presidente, um Vice-Presidente e um Secretário Composição da Mesa da Assembleia Geral Presidente: Joaquim António G. E. Gonçalves Vice-Presidente: Gonçalo André das Neves Dias Secretário: Romeu Jorge Pontes Suplente: Sónia Isabel Borralho Brito Competência da Assembleia Geral A Assembleia Geral delibera sobre todos os assuntos para os quais a Lei e os Estatutos lhe atribuam competências, competindo-lhe, em especial: Eleger, suspender e destituir os titulares dos cargos sociais, incluindo os seus Presidentes; CA SILVES Relatório e Contas

120 Votar a proposta de plano de actividade e de orçamento da Caixa Agrícola para o exercício seguinte; Votar o relatório, o balanço e as contas do exercício anterior; Aprovar a fusão, a cisão e a dissolução da Caixa Agrícola; Aprovar a associação e a exoneração da Caixa Agrícola da CAIXA CENTRAL e de organismos cooperativos de grau superior; Fixar a remuneração dos titulares dos órgãos sociais da Caixa Agrícola; Decidir do exercício do direito de ação cível ou penal contra o revisor oficial de contas, administradores, gerentes, outros mandatários ou membros do Conselho Fiscal e da Mesa da Assembleia Geral; Decidir da alteração dos Estatutos Conselho de Administração O Conselho de Administração é composto por um número ímpar de membros efetivos, no mínimo de três e de um suplente. Atualmente o Conselho de Administração é composto por 3 membros, com mandato para o triénio 2016/ 2018, eleitos em Dezembro de Composição do Conselho de Administração Presidente: José Manuel Guerreiro Estiveira Gonçalves Vogal: Diogo Manuel Calvário Cabrita Vogal: Manuel António da Conceição Nunes Suplente: Cláudia Isabel da Silva Bento Competências do Conselho de Administração As competências do Conselho de Administração decorrem da Lei, competindo-lhe, em especial e de acordo com os Estatutos: Administrar e representar a Caixa Agrícola; Elaborar, para votação pela Assembleia Geral, uma proposta de plano de actividade e de orçamento para o exercício seguinte; Elaborar, para votação pela Assembleia Geral, o relatório e as contas relativos ao exercício anterior; Adotar as medidas necessárias à garantia da solvabilidade e liquidez da Caixa Agrícola; Decidir das operações de crédito da Caixa Agrícola. Fiscalizar a aplicação dos capitais mutuados; Promover a cobrança coerciva dos créditos da Caixa Agrícola, vencidos e não pagos; Organizar, dirigir e disciplinar os serviços. CA SILVES Relatório e Contas

121 Reuniões do Conselho de Administração O Conselho de Administração reúne, pelo menos, 1 vez por semana, e sempre que necessário, tendo realizado um total de 53 reuniões formais de Administração no ano de Distribuição de Pelouros pelos Membros do Conselho de Administração O Conselho de Administração tem os seguintes pelouros definidos entre os seus membros: O Presidente José Manuel G.E. Gonçalves: Representação da Caixa; Departamento Comercial; Departamento Financeiro; Recursos Humanos; Área das actividades de Suporte; Planeamento Estratégico e Controlo de Gestão; Comunicação e Relações Institucionais Vogal Diogo Manuel Calvário Cabrita: Departamento Risco e Crédito; Departamento Jurídico e contencioso; Contratação e Recuperação de Crédito; Organização e processos; Vogal Manuel António da Conceição Nunes: Auditoria Interna; Compliance; Risco Global Órgãos de Fiscalização A fiscalização da Caixa de Crédito Agrícola compete a um Conselho Fiscal e a um Revisor Oficial de Contas ou uma Sociedade de Revisores Oficiais de Contas. As competências dos órgãos de fiscalização são as que decorrem da lei, competindo, ainda, ao Conselho Fiscal, de acordo com os Estatutos, emitir parecer sobre a proposta de plano de actividade e de orçamento Conselho Fiscal O Conselho Fiscal é composto por três membros efetivos e, pelo menos, um suplente Composição do Conselho Fiscal Presidente: João Pedro Rodrigues Gonçalves Mendonça Vice-Presidente: Maria Julieta Gravanita Elias Vogal: Patrícia Isabel Cabrita Neves Suplente: Nuno Filipe Louzeiro Silva Reuniões do Conselho Fiscal O Conselho Fiscal reúne, pelo menos, 1 vez por trimestre, e sempre que necessário, tendo realizado, em 2017, um total de 7 reuniões. CA SILVES Relatório e Contas

122 Revisor Oficial de Contas O Revisor Oficial de Contas é designado pela Assembleia Geral, sob proposta do Conselho Fiscal. O mandato actual do Revisor Oficial de Contas é de 2013 a 2015, encontrando-se designados para o cargo: Efetivo: Isabel Paiva, Miguel Galvão & Associados Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, Lda, contribuinte nº ; representada pelo R.O.C. nº 629 Isabel Gomes de Novais Paiva, contribuinte nº Suplente: R.O.C. nº 1098 José Luís Guerreiro Nunes, contribuinte nº Política de remuneração Política de remuneração dos Órgãos Sociais Nos termos do número 4 do Art. 115º-C do Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras (RGICSF), aprovado pelo Decreto-Lei nº 298/92, de 31 de Dezembro, na redacção que lhe foi dada pelo Decreto-Lei nº 157/2014, de 24 de Outubro, e dos Arts. 7º, número 3, e 20º, número 4, do Estatuto Remuneratório do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo, vem o Conselho de Administração da CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE SILVES, CRL (doravante CAIXA AGRÍCOLA), submeter à aprovação da Assembleia Geral a Política de Remuneração dos Membros dos Órgãos de Administração e de Fiscalização da CAIXA AGRÍCOLA para o ano de Propõe-se que a Política de Remuneração dos Membros dos Órgãos de Administração e de Fiscalização da CAIXA AGRÍCOLA para o ano de 2017 seja aprovada nos seguintes termos: 1. INTRODUÇÃO Em cumprimento do normativo aplicável, a Política de Remuneração dos Membros dos Órgãos de Administração e de Fiscalização da CAIXA AGRÍCOLA foi definida e elaborada de modo a reflectir adequada e proporcionalmente a dimensão, a organização interna e a natureza da Instituição, o âmbito e a complexidade da actividade por si desenvolvida, a natureza e a magnitude dos riscos assumidos e a assumir e o grau de centralização e delegação de poderes estabelecido no seio da mesma Instituição. A mesma Política de Remuneração, atento o facto do Banco de Portugal não ter ainda aprovado qualquer instrumento regulamentar que revogue, altere ou substitua o Aviso nº 10/2011, sendo que as Instruções nºs 4/2015 e 5/2015, publicadas em 15 de Junho de 2015, referem-se à matéria das Políticas de Remuneração, mas somente quanto a divulgação de informação quantitativa a ela atinente, teve em consideração os seguintes instrumentos: a. O RGICSF; b. O Aviso do Banco de Portugal nº 10/2011, quanto às normas neste contidas que não sejam incompatíveis com a actual redacção do RGICSF, atentas as alterações neste introduzidas pelo Decreto-Lei nº 157/2014 e por diplomas subsequentes, e que não devam, por isso, considerarse revogadas em função de tais alterações; c. A Lei nº 28/2009, de 19 de Junho, na redacção que lhe foi dada pelo Decreto-Lei nº 157/2014; d. A Directiva nº 2013/36/EU, do Parlamento Europeu e do Conselho (IV Directiva de Requisitos de Capital); e. O Regulamento nº 575/2013, do Parlamento Europeu e do Conselho (Regulamento de Requisitos de Capital); f. As Orientações da Autoridade Bancária Europeia nº EBA/GL/2015/22; CA SILVES Relatório e Contas

123 g. O Estatuto Remuneratório do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo. 2. PRINCÍPIOS GERAIS O regime legal e regulamentar ora em vigor preserva a aplicação do princípio da proporcionalidade na definição das políticas de remuneração, pelo que se mantém a relevância dada elementos como a natureza jurídica de cooperativa da Instituição e a imposição de restrições de natureza geográfica à actuação da dita Instituição, factores que determinam que a tais funções correspondam muitas vezes remunerações de valor senão simbólico, pelo menos inferior ao da média dos Colaboradores da Instituição, sendo por conseguinte tais remunerações insusceptíveis de qualquer comparação com as que são auferidas no resto do Sector Bancário, tal como são insusceptíveis de levar à assunção de riscos excessivos ou de pôr em causa os interesses de longo prazo da Instituição, a sua estabilidade financeira ou a sua base de capital. Nesta perspectiva, para além de se terem que considerar inaplicáveis à CAIXA AGRÍCOLA todas as disposições do RGICSF, da Lei nº 28/2009 e do Aviso nº 10/2011 (os últimos na medida em que se considerem compatíveis com o primeiro) que pressuponham que as entidades às mesmas sujeitas revestem a natureza jurídica de sociedades anónimas, houve que ponderar a aplicação de muitas das demais normas, sempre por referência ao princípio da proporcionalidade ínsito no corpo do nº 3 do art. 115º-C do RGICSF. Consequentemente, o referido princípio da proporcionalidade presidiu à elaboração da presente Política de Remuneração que, nos termos do RGICSF e dos Arts. 7º, número 4, e 20º, número 5, do Estatuto Remuneratório do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo, prossegue ainda os seguintes objectivos: a. Promover e ser coerente com uma gestão de riscos sã e prudente e não incentivar a assunção de riscos superiores ao nível de risco tolerado pela Instituição; b. Ser compatível com a estratégia empresarial da Instituição, os seus objectivos, valores e interesses de longo prazo e incluir medidas destinadas a evitar conflitos de interesses; c. Distinguir de forma clara os critérios para a fixação da componente fixa da remuneração, fundamentados principalmente na experiência profissional relevante e na responsabilidade organizacional de cada Membro de Órgão de Administração ou de Fiscalização. 3. CONSIDERAÇÕES GERAIS Nos termos e para os efeitos do nº 1 do art. 16º do Aviso nº 10/2011, declara-se que: a) A Política de Remuneração dos Órgãos de Administração e de Fiscalização é definida pela Assembleia Geral, sem a intervenção de quaisquer consultores externos, cabendo à mesma revê-la periodicamente, pelo menos uma vez por ano, em sede da sua aprovação nos termos do nº 4 do art. 115º-C do RGICSF; b) A presente política não contempla a atribuição de remunerações variáveis; c) Vistas a natureza e dimensões da Instituição, a inexistência de remunerações variáveis, o valor das remunerações pagas aos Membros dos respectivos Órgãos de Administração e de Fiscalização e o facto de, não sendo a Instituição uma sociedade anónima, lhe ser impossível pagar qualquer remuneração sob a forma de acções ou instrumentos nos termos do nº 3 do art. 115º-E do RGICSF, não será diferido o pagamento de qualquer parte da remuneração; d) A Política de Remuneração é propícia ao alinhamento dos interesses dos Membros do Órgão de Administração com os interesses de longo prazo da Instituição e é igualmente consentânea com o desincentivo de uma assunção excessiva de riscos, na medida em que preconiza a atribuição de uma CA SILVES Relatório e Contas

124 remuneração de valor moderado, compatível com as tradições e com a natureza específica do Crédito Agrícola; e) Atenta a natureza cooperativa da CAIXA AGRÍCOLA, o desempenho dos Órgãos de Administração e de Fiscalização é, em primeira linha, avaliado pelos Associados em sede de Assembleia Geral, reflectindo tal avaliação não só o desempenho económico da Instituição, mas também outros critérios directamente relacionados com a sobredita natureza cooperativa, incluindo a qualidade da relação estabelecida entre Administração e Cooperadores e da informação prestada aos membros sobre o andamento dos negócios sociais. 4. REMUNERAÇÃO DOS MEMBROS DO ORGÃO DE FISCALIZAÇÃO: CONSELHO FISCAL A remuneração dos Membros do Conselho FiscaL tendo em consideração a natureza da composição desse Órgão Social, consiste exclusivamente numa componente fixa, paga através de senhas de presença de valor fixado pela Assembleia Geral, nos termos da lei, dos Estatutos e do Art. 20º, número 6, do Estatuto Remuneratório do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo, sem prejuízo das disposições transitórias contidas no mesmo Estatuto; em montante fixo mensal liquidado em doze meses, de valor fixado pela Assembleia Geral, nos termos da lei, dos Estatutos e do Art. 20º, número 6, do Estatuto Remuneratório do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo, sem prejuízo das disposições transitórias contidas no mesmo Estatuto; e consoante a prática da CCAM. Acresce a esta remuneração o direito ao reembolso das despesas em que os Membros do Conselho Fiscal justificadamente incorram no exercício das suas funções. 5. REMUNERAÇÃO DOS MEMBROS DO ÓRGÃO DE ADMINISTRAÇÃO: CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 5.1. REMUNERAÇÃO DOS ADMINISTRADORES EXECUTIVOS A remuneração dos Membros executivos do Conselho de Administração consiste exclusivamente numa componente fixa, paga em montante fixo mensal liquidado em catorze meses, em termos análogos àqueles em que sejam pagos aos trabalhadores da Instituição os respectivos salários, subsídios de férias e subsídios de Natal), de valor fixado pela Assembleia Geral, nos termos da lei, dos Estatutos e do Art. 9º, nº 1, do Estatuto Remuneratório do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo, sem prejuízo das disposições transitórias contidas no referido Estatuto, consoante a prática da CCAM. Quando existam, os Administradores Executivos que sejam oriundos do quadro de pessoal e cujos contratos de trabalho tenham sido suspensos por consequência da sua eleição para o Conselho de Administração: terão direito a receber uma remuneração fixa cujo valor global seja, pelo menos, idêntico ao que aufeririam se o referido contrato de trabalho se mantivesse em vigor, sem prejuízo da possibilidade da sua actualização, nos termos aplicáveis à generalidade dos trabalhadores da Instituição, bem como a manter os benefícios sociais, incluindo de natureza não pecuniária, a que teriam direito enquanto trabalhadores, excepto os incompatíveis com a suspensão do vínculo laboral. Nos termos da presente Política, os Administradores Executivos oriundos do quadro de pessoal não têm direito a receber remuneração variável, ainda que esta seja atribuída à generalidade dos trabalhadores da Instituição. Acresce à referida remuneração: i) utilização de viatura de serviço; ii) utilização de telemóvel; iii) atribuição de cartão de crédito e afectação do mesmo ao pagamento de despesas de representação ou outras incorridas no exercício das funções de Membro do Órgão de Administração; iv) direito ao reembolso de despesas de serviço desde que devidamente justificadas, nos mesmos termos em que tal é admitido à generalidade dos colaboradores da Instituição; CA SILVES Relatório e Contas

125 Nos termos e para os efeitos dos arts. 115º-E e 115º-F do RGICSF e do nº 2 do art. 16º do Aviso nº 10/2011, mais se declara que: Quanto à avaliação do desempenho a) O órgão competente para a avaliação do desempenho individual dos Administradores Executivos é o Órgão de Fiscalização, sem prejuízo da competência da Assembleia Geral, nos termos acima descritos; b) A remuneração dos Administradores Executivos não inclui uma componente variável, pelo que são inaplicáveis os arts. 115º-E e 115º-F do RGICSF e as alíneas b), c), d), e), f), g), h) e i) do nº 2 do art. 16º do Aviso nº 10/ Quanto aos mecanismos de malus e clawback Conforme referido acima, a remuneração dos Administradores executivos não inclui uma componente variável, pelo que são inaplicáveis as regras constantes do RGICSF quanto à aquisição do direito à mesma e aos mecanismos de redução ( malus ) ou reversão ( clawback ) Disposições gerais a) Uma vez que a remuneração dos Administradores Executivos não inclui uma componente variável, são inaplicáveis as alíneas b), c), d), e), f), g), h) e i) do nº 2 do art. 16º do Aviso nº 10/2011; b) No exercício de 2017 não foram pagas nem se mostraram devidas compensações e indemnizações a Membros do Órgão de Administração devido à cessação das suas funções; c) A Instituição não celebrou com os Membros do seu Órgão de Administração qualquer contrato que lhes confira direito a compensações ou indemnizações em caso de destituição, incluindo pagamentos relacionados com a duração de um período de pré-aviso ou cláusula de não concorrência, pelo que o direito a tais compensações ou indemnizações se rege exclusivamente pelas normas legais aplicáveis, sendo desnecessários os instrumentos jurídicos a que alude o art. 10º do Aviso nº 10/2011; de igual modo, não vigora na Instituição qualquer regime especial relativo a pagamentos relacionados com a cessação antecipada de funções, pelo que é igualmente inaplicável o nº 11 do art. 115º-E do RGICSF; d) Foram pagas ao Presidente do Conselho de Administração da Caixa Agrícola, senhor José Manuel Guerreiro Estiveira Gonçalves, senhas de presença, pela Caixa Central Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo, C.R.L., pela sua participação nas reuniões do Conselho Consultivo da mesma. e) Não vigoram na Instituição quaisquer regimes complementares de pensões ou de reforma antecipada, nem são concedidos benefícios discricionários de pensão; f) Inexistem outros benefícios não pecuniários relevantes que possam ser considerados como remuneração. g) Os Membros do Órgão de Administração não utilizam quaisquer seguros de remuneração ou responsabilidade, ou quaisquer outros mecanismos de cobertura de risco tendentes a atenuar os efeitos de alinhamento pelo risco inerentes às suas modalidades de remuneração h) Caso seja atribuída qualquer remuneração a Administrador Executivo eleito para o seu primeiro mandato que vise compensá-lo pela cessação de funções anteriores, esta terá em consideração os interesses de longo prazo da Instituição e será sujeita às regras que em cada momento vigorem quanto a desempenho, indisponibilidade mediante retenção pela Instituição, diferimento e reversão, sem prejuízo de, conforme referido, não ser actualmente diferido o pagamento de qualquer parte da remuneração. CA SILVES Relatório e Contas

126 5.2 REMUNERAÇÃO DOS ADMINISTRADORES NÃO EXECUTIVOS A remuneração dos Membros não executivos do Órgão de Administração é fixada pela Assembleia Geral, nos termos da lei, dos Estatutos e do Art. 9º, nº 1, do Estatuto Remuneratório do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo, sem prejuízo das disposições transitórias contidas no referido Estatuto, consiste exclusivamente numa componente fixa, paga em montante fixo mensal liquidado em catorze meses, em termos análogos àqueles em que sejam pagos aos trabalhadores da Instituição os respectivos salários, subsídios de férias e subsídios de Natal; etc. consoante a prática da CCAM. Acresce à referida remuneração o direito ao reembolso de despesas de serviço desde que devidamente justificadas, nos mesmos termos em que tal é admitido à generalidade dos colaboradores da Instituiçao. 6. REVISOR OFICIAL DE CONTAS A remuneração do Revisor Oficial de Contas é estabelecida com base nas práticas de mercado e definida no âmbito de contrato de prestação de serviços de revisão de contas Remunerações auferidas pelos membros dos Órgãos de Administração e Fiscalização No exercício de 2017, o detalhe das remunerações pagas aos Membros dos Órgãos Sociais (Concelho Fiscal, Conselho de Administração e ROC), apresenta-se a seguir: Conselho Administração CCAM Remuneração Fixa Variável Total Presidente Conselho Administração Vogal Conselho Administração Vogal Conselho Administração Total Conselho Fiscal Presidente Conselho Fiscal Vogal Conselho Fiscal Vogal Conselho Fiscal Total Revisor Oficial de Contas Contracto anual (com IVA Incluido) Política de remuneração de colaboradores Dando cumprimento ao disposto no Aviso do Banco de Portugal nº 10/2011, é prestada a seguinte informação, atinente à política de remuneração de colaboradores, que é idêntica para a generalidade dos colaboradores da cooperativa: a) A política de remuneração dos colaboradores é definida e aprovada pelo Órgão de Administração; CA SILVES Relatório e Contas

127 b) Os colaboradores abrangidos pelo nº 2 do artigo 1º do Aviso do Banco de Portugal nº 10/2011 auferem uma remuneração idêntica aquela que está definida para a generalidade dos colaboradores da cooperativa, que assenta principalmente numa componente fixa paga catorze vezes por ano, de acordo com as condições dispostas no ACT do Crédito Agrícola, a qual pode ainda integrar um complemento remunerativo mensal fixo, estabelecido contratualmente ou na sequência de reajustamento remunerativo casuístico. c) Também se atribui até duas horas de Isenção de horário de trabalho às funções cujo nível de responsabilidade e exigência de disponibilidade assim o justifique. d) Pode ser atribuída anualmente uma remuneração variável, definida com base num processo de avaliação de um conjunto de competências críticas para a função, a qual corresponde apenas a um prémio de desempenho. e) A metodologia e critérios de avaliação de desempenho, aprovados pelo órgão de administração, são divulgados internamente, aprovados e aplicados de forma idêntica, para a generalidade dos colaboradores da instituição. O órgão de administração valida os resultados finais da avaliação de desempenho efectuada pela hierarquia direta dos colaboradores. f) Para os colaboradores em apreço a componente variável da remuneração, seu limite e as orientações de atribuição são revistos anualmente pelo Conselho de Administração. g) A componente variável poderá assim ser atribuída anualmente, mediante análise casuística do Conselho de Administração, considerando o resultado líquido da CCAM de Silves, e os resultados da avaliação de competências específicas e transversais, que permitem verificar o respeito pelas regras e procedimentos aplicáveis à actividade, designadamente as regras de controlo interno e as que são relativas às relações com clientes e investidores. h) Pretende-se, deste modo, promover a sustentabilidade da instituição e a criação de valor a longo prazo. i) A remuneração variável quando atribuída é paga em numerário tendo por base o desempenho do ano, seguindo o princípio contabilístico da especialização. j) Não é diferida parte da componente variável da remuneração, porquanto o valor desta não tem expressividade para que o seu pagamento imediato e de uma só vez possa impedir que se atinja qualquer um dos objectivos que o diferimento visaria prosseguir. k) Atendendo ao disposto no artigo 17º do Aviso do Banco de Portugal nº 10/2011, os colaboradores abrangidos pelo nº 2 do artigo 1º do mesmo Aviso, para 2017 indicamos que um total de 40 colaboradores auferiu uma parte fixa de , em conjunto com de parte variável, numa remuneração total auferida de Em 2017 verificou-se a saída definitiva, por mútuo acordo, de um colaborador que estava ao abrigo de cedência à Administração Pública. l) Montantes e tipos de remuneração variável, separados por remuneração pecuniária e outros tipos não aplicável; m) Montante da remuneração diferida não paga, de forma agregada não aplicável; n) Montantes anuais da remuneração diferida devida, paga ou objeto de reduções resultantes de ajustamento introduzido em função do desempenho individual dos titulares não aplicável; o) Número de novas contratações efetuadas no ano a que a informação respeita não houve novas contratações; p) Montante dos pagamentos efetuados ou devidos anualmente em virtude de rescisão antecipada de contrato de trabalho com Colaboradores, número de beneficiários desses pagamentos e o maior pagamento atribuído a um Colaborador individual não aplicável. CA SILVES Relatório e Contas

128 6. Parecer do Conselho Fiscal CA SILVES Relatório e Contas

129 7. Certificação Legal de Contas CA SILVES Relatório e Contas

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