Anatomia Patológica II Aula 6 - Aparelho digestivo (continuação) Estômago (continuação)
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- Afonso Arruda Caldeira
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1 Anatomia Patológica II Aula 6 - Aparelho digestivo (continuação) Estômago (continuação) Úlcera péptica É uma solução de continuidade da mucosa, que ultrapassa a muscular da mucosa. (se não ultrapassar é erosão, gastrite crónica) É uma lesão crónica, geralmente única, que ocorre em qqer local do tubo digestivo. Localizações: Patogenia: Bulbo duodenal (localização mais frequente) Antro gástrico Junção gastro-esofagica (por refluxo ou esófago de Barrett) Margens de gastrojejunostomia Síndrome de Zollinger-Ellison Divertículo de Meckel Deve-se a um desequilíbrio da defesa e do ácido clorídrico e pepsina. HP AINES (+ nas UG; há uma lesão química e diminuição da síntese de PGs que são protetoras). Aspirina Fumo Álcool Macroscopia: Doenças crónicas (Cirrose alcoólica, DPOC, IRC, hiperparatiroidismo) Stress (queimados, politraumatizados) Corticosteroides (diminuição PGs) Hiperplasia das células parietais~ São lesões solitárias, escavadas, circulares ou ovaladas, bem delimitadas e habitualmente com menos de 4 cm de diâmetro. ( < 0.3 mm são erosões;> 0.6 mm é úlcera). A profundidade é variável.
2 Os bordos são ligeiramente elevados em relação à base da úlcera, mas normalmente nivelados com a mucosa adjacente. A base é lisa e limpa, resultante da digestão ácida do exsudato, podendo ser visíveis vasos sanguíneos. Se rutura dos vasos do fundo, hematémeses. UG predominam ao longo da pequena curvatura e na incisura angularis, em redor do limite entre a mucosa oxintica e a mucosa antral. A mucosa gástrica que circunda a UG é edemaciada e avermelhada, devido à gastrite. Nota: UD predominam próximo do anel pilórico (+ na parede anterior) O tamanho e a localização não diferenciam uma úlcera benigna de uma úlcera maligna. Critérios de benignidade: bordos bem definidos, nicho de adição, convergência das pregas, apagamento das pregas por edema. Micro: Bordo aspetos papilares regenerativos Atividade dos PMNs (neutrófilos) Metaplasia intestinal (tipo I completa; tipo II incompleta) (já está na aula 5) Displasia Fundo Camada fina superficial com detritos fibrinóides Zona com infiltrado inflamatório inespecífico (PMNs) Tecido de granulação (fibroblastos) e clls inflamatórias mononucleares Cicatriz fibrosa ou colagenizada. Endarterite, tromboses vasculares Hiperplasia de troncos venosos Infiltrado inflamatório: linfócitos e plasmócitos. Complicações: (ulcera e gastrite condições pré-neoplásicas) Hemorragia digestiva - + frequente (em 15-20% dos doentes) hematémeses ou melenas. Pode ser a primeira manifestação clinica notada por Perfuração em 5% dos doentes Com ou sem peritonite (que pode até dar pancreatite) Estenose pilórica Em 2% dos doentes Provoca dor abdominal, vómitos e dilatação gástrica (obstrução)
3 Malignização Notas: (imagens) Mitoses - displasia de alto grau Perda de arquitetura com mitoses carcinoma Carcinoma intraepitelial (não se vê membrana basal, há erosões, hemorragia na lamina própria e perda de arquitetura foveolar e glandular, com muscular da mucosa em baixo. Hiperplasia folicular Se neutrófilos gastrite cronica reativa. Úlcera gástrica pregas, bordo baixo e irregular DPOC associado a lesões de úlcera péptica. Ulcera gástrica aguda Surge após intenso stress fisiológico (úlceras d stress) Localizam-se no estomago (++)e variam de profundidade. Patogenia Doença debilitante Sépsis Choque Queimaduras extensas Traumatismo grave Lesões intracranianas Pós-cirurgia intracraniana Estimulação direta do núcleo vagal pela Pintracraniana aumentada, aumento da secreção de ácido gástrico Acidose sistémica Hipoxia Aspirina QT e RT
4 Classificação Ulceras de Curling no duodeno proximal Associado a queimaduras e traumas Ulceras de Cushing no esófago, estomago e duodeno Macroscopia Em doentes com lesões intracranianas Ulceras com < 1 cm, circulares; a base adquire cor pardo-escura devido à digestão ácida do sangue extravasado; exibem pregas gástricas normais, porem margens e bases escurecidas. Microscopia Lesões evidentes, com mucosa adjacente essencialmente normal. Pode haver perfusão sanguínea para dentro da mucosa e da submucosa e alguma reação inflamatória. Ausência de cicatriz e de espessamento dos vasos sanguíneos, ao contrario das ulceras pépticas crónicas. Hiperplasia Gástrica Síndrome de Ménétrier hiperplasia das clls mucosas superficiais, com atrofia glandular concomitante. Gastropatia hipertrófica hipersecretora hiperplasia das clls principais e parietais, nas gls gástricas. Hiperplasia glandular gástrica secundaria à secreção excessiva de gastrina hiperplasia de clls parietais devido a um gastrinoma (síndrome de Zollinger-Ellison); hipergastrinémia. Provoca UG e UD que não respondem ao tratamento Carcinoma gástrico Carcinoma mais comum do estômago Condições pré-neoplásicas e lesões pré-neoplásicas Gastrite crónica Gastrectomia parcial Úlcera péptica Adenomas Metaplasia intestinal (que evolui para carcinoma do tipo intestinal) Displasia (que evolui para carcinoma difuso) Esófago de Barrett
5 Sindrome de Lynch Epidemiologia Asia (arroz) Japão, China, Hong Kong Europa (batata) Portugal, Grécia Nitritos em contacto com a cll América do sul (batata e milho) - Chile Fatores etiológicos: Dieta (fumados e nitratos) Genéticos Grupo sanguíneo A Hipogamaglobulinemia HP Condições pré-neoplásicas Protetores: leite, fruta, salada + homens que mulheres Sintomas: Dispepsia (mas não há sintomas específicos) Histogénese Normal Atrofia Displasia Adenomas (5% dos pólipos) Pólipos hiperplásicos 10% Notas: Carcinoma Pólipos hiperplásicos cancerizam Pólipo inflamatório é o + frequente Crescimento exofílico para o lúmen do estomago Classificação: Carcinoma intraepitelial in situ, não chega à muscular da mucosa Carcinoma gástrico inicial - ultrapassa a muscular da mucosa)
6 Carcinoma gástrico invasivo (pode ir à serosa) Vegetante/ulcero-vegetante/ulcerado Linite plástica é o carcinoma gástrico difuso, mas com estroma de reação desmoplásico exuberante. Cria aspeto rígido e espessado em todo o estomago de garrafa de couro. Macroscopia Carcinoma gástrico inicial Tipo I vegetante/adenoma não vai à submucosa Tipo II plano. Pode ser IIa (plano elevado); IIb (plano); IIc (plano deprimido). Tipo III ulcerado/escavado ultrapassa a muscular da mucosa Histologia: Confinado Mucoso (intramucoso) Submucoso (mucoso) Intramucoso: pequeno (<4 cm) e submucoso (>4 cm) Superficial e submucoso (>4 cm) Penetrante (submucoso): Tipo A (expansivo ou digitiforme) pior prognostico Tipo B (infiltrativo) Classificação de Borrmann (não pergunta) Classificações histológicas Carcinoma gástrico Lauren Tipo intestinal (HP) 53% - Tumor volumoso, composto por estruturas glandulares. Tipo difuso 33% - Crescimento infiltrativo, com células produtoras de muco em anel de sinete. Pior prognostico. Tipo inclassificado 14% Nota: Um exemplo do carcinoma gástrico tipo difuso é a linite plástica desmoplasia (estroma desmoplásico conjuntivo e denso) próstata, carcinoma ductal da mama e carcinoma gástrico. Malligon
7 De clls mucosas De clls das glândulas pilocárdicas De clls intestinais OMS Papilar Bem Adenocarcinoma Tubular Moderadamente Diferenciado Mucinoso Pouco Carcinoma de clls em anel de sinete Carcinoma indiferenciado Miling Tipo expansivo = tipo intestinal Tipo infiltrativo = tipo difuso Lauren Classificação de Carneiro CA glandular CA de clls isoladas CA sólido CA misto Outros tipos: CA hepatoide, CA indiferenciado com estroma linfoide. Tumores de Krukenberg Metastização transcelómica Sempre produtores de muco Metastizam para o ovário e mama bilateralmente; antes de chegar aos ovários depositam-se no peritoneu. É sempre maligno. Estômago, cólon e mama.
8 Notas: Estomago polissomia do R2 pesquisa para FISH do R2 e se tiver multiplicação faz-se ansipring (carcinoma gástrico) Cólon EGFR - procura-se mutação do KRAS. Aqui o EGFR é inibido pelo anticorpo. Pulmão pesquisa-se EGFR (dá-se inibidor do EGFR) Célula de Helsínquia carcinoma com célula produtora de muco + capacidade de metastização Pseudomicsoma do peritoneu - tumor do tecido conjuntivo laxo. Carcinoma mucoepidermoide tumor das células produtoras de muco Benigno quando a cll produtora de muco é benigna Maligno quando a cll produtora de muco é maligna. (a Jess não tinha mucoepidermoide mas eu pesquisei e acho que é isto) Fatores de prognóstico Tumor inicial determinado pelo TNM Tumor invasivo determinado pelos indicadores; Indicadores de melhor prognóstico: Ausência de necrose Índice de mitose baixo Ausência de muco Intestino Delgado Febre tifoide Salmonela typhi; febre, exantema, dor abdominal, prostração, ulceração das placas de peyer com hemorragia intestinal e choque. Salmonelose Salmonela, gram negativo, gastroenterite autolimitada. Cólera vibrio colerae; diarreia grave água de arroz (secretora) Yersinia enterocoitica Tuberculose intestinal Duodeno Amebíase Entamoeba histolytica, protozoário disenteria + apoptose das clls epiteliais do colon + ulcera (diarreia sanguinolenta) Giardíase Gardia lamblia, protozoário, diarreia por má absorção, ingestão de quistos
9 Enterocolite necrotizante (NEC) Ocorre nos RN devido a partos prolongados, levando a isquemia. Em caso de período prolongado de anoxia, devido à falta de O 2 no cérebro ocorre isquemia periférica com perda de segmentos do ID ou IG. Faz-se uma cirurgia para dissecar esses segmentos. Adultos (por aterosclerose) Enterocolite pseudomembranosa Clostridium difficile (toxinas). Colite aguda caracterizada pela forma de uma camada de exsudato inflamatório aderente (pseudomembranosa) que cobre as áreas de lesão da mucosa. Ocorre devido a antibioterapia. Enterocolite rádica Carcinoma do endométrio ou mulheres com HPV. Síndromes de Malabsorção Dá diarreia crónica e esteatorreia. Doença de Whipple É rara, é uma infeção provocada por Tropheryma whippelli que prolifera nos macrófagos. Pode ser no intestino (a maioria), SN e articulações. Ocorre expansão das vilosidades, devido ao denso infiltrado de macrófagos. (macrófagos PAS +). Doença celíaca Sensibilidade ao glúten provoca atrofia ou perda total das vilosidades intestinais. (superfície vilocitária diminuída) Tumores Tumores neuroendócrinos Carcinoma da ampola de Vater - é um adenoma; anos; perda de sangue oculto nas fezes; a ampola de Vater está aumentada e tem a superfície aveludada. É uma lesão pré-maligna. Ocorre mais em doentes com polipose familiar.
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