Fabricio T. Valente R1 Gastroenterologia
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- Osvaldo Ximenes Bernardes
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1 Fabricio T. Valente R1 Gastroenterologia
2 Tratado Ilustrado de Endoscopia Digestiva, SOBED, 2018, Cap. 30
3 Gastrite x Gastropatia: Em ambos coexistem lesão da célula epitelial e processo regenerativo Gastrite: processo inflamatório predominante Gastropatia: pode ocorrer sem inflamação ou com inflamação mínima
4 Sistema Sydney (1990): Uniformizar as terminologias utilizadas Baseado na avaliação de duas classificações interligadas das gastrites: endoscópica e histológica, levando em consideração aspectos morfológicos, topográficos e etiológicos Sistema OLGA (Operative Link for Gastritis Assessment)
5 Mucosa normal: Rósea, de superfície brilhante, regular e lisa Pregas longitudinais no corpo que não ultrapassam 5 mm e que diminuem levemente com a distensão gástrica Antro: mais liso, com pregueado menos evidente (2 ou 3 pregas) Atenção às alterações do padrão de cor e relevo da mucosa
6 Descrição dos achados endoscópicos: Edema: mucosa de aspecto nacarado e espessado, acentuação do pregueado mucoso Enantema: área de mucosa avermelhada, esparso ou difuso, salpicado/mosaico ou estrias longitudinais Exsudato mucoso: secreção leitosa, fluida ou densa, aderida à mucosa e que resiste à irrigação vigorosa de água Friabilidade: fácil sangramento agudo, secundário a pequenos traumas de contato ou mesmo à insuflação
7 Descrição dos achados endoscópicos: Erosões planas: solução de continuidade da mucosa, geralmente associada a enantema periférico, recobertas por fibrina/hematina, menores que 5 mm de diâmetro, profundidade de até 1 mm Erosões elevadas: leve elevação da mucosa, com umbilicação central contendo exsudato fibrinoso/hematina Nodularidade: aspecto granuloso (leve) ou nodular (acentuado) do relevo mucoso
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9 Descrição dos achados endoscópicos: Hiperplasia das pregas mucosas: pregas alargadas, que não diminuem com a distensão máxima, leve (5 mm de diâmetro), moderada (5-10 mm), intensa (>10 mm) Atrofia das pregas mucosas: rarefação e redução do diâmetro das pregas, chegando ao desaparecimento (formas intensas), mucosa esbranquiçada, com vasos submucosos visíveis (mesmo com pouca insuflação)
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11 Descrição dos achados endoscópicos: Hemorragia subepitelial: sufusões hemorrágicas por ruptura de pequenos vasos subepiteliais, manchas de tamanhos variados, forma irregular, escuras, puntiformes, em faixas, formato circular ou em chama, podem romper e causar hemorragia para o lúmen
12 Sinais endoscópicos preditivos da presença ou não de H. pylori: Enantema salpicado restrito ao corpo HP (+) Enantema de corpo associado a edema de pregas e exsudato mucoso HP (+) Nodularidade antral HP (+) Arranjo regular das vênulas coletoras (RAC): diminutos pontos avermelhados no corpo HP (-) Enantema em estrias ou faixas, associadas a RAC HP (-) Pólipos esporádicos de glândulas fúndicas sem uso crônico de IBP HP (-)
13 Classificação endoscópica: Gastrite enantematosa e/ou exsudativa: forma mais frequente, restrita ou difusa, c/ ou s/ exsudato mucoso, leve, moderada ou intensa Gastrite erosiva plana: erosões planas, restritas ou difusas, leve (<5), moderada (5-10) e intensa (>10) Gastrite erosiva elevada: erosões elevadas, graduadas como erosiva plana Gastrite atrófica: associada ou não a metaplasia intestinal (áreas levemente elevadas de corpo ou antro, coloração acinzentada, aspecto opalescente e superfície aveludada
14 Classificação endoscópica: Gastrite hemorrágica (subepitelial): uso de AINEs, petéquias na superfície mucosa Gastrite por refluxo enterogástrico: estômago operado ou colecistectomia, lago mucoso com bile + mucosa nodular, edemaciada, friável e intensamente congesta Gastrite com hiperplasia de pregas: aumento das pregas mucosas do corpo que não desaparece à insuflação (Doença de Ménétrier, gastropatia hipersecretora hiperplásica, Zollinger-Ellison). Diag. dif.: varizes de fundo
15 Topografia: Gastrite antral Gastrite do corpo Pangastrite
16 Uniformizar a histologia das gastrites Intensidade: normal, leve, moderada, intensa 5 biópsias: 2 do antro (de 2-3 cm do piloro, da pequena e grande curvatura) 2 do corpo (a 8 cm da cárdia, da parede anterior e posterior) 1 da pequena curvatura Incisura angularis: avaliação da atrofia ou metaplasia intestinal
17 Achados histológicos principais: Densidade do H. pylori Atividade neutrofílica polimorfonuclear Inflamação crônica Atrofia glandular Metaplasia intestinal Lesão do epitélio superficial, depleção de mucina e erosão Folículo linfoide Hiperplasia foveolar
18 Classificação histológica: Gastrite aguda Consequência do desequilíbrio entre fatores agressivos x protetores da mucosa gástrica Gastrite aguda pelo H. pylori: Hipocloridria Achados endoscópicos variáveis Acometimento do antro Infiltração neutrofílica intensa na região do colo glandular e lâmina própria Casos graves: abscessos glandulares, perda de mucina, erosão e descamação das células foveolares superficiais Quase sempre evolui para gastrite crônica
19 Classificação histológica: Gastrite crônica Gastrite crônica pelo HP afeta 2/3 terços da população mundial O HP pode ser detectado no corpo e antro na maioria dos pacientes História natural da gastrite pelo HP: infecção antral de início com mínimo acometimento do corpo, hipercloridria (pode causar úlcera duodenal)
20 Classificação histológica: Gastrite crônica Gastrite atrófica metaplásica: 2 tipos: autoimune (tipo A) e ambiental (tipo B) Em relação à metaplasia, 2 classes principais: pseudopilórica (ou pilórica) e intestinal Pseudopilórica: substituição da mucosa normal do corpo por células secretoras de mucina da glândula antropilórica Metaplasia intestinal: substituição por epitélio intestinal, resposta adaptativa à lesão crônica, 3 tipos (I completa do intestino delgado; II inclompleta do intestino delgado; III cólica), achado comum nas gastrites HP+
21 Classificação histológica: Gastrite crônica Formas especiais ou Gastrite tipo C: Gastrite por refluxo enterogástrico ou gastrite química Gastrite actínica Gastrite linfocítica Gastrite colagenosa Gastrite granulomatosa Gastrite eosinofílica Gastrite com pregas gástricas hipertróficas (pelo H. pylori, Doença de Ménétrier, S. de Zollinger-Ellison) Gastrite cística poliposa ou profunda Sífilis gástrica Gastrite por CMV Estrongiloidíase gástrica Anisaquíase
22 Biópsia de 5 locais: Pequena e grande curvatura de antro distal (A1-A2) Incisura angularis (A3) Paredes anterior e posterior de corpo proximal (C1-C2) Escore de atrofia: Sem atrofia, 0%, escore = 0 Atrofia leve, 1-30%, escore = 1 Atrofia moderada, 30-60%, escore = 2 Atrofia intensa, >60%, escore = 3
23 Magnificação com filtros óticos (NBI, BLI) Imagem de autofluorescência Endomicroscopia confocal a laser
24 Gastropatia da hipertensão portal ou gastropatia congestiva Classificação de McCormack: Leve: padrão em mosaico, enantema superficial e pontos vermelhos < 1cm Grave: manchas vermelho-cereja ou lesões hemorrágicas difusas
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26 Ectasia vascular antral (GAVE) Associações principais: hipertensão portal, diabetes, insuficiência cardíaca, DRC, esclerodermia, gastrite atrófica, transplante de medula óssea Achados endoscópicos: vasos ectásicos dispostos em forma linear (estômago em melancia) ou na forma difusa, localizados mais frequentemente no antro, hematina e exsudação na superfície mucosa
27 Ectasia vascular antral
28 Gastropatia por AINEs Achados endoscópicos: enantema, edema, erosões, úlceras, sangramento ou perfuração Úlceras: pp. gástricas, largas, profundas, em pequeno número, pp. na região antral e prépilórica, friabilidade
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