Ambiente macroeconômico e financeiro

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1 Ambiente macroeconômico e financeiro Introdução A atividade econômica global se fortaleceu no segundo semestre de, com destaque para as economias maduras que, mesmo ainda expandindo abaixo da tendência histórica, consolidaram a perspectiva de retomada do crescimento. Nos países emergentes, o ritmo de expansão da atividade não tem correspondido às expectativas, em que pesem a resiliência da demanda doméstica e o impacto do maior crescimento das economias maduras, por meio do canal do comércio exterior. Notadamente de maio a setembro de, as incertezas associadas ao início da retirada dos estímulos de política monetária introduzidos nos Estados Unidos da América (EUA) se traduziram na elevação das taxas de juros de longo prazo das economias maduras, em especial nos EUA, com contribuição negativa às condições de financiamento das economias emergentes, cujas moedas desvalorizaram-se frente ao dólar estadunidense. Nesse contexto, governos e autoridades monetárias adotaram medidas variadas entre elas, o uso de reservas internacionais, acordos bilaterais de swaps de moedas, elevações nas taxas básicas de juros e medidas prudenciais de limitações de posições em moedas estrangeiras, com o objetivo de suavizar os impactos que a retirada dos estímulos nos EUA poderia causar em seus mercados domésticos. O Banco Central do Brasil (BCB) continuou o ciclo de aumento da taxa básica de juros, iniciado em abril, e anunciou programa de leilões de swap cambial e de venda de dólares com compromisso de recompra, com o objetivo de prover proteção cambial aos agentes econômicos e liquidez ao mercado de câmbio. O anúncio, em 18 de dezembro, do início do processo de redução do volume de compras de ativos (tapering 4) por 4/ Tapering refere-se à redução do volume do programa de compras de ativos por parte do Federal Reserve e marca o início do processo de normalização da política monetária dos EUA. parte do banco central dos EUA (Federal Reserve [Fed]), a ser efetivado a partir de janeiro de 2014, repercutiu modestamente nos mercados financeiros, sugerindo que parte dos seus efeitos já estava incorporada aos preços dos ativos financeiros. Ressalte-se, no entanto, que o tapering, ainda que implique volatilidade no curto prazo, é importante fator para consolidação da estabilidade financeira global. De qualquer forma, os riscos para a estabilidade financeira global permanecem elevados e seguem demandando monitoramento pormenorizado por parte das autoridades reguladoras. 1.2 Mercados financeiros internacionais No segundo semestre, a atividade econômica acelerou nos EUA, Área do Euro, Reino Unido e China, enquanto desacelerou no Japão. A Área do Euro registrou o primeiro semestre de expansão, após quatro semestres consecutivos de contração, 5 mas permanecem os desafios vinculados à consolidação fiscal, ao processo de desalavancagem financeira e à persistência de taxas de desemprego em patamares elevados. Nos EUA, ressalte-se a melhora dos indicadores associados ao mercado de trabalho, em especial da taxa de desemprego que, embora em patamar elevado, recuou para 6,7% em dezembro, de 7,5% em junho. 6 Em meio a esses avanços nas principais economias desenvolvidas, em especial nos EUA, intensificaramse as perspectivas associadas ao início do tapering por parte do Fed, ocasionando choques de alta nas taxas de 5/ Em termos trimestrais, a Área do Euro contabilizava, ao final de, o terceiro trimestre consecutivo de expansão. 6/ A redução da taxa de desemprego se deveu, em boa medida, à redução da participação da força de trabalho na população, a qual passou de 63,5%, em junho, para 62,8%, em dezembro, menor patamar desde fevereiro de 1978, quando atingira 62,7%. Março 2014 Relatório de Estabilidade Financeira 8

2 juros de longo prazo dessas economias. Os rendimentos anuais dos títulos soberanos de dez anos dos EUA subiram para 3,03% no final de dezembro, de 2,49% no final de junho (1,63% em 2 de maio); na Alemanha, os rendimentos de papéis similares, na mesma base de comparação semestral, subiram para 1,93%, de 1,73%. Em sentido inverso, os rendimentos anuais dos títulos soberanos da Itália e da Espanha, em consonância com a redução acentuada da percepção de risco soberano dessas economias, reduziram-se para 3,56% e 4,15%, de 3,95% e 4,77%, na ordem (gráfico 1.2.1). Em relação a esses dois países, ressalte-se que, desde o primeiro trimestre de, as taxas de contração dos respectivos Produtos Internos Brutos (PIB) têm sido progressivamente reduzidas, com a Espanha registrando, no terceiro trimestre daquele ano, o primeiro crescimento trimestral após nove períodos consecutivos de contração. A alta dos juros nas economias avançadas, em especial nos EUA, impactou de forma adversa os fluxos de capital para as economias emergentes, especialmente de maio a outubro de. No entanto, de acordo com o Institute of International Finance (IIF), 7 associação privada que reúne membros da indústria financeira de todo o mundo, a retração dos referidos fluxos, além de temporária, foi menos intensa do que a anteriormente divulgada. 8 Em seu relatório de janeiro de 2014, o IIF revisou para cima as estimativas dos fluxos líquidos de capital para economias emergentes em, em relação às de seu relatório de outubro. Parte dessa avaliação é creditada ao fortalecimento da atividade econômica global. Gráfico Rendimento de títulos soberanos (10 anos) % a.a. 0, EUA Alemanha Itália Espanha A melhora no desempenho econômico das principais economias desenvolvidas refletiu-se na redução da percepção de risco soberano desses países, expressa no declínio nos prêmios dos credit default swaps (CDS) ao longo do semestre. Adicionalmente, a redução da percepção de risco de evento extremo na Área do Euro também repercutiu as ações do Banco Central Europeu (BCE) e os avanços no processo de fortalecimento do sistema bancário da região. Na Itália e na Espanha, os prêmios de CDS de cinco anos (expressos em pontos-base [p.b.]) recuaram, respectivamente, para 168 e 157, de 281 em ambos os casos; na França e na Alemanha, os prêmios diminuíram, na ordem, para 54 e 25, de 80 e 32 (gráfico 1.2.2). Com relação às economias emergentes, ainda que com maior volatilidade nas respectivas trajetórias, os prêmios dos CDS de cinco anos da África do Sul, da Rússia, do México e do Chile reduziram-se, na ordem, para 204, 165, 92 e 80, de 216, 195, 131 e 98, enquanto os da Turquia e do Brasil elevaram-se para 245 e 194, de 191 e 185, respectivamente, na mesma base de comparação (gráfico 1.2.3). 8,0 6,4 4,8 3,2 1,6 Gráfico CDS soberanos (5 anos) 7/ Capital Flows to Emerging Market Economies (30/1/2014). IIF Research Note, disponível em < 8/ Os dados do IIF não corroboraram os divulgados pela Emerging Portfolio Fund Research (EPFR) sobre fluxos de capitais para emergentes no 2º semestre de. As estimativas do IIF indicam que, de maio a outubro de, os mercados emergentes receberam ingressos líquidos de investimentos em carteira de US$10 bilhões para ações (equities) e de US$71 bilhões para títulos de renda fixa (bonds), enquanto os dados disponibilizados pelo EPFR reportam saídas líquidas de US$36 bilhões (equities) e de US$37 bilhões (bonds). De acordo com o IIF, tal diferença decorre de os investidores institucionais, tais como fundos de pensão e fundos soberanos, terem mantido sua exposição aos mercados emergentes, aumentando a demanda por lançamentos de bonds, enquanto que os retail investors, captados pelas estatísticas do EPFR, apresentaram comportamento mais volátil, desfazendo-se de posições nesses mercados. Os dados do IIF agregam países emergentes que divulgam estatísticas mensais de fluxos para investimentos em ações e investimentos em renda fixa. O cenário-base do IIF incorpora gradual recuperação nos fluxos de capital em 2014 e 2015, a despeito de eventual volatilidade no curto prazo Alemanha França Espanha Itália p.b. Março 2014 Relatório de Estabilidade Financeira 9

3 Gráfico CDS soberanos (5 anos) p.b. 350 Gráfico Taxas de câmbio de economias emergentes versus dólar dos EUA. = África do Sul Rússia Turquia Brasil México Chile No mercado cambial, no semestre, o dólar valorizouse 6,2% frente ao iene (valorização de 21,4% no ano), influenciado pelo relaxamento monetário proporcionado pelo Banco do Japão (BoJ), mas depreciou-se 8,1% e 5,3%, respectivamente, em relação à libra e ao euro (gráfico 1.2.4). As economias emergentes, por sua vez, foram mais impactadas pela perspectiva de redução da liquidez global, com o dólar apreciando-se 21,7%, 11,4%, 6,2%, 5,8% e 5,3% frente às moedas da Indonésia, da Turquia, da África do Sul, do Brasil e da Tailândia, na mesma base semestral de comparação. Ressalte-se que, com relação às moedas da África do Sul, do Brasil e da Tailândia, o pico das desvalorizações frente ao dólar, em, concentrou-se no quadrimestre de maio a agosto, enquanto as moedas da Indonésia e da Turquia ainda desvalorizaram-se no último quadrimestre do ano, respectivamente, 8,1% e 5,1% (gráfico 1.2.5). Gráfico Câmbio de economias avançadas.= Rúpia indonésia Rande Real Lira Baht As bolsas de valores de economias desenvolvidas elevaram-se expressivamente no segundo semestre de, evidenciando a credibilidade dos investidores na sustentabilidade da recuperação econômica dessas economias. No período, os índices DAX (Alemanha), Nikkei (Japão), S&P500 (EUA) e FTSE100 (Reino Unido) valorizaram-se, na ordem, 20%, 19,1%, 15,1% e 8,6% (gráfico 1.2.6). De forma distinta, nos principais mercados emergentes, as bolsas de valores não operaram em sentido único, com os índices acionários da África do Sul, da Índia, do Brasil, da China e do México aumentando 16,9%, 9,2%, 8,5%, 6,9% e 5,2%, respectivamente; enquanto as bolsas da Indonésia, da Turquia e da Tailândia declinaram 11,3%, 11,1% e 10,6%, na ordem (gráfico 1.2.7). Gráfico Bolsas de valores Economias desenvolvidas. = Euro/Dólar Iene/Dólar Libra/Dólar 80 EUA S&P 500 Reino Unido FTSE 100 Alemanha DAX Japão NIKKEI 225 Março 2014 Relatório de Estabilidade Financeira 10

4 Gráfico Bolsas de valores Economias emergentes. = Os índices Morgan Stanley Capital International (MSCI) 10 para bancos dos EUA e da Europa elevaram-se, respectivamente, 10,7% e 22,9% no segundo semestre de, comparativamente às variações de 19,4% e -3,2%, na mesma sequência, no primeiro semestre do ano. O índice MSCI para bancos de economias emergentes subiu 2% no segundo semestre, após declinar 9,2% no semestre anterior (gráfico 1.2.9) África do Sul Brasil Índia Indonésia Tailândia Turquia Gráfico MSCI Bancos. = O índice Chicago Board Options Volatility Index (VIX), que afere o sentimento dos investidores a partir da volatilidade implícita de curto prazo dos preços das opções do índice S&P500, oscilou entre 11,8 e 20,3 pontos, pico alcançado em 8 de outubro, repercutindo notadamente o acirramento das incertezas advindas do impasse da negociação fiscal nos EUA. No fechamento do semestre, o índice VIX havia recuado para 13,7 pontos, de 16,9 pontos no final de junho (gráfico 1.2.8). Gráfico CBOE Volatility Index VIX Índice de volatilidade pontos A percepção dos investidores em relação aos sistemas bancários estadunidense e europeu melhorou consideradas as perspectivas de fortalecimento da atividade nas economias avançadas e seu impacto positivo nos balanços dos bancos. 9 Nesse ambiente, os preços das ações do segmento bancário subiram, e os custos para proteção de crédito para bancos de economias avançadas se reduziram. 9/ Ressalte-se, no entanto, que nos EUA os bancos continuam registrando em seus balanços perdas decorrentes de acordos judiciais decorrentes de processos relacionados à crise financeira de Adicionalmente, os bancos dos EUA e da Europa sofreram impactos diversos em seus balanços, em razão da aplicação de multas decorrentes da manipulação na determinação da taxa libor. Esses acordos afetaram a rentabilidade de importantes instituições financeiras no último trimestre de EUA Europa Economias emergentes Os custos médios de proteção contra default (CDS) de bancos relevantes dos EUA e da Europa declinaram significativamente ao longo do segundo semestre, refletindo, ademais do aumento do vigor econômico nessas regiões, a menor percepção de risco soberano nas economias maduras, bem como os avanços no fortalecimento dos seus sistemas bancários. Dentre esses, destaca-se o aumento nos índices de capitalização dos principais bancos, considerados sistemicamente importantes, dos EUA e da Europa. 11 Adicionalmente, os bancos da Área do Euro reportaram continuidade da melhoria nas condições de acesso a financiamento em todas as modalidades no terceiro trimestre de, mas informaram que, no quarto trimestre, houve alguma deterioração nas modalidades varejo e interbancário, enquanto o financiamento via emissão de títulos manteve a tendência positiva observada nos três trimestres anteriores. 12 Nesse sentido, os prêmios médios dos 10/ Os índices refletem médias ponderadas dos preços das ações das respectivas indústrias bancárias. 11/ Em seus relatórios para o 3º trimestre de, os bancos sistemicamente importantes em nível global dos EUA e da Europa publicaram estimativas de aporte de capital tier 1 fully loaded (especificação mais exigente do Acordo de Basileia III, que deverá estar em vigência em 2019) acima de 9%. Vide Relatório de Estabilidade Financeira do Banco da Inglaterra (novembro de ), disponível em < publications/documents/fsr//fsrfull1311.pdf>. 12/ The Euro Area Bank Lending Survey referente ao terceiro e ao quarto trimestres de, divulgados, respectivamente, em outubro de e janeiro de Disponíveis em < lend/html/index.en.html> Março 2014 Relatório de Estabilidade Financeira 11

5 CDS de cinco anos de bancos declinaram 60,5% na Itália, 60,5% na Espanha, 32,1% na Alemanha, 46,3% na França, 49,3% no Reino Unido e 38,7% nos EUA, situando-se, respectivamente, em 143 p.b., 120 p.b., 97 p.b., 90 p.b., 73 p.b. e 72 p.b. (gráfico ). Gráfico CDS de 5 anos Bancos Prêmios médios de países selecionados 1/ 50 Espanha França Alemanha Reino Unido EUA Itália 1/ Calculados pela média aritmética dos prêmios de CDS dos dois maiores bancos pelo critério de capitalização de mercado de cada país. Exceção: EUA: JPM Chase e Bank of America. Os riscos para a consolidação da estabilidade financeira em nível global permanecem elevados, a despeito de avanços no processo de fortalecimento dos sistemas bancários nas economias desenvolvidas, favorecidos, entre outros fatores, pela melhoria da atividade e pelo arrefecimento das tensões associadas aos riscos soberanos, que têm contribuído para a consolidação de condições mais favoráveis de financiamento para as instituições bancárias, 13 possibilitando oferta de crédito ao tomador final em condições menos restritivas. Na Área do Euro, apesar de as condições de financiamento para bancos terem melhorado, 14 o uso das linhas de financiamento do BCE manteve-se elevado em sistemas bancários de economias periféricas da união monetária, evidenciando os impactos adversos da fraca recuperação econômica sobre a lucratividade e a necessidade de provisionamentos elevados para cobertura de perdas com empréstimos em seus balanços. A fragmentação 13/ Basicamente, o nexo entre a precificação do risco soberano e as condições de financiamento dos bancos manifesta-se por meio de dois canais: 1) exposição direta, dada a dívida pública em carteira, o que, em caso de elevação do risco soberano, pode reduzir a solidez dos balanços e elevar seu risco como contraparte, dificultando o acesso aos mercados e aumentando os custos de obtenção de recursos; 2) risco soberano mais elevado, que reduz o valor de garantias governamentais que os bancos podem oferecer para obtenção de financiamento. 14/ Essa condição favoreceu a antecipação dos pagamentos de metade dos recursos inicialmente liberados pelo BCE por meio de operações de refinanciamento de longo prazo (LTRO) de três anos. p.b financeira 15 persiste, ainda que declinante, explicitando que o processo de fortalecimento dos bancos tem sido lento e heterogêneo. O início efetivo da atuação do BCE como autoridade supervisora, em 2014, tende a elevar a transparência sobre a posição financeira dos bancos, de forma a contribuir para a recuperação mais acentuada da confiança no sistema bancário europeu.16 As incertezas relativas ao início do tapering nos EUA pontuaram de forma adversa o sentimento dos mercados financeiros internacionais ao longo do segundo semestre de, especialmente em relação às economias emergentes. Neste ano, as reduções progressivas nos montantes de compras mensais de ativos pelo Fed podem impactar os fluxos de capitais para economias emergentes, bem como influenciar as taxas de juros de curto e/ou longo prazo em economias avançadas e emergentes, além da volatilidade do mercado cambial, com possível valorização adicional do dólar. Nesse sentido, portfólios sensíveis a posições alavancadas em moedas estrangeiras ou a mudanças nas taxas de juros são potenciais riscos à estabilidade financeira. Adicionalmente, destacam-se riscos associados à atividade econômica, como o impacto de eventual elevação, abrupta, nas taxas hipotecárias sobre a recuperação dos mercados imobiliários, prejudicando a atividade econômica em importantes economias maduras; e eventual desaceleração mais forte ( pouso forçado ) do ritmo de crescimento da China, com reflexos negativos no comércio global, impactando de forma mais relevante as economias emergentes e/ou exportadoras de commodities. 1.3 Mercado financeiro nacional Refletindo, em parte, a complexidade do ambiente internacional, ao longo do semestre, as taxas de juros domésticas exibiram trajetória crescente; a cotação do real apresentou grande flutuação e terminou o período com pequena desvalorização frente ao dólar norteamericano; o mercado bursátil ensaiou recuperação, mas voltou a cair a partir de outubro; e o risco-país oscilou 15/ A fragmentação se manifesta pela migração de fluxos de não residentes dos países mais vulneráveis da Área do Euro (Espanha, Grécia, Irlanda, Itália e Portugal) para seus mercados domésticos, assim como a transferência de depósitos de residentes dessas economias para outras consideradas mais seguras. 16/ O BCE irá supervisionar diretamente bancos com ativos totais superiores a 30 bilhões, ou 5 bilhões se estes representarem mais de 20% do PIB do respectivo país, e pelo menos três grandes bancos de cada país do bloco. Março 2014 Relatório de Estabilidade Financeira 12

6 em torno do nível mais elevado alcançado ao término do primeiro semestre. 17 No âmbito interno, contribuíram para esses movimentos a sinalização desfavorável dos índices de inflação, dos resultados fiscais e das projeções de crescimento econômico, 18 além da continuidade do ciclo de ajuste na taxa básica de juros. O BCB havia iniciado em abril de um ciclo de aumento da taxa de juros, com elevação de 0,25 p.p. da meta para a taxa Selic, seguida de alta de 0,5 p.p. em maio. Em razão da persistência das expectativas de inflação 19 acima do centro da meta de 4,5%, 20 o Comitê de Política Monetária (Copom) manteve, ao longo do segundo semestre, o ritmo de elevação da taxa básica de juros em 0,5 p.p. nas reuniões de julho, agosto, outubro e novembro. Ao final do ano, a taxa Selic estava em 10,00%, e as taxas de curto prazo no mercado futuro de juros haviam acompanhado a trajetória da taxa básica de juros (gráfico 1.3.1). Gráfico Evolução das taxas de juros Taxa Selic e swap de 3 e 6 meses, 1 ano e 2 e 5 anos % a.a. 14,0 12,5 11,0 a queda das taxas, a despeito da desvalorização do real frente ao dólar. No entanto, já a partir do final de julho, as taxas de médio e de longo prazo no mercado futuro de juros iniciaram propriamente a trajetória ascendente, reflexo do aumento de incertezas externas e internas. No âmbito externo, prevaleceram dúvidas quanto ao início da redução dos estímulos monetários por parte do Fed e o consequente movimento das taxas das treasuries, além do aumento da aversão ao risco com o impasse fiscal norte-americano para aprovação do orçamento e para ampliação do teto da dívida federal. No âmbito interno, a percepção do mercado sobre a evolução do quadro fiscal e o comportamento da taxa de câmbio influenciaram as taxas de juros. No final de agosto, após o BCB anunciar o programa de leilões de swap cambial e de venda de dólares com compromisso de recompra, o real começou a se valorizar, reduzindo a pressão do pass-through cambial sobre os preços e, portanto, sobre a curva de juros. As taxas longas se mantiveram relativamente estáveis nesse novo patamar até final de outubro, antes de o real voltar a se desvalorizar. A partir de então, sinalizações desfavoráveis relativas ao rating soberano do Brasil 21 e o anúncio de redução de estímulos pelo Fed, em 18 de dezembro, contribuíram para a elevação das taxas longas no mercado futuro de juros ao final do ano. Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Taxa Selic 3 meses 6 meses 1 ano 2 anos 5 anos Fontes: BM&FBovespa e BCB 9,5 8,0 6,5 Gráfico Volatilidade das taxas de juros % a.a 4,0 3,2 2,4 1,6 0,8 Ao longo do segundo semestre de, as taxas de juros no mercado futuro apresentaram trajetória crescente, e houve aumento da inclinação da curva de juros. Inicialmente, entretanto, os dados de inflação e atividade abaixo das expectativas e o anúncio do corte no orçamento fiscal de R$10,0 bilhões contribuíram para 17/ A média do EMBI+Brasil foi de 228,7 pontos no segundo semestre. 18/ A taxa estimada para o crescimento do PIB em, no relatório de inflação do BCB de março, de junho, de setembro e de dezembro, era de 3,1%, 2,7%, 2,5% e 2,3%, respectivamente. 19/ A mediana das expectativas de inflação (IPCA) acumulada para os próximos 12 meses (suavizada) subiu de 5,65% para 6,22% entre junho e setembro e declinou a partir de então, encerrando o ano de em 6,01% (fonte: site do BCB Expectativas de Mercado Séries Históricas). 20/ As resoluções nº 3.991, de 30 de junho de, nº 4.095, de 28 de junho de, e nº 4.237, de 28 de junho de, do Conselho Monetário Nacional (CMN), fixaram, respectivamente, as metas de inflação para, 2014 e 2015 em 4,5%, e os intervalos de tolerância em 2,0 p.p. abaixo e acima da meta. Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Fontes: BM&FBovespa e BCB Curto Médio Longo A volatilidade das taxas de juros domésticas de médio e de longo prazo recuou em relação aos máximos alcançados ao final de junho, mas apresentou elevação em agosto e um repique em setembro, mantendo-se baixa no último trimestre de. O aumento de volatilidade 21/ No início de junho, a agência de rating S&P mantinha a nota do rating soberano do Brasil em BBB, mas rebaixou sua perspectiva de estável para negativa; em julho, a agência Fitch Ratings confirmou a nota de crédito de longo prazo em moeda estrangeira do Brasil em BBB com perspectiva estável. No início de outubro, a Moody s rebaixou a perspectiva de rating dos títulos do governo do Brasil de positiva para estável, mas manteve o rating em Baa2. 0,0 Março 2014 Relatório de Estabilidade Financeira 13

7 das taxas de juros em agosto refletiu as incertezas quanto ao comportamento do câmbio, cedendo após a implementação do programa de leilões de swap cambial. Em setembro, a manutenção da política monetária por parte do Fed frustrou agentes do mercado que esperavam a retirada dos estímulos na reunião do dia 18, o que provocou queda acentuada das treasuries com reflexos nas taxas de juros domésticas, principalmente no trecho de longo prazo. A volatilidade das taxas de curto prazo, por seu turno, ancorada na maior homogeneidade das expectativas quanto à evolução da taxa básica de juros, manteve-se baixa ao longo do segundo semestre. Houve, no entanto, pequena elevação em agosto diante da expectativa, naquele momento, de sinalização de ciclo mais curto para a política monetária restritiva, o que não se materializou (gráfico 1.3.2). No segundo semestre de, o mercado de câmbio operou sob intensa volatilidade, influenciado pelo cenário externo. As incertezas associadas à antecipação da redução dos estímulos monetários por parte do Fed com a consequente elevação nos rendimentos anuais dos títulos de dez anos do Tesouro dos EUA tenderam a pressionar as cotações da moeda norte-americana. Em 22 de agosto, o dólar atingiu a maior cotação 22 do semestre (R$2,45), acumulando alta de 10,4%. No mesmo dia, com o objetivo de prover hedge cambial aos agentes econômicos e liquidez ao mercado de câmbio, o BCB anunciou programa de leilões de câmbio em que efetuaria, a partir de 23 de agosto, leilões diários de swap cambial e de venda de dólares com compromisso de recompra. 23 Com isso, o real reverteu a trajetória de alta, e a cotação alcançou R$2,16 em meados de outubro, mas voltou a subir já no final desse mês, ainda em razão das incertezas quanto ao início da redução dos estímulos à economia norte-americana somente em 18 de dezembro o Fed anunciaria que iria reduzi-los a partir de janeiro de No início de dezembro, o BCB havia comunicado a continuação dos leiloes de swap cambial em 2014, porém em menor volume. No semestre, o BCB efetuou leilões de swap cambial tradicional 24 no valor nocional de US$100,1 bilhões (incluídas as rolagens de vencimentos), 22/ Cotação da taxa de câmbio real/dólar divulgada pelo BCB (PTAX) calculada segundo metodologia divulgada pela Circular nº 3.506, de 23 de setembro de 2010, e atualizada conforme a Circular nº 3.537, de 25 de maio de. 23/ Os leilões de swap seriam realizados às segundas, terças, quartas e quintasfeiras com oferta de US$500 milhões em cada evento. Às sextas-feiras, por meio de leilão de venda com compromisso de recompra, seria oferecida linha de crédito no valor de US$1 bilhão. 24/ Leilões de swap cambial realizados pelo Banco Central referenciados pela taxa Selic, nos quais o BCB assume a parte passiva em câmbio mais cupom cambial e a parte ativa em taxa de juros. terminando o período com posição líquida em swap passiva em câmbio de US$75,1 bilhões. O real encerrou dezembro cotado a R$2,34/US$, com desvalorização de 5,7% no semestre. Frente ao euro, no mesmo período, a desvalorização do real foi de 11,7% (gráfico 1.3.3). Gráfico Taxa de câmbio R$/US$ 2,45 2,35 2,25 2,15 2,05 1,95 Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Fonte: BCB e Bloomberg R$/US$ O saldo de câmbio contratado registrou fluxo negativo de US$21,8 bilhões no segundo semestre de, composto por US$16,1 bilhões no câmbio financeiro e por US$5,7 bilhões no comercial. O volume líquido de investimento estrangeiro direto (IED) foi de US$33,9 bilhões no mesmo período. Já as reservas internacionais, no conceito de caixa, encerraram o ano em US$358,8 bilhões, decréscimo de 2,9% no semestre. Gráfico Índice Bovespa Jan EUR/US$ EUR/US$ No mercado acionário, o Índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Ibovespa) apresentou trajetória ascendente até meados de outubro, quando reverteu o movimento e reduziu parte dos ganhos, encerrando o segundo semestre de com alta de 8,5% (gráfico 1.3.4). Até outubro, o resultado da bolsa refletiu a percepção de que as economias da China e dos países europeus apresentavam boa recuperação, bem como a decisão do Fed de não alterar as compras mensais de bônus. Em 0,78 0,76 0,74 0,72 45 Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Fonte: BM&FBovespa Pontos (mil) Março 2014 Relatório de Estabilidade Financeira 14

8 seguida, a proximidade do início da retirada dos estímulos à economia norte-americana pressionou negativamente o Ibovespa. O ingresso líquido de recursos de investidores estrangeiros na Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros de São Paulo (BM&FBovespa). totalizou R$7,5 bilhões no semestre, com destaque para os meses de agosto e setembro, que registraram entrada de R$6,4 bilhões. Portanto, no período, houve melhora nas perspectivas para o crescimento econômico mundial, particularmente das economias desenvolvidas. A recuperação da economia norte-americana e a consequente expectativa de retirada dos estímulos monetários continuaram a afetar os mercados financeiros internacionais e também os indicadores domésticos. Nesse cenário, o BCB deu continuidade ao ciclo de aumento da taxa de juros, iniciado em abril, e, no final do semestre, a volatilidade das taxas de juros domésticas recuou em relação ao final de junho. Em agosto, o BCB implementou programa de leilões de swap cambial e de venda de dólares com compromisso de recompra, com o objetivo de prover proteção cambial aos agentes econômicos e liquidez ao mercado de câmbio, além de manter o nível das reservas internacionais. Março 2014 Relatório de Estabilidade Financeira 15

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