Sistema Inter-Regional do Município de Curitiba/Pr: Uma Análise Insumo- Produto em Três Esferas (Município - Estado - País)

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1 Sstema Inter-Regonal do uncípo de Curtba/Pr: Uma Análse Insumo- Produto em Três Esferas (uncípo - Estado - País) Paulo Rogéro Alves Brene Umberto Antono Sesso Flho Alexandre Alves Porsse Armando João Dalla Costa Resumo: O objetvo deste artgo é estmar a matrz nsumo-produto nter-regonal Curtba-Paraná-Brasl para o ano de 00. O modelo é pautado na metodologa de Brene, Sesso Flho e Costa (0), pelo sstema construído por Kuresk (0) e oretto et. al. (0) para o Paraná e da metodologa de Gulhoto e Sesso Flho (00a) para o Brasl. Os ndcadores econômcos calculados foram os multplcadores do tpo I de produção, emprego e remuneração (e respectvos transbordamentos), índces de lgação de Rasmussen-Hrschman e o Puro Normalzado (GHS), assm como o Campo de Influênca. Como resultado verfca-se que os setores relaconados com as atvdades de servços e comérco se destacam nos multplcadores smples do tpo I. No caso das atvdades ndustras, destaca-se o setor () Indústra Químca, Farmacêutca e de Refno de Combustível apontado como setor-chave tanto pelo índce de Rasmussen-Hrschman, quanto pelo Índce Puro Normalzado. São apontados pelos dos métodos também os setores () Comuncação e () Intermedação fnancera e seguros. Em relação ao campo de nfluênca quatro setores se destacaram, sendo eles: () Fabrcação de Almentos e Bebdas; () Fabrcação de Produtos de adera e Dversos; () S.I.U.P; e () Intermedação fnancera e seguros. Palavras-chave: atrz Insumo-Produto uncpal; Desenvolvmento Econômco; Economa Regonal e Urbana. JEL: C; O0; R. - Doutor em Desenvolvmento Econômco PPGDE/UFPR. Professor do Colegado de Economa da UENP. Endereço eletrônco: paulobrene@uenp.edu.br. - Doutor em Economa Aplcada - ESALQ/USP. Professor do Programa de estrado em Economa Regonal UEL. Endereço eletrônco: umasesso@uel.br. - Doutor em Economa pela Unversdade Federal do Ro Grande do Sul - UFRGS. Professor do PPGDE/ UFPR. Endereço eletrônco: porsse@gmal.com. - Pós-Doutor em Economa pela Unversté de Pcarde Jules Verne, Amens, França. Professor do PPGDE/ UFPR. Endereço eletrônco: ajdcosta@ufpr.br.

2 Inter-regonal system of Curtba cty/pr: An analyss of Input-Output n three Spheres (Cty-State-Country) Abstract: The am of ths paper s to estmate the nterregonal Curtba-Paraná- -Brazl nput-output matrx for 00. The model s based on Brene, SessoFlho e Costa s (0) methodology, through the system desgned by Kuresk (0) and orettoet. al. (0) for Paraná and Gulhoto e SessoFlho s (00a) methodology for Brazl. The economcal ndexes estmated were the producton multplers type I: employment and remuneraton (and correspondng overflows), connecton ndexesof Rasmussen-Hrschman and the Pure Normalzed (GHS), as well as the Influence feld. As result, t s verfable that the sectors related to the servces and commerce actvtes stand out at smple multplers type I. In the case of ndustral actvtes, what ponts out s the Chemcal, Pharmaceutc and Refnng Fuel ndustry sector (), nomnated as key-sector both by Rasmussen-Hrschman s ndex and by the Pure Normalzed. In addton, the Communcaton () and Fnancal Intermedaton and Insurances () sectors were also nomnated by both methods. Regardng the nfluence feld, four sectors detach from others: food and drnk fabrcaton (); Wood and smlar products fabrcaton (); I.S.P.U () and Fnancal Intermedaton and Insurances (). Keywords: Cty nput-output matrx; Economc development; Regonal and Urban Economy. JEL: C; O0; R. Introdução A regão hoje compreendda pelo muncípo de Curtba é sngular para o entendmento do processo não apenas da colonzação, mas de todo desenvolvmento socoeconômco do Estado do Paraná. Desenvolvmento este que perpassa por todos os setores da economa (prmáro, secundáro e tercáro). Essa hstóra, em maor ou menor medda, se entrelaça dretamente com alguns dos grandes cclos econômcos observados no Brasl. É possível ctar o cclo do ouro, a fase do tropersmo e o consequente processo de urbanzação desta época, e, anda, a partr do século I, o ntenso rtmo de ndustralzação. Assm, é mportante ter em mente que parte do êxto do estado e da cdade de Curtba se deve a um esforço planejado das autordades públcas a partr do tercero quartl do século. Dentre os város fatores é possível ctar a cração do Fundo de Desenvolvmento Econômco e da Companha de Desenvolvmento do Paraná em (transformada no Banco de Desenvolvmento do Paraná) e, em, a cração da Cdade Industral de Curtba S/A e do Insttuto Paranaense de Desenvolvmento Econômco e Socal. Na década segunte, destacam-se as parceras entre as unversdades Federal do Paraná, Pontfíca Unversdade Católca do Paraná e o Centro Federal de Educação Tecnologa do Paraná hoje UTFPR. Essa organzação fo responsável por transformar o muncípo pautado pela agrcultura de subsstênca, quando da sua fundação em, em uma localdade detentora de um parque ndustral estruturado, responsável por quase 0% do Produto Interno Bruto uncpal (PIB-) no ano de 00. Não se esquecendo do setor de comérco/servços, com uma fata superor a 0% do PIB-, que se sobressa no aspecto da escala e do escopo. Por esses e outros motvos, a exemplo da sua partcpação no PIB naconal com,% em méda de 0 a 00 dentre os mas de ml muncípos (IBGE- -PIB uncpal, 0), a cdade de Curtba é referênca não só para o estado do Paraná mas naconalmente. Nesse sentdo, este trabalho tem por objetvo contrbur para o entendmento das relações econômcas deste muncípo consgo mesmo, com o Estado e com o Restante do Brasl. Essa análse será feta a partr de uma matrz nsumo-produto organzada em um sstema nter- -regonal escalonado em três esferas: uncípo Estado País, subdvdda em 0 setores para o ano de 00. Para tanto, esta pesqusa será dvdda em seções, contando com esta ntrodução. O levantamento da metodologa para a estmação desse sstema e a apresentação dos ndcadores econômcos a serem calculados será feto na segunda seção. A metodologa utlzada tem base na estmação de matrzes muncpas de Brene, Sesso Flho e Costa (0), a de Gulhoto e Sesso Flho (00a e 00b) para a matrz do Brasl, e de Kuresk (0) e oretto (0) para o sstema do Paraná. As bases de dados serão da Relação Anual de Informações Socas (RAIS), do Núcleo de Economa Regonal e Urbana da USP (NEREUS) e do Insttuto Paranaense de Desenvolvmento Econômco e Socal (IPARDES). Em relação aos ndcadores será calculado os ultplcadores Smples do Tpo I (produção, emprego e remuneração), enfatzando também a relação dos transbordamentos para o restante do Paraná e do Brasl, o Índce de lgação de Rasmussen-Hrschman e o Índce Puro de Lgações Interndustras (GHS), estes dos relaconados ao muncípo, e, ao fnal, o Campo de Influênca, sempre focando os setores mas mportantes para o muncípo ou mesmo os consderados setores-chave. Após a metodologa, na tercera seção apresentar-se-á uma síntese da evolução da regão geográfca que hoje compreende o muncípo de Curtba. Realzada essa análse retrospectva (que não deve se confundr com um Revsta de Economa, v. 0, n. (ano ), p. -, set/dez. 0. Edtora UFPR Revsta de Economa, v. 0, n. (ano ), p. -, set/dez. 0. Edtora UFPR

3 estudo de caráter hstórco no seu sentdo strcto), parte-se para a dscussão e análse sobre os resultados dos ndcadores calculados. Estes ndcadores serão decompostos em efetos locas e nter-regonas, deste modo será possível avalar mpactos de polítcas públcas de estímulo aos setores sobre produção, emprego e renda, nclundo a possbldade de mensurar o mpacto de novas empresas para a regão estudada, assm como a dentfcação de setores-chave. Fnalmente, a últma seção é destnada às consderações fnas.. etodologa. Base de Dados e Obtenção da atrz O modelo de Insumo-Produto naconal ou de uma únca regão proporcona uma gama grande de nformações e ndcadores econômcos. Os valores das demandas ntermedáras e fnas, remunerações, mportações e mpostos são alguns dos dados observados a partr da matrz naconal, têm-se anda os ndcadores como os multplcadores, índces de lgações, entre outros. Todava esse modelo padrão é altamente agregado, sendo possível extrar mas nformações com a transformação deste modelo em um nter-regonal, a exemplo das análses de Isard (). Essa análse é comumente utlzada para duas regões, seja o Estado e o Restante do Brasl a exemplo dos trabalhos de Palermo et. al. (00), Rodrgues et. al. (00), Porsse et. al. (00) e Gulhoto e Sesso Flho (00b) ou o uncípo e o Restante do Brasl (Brene et. al. 00 e 0), mas também é observada para um contngente maor de regões como a análse de Rodrgues et. al. (00) que analsa os três estados do sul e o Restante do Brasl e de Kuresk (00) que constró a matrz do Estado do Paraná para o ano de 00, assm como, oretto et. al. (0) que a partr desta últma apresenta as Regões Polarzadas (Curtba, Ponta Grossa, Londrna, arngá e Cascavel). No caso da matrz do muncípo de Curtba, no estado do Paraná, esta será abordada com uma abertura das economas regonas em três esferas, ou seja, uma matrz nter-regonal Curtba () - Restante do Paraná (RPr) - Restante do Brasl (RBr) (conforme Fgura ). FIGURA. RELAÇÕES DE INSUO-PRODUTO NO SISTEA INTER-REGIONAL CURITIBA RESTANTE DO PARANÁ - RESTANTE DO BRASIL (-RPR-RBR). Setores Setores RPr Setores RBr Demanda Fnal VBP Setores - Z Z R Pr Z RPr RPr RBr Setores - RPr Z RPr Z RPrRPr Z RPrRBr RPr RPrRPr RPrRBr RPr Setores - RBr Z RBr Z RBrR Pr Z RBrRBr RBr RBrRPr RBrRBr RBr Importação Restante undo Importação Restante undo RPr Importação Restante undo RBr IIL IIL RPr IIL RBr Valor Adconado Valor Adconado RPr Valor Adconado RBr Produção Total VBP Produção Total VBPRPr Produção Total VBPRBr FONTE: Adaptado de Rchardson (). A utlzação do modelo de Isard (), como já menconado, possblta um número maor de nformações graças à desagregação de fluxos entre as regões relatvamente aos fluxos totas ou naconas. Todava, como destacado por Rchardson (), as exgêncas do modelo proposto são mas onerosas que as do modelo básco, já que este necesstará de três matrzes de comérco ntermedáro, com fluxos em ambas as dreções compras e vendas para cada uma das regões analsadas no sstema. Assm, para chegar ao modelo completo (Fgura ), será utlzada a matrz naconal ( setores) dsponblzada pelo NEREUS (0), conforme a metodologa de Gulhoto e Sesso Flho (00a) para o ano de 00. O ano em questão fo escolhdo devdo à segunda base de dados, a matrz do Paraná ( setores) desenvolvda por Kuresk (0) do Insttuto Paranaense de Desenvolvmento Econômco e Socal (IPARDES). Por fm, serão utlzadas as nformações de emprego e massa salaral, dstrbuídos em setores, da Relação Anual de Informações Socas (RAIS) do muncípo de Curtba, da Regão Polarzada por Curtba (composta por muncípos), do Estado do Paraná e do Brasl, também para o ano de 00. De posse dos dados, a metodologa de elaboração da matrz nter-regonal ( RPr RBr) perpassará por três etapas. A prmera consste em adequar os setores das três bases de dados. A fm de mnmar o vés de agregação, os dados serão compatblzados em 0 setores. Já a segunda etapa está relaconada à obtenção do vetor do Valor Bruto de Produção (VBP) do muncípo de Curtba. Para tanto, utlzar-se-á os dados de emprego e saláro Revsta de Economa, v. 0, n. (ano ), p. -, set/dez. 0. Edtora UFPR Revsta de Economa, v. 0, n. (ano ), p. -, set/dez. 0. Edtora UFPR

4 da Relação Anual de Informações Socas (RAIS) como proxy para elaborar a estmatva do valor bruto de produção, onde a produção do setor no muncípo será proporconal à produção do mesmo setor da Regão Polarzada por Curtba RPC (oretto et. al., 0) de acordo com a partcpação do número de trabalhadores frente ao total da regão, ponderado pelo ganho de produtvdade, meddo pelo quocente do saláro médo do muncípo pelo regonal, como segue: com o âmbto analsado. O quocente locaconal smples pode ser vsto como uma medda da habldade da ndústra regonal para atender à demanda de outras ndústras e à demanda fnal da regão. Se o valor do quocente for menor do que um, a ndústra é menos concentrada no muncípo do que em R. Se for maor do que um, a ndústra é mas concentrada no muncípo do que em R. Assm, para a lnha de uma tabela regonal estmada, tem-se: Em R que a j é o coefcente técnco ou de nsumo muncpal e aj é o coefcente N W = RPC N W RPC RPC () a j a = a R j R j ( QL ) 0, se se QL QL < 0, 0, ( ) RPC onde é o valor bruto da produção do -ésmo setor do muncípo e respectvamente para a regão, N o número de trabalhadores para o muncípo () e regão (RPC) e W é o saláro médo por trabalhador obtdo a partr do valor médo mensal das remunerações (por setor) e do número de trabalhadores. Com os valores de aplca-se o método do quocente locaconal. Este consttu a tercera etapa, sendo uma técnca bastante empregada em Economa Regonal, quando se deseja obter uma prmera aproxmação do valor de determnadas varáves para uma regão qualquer, a partr do valor das mesmas varáves obtdas por dados censtáros em nível naconal, estadual ou regonal, como neste caso. Assm, o quocente locaconal smples para o setor do muncípo, conforme ller e Blar (00), é defndo como: QL = R R / () / técnco da regão R. No caso da relação apresentada em () há um ajustamento do parâmetro de para 0,. Esse ajustamento ad hoc busca corrgr a dferença entre os coefcentes regonas e naconas conforme apresentado em (Brene, Sesso Flho e Dalla Costa, 0). Contudo, para a elaboração/montagem do sstema nter-regonal (Fgura ) será necessára o cálculo de quatro sstemas em separado, são eles: (I) atrz Curtba () Restante da Regão Polarzada de Curtba (RRPC); (II) atrz Curtba () Restante do Paraná (RPr); (III) atrz Curtba () Restante do Brasl sem o Restante do Paraná (RBr s/ RPr) e (IV) atrz Restante do Paraná sem Curtba (RPr s/ ) Restante do Brasl sem Curtba (RBr s/ ), conforme Fgura. FIGURA. SISTEAS INTER-REGIONAIS (DUAS REGI- ÕES) NECESSÁRIOS PARA A ELABORAÇÃO DA ATRIZ CURITIBA RESTANTE DO PARANÁ - RESTANTE DO BRASIL (-RPR-RBR). I II Z RRPC RPR R Pr Z RRPC RPR Z RPr em que e denotam, respectvamente, os valores da produção do R R setor e da produção total do muncípo. Já, e denotam, respectvamente, os valores da produção do setor e da produção total de R, seja no âmbto naconal, estadual ou da regão polarzada. O presente método consste em comparar a proporção do produto total do muncípo, que é devda ao setor, com a proporção do produto total da regão R (naconal, estadual ou regão polarzada) advndo do setor de acordo Ver: (Acesso: 0/0/0) Em relação aos trabalhadores e as remunerações, estes estão sendo consderados conforme apresentados na RAIS. Ver: (Acesso: 0/0/0) RBr(s/RPr) III Z RBr RBr(s/RPr) RPr (S/) RBr (S/) Z RBr FONTE: Elaborado pelos autores. RPr (S/) rbr (S/) IV Z RPrRPr Z RPrRBr RB RP Z r r Z RB r RB r Revsta de Economa, v. 0, n. (ano ), p. -, set/dez. 0. Edtora UFPR Revsta de Economa, v. 0, n. (ano ), p. -, set/dez. 0. Edtora UFPR

5 Para o presente estudo, o método do quocente locaconal fo utlzado para estmar a matrz de nsumo-produto nter-regonal porque representa de forma adequada a realdade do estado e de sua captal. As relações de nterdependênca econômca dependem do volume de produção das regões. O estado do Paraná tem frontera com São Paulo, a maor undade da federação em termos de produção e renda, sto conduz a um fluxo de comérco de bens e servços entre Paraná e Restante do Brasl que pode ser estmado pelo método do quocente locaconal. Este método leva a um coefcente-lnha calculado para cada setor e que admte que a proporção do produto venddo pelas dversas regões é a mesma. O mesmo racocíno pode ser feto para as três regões do sstema Curtba, Paraná e Restante do Brasl. A matrz de nsumo-produto como modelo de equlíbro geral estátco consdera utlzação dos nsumos em proporções fxas (função de produção de Leontef) e consequentemente retornos constantes à escala da produção, elastcdade perfeta da oferta de nsumos e equlíbro geral dos mercados a preços constantes como pressuposções mas mportantes e que consttuem lmtações da análse (ernyk, ; Gulhoto, 0; Chang e Wanwrght, 00). Com o sstema nter-regonal de Curtba montado é possível calcular a matrz nversa de Leontef (), e, a partr desta, obter uma sére de ndcadores econômcos. Neste trabalho serão calculados quatro ndcadores: ultplcadores Smples do Tpo I (produção, emprego e remuneração), enfatzando também a relação dos transbordamentos para o restante do Paraná e do Brasl; Índce de lgação de Rasmussen-Hrschman e Índce Puro (GHS), estes dos relaconados ao muncípo (ou seja para o quadrante Z ), e por fm o Campo de Influênca, sempre focando os setores mas mportantes para o muncípo ou mesmo os consderados setores-chave (para melhor observação sobre os ndcadores ver: ILLER e BLAIR, 00).. Dscussão e Análse dos Resultados. A cdade de Curtba Antes de ncar a análse específca a que se propõe este trabalho, é mportante conhecer as característcas marcantes do desenvolvmento hstórco- -econômco do muncípo de Curtba, e, a partr dessas partculardades, entender sua trajetóra até os das atuas. agalhães Flho () destaca que a ocupação econômca do Paraná se deu em duas frentes. Uma vnda do Oeste mpulsonada pelos espanhós com base em Assunção, sendo esta mas rápda e profunda. A outra, pelo ltoral leste, era marcada pelos portugueses com base em São Vcente, que, de acordo com agalhães, segundo os passos de alguns exploradores e negocantes am à busca de ouro de aluvão. GRÁFICO. ÍNDICE DE CRESCIENTO POPULACIONAL TOTAL DE CURITIBA, PARANÁ E BRASIL (0=00).,0,,0,,0,,0 0, Brasl Paraná Curtba Fonte: Trbunal Superor Eletoral - POPTOT (0). Destaca-se que o conceto de multplcador apresentado é o mesmo utlzado por ller e Blar (00, p. -) e snônmo aos Geradores de Gulhoto (0, p. -), ou seja, ele apresenta a varação da produção, emprego ou renda dada a varação na demanda fnal. No caso da busca pelo ouro, esta levou os colonzadores ao planalto de Curtba. Contudo, assm como observado para a economa braslera, na paranaense o cclo do ouro teve duas característcas marcantes, como frsado por agalhães Flho (). A prmera relaconada à formação de centros comercas e ao estímulo de outras atvdades econômcas (a exemplo da pequena agrcultura) que estavam lgadas a renda do setor mnerador. E a segunda característca, Revsta de Economa, v. 0, n. (ano ), p. -, set/dez. 0. Edtora UFPR Revsta de Economa, v. 0, n. (ano ), p. -, set/dez. 0. Edtora UFPR 0

6 relaconada à rapdez no esgotamento do ouro. Contudo, mesmo com o fm deste cclo econômco no estado, anda de acordo com o autor, a ocupação permaneceu - com base na agrcultura de subsstênca - gerando uma estrutura socal que sera formalzada com a fundação de Curtba em, que servra de base (nvernadas) para o tropersmo, levando suprmentos para os estados de nas Geras e Goás, estados que permanecam com a exploração do ouro. No século segunte, é possível observar o avanço do setor agropecuáro. Para Burmester (), a atvdade, no período compreenddo entre -00, teve objetvo claro de resolver problemas de abastecmento. De acordo com a autora, os gêneros produzdos na então vla de Curtba ncluíam o mlho, fejão entre outros, assm como a cração de bovnos e de poltros, alguns destes produtos destnados à exportação também. Outra característca marcante desta época, anda de acordo com Burmester (, p.), é o crescmento populaconal. Com base nos dados oferecdos pela autora, Curtba tera um aumento populaconal da ordem de,% entre os anos de e 00, sando de. habtantes (. lvres e 0 escravos) para. (.0 lvres e. escravos). GRÁFICO. EVOLUÇÃO DA PARTICIPAÇÃO DO PRODUTO INTERNO BRUTO DE CURITIBA E DO ESTADO DO PARANÁ E RELAÇÃO AO DO BRASIL DE A , em 0, para..0, cem anos depos. Destaca-se que, de acordo com os dados do IBGE (POPRU e POPUR, 0), a partr dos anos de 0 a população rural é extnta o muncípo torna-se 00% urbanzado. Conforme Gráfco, em termos geras, Curtba acompanha o crescmento populaconal naconal, sendo o estado do Paraná mas dnâmco nesse aspecto. Na questão econômca, Curtba, assm como o Estado do Paraná, também conseguu evolur em relação aos dados naconas. De acordo com o Gráfco o muncípo nca o ano de com uma partcpação relatva de 0,% ndo para,% já em 0, valor que é mantdo em méda até o ano de 00 salvo o ano de que a partcpação atngu um ápce,%. Outra questão econômca, relaconada com a trajetóra de urbanzação, está ntmamente lgada à mudança na estrutura produtva de Curtba. Nesse aspecto, observam-se três fases dstntas. A prmera, já menconada, refere- -se ao avanço das atvdades agropecuáras. Contudo, fase esta que não se sustenta a partr dos anos de 0. A partcpação do setor agropecuáro sa de aproxmadamente % do Produto Interno Bruto uncpal (PIB-) em 0 para algo em torno de 0,0% em 00. esmo não se destacando no computo geral ( a 00), o setor ndustral nos anos que foram de a apresenta um ncremento em sua atvdade, com méda de partcpação de,%, marcando assm a segunda fase. Se analsado o período compreenddo entre os anos de a 00 a méda sera de,%. Vale destacar que o setor contou com uma junção de fatores que corroboraram para o bom desempenho da segunda metade do século. % % % % % % % 0% Fonte: IBGE-PIB uncpal (0). Curtba Paraná No campo mas específco de Curtba é possível dentfcar algumas forças que foram ao encontro desse processo. Prmero a questão polítca, no âmbto estadual, marcada pela orentação rumo à ndustralzação, materalzadas pela cração do Fundo de Desenvolvmento Econômco (FDE) e da Companha de Desenvolvmento do Paraná (CODEPAR) em, esta últma transformada no ano de em Banco de Desenvolvmento do Paraná (BADEP). Em, tem-se a cração da Cdade Industral de Curtba S/A (CIC). Anda no ano de deve-se ctar a cração do IPARDES (Insttuto Paranaense de Desenvolvmento Econômco e Socal) e as parceras da década de 0 entre as unversdades Federal do Paraná (UFPR), Pontfíca Unversdade Católca do Paraná (PUC-PR) e o antgo Centro Federal de Educação Tecnologa do Paraná (CEFET-PR), hoje Unversdade Tecnológca Federal do Paraná (UTFPR) (Verr e Gualda, 00). É necessáro frsar que o objetvo aqu não fo esgotar o assunto sobre os fatores que contrbuíram para o avanço do setor ndustral, nem mesmo abordar todos eles, mas apenas confgurar o papel destas forças neste momento hstórco. Por fm, a tercera fase é marcada não apenas pelo avanço do setor de servços, vsto sua posção de destaque desde, tanto por seu mpulso quanttatvo Já, a partr do século, a cdade de Curtba avança, de acordo com dados do Trbunal Superor Eletoral (POPTOT, 0), de uma população total de Sobre a hstóra da Cdade Industral de Curtba ver: Insttuto de Pesqusa e Planejamento de Curtba. emóra da Curtba Urbana Cdade Industral de Curtba anos. Curtba, abrl de. Revsta de Economa, v. 0, n. (ano ), p. -, set/dez. 0. Edtora UFPR Revsta de Economa, v. 0, n. (ano ), p. -, set/dez. 0. Edtora UFPR

7 (% de partcpação em 00) quanto qualtatvo a partr dos anos 000. Outra forma de ver a mportânca dos setores é por meo dos dados da RAIS (aqu analsados para o ano de 00), no tocante ao número de empregados e massa salaral, conforme Tabela. No aspecto qualtatvo pode-se ctar Frkowsk (00), pos, segundo a autora, Curtba a partr dos anos de 0 começou a passar por um processo de nternaconalzação no qual as atvdades de servços e comérco passam a ser controladas por grupos de atuação mundal. Anda de acordo com Frkowsk (00), a cdade passa a concentrar uma sére de atvdades de funções mas complexas e dversfcas, tendo Curtba um mercado aberto a novos servços, não apenas em escala aumentada, mas em escopo com ganho de complexdade/novação. Todava, não se deve esquecer que o muncípo, enquanto captal de estado, agrega também um volume consderável de nsttuções (aparato) públco que contrbu para o desempenho do setor. TABELA. DADOS DO NÚERO DE EPREGADOS, ASSA SALARIAL, DO VALOR BRUTO DE PRODUÇÃO ESTIADO E DO INDICADOR DE TAANHO DO UNICÍPIO DE CURITIBA PARA O ANO DE 00 POR SETOR. No. 0 0 Setores Agropecuára Extração Fabrcação de Almentos e Bebdas Fabrcação de Artgos de Vestuáro e Acessóros Fabrcação de Produtos de adera e Dversos Fabrcação de Celulose e Dervados Indústra Químca, Farmacêutca e de Refno de Combustível Fabrcação de neras Não-etálcos e etalurga Fabrcação de áqunas e Equpamentos Indústra Automotva S.I.U.P Construção Comérco Transporte Comuncação Intermedação fnancera e seguros Atvdades Imobláras Servços Prestados às Famílas Servços Prestados às Empresas Admnstração Públca Total No. de Empregos* Ordem do IT Indcador de Tamanho** % do Total 0, 0,% 0 0,0 0,%,,%, 0,%,0,%,,%,,%,,%,,% 0,,%,,,00.,.0. 0,0.0,% 0,%,%,%,% 0,,%. Valor Bruto de Produção**,,.,,.0,.,,,%..,.0.,..,.,.,0.,.,.,0.,.,0.,,%,%..0,. 0,%..0,.,.0,., 00%. 0.,.0, % do Total 0,% 0,0%,% 0,%,0% 0,%,%,%,%,%,%,%,%,%,%,% 0,% 0,%,%,% 00% assa Salaral de Dezembro*, 0,,,,, 0,,,,,,0,,,,0,, 0, 0,.0,0 % do Total 0,% 0,0%,% 0,% 0,% 0,%,0% 0,%,0%,%,0%,0% 0,%,%,%,% 0,%,%,%,% 00% Fonte: * RAIS (0) e **Elaborado pelos autores. Revsta de Economa, v. 0, n. (ano ), p. -, set/dez. 0. Edtora UFPR Revsta de Economa, v. 0, n. (ano ), p. -, set/dez. 0. Edtora UFPR

8 Com base na Tabela, o setor agropecuáro é responsável por 0,% tanto do emprego quanto da massa salaral. Já os setores da ndústra e servços representam respectvamente % e,% dos empregos e % e,% da massa salaral. Avalando os dados do valor bruto de produção estmado, anda na Tabela, o setor agropecuáro apresenta partcpação de 0,%, a ndústra com,% e o de servços com,%. Outros valores apresentados na Tabela são os Indcadores de Tamanho (IT) e seus respectvos ordenamentos. Esse ndcador fo obtdo a partr de uma análse fatoral (AF) dos três dados anterores (emprego, saláro e valor bruto de produção) com o objetvo de ordenar a mportânca dos setores sem escolher uma varável apenas. Este ndcador será utlzado para ponderar as análses dos demas ndcadores econômcos. deste grupo, o setor () Construção, com transbordamento total de %, e como lmte superor o () Fabrcação de Almentos e Bebdas com %. Entre os setores de servços, tem-se o () Servços Prestados às Famílas com %, o mas alto do setor, e o () Atvdades Imobláras com %, o mas baxo.. Indcadores Econômcos do Sstema Inter-regonal de Curtba A prmera pergunta a ser respondda na análse dos ndcadores econômcos é: Quas os mpactos na economa causados por um choque/varação na demanda fnal dos setores analsados? A resposta a essa pergunta está sumarzada nas Tabelas para a produção, Tabela para o emprego e Tabela para a remuneração. Destaca-se que para os valores de emprego e remuneração esses ncorporam as varações/mpactos do mercado formal, com base dos dados da RAIS. Os multplcadores smples do tpo I apresentados nas tabelas ncorporam os efetos dretos e ndretos, dvddo em dreto no muncípo, ndreto no muncípo, ndreto no restante do Estado e ndreto no restante do Brasl. Com o sstema nter-regonal Curtba Restante do Paraná Restante do Brasl é possível observar os fluxos de forma mas desagregada. Desta forma, são mensurados os efetos de transbordamento entre as regões, também causado pela varação na demanda fnal do muncípo. Os valores percentuas destes transbordamentos é outra nformação mportante contda nas tabelas. No caso específco do multplcador smples de produção, de acordo com os dados da Tabela, é possível destacar os setores da ndústra como os com maores índces. Os cnco maores foram, em ordem: () Fabrcação de Almentos e Bebdas, () Indústra Químca, Farmacêutca e de Refno de Combustível, () Fabrcação de Produtos de adera e Dversos, () Fabrcação de neras Não-etálcos e etalurga e () Fabrcação de Artgos de Vestuáro e Acessóros. Todos esses setores tveram seus multplcadores maores que,00. Outro fato nteressante é que todos os setores da ndústra, assm como o agropecuáro, mantveram seus multplcadores acma da méda de,. Enquanto os do setor de comérco e servços estão abaxo deste patamar. Contudo, assm como se destacaram com os valores absolutos dos multplcadores, é possível notar que os transbordamentos (Gráfco ) também fcaram acma da méda dos 0% em valores totas (Restante do Paraná e Restante do Brasl). É possível observar, como referênca de lmte nferor Categoras em: nas págnas -. Revsta de Economa, v. 0, n. (ano ), p. -, set/dez. 0. Edtora UFPR Revsta de Economa, v. 0, n. (ano ), p. -, set/dez. 0. Edtora UFPR

9 TABELA. ULTIPLICADORES DO TIPO I DE PRODUÇÃO DIVIDIDOS E EFEITO TOTAL No. Setores % % % % % % % % 0, 0, 0, 0, 0, 0, 0,0 0, 0, 0, 0, 0,,00,00,00,00,0,,,0 Agropecuára Extração Fabrcação de Almentos e Bebdas Fabrcação de Artgos de Vestuáro e Acessóros % % 0,0 0, 0,0,00,0 Fabrcação de Produtos de adera e Dversos % % % % 0, 0, 0, 0,0 0, 0,,00,00,,0 Fabrcação de Celulose e Dervados Indústra Químca, Farmacêutca e de Refno de Combustível % % % % % % 0% % % % % % % % 0, 0,0 0, 0, 0, 0, 0, 0, 0, 0, 0,0 0, 0,0 0, 0, 0, 0, 0, 0, 0, 0,,00,00,00,00,00,00,00,0,,,,,, Fabrcação de neras Não-etálcos e etalurga Fabrcação de áqunas e Equpamentos Indústra Automotva S.I.U.P Construção Comérco Transporte 0 % % % % % % % % 0% % 0, 0, 0,0 0, 0,0 0, 0,0 0,0 0, 0,0 0,0 0, 0,0 0, 0,,00,00,00,00,00,,,0,, Comuncação Intermedação fnancera e seguros Atvdades Imobláras Servços Prestados às Famílas Servços Prestados às Empresas Fonte: Elaborada pelos autores. Nota: (), DIRETO NO UNICÍPIO (), INDIRETO NO UNICÍPIO (), INDIRETO NO RESTANTE DO PARANÁ (), INDIRETO NO RESTANTE DO BRASIL (), TRANSBORDAENTO PARA RESTANTE DO PARANÁ () E TRANSBORDAENTO PARA RESTANTE DO BRASIL () DIVIDIDO POR SETOR PARA O ANO DE 00 (R$ ILHÕES). Como menconado a partr da Tabela, os setores lgados à atvdade ndustral () Extração; () Fabrcação de Almentos e Bebdas; () Fabrcação de Artgos de Vestuáro e Acessóros; () Fabrcação de Produtos de adera e Dversos; () Fabrcação de Celulose e Dervados; () Indústra Químca, Farmacêutca e de Refno de Combustível; () Fabrcação de neras Não- -etálcos e etalurga; () Fabrcação de áqunas e Equpamentos; (0) Indústra Automotva e () Construção - se destacam em relação aos multplcadores de produção. Da mesma forma, é possível vsualzar a ntensdade do transbordamento destes mesmos setores. Nesse sentdo, é necessáro relatvzar esta análse a partr dos multplcadores dreto e ndreto no muncípo, assm como o tamanho do setor. Com base na questão do tamanho do setor (IT), percebe-se que, ao analsar apenas os multplcadores locas, város setores da atvdade de servços, entre eles () Transporte, () Comuncação e () Intermedação fnancera e seguros acabam se destacando também. Outro aspecto mportante é perceber que o setor () Extração, com o maor multplcador no muncípo (aproxmadamente R$, mlhão) é mperceptível quando nserdo o fator tamanho (Indcador de Tamanho Tabela ). Verfca-se assm que, de acordo com os dados, o setor de servços também é representatvo para o multplcador de produção quando avalado os mpactos no muncípo. Revsta de Economa, v. 0, n. (ano ), p. -, set/dez. 0. Edtora UFPR Revsta de Economa, v. 0, n. (ano ), p. -, set/dez. 0. Edtora UFPR

10 TABELA. ULTIPLICADORES DO TIPO I DE EPREGO DIVIDIDOS E EFEITO TOTAL No. % % % % Setores Agropecuára Extração % % % % % % 0% % 0 Fabrcação de Almentos e Bebdas Fabrcação de Artgos de Vestuáro e Acessóros Fabrcação de Produtos de adera e Dversos Fabrcação de Celulose e Dervados % % % % % % Indústra Químca, Farmacêutca e de Refno de Combustível Fabrcação de neras Não-etálcos e etalurga Fabrcação de áqunas e Equpamentos % % % % 0 Indústra Automotva S.I.U.P 0 % % % % Construção Comérco % % % % 0% % % % % % % % % % Transporte Comuncação Intermedação fnancera e seguros Atvdades Imobláras Servços Prestados às Famílas Servços Prestados às Empresas Admnstração Públca 0 Fonte: Elaborada pelos autores. Nota: (), DIRETO NO UNICÍPIO (), INDIRETO NO UNICÍPIO (), INDIRETO NO RESTANTE DO PARANÁ (), INDIRETO NO RESTANTE DO BRASIL (), TRANSBORDAENTO PARA RESTANTE DO PARANÁ () E TRANSBORDAENTO PARA RESTANTE DO BRASIL () DIVIDIDO POR SETOR PARA O ANO DE 00. Essa tendênca é demonstrada com mas força quando avalados os resultados do multplcador do emprego e da remuneração. Verfca-se, no caso do emprego, a mportânca do setor () Comérco, não apenas pelo valor do multplcador, mas pelo seu tamanho. Na análse geral, o setor é o qunto com maor multplcador de emprego total, contudo, quando avalado seu mpacto (dreto e ndreto) no muncípo, salta para a ª posção com a geração de aproxmadamente empregos por mlhão de reas aumentados na demanda fnal, lembrando que este setor é o tercero maor de Curtba de acordo com o IT. Anda em relação ao multplcador de emprego (dreto e ndreto no muncípo) ponderado pelo Indcador de Tamanho, é mportante destacar os setores () Servços Prestados às Famílas, () Servços Prestados às Empresas e o (0) Admnstração Públca. Prmero pelo tamanho dos setores, em que o setor () ocupa a ª posção, o () a ª posção e o (0) a ª posção. Em segundo pela contrbução dos multplcadores de emprego em Curtba, o setor () Servços Prestados às Famílas gera empregos por mlhão de reas de varação da demanda fnal e ambos, () Servços Prestados às Empresas e o (0) Admnstração Públca, geram 0 empregos, com baxo índce de transbordamento. Deve-se notar também, a partr desta análse, a crescente relevânca do aparelho públco na captal do estado. Na mesma lnha de análse, agora para os multplcadores de remuneração (Tabela ), destaca-se mas uma vez o setor (0) Admnstração Públca, tanto no aspecto total quanto no restrto a Curtba. Com base nos dados da Tabela, verfca-se que o setor (0), além de ser o maor no tocante a geração de renda por varação na demanda fnal (R$0,0 mlhão), representa quase o dobro do segundo e tercero colocados nessa categora, () Servços Prestados às Empresas (R$0, mlhão) e () Servços Prestados às Famílas (R$0, mlhão). Duas outras característcas servem como catalsador desse resultado. Prmero, como já menconado, o setor é o maor da economa curtbana, o que pode ser vsto não apenas pelo IT, mas em todos os três valores utlzados no cálculo deste - número de empregados, massa salaral e valor bruto de produção (conforme Tabela ). E, segundo, pelo baxo percentual de transbordamento. Quando acedo e eners (00) dscutram sobre as vantagens da Regão etropoltana de Curtba, o papel do setor públco estava lgado a questões como artculações entre o estado e o mercado que rompam dcotomas tradconas entre o públco e o prvado por meo das polces networks, facldades de provdêncas admnstratvas como o acesso a nformações, nfraestrutura de apoo e polítcas de fomento empresaral, assm como acesso às nsttuções e benefícos públcos. Contudo, o que se observa a partr dos dados dos ndcadores econômcos do sstema nter-regonal, é um papel re Revsta de Economa, v. 0, n. (ano ), p. -, set/dez. 0. Edtora UFPR Revsta de Economa, v. 0, n. (ano ), p. -, set/dez. 0. Edtora UFPR 0

11 levante no sentdo operaconal enquanto setor gerador de empregos e renda no muncípo, frente a outros setores tradconas como os da ndústra e do servços. Em resumo, dferentemente dos resultados dos multplcadores de produção, os de emprego (Tabela ) ndcam uma mportânca maor para os setores lgados às atvdades de servços. Em prmero lugar, com maor multplcador, estão o () Servços Prestados às Empresas e o (0) Admnstração Públca, ambos com a geração de empregos por mlhão de reas aumentados na demanda fnal, segudos por () Servços Prestados às Famílas com 0 empregos. Outro fator mportante sobre os dos setores com maor multplcador dz respeto ao baxo valor de transbordamento, aproxmadamente %. Contudo, o setor de servços é responsável pelos menores ndcadores também, em que () Intermedação fnancera e seguros, () S.I.U.P. e () Atvdades Imobláras apresentam valores de, e, respectvamente. TABELA. ULTIPLICADORES DO TIPO I DE REUNERAÇÃO DIVIDIDOS E EFEITO TOTAL % % 0,0 0,0 0,0 0,0 0, Setores Agropecuára No. % 0% 0% % 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0, 0, Extração Fabrcação de Almentos e Bebdas % % % % 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0, 0, Fabrcação de Artgos de Vestuáro e Acessóros Fabrcação de Produtos de adera e Dversos % % % % % % % % 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0, 0, 0, 0, Fabrcação de Celulose e Dervados Indústra Químca, Farmacêutca e de Refno de Combustível Fabrcação de neras Não-etálcos e etalurga Fabrcação de áqunas e Equpamentos % % % % % % % % 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0, 0, 0, 0, 0,0 Indústra Automotva S.I.U.P Construção Comérco 0 % % % % 0% % % % % % 0% % % % 0,0 0,0 0,0 0,00 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,00 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,00 0,0 0,0 0,0 0, 0,0 0, 0,00 0, 0, 0, 0, 0, 0,0 0,0 0, 0, 0,0 Transporte Comuncação Intermedação fnancera e seguros Atvdades Imobláras Servços Prestados às Famílas Servços Prestados às Empresas Admnstração Públca 0 Fonte: Elaborada pelos autores. Nota: (), DIRETO NO UNICÍPIO (), INDIRETO NO UNICÍPIO (), INDIRETO NO RESTANTE DO PARANÁ (), INDIRETO NO RESTANTE DO BRASIL (), TRANSBORDAENTO PARA RESTANTE DO PARANÁ () E TRANBORDAENTO PARA RESTANTE DO BRASIL () DIVIDIDO POR SETOR PARA O ANO DE 00 (R$ ILHÕES). Revsta de Economa, v. 0, n. (ano ), p. -, set/dez. 0. Edtora UFPR Revsta de Economa, v. 0, n. (ano ), p. -, set/dez. 0. Edtora UFPR

12 Por fm, os setores destacados no ndcador de emprego concdem nos multplcadores de remuneração (Tabela ). Para cada varação de um mlhão de reas na demanda fnal, o setor (0) Admnstração Públca gera R$ 0,0 mlhão de remuneração, o () Servços Prestados às Empresas com R$ 0, mlhão e o () Servços Prestados às Famílas R$ 0, mlhão. Além desses setores, destacam-se anda, () Comérco e () Intermedação fnancera e seguros ambos com R$ 0,0 mlhão. Deve-se lembrar que o setor () fo apresentado anterormente com um dos menores ndcadores de emprego. Por fm, o transbordamento de remuneração segue a tendênca observada no ndcador anteror, os setores (0) e () apresentam os menores percentuas (Gráfco ). Até agora muto fo dto sobre as atvdades lgadas ao setor de servços e comérco, prncpalmente por seu desempenho nos multplcadores analsados. Todava, é possível observar à relevânca de alguns setores lgados à ndústra, entre eles o () Construção, o (0) Indústra Automotva, o () Fabrcação de áqunas e Equpamentos, o () Fabrcação de Almentos e Bebdas, e o () Indústra Químca, Farmacêutca e de Refno de Combustível. Esses setores são responsáves por algo em torno de % do número de empregados e da massa salaral e mas de % do valor bruto de produção. Contudo, assm como as demas ndústras, apresentam valor consderável nos transbordamentos (Gráfco ). Em méda, as atvdades ndustras tem um percentual de % de transbordamento total (Restante do Paraná e Brasl) na geração de produção, 0% de emprego e % de remuneração. Contudo, essa análse pode ser dferente quando analsados o potencal das lgações ntersetoras e dos encadeamentos sucessvos causados por uma varação da demanda. GRÁFICO. TRANSBORDAENTO DA GERAÇÃO DE PRODUÇÃO, EPREGO E RENDIENTOS DO SISTEA INTER-REGIONAL DE CURITIBA PARA O RESTANTE DO PARANÁ E BRASIL POR SETOR, 00. Produção 0 Emprego 0 Restante do Paraná Restante do Brasl Efeto Total 0 0 Restante do Paraná Restante do Brasl Efeto Total Remuneração 0 0 Restante do Paraná Restante do Brasl Efeto Total Efeto Total 0 0 Produção Emprego Remuneração Fonte: Elaborado pelos autores. A partr de agora, a pergunta muda para: Qual relação/mportânca entre cada setor e os demas setores da economa no tocante a oferta e demanda de nsumos? Para responder a essa pergunta serão analsados dos ndcadores de lgação ntersetoral o de Rasmussen-Hrschman (Tabela ) e o Puro Normalzado (GHS) (Tabela ), lembrando que o prmero não leva em consderação o tamanho do setor e o segundo sm. No conceto mas restrto do índce de Rasmussen-Hrschman, o setor, para ser consderado setor-chave, deve apresentar lgações acma da méda (valores acma de ) tanto para trás quanto para frente (Anefalos e Gulhoto, 00). Os setores que atendem a esse requsto são () Intermedação fnancera e seguros, o () Transporte, o () Comuncação, o () Servços Prestados às Empresas e () Indústra Químca, Farmacêutca e de Refno de Combustível, em ordem das maores médas. Se relaxado o conceto e analsadas as médas destacar-se-am o () S.I.U.P, o () Comérco, o () Fabrcação de neras Não-etálcos e etalurga e o () Fabrcação de Produtos de adera e Dversost Revsta de Economa, v. 0, n. (ano ), p. -, set/dez. 0. Edtora UFPR Revsta de Economa, v. 0, n. (ano ), p. -, set/dez. 0. Edtora UFPR

13 TABELA. ÍNDICES DE LIGAÇÕES DE RASUSSEN-HIRSCHAN PARA TRÁS, PARA FRENTE E ÉDIA, CALCULADOS PARA O SISTEA DE CURITIBA Ordem Total Ordem Frente Ordem Trás Setores No. 0 0, 0, 0, 0 0, 0, 0, 0,, 0, Agropecuára Extração Fabrcação de Almentos e Bebdas 0,,00 0, 0 0, 0, 0, 0 0,,0,0 Fabrcação de Artgos de Vestuáro e Acessóros Fabrcação de Produtos de adera e Dversos Fabrcação de Celulose e Dervados 0,0,0 0,,0 0, 0,0,0,0,0 Indústra Químca, Farmacêutca e de Refno de Combustível Fabrcação de neras Não-etálcos e etalurga Fabrcação de áqunas e Equpamentos 0,,0 0, 0,, 0,0,00 0, 0, Indústra Automotva S.I.U.P Construção 0,0,,0, 0,,0 Comérco Transporte,,,,,0,0 Comuncação Intermedação fnancera e seguros t 0, 0,, 0, 0, 0,,0 0, 0 0, 0,,0,00 Atvdades Imobláras Servços Prestados às Famílas Servços Prestados às Empresas Admnstração Públca 0 Fonte: Elaborada pelos autores. Levando em consderação o volume de produção de cada setor, os setores- -chave, conforme Tabela, são: () Intermedação fnancera e seguros, () Comuncação, () Comérco, () Indústra Químca e () Farmacêutca e de Refno de Combustível. Nesta prmera análse fo consderado o conceto restrto, se esse for relaxado e analsado o total, outros setores faram parte da lsta de setores-chave, como: (0) Admnstração Públca, () Servços Prestados às Empresas, () Servços Prestados às Famílas, () Transporte, (0) Indústra Automotva, () S.I.U.P e () Fabrcação de áqunas e Equpamentos. Outra forma de entender esses resultados é observando que (ndependente se Rasmussen-Hrschman ou GHS) os setores com valores maores que para trás são mportantes demandantes de nsumos dos demas setores, e os que apresentam valores maores que para frente são mportantes ofertantes de nsumos para os demas setores. Nesse sentdo, é possível, por essa perspectva, comparar as duas metodologas. Como resultado, percebe-se que as metodologas se aproxmaram para o caso do sstema de Curtba. Pela análse vsual, dos apontamentos fetos pelo Índce de Rasmussen- -Hrschman, seja apenas para frente, para trás ou em ambos, são gualmente apontados pelo o GHS. Em destaque no conceto restrto de setor-chave estão os setores () Indústra Químca, Farmacêutca e de Refno de Combustível, () Intermedação fnancera e seguros e o () Atvdades Imobláras, em ambas as metodologas. Outra forma de verfcar a compatbldade dos dos índces é por meo dos coefcentes de correlação de Spearman (posto-ordem) e de Pearson (valores). De acordo com esses coefcentes, exste uma relação forte entre os índces para trás de Rasmussen-Hrschman e GHS, em que o valor de Pearson é 0, e de Spearman é 0,. Já os índces para frente apresentam uma correlação menor, mas gualmente forte, de 0, para o de Pearson e de 0, para o de Spearman. Revsta de Economa, v. 0, n. (ano ), p. -, set/dez. 0. Edtora UFPR Revsta de Economa, v. 0, n. (ano ), p. -, set/dez. 0. Edtora UFPR

14 TABELA. ÍNDICES PUROS NORALIZADOS (GHS) PARA TRÁS, PARA FRENTE E TOTAL, CALCULADOS PARA O SIS- TEA DE CURITIBA CHS Frente Ordem 0 Total 0, 0,0 Ordem 0 0, 0,0 Ordem 0 Trás 0,0 0,0 Setores Agropecuára Extração No. 0 0, 0,0 0, 0,, 0,,0,, 0,,,,0,0 0, 0 0, 0,0 0, 0,, 0, 0, 0,0, 0,0,0,,,,0 0 0, 0, 0, 0,,0 0,,, 0,0 0,, 0,,, 0, Fabrcação de Almentos e Bebdas Fabrcação de Artgos de Vestuáro e Acessóros Fabrcação de Produtos de adera e Dversos Fabrcação de Celulose e Dervados Indústra Químca, Farmacêutca e de Refno de Combustível Fabrcação de neras Não-etálcos e etalurga Fabrcação de áqunas e Equpamentos Indústra Automotva S.I.U.P Construção Comérco Transporte Comuncação Intermedação fnancera e seguros Atvdades Imobláras 0,,, 0,, 0,,0 0,, Servços Prestados às Famílas Servços Prestados às Empresas Admnstração Públca 0 Fonte: Elaborado pelos autores Por últmo, para completar a análse da estrutura produtva do sstema nter- -regonal de Curtba e melhor vsualzar as relações entre os setores, será apresentada a análse do campo de nfluênca nos Gráfcos para o sstema completo (-RPr-RBr) e o Gráfco apenas para o sstema de Curtba. De acordo com Anefalos e Gulhoto (00), o campo de nfluênca mostra quas os coefcentes técncos (estrutura de produção) que, se alterados, mas transformam a matrz nversa e, portanto, mas modfcam os encadeamentos sucessvos causados por uma varação da demanda. Para analsar o sstema nter-regonal de Curtba (matrz 0x0), o Gráfco mostra os 0% maores coefcentes de campos de nfluênca, ou seja, das 00 relações são avaladas as 0 maores nterações. Em relação ao Gráfco, destaca-se que os setores de os exos de a 0 representam os vnte setores (já nomeados anterormente) para o muncípo de Curtba, de a 0 os mesmos vnte setores, agora para o Restante do Estado do Paraná e de a 0 os vnte para o Restante do Brasl. Ou seja, são apresentados os quadrantes conforme lustrado na Fgura, para os vnte setores analsados. No caso do Gráfco, sstema de Curtba (matrz 0x0), este avala os 0 (0%) maores coefcentes dos 00 possíves. Anda de acordo com os autores, é mportante destacar que a análse de campo de nfluênca dentfca quas os setores se relaconam entre s, em termos de compra e vendas de nsumos, podendo relatvzar a mportânca dos setores não-chave. Nesse sentdo, ao analsar o sstema nter-regonal de Curtba - Restante do Paraná Restante do Brasl, é possível dentfcar o quadrante Restante do Brasl (lnha a 0 coluna a 0) como o que apresenta os maores coefcentes de campos de nfluênca. Como setor comprador destaca-se o () Indústra Químca, Farmacêutca e de Refno de Combustível do Restante do Brasl, dentfcado como número na coluna. Em relação aos setores vendedores, novamente cta-se o () Indústra Químca, Farmacêutca e de Refno de Combustível do Restante do Brasl (número na lnha) e o (0) Indústra Automotva (número 0 na lnha). Revsta de Economa, v. 0, n. (ano ), p. -, set/dez. 0. Edtora UFPR Revsta de Economa, v. 0, n. (ano ), p. -, set/dez. 0. Edtora UFPR

15 GRÁFICO. COEFICIENTES SETORIAIS CO AIOR CAPO DE INFLUÊNCIA DO SISTEA INTER-REGIONAL CURITIBA RESTANTE DO PARANÁ RESTAN- TE DO BRASIL PARA O ANO DE 00. Setores Vendedores Setores Compradores Fonte: Elaborado pelos autores. Para o sstema de Curtba (0x0) dos setores se destacam. O setor () Fabrcação de Almentos e Bebdas como vendedor. Ao vsualzar o Gráfco percebe-se que o setor () tem fortes nterações de vendas com todos os 0 setores do sstema de Curtba. No caso dos setores compradores, há o setor () S.I.U.P fortemente relaconado com setores da economa curtbana, com destaque ao que são lgados às atvdades ndustras. É possível dentfcar mas dos setores com um número menor de lgações: () Fabrcação de Produtos de adera e Dversos e () Intermedação fnancera e seguros, ambos com 0 lgações cada entre as 0% mas fortes. A Tabela apresenta em resumo todos os resultados dos ndcadores para o muncípo de Curtba. Verfca-se que os setores relaconados com as atvdades de servços e comérco se destacam nos multplcadores smples do tpo I de produção (SP), de emprego (SE) e de remuneração (SR) quando avalados os dretos e ndretos apenas no muncípo, sendo a únca exceção o setor () Atvdades Imobláras que está em últma posção em todos os multplcadores. Não se deve esquecer do destaque que possu o setor () Extração no multplcador de produção, contudo, como já menconado, essa posção é relatvzada quando analsado o tamanho do setor, o menor do sstema produtvo do muncípo. No caso das atvdades ndustras, destaca- -se o setor () Indústra Químca, Farmacêutca e de Refno de Combustível apontado como setor-chave tanto pelo índce de Rasmussen-Hrschman, quanto pelo Índce Puro Normalzado (GHS). Contudo, o setor está em penúltmo quando avalado os multplcadores de emprego e remuneração. Anda sobre os setores-chave, são apontados pelos dos métodos também os setores () Comuncação e () Intermedação fnancera e seguros. Apenas pelo Rasmussen-Hrschman têm os setores () Transporte e o () Servços Prestados às Empresas. Já apontado apenas pelo Índce Puro Normalzado está o () Comérco. GRÁFICO. COEFICIENTES SETORIAIS CO AIOR CAPO DE INFLUÊNCIA DO SISTEA DE CURITIBA PARA O ANO DE 00. Setores Vendedores Setores Compradores Fonte: Elaborado pelos autores. Em relação ao campo de nfluênca, quatro setores se destacaram: três como compradores e um como vendedor. Além de ser o únco classfcado com fortes relações de vendas, o setor () Fabrcação de Almentos e Bebdas, também é o que apresentou maores coefcentes de campo de nfluênca com todos os setores do sstema de Curtba (Gráfco ), podendo ctar anda alguns coefcentes que são vsualzados no sstema nter-regonal (Gráfco ), vendendo para setores do Restante do Paraná, mas prncpalmente para o Restante do Brasl. Sobre os compradores, destacarem-se os setores () Fabrcação de Produtos de adera e Dversos, () S.I.U.P e o () Intermedação fnancera e seguros. esmo apresentando relações menores que o setor () como vendedor, entre os compradores estes foram os que mas se destacaram. Revsta de Economa, v. 0, n. (ano ), p. -, set/dez. 0. Edtora UFPR Revsta de Economa, v. 0, n. (ano ), p. -, set/dez. 0. Edtora UFPR 0

16 TABELA. RESUO DOS INDICADORES ECONÔICOS: ULTIPLICADORES DE PRODUÇÃO (SP), DE EPREGO (SE) E DE REUNERAÇÃO (SR), ÍNDICES PUROS NORALIZADOS (GHS) E OS DE RASUSSEN-HIRSCHAN, CALCULADOS PARA O SISTEA DE CURITIBA POR SETOR C.I. GHS R-H Vend. SR SE SP Setores Agropecuára Extração Fabrcação de Almentos e Bebdas Fabrcação de Artgos de Vestuáro e Acessóros No. Comp. Fabrcação de Produtos de adera e Dversos Fabrcação de Celulose e Dervados Indústra Químca, Farmacêutca e de Refno de Combustível Fabrcação de neras Não-etálcos e etalurga Fabrcação de áqunas e Equpamentos Indústra Automotva 0 Comp. S.I.U.P Comp. 0 Construção Comérco Transporte Comuncação Intermedação fnancera e seguros Atvdades Imobláras 0 Servços Prestados às Famílas Servços Prestados às Empresas Admnstração Públca 0 Fonte: Elaborada pelo autor. Por uma perspectva mas ampla, o únco setor que apareceu entre os dez com maores multplcadores, e ndcado como setor-chave pelo Rasmussen- -Hrschman, pelo Índce Puro Normalzado e pelo Campo de Influênca fo o () Intermedação fnancera e seguros (º maor setor da economa curtbana). Por outro lado, o setor (0) Indústra Automotva (0º maor setor) não alcançou destaque em nenhum dos ndcadores. Contudo, deve-se lembrar que a notoredade do setor não é no muncípo de Curtba, mas sm na Regão etropoltana de Curtba (Sesso Flho et. al., 00), podendo ser esse um dos motvos para que o setor não tenha se destacado na análse do sstema do muncípo de Curtba.. Consderações Fnas Este trabalho teve por objetvo contrbur para o entendmento das relações econômcas do muncípo de Curtba consgo mesmo, com o Estado e com o Restante do Brasl. Essa análse fo feta a partr de uma matrz nsumo- -produto organzada em um sstema nter-regonal escalonado em três esferas: uncípo Restante do Estado Restante do Brasl, subdvdda em 0 setores para o ano de 00. Em lnhas geras fo possível perceber, através de uma breve revsão hstórca, que o muncípo avançou no tocante ao setor de servços não apenas em sua escala, mas também pelo escopo (oferecendo servços sofstcados e dferencados). Para essa constatação prelmnar fo utlzado os dados do IBGE e da RAIS que apontavam a mportânca relatva dessas atvdades para Curtba, onde o setor de servços é responsável por mas de 0% do PIB muncpal, da massa salaral e do número de emprego. Essa notoredade fo constatada também pelos ndcadores econômcos provenentes da matrz nter-regonal. Contudo, os dados da matrz vão além dessa constatação. De acordo com os multplcadores (produção, emprego e remuneração), oto setores de servços e comérco estão entre os dez maores multplcadores, com a vantagem de apresentarem um menor percentual de transbordamento, algo em torno de 0% em méda. No caso da das atvdades ndustras destaca-se o setor () Indústra Químca, Farmacêutca e de Refno de Combustível apontado como setor-chave tanto pelo índce de Rasmussen- -Hrschman quanto pelo Índce Puro Normalzado (GHS). Contudo o setor está em penúltmo quando avalado os multplcadores de emprego e remuneração. Anda sobre os setores-chave, são apontados pelos dos métodos também os setores () Comuncação e () Intermedação fnancera e seguros, apenas pelo Rasmussen-Hrschman tem os setores () Transporte e o () Servços Prestados às Empresas. Já, apontado apenas pelo Índce Puro Normalzado está o () Comérco. Em relação ao campo de nfluênca quatro setores se destacaram, três como Revsta de Economa, v. 0, n. (ano ), p. -, set/dez. 0. Edtora UFPR Revsta de Economa, v. 0, n. (ano ), p. -, set/dez. 0. Edtora UFPR

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