A Química do amor. PARTE I As três fases do amor romântico

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Luana das Neves Coimbra
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Clube CSI Ciência Sob Investigação 2º e 3º Ciclos do Ensino Básico Data: 2012/02/15 2011 2012 A Química do amor «O amor é um fenómeno neurobiológico complexo, baseado em atividades cerebrais de

1 Clube CSI Ciência Sob Investigação 2º e 3º Ciclos do Ensino Básico Data: 2012/02/ A Química do amor «O amor é um fenómeno neurobiológico complexo, baseado em atividades cerebrais de confiança, crença, prazer e recompensa, atividades essas que envolvem um número elevado de mensageiros/atores químicos» (T. Esch, G. B. Stephano; H. E. Fisher; Henry Holt and Company) O amor é frequentemente celebrado como um fenómeno místico, muitas vezes espiritual, por vezes apenas físico, mas sempre como uma força capaz de determinar o nosso comportamento. Quais são os compostos químicos que atuam sobre o nosso corpo sobre o nosso cérebro em particular e nos transmitem todas as sensações e comportamentos que associamos ao amor? PARTE I As três fases do amor romântico A primeira fase é chamada fase do desejo e é desencadeada pelas nossas hormonas sexuais, a testosterona nos homens e o estrogénio nas mulheres. É a circulação destas hormonas no nosso sangue que se inicia na adolescência que torna o nosso cérebro interessado em parceiros sexuais, digamos assim; é o que nos leva a sair à procura de qualquer coisa. Testosterona Estrogénios sintéticos e naturais EBI de Angra do Heroísmo 2011/2012 Clube CSI Página 1 de 5

A segunda fase é a fase da atração, enamoramento ou paixão: é quando nos apaixonamos, ou seja, é a altura em que perdemos o apetite, não dormimos, não conseguimos concentrar-nos em nada que não seja

2 A segunda fase é a fase da atração, enamoramento ou paixão: é quando nos apaixonamos, ou seja, é a altura em que perdemos o apetite, não dormimos, não conseguimos concentrar-nos em nada que não seja o objeto da nossa paixão. É uma fase em que podem acontecer coisas surpreendentes, que por vezes dão origem a situações divertidas (para os outros) e embaraçosas (para o próprio): as mãos suam, a respiração falha, é difícil pensar com clareza, há borboletas no estômago enfim e isto tem a ver com compostos químicos que afetam o nosso cérebro: a norepinefrina que nos excita e acelera o bater do coração, a serotonina que nos descontrola, e a dopamina que nos faz sentir felizes. A B C A norepinefrina (A) é um estimulante natural do cérebro, que pode estar associada à exaltação, euforia, falta de sono e de apetite. A função da dopamina (B) no cérebro é muito importante no mecanismo de desejo e recompensa. A sua presença no cérebro parece ser uma caraterística dos recém-apaixonados. C - Serotonina Curioso é verificar que todos estes compostos químicos são controlados por um outro, chamado feniletilamina, que está presente no chocolate. Estará aqui a razão para o chocolate ser uma prenda tão apreciada para os namorados, ou para ser tantas vezes a compensação para um amor não correspondido? A feniletilamina controla a passagem da fase do desejo para a fase do amor e é um composto com um efeito poderoso sobre nós A terceira fase é a fase de ligação passamos à fase do amor sóbrio, que ultrapassa a fase da atracão/paixão e fornece os laços para que o casal permaneça junto. Há duas hormonas importantes nesta fase: a oxitocina e a vasopressina. A oxitocina é também chamada a hormona do carinho ou do abraço. ( ) Esta hormona provoca um aumento da confiança nos outros. Quanto maior for o amor entre o casal, maior é a ligação química entre os dois! EBI de Angra do Heroísmo 2011/2012 Clube CSI Página 2 de 5

3 A vasopressina é atualmente conhecida como a hormona da fidelidade. (Adaptado de um excerto de um artigo publicado na QUÍMICA, BOLETIM DA SOCIEDADE PORTUGUESA DE QUÍMICA Nº 100, janeiro março 2006, pág , da autoria do Senhor Professor Doutor Paulo Ribeiro Claro) PARTE II BOLO DE CHOCOLATE O cacaueiro (Theobroma cacao), que significa alimento dos deuses, é a árvore que dá origem ao fruto chamado cacau. É do cacau que se faz o chocolate através da moagem das suas amêndoas secas num processo industrial ou caseiro. O chocolate foi descoberto pelos Maias há cerca de dois mil anos na América Central. EBI de Angra do Heroísmo 2011/2012 Clube CSI Página 3 de 5

4 O açúcar (cujo principal constituinte é a sacarose), para além da sua função de adoçante, também vai contribuir para que se tenha um bolo com uma textura mais macia e húmida, pois as moléculas de açúcar ligam-se às moléculas de água evitando que evaporem. A farinha de trigo tem diferentes componentes: amido, açúcares, proteínas, gorduras, sais minerais e água. Cada componente tem a sua função. O bicarbonato de sódio, presente no fermento, reage com a água originando as bolhinhas de dióxido de carbono gasoso que contribuem para tornar o bolo mais leve. O óleo evita que as proteínas da farinha se liguem entre si e contribui para o bolo ficar mais macio. Quando se adiciona, à farinha, um líquido (leite, no nosso caso), as proteínas vão ligar-se entre si e formam uma espécie de rede, forte e elástica. Os ovos, tal como o leite, fornecem água e proteínas. EBI de Angra do Heroísmo 2011/2012 Clube CSI Página 4 de 5

5 «Não se pode ensinar tudo a alguém, pode-se apenas ajudá-lo a encontrar por si mesmo. Galileu Galilei EBI de Angra do Heroísmo 2011/2012 Clube CSI Página 5 de 5

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