Brasil e os sistemas monetário e financeiro internacionais

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1 Brasil e os sistemas monetário e financeiro internacionais 1

2 Capítulo 20 2

3 O Brasil no padrão-ouro Primeira experiência: meados do século XIX 1846: aceita nas repartições públicas moedas de ouro 1847: cunhar moedas de ouro e prata uso generalizado dos metais para pagamentos 3

4 Economia brasileira: século XIX elevado coeficiente de importação baixa elasticidade-preço, capacidade limitada de substituição por produção interna exportações: produtos primários - baixa elasticidade-renda e frequente oscilação de preços no mercado internacional rigidez de oferta interna 4

5 Recorrência de choques externos, levava a frequentes expansões monetárias, como forma de viabilizar o financiamento dos gastos públicos recorreram várias vezes a um "padrão papel não-conversível política monetária anticíclica direção oposta ao mecanismo do padrão-ouro 5

6 Segunda experiência com o padrão-ouro: 1888 situação cambial favorável mesma paridade de 1846 Terceira experiência: criação da Caixa de Conversão: poder para emitir notas conversíveis em ouro 6

7 Reforma monetária de Washington Luís em 1926 ( ) nova volta ao padrão-ouro conversão a uma taxa fixa criação da Caixa de Estabilização: emitir notas nos moldes da Caixa de Conversão 7

8 Períodos de aumento do ciclo de investimento internacional e recuperação dos termos de troca do país => entrada de recursos => apreciação cambial ao mesmo tempo em que expandia o crédito interno, estimulando as importações => contas externas tendiam a se deteriorar 8

9 Apreciações dos períodos de adesão ao padrão-ouro ao longo da história do Brasil enfatizam o aspecto recessivo derivado da contração monetária imposta por esse sistema Em conjunturas de escassez de crédito externo e queda nas relações de troca, a contração monetária resultante tinha efeitos desastrosos sobre a atividade interna 9

10 O Brasil no Sistema de Bretton Woods Final da Segunda Guerra Mundial estoque considerável de reservas internacionais parte considerável dessas reservas era constituída de moedas bloqueadas (sobretudo libras esterlinas) superávits comerciais - países com moedas então inconversíveis país era deficitário em suas relações comerciais com os EUA 10

11 Entre 1939 e 1953 taxa oficial de paridade: Cr$ 18,50 por dólar (igual à taxa média no período ) inflação interna acumulada próxima aos 400% 11

12 Anos 1950 controle cambial sistema de leilões de câmbio imposição crescente de barreiras comerciais 1953: sistema de taxas múltiplas de câmbio 1959: transferência ao mercado livre de diversos produtos de exportação 12

13 Anos : taxa de câmbio foi desvalorizada em montante expressivo (100%) início a convergência a um sistema de taxa única, com a redução gradual dos subsídios às importações essenciais dois anos seguintes houve acúmulo de atraso cambial : desvalorizações agosto de 1968: regime de minidesvalorizações 13

14 Período de Bretton Woods: crescente internacionalização da economia brasileira 14

15 As Relações do Brasil com as Instituições Multilaterais Brasil: país signatário do Acordo de Bretton Woods (1944) 15

16 Relações com o FMI 1954: pedido de aval ao FMI para empréstimo junto ao Eximbank norteamericano 1958: primeira operação direta de empréstimo do FMI ao Brasil - tipo stand by recomendações de política econômica não foram adotadas 16

17 Cont : negociações foram suspensas falta de aval do FMI: dificultou o acesso aos recursos internacionais 1961: empréstimo stand by 1965: empréstimo stand by 1968: saque dos recursos disponíveis do Fundo 17

18 Crise da dívida externa Fundo requeria um acordo com os bancos, de outro os bancos exigiam o aval técnico do FMI janeiro de 1983: primeira do que viria a ser um conjunto de seis cartas de intenções de metas não-cumpridas de política econômica fevereiro de 1983: segunda Carta de Intenções 18

19 Cont... setembro de 1983: terceira Carta de Intenções novembro de 1983: quarta Carta de Intenções 1984: março e em setembro - quinta e sexta Cartas de Intenções Dificuldades básicas para o cumprimento dos compromissos financiamento do setor público não-financeiro inflação 19

20 1998: novembro de acordo com o FMI, Banco Mundial, BID e alguns países pacote de ajuda financeira da ordem de US$ 41 bilhões março 1999: acordo com o FMI foi alterado - maxidesvalorização expressiva do Real (janeiro 1999) 20

21 Cont : algo sem precedentes: a renovação de um acordo com o FMI ao final de uma administração, mas com o apoio de todos os candidatos à presidência do país 2004: Brasil respondeu por um terço do total dos empréstimos do FMI - principal país devedor 21

22 Relações do Brasil com o Banco Mundial 1949: primeiro empréstimo - no setor de energia em alguns momentos: Brasil, o principal tomador de recursos participação brasileira no total de empréstimos aprovados pelo BIRD 1949 = 55% 1972 = 22% = 13% 22

23 Cont... Década de 1950: empréstimos do Banco Mundial ao Brasil foram essencialmente destinados a projetos de infraestrutura energia e transportes (Plano de Metas) Década de 1960 setor energético: maior parte (76%) dos recursos início de diversificação setorial: setor agrícola e indústria de transformação 23

24 Anos 1970 Década de 1970 processo de diversificação dos setores setor de transportes = 26% dos recursos setor energético = 24% agricultura, indústria de transformação, projetos sociais e financiamento de bancos de desenvolvimento 24

25 Anos 1980 Década de 1980: grande mudança financiamento de programas de política, e não apenas projetos número de projetos aprovados: agricultura = 30 projetos sociais = 26 transportes = 12 energia = 11 25

26 Banco Interamericano de Desenvolvimento - BID distribuição setorial dos recursos emprestados pelo BID ao Brasil é semelhante à estrutura dos empréstimos do Banco Mundial predominância: projetos de infra-estrutura em energia, transporte e fornecimento de água, linha de crédito para exportação apoio à educação ciência e tecnologia apoio ao setor industrial e outros 26

27 Brasil e instituições multilaterais instituições: importância no financiamento da construção da infraestrutura, sobretudo até os anos 1980 recursos do Banco Mundial: reformas na estrutura da administração pública e na área de comércio exterior monitoramento e posterior controle dos gastos públicos - criação da Secretaria do Tesouro 27

28 G-20 África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, Coreia do Sul, França, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Rússia, Turquia, Reino Unido e Estados Unidos. A União Europeia também faz parte do Grupo, representada pela presidência rotativa do Conselho da União Europeia e pelo Banco Central Europeu 28

29 2009: G-20 foi formalmente estabelecido como o principal fórum econômico internacional, em substituição ao G-8 Debates no G-20: concentrados busca de soluções para a saída da crise financeira temas do desenvolvimento oferta de energia 29

30 Corporación Andina de Fomento CAF (1970) Banco de Desenvolvimento da América Latina: 15 países-membros Brasil: membro pleno (2009) financiamento de projetos de infraestrutura promoção do desenvolvimento social melhoras do meio-ambiente financiamento de políticas públicas e pesquisas 30

31 Banco do Sul (2009) Argentina, Bolívia, Brasil, Equador, Paraguai, Uruguai e Venezuela Propostas: banco de desenvolvimento para financiar projetos de infraestrutura e de estímulo às cadeias produtivas na região criação de um sistema monetário regional formação de fundos para projetos sociais fundos de emergência para lidar com desastres naturais O Banco ainda não começou a operar porque falta a ratificação por parte dos legislativos brasileiro e paraguaio 31

32 BRICS 2012: Arranjo Contingente de Reservas, no valor de US$ 100 bilhões China = US$ 41 bilhões Brasil, Índia e Rússia = US$ 18 bilhões cada África do Sul = US$ 5 bilhões Detalhes operacionais ainda são objeto de negociação entre os representantes dos cinco países 32

33 Cont... criação de um Banco de Desenvolvimento dos BRICS (2014) financiar projetos de infraestrutura e desenvolvimento sustentável continuam as negociações para definição do montante de capital inicial do Banco, assim como os critérios a serem adotados para sua operação 33

34 Dívida Externa anterior ao período republicano 1889: dívida 150 milhões de dólares 1921: primeiro empréstimo direto com os EUA 1930: EUA detinham 30% da dívida externa brasileira Desde o início do século XIX o país esteve inadimplente no pagamento de sua dívida externa em diversos períodos, num total de 38 anos 34

35 Crise da dívida externa endividamento externoparte central do modelo de desenvolvimento adotado após 1968 ( : dívida bruta total triplicou mudança na estrutura da dívida 1961: Banco Mundial e o FMI = 23% da dívida externa brasileira 1969: organismos internacionais e agências governamentais = 43% 1973: organismos internacionais e agências governamentais = 33% 35

36 Cont : vulnerabilidade externa aumento do preço do petróleo deterioração do balanço de pagamentos dívida externa brasileira: praticamente dobrou - US$ 9,5 bilhões (1972) para US$ 17, 2 bilhões (1974) 36

37 Novos choques externos: 1979 aumento dos preços do petróleo elevação das taxas de juros no mercado internacional praticamente dobrou a dívida externa em cinco anos US$ 50 bilhões em 1979 para US$ 91 bilhões em

38 Renegociação da dívida externa brasileira: troca - abril de de dívida "velha" por títulos com trinta anos de maturidade liquidação - em outubro de da última parcela das garantias exigidas na renegociação da dívida 38

39 Cont... recursos externos de médio prazo passaram a ser predominantemente captados a partir de colocação de títulos nos mercados de capitais externos, substituindo os empréstimos bancários aproximadamente a metade (47%) da dívida externa é devida pelo setor privado 39

40 Mais recentemente, sobretudo desde 2002 elevação gradual das reservas de divisas alteração do perfil da dívida reduziu os compromissos de mais curto prazo melhora substancial dos indicadores básicos com relação à liquidez e solvência externa da economia brasileira 40

41 41

42 Fuga de Capitais superfaturamento de importações ou subfaturamento das exportações variedade de medidas ilegais Determinantes movimentos preventivos de desvalorizações cambiais diferenciais de retorno a aplicações financeiras em países distintos proteção de ativos 42

43 Estimativas sejam sensíveis à metodologia adotada 43

44 O Brasil e o Mercado Financeiro Internacional (desde anos 1990) Entrada de capitais externos: determinantes taxa de juros elevadas liberalização financeira privatização de empresas públicas preservação da taxa de câmbio conjuntura política condições de liquidez internacional 44

45 O Brasil e o Euro aumento no volume de intercâmbio entre as duas regiões no período que se seguiu à criação do Euro, assim como um aumento significativo no fluxo de investimento direto europeu no Brasil 45

46 46

47 Cont... estoque de capital estrangeiro instalado é predominantemente de origem europeia predominância inequívoca das relações com os EUA mercado para colocação de títulos brasileiros no exterior captação de empréstimos moedas em que o país tem se endividado absoluta predominância do dólar dos EUA 47

48 48

49 Obrigado! 49

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