ANÁLISE DA INDÚSTRIA DE PAPEL E CELULOSE NO BRASIL

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1 ANÁLISE DA INDÚSTRIA DE PAPEL E CELULOSE NO BRASIL Carlos Renato Antunes Lopes (Cia Suzano de Papel e Celulose e ex-aluno do COPPEAD) Cláudio Roberto Contador (professor do COPPEAD e orientador da tese de mestrado) Carlos Renato Antunes Lopes crlopes@poboxes.com RESUMO A Indústria de Papel e Celulose é de grande importância para a economia brasileira, sendo responsável por, aproximadamente, 1% do PIB do país. Devido a esta relevância, diversas entidades e institutos de pesquisa realizam estudos que primam pela excelente qualidade. A maior parte dos estudos, entretanto, ou está voltada para o processo produtivo, focando assuntos muito específicos, ou abordam apenas um segmento do setor, sendo portanto limitados pela própria natureza. Este estudo procura reunir, de forma compacta, o resultado de inúmeras pesquisas já realizadas, com o objetivo de criar uma visão abrangente sobre como está estruturado este importante setor industrial do país. O presente trabalho é um resumo da tese de mestrado de mesmo título defendida em Agosto de 1998 no COPPEAD. ÁREA TEMÁTICA: ECONOMIA E FINANÇAS

2 ANÁLISE DA INDÚSTRIA DE PAPEL E CELULOSE NO BRASIL 1 A Indústria de Papel e Celulose é de grande importância para a economia brasileira, sendo responsável por, aproximadamente, 1% do PIB do país. Devido a esta relevância, diversas entidades e institutos de pesquisa realizam estudos que primam pela excelente qualidade. A maior parte dos estudos, entretanto, ou está voltada para o processo produtivo, focando assuntos muito específicos, ou abordam apenas um segmento do setor, sendo portanto limitados pela própria natureza. Este estudo procura reunir, de forma compacta, o resultado de inúmeras pesquisas já realizadas, com o objetivo de criar uma visão abrangente sobre como está estruturado este importante setor industrial do país. O presente trabalho é um resumo da tese de mestrado de mesmo título defendida em Agosto de 1998 no COPPEAD. 1 EVOLUÇÃO HISTÓRICA A primeira fábrica de papel foi instalada no Brasil em 1852, porém até 1950, o país possuía apenas uma série de pequenas fábricas de papel, importando praticamente toda a celulose que consumia. O número de empresas foi crescendo à medida que aumentavam o mercado consumidor e a demanda. Os primeiros investimentos significativos no setor surgiram com o Plano de Metas do Governo Kubitschek ( ), seguindo o modelo clássico de substituição das importações. O Plano de Metas foi importantíssimo ao definir uma clara intenção do governo em desenvolver substancialmente o setor, com ênfase no atendimento do mercado consumidor, sem ainda considerar as vantagens competitivas existentes no Brasil para implantar fábricas voltadas para a exportação. A partir de então, o governo passou a apoiar sistematicamente o desenvolvimento desta indústria através de medidas tarifárias e de financiamento, principalmente através do BNDES. O aumento da produção de papel fez crescer proporcionalmente a demanda por celulose, criando condições para o desenvolvimento das fábricas de pasta celulósica. Um dos problemas logo enfrentados foi o de que a tecnologia de fabricação do papel utilizava basicamente celulose de coníferas, árvores das quais se extrai celulose de fibra longa. Isto fazia que países com condições climáticas pouco favoráveis para a produção deste tipo de árvore, como era o caso do Brasil, ficassem dependentes da importação de celulose para a fabricação de papel. A partir de pesquisas iniciadas em 1954 pela Indústria de Papel Leon Feffer S.A. (atual Cia Suzano de Papel e Celulose), contando com apoio da Universidade da Flórida, foi aperfeiçoado o processo de fabricação de papel utilizando 100% de celulose de eucalipto. O eucalipto, árvore do ramo das folhosas, que fornece celulose de fibra curta, mostrou-se extremamente produtivo para grandes plantações no Brasil. Uma pesquisa concluída em 1967, pela empresa José Carlos Associados Consultores Industriais, entitulada Pesquisa sobre a Estrutura Brasileira de Produção e de Consumo de Papel e Celulose, analisou um universo de 282 fábricas de celulose, de pasta mecânica e de todos os tipos de papel, traçando um perfil da indústria no Brasil. A pesquisa demonstrou, já naquela época, uma forte correlação entre o aumento da renda per capta e o aumento do consumo de papel. Revelou também, que as empresas brasileiras careciam de capacidade produtiva capaz de gerar economias de escala para redução dos custos unitários, maior eficiência de produção e de introdução de modernas técnicas de administração. A pesquisa serviu de base para o governo estabelecer novas diretrizes para o financiamento do setor,

3 2 exigindo volumes mínimos, induzindo progressivamente o aumento da capacidade produtiva e a formação de maciços florestais para o fornecimento de matéria-prima. Em 1968, a empresa norueguesa Borregaard instalou, com o apoio e a participação do governo, uma unidade fabril no Rio Grande do Sul, voltada para a exportação de celulose nãobranqueada de fibra curta. Este projeto é considerado um marco do desenvolvimento do setor pelas seguintes características: O projeto da multinacional demonstrava para os brasileiros que a celulose de fibra curta reunia condições competitivas no mercado internacional; A capacidade produtiva de 500 t/dia, um volume bastante expressivo para os padrões da época (o governo exigia um mínimo de 100 t/dia), mostrava que para ser competitivo no mercado internacional seria importante a utilização de economia de escala; A localização da fábrica em Porto Alegre acarretou custos sociais e ambientais para a população, demonstrando a necessidade de equipamentos e legislação de controle ambiental; Os anos 70 foram de reviravolta no setor, com o aumento do preço das matériasprimas no mercado internacional e os choques de preço do petróleo. O aumento do déficit em conta corrente exigiu do país um novo ciclo de substituição das importações e um maior volume de exportações. O primeiro grande ciclo de investimentos no setor tem início com o lançamento do II PND Plano Nacional de Desenvolvimento, e do I PNPC Plano Nacional de Papel e Celulose, durante o governo Geisel ( ). O objetivo de fortalecer o empresariado nacional, aliado à uma estratégia de integração competitiva, fizeram o governo realizar uma injeção relevante de recursos no setor para os projetos considerados prioritários. A política industrial incentivava, através do financiamento público e de vantagens fiscais, à expansão da capacidade produtiva, à formação de maciços florestais, à melhoria da eficiência e à melhoria da produtividade nas unidades fabris, visando o autoabastecimento e a inserção do país no cenário internacional. Como resultado desta política formaram-se as grandes empresas que existem hoje no setor, como a Aracruz, Klabin, Suzano, Votorantim, Ripasa, dentre outras. Em 1974, outro marco do desenvolvimento do setor no Brasil foi o projeto da Aracruz Celulose, com volume de investimentos superior a US$ 400 milhões e capacidade de produção acima de toneladas/dia. O projeto foi classificado de êxito duvidoso pelo IFC (International Finance Corporation) por considerar que o país não dispunha de experiência para realizar um empreendimento desta magnitude e que o retorno não compensaria. O governo financiou o projeto sozinho e a Aracruz Celulose é atualmente a maior unidade fabril de celulose do mundo e também um dos principais fornecedores internacionais de celulose, colocando o Brasil entre os produtores de celulose de maior potencial do mundo. Os anos 80 foram de consolidação da posição brasileira no mercado internacional com o lançamento do II PNPC, incentivando mais uma vez o aumento da capacidade, o aumento da competitividade, a melhoria dos padrões de qualidade, a uniformidade dos produtos, a proteção ambiental, a melhoria do processo produtivo e a melhoria dos controles de processo, através da introdução de novos equipamentos. A retração econômica na primeira metade da década contraiu o mercado interno, fazendo com que as empresas destinassem uma parte

4 3 maior da produção para as exportações. Projetos que foram desenvolvidos nesta década levaram à construção da Bahia Sul Celulose, da Inpacel e da Companhia Florestal Monte Dourado(Projeto Jari). A primeira metade dos anos 90 foi muito difícil para as empresas nacionais, devido à crise econômica provocada pelos Planos Collor I e II, pela queda geral dos preços do papel e da celulose no mercado internacional e pela internacionalização e globalização do setor, com a diminuição das barreiras tarifárias. A segunda metade vem sendo marcada pela lenta recuperação das empresas do setor, aliada à retomada da atividade industrial. 2 A INDÚSTRIA EM NÍVEL MUNDIAL A indústria de papel e celulose é uma indústria tradicional, basicamente produtora de commodities, com tecnologia relativamente acessível e cada vez mais globalizada. A globalização vem permitindo que países, antes sem expressão neste mercado, participem cada vez mais como produtores, alterando o perfil da indústria. O cenário mundial é marcado por intensa competição por mercados e por investimentos. O setor possui uma cadeia produtiva bastante complexa, abrangendo as etapas de reflorestamento, produção de madeira, fabricação de celulose, fabricação de papel, conversão de papel em artefatos, produção gráfica, produção editorial e reciclagem do papel utilizado. Além disso, inclui atividades de geração de energia, distribuição, comércio, exportação e transportes rodoviário, ferroviário e marítimo, de produtos e matérias-primas. O complexo produtivo está diretamente ligado a outros setores da economia como o de serviços, indústria química, mineração, bens de capital e engenharia, possuindo um forte poder multiplicador de renda. Os produtos gerados pela cadeia produtiva suprem diversas necessidades da sociedade, tais como cultura, laser, educação, higiene e moradia. Estes destinam-se ao consumo ou a embalar produtos de consumo, como por exemplo: Madeira (celulose, energia, móveis, construção, habitação, etc.); Papéis para impressão e escrita (jornais, livros, revistas, papel reprográfico, formulários, cadernos, etc.); Papéis para embalagem (caixas, sacos, envelopes, rótulos, etc.); Papéis e celulose para fins sanitários e higiênicos (toalhas, guardanapos, papel higiênico, etc.); As principais características da indústria mundial, segundo a BRACELPA (ANFPC, 1995, p. 6-7), são as seguintes: i) Tecnologia relativamente acessível 1 ; ii) Projetos de investimentos com grande integração vertical, que incluem imobilização em terras, plantio, equipamentos para celulose, máquinas de papel, geração de energia, recuperação de utilidades e controle ambiental; iii) Plantas industriais com grande capacidade de produção e base florestal plantada; iv) Alta intensidade de capital e de financiamentos, resultante da integração vertical, do porte dos projetos e do longo tempo de maturação dos investimentos 2 ; 1 O processo de fabricação é de domínio público e a tecnologia de ponta está incorporada nos equipamentos fornecedores, sendo adaptadas nas empresas mediante inovações incrementais.

5 4 v) Estrutura de custos baseada em equipamentos, fibras, energia, produtos químicos e minerais, mão-de-obra e transporte; vi) Atividades de produção de papel e conversão em produtos impressos, embalagens ou produtos higiênicos são operadas por empresas de todos os portes. O longo período de maturação e a grande necessidade de inversões em terras, plantio, máquinas, equipamentos e capital de giro, tornam esta indústria a de maior intensidade de capital no mundo 3. As empresas, para alcançar custos de produção competitivos, procuram obter ganhos de escala com plantas industriais de capacidade produtiva cada vez maiores. Isto faz com que cada nova unidade que entre em operação, acrescente uma grande oferta ao mercado. Os maiores grupos do setor, conforme a Tabela 1, são: Tabela 1 - Maiores Grupos Produtores de Papel e Celulose no Mundo MAIORES EMPRESAS DO SETOR - RANKING US$ MILHÕES VENDAS DE VENDAS RANK EMPRESA PAÍS PAPEL E CONSOLIDADAS SEDE CELULOSE 1 International Paper EUA , ,0 2 Nippon Paper Industries Japão 9.411, ,9 3 Oji Paper Japão 8.456, ,6 4 Kimberly-Clark EUA 8.388, ,1 5 UPM-Kymmene Finlândia 7.939, ,7 6 KNP BT Holanda 7.020, ,9 7 Svenska Cellulosa Suécia 5.991, ,1 8 Enso Oy Finlândia 5.721, ,3 9 James River EUA 5.700, ,0 10 Arjo Wiggins Appleton Inglaterra 5.639, ,1 11 Georgia-Pacific EUA 5.609, ,0 12 Stora Suécia 5.249, ,0 13 Champion International EUA 4.961, ,4 52 Ind. Klabin de Papel e Cel. Brasil 1.187, ,2 75 Votorantim Celulose e Papel Brasil 654,3 654,3 97 Cia. Suzano de Papel e Cel. Brasil 512, ,8 90 Aracruz Celulose Brasil 556,3 527,5 Fonte: PPI - TOP 150 LISTING - set/97 O mercado internacional, apesar da entrada novos players 4, ainda é restrito a poucos países, ocorrendo uma significativa concentração da produção e do consumo. A crescente globalização e o acirramento da concorrência tem provocado, segundo a BRACELPA (ANFPC, 1995, p.8), os seguintes efeitos no mercado: 2 O longo tempo de maturação dos projetos é principalmente devido ao desenvolvimento da base florestal que pode variar de 5 a 10 anos no caso do Brasil e ao capital de giro para suportar os custos financeiros dos primeiros anos do projeto. 3 A implantação de uma fábrica de celulose com capacidade de produção de 500 mil toneladas por ano tem um custo acima de US$ 1 bilhão e um prazo de start-up, sem considerar a base florestal, de 3 anos. 4 A partir da década de 70, diversos países como o Brasil, Chile, África do Sul, Portugal, Espanha e mais recentemente a Indonésia, passaram a participar mais intensamente do mercado de celulose devido aos seus baixos custos de produção.

6 5 i) Flutuações de demanda, estoques e taxas cambiais 5, nos principais mercados, impactam significativamente os preços e a rentabilidade das empresas; ii) Os clientes e distribuidores são bastante sensíveis a preços, ainda que, sistemas de distribuição fechados dificultem o acesso a novos mercados; iii) Tendência à reestruturação e à concentração patrimonial em empresas de porte, com fusão e incorporação de produtores e distribuidores, e de articulação de projetos em jointventures; iv) Vantagens competitivas para regiões do globo que apresentam menores custos em energia e madeira e para empresas que desfrutam de relações de cooperação com fornecedores e com a indústria de bens de capital; v) As vantagens competitivas também são relativamente afetadas por condições sistêmicas (custos de transporte, custos de operação portuária, tratamento tributário, condições de crédito, qualidade de educação, do treinamento, etc). A competição no setor ocorre em duas dimensões: preço e qualidade. Se por um lado as elevadas escalas de produção proporcionam custos unitários menores, por outro, a aproximação dos mercados consumidores e a diferenciação são cada vez mais importantes para reverter a tendência de "commoditização" do produto. A indústria é muito criticada do ponto de vista ambiental. A madeira utilizada para a fabricação da celulose, muitas vezes, vem de florestas nativas, fazendo com que a indústria seja vista como uma destruidora de árvores. Os processos de fabricação da celulose e do papel muitas vezes geram rejeitos que são despejados no ar, na água e no solo. O ar recebe gases, cinzas e sais como: dióxido de enxofre, compostos de cloro e óxido de azoto. A água e o solo recebem os rejeitos químicos e orgânicos provenientes do cozimento da madeira, do branqueamento da celulose e da fabricação do papel. Depois que foi constatado que o gás de cloro utilizado no branqueamento da celulose produz compostos cancerígenos, as empresas têm investido em processos de fabricação livre de cloro, como os processos ECF (Elemental Chlorine Free) e TCF (Total Chlorine Free). A fabricação de uma tonelada de papel requer aproximadamente, dependendo da fábrica, entre 10 m 3 e 30 m 3 de água. Com uma produção anual de 6,5 milhões de toneladas de papel em 1 ano, o consumo de água daria para abastecer uma cidade de habitantes por 1 mês. As exigências de qualidade para se ingressar em determinados mercados não estão restritas apenas aos produtos, mas também através dos processos de fabricação. As pressões ambientalistas têm levado as empresas a pesquisar processos de fabricação que diminuam ou eliminem o despejo de dejetos no solo, na água e no ar 6. A certificação ambiental através das normas ISO - International Stardard Organization - (Séries ISO-9000 e ISO-14000) são uma exigência cada vez maior para quem deseja participar do mercado mundial. A pressão ambiental, tem por outro lado, criado restrições ao corte de florestas e incentivado à substituição de fibras virgens por fibras recicladas. As exigências ambientais vêm encarecendo o custo da madeira nos países desenvolvidos, mas também são vistas, pelos 5 Alguns países utilizam a taxa câmbio para tornar mais competitivos seus produtos, estimulando as exportações e inibindo as importações. 6 Conhecidos com sistemas fechados de produção ou de efluente zero.

7 6 países em desenvolvimento, como uma barreira ecológica à penetração de seus produtos nestes mercados. 2.1 Características das indústrias de celulose A celulose é o principal insumo na fabricação do papel. Os fabricantes de celulose destinam sua produção ou para o consumo próprio ou vender no mercado. A celulose comercializada no mercado é denominada celulose de mercado e o mercado mundial, onde a celulose é comercializada é denominado market pulp. Como muitas empresas do setor produzem celulose para consumo próprio, a produção total de celulose é muito superior ao market pulp. Estima-se que apenas 22% da produção total de celulose é comercializada. Os principais países exportadores de celulose são EUA, Canadá, Suécia, Finlândia, Brasil, Portugal, Espanha, África do Sul, Chile e Indonésia. Segundo Macedo (dez. 1994, p.1), existe uma tendência da nova oferta de celulose originar-se, principalmente, em regiões de clima tropical e equatorial, devido ao rápido ciclo de crescimento de suas florestas, sendo que a Indonésia aparece como o grande ofertante de celulose nos próximos anos. Apesar do crescimento da oferta de celulose, a participação relativa das fibras virgens no mix de insumos utilizados na fabricação do papel, vem sendo reduzida paulatinamente, principalmente devido à utilização de fibras recicladas. O aumento da participação de fibras recicladas vem de encontro aos interesses, principalmente dos países desenvolvidos, em reduzir o lixo gerado nas cidades e a dependência da importação de fibras, porém esbarra em limites econômicos e técnicos. O processo de lavagem e descoloração, muitas vezes, é antieconômico e a fibra só pode ser reciclada um determinado número de vezes, perdendo muito da sua qualidade em relação às fibras virgens. As principais características estruturais das indústrias de celulose são: i) A indústria é intensiva em capital; ii) O nível de padronização dos produtos é elevado, pois trata-se de uma commodity; iii) A indústria é de base florestal, necessitando a exploração de grandes áreas com florestas nativas ou plantadas; iv) A busca de economia de escala tem conduzido a uma descontinuidade no aumento da oferta; v) Os investimentos na expansão da capacidade têm sido realizados de acordo com o fluxo de caixa das empresas 7, tornando o preço da celulose cíclico. O preço da celulose tem um comportamento cíclico, cuja intensidade vem se acentuando no decorrer dos anos devido ao aumento da escala de produção. Como cada unidade produtiva agrega um valor substancial de capacidade ao mercado, os ciclos de preço são cada vez menores, a diferença entre o topo e o vale são cada vez maiores e a recuperação da baixa é cada vez mais lenta. A Figura 1 ilustra como os ciclos de preço da celulose (CIF Norte da Europa 8 ) vem se acentuando desde a década de Quando o preço da celulose está elevado, o excedente de caixa propicia os investimentos das empresas. Isto faz com que muitas empresas invistam ao mesmo tempo conduzindo a um excesso de oferta. 8 Preço CIF Norte da Europa é o preço da celulose colocada no norte da Europa, incluindo os custos de transporte.

8 76 Figura 1 - Evolução do Preço da Celulose Sulfato Branqueada de Fibra Longa 7 EVOLUÇÃO DO PREÇO DA CELULOSE DE FIBRA LONGA PREÇO CIF NORTE DA EUROPA US$ Fonte: BNDES Ano O setor tem procurado reduzir a volatilidade, que tem se mostrado cada vez mais intensa, através da criação da Bolsa de Futuros (Pulpex), do estabelecimento de contratos de longo prazo e de consolidações das empresas através de fusões e aquisições. O preço da referencial do mercado é o da celulose branqueada de fibra longa, colocada no norte da Europa com os custos de frete. A disponibilidade de celulose de fibra longa é medida pela evolução da Norscan - estoques de celulose dos produtores norte-americanos e escandinavos - responsáveis por 65% da produção mundial desta fibra Estratégias competitivas Segundo Jorge (1993a, p.4), as principais estratégias competitivas adotadas pelas empresas de celulose de mercado dividem-se em dois grandes blocos: i) Estratégias de Produção: procuram melhorar a produtividade e a qualidade das florestas através de pesquisas genéticas; proteger o meio ambiente, reduzir o desmatamento e a poluição; procuram melhorar o processo de fabricação de celulose com o desenvolvimento de novos produtos; procuram aumentar eficiência produtiva e obter ganhos de escala; ii) Estratégias de Mercado: integração com a produção de celulose e integração com a distribuição dos produtos finais; fusões e aquisições de empresas; priorização de segmentos de mercado com maior valor agregado; melhoria do relacionamento com o cliente. 2.2 Características das indústrias de papel A indústria de papel e derivados é caracterizada pela elevada fragmentação, onde os 10 maiores fabricantes são responsáveis por apenas 16% do total produzido. Esta característica vem mudando rapidamente devido à intensidade de capital cada vez maior, à padronização de produtos, à perspectiva de mercados cada vez mais globalizados e à diminuição dos custos logísticos. Os maiores exportadores de papel são Canadá, Finlândia e Suécia e os maiores importadores são EUA, China e Alemanha. A globalização deste mercado

9 8 ainda encontra uma certa resistência devido ao fato de exigir uma maior interação com o cliente final e a manutenção de estoques próximo aos consumidores. As estratégias de produção variam de acordo com o mercado em que as empresas atuam. Segundo Jorge (1993b, p.7-9), as principais características e estratégias associadas aos diversos segmentos de papel são: Papel de Imprensa (newsprint): A principal característica deste tipo de papel é a competição por preço e por não requerer um branqueamento tão intenso, propiciando a fabricação a partir da pasta mecânica ou mecano-química. A fábricas procuram reduzir os custos através de ganhos com escala de produção e a legislação ambiental vem exigindo o uso cada vez maior de fibras recicladas. Os produtores canadenses possuem vantagens na produção da pasta mecânica que, apesar de requerer muita energia no processo, possui um custo final mais barato que o das pastas químicas. Os Estados Unidos é o maior importador deste tipo de papel e o Canadá é o maior exportador; Papéis de Imprimir & Escrever (printing & writing): Os papéis de imprimir & escrever possuem características distintas, caso sejam ou não revestidos. Os papéis não revestidos comportam-se como commodities, onde os principais fatores competitivos são a elevada escala de produção, a produtividade, a qualidade do produto, a distribuição e a forma de comercialização. A massificação da microinformática vem impulsionando o crescimento deste mercado, ao popularizar impressoras, fax e copiadoras. Os papéis revestidos possuem maior valor agregado, onde as características de qualidade do produto e a interação com o cliente é fundamental para a competitividade; Embalagens (kraftliner): O preço, o volume, o peso e a resistência são as principais características. O segmento de kraftliner tem um comportamento de commodity, onde as escalas de produção, custo, estratégias de distribuição e de comercialização são fundamentais. Os segmentos de sacos multifolhados e caixas de papelão possuem um maior valor agregado e a qualidade do produto está associada à resistência e ao peso. O segmento de embalagens vem sofrendo concorrência de outros tipos de materiais, principalmente os oriundos da indústria petroquímica e procura reagir diminuindo o tamanho, o peso e utilizando maior percentual de materiais reciclados; Papéis para Fins Sanitários (tissue): As características mais relevantes nestes produtos são a maciez, a suavidade, a resistência e a absorção. A qualidade e o preço são os principais fatores de diferenciação destes produtos. Algumas empresas procuram trabalhar o conceito de marca associando a maior qualidade e maior valor agregado. A baixa relação entre o valor e o volume do produto é elemento fundamental na estratégia de localização de fábricas próximas ao mercado consumidor; Cartões e Cartolinas (board): A qualidade dos produtos está ligada à adequação às especificações de espessura, resistência, cobertura, printabilidade, ausência de pó e serviços fornecidos pelos fabricantes. Apesar dos produtos possuírem uma certa padronização, existe espaço para agregar valor através de uma maior aproximação com o cliente e uma assistência técnica eficiente, diferenciando o produto e criando um elemento de competitividade importante neste segmento; Papéis Especiais: Os papéis especiais são produtos diferenciados, onde o cumprimento rigoroso de suas especificações é o elemento principal de competitividade e não o custo

10 9 baseado em escala de produção. O domínio de tecnologias específicas e o controle do processo são importantes fatores competitivos neste mercado. O alto custo de desenvolvimento das tecnologias de fabricação provoca a concentração da produção em poucos produtores que atendem ao consumo mundial Estratégias competitivas Segundo Jorge (1993b, p.5-6), as principais estratégias competitivas adotadas pelas empresas de papel são as seguintes: i) Estratégias de Fornecimento de Fibras: desenvolve o fornecimento de fibras com preço e qualidade competitivos através do reflorestamento, reciclagem e/ou mistura de fibras (curtas, longas e não celulósicas); ii) Estratégias Produtivas Relacionadas a Equipamentos: moderniza a produção com a reforma e introdução de máquinas novas, aumentando a escala de produção, o controle do processo e o controle ambiental; iii) Estratégias de Verticalização da Indústria: fusão de produtores de celulose de mercado com produtores de papel; iv) Estratégias de Concentração do Mercado de Papel: incorporação, fusão e joint-ventures entre produtores de papel com o objetivo de aumentar as escalas produtivas e a concentração patrimonial. 2.3 Tendências da indústria Segundo Jorge (1993a, p.3-4), as principais tendências das empresas de papel e celulose de mercado são: i) Exploração de florestas tropicais integralmente plantadas com espécies de rápido crescimento (pinus, eucalipto e outros), ao contrário dos tradicionais produtores que utilizam florestas nativas de coníferas; ii) Produção concentrada em poucas empresas, em geral, com plantas atualizadas tecnologicamente, com escalas de produção adequadas e verticalmente integradas; iii) As escalas de produção serão cada vez maiores, em especial no caso de processos químicos, devido aos ganhos associados à redução dos custos fixos, à recuperação de reagentes químicos e à eficiência energética do processo; iv) Crescente pressão pelo aumento da proteção ambiental, proveniente dos consumidores e da sociedade civil em geral. Estas pressões têm se cristalizado na legislação dos países, em particular, dos europeus e nos EUA e na definição de especificações técnicas mais rigorosas dos produtos e processos. A conseqüência deste processo, além da imposição de elevados investimentos no controle de problemas ambientais, tem sido a criação de barreiras não-tarifárias nos principais mercados; v) Concorrência, cada vez mais globalizada, onde não será suficiente um diferencial de custos de produção ou a integração com a base florestal eficiente. A engenharia financeira dos projetos, dados os elevados custos de capital, as tecnologias de processo e produto, as formas de comercialização, entre outros, passa a ser uma variável crítica do processo competitivo. As principais estratégias adotadas pelas empresas foram: a) Integração floresta-celulose-papel visando a redução de custos e garantia da utilização da celulose (empresas escandinavas);

11 b) Investimentos em controle de poluição ambiental e esforços de marketing na imagem da empresa - ecomarketing; c) Investimento direto em regiões com potencial florestal de médio e longo prazos; d) Proximidade dos mercados consumidores - através de aquisições, fusões e compras de participações em empresas locais (dos países consumidores - Europa Ocidental e EUA) - realizadas por empresas americanas e escandinavas; e) Controle dos canais de distribuição de produtos, aumentando a proximidade com os clientes, sobretudo através de assistência técnica e diferenciação de produtos. 3 A INDÚSTRIA DE PAPEL E CELULOSE NO BRASIL A indústria de papel e celulose no Brasil faturou, em 1997, US$ 7,1 bilhões, aproximadamente 1% do PIB brasileiro. As exportações atingiram US$ 1,9 bilhão, aproximadamente 4% das exportações brasileiras, gerando empregos e divisas internacionais. O Brasil, desde o final dos anos 70, vem se destacando progressivamente no cenário internacional e hoje atua em todos os segmentos de papéis, celulose e pastas 9. Existe uma grande heterogeneidade industrial, pois apesar do grande (235) número de empresas, poucas possuem a produção de papel integrada à produção de celulose 10. Uma outra característica marcante é a grande concentração produtiva, onde 65% da produção de papel está concentrada em 10 grupos industriais e 86% da produção de celulose de mercado está concentrada em 5 grupos. A Figura 2 ilustra os principais grupos produtores de papel, a Figura 3 ilustra os principais grupos produtores de celulose de mercado. 10 Figura 2 - Principais Fabricantes de Papel no Brasil PRINCIPAIS FABRICANTES DE PAPEL EM % KLABIN SUZANO 31% VOTORANTIM RIPASA VOLUME TOTAL MIL t 2% 3% 3% 3% Fonte: BRACELPA 4% 5% 5% 6% 8% 15% CHAMPION IGARAS RIGESA TROMBINI PISA INPACEL SANTHER OUTROS 9 As bases florestais espalham-se por regiões de interior e de litoral de diversas unidades da federação (RS, SC, PR, SP, MG, RJ, ES, BA, PA, AP, MA) 10 O baixo número de empresas integradas deve-se ao alto volume de recursos necessários na compra de terras, reflorestamento e máquinas.

12 Figura 3 - Principais Produtores de Celulose de Mercado no Brasil 11 PRINCIPAIS FABRICANTES DE CELULOSE DE MERCADO EM 1997 RIOCELL 9% JARI 5% LWARCEL 3% ARACRUZ 38% BAHIA SUL 19% PRODUÇÃO TOTAL MIL t Fonte: BRACELPA CENIBRA 26% Os maiores grupos do setor possuem plantas industriais verticalmente integradas, da base florestal à produção de papel e escalas de produção competitivas internacionalmente 11. Estas empresas também se destacam por possuírem produtos de qualidade competitivos em nível mundial, equipamentos relativamente atualizados, alta produtividade da base florestal, investimentos em pesquisa e desenvolvimento, automação de processos e controle ambiental 12. Como em quase todos os segmentos industriais, a tecnologia de ponta está associada a investimentos em pesquisa e desenvolvimento. No caso da indústria de papel e celulose, o processo de fabricação é bastante difundido e a tecnologia de ponta está incorporada aos equipamentos de produção, portanto é essencial um estreito relacionamento com fabricantes de máquinas e equipamentos. Alguns dos principais fabricantes mundiais de máquinas e equipamentos estão instalados no Brasil, como: Voith, Kvaerner, Fábio Perini, Sund Emba BHS, Pilão, Valmet (terceirizando componentes) e Ahlstrom(em associação com a Confab). Cada máquina de papel é projetada e fabricada para atender os planos de produção dos clientes em termos de gramatura, largura da máquina 13 e velocidade máxima de produção, podendo custar até US$ 500 milhões com instalações civis e periféricos. Os grandes grupos nacionais, responsáveis pela maior parte da produção, possuem equipamentos com atualização tecnológica semelhantes aos dos principais concorrentes internacionais. A maior máquina de papel em operação no Brasil, no ano de 1998, pertence à Bahia Sul, com capacidade de produção de 847 toneladas por dia. O volume das exportações brasileiras cresceu substancialmente desde o início dos anos 80, refletindo a crescente competitividade das empresas nacionais. O desenvolvimento das empresas voltadas para o mercado externo, principalmente fabricantes de celulose, seguiu o seguinte modelo: 11 Entre as 10 maiores plantas industriais de celulose de mercado do mundo, incluem-se três fábricas brasileiras: Aracruz, Bahia Sul e Cenibra. 12 No Brasil, quatorze empresas do setor obtiveram a certificação ISO-9000: Aracruz, Bahia Sul, Cenibra, Pirahy, Jari, Rigesa, VCP, Champion, Riocell, Inpacel, Igaras, Klabin e Santher. 13 Também conhecida como boca de máquina.

13 i) Especialização na produção de celulose de fibra curta de eucalipto; ii) Escala de produção elevada, seguindo padrões internacionais de consumo de energia e de controle da ambiental; iii) Financiamento de longo prazo com empréstimos internacionais; iv) Operação de tradings próprias e terminais portuários especializados; v) Projetos localizados em áreas de baixa ocupação populacional e próximos à base florestal. As fábricas de papel não foram projetadas seguindo o modelo exportador, voltando sua produção principalmente para o mercado interno. As grandes fábricas são integradas, localizadas próximo aos grandes centros consumidores (principalmente São Paulo), mas nem todas possuem certificação ambiental (essencial para quem deseja acesso ao mercado externo). Com a crise econômica dos anos 90, muitas empresas destinaram parte de sua produção para o mercado externo e procuram manter estas posições para quando não for possível escoar toda a produção no mercado interno. A abertura comercial brasileira, na década de 90, também atingiu a indústria de papel e celulose, porém a penetração dos importados não foi significativa. As empresas, para enfrentar a concorrência externa, melhoraram sua produtividade, se modernizaram e reduziram as margens de lucro, passando a praticar preços compatíveis com os preços do mercado internacional. 3.1 Competitividade internacional A indústria brasileira de papel e celulose apresenta vantagens competitivas em nível internacional. As principais delas são o baixo custo e a alta produtividade da base florestal plantada devido ao clima, solos favoráveis, disponibilidade de terras e pesquisa genética do eucalipto. O ciclo de corte do eucalipto, no Brasil, leva em média 7 anos contra 10 anos nos países ibéricos e até 70 anos em outras espécies utilizadas. Além disso, no Brasil, ocorrem até 3 cortes sucessivos do mesmo eucalipto, sem a necessidade de replantio. Por outro lado, o tamanho das empresas brasileiras, frente aos principais concorrentes internacionais 14, constitui-se no ponto fraco da indústria nacional, devido à magnitude dos investimentos necessários, o que aumenta o custo financeiro. A modernização e o investimento em novos equipamentos é dificultado pela intensidade de capital (requerida pelas elevadas escalas de produção), descontinuidades técnicas e longo prazo de maturação. A estrutura industrial heterogênea também é uma desvantagem, pois plantas industriais com pequenas escalas de produção, defasadas tecnologicamente e não integradas à produção de celulose são pouco competitivas em um mundo globalizado. O processo de desativação destas unidades é lento, pois em geral, são investimentos já amortizados que seguem gerando caixa. O país perde muita competitividade devido à sua infra-estrutura deficiente, com terminais portuários, ferrovias, geração de energia e infra-estrutura urbana(hospitais, escolas, habitação) não funcionando de forma eficiente o que cria um custo adicional para as empresas. Muitas destas inclusive criam esta infra-estrutura para poderem operar de forma mais econômica. 14 De fato, apenas quatro grupos nacionais encontram-se entre os 150 maiores do mundo no setor (Klabin, Suzano, Votorantim e Aracruz). 12

14 3.2 Produção e consumo de papel 13 A distribuição da produção brasileira está na Figura 4 e pode ser observada a grande participação dos segmentos de embalagens e de imprimir & escrever. Figura 4 - Produção de Papel por Segmento no Brasil PRODUÇÃO DE PAPEL POR SEGMENTO EM 1997 CARTÃO 10% ESPECIAL IMPRENSA 4% 2% SANITÁRIOS 9% EMBALAGEM 45% Fonte: BRACELPA IMPRIMIR & ESCREVER 30% VOLUME TOTAL MIL t Tabela 2 - Taxas de Crescimento Anual da Produção de Papel por Segmento no Brasil CRESCIMENTO DA PRODUÇÃO DE PAPEL POR SEGMENTOS MIL TONELADAS - % a.a. VOLUME TAXA DE CRESCIMENTO ANUAL SEGMENTO %80/90 %90/95 %95/97 EMBALAGEM ,16 2,82 7,69 IMPRIMIR&ESCREV ,02 6,91 4,90 CARTÃO ,08 4,60 4,94 SANITÁRIOS ,70 2,90 10,06 IMPRENSA ,89 3,69-5,21 ESPECIAL ,78 2,34 3,41 TOTAL ,45 4,22 6,02 Fonte: BRACELPA Alguns autores associam a demanda de papel a diversas variáveis sócio-econômicas, como a atividade econômica (PIB), a variação da renda e o crescimento populacional. Em um país das dimensões do Brasil, onde as necessidades básicas de grande parte da população ainda não foram atendidas, o número de analfabetos é elevado (consumidores estes que obviamente não compram livros, jornais ou revistas) e uma distribuição de renda extremamente injusta, é de se esperar que a melhoria destas variáveis exógenas terão um grande impacto na demanda por produtos agro-industriais de base florestal. A demanda interna de papel tem uma elasticidade em torno de 1,23 em relação ao PIB, ou seja, nos

15 14 períodos de crescimento econômico, o consumo desses produtos sobe significativamente, pois os mesmos estão diretamente ligados à dinâmica da produção de bens de consumo. A correlação da demanda com as variáveis sócio-econômicas pôde ser observada, mais uma vez, após o Plano Real, onde a pequena melhora da distribuição da renda teve um reflexo significativo na demanda dos produtos da indústria papeleira. No período de 1990 a 1995 a produção de todos os tipos de papéis cresceu a uma taxa anual de 4,22%, enquanto no período de 1995 a 1997 este crescimento anual foi de 6,02%. 3.3 Estudos e sugestões para o setor A indústria brasileira de papel e celulose, apesar de competitiva internacionalmente, possui deficiências estruturais e sistêmicas, que devem ser desenvolvidas para permanecer e ampliar sua participação nos mercados interno e externo. As empresas nacionais carecem de políticas voltadas para a exportação e de instrumentos de comercialização de seus produtos internacionalmente. O alto custo do capital, a burocracia, a carga tributária e a infra-estrutura são alguns dos elementos que prejudicam a competitividade dos produtos nacionais. O problema tem sido analisado por diversas entidades que elaboraram estudos e sugestões de ações que devem ser adotadas para corrigir as deficiências do setor. Os principais estudos são da ANFPC (atual BRACELPA), José Luiz Jorge da Unicamp e a equipe gerenciada por Ângela Macedo do BNDES. A conclusão destes estudos é que o setor está bastante consciente das suas missões e dos desafios que devem ser superados, bastando ao Estado a vontade política de fazer. Os problemas enfrentados pelo setor, em muitos casos, afetam todos os demais segmentos da economia brasileira, de forma que são ainda mais relevantes para aumentar a competitividade do país de forma global.

16 BIBLIOGRAFIA 15 ANFPC. A política de desenvolvimento do complexo celulose - papel: São Paulo: ANFPC, p.. A Política industrial, tecnológica e de comércio exterior do governo federal e o setor de celulose e papel. São Paulo: ANFPC, fev p. BNDES. A participação dos sistema BNDES na evolução do setor de papel e celulose no Brasil. Rio de Janeiro: BNDES, abr p. BRACELPA. Relatório Estatístico São Paulo: BRACELPA, p. CIA SUZANO de Papel e Celulose. Manual do Eucalipto. São Paulo: Cia Suzano de Papel e Celulose, dez p. JORGE, Maurício Mendonça. Estudo da Competitividade da Indústria Brasileira: Competitividade da Indústria de Celulose. Campinas: MCT/FINEP/PADCT, p.., NARETTO, Nílton A., SOARES, Sebastião J. M. Estudo da Competitividade da Indústria Brasileira: Competitividade da Indústria de Papel. Campinas: MCT/FINEP/PADCT, p. LOPES, Carlos Renato Antunes. Análise da indústria de papel e celulose no Brasil. Orientador: Cláudio Roberto Contador. Rio de Janeiro: UFRJ / COPPEAD, 1998, 130p. Tese. MACEDO, Angela R. P. O setor de papel e celulose no Brasil e no mundo. Rio de Janeiro: BNDES, ago p. (Relato Setorial).. Papel e celulose de mercado - diagnóstico da competitividade brasileira. Rio de Janeiro: BNDES, nov p. (Relato Setorial).. Celulose de mercado. Rio de Janeiro: BNDES, dez p. (Relato Setorial).., LEITE, Elizabete T. Celulose e pastas de mercado - Perspectivas 1997/2001. Rio de Janeiro: BNDES, out p. (Informe Setorial, 12).., MATTOS, René L. G. A trajetória de crescimento dos principais produtores brasileiros de papel e celulose /1994. BNDES SETORIAL. Rio de Janeiro: BNDES, n. 3, mar , VALENÇA, Antônio C. V. O terceiro ciclo de investimentos da indústria brasileira de papel e celulose. BNDES SETORIAL. Rio de Janeiro: BNDES, n. 4, set p. PULP and Paper International. Annual Review. july p.

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