UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE FABRÍCIA RAMOS REZENDE

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1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE FABRÍCIA RAMOS REZENDE CÂNCER INFANTIL NO CENTRO-OESTE DO BRASIL: TENDÊNCIA DE INCIDÊNCIA, MORTALIDADE E SOBREVIDA Goiânia 2015

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3 FABRÍCIA RAMOS REZENDE CÂNCER INFANTIL NO CENTRO-OESTE DO BRASIL: TENDÊNCIA DE INCIDÊNCIA, MORTALIDADE E SOBREVIDA Dissertação de Mestrado apresentada ao Programa de Pós- Graduação em Ciências da Saúde da Universidade Federal de Goiás para obtenção do Título de Mestre em Ciências da Saúde. Orientador: Prof.ª Drª. Maria Paula Curado Goiânia 2015 iii

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6 Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde da Universidade Federal de Goiás BANCA EXAMINADORA DA DISSERTAÇÃO DE MESTRADO Aluna: Fabrícia Ramos Rezende Orientadora: Profª. Drª. Maria Paula Curado Membros: 1. Drª. Maria Paula Curado 2. Drº. José Carlos de Oliveira 3. Drº. Lenildo de Moura OU 4. Drº. Paulo Sérgio Sucasas da Costa 5. Data: 03/11/2015 vi

7 Dedico esta dissertação ao meu filho Raphael e aos meus pais Nivercília e Sivanildo. vii

8 AGRADECIMENTOS À Profª. Drª. Maria Paula Curado, pela orientação inegavelmente eficiente e segura, por todo empenho, conhecimento e incentivo à pesquisa. Ao programa de pós-graduação em Ciências da Saúde da Universidade Federal de Goiás, pelo apoio sempre concedido. À toda a equipe do Registro de Câncer de Base Populacional de Goiânia, pela dedicação e competência nas coletas de dados, pelas instruções e pelo convívio agradável durante minha coleta de dados. Aos demais funcionários do Hospital Araújo Jorge que contribuíram para que este estudo pudesse ser concluído. Ao Carlos Eduardo Silva Barbosa, pelo companheirismo, incentivo, apoio e compreensão durante todo o período do Mestrado. Às minhas colegas de pós graduação Patrícia e Lys, que foram grandes companheiras durante toda a caminhada, tornando-se grandes amigas. viii

9 SUMÁRIO Dedicatória...v Agradecimentos...vi Sumário...vii Figuras, Tabelas e Anexos...ix Siglas, Símbolos e Abreviaturas...xi Resumo...xii Abstract...xiii 1- Introdução Justificativa Objetivos Objetivo Geral Objetivos Específicos Métodos Delineamento do Estudo Critérios de Inclusão e Exclusão Dados Populacionais Variáveis Incidência e Tendência Mortalidade e Tendência Sobrevida Análise Estatística Aspectos Éticos Publicações Artigo Resumo Introdução Método Resultados Discussão Conclusão Referências...42 ix

10 5.2- Artigo Resumo Introdução Método Resultados Discussão Conclusão Referências Considerações finais Referências Anexos...70 x

11 TABELAS, FIGURAS E ANEXOS Tabela 1: Tendência da Incidência do câncer infantil, segundo grupo etário, no período de 1996 a 2009, em Goiânia...32 Tabela 2: Tendência da Mortalidade do câncer infantil, segundo grupo etário, no período de 1996 a 2011, em Goiânia...34 Tabela 3: Probabilidades de sobrevida após cinco anos (em %) para o câncer infantil em Goiânia...35 Figura 1: Probabilidade de sobrevida acumulada para câncer infantil (todas as neoplasias malignas; leucemias; linfomas e tumores do sistema nervoso central, respectivamente) em Goiânia, Goiás, diagnosticadas no período de 1996 a 2011 (Método Kaplan-Meier)...36 Tabela 4: Frequência da Mortalidade por câncer infantil, de acordo com o gênero, de 1996 a Tabela 5: Tendência da Mortalidade do Câncer Infantil, segundo grupo etário, no período de 1996 a 2011, no centro oeste brasileiro...53 Tabela 6: Tendência da Mortalidade do Câncer Infantil, para todas as neoplasias, segundo grupo etário, no período de 1996 a 2011, no centro oeste brasileiro...55 Tabela 7: Tendência da Mortalidade do Câncer Infantil, segundo grupo etário, no período de 1996 a 2011, em Goiânia...57 Tabela 8: Tendência da Mortalidade do Câncer Infantil, segundo grupo etário, no período de 1996 a 2011, em Cuiabá...58 Tabela 9: Tendência da Mortalidade do Câncer Infantil, segundo grupo etário, no período de 1996 a 2011, em Campo Grande...59 Tabela 10: Tendência da Mortalidade do Câncer Infantil, segundo grupo etário, no período de 1996 a 2011, em Brasília...60 xi

12 Anexo I: Classificação Internacional do Câncer Infantil...71 Anexo II: População Padrão Mundial...74 Anexo III: Parecer do Comitê de Ética do Hospital Araújo Jorge ACCG...75 Anexo IV: Parecer do Comitê de Ética do Hospital das Clínicas UFG...76 Anexo V Normas de publicação dos respectivos periódicos...77 xii

13 SÍMBOLOS, SIGLAS E ABREVIATURAS ACCG Associação de Combate ao Câncer de Goiás APC Annual Percentual Change CICI Classificação Internacional do Câncer na Infância DATASUS Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística INCA Instituto Nacional de Câncer LLA Leucemia Linfática Aguda MS Ministério da Saúde OMS Organização Mundial da Saúde RCBP Registro de Câncer de Base Populacional SIM Sistema de Informação em Mortalidade SNC Sistema Nervoso Central STATA Data Analysis and Statistical Software SUS Sistema Único de Saúde TSE - Tribunal Superior Eleitoral UFG Universidade Federal de Goiás xiii

14 RESUMO INTRODUÇÃO: O Câncer infantil é uma neoplasia rara que gera um grande impacto social. A estimativa para os anos de 2014 e 2015 foi de novos casos por ano no Brasil. Os maiores números ocorrendo nas regiões Sudeste (5.600) e Nordeste (2.790), seguidos pelas regiões Sul (1.350), Centro-Oeste (1.280) e Norte (820). A tendência mundial é de aumento da incidência, redução da mortalidade e, maior sobrevida. Isso vem ocorrendo no mundo devido ao diagnóstico precoce, mais acesso ao tratamento, introdução de protocolos de quimioterapia e investimento em recursos humanos na area de oncologia pediátrica. Existem poucos estudos que analisam o câncer infantil no Brasil. OBJETIVO: Analisar o câncer infantil no centro oeste do Brasil. METODOLOGIA: Os dados de incidência foram obtidos no Registro de Câncer de Base Populacional de Goiânia e os dados de mortalidade no Sistema de Informação de Mortalidade (SIM). Foram calculadas as taxas brutas e padronizadas da incidência e da mortalidade, utilizando o Microsoft Excel A análise das tendências de incidência e de mortalidade foram feitas com o software JoinPoint Regression Program, v Para o cálculo de sobrevida, foi pesquisado o status vital de cada caso no SIM, ONCOSIS, cartão SUS, TSE e, por consultas telefônicas. A sobrevida foi analisada de acordo com o gênero, por idade, e 5 anos após o diagnóstico. Foi utilizado o método de Kaplan-Meier com as correções de Log-Rank e Breslow para avaliar a presença de diferenças significativas entre as curvas de sobrevida. O valor de p < 0.05 foi considerado estatisticamente significativo. Foi feito também a Regressão de Cox, para avaliar a razão de risco do óbito e o teste de Choinfield para testar o paralelismo entre as curvas. Os dados foram analisados utilizando o software STATA. A ausência de dados de incidência nas capitais do centro oeste por um período de mais de 15 anos limitou a análise de tendência dos dados de mortaliade para as capitais Cuiabá, Campo Grande e Brasília, sendo possível apenas a descrição da tendência da mortalidade por câncer infantil na região Centro-Oeste do Brasil, no período de 16 anos. Na cidade de Goiânia foi possível fazer as análises de tendência da incidência e da mortalidade e a análise de sobrevida aos cinco anos em crianças e adolescentes com diagnóstico de câncer, na idade de 0 a 19 anos, no período de 1996 a RESULTADOS: A mortalidade no centro oeste do Brasil para o câncer infantil demonstrou uma tendência de estabilidade em ambos os sexos. Em Goiânia, a tendência da incidência também foi de estabilidade. Já a sobrevida vem apresentando um aumento, mas ainda é pequena quando comparado aos países desenvolvidos. CONCLUSÃO: A tendência de mortalidade para o câncer infantil nas capitais da região centro oeste evidenciou uma estabilidade e a incidência na capital Goiânia também, o que vem de desencontro com os dados dos países desenvolvidos. Palavras-chave: neoplasias infantis; mortalidade; sobrevida, tendência xiv

15 ABSTRACT INTRODUCTION: Childhood cancer is a rare cancer that generates a large social impact. The estimate for the years 2014 and 2015 was 11,840 new cases per year in Brazil. The largest numbers occurring in the Southeast (5600) and Northeast (2,790), followed by the South (1350), Midwest (1280) and North (820). The global trend is for incidence increased, mortality reduction and survival increased. This is happening in the world due to earlier diagnosis, more access to treatment, introduction of chemotherapy protocols and investment in human resources in the pediatric oncology. There are few studies examining childhood cancer in Brazil. The main is to analyze the childhood cancer in western central Brazil. METHODOLOGY: Incidence data were obtained from the Population Based Cancer Registry of Goiânia and mortality data in the Mortality Information System (SIM). We calculated the crude and standardized rates of incidence and mortality, using Microsoft Excel The analysis of incidence and mortality trends were made with the joinpoint Regression Program software, v For the survival it was researching the vital status of each case on the SIM, oncosis, SUS card, TSE, and telephone consultations. Survival was analyzed according to gender, age, and five years after diagnosis. We used the Kaplan-Meier method with the log-rank and Breslow fixes for the presence of significant differences between the survival curves. A p value <0.05 was considered statistically significant. It was also made the Cox regression to assess the hazard ratio of death and Choinfield test to test parallelism between turns. Data were analyzed using STATA software. The absence of incidence data in the capitals of the Midwest for a period of over 15 years has limited trend analysis of mortaliade data for the capital Cuiabá, Campo Grande and Brasilia, and you can only description of the mortality trend for childhood cancer in the Midwest Region of Brazil, in the period of 16 years. In the city of Goiânia was possible to do trend analysis of incidence and mortality and survival analysis to five years in children and adolescents diagnosed with cancer at age 0-19 years from 1996 to RESULTS: Mortality in western central Brazil for childhood cancer showed a stable trend in both sexes. In Goiania, the incidence trend was also stable. Longer survival is an increase, but is still small when compared to developed countries. CONCLUSION: The mortality trends for childhood cancer in the western center of the capital showed a stability and incidence in Goiania capital too, which comes from mismatch with the data from developed countries. Keywords: childhood cancer; mortality; survival trend xv

16 1 INTRODUÇÃO O câncer é definido como uma proliferação celular anormal, descontrolada e autônoma, na qual as células reduzem ou perdem a capacidade de se diferenciar, em conseqüência de alterações nos genes que regulam o crescimento e a diferenciação celulares (FILHO, 2006). A Organização Mundial de Saúde (OMS) estimou que, no ano de 2030, espera-se 27 milhões de casos incidentes de câncer, 17 milhões de mortes por câncer e 75 milhões de pessoas vivas, anualmente, com câncer. O maior efeito desse aumento incidirá em países com baixa e média rendas (INCA, 2015). A incidência de tumores pediátricos malignos no mundo varia de 1% a 3% do total de casos, sendo maior em crianças do sexo masculino. É uma doença considerada rara quando comparada às neoplasias que afetam os adultos, porém, afeta cerca de 100 a 180 por um milhão de crianças com menos de 15 anos no mundo, (CAMARGO, SANTOS, et al., 2010) e tem um grande impacto social (STACK, WALSH, et al.., 2007). Nos países desenvolvidos, o óbito por neoplasia é considerado a segunda causa de morte na infância (INCA, 2015). O câncer infantil apresenta características muito específicas e origens histopatológicas próprias. Apresentam curtos períodos de latência, é mais agressivo, cresce rapidamente, porém responde melhor ao tratamento e possuem bom prognóstico. Desta forma, as classificações para os tumores pediátricos são diferentes das classificações para os tumores nos adultos (INCA, 2015). Desenvolveu-se então, uma Classificação Internacional do Câncer na Infância (CICI), que divide os tipos de tumores infantis em doze grupos: Leucemias; Linfomas e neoplasias retículo-endoteliais; Tumores de Sistema Nervoso Central e miscelânia de neoplasias intracranianas e intra-espinhais; Tumores do Sistema Nervoso Simpático; Retinoblastoma; Tumores Renais; Tumores Hepáticos; Tumores Ósseos Malignos; Sarcomas de partes moles; Neoplasias de células germinativas, trofoblásticas e outras gonodais; 14

17 Carcinomas e outras neoplasias malignas epiteliais e Outros tumores malignos não especificados (BIRCH, MARSDEN, 1987). Anexo 1. Deste grupo, a leucemia é o tipo mais freqüente na maioria das populações, correspondendo entre 25% a 35% de todos os tipos. Os linfomas correspondem ao terceiro tipo de câncer nos países desenvolvidos e ao segundo tipo de câncer nos países em desenvolvimento (INCA, 2015). A tendência mundial é de um aumento na incidência do câncer infantil, que pode ser explicado pelo desenvolvimento de métodos diagnósticos mais modernos e precisos, e, também, por uma política de registros dos casos, mais eficiente. Já a mortalidade, tende a diminuir, pelo diagnóstico precoce, tratamentos mais eficazes, introdução de protocolos de quimioterapia mais eficazes, investimentos em recursos humanos e infraestrututa para diagnosticar e tratar crianças com câncer. O declínio menor e mais tardio na mortalidade por câncer infantil ocorre em vários países de média e baixa renda e os países em desenvolvimento refletindo um atraso na adoção e falta de acessibilidade a novas terapias nesses países (CHATENOUD, BERTUCCIO, et al., 2010). Na Austrália, por exemplo, 620 crianças abaixo de 15 anos são diagnosticadas com câncer a cada ano. O câncer é a causa mais comum de morte entre crianças de 1 a 14 anos, correspondendo a 17% de todas as mortes neste grupo. Entre 2006 e 2008, 282 crianças morreram de câncer, o que representou cerca de 23,1 por de crianças por ano. Não houve diferença significativa na taxa de mortalidade por sexo. A mortalidade por câncer infantil na Austrália está entre as mais baixas do mundo, semelhante a outros países desenvolvidos (YOULDEN, BAADE, et al., 2015). O aumento na sobrevida das crianças com câncer foi de 79,5% durante o período de 1997 a 2006 (BASTA, JAMES, et al., 2011) A incidência de câncer infantil na Europa, no período de 1988 a 1997 foi de 139 por milhão de crianças. Os tumores do Sistema Nervoso Central apresentaram uma maior incidência (27 por milhão na Europa Ocidental e 44 por milhão no norte da Europa). A incidência de câncer, no geral, foi maior entre os meninos, do que entre as meninas de todas as idades. Somente os tumores renais, os carcinomas de tireóide e os melanomas predominaram nas crianças de sexo feminino. No período de 1978 a 1997, foram 15

18 diagnosticados casos de câncer infantil. A taxa de incidência aumentou significativamente de 120 por milhão ( ) para 141 por milhão ( ), o que representou um aumento de 1,1% ao ano. A tendência de aumento na incidência foi observada em todas as cinco regiões geográficas e na maioria dos grupos de doenças: sarcoma de tecidos moles (1,8%), tumores cerebrais, tumores do sistema nervoso simpático, tumores de células germinativas, carcinomas, linfomas, tumores renais e leucemias (0,6%). A sobrevida em cinco anos também teve um aumento significativo de 54% ( ) para 75% ( ). Neste mesmo período ( ), ocorreu uma redução em 50% na taxa de mortalidade das leucemias, retinoblastoma, neoplasia hepática e tumores de células germinativas. Já os tumores do sistema nervoso central e os sarcomas dos tecidos moles apresentaram uma redução menor nas taxas de mortalidade, em torno de 30%. A sobrevivência foi maior no norte e oeste e menor no oriente europeu (PRITCHARD-JONES, KAATSCH, et al., 2006). No período de 1970 a 2007, ocorreu uma grande diminuição da mortalidade de câncer infantil em toda a Europa. Essa queda destacou-se na Europa ocidental, norte e oeste e ocorreu mais tardiamente no ocidente e leste europeus. Considerando a União Européia como um todo, a taxa de mortalidade caiu de 6,2% para 3,5% por 100 mil meninos e de 5,0% para 2,8% por 100 mil meninas. No caso da leucemia, a queda foi de 2,0% para 0,9% por 100 mil meninos e de 1,6% para 0,7% por 100 mil meninas (BOSETTI, BERTUCCIO, et al., 2010). No norte da Inglaterra, entre os anos de 1968 a 2005, foram diagnosticados novos casos de câncer infantil. Destes, 1659 foram em meninos e 1299 casos em meninas. A sobrevida destas crianças aumentou significamente durante o período estudado: 39% entre 1968 a 1977, 60% entre 1978 a 1987, 75% entre 1988 a 1997 e 79% entre 1998 a As leucemias e os linfomas tiveram um aumento da sobrevida de 29% ( ) para 83% ( ). Já os carcinomas não apresentaram um aumento estatisticamente significativo (BASTA, JAMES, et al., 2011). A incidência de câncer infantil na Escócia aumentou cerca de 1/3 entre 1983 a Esse aumento foi maior nos tumores do Sistema Nervoso e nas leucemias linfóides. Observou-se também um declínio na mortalidade, 16

19 com conseqüente aumento da sobrevida, de 37,9% para 62,5% em crianças de 5 a 14 anos e de 32,5% para 68,8% em crianças de 0 a 4 anos (SEERDLOW, SILVA, et al., 1998). O câncer infantil é uma das causas mais frequentes de morte na Irlanda. A incidência, durante os anos de 1994 a 2000 foi de 102 a 158 por milhão de crianças, sendo ligeiramente superior que a média européia, cerca de 5% e cerca de 9% mais baixa que a média dos Estados Unidos. As taxas de sobrevivência para cânceres invasivos foram significativamente maiores do que as estimativas européias (79% Irlanda; 72% Europa). A taxa de mortalidade, durante o período de 1956 a 2000, sofreu uma redução de 2,6% ao ano nos meninos e nas meninas, 1,6% para os anos de 1956 a 1982 e 5,8% para os anos de 1982 a 2000 (STACK, WALSH, et al., 2007). A estimativa do Japão é que 3000 crianças japonesas (0-18 anos) possam desenvolver câncer a cada ano. A incidência vem aumentando 0,6% ao ano nas últimas três décadas e a mortalidade diminuiu 1,3% ao ano ( ). A mortalidade começou a diminuir desde 1970, passando de 1,58% por ano nos anos de 1970 a 1979 para 3,7% nos anos de 1979 a As tendências de declínio na mortalidade, também foram similares no Canadá, Estados Unidos, Itália, Reino Unido e Nova Zelândia. O número de mortalidade do Japão por câncer infantil é pequeno quando comparado a de outros países (YANG, FUJIMOTO,et al., 2009). A incidência de câncer infantil também aumentou no Iraque, principalmente a leucemia, que teve um crescimento de 3,03% por 100 mil crianças no período de 1993 a 1995 para 8,4% por 100 mil no período de 2005 a Acredita-se que o aumento dessa incidência esteja relacionado a fatores socioeconômicos, radiação ionizante, exposições ambientais, produtos químicos, agentes infecciosos, anormalidades cromossômicas, influências perinatais, peso ao nascer e exposições a fatores paternos (HAGOPIAN, LAFTA, et al., 2010). Nos Estados Unidos, entre os anos de 1990 e 1995, a taxa média de incidência anual de câncer infantil foi de 149 casos por de crianças e adolescentes menores de 20 anos. A mortalidade, no período de 1990 a 2004, diminuiu 1,3% ao ano, considerando todos os tipos de câncer infantil e ocorreu uma diminuição de 3,0% para as leucemias (BOSETTI, 17

20 BERTUCCIO, et al., 2010). Durante o período de 2004 a 2008, ocorreram 23 mortes por de habitantes por ano, de câncer infantil. Apresentou aumento na incidência e na sobrevida e queda da mortalidade para a leucemia, nos tumores do sistema nervoso central (a partir de 1980) e nos tumores sólidos (1990 a 2004) (YOULDEN, BAADE, et al., 2015). Durante o período de 1999 a 2006, ocorreu um aumento de 79,9% na sobrevida das crianças com câncer (BASTA, JAMES, et al., 2011). Os países da América Latina (Uruguai, Cuba, Argentina, Costa Rica), além de Kuwait, Nova Zelândia e Singapura registraram as mais elevadas taxas de mortalidade por câncer infantil dos anos 1980 (6 a 7,5 por 100 mil meninos e 5 a 6 por 100 mil meninas) (CHATENOUD, BERTUCCIO, et al., 2010). No Brasil, a taxa média de incidência de câncer na infância é de 154,3 por milhão de crianças. A incidência maior predominou em crianças entre 1 e 4 anos de idade do sexo masculino. A incidência geral em Salvador, no período de 1997 a 2001, foi de 92 por milhão, enquanto que em Goiânia, no período de 1999 a 2003 foi de 231 por milhão. A maior incidência de leucemia infantil foi em Goiânia, entre os anos de 1999 a 2003 (67,5 por milhão), seguida de Manaus, entre os anos de 1999 a 2002 (67 por milhão) e de Curitiba, entre os anos de 1998 a 2002 (64 por milhão). E as menores incidências em Salvador, no período de 1997 a 2001 (21 por milhão) e Aracajú, entre os anos de 1996 a 2000 (27 por milhão). Na incidência dos linfomas, destacou-se Jaú, no período de 2000 a 2004 (39 por milhão) e Goiânia, entre os anos de 1999 a 2003 (34 por milhão). Os tumores do sistema nervoso central tiveram maior incidência em Goiânia, no período de 1999 a 2003 e em Porto Alegre, no período de 1998 a 2002 (32 por milhão). Os maiores índices de câncer infantil no Brasil foram encontrados em Goiânia entre os anos de 1999 a 2003 e em São Paulo entre os anos de 1998 a Enquanto que os menores índices, foram em Salvador, no período de 1997 a 2001, em Fortaleza, no período de 1998 a 2002 e em Campinas no período de 1991 a 1995 (CAMARGO, SANTOS, et al., 2010). As taxas de mortalidade brasileiras também estão sofrendo um decréscimo e são mais proeminentes nos estados brasileiros que tem melhores condições socioeconômicas. Entre os anos de 1980 e 2002, 18

21 ocorreram mortes por leucemia no Brasil. Os índices de mortalidade em relação a leucemia, tiveram uma diminuição maior no Rio Grande do Sul (2,42 por mil em meninos e 1,87 por mil em meninas) e uma diminuição menor no Maranhão (0,61 por mil em meninos e 0,43 por mil em meninas) (RIBEIRO, LOPES e DE CAMARDO, 2007). Em Goiânia, no período de , ocorreu um declínio com significância estatística nas taxas de todos os tumores em crianças de 0 a 4 anos e 10 a 14 anos (BRAGA, LATORRE e CURADO, 2002). Em relação à mortalidade, ocorreu um decréscimo também para as crianças com idade igual ou superior a 5 anos ( ), principalmente para a leucemia (BRAGA, LATORRE e CURADO, 2002); (COUTO, FERREIRA, et al., 2010). Apesar da existência de dados disponíveis, tais como o SIM (Sistema de Informações sobre a Mortalidade do Ministério da Saúde), as estatísticas sobre as neoplasias infantis têm sido pouco analisadas no Brasil (COUTO, FERREIRA, et al., 2010). O principal componente na vigilância epidemiológica do câncer é representado pelo acompanhamento contínuo da incidência da doença regionalmente. Tal atividade é tipicamente realizada por registros de câncer de base populacional (RCBP). No Brasil existem 30 RCBP implantados ou em fase de implantação. Destes, 26 possuem informações consolidadas, isto é, pelo menos um ano de informação sobre casos novos, mas os dados da região centro-oeste não estão atualizados (INCA, 2015). As taxas de mortalidade representam importante subsídio para análise dos indicadores de saúde, mesmo nos países desenvolvidos e industrializados. Por meio da análise dessas taxas é possível medir o progresso na luta contra o câncer, bem como considerá-la um indicador do acesso ao tratamento da saúde no país (INCA, 2015). O conhecimento e a análise de informações sobre o câncer infantil na região Centro-Oeste são fundamentais para a tomada de decisões e elaboração de políticas de saúde. Diante disso, como está o perfil epidemiológico do câncer infantil na região Centro-Oeste? 19

22 2 JUSTIFICATIVA Apesar de o câncer infantil ser considerado raro, observa-se que gera um impacto muito grande, tanto financeiro quanto social e emocional. O conhecimento adquirido com as informações de incidência, mortalidade, tendências e sobrevida do câncer infantil na região Centro-Oeste é de grande relevância, pois, a partir dos resultados obtidos, permitirá um conhecimento maior da realidade da região, contribuindo para que as necessidades da população possam ser priorizadas e atendidas pelas políticas públicas de saúde, desenvolvendo intervenções baseadas em evidências. Assim, permitirá alocar recursos de forma direcionada para a modificação positiva do cenário do câncer infantil da população do Centro- Oeste brasileiro, incluindo ações de prevenção primária e secundária. 20

23 3 OBJETIVOS 3.1. OBJETIVO GERAL Analisar o perfil epidemiológico do Câncer Infantil na região Centro- Oeste do Brasil OBJETIVOS ESPECÍFICOS Analisar a tendência da incidência das neoplasias das crianças e adolescentes portadores de neoplasias no RCBP de Goiânia, no período de 1996 a 2009, conforme o sexo, a faixa etária e o tipo de neoplasia; Analisar a tendência da mortalidade por neoplasias infantis, no período de 1996 a 2011, nas capitais do Centro-Oeste do Brasil (Goiânia, Brasília, Cuiabá e Campo Grande), conforme o sexo, a faixa etária e o tipo de neoplasia; Determinar a sobrevida de cinco anos de crianças e adolescentes diagnosticados com câncer, que residem na cidade de Goiânia. 21

24 4 MÉTODO(S) 4.1.Delineamento do Estudo Trata-se de um estudo de coorte observacional, de base populacional. Os dados referentes à incidência foram obtidos no Registro de Câncer de Base Populacional (RCBP) de Goiânia, no período de 1996 a Os dados de mortalidade foram extraídos do SIM, que é um banco de dados do SUS de natureza pública, gratuita e de acesso aberto, sendo organizado e mantido pelo Ministério da Saúde do governo brasileiro (DATASUS/MS), no período de 1996 a 2011, nas cidades de Goiânia, Brasília, Campo Grande e Cuiabá. 4.2 Critérios de Inclusão e exclusão Os casos incluídos neste estudo foram as crianças e adolescentes (0 a 19 anos), diagnosticadas com câncer, no período de 1996 a 2009 residentes em Goiânia e que tiveram como causa básica de óbito o câncer, no período de 1996 a Foram incluídos também os óbitos ocorridos em residentes nas capitais de Goiânia, Campo Grande, Brasília e Cuiabá, no mesmo período. Foram analisadas todas as neoplasias, conforme o quadro de Classificação Internacional do Câncer na Infância (BIRCH, MARSDEN, 1987). (Anexo I). 4.3.Dados Populacionais As informações populacionais de Goiânia, Brasília, Cuiabá e Campo Grande foram obtidas junto ao Instituto Brasileiro de Estatística e Geografia (IBGE). Foram utilizados os dados populacionais dos censos de 2000 e 2010, além das projeções populacionais intercensitárias dos anos 1996 a 1999, 2001 a 2009 e

25 4.4.Variáveis Incidência e Tendência As variáveis analisadas em relação à incidência e tendência foram grupo etário (0 a 9 anos; 10 a 14 anos e 15 a 19 anos) e gênero para os casos de câncer infantil procedentes do Registro de Câncer de Goiânia Mortalidade e Tendência As variáveis analisadas em relação à mortalidade e tendência foram gênero (feminino e masculino) e grupo etário (0 a 9 anos; 10 a 14 anos e 15 a 19 anos), para os casos de mortalidade por câncer infantil nas cidades de Goiânia, Brasília, Cuiabá e Campo Grande Sobrevida A análise de sobrevida foi realizada para a cidade de Goiânia. A busca do status vital ocorreu em seis etapas: primeiramente foi realizada uma busca ativa no SIM (Sistema de Informação em Mortalidade), a segunda foi no ONCOSIS, a terceira foi pelo cartão SUS, a quarta no TSE (Tribunal Superior Eleitoral), a quinta ocorreu em redes sociais e, por último, foram realizadas consultas telefônicas. A sobrevida foi analisada de acordo com o gênero, por idade, e 5 anos após o diagnóstico. 4.5.Análise Estatística Foram calculadas as taxas brutas e padronizadas da incidência e da mortalidade, utilizando o Microsoft Excel Para o cálculo das taxas padronizadas utilizou-se a população padrão mundial da mesma faixa etária, proposta por Segi (SEGI, FUJISAKU, et al., 1960) e modificada por DOLL et al (1966). (Anexo II). A análise das tendências de incidência e de mortalidade foram feitas utilizado um modelo de regressão linear de Poisson com o software 23

26 JoinPoint Regression Program, v (US National Cancer Institute,2013). Esse modelo de regressão linear identifica variações significativas nas tendências em um determinado ano (o chamado joinpoint ou ponto de inflexão). As taxas padronizadas de mortalidade foram as variáveis dependentes e o ano foi a variável independente. Um resultado de p < 0.05 foi considerado estatisticamente significativo, quando as chamadas APCs (Annual Percentual Changes) são diferentes de zero. Para a análise de sobrevida, os óbitos foram considerados como falha e os pacientes que permaneceram vivos até o final de 60 meses após o diagnóstico, foram censurados. As crianças que tiveram perda de seguimento foram censuradas na data do último registro encontrado. Para calcular as funções de sobrevida foi utilizado o método de Kaplan-Meier com as correções de Log-Rank e Breslow para avaliar a presença de diferenças significativas entre as curvas de sobrevida. O valor de p < 0.05 foi considerado estatisticamente significativo. Foi feito também a Regressão de Cox, para avaliar a razão de risco do óbito e o teste de Choinfield para testar o paralelismo entre as curvas. Os dados foram analisados utilizando o software STATA. 4.6.Aspectos Éticos O presente estudo foi apreciado e aprovado por dois comitês de ética em pesquisa, o comitê do Hospital Araújo Jorge da ACCG (Associação de Combate ao Câncer em Goiás) sob protocolo (Anexo III) e o comitê do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (UFG) sob protocolo (Anexo IV) 24

27 5 PUBLICAÇÕES Artigo 1 Título: CÂNCER INFANTIL EM GOIÂNIA: TENDÊNCIA DE INCIDÊNCIA, MORTALIDADE E ANÁLISE DE SOBREVIDA Autores: REZENDE, Fabrícia Ramos¹; CURADO, Maria Paula²,³ ¹- Universidade Federal de Goiás. fabriciarr@gmail.com ²- International Prevention Research Institute. maria-paula.curado@i-pri.org ³- Accamargo Cancer Center,Sao Paulo: mp.curado@cipe.accamargo.org.br Revista a ser submetido: Cancer Epidemiology Artigo 2 TENDÊNCIA DA MORTALIDADE DO CÂNCER INFANTIL NO CENTRO- OESTE DO BRASIL Autores: REZENDE, Fabrícia Ramos¹; CURADO, Maria Paula²,³ ¹- Universidade Federal de Goiás. fabriciarr@gmail.com ²- International Prevention Research Institute. maria-paula.curado@i-pri.org ³- Accamargo Cancer Center,Sao Paulo: mp.curado@cipe.accamargo.org.br Revista a ser submetido: Revista Panamericana de Salud Pública 25

28 5.1. Artigo 1 CÂNCER INFANTIL EM GOIÂNIA: TENDÊNCIA DA INCIDÊNCIA E MORTALIDADE E ANÁLISE DE SOBREVIDA REZENDE, Fabrícia Ramos¹; CURADO, Maria Paula²,³ ¹- Universidade Federal de Goiás. fabriciarr@gmail.com ²-International PreventionResearchInstitute. maria-paula.curado@i-pri.org ³- AccamargoCancerCenter,Sao Paulo: mp.curado@cipe.accamargo.org.br RESUMO Introdução: O Câncer infantil é uma neoplasia rara. A tendência mundial é o aumento da incidência, redução da mortalidade e maior sobrevida. Existem poucos estudos que analisam a incidência, mortalidade e a sobrevida por câncer pediátrico no Brasil. Objetivo: Analisar as tendências de incidência, mortalidade e sobrevida em crianças e adolescentes com câncer, em Goiânia, Goiás,no período de 1996 a Método: Trata-se de um estudo de coorte observacional, de base populacional. Os casos incidentes foram obtidos no Registro de Câncer de Base Populacional de Goiânia e os óbitos no SIM/DATASUS. Foram calculadas as taxas brutas e padronizadas da incidência, de mortalidade, utilizando o Microsoft Excel A análise das tendências de incidência e de mortalidade foram feitas no software JoinPointRegressionProgram, v Para o cálculo da sobrevida foi utilizado o método de Kaplan-Meier com as correções de Log-Rank e Breslow. O valor de p < 0.05 foi considerado estatisticamente significativo. Para razão de risco do óbito foi utilizada a Regressão de Cox.Os dados foram analisados no software STATA. Resultados: No período de 1996 a 2011 foram registrados 1007 casos de câncer infantil, destes 495 feminino e 512 masculino. As neoplasias mais comuns foram leucemias e linfomas em meninos e leucemias e tumores do SNC em meninas. Ocorreram 439 óbitos em 15 anos. O câncer mais letal foi a leucemia em ambos os sexos. A sobrevida aos cinco anos para todas as neoplasias em meninos foi de 60%, em meninas foi 67%. O linfoma foi a neoplasia com maior sobrevida, 77% 26

29 em meninos e 70% em meninas. Em relação a idade, a sobrevida para todas as neoplasias foi maior na faixa etária de 15 a 19 anos, 70%. Conclusão: Verificou-se um aumento na sobrevida dos casos incidentes de câncer em Goiânia, em relação ao estudo anterior, fato que pode ser atribuído ao aumento do diagnóstico precoce e adesão aos protocolos internacionais de tratamento pelos serviços médicos oncológicos. Entretanto a sobrevida ainda é menor que as encontradas nos países desenvolvidos. Palavras-chaves: incidência; mortalidade; sobrevida; câncer infantil INTRODUÇÃO A incidência de tumores pediátricos malignos no mundo varia de 1% a 3% do total de casos novos de câncer. A maior incidência ocorre no sexo masculino. É uma doença considerada rara quando comparada às neoplasias que afetam os adultos 1, porém, afeta cerca de 100 a 180 por milhão de crianças com menos de 15 anos no mundo 2, e tem um grande impacto social 3. É a segunda causa de morte na infância nos países desenvolvidos 1. As causas de câncer na infância são em parte desconhecidas 4, porém existem fatores de risco associados, como predisposição genética, fatores ligados ao crescimento intra-uterino, exposições à radiação e às infecções 5. As características histopatológicas do câncer infantil são específicas e possuem origens próprias. Apresentam períodos de latência curtos, são mais invasivos, crescem rapidamente, porém respondem melhor ao tratamento e possuem bom prognóstico 1. Os tumores mais comuns na infância são as leucemias, os tumores do Sistema Nervoso Central (SNC) e os Linfomas, cuja maior incidência ocorre em meninos na faixa etária entre 0 e 4 anos 6,7,8. A tendência mundial é aumento na incidência do câncer infantil, devido a melhora nos recursos diagnósticos mais modernos e precisos. A melhora da cobertura no registro dos casos, mais eficiente. Já a mortalidade, está diminuindo devido ao diagnóstico precoce, tratamentos eficientes por protocolos de quimioterapia, além de investimentos em recursos humanos e infra-estrutura. O declínio menor e mais lento na mortalidade por câncer 27

30 infantil tem ocorrido em países de média e baixa renda e em desenvolvimento, refletindo o atraso na adoção e acessibilidade a novas terapias nesses países 9. A análise de sobrevida é um dos indicadores mais importantes para identificar a qualidade do tratamento das crianças com câncer. As taxas de sobrevida são maiores nos países desenvolvidos, e tem melhorado sensivelmente nos últimos 30 anos 1. Um dos fatores que interferem na sobrevida do câncer infantil é o atraso no diagnóstico 2, assim como taxas mais elevadas de mortalidade, recidivas, abandono do tratamento, além de fatores socioeconômicos 10. Existe no mundo tendência decrescente na mortalidade para as neoplasias pediátricas em várias partes do mundo 9, porém essa tendência é menor em regiões em desenvolvimento, incluindo a América Latina 9,11. No Brasil, observou-se tendência de estabilidade na mortalidade para todos os tumores pediátricos, com um aumento significativo nas regiões norte e nordeste, uma diminuição nas regiões sul e sudeste e uma estabilidade na região centro-oeste, no período de 1979 a O objetivo deste artigo é analisar as tendências de incidência, mortalidade, e a sobrevida dos tumores infantis na cidade de Goiânia, Goiás, Brasil MÉTODO(S) Delineamento do Estudo Trata-se de um estudo de coorte observacional, de base populacional. Os dados referentes à incidência foram obtidos no Registro de Câncer de Base Populacional de Goiânia (RCBP), no período de 1996 a Os dados de mortalidade foram obtidos a partir do banco de mortalidade fornecido pela Secretaria Municipal de Saúde do estado de Goiás Critérios de Inclusão e exclusão 28

31 Os casos incluídos neste estudo foram as crianças e adolescentes (0 a 19 anos), diagnosticadas com câncer, no período de 1996 a 2009, residentes em Goiânia. Foram analisadas as três neoplasias malignas mais incidentes, as leucemias, os linfomas e os tumores do SNC. As demais foram excluídas devido ao número pequeno de casos Dados Populacionais Os dados populacionais de Goiânia foram obtidos junto ao Instituto Brasileiro de Estatística e Geografia ( Foram utilizados os dados populacionais dos censos de 2000 e 2010, e as projeções populacionais intercensitárias dos anos 1996 a 1999, 2001 a 2009 e Variáveis Incidência e Tendência As variáveis analisadas em relação à incidência e tendência foram grupo etário (0 a 9 anos; 10 a 14 anos e 15 a 19 anos) e gênero para os casos de câncer infantil procedentes do Registro de Câncer de Goiânia Mortalidade e Tendência As variáveis analisadas em relação à mortalidade e tendência foram gênero (feminino e masculino) e grupo etário (0 a 9 anos; 10 a 14 anos e 15 a 19 anos) Sobrevida A busca do status vital dos casos incidentes foi ativa no SIM (Sistema de Informação em Mortalidade), no ONCOSIS (Sistema de Informação dos pacientes do Hospital Araújo Jorge), via cartão SUS, no Tribunal Superior Eleitoral, em redes sociais e, por consultas telefônicas. A sobrevida foi analisada de acordo com o gênero, por idade e diagnóstico morfológico. O 29

32 cálculo da sobrevida foi feito da data do diagnóstico até a data do óbito ou não 5 anos após o diagnóstico Análise Estatística Foram calculadas as taxas brutas e padronizadas da incidência e mortalidade, utilizando o Microsoft Excel Para o cálculo das taxas padronizadas utilizou-se a população padrão mundial da mesma faixa etária, proposta por Segi 14 e modificada por DOLL 15. A análise das tendências de incidência e de mortalidade foram feitas utilizando um modelo de regressão linear de Poisson com o software JoinPointRegressionProgram, v Esse modelo de regressão linear identifica variações significativas nas tendências em um determinado ano (o chamado joinpoint ou ponto de inflexão). As taxas padronizadas de mortalidade foram as variáveis dependentes e o ano a variável independente. Um resultado de p < 0.05 foi considerado estatisticamente significativo. Para a análise de sobrevida, os óbitos foram considerados como falha e os pacientes que permaneceram vivos até o final de 60 meses após o diagnóstico, foram censuras. As crianças que tiveram perda de seguimento foram censuradas na data do último registro encontrado. Para calcular as funções de sobrevida foi utilizado o método de Kaplan-Meier com as correções de Log-Rank e Breslow para avaliar a presença de diferenças significativas entre as curvas de sobrevida. O valor de p < 0.05 foi considerado estatisticamente significativo. Foi feito também a Regressão de Cox, para avaliar a razão de risco do óbito e o teste de Choinfield para testar o paralelismo entre as curvas. Os dados foram analisados utilizando o software STATA (versão 13.1) Aspectos Éticos O presente estudo foi apreciado e aprovado por dois comitês de ética em pesquisa, o comitê do Hospital Araújo Jorge da ACCG (Associação de 30

33 Combate ao Câncer em Goiás) sob protocolo e o comitê do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (UFG) sob protocolo RESULTADOS Foram registrados 1007 casos de câncer infantil (0 a 19 anos), entre 1996 a 2009 em Goiânia, cuja taxa padronizada foi 70,26 casos por de crianças por ano. Destes, 495 crianças eram do sexo feminino (68,96 por ) e 512 do sexo masculino (71,57 por ). As neoplasias malignas mais comuns foramas leucemias em ambos os sexos (meninos: 21,11 por e meninas: 13,93 por ). Observouse tendência estável da incidência do câncer infantil, para todas as neoplasias em ambos os sexos nas 3 faixas etárias estudadas. Os linfomas apresentaram tendência de aumento de incidência na faixa etária de 15 a 19 anos para ambos os sexos, sendo de 33% em meninas e 10% em meninos. (Tabela 1). 31

34 No período de 1996 a 2011, ocorreram 439 mortes por câncer infantil em Goiânia. As taxas de mortalidade padronizadas foram de 27,01 por mortes por criança por ano. Nos meninos ocorreram 263 mortes 32

35 (32,38 por ), nas meninas foram 176 mortes (21,64 por ). O câncer mais letal foi leucemia nos meninos (12,44 por milhão). Observamos que houve tendência de estabilidade da mortalidade por câncer infantil em ambos os sexos para todas as neoplasias combinadas assim como para as leucemias, linfomas e tumores do sistema nervoso central. (Tabela 2). 33

36 34

37 A sobrevida aos cinco anos para todas as neoplasias em Goiânia foi de 60% em meninos e 67% em meninas (p=0,02). A neoplasia com sobrevida mais alta foi o linfoma, 89% em meninos e 86% em meninas (p=0,63). As meninas possuem um risco de óbito 0,78% menor que os meninos, quando analisamos todas as neoplasias (Tabela 3 e a Figura 1). Em relação às faixas etárias, a sobrevida para todas as neoplasias em Goiânia, no período de 1996 a 2009 foi de 64% (0 a 4 anos), 57% (5 a 9 anos), 59% (10 a 14 anos) e 70% (15 a 19 anos). 35

38 DISCUSSÃO Em Goiânia, observamos uma tendência de estabilidade de incidência das neoplasias infantis, e melhora da sobrevida no período de 1996 a 2009.Estes resultados são semelhantes aos encontrados no período de 1989 a Nossos resultados não conferem com a literatura que mostra um aumento de incidência na maioria dos países. Na Ásia, no Japão, a incidência está aumentando em média 0,6% ao ano; na Europa, cerca de 1% ao ano 17, assim comona Tailândia 6. Na China (2000 a 2010) houve aumento de 2,8% ao ano 7. Na Escócia, as taxas de incidência aumentaram cerca de 1/3 durante os últimos 15 anos 18. Uma das razões para o aumento é a maior cobertura dos registros de Câncer de Base Populacional (RCBP) 18, que identificam e estimam as taxas de incidência 19. O emprego de novas tecnologias que possibilitam um diagnóstico precoce são fatores associados

39 As neoplasias malignas pediátricas mais incidentes em Goiânia foram asleucemias, os linfomas e os tumores do SNC. Esses resultados sãosemelhantes às outras regiões brasileiras 2, assim como em outros países 6,7,8,19,20,3. Nesses países, a Leucemia é a neoplasia mais incidente, em segundo lugar estão os tumores do SNC e os linfomas. Na nossa casuística os linfomas aparecem em segundo lugar ao invés das neoplasias do SNC. A incidência de neoplasias malignas foi maior nos meninos, seguindo o padrão brasileiro 2 e o internacional 7,6,8,21,3,22,23,24. De acordo com Camargo, Santos 2, Goiânia está entre as capitais brasileiras de maior incidência de neoplasias infantis (230,98/ ). Nesteestudo encontramos uma taxa padronizada acumulada no período de 1996 a 2009 de 70,26 casos por de crianças por ano, sendo 68,96 por de meninas e 71,57 por de meninos. No período compreendido entre 1989 a 1996, essa taxa era de 119/ em meninos e 126/ em meninas 25. Essa redução das taxas de incidência pode ter ocorrido devido à exclusão dos casos das crianças que não residiam em Goiânia, mas constavam no banco de dados do RCBP de Goiânia na época da coleta. A tendência da mortalidade para as neoplasias infantis observadas em Goiânia mostrou-se estável. Nos anos de 1989 a 1994 havia estabilidade 16. Esses dados estão de acordo com a literatura, pois as regiões menos desenvolvidas, como na América Latina, a tendência de redução da mortalidade é menor, devido às limitações dos dados da mortalidade, as subnotificações nas certidões de óbito e erros de diagnóstico na causa básica 12. No Brasil, nos anos de 1979 a 2008, houve uma tendência de estabilidade da mortalidade para o câncer pediátrico, com taxas padronizadas entre 36,91/ e 39,83/ para todas as neoplasias. Nas regiões Norte e Nordeste, ocorreu um aumento da mortalidade, nas regiões sul e sudeste uma diminuição, enquanto que na região centro-oeste, a tendência houve estabilidade 12.Nossos estudos confirmam esse resultado, pois encontramos tendência de estabilidade da mortalidade em Goiânia. 37

40 Na Ásia (China) houveredução da mortalidade de 1,1% ao ano 7.No Japão, queda de 1,3% ao ano 17, assim como nos Estados Unidos houve redução significativa entre 1975 a , na Escócia 18, Irlanda, houve redução na mortalidade de 2,6% ao ano para os meninos e 1,6% para as meninas 3. Portanto, na maioria dos países do mundo houve queda da mortalidade para o câncer infantil, entretanto em Goiânia ainda não foi observado este declínio. Neste estudo o câncer mais letal foi a leucemia nos meninos, o que coincide com os dados de outras regiões brasileiras 26,27,28 ; e outros países 3,20,7,17,24. Em um outro estudo de coorte, realizado nos Estados Unidos, observou que as principais causas de mortalidade também foram por recidiva tumoral (67,4%), seguido dos efeitos colaterais do tratamento (21,3%) 29. Verificamos no período mais recente que na cidade de Goiânia ocorreu um aumento na probabilidade de sobrevida que passou de 48% para todas as neoplasias 16 para 60% em meninos e 67% em meninas. Ocorreu um incremento de 23,75% para os linfomas, 40,75% para as neoplasias do SNC e 54,96% para as leucemias no período de 1996 a Esse aumento de sobrevida pode ser devido à adoção de protocolos de quimioterapias; medidas para reduzir toxicidade; avanços na radioterapia e a adoção de transplante de medula óssea além de técnicas de diagnóstico mais avançadas 12. No contexto do Brasil, a estimativa de sobrevida deste estudo é maior do que a estimada para São Paulo, no período de 1993 a 1998, cuja sobrevida acumulada foi de 41% para todas as neoplasias 28. Embora tenha havido melhora da sobrevida em Goiânia, esta ainda é baixa quando comparada aos países desenvolvidos, refletindo um atraso na adoção e falta de acessibilidade às novas terapias 12. Nos E.U.A., a sobrevida para todas as neoplasias do câncer pediátrico é de 82,8% 30. No estudo EUROCARE de sobrevida, realizado entre 1978 a 1992, foram registrados 45 mil casos de neoplasias infantis, os casos foram seguidos até 1995, e 93,4 % estavam vivos 31. Em outro estudo EUROCARE, realizado entre 1995 a 2002, a sobrevida foi de 81% para todas as 38

41 neoplasias infantis 32. Na Austrália, no período de 2002 a 2011, a probabilidade de sobrevida foi de 97,2% para todas as neoplasias pediátricas 33. Na Alemanha, verificou-se que a probabilidade de sobrevida após 5 anos, foi de 76,9% para os turcos e 77,6% para os não turcos 34. Na Escócia houve melhora na sobrevida de 5 anos,na idade de 0 a 4 anos, que aumentou de 21% ( ) para 73% ( ). Entre 5 a 14 anos, aumentou de 37,9% para 62,5% 18. A Irlanda, no período de 1956 a 2000, apresentou a sobrevida global de 79% para os meninos e 78% para as meninas 3. Neste estudo, a neoplasia com sobrevida mais alta foi o linfoma, com 89% em meninos e 86% em meninas, seguida dos tumores do SNC (67% em meninos e 64% em meninas). E a menor sobrevida foi das leucemias (56% em meninos e 63% nas meninas). Observamos o mesmo padrão no estudo de Braga, Latorre e Curado 16, realizado em Goiânia, no período de 1989 a 1994, no qual a sobrevida para os linfomas foi de 67%; para os tumores do SNC foi de 39% e para as leucemias foi de 27%. Em São Paulo, no período de 1993 a 1998, os linfomas e os tumores do SNC ficaram entre as neoplasias que apresentaram as melhores taxas de sobrevida, sendo respectivamente 66% e 33%. Enquanto que as leucemias mielóides apresentaram uma sobrevida de 15% 28. Esse mesmo padrão foi observado em Goiânia, que apresentou uma sobrevida maior para os linfomas (89% em meninos e 86% em meninas), seguido dos tumores do SNC (67% em meninos e 64% em meninas) e a menor sobrevida foi das leucemias (56% em meninos e 63% nas meninas). Em países desenvolvidos, observa-se uma variação em relação à essas taxas. Na Austrália, a sobrevida para o linfoma foi 98,7%, das leucemias 97,2% e para os Tumores do SNC 96% 33. Na Irlanda, as melhores taxas de sobrevida foram dos linfomas (77% em meninos e 89% em meninas), seguidas das leucemias (79%), enquanto os tumores do SNC apresentaram as piores taxas (44% nos meninos e 47% nas meninas) 3. Na Tailândia, a melhor sobrevida foi para os linfomas (63%), leucemias (49%) e uma pior sobrevida para os tumores do SNC (44%). A sobrevida foi de 52% para todas as neoplasias 6. Todas as sobrevidas encontradas na Tailândia foram menores que as encontradas neste estudo. 39

42 As taxas de sobrevida para as neoplasias pediátricas melhoraram nas últimas décadas em todo o mundo, contudo as taxas de mortalidade nos sobreviventes, após 5 anos, continuam elevadas. De acordo com Reulen, Winter, et al. 35, as principais causas de óbito nestes pacientes tem sido a recorrência dos tumores, seguidos do aparecimento de um segundo tumor primário e de doenças cardíacas em decorrência do tratamento. Neste estudo de coorte, realizado no período de 1996 a 2009, e acompanhado até 2014, em Goiânia, verificamos a estabilidade da incidência das neoplasias infantis e da mortalidade. Observou-se aumento nas taxas de sobrevida de todas as neoplasias malignas pediátricas na cidade de Goiânia, assemelhando-se aos países desenvolvidos 30. Os estudos epidemiológicos que analisam tendências de incidência, mortalidade e sobrevida são importantes no planejamento de estratégias de saúde pública e estimulam o planejamento de políticas públicas de saúde, para que essas crianças recebam um tratamento integral. As crianças e os adolescentes fazem parte de um público vulnerável, merecendo uma atenção especial em relação ao tratamento adequado CONCLUSÃO Neste estudo de coorte, realizado no período de 1996 a 2009, e acompanhado até 2014, em Goiânia, verificamos uma estabilidade da incidência das neoplasias infantis e estabilidade da mortalidade. No entanto, observamos que está ocorrendo uma melhora nas taxas de sobrevida de todas as neoplasias com um incremento de 23,75% para os linfomas, 40,75% para as neoplasias do SNC e 54,96% para as leucemias em relação ao estudo anterior. Portanto, houve um incremento significativo na sobrevida das neoplasias malignas na cidade de Goiânia nos últimos 20 anos, porém não chegam a ser semelhantes aos países desenvolvidos. Os estudos epidemiológicos são importantes para que os serviços de saúde e os familiares fiquem atentos aos sinais e sintomas das neoplasias, para que o diagnóstico seja o mais breve possível. Além de estimular o 40

43 planejamento de políticas públicas de saúde, para que essas crianças recebam um tratamento integral. As crianças e os adolescentes fazem parte de um público vulnerável, merecendo uma atenção especial em relação às pesquisas. Pois, apesar dos tumores infantis serem considerados raros, causam um impacto social e emocional muito grande REFERÊNCIA 1. Instituto Nacional de Câncer [Internet]. Rio de Janeiro. [atualizado 2015; citado 2015 mai. 9]. Disponivel em: 2. de CAMARGO B, SANTOS MO, REBELO MS, REIS RS, FERMAN S, NORONHA CP, POMBO-DE-OLIVEIRA MS. Cancer incidence among children and adolescents in Brazil: first report of 14 population-based cancer registries. Int J Cancer. 2010; 126(3): STACK M, WALSH PM, COMBER H, RYAN CA, O LORCAIN P. Childhood cancer in Ireland: a population-based study. Arch Dis Child. 2007; 92(10): BEHREN JV, SPECTOR LG, MUELLER BA, CAROZZA SE, CHOW EJ, FOX EF, REYNOLDS P. Birth order and Risk of Childhood Cancer: A Pooled Analysis from Five U.S. State. Int J Cancer. 2011; 128(11): MURPHY MFG, BITHELL JF, STILLER CA, KENDALL GM, O NEILL KA. Childhood and adult cancers: Contrasts and commonalities. Maturitas. 2013; 1(76): WIANGNON S, JETSRISUPARB A, KOMVILAISAK P, SUWANRUNGRUANG K. Childhood cancer incidence and survival , Khon Kaen, Thailand. Asian Pac J Cancer Prev. 2014; 15(18): ZHENG R, PENG X, ZENG H, ZHANG S, CHEN T, WANG H, CHEN W. Incidence, mortality and survival of childhood cancer in China during period: A population-based study. Cancer Lett. 2015; 2(363): MITRA D, SHAW A, HUTCHINGS K. Trends in incidence of childhood cancer in Canada, Chronic Diseases and Injuries in Canada. 2012; 32(3):

44 9. CHATENOUD L, BERTUCCIO P, BOSETTI C, LEVI F, NEGRI E, LA VECCHIA C. Childhood cancer mortality in America, Asia and Oceania, 1970 through Cancer. 2010; 116(21): KULKARNI KP. In the realms of future: new frontiers of "technooncology" as a platform for global improvement in the outcomes of childhood cancer. Expert Rev Hematol. 2015; 8(1): LEVI F, LA VECCHIA C, NEGRI E, LUCCHINI F. Childhood cancer mortality in Europe, Eur J Cancer. 2001; 37(6): FERMAN S, SANTOS MDO, FERREIRA JMDO, REIS RDS, OLIVEIRA JFP, POMBO-DE-OLIVEIRA MS, CAMARGO BD. Childhood cancer mortality trends in Brazil, Clinics. 2013; 68(2): Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística [Internet]. São Paulo. [atualizado 2014; citado 2014 jan. 4]. Disponivel em: SEGI M, FUJISAKU S, KURIHARA M, NARAI Y, SASAJIMA K. The ageadjusted death rates for malignant neoplasms in some Selected Sites in 23 Countries in and their geographical correlation. Tohoku J Exper Med. 1960; 72: DOLL R, PAYNE P, WATERHOUSE JAH. Cancer Incidence in Five Continents. Union Internationale Contre le Cancer. 1966; BRAGA PE, CURADO MP. Câncer na Infância: análise comparativa da incidência, mortalidade e sobrevida em Goiânia (Brasil) e outros países. Cad. Saúde Pública. 2002; 18(1): YANG L, FUJIMOTO J, QIU D, SAKAMOTO, N. Childhood cancer in Japan: focusing en trend in mortality from 1970 to Ann Oncol. 2009; 20(1): SWERDLOW AAJ, SILVA IS, REID A, QIAO Z, BREWSTER DH, ARRUNDALE J. Trends in cancer incidence and mortality in Scotland: description and possible explanations. Br J Cancer. 1998; 77(3): LACOUR B, GUYOT-GOUBIN A, GUISSOU S, BELLEC S, DÉSANDES E, CLAVEL J. Incidence of Childhood cancer in France: national children cancer registries, Eur. J. Cancer Prev. 2010; 19(3):

45 20. LINET MS, RIES LA, SMITH MA, TARONE RE, DEVESA SS. Cancer Surveillance series: Recent trends in childhood cancer incidence and mortality in the United States. J Natl Cancer Inst. 1999; 91(12): HAGOPIAN A, LAFTA R, HASSAN J, DAVIS S, MIRICK D, TAKARO T. Trends in Childhood Leukemia in Basrah, Iraq, Am. J. Public Health. 2015; 100(6): PRITCHARD-JONES K, KAATSCH P, STELIAROVA-FOUCHER E, STILLER CA, COEBERGH JWW. Cancer in Children and adolescents in Europe: Developments over 20 years and future challenges. Eur J Cancer. 2006; 42(13): LINABERY AM, ROSS JA. Trends in childhood cancer incidence in the US ( ). Cancer. 2008; 112(2): FLORENCIA M, VERONICA D, LILIANA O. Childhood cancer in Argentina: Survival Cancer epidemiol PARKIN DM et al. International Incidence of Childhood Cancer. Lyon: IARC Scientific. 1998; 2(4): MARCHI JA, WAKIUCHI J, SALES CA, MATHIAS TADF, FERNANDES CAM. Câncer Infanto Juvenil: Perfil de óbitos. Rev Rene. 2013; 14(5): COUTO AC, FERREIRA JD, KOIFMAN RJ, MONTEIRO GTR, POMBO- DE-OLIVEIRA MDS, KOIFMAN S. Trends in childhood leukemia mortality over a 25-year period. J. Pediatr. 2010; 86(5): VENEZIANO DB, LATORRE MDRDO, MIRRA AP. Incidência, Mortalidade e Sobrevida do Câncer Infantil no Município de São Paulo. Registro de Câncer de São Paulo MERTENS, AC et al. Late Mortality Experience in five-year survivors of childhood and adolescent cancer: The chilldhood cancer survivor study. Journal of Clinical Oncology. 2001; (19): HOWLADER N. et al. SEER Cancer Statistics Review, Bethesda: National Cancer Institute; COEBERGH JWW, CAPOCACCIA R, GATTA G, MAGNANI C, STILLER CA. Childhood Cancer Survival in Europe, Eur J Cancer. 2001; 36(6): GATTA G et al. Childhood cancer survival in Europe : results of EUROCARE-5- a population-based study. The Lancet Oncology. 2014; 15(1): p

46 33. YOULDEN D R et al. Conditional survival estimates for childhood cancer in Australia, : a population-based study. The International Journal of Cancer Epidemiology, Detection, and Prevention. 2015; 39(3): SPIX C. et al. Cancer survival among children of Turkish descent in Germany : a registry-based analysis. BMC Cancer. 2008; 355(8). 35. REULEN RC et al. Long-term cause-specific Mortality among survivors of Childhood Cancer. JAMA. 2010; 304(2):

47 5.2- Artigo 2 TENDÊNCIA DA MORTALIDADE DO CÂNCER INFANTIL NO CENTRO- OESTE DO BRASIL REZENDE, Fabrícia Ramos¹; CURADO, Maria Paula²,³ ¹- Universidade Federal de Goiás. fabriciarr@gmail.com ²-International Prevention Research Institute. maria-paula.curado@i-pri.org ³- Accamargo Cancer Center,Sao Paulo: mp.curado@cipe.accamargo.org.br RESUMO As taxas de mortalidade infantil por tumores pediátricos estão diminuindo em todo o mundo. Isso vem ocorrendo principalmente devido ao diagnóstico precoce, melhor acesso ao tratamento, protocolos de quimioterapia e investimento em recursos humanos. O Brasil é um país continental e as disparidades podem ser identificadas analisando os dados de mortalidade por câncer na infância dentro das regiões geográficas. O objetivo deste estudo é analisar as taxas e tendências da mortalidade por câncer infantil no Centro-Oeste do Brasil, no período de 16 anos. Os dados de mortalidade foram obtidos no Sistema de Informações de Mortalidade (DATASUS/MS). Foram analisados os óbitos ocorridos nas cidades de Goiânia, Campo Grande, Brasília e Cuiabá. Os casos foram estratificados por faixas etárias, em três grupos: 0 a 9 anos; 10 a 14 anos e 15 a 19 anos. Foram calculadas as taxas de mortalidade brutas e padronizadas, por grupo etário, e por sexo. Nas análises de tendência utilizou-se o modelo de regressão linear de Poisson com o software JoinPoint. Ocorreram mortes por câncer no período de 1996 a As taxas de mortalidade padronizadas foram de 22,22 por mortes por crianças para ambos os sexos, por ano. Nos meninos ocorreram 882 mortes (25,65 por ), nas meninas foram 646 mortes (18,80 por ). O câncer mais letal foi leucemia nos meninos. As taxas de mortalidade foram: Brasília (feminino: 5,03; masculino: 6,24); Campo Grande (feminino: 7,25; masculino: 8,42); Cuiabá (feminino: 7,18; masculino: 10,66); Goiânia (feminino: 6,88; masculino: 12,44). Na região Centro-Oeste a tendência de mortalidade, para o sexo masculino, na faixa etária de 0 a 9 anos: APC: -3,7 (-7,0 a -0,3); 10 a 14 anos: APC: -0,6 (- 4,6 a 3,5); 15 a 19 anos: APC: -2,5 (-5,7 a 0,8). No sexo feminino: 0 a 9 anos: APC: -0,4 (-2,6 a 1,9); 10 a 14 anos: APC: -1,0 (-4,4 a 2,5); 15 a 19 anos: APC: -0,2 (-5,6 a 5,6). Há uma tendência de estabilidade da mortalidade por câncer infantil em ambos os sexos. No Centro-Oeste do Brasil a mortalidade por leucemia teve as taxas mais altas no sexo masculino. Observou-se que a tendência da mortalidade do câncer pediátrico apresentou um padrão heterogêneo entre as capitais da região Centro-Oeste. Palavras-chaves: mortalidade; neoplasias infantis; tendências 45

48 INTRODUÇÃO Câncer é uma proliferação celular anormal, descontrolada e autônoma, na qual as células reduzem ou perdem a capacidade de se diferenciar, em conseqüência de alterações nos genes que regulam o crescimento e a diferenciação celulares¹. Já foi considerado como a doença mais comum nos países desenvolvidos. Porém, há aproximadamente quatro décadas, esse quadro vem mudando, e, a incidência de câncer nos países em desenvolvimento vem aumentando, tornando-se um evidente problema de saúde pública mundial². As neoplasias infantis são consideradas raras, em relação aos tumores que afetam os adultos². Porém, além do grande impacto emocional e social que trazem³ são a segunda causa de morte infantil nos países desenvolvidos². As taxas de mortalidade representam importante subsídio para a análise dos indicadores de saúde, mesmo nos países desenvolvidos e industrializados. Por meio da análise dessas taxas é possível medir o progresso na luta contra o câncer, bem como considerá-la um indicador do acesso ao tratamento da saúde no país². Apesar da existência de dados disponíveis, tais como o SIM (Sistema de Informações sobre a Mortalidade do Ministério da Saúde), as estatísticas sobre as neoplasias infantis têm sido pouco analisadas no Brasil 4. A tendência mundial é de redução nas taxas de mortalidade do câncer infantil, porém, esse declínio é menor e mais tardio nos países em desenvolvimento. Isso ocorre pelas iniqüidades sociais, que levam à uma menor acessibilidade às novas tecnologias de diagnóstico e de tratamento 5. O objetivo desse artigo foi o de analisar a tendência da mortalidade por neoplasias infantis, nas capitais da região Centro-Oeste do Brasil (Goiânia, Brasília, Campo Grande e Cuiabá), no período de 1996 a

49 MÉTODO(S) Delineamento do Estudo Trata-se de um estudo ecológico temporal (1996 a 2011), observacional do tipo série histórica, de base populacional. Os dados de mortalidade foram extraídos do Sistema de Informações de Mortalidade (SIM), que é um banco de dados do SUS de natureza pública, gratuita e de acesso aberto, sendo organizado e mantido pelo Ministério da Saúde do governo brasileiro (DATASUS/MS) Critérios de Inclusão e Exclusão Os casos incluídos neste estudo foram crianças e adolescentes (0 a 19 anos), cuja causa de óbito tenha sido o câncer, no período de 1996 a Em cada grupo foram analisados os tumores conforme o quadro de Classificação Internacional do Câncer na Infância 7. Nas tabelas 4 a 7, só foram incluídos os tumores que foram possíveis calcular a tendência. Na tabela 4, referente à Goiânia, foram incluídas as seguintes neoplasias: leucemias, linfomas, tumores do SNC, tumores renais, sarcomas e carcinomas. Na tabela 5, referente a Cuiabá, só foi possível calcular a tendência das leucemias, tumores do SNC e dos carcinomas. Na tabela 6, de Campo Grande, foram calculadas as tendências para as leucemias, tumores do SNC, sarcomas e carcinomas. E, na tabela 7, referente a Brasília, foram calculadas as tendências para as leucemias, linfomas, tumores do SNC, tumores renais, tumores ósseos, sarcomas e carcinomas. Isto foi feito devido à falta de dados de determinadas neoplasias. 47

50 Dados Populacionais As informações populacionais de Goiânia, Brasília, Cuiabá e Campo Grande foram obtidas junto ao Instituto Brasileiro de Estatística e Geografia Foram utilizados os dados populacionais dos censos de 2000 e 2010, além das projeções populacionais intercensitárias dos anos 1996 a 1999, 2001 a 2009 e 2011 (IBGE) Variáveis As variáveis analisadas em relação às taxas de mortalidade e tendência foram o gênero (feminino e masculino) e o grupo etário (0 a 9 anos; 10 a 14 anos e 15 a 19 anos), para os óbitos de residentes por câncer infantil nas capitais Goiânia, Campo Grande, Cuiabá e Brasília Análise Estatística Foram calculadas as taxas brutas e padronizadas da mortalidade, utilizando o Microsoft Excel Para o cálculo das taxas padronizadas utilizou-se a população padrão mundial da mesma faixa etária, proposta por Segi 9 e modificada por DOLL et al 10. A análise das tendências de mortalidade foram feitas utilizado um modelo de regressão linear de Poisson com o software JoinPoint Regression Program, v Esse modelo de regressão identifica variações significativas nas tendências em um determinado ano (o chamado joinpoint ou ponto de inflexão). As taxas padronizadas de mortalidade foram as variáveis dependentes e o ano foi a variável independente. Um resultado de p < 0.05 foi considerado estatisticamente significativo, significando que as chamadas APCs (Annual Percentual Changes) são diferentes de zero Aspectos Éticos O presente estudo foi apreciado e aprovado por dois comitês de ética em 48

51 pesquisa, o comitê do Hospital Araújo Jorge da ACCG (Associação de Combate ao Câncer em Goiás) sob protocolo e o comitê do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (UFG) sob protocolo RESULTADOS No período analisado (16 anos), 1528 crianças e adolescentes (0 a 19 anos) morreram com câncer, nas capitais Goiânia, Cuiabá, Campo Grande e Brasília, correspondendo a uma taxa de mortalidade padronizada de 22,22 óbitos por de crianças por ano. Destas, 882 (25,65 por por ano) eram do sexo masculino e 646 (18,80 por por ano) do sexo feminino (Tabela 1). A razão de mortalidade entre crianças do sexo masculino e crianças do sexo feminino foi maior em Goiânia (1,49/1) e menor em Campo Grande (1,28/1) (Tabela 1). 49

52 50

53 No sexo masculino, a menor taxa de mortalidade por câncer pediátrico ocorreu em Brasília, no ano de 2008 (10,56 por ) e a maior na cidade de Cuiabá, em 1996 (50,71 por ). No sexo feminino, tanto a menor taxa quanto a maior, ocorreram na cidade de Cuiabá, respectivamente nos anos de 2003 (3,91 por por ano) e 1997 (37,51 por por ano). Considerando-se toda a região Centro-Oeste (Goiânia, Campo Grande, Cuiabá e Brasília) observa-se que a tendência de mortalidade do câncer infantil, manteve-se estável no período de 1996 a 2011 em todas as idades, tanto no gênero feminino, quanto no masculino (Tabela 2). 51

54 52

55 Na análise de tendência por cidade observamos que houve redução de mortalidade, para o sexo feminino, em Campo Grande na idade de 10 a 14 anos e em Goiânia para o sexo masculino na idade de 15 a 19 anos porém nao foram estatisticamente significativos (Tabela 3). 53

56 54

57 A análise de tendência de mortalidade para as neoplasias pediátricas por cidade, para as quatro cidades do Centro-Oeste confirmou que as taxas de tendência foram estáveis, como mostram as tabelas 4, 5, 6 e 7. 55

58 56

59 57

60 58

61 DISCUSSÃO Os achados dessa análise demonstraram que a região Centro-Oeste do Brasil apresenta uma estabilidade na tendência de mortalidade por neoplasias infantis. Entre os anos de 1979 a 2008 foi encontrada uma tendência de estabilidade em todo o país, para todas as neoplasias. As regiões norte e nordeste apresentaram um aumento da mortalidade de 2% ao ano em meninos e 3% em meninas. As regiões sul e sudeste apresentaram uma diminuição de 0,5% em meninos e 1,5% em meninas. E a região Centro-Oeste apresentou uma estabilidade, como os achados 59

62 desse trabalho 11. Essas diferenças na tendência podem ser justificadas pela dimensão do Brasil, apresentando diferenças na densidade populacional, no clima e também pelas desigualdades sócio-econômicas 12. As taxas de mortalidade na região centro-oeste do Brasil são menores que as dos países desenvolvidos. Este fator pode ser explicado por fontes previsíveis de erro, como por exemplo, as certidões de óbito imprecisas, os erros de diagnóstico e as subnotificações 11,13. A mortalidade por todas as neoplasias declinou na União Europeia (UE), alcançando índices de cerca de 3 por crianças por ano, de 2005 a No entanto, na Europa, diferenças consideráveis das tendências ainda persistem, e as taxas de mortalidade nos países do leste e do sul da Europa, para o meio da década de 2000, foram semelhantes aos de países europeus ocidentais e do norte para o início de Assim, as diferenças na adoção e impacto das realizações terapêuticas para cânceres infantil em toda a Europa têm persistido 5. Da década de 1960 até o final da década de 1980, um declínio de 50 % na mortalidade por câncer na infância foi observado nos Estados Unidos e Canadá, e declínios substanciais também foram observados em outros países desenvolvidos, como a Austrália, Israel e Japão, atingindo taxas entre 3,5 e 4,5 por no final de Nos países desenvolvidos, mais de 70% dos cânceres infantis são curados 14. No mesmo período, o padrão foi menos favorável para outras áreas do mundo, incluindo países da América Latina (Uruguai, Cuba, Argentina, Costa Rica), Kuwait, Nova Zelândia e Singapura, que registrou as maiores taxas de mortalidade por câncer de infância no final dos anos 1980 (6 a 7,5 por meninos e de 5 a 6 por mulheres) 5. Nos países em desenvolvimento, como o Brasil, também ocorre um declínio nas taxas de mortalidade do câncer infantil, porém menor e mais tardio, pelo atraso na adoção de acessibilidade às novas terapias 11. Esse dado pode justificar o fato da estabilidade na tendência de mortalidade no centro-oeste. 60

63 CONCLUSÃO O câncer infantil é uma das principais causas de mortalidade em crianças no mundo todo, representando um problema de saúde pública. A tendência da mortalidade por neoplasias infantis é de declínio, principalmente nos países desenvolvidos. Nos países em desenvolvimento essa redução ocorre de forma mais lenta e mais tardia. Este estudo demonstrou que a região Centro-Oeste do Brasil apresenta uma tendência de estabilidade na mortalidade por câncer infantil. Uma possível limitação desse estudo refere-se à qualidade de informações do SIM, que pode apresentar dados faltantes, erros nos atestados de óbitos e desinformações. No Brasil, as análises de tendência de mortalidade das neoplasias infantis têm sido pouco analisadas, mesmo com a existência do SIM/DATASUS. E esses estudos podem ser indicadores da eficácia de estratégias de intervenção contra o câncer REFERÊNCIAS 1. FILHO GB. Distúrbios do Crescimento e da Diferenciação Celular. In: FILHO GB, PEREIRA FEL, GUIMARÃES RC. Bogliolo Patologia. 7ª. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; p Instituto Nacional de Câncer [Internet]. Rio de Janeiro. [atualizado 2015; citado 2015 mai. 9]. Disponivel em: 3. STACK M, WALSH PM, COMBER H, RYAN CA, O LORCAIN P. Childhood cancer in Ireland: a population-based study. Arch Dis Child. 2007; 92(10): COUTO AC, FERREIRA JD, KOIFMAN RJ, MONTEIRO GTR, POMBO- DE-OLIVEIRA MDS, KOIFMAN S. Trends in childhood leukemia mortality over a 25-year period. J. Pediatr. 2010; 86(5): CHATENOUD L, BERTUCCIO P, BOSETTI C, LEVI F, NEGRI E, LA VECCHIA C. Childhood cancer mortality in America, Asia and Oceania, 1970 through Cancer. 2010; 116(21):

64 6. DATASUS [Internet]. Brasília (DF): Ministério da Saúde; 2014 [citado 2014 jan 4]. Disponivel em: 7. BIRCH JM, MARDSEN HB. A Classification Scheme for childhood cancer. Int J Cancer. 1987; 40: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística [Internet]. São Paulo. [atualizado 2014; citado 2014 jan. 4]. Disponivel em: 9. SEGI M, FUJISAKU S, KURIHARA M, NARAI Y, SASAJIMA K. The ageadjusted death rates for malignant neoplasms in some Selected Sites in 23 Countries in and their geographical correlation. Tohoku J Exper Med. 1960; 72: DOLL R, PAYNE P, WATERHOUSE JAH. Cancer Incidence in Five Continents. Union Internationale Contre le Cancer. 1966; FERMAN S, SANTOS MDO, FERREIRA JMDO, REIS RDS, OLIVEIRA JFP, POMBO-DE-OLIVEIRA MS, CAMARGO BD. Childhood cancer mortality trends in Brazil, Clinics. 2013; 68(2): de CAMARGO B, SANTOS MO, REBELO MS, REIS RS, FERMAN S, NORONHA CP, POMBO-DE-OLIVEIRA MS. Cancer incidence among children and adolescents in Brazil: first report of 14 population-based cancer registries. Int J Cancer. 2010; 126(3): JORGE MHPDM, GOTLIEB SLD, LAURENTI R. O sistema de informações sobre mortalidade: problemas e propostas para o seu enfrentamento I - Mortes por causas naturais. Rev. Bras. Epidemiol. 2002; 5(2). 14. FONSECA LAM, ELUF-NETO J, FILHO VW. Cancer mortality trends in Brazilian state capitals, Rev Assoc Med Bras. 2010; 56(3):

65 6 CONSIDERAÇÕES FINAIS Verificamos neste estudo, que em Goiânia ocorreu uma estabilidade da incidência das neoplasias infantis e estabilidade da mortalidade. No entanto, observamos que ocorreu uma melhora nas taxas de sobrevida de todas as neoplasias com um incremento de 23,75% para os linfomas, 40,75% para as neoplasias do SNC e 54,96% para as leucemias em relação ao estudo anterior. Portanto, houve um incremento significativo na sobrevida das neoplasias malignas na cidade de Goiânia nos últimos 20 anos. Entretanto, este aumento, ainda está bem abaixo, quando comparada aos países desenvolvidos. Só foram possíveis analisar os dados de incidência de Goiânia, devido ao Registro de Câncer de Base populacional de Goiânia já ter dados consolidados a mais de 20 anos. O RCBP de Goiânia foi criado em julho de 1986, na secretaria de Estado de Saúde de Goiás e em novembro de 1994 foi transferido para a Associação de Combate ao Câncer em Goiás. A coleta de dados é ativa, seguindo critérios de controles de qualidade e fornecem informações confiáveis e consistentes, seguindo de modelo para os outros RCBPs. Analisando a mortalidade da região Centro-Oeste do Brasil verificamos uma tendência de estabilidade para todas as neoplasias infantis. Isso pode ter ocorrido devido à qualidade de informações do SIM, que pode apresentar dados faltantes, erros nos atestados de óbitos e desinformações. No Brasil, as análises de tendência de mortalidade das neoplasias infantis têm sido pouco analisadas, mesmo com a existência do SIM/DATASUS, que é um sistema de informação público e gratuito, que possibilita a captação de dados sobre mortalidade. E, apartir dos dados coletados, é possível realizar análises de situação, planejamento e avaliação de ações e programas na área da saúde. E esses estudos podem ser indicadores da eficácia de estratégias de intervenção contra o câncer. Os estudos epidemiológicos são importantes para que os serviços de saúde e os familiares fiquem atentos aos sinais e sintomas das neoplasias, 63

66 para que o diagnóstico seja o mais breve possível. E, também, para o planejamento de políticas públicas de saúde, para que essas crianças recebam um tratamento integral. As crianças e os adolescentes fazem parte de um público vulnerável, merecendo uma atenção especial em relação às pesquisas. Pois, apesar dos tumores infantis serem considerados raros, causam um impacto social e emocional muito grande. Esse estudo trouxe grandes contribuições em relação à incidência, mortalidade e análise de sobrevida das crianças e adolescentes com neoplasias. Assim, poderá servir de subsídio para implementar as estratégias em relação à prevenção primária e secundária das neoplasias infantis, e também em relação ao tratamento. Além disso, devido à escassez de estudos epidemiológicos de câncer infantil no Brasil, este estudo poderá trazer uma contribuição acadêmica e científica para a área da saúde. Tal contribuição será assegurada pela utilidade do trabalho às demais pesquisas posteriores, pela contribuição cumulativa ao conhecimento científico do tema e pela contribuição à superação de lacunas do conhecimento. 64

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71 ANEXOS Anexo I Classificação Internacional do Câncer Infantil Anexo II População Padrão Mundial Anexo III Parecer do Comitê de Ética do Hospital Araújo Jorge ACCG Anexo IV Parecer do Comitê de Ética do Hospital das Clínicas - UFG Anexo V Normas de publicação dos respectivos periódicos 69

72 ANEXO I: CLASSIFICAÇÃO INTERNACIONAL DO CÂNCER NA INFÂNCIA I Leukemia Site Group ICD-O-2 Histology (Type) ICD-O-2 Site Recode (a) Lymphoid Leukemia Acute lymphocytic leukemia (ALL) Lymphoid excluding ALL (b) Acute non-lymphocytic leukemia (c) Chronic myeloid leukemia (d) Other specified leukemia (e) Unspecified leukemia II Lymphoma and reticuloendothelial neoplasms (a) Hodgkin lymphoma (b) Non-Hodgkin lymphoma (c) Burkitt lymphoma (d) Miscellaneous lymphoreticular neoplasms (e) Unspecified lymphoma III CNS and miscellaneous intracranial and intraspinal neoplasms (a) Ependymoma (b) Astrocytoma (c) Primitive neuroectodermal tumors (d) Other gliomas (e) Miscellaneous intracranial and intraspinal neoplasms (f) Unspecified intracranial and intraspinal neoplasms IV Sympathetic nervous system tumors (a) Neuroblastoma and ganglioneuroblastoma 9821, 9828 C000-C , , 9850 C000-C , 9841, 9861, 9864, 9866, 9867, , 9891, 9894, 9910 C000-C , 9868 C000-C , 9842, 9860, 9862, 9870, , 9892, 9893, 9900, C000-C C000-C C000-C , , 9688, , 9723 C000-C C000-C , C000-C C000-C , C000-C C , C000-C C000-C C700-C722, C724- C , 9384 C000-C , 9481 C000-C , 8300, , 9480, 9505, C000-C C700-C729, C751- C , 9500 C000-C

73 (b) Other sympathetic nervous system tumors 8680, , , C000-C V Retinoblastoma C000-C VI Renal tumors (a) Wilms tumor, rhabdoid and clear cell sarcoma (b) Renal carcinoma (c) Unspecified malignant renal tumors VII Hepatic tumors (a) Hepatoblastoma (b) Hepatic carcinoma (c) Unspecified malignant hepatic tumors VIII Malignant bone tumors (a) Osteosarcoma (b) Chrondosarcoma (c) Ewing sarcoma (d) Other specified malignant bone tumors (e) Unspecified malignant bone tumors IX Soft-tissue sarcomas (a) Rhabdomyosarcoma and embryonal sarcoma (b) Fibrosarcoma, neurofibrosarcoma and other fibromatous neoplasms (c) Kaposi sarcoma (d) Other specified soft-tissue sarcomas (e) Unspecified soft-tissue sarcomas 8963 C649, C , 8964 C000-C , , 8082, , , 8143, 8155, , 8210, 8211, ,8240, 8241, , , 8290, 8310, 8320, 8323, 8401, 8430, 8440, , 8504, 8510, 8550, C C000-C C C000-C , , 8082, , 8140, 8141, 8143, 8155, , 8210, 8211, 8230, 8231,8240, 8241, , , 8310, 8320, 8323, 8401, 8430, 8440, , 8504, 8510, 8550, C220, C C000-C C220, C C000-C C000-C , 9240 C400-C C400-C419, C , 9364 C400-C , 9250, , 9370 C000-C , 8800, 8801, 8803, 8804 C400-C , 8991 C000-C , 8811, , C000-C C000-C , 8982, 8990, , , , 9251, 9581 C000-C C000-C639, C659- C , 9240, 9363, 9364 C000-C399, C440- C C000-C399, C470- C C000-C399, C440- C

74 X Germ-cell, trophoblastic and other gonadal neoplasms (a) Intracranial and intraspinal germ-cell tumors (b) Other and unspecified non-gonadal germ-cell tumors (c) Gonadal germ-cell tumors (d) Gonadal carcinomas (e) Other and unspecified malignant gonadal tumors XI Carcinomas and other malignant epithelial neoplasms (a) Adrenocortical carcinoma (b) Thyroid carcinoma (c) Nasopharyngeal carcinoma (d) Malignant melanoma (e) Skin carcinoma (f) Other and unspecified carcinomas XII Other and unspecified malignant neoplasms (a) Other specified malignant tumors (b) Other unspecified malignant tumors C700-C729, C751- C C000-C559, C570- C619, C630-C699, C739-C750, C754- C C569, C620-C , , , , 8143, 8155, , 8210, 8211, , , , 8290, 8310, 8320, 8323, 8430, 8440, , 8504, 8510, 8550, C569, C620-C , 8381, C000-C , 9000 C000-C C569, C620-C C000-C , , 8082, , , 8155, 8190, 8200, 8201, 8211, 8230, 8231, , , 8290, 8310, 8320, 8323, 8430, 8440, 8480, 8481, C C000-C , , 8082, , , 8155, 8190, 8200, 8201, 8211, 8230, 8231, , , 8290, 8310, 8320, 8323, 8430, 8440, 8480, 8481, 8504, 8510, 8550, C110-C C000-C , , 8082, , 8140, 8143, 8147, 8190, 8200, 8240, 8246, 8247, 8260, 8310, 8320, 8323, , 8430, 8480, 8542, 8560, , , , , 8290, 8310, , , , 8940, , 8933, 8950, 8951, , 9020, , 9110, 9580 C440-C C000-C109, C129- C218, C239-C399, C480-C488, C500- C559, C570-C619, C630-C639, C659- C729, C750-C C000-C C000-C218, C239- C399, C420-C559, C570-C619, C630- C639, C659-C699, C739-C750, C754- C809 Not classified by ICCC

75 ANEXO II POPULAÇÃO PADRÃO MUNDIAL 73

76 ANEXO III PARECER DO COMITE DE ÉTICA DO HOSPITAL ARAUJO JORGE ACCG 74

77 ANEXO IV PARECER DO COMITE DE ÉTICA DO HOSPITAL DAS CLINICAS - UFG 75

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