aula 6: quantificação de eventos em saúde
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1 ACH-1043 Epidemiologia e Microbiologia aula 6: quantificação de eventos em saúde Helene Mariko Ueno papoula@usp.br
2 Como quantificar eventos relacionados à saúde? O que medir? Como medir? Quando medir? Contagem absoluta valores relativos Coeficiente = eventos reais. eventos potenciais índice = evento específico total de eventos
3 Por que medir saúde? Caracterização (epidemiologia descritiva), comparações (no tempo e espaço), avaliação de medidas preventivas, terapêuticas, impactos de eventos diversos. O que medir para avaliar o nível de saúde de um grupo ou população? => desfechos, eventos Fatores de risco e de proteção (no indivíduo, na população ou no ambiente), eventos em saúde - campanhas de vacinação ou diagnóstico precoce, dados clínicos e laboratoriais, casos de doenças, mortes Como medir saúde? (instrumentos e métodos) Quando medir?
4 Incidência => casos novos, por local e período Prevalência casos existentes, por local e período J F M A M J J A S O N D J F M A M J J A S O N D ANO Z ANO Z
5 Medidas de frequência Incidência = incidência cumulativa, proporção de incidência, taxa de ataque; => casos novos, risco Incidência = casos novos população, tempo e lugar = casos novos por 1000, 10000, habitantes Prevalência => proporção => casos existentes => magnitude Prevalência = casos existentes população período) e lugar = % da população, tempo (ponto ou
6 Nota: taxa de incidência (denominador dinâmico) Taxa de incidência = casos novos total de "pessoas tempo" sob risco pessoa-tempo estimativa do tempo real sob risco (anos, meses ou dias) dos participantes de um estudo. N=5 indivíduos; tempo=até 10 semanas; desfecho: infarto. Total de pessoas-dia = =236 Taxa de incidência=3/236 p-d= = 0,0127 casos/p-d = 12,7 casos/1000 p-d = 0,0127 casos/p-d x 365p-d/1p-a = 4,6 casos/pessoa-ano
7 curas ou mortes RELAÇÃO ENTRE INCIDÊNCIA E PREVALÊNCIA Incidência Prevalência
8 Magnitude da Prevalência Aumentam maior sobrevida dos pacientes aumento da incidência aprimoramento de técnicas de diagnóstico migrações de área com níveis endêmicos mais elevados Diminuem menor sobrevida dos pacientes alta letalidade da doença diminuição da incidência aumento do nº curas migrações de áreas com baixa endemia
9 Indicadores de Saúde Saúde é a resultante das condições de alimentação, habitação, educação, renda, meio ambiente, trabalho, transporte, emprego, lazer, liberdade, acesso e posse de terra, e acesso a serviços de saúde. (VIII Conferência Nacional de Saúde, 1986) Indicadores são medidas-síntese de informação relevante sobre atributos e dimensões do estado de saúde, bem como do desempenho do sistema de saúde. Em conjunto, devem refletir a situação sanitária de uma população e servir para a vigilância das condições de saúde. Profa. Helene Mariko Ueno
10 Exemplos de indicadores para população de determinado local e ano coeficiente geral de mortalidade = número de óbitos população residente x 1000 coef. específico de mortalidade por causa x = número de óbitos por X população residente na área x coeficiente de mortalidade infantil = número de óbitos de menores de 1 ano número de nascidos vidos x 1000
11 Medidas de morbidade incidência de x = número de casos novos diagnosticados de x população residente x prevalência de x = número de casos existentes de x número dpopulação residente x 100
12 Dourado I, Veras MA de SM, Barreira D, Brito AM de. Tendências da epidemia de Aids no Brasil após a terapia anti-retroviral. Rev. Saúde Pública. 2006;40(Supl):9-17.
13 Indicadores e dados básicos Demográficos Socioeconômicos Mortalidade Morbidade e fatores de risco Recursos Cobertura
14 10ª revisão da Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde Capítulo Descrição I Algumas doenças infecciosas e parasitárias Códigos A00-B99 II Neoplasmas [tumores] C00-D48 III IV V Doenças do sangue e dos órgãos hematopoéticos e alguns transtornos imunitários Doenças endócrinas, nutricionais e metabólicas D50-D89 E00-E90 Transtornos mentais e comportamentais F00-F99 VI Doenças do sistema nervoso G00-G99 VII Doenças do olho e anexos H00-H59 VIII Doenças do ouvido e da apófise mastóide H60-H95
15 IX Doenças do aparelho circulatório I00-I99 X Doenças do aparelho respiratório J00-J99 XI Doenças do aparelho digestivo K00-K93 XII XIII Doenças da pele e do tecido subcutâneo L00-L99 Doenças do sistema osteomuscular e do tecido conjuntivo M00-M99 XIV Doenças do aparelho geniturinário N00-N99 XV Gravidez, parto e puerpério O00-O99 XVI XVII XVIII Algumas afecções originadas no período perinatal Malformações congênitas, deformidades e anomalias cromossômicas Sintomas, sinais e achados anormais de exames clínicos e de laboratório, não classificados em outra parte P00-P96 Q00-Q99 R00-R99
16 XIX XX XXI Lesões, envenenamentos e algumas outras conseqüências de causas externas Causas externas de morbidade e de mortalidade Fatores que influenciam o estado de saúde e o contato com os serviços de saúde ** CID 10ª Revisão não disponível ou não preenchido ou inválido S00-T98 V01-Y98 Z00-Z99 U99, em branco ou inválido
17 Fonte: CID-10. Notas: As lesões e envenenamentos (capítulo XIX) admitem dupla classificação: pela natureza da lesão (causas S00-T98) ou pela causa externa (causas V01 a Y98). Para morbidade, admite-se o uso por ambas as classificações. O SIH/SUS, em sua regulamentação, indica o uso do capítulo XIX como diagnóstico primário e o capítulo XX como diagnóstico secundário, quando possível. Durante os primeiros meses de implantação da CID-10, foi admitido o uso do código U99 - CID 10ª Revisão não disponível, por dificuldades no treinamento e distribuição do material; assim, nesse período, deve ser considerada a existência de internações com diagnóstico não identificado. Observações: CID-1 (1893), com revisões aproximadamente decenais; a partir da CID-6=> responsabilidade OMS; CID10 aprovada em 1989, com previsão de implantação em 1993 e adotada no Brasil em (Grassi e Laurenti, 1998)
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