Cláudia Pereira de DEUS* *Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia INPA
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1 Reserva de Desenvolvimento Sustentável Piagaçu-Purus Purus : Gestão, Biodiversidade e Conservação Cláudia Pereira de DEUS* *Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia INPA Instituto Piagaçu - IPi
2 Os caminhos da Conservação no Brasil Primeiros Parques criados no Brasil: Itatiaia (1937); Iguaçu, Serra dos Órgão e Sete Quedas (1939). Sede da Eco-92 brasileiros assumindo os movimentos de defesa do meio ambiente. Assinatura do Protocolo do Kyoto (1997) redução em pelo menos 5% de gases poluentes pelos países industrializados até Lei Sistema Nacional de Unidades de Conservação SNUC Lei Sistema Nacional de Unidades de Conservação SNUC 2000.
3 Criação de UC é um processo complexo -identificação de áreas prioritárias -reconhecimento do uso tradicional i -definição da categoria mais apropriada -participação informada da sociedade - vontade política
4 Unidades de Conservação no Estado do Amazonas: Até o momento existem de uso sustentável e 8 Unidades de Conservação no de proteção integral Estado
5 Diversidade Biológica Desde 1944 Alta biodiversidade Rota migratória da tartaruga da Amazônia (Podocnemis expansa) Historicamente alta densidade de pirarucu (Arapaima gigas) epeixe-boi (Trichechus inunguis)
6 População humana no baixo Purus Cerca de 4000 pessoas Agricultura, pesca, madeira, castanha do brasil Reserva de Desenvolvimento Sustentável
7 MANAUS ANORI BERURI COARI
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9 Decreto de criação Reserva de Desenvolvimento Sustentável Piagaçu Purus O Decreto de Criação garante: - A exploração dos recursos naturais na RDS-PP; - A continuidade do uso dos recursos naturais pelas populações locais e outros grupos sociais que usam a área. A exploração dos recursos naturais deve ser orientada por um Plano de Manejo
10 PLANO DE MANEJO O que é? Para que serve? É um documento que organiza a utilização dos recursos naturais de uma Reserva de Desenvolvimento Sustentável ou de qualquer outro tipo de Unidade de Conservação, e que contém todas as normas para direcionar a gestão da UC. Na RDS-PP deve ser construído de forma participativa, ou seja, deve garantir que todos os grupos sociais que utilizam a área possam ajudar na elaboração desse documento
11 O Conselho Deliberativo deve: Ser representativo ti e ter capacidade d de gestão, de forma a promover a qualidade de vida das populações tradicionais e a conservação dos recursos naturais. Reunir-se com freqüência regular para discutir, resolver, decidir e propor sobre questões demandadas previamente, de acordo com as necessidades da RDS
12 COMO ESTAMOS TRABALHANDO?
13 METODOLOGIA DE ABORDAGEM AVALIAÇÃO RURAL PARTICIPATIVA Veracidade dos dados Aquisição de mais e melhores informações AVALIAÇÃO LOCAL POR PESQUISADORES, QUANTIFICANDO RECURSOS E DIAGNOSTICANDO SEU ESTADO ATUAL DE EXPLORAÇÃO ELABORAÇÃO DO PLANO DE GESTÃO PARTICIPATIVO Recurso financeiro Tempo Pessoal qualificado
14 Programas e projetos desenvolvidos na RDS-PP 1. CONSERVAÇÃO E MANEJO DA PESCA 2. DIVERSIDADE E CONSERVAÇÃO DA ICTIOFAUNA - Distribuição espacial 3. DIVERSIDADE E CONSERVAÇÃO DA HERPETOFAUNA 4. DIVERSIDADE E CONSERVAÇÃO DE PRIMATAS 5. DIVERSIDADE E CONSERVAÇÃO DA AVIFAUNA 6. DIVERSIDADE E MANEJO DE QUELÔNIOS 7. CONSERVAÇÃO E MANEJO DE JACARÉS - Avaliação populacional, caça. 8. CONSERVAÇÃO MANEJO DE ANIMAIS SILVESTRES - Avaliação populacional, caça; 9. DIAGNÓSTICO SÓCIO-ECONÔMICO DAS COMUNIDADES NÃO-INDÍGENAS identificação dos principais problemas enfrentados. 10. AGROEXTRATIVISMO: ATIVIDADES MADEIREIRAS E AGRICULTURA FAMILIAR - alternativas econômicas. 11. GIS - ANÁLISE E INTEGRAÇÃO DOS DADOS
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16 SETORIZAÇÃO FITOFISIONOMIA HIDROGRAFIA: MICROBACIAS ÁREA DE USO DAS COMUNIDADES
17 Subprojetos Objetivos Metas
18 O trabalho da Equipe de Pesca do IPi na RDS Piagaçu Purus Pesquisas -Levantamento da ictiofauna distribuição espacial, áreas de endemismo etc. -Peixes ornamentais - acará disco -Aruanã -Pirarucu -Monitoramento da produção pesqueira da frota comercial
19 Frota pesqueira Criar uma proposta p de regulamentação da pesca, com zoneamento espacial e temporal, aprovada pelas comunidades e encaminhada ao Conselho Deliberativo - Colônias de Pesca (Manaus, Manacapuru, Beruri, Codajás, Anamã, Coari) -Regatões - Comunitários - Barcos sem registro
20 CONHECIMENTO DA BIOLOGIA DE ALGUMAS ESPÉCIES COMO SUPORTE PARA O MANEJO ARUANÃ Osteoglossum bicirrhosum Comércio - consumo alimentar e ornamental Objetivo: levantar informações sobre a pesca, o comércio e a biologia básica do aruanã branco,,para subsidiar o manejo desta espécie na área da Reserva. Fecundidade d da fêmea X tamanho efetivo da prole - redução de 25% - capacidade dos machos desempenharem o cuidado parental. Resultados contribuem para definição de regras de exploração impostas pelo IBAMA: Portaria 01/2001 IBAMA estipula 44 cm. L50 55 cm tamanho mínimo de captura.
21 ARUANÃ Comercializado seco e salgado : 100 ton. salgado Redução de 62,5% de peso 100 ton. = 267 ton. peso fresco
22 ACARÁ-DISCO Symphysodon aequifasciatus Objetivo: Descrever e avaliar a abundância, características biológicas (alimentação e reprodução) e estratégias de manejo da pesca do acará-disco Avaliar experimentalmente t a abundância, métodos de captura e testar o potencial de colonização de ambientes artificiais do acarádisco na RDS-PP.
23 PIRARUCU Arapaima gigas Espécie sobre-explorada explorada População em declínio CITES II Convenção sobre o comércio internacional das espécies em perigo de extinção - Baixa fecundidade: 500 ovos na fase adulta atinge 5 anos - Distribuição restrita à região amazônica; - Depende do oxigênio atmosférico
24 PIRARUCU Arapaima gigas Objetivo: aumentar a densidade de pirarucu em pelo menos 25% no período de 6 anos. Determinação da densidade atual de pirarucus na Reserva Contagem de pirarucu - estimativa visual Estudo populacional definição do tamanho de primeira i maturação, taxa de mortalidade, d etc. Mapeamento das áreas de reprodução, alimentação, home-range. Manejo de lagos - proteção de áreas de cabeceiras; suspensão da pesca do pirarucu em alguns lagos; definição da produção máxima sustentável (MSY)
25 Experiência de RDS Mamirauá auá Táticas de zoneamento áreas de proteção total Táticas de limitação de esforços - redução nos atuais níveis de abate: - Manter o tamanho mínimo de abate em 150 cm do CT; - Proibir a comercialização de mantas secas e salgadas com comprimento inferior a 115 cm e de mantas frescas inferiores a 125 cm; - Cumprir o período de defeso (dezembro-maio); - Proibir o uso de malhadeira reduzindo a taxa de capturabilidade; Inicio do trabalho em Atualmente é permitido o abate de 30 mil adultos de pirarucu da região de Fonte Boa/Mamirauá/Auti-Paraná.
26 BIODIVERSIDADE E MANEJO DE QUELÔNIOS Distribuição e abundância Localização e mapeamento das praias de desova Impacto da caça ilegal e da coleta de ovos Proposta de Conservação e Manejo para os quelônios da RDS Piagaçu-Purus
27 AVALIAÇÃO POPULACIONAL, CAÇA E CONSERVAÇÃO DE JACARÉS Estimativa da distribuição e da abundância das 2 espécies Áreas de reprodução localizadas e mapeadas.
28 META Avaliação dos impactos da caça e propostas para a o manejo do jacaré
29 ATIVIDADES MADEIREIRAS E MERCADOS Mapeamento das áreas de exploração Estimativa do número de pessoas envolvidas na produção Identificação dos principais i i mercados legais e ilegaisi Avaliação da importância econômica da atividade Proposta de plano de manejo florestal
30 Levantamentos faunísticos Peixe: 360 espécies identificadas. Avifauna: Herpetofauna: 98 espécies anuros 70 espécies lagartos 18 espécies cobras 40 espécies de hábitos aquáticos
31 Primatas: 14 espécies identificadas e relacionadas com a fitofisionomia da região.
32 População jovem: Situação sócio-econômica ca - Crianças (0 a 12 anos) 45% - Adolescentes(13 a 19 anos) 18% - Adultos (20 a 65 anos) 34% - Idosos ( mais que 65 anos) 3% Nível de escoloaridade: baixo - Pessoas estudando 27% - Pessoas que já estudaram 22% - Pessoas que nunca estudaram - 35% Principal renda: - Pesca - Madeira - Agricultura Não madeireira (Castanha do brasil) - Caça de jacaré Principais problemas enfrenados : - Falta de organização social - Não responderam 16% -Assistência precária à saúde (Parasitose, doenjça de pele, gripe, etc.) - Precariedade escolar
33 Agradecimentos Support: Wildlife Conservation Society Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico Fundação de Amparo à Pesquisa do Amazonas Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia Universidade Federal do Amazonas Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá Fundação O Boticário Governo do Estado do Amazonas Ministério de Ciência e Tecnologia
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