Boletim Diário MERCADOS. Bolsa. Índices, Câmbio e Commodities. Altas e Baixas do Ibovespa. Câmbio. Juros. Ibovespa x Dow Jones (em dólar)

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1 MERCADOS Bolsa A Bovespa chegou a operar em queda na parte da manhã, mas passou por recuperação na parte da tarde acompanhando o avanço das bolsas dos EUA, e fechou em alta de 1,13% aos 54,236 pontos. O volume de negócios totalizou R$ 6,60 bilhões. No fechamento, o índice Dow Jones (+0,67%), S&P 500 (+0,92%) e o Nasdaq (+1,47%). A quinta-feira abre com agenda carregada de dados da zona do euro, (indicadores de confiança na economia e indústria). Nos EUA, novos pedidos de seguro desemprego e vendas de casas e no Brasil, inflação medida pelo IGP-M são os destaques do dia. As bolsas asiáticas tiveram dia de queda e na zona do euro o movimento dos mercados é negativo nesta manhã. O desenrolar das discussões no campo político do lado doméstico e o comportamento dos mercados internacionais deverão continuar direcionando o mercado de ações no Brasil, já que o noticiário corporativo segue vazio depois da safra de resultados do primeiro trimestre de O mercado já começa a olhar para o mês de junho que abre com a reunião do Copom, com expectativa de mais uma alta da Selic e as decisões para o programa de ajuste fiscal do governo. Câmbio Índices, Câmbio e Commodities Fech. * Dia (%) Mês (%) Ano (%) Ibovespa 54, (3.5) 8.5 Ibovespa Fut. 54, Nasdaq 5, DJIA 18, S&P 500 2, MSCI 1, Tóquio 20, Xangai 4,620 (6.5) Frankfurt 11, Londres 7, Mexico 44, India 27,507 (0.2) Rússia 1,012 (1.3) (1.7) 28.0 Dólar - vista R$ 3.14 (0.4) Dólar/Euro $ (2.9) (9.9) Euro R$ 3.42 (0.1) Ouro $1, Petróleo Brent $62.06 (2.6) (7.1) 8.3 Petróleo WTI $57.51 (0.9) (3.6) 8.0 Altas e Baixas do Ibovespa A aprovação da MP 665 no Senado anteontem poderia ter favorecido o humor do mercado mas as preocupações com o ambiente na área econômica trouxe apreensão aos investidores, que seguiram buscando defesa na moeda norteamericana ontem. Depois de abrir em alta a moeda cedeu no final do dia, com realização de lucros, fechando em baixa de 0,22%, aos R$ 3,1450 à vista no balcão, enquanto a moeda para junho cedeu 0,51%, aos R$ 3,1430. ELET6 ELET3 CESP6 SBSP3 BRKM5 KROT3-3.3% 4.8% 4.1% 3.7% 3.2% 6.3% Juros ALLL3 PDGR3-3.2% -2.4% Os juros futuros seguiram em alta mostrando incertezas quanto ao desenrolar dos planos do governo para a economia. No fechamento, o DI para jul/15 marcava 13,478%, de 13,465% no ajuste anterior. Na ponta mais longa, para jan/17 a taxa mostrava 13,36%, de 13,28% no ajuste anterior. EMBR3-1.4% HGTX3-1.2% 130 Ibovespa x Dow Jones (em dólar) Brasil Referência Expectativa Apurado Anterior 08:00 FGV - IGP-M (a/a) Maio 4,08% 4,11% 3,55% 08:00 FGV - IGP-M (m/m) Maio 0,40% 0,41% 1,17% 09:00 Fabricação PPI (a/a) Abril 4,94% 09:00 Fabricação PPI (m/m) Abril 1,93% Estados Unidos Referência Expectativa Apurado Anterior 09:30 Novos pedidos seguro-desemprego 23-mai 270 mil 274 mil 09:30 Seguro-desemprego 16-mai 2195 mil 2211 mil 11:00 Vendas de casas pendentes (m/m) Abril 0,90% 1,10% Europa Referência Expectativa Apurado Anterior 06:00 Confiança na economia Maio 103,5 103,8 103,7 06:00 Indicador de Clima para os Negócios Maio 0,35 0,28 0,32 06:00 Confiança industrial Maio ,2 06:00 Confiança em serviços Maio 6,7 7,8 6,7 06:00 Confiança do consumidor Maio -5,5-5,5-5, Dow Jones Ibovespa Página 1

2 ANÁLISE DE EMPRESAS E SETORES Magazine Luiza (MGLU3) Recompra de até 5 milhões de ações ou 9,93% do total O Magazine Luiza comunicou ao mercado que fará um programa de recompra de até 5 milhões de ações, equivalentes a 2,81% das ações totais da empresa e a 9,93% das em circulação. O prazo máximo para aquisição encerra-se em 26 de maio do próximo ano. A empresa anunciou ainda que cancelou as 3,503 milhões de ações mantidas em tesouraria, sem redução do valor do seu capital social. O capital social da Companhia, R$ ,00, passou a ser dividido em ações ordinárias, todas nominativas, escriturais e sem valor nominal. Ontem a ação encerrou cotada a R$ 4,39 acumulando queda de 41,2% em 2015 depois de ceder 37,7% em Cotada a 1,04x o seu valor patrimonial e com valor de mercado igual a R$ 783 milhões, a ação mostra pouca força para recuperar no curto prazo, considerando o momento adverso da economia brasileira, com o setor de consumo e varejo já anunciando demissões em grandes redes lojas e piora dos indicadores macroeconômicos. Alimentos Embargo Russo a frigoríficos brasileiros, dentre eles, BRF, Marfrig e JBS O Rosselkhoznadzor (serviço de vigilância sanitária da Rússia), suspendeu temporariamente as importações de carnes de dez frigoríficos brasileiros, cuja decisão vigora a partir de 9 de junho de Serão contingenciadas as vendas para a Rússia: (i) das unidades de suínos da BRF em Goiás e do Frigoestrela em São Paulo; (ii) a exportação de carne bovina de duas unidades da JBS (uma de MG e outra de Goiás) e de três da Marfrig (duas em São Paulo e uma em Mato Grosso do Sul); (iii) e as vendas dos frigoríficos Mato Grosso Bovinos e Nortão, ambos em Mato Grosso. A Rússia suspendeu ainda, a partir do dia 2 junho, as exportações de carne bovina do Frigol, em São Paulo. Opinião: Dentre os motivos alegados, práticas incompatíveis com a permissão para exportação de carne à Rússia, incluindo uso de estimulantes de crescimento de animais. A decisão pode estar vinculada a uma percepção do mercado de que a Rússia se prepara para amenizar as sanções às importações de Europa e EUA, reduzindo assim o número de unidades brasileiras habilitadas a exportar. É fato também que as companhias podem realizar suas vendas para aquele país, através de outras unidades habilitadas. Em comunicado a JBS (JBSS3) confirmou que seus contratos de fornecimento de carne bovina para clientes na Rússia não sofrerão qualquer tipo de prejuízo, pois possui outras 31 Página 2

3 unidades habilitadas a exportar para a Rússia, ao mesmo tempo, que estas duas unidades suspensas, possuem habilitação para exportar para outros mercados. A Marfrig (MRFG3) disse que, das três unidades embargadas, apenas uma, de fato, vinha atendendo parcialmente à demanda de clientes russos, e que as exportações totais para a Rússia não deverão ser afetadas, continuando a ser realizadas por cinco unidades produtoras da Marfrig Beef no Brasil e quatro unidades no Uruguai. Da mesma maneira não vemos problema para a BRF (BRFS3). Temos recomendação de manutenção para a JBSS3 e a BRFS3. BC Operações de Crédito do Sistema Financeiro Nacional em abril de 2015 O saldo das operações de crédito total do sistema financeiro nacional (SFN), incluindo as operações com recursos livres e direcionados, atingiu R$ 3,06 trilhões em abril, após crescimento de apenas 0,1% no mês e de 10,5% em doze meses. Esta evolução em base mensal, ainda que fraca, pode ser majoritariamente explicada pelo crescimento de 0,6% do crédito para as famílias, saldo de R$ 1,45 trilhão, reflexo das expansões dos financiamentos imobiliários e do crédito pessoal. Já o saldo das operações a pessoas jurídicas, sensibilizado pelo efeito da apreciação cambial nas carteiras referenciadas em moedas estrangeiras, recuou 0,4%, totalizando R$ 1,61 trilhão. Com isso a relação crédito/pib caiu de 54,8% em março para 54,5% em abril, frente 52,3% em abril de A carteira de operações com recursos livres totalizou R$ 1,58 trilhão em abril, após redução mensal de 0,2% e expansão de 4,9% em 12 meses. Esta queda mensal foi mais pronunciada no crédito às empresas, saldo de R$ 789 bilhões (-0,3% no mês), com destaque para o declínio em repasses externos e financiamentos a exportações e a expansão nos adiantamentos sobre contratos de câmbio (ACC). As operações com pessoas físicas ficaram estáveis em abril, somando R$ 786 bilhões, com expansão do crédito consignado e redução no saldo de cartão de crédito à vista. O crédito direcionado atingiu R$ 1,49 trilhão, aumento de 0,3% no mês e de 17,1% em 12 meses. Os financiamentos a pessoas físicas cresceram 1,4% no mês, somando R$ 661 bilhões, com destaque para o crédito imobiliário. O saldo de crédito direcionado às empresas declinou 0,6%, situando-se em R$ 825 bilhões, refletindo a redução dos desembolsos e o impacto da apreciação cambial nos financiamentos para investimentos com recursos do BNDES. A taxa média de juros das operações de crédito do SFN alcançou 26,4% em abril, com elevações de 0,5pp no mês e 2,5pp em 12 meses. No crédito livre, o custo médio atingiu Página 3

4 41,8% (+0,9pp e +5,4pp, respectivamente). Nos recursos direcionados, a taxa situou-se em 8,7% a.a., após aumentos de 0,3pp e 0,7pp. O spread bancário das operações de crédito situou-se em 17% após aumentos de 0,6pp no mês e 1,7pp em 12 meses, com maior elevação nas.operações praticadas com as famílias, cujo spread alcançou 24,3% (+0,9pp no mês). No crédito às empresas, o spread atingiu 9,3% (+0,3pp no mês). Nos segmentos livre e direcionado, o spread atingiu 29,3% e 2,9%, respectivamente, com altas mensais de 1,1pp e 0,2pp. A inadimplência do SFN, nas operações com atraso acima de 90 dias, alcançou 3%, após alta de 0,2pp no mês e +0,1pp em 12 meses. No mês, o indicador permaneceu estável no segmento de pessoas físicas e aumentou 0,2pp no de pessoas jurídicas, situando-se, respectivamente, em 3,7% e 2,3%. No crédito livre, o nível de atrasos situou-se em 4,6%, alta de 0,2pp enquanto no crédito direcionado, alcançou 1,2%, ao elevar-se 0,1pp. Opinião: Baixo crescimento de 0,1% em abril refletindo a fraca dinâmica da economia brasileira. As taxas e os spreads subiram basicamente em resposta ao aumento da taxa básica de juros e o esforço de manutenção de rentabilidade pelas instituições financeiras, num cenário de fraco crescimento da atividade econômica. Destaque para o aumento da inadimplência total do sistema (+0,2pp para 3%), notadamente no segmento das empresas. Lembrando que os bancos registraram aumento de PDD neste segmento no 1T15, preparando-se para o recrudescimento da inadimplência no 1º semestre do ano. Como defesa, a estratégia dos bancos passa pelo foco nas operações mais conservadoras, menos arriscadas, como consignado e imobiliário, e pela diversificação de receitas (seguros, previdência e capitalização, cartão de crédito, e receitas de serviços). Dentre os grandes bancos temos recomendação de compra para Itaú (ITUB4), Bradesco (BBDC4) e Banco do Brasil (BBAS3). Página 4

5 FLUXO ESTRANGEIRO Evolução mensal do fluxo líquido de capital estrangeiro na Bovespa (R$ milhões) (2.000) (4.000) (967) (2.222) mai/14 jun/14 jul/14 ago/14 set/14 out/14 nov/14 dez/14 jan/15 fev/15 mar/15 abr/15 mai/15 Fonte: Ibovespa, dados até 25/05/2015 Fluxo de Capital Estrangeiro (R$ milhões) 25/5/15 30 dias Mês Ano Saldo (127,384) , ,2 Fonte: BMFBovespa Contratos em Aberto Ibovespa Futuro (20.000) (50.000) (80.000) ( ) ( ) ( ) ( ) Investidores Não Residentes Investidores Insitucionais Contratos em Aberto - Ibovespa Futuro I. Não Residentes I. Institucionais Compra Venda Líquido (77.740) Página 5

6 AGENDA MACROECONÔMICA Data Horário País / Região Indicador Referência Expectativa Anterior Sexta-feira 09:00 BR PIB (a/a) 1T -1,70% -0,20% 29/5/ :00 BR PIB (t/t) 1T -0,60% 0,30% 10:00 BR PIB acumulado 1T -0,90% 0,10% 10:30 BR Coeficiente % da dívida/pib Abril 33,40% 33,10% 09:30 EUA PIB anualizado (t/t) 1T -0,80% 0,20% 09:30 EUA Consumo pessoal 1T 2,00% 1,90% 09:30 EUA PIB - Índice de preços 1T -0,10% -0,10% 10:00 EUA ISM Milwaukee Maio 50 48,08 Segunda-feira 08:00 BR FGV: IPC-S (m/m) 31/mai 0,68% 1/6/ :00 BR Balança comercial semanal 31/mai 15:00 BR Balança comercial mensal Maio 491 mi. 15:00 BR Total de exportações Maio 15,156 mi. 15:00 BR Total de importação Maio 14,665 mi. 09:30 EUA Renda pessoal Abril 0,30% 0 09:30 EUA Deflator DCP (m/m) Abril 0,10% 0,20% 09:30 EUA Deflator DCP (a/a) Abril 0,30% 09:30 EUA Principal DCP (m/m) Abril 0,20% 0,10% 09:30 EUA Principal DCP (a/a) Abril 1,40% 1,30% 05:00 EURO PMI Manufatura zona do euro Maio 52,3 52,3 Terça-feira 05:00 BR IPC-Fipe (mensal) Maio 1,10% 2/6/ :00 BR Produção industrial (m/m) - AS Abril -0,80% 09:00 BR Produção industrial (a/a) Abril -3,50% 10:45 EUA ISM de New York Maio 58,1 11:00 EUA IBD/TIPP - Otimismo econômico Junho 49,7 06:00 EURO IPP (m/m) Abril 0,10% 0,20% 06:00 EURO IPP (a/a) Abril -2,10% -2,30% 06:00 EURO Estimativa do IPC (a/a) Maio 06:00 EURO IPC principal (a/a) Maio 0,70% 0,60% Quarta-feira 00:00 BR Índice de preço de commodities (m/m) Maio -2,14% 3/6/ :00 BR Índice de preço de commodities (a/a) Maio 6,11% 08:00 EUA MBA - Solicitações de empréstimos hipotecários 29/mai 09:15 EUA ADP - Variação setor empregos Maio 193 mil 169 mil 09:30 EUA Balança comercial Abril -44,3 bi. -51,4 bi. 10:45 EUA PMI Composto Maio 10:45 EUA PMI Serviços Maio 11:00 EUA ISM Composto (exc. manufatura) Maio 57 57,8 05:00 EURO PMI Serviços zona do euro Maio 53,3 53,3 05:00 EURO PMI Composto zona do euro Maio 53,4 06:00 EURO Taxa de desemprego Abril 11,30% 11,30% 06:00 EURO Vendas a varejo (m/m) Abril 0,30% -0,80% 06:00 EURO Vendas no varejo (a/a) Abril 1,70% 1,60% Fonte: Bloomberg Página 6

7 Parâmetros do Rating da Ação Nossos parâmetros de rating levam em consideração o potencial de valorização da ação, do mercado, aqui refletido pelo Índice Bovespa, e um prêmio, adotado neste caso como a taxa de juro real no Brasil, e se necessário ponderação do analista. Dessa forma teremos: Compra: Quando a expectativa do analista para a valorização da ação for superior ao potencial de valorização do Índice Bovespa, mais o prêmio. Neutro: Quando a expectativa do analista para a valorização da ação for em linha com o potencial de valorização do Índice Bovespa, mais o prêmio. Venda: Quando a expectativa do analista para a valorização da ação for inferior ao potencial de valorização do Índice Bovespa, mais o prêmio. EQUIPE Mario Roberto Mariante, CNPI* mmariante@plannercorretora.com.br Luiz Francisco Caetano, CNPI lcaetano@plannercorretora.com.br Cristiano de Barros Caris ccaris@plannercorretora.com.br Olavo Cutait ocutait@plannercorretora.com.br Victor Luiz de Figueiredo Martins, CNPI vmartins@plannercorretora.com.br Ricardo Tadeu Martins, CNPI rmartins@planner.com.br DISCLAIMER Este relatório foi preparado pela Planner Corretora e está sendo fornecido exclusivamente com o objetivo de informar. As informações, opiniões, estimativas e projeções referem-se à data presente e estão sujeitas à mudanças como resultado de alterações nas condições de mercado, sem aviso prévio. As informações utilizadas neste relatório foram obtidas das companhias analisadas e de fontes públicas, que acreditamos confiáveis e de boa fé. Contudo, não foram independentemente conferidas e nenhuma garantia, expressa ou implícita, é dada sobre sua exatidão. Nenhuma parte deste relatório pode ser copiada ou redistribuída sem prévio consentimento da Planner Corretora de Valores. (*) Conforme o artigo 16, parágrafo único, da ICVM 483, declaro ser inteiramente responsável pelas informações e afirmações contidas neste relatório de análise. Declaração do(s) analista(s) de valores mobiliários (de investimento), nos termos do art. 17 da ICVM 483 O(s) analista(s) de valores mobiliários (de investimento) envolvido(s) na elaboração deste relatório declara(m) que as recomendações contidas neste refletem exclusivamente sua(s) opinião(ões) pessoal(is) sobre a companhia e seus valores mobiliários e foram elaboradas de forma independente e autônoma, inclusive em relação à Planner Corretora e demais empresas do Grupo. Declaração do empregador do analista, nos termos do art. 18 da ICVM 483 A Planner Corretora e demais empresas do Grupo declaram que podem ser remuneradas por serviços prestados à(s) companhia(s) analisada(s) neste relatório. Página 7