ADENE Nº 13/2005 ASPECTOS FUNDAMENTAIS DE PLANEJAMENTO ENERGÉTICO. Diretor de Estudos Econômicos e Energéticos. Diretor

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1 ASPECTOS FUNDAMENTAIS DE PLANEJAMENTO ENERGÉTICO DEZEMBRO DE 2005

2 Ministério de Minas e Energia Ministro Silas Rondeau Cavalcante Silva Ministério da Integração Nacional Ministro Ciro Ferreira Gomes Presidente Mauricio Tiomno Tolmasquim Diretor de Estudos Econômicos e Energéticos Amílcar Guerreiro Superintendente de Economia da Energia James Bolívar Luna de Azevedo Diretor-Geral José Zenóbio Teixeira de Vasconselos Diretor Manoel Brandão de Farias Gerente de Infra-estrutura Eduardo Cavalcanti Coordenadora de Inovação Tecnológica Maria Helena Lima Contrato ADENE Nº 13/2005 Título do Documento ASPECTOS FUNDAMENTAIS DE PLANEJAMENTO ENERGÉTICO Responsáveis Técnicos Amaro Pereira Juliana Marreco Mauro Almeida Vicente Correa Neto URL: Sede SAN Quadra 1 Bloco B 1º andar Brasília DF Escritório Central Av. Rio Branco, n 1-11 andar Rio de Janeiro RJ Rio de Janeiro, Dezembro de 2005 Copyright 2005, EPE Empresa de Pesquisa Energética Autorizada a reprodução parcial desde que citada a fonte.

3 APRESENTAÇÃO O Ministério de Minas e Energia - MME, através dos seus órgãos e empresas, promove diversos estudos e análises com o objetivo de subsidiar a formulação de políticas energéticas, bem como orientar a definição dos planejamentos setoriais A Empresa de Pesquisa Energética EPE, empresa pública vinculada ao Ministério de Minas e Energia, instituída pela a Lei nº , de 15 de março de 2004, e regulamentada pelo Decreto nº 5.184, de 16 de agosto de 2004, tem por finalidade prestar serviços na área de estudos e pesquisas destinadas a subsidiar o planejamento do setor energético, tais como energia elétrica, petróleo e gás natural e seus derivados, carvão mineral, fontes energéticas renováveis e eficiência energética, dentre outras. Os estudos e pesquisas desenvolvidos pela EPE subsidiarão a formulação, o planejamento e a implementação de ações do MME, no âmbito da política energética nacional. A lei que criou e definiu as atribuições da EPE estabeleceu suas competências, entre as quais: A realização de estudos e projeções da matriz energética brasileira; A elaboração e publicação do balanço energético nacional; A identificação e quantificação dos potenciais de recursos energéticos; Desenvolvimento de estudos de impacto social, viabilidade técnico-econômica e sócioambiental para os empreendimentos de energia elétrica e de fontes renováveis; Desenvolvimento de estudos para avaliar e incrementar a utilização de energia proveniente de fontes renováveis; Promoção de estudos e produzir informações para subsidiar planos e programas de desenvolvimento energético ambientalmente sustentável, inclusive de eficiência energética; Promoção de planos de metas voltadas para a utilização racional e conservação de energia, podendo estabelecer parcerias de cooperação para este fim, entre outras. A Agência de Desenvolvimento do Nordeste ADENE, órgão vinculado ao Ministério da Integração Nacional MI, tem como missão a promoção do crescimento e a integração inter e intra-regional do Nordeste Brasileiro, bem como a inserção e o progresso social desta região geográfica, com base na disseminação do desenvolvimento sustentável. No âmbito de suas competências, a ADENE objetiva promover o desenvolvimento de uma política energética para a Região Nordeste que valorize o aproveitamento integrado dos recursos energéticos, considerando sua diversidade e disponibilidade, os aspectos tecnológicos associados e as potencialidades econômicas locais, bem como a inserção social e ambiental para o desenvolvimento sustentável da região. A ADENE identificou na maioria dos Estados da Região Nordeste a ausência dos recursos fundamentais necessários à consecução deste objetivo, em particular as bases de dados energéticos, apesar de ações anteriormente desenvolvidas com o objetivo de construí-las, que Apresentação pág. 1/2 ASPECTOS FUNDAMENTAIS DE PLANEJAMENTO ENERGÉTICO

4 resultaram na formação de conhecimento sobre as dificuldades, bem como sobre as alternativas para sua consecução. Objetivando identificar e desenvolver as condições necessárias para que sejam viabilizados os elementos fundamentais e as ferramentas necessárias para a implementação, no futuro, do pretendido Planejamento Energético Regional, a ADENE contratou a EPE para a realização de estudo de identificação preliminar das condições atuais e diretrizes para aparelhar os Estados e a Região Nordeste com os recursos necessários para a consecução do Planejamento Energético Regional, e os respectivos Balanços Energéticos, desenvolvido através de oficina de trabalho e seminário de capacitação de equipes regionais. Considerando a importância e a amplitude dos objetivos de longo prazo, a complexidade das atividades necessárias à execução de um planejamento energético regional, bem como dos recursos necessários, em particular a formação de pessoal qualificado e capacitado e a disponibilidade, confiabilidade, qualidade e abrangência de informações e estatísticas energéticas adequadamente estruturadas, que constituem um balanço energético, a estratégia adotada para proporcionar o melhor aproveitamento dos recursos alocados, diante do orçamento e do prazo de execução disponíveis, será a elaboração de um estudo preliminar que visa identificar as barreiras e as oportunidades para a realização do Planejamento Energético Regional na Região Nordeste, bem como de seu Balanço Energético Regional, através da consolidação das experiências já realizadas neste sentido, bem como seus resultados e aprendizados. A metodologia adotada que permitirá obter as informações da experiência existente e a identificação dos pontos críticos terá como base a realização de oficinas de trabalho, onde as equipes regionais serão apresentadas a material didático teórico sobre planejamento energético e balanço energético, constantes das apostilas preparadas, e em seguida participarão de grupos de discussão sobre os temas, focando-se a elucidação das experiências passadas, barreiras e oportunidades identificadas à luz da teoria apresentada. Desta forma se objetiva materializar os conhecimentos dos participantes, auferidos em sua vivência e na participação na oficina, consolidando-se os resultados fundamentais possíveis nesta etapa de trabalho, quais sejam: Evidenciar as experiências passadas, maximizando os resultados das ações futuras; Capacitar as equipes através do nivelamento do conhecimento individual sobre as experiências já realizadas e potencializando os resultados através da sinergia entre os representantes dos diferentes Estados; Capacitar as equipes em um primeiro nível teórico através da apresentação e fornecimento de material didático de referência; Extrair o conhecimento tácito já existente, de forma organizada e sistematizada, explicitando os elementos que evidenciam o patamar atual da Região Nordeste em termos dos recursos necessários para alcançar o objetivo do Planejamento Energético, permitindo que se estabeleçam referenciais mínimos, diretrizes e recomendações para as ações a serem desenvolvidas. Apresentação pág. 2/2 ASPECTOS FUNDAMENTAIS DE PLANEJAMENTO ENERGÉTICO

5 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO 1 2 CONCEITUAÇÃO DE ENERGIA ENERGIAS PRIMÁRIA, SECUNDÁRIA, FINAL E ÚTIL FONTES RENOVÁVEIS E NÃO RENOVÁVEIS PRINCÍPIOS BÁSICOS DA TERMODINÂMICA RENDIMENTO DAS CONVERSÕES ENERGÉTICAS 6 3 ENERGIA E DESENVOLVIMENTO ECODESENVOLVIMENTO E DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL 7 4 A IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO ENERGÉTICO NO BRASIL BREVE HISTÓRICO DO PLANEJAMENTO ENERGÉTICO NO BRASIL 13 5 PLANEJAMENTO INTEGRADO DE RECURSOS - PIR TIPOS DE MODELOS DE PROJEÇÃO ANÁLISE PROSPECTIVA DE CENÁRIOS IDENTIFICAÇÃO DAS OPÇÕES GERENCIAMENTO PELO LADO DA DEMANDA (GLD) HISTÓRICO DA CONSERVAÇÃO DE ENERGIA NO BRASIL OPÇÕES DE OFERTA DETERMINAÇÃO DO PLANO DE AÇÃO O PLANEJAMENTO INTEGRADO DE RECURSOS NA ESFERA REGIONAL IMPLEMENTAÇÃO DO PLANO DE AÇÃO BARREIRAS AO PLANEJAMENTO ENERGÉTICO INTEGRADO 29 6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 31 ASPECTOS FUNDAMENTAIS DE PLANEJAMENTO ENERGÉTICO

6 1 INTRODUÇÃO É indiscutível a importância da energia no processo de desenvolvimento de uma nação. A forma como a energia será gerada e seus usos serão determinantes para garantir às gerações futuras possibilidades de aproveitamento dos recursos energéticos tal como é possível para as gerações atuais. Para tanto, o planejamento energético torna-se imprescindível. E nessa linha, não se pode mais pensar apenas no planejamento da expansão da oferta. Muitas outras preocupações de ordem sócio-ambiental fizeram o planejamento tradicional evoluir para um planejamento energético integrado. Integrar ações de planejamento da expansão da oferta a medidas de gerenciamento pelo lado da demanda em um processo participativo, contemplando riscos e incertezas com objetivos sócioeconômicos e ambientais tornou-se fundamental na busca de boa parte dos problemas do setor energético que acometem os países em desenvolvimento. No Brasil, o evento do racionamento de energia elétrica em 2001 teve um importante papel em promover ainda que de maneira forçada, uma maior racionalidade no uso da eletricidade e estimular a eficiência energética. Mostrou que o potencial de conservação é enorme e que é possível atender às necessidades de energia a partir de medidas relativamente simples de substituição de equipamentos e racionalização do uso sem comprometer o conforto. Considerando que a construção de alternativas consistentes para conciliar as necessidades de energia e desenvolvimento com a melhoria das condições de vida da população e a preservação do meio ambiente é objetivo do planejamento energético, apresentamos na primeira parte desta apostila uma conceituação de energia em suas formas primária, secundária, final e útil, a noção de fontes renováveis e não renováveis, uma descrição dos princípios básicos da termodinâmica e do rendimento das conversões energéticas, construindo assim um entendimento da dimensão energética e suas conseqüências. Na seqüência, apresentamos uma introdução aos aspectos que relacionam energia e desenvolvimento, assim como os conceitos de ecodesenvolvimento e de desenvolvimento sustentável. Estas descrições abrem caminho para a narrativa subseqüente, que aborda a importância do planejamento energético e um breve histórico do processo no Brasil, os tipos de modelos de projeção de oferta e consumo de energia e sua aplicação, as metodologias de análise prospectiva de cenários, com a identificação das opções e oportunidades, a determinação do plano de ação para uma planejamento integrado de recursos na esfera regional, sua implementação e as barreiras ao planejamento energético integrado. ASPECTOS FUNDAMENTAIS DE PLANEJAMENTO ENERGÉTICO 1

7 2 CONCEITUAÇÃO DE ENERGIA A energia é um insumo básico, praticamente utilizado em todas as atividades das sociedades modernas, produzindo bens e serviços, substituindo o trabalho humano ou fornecendo conforto. Existem diversas definições para a energia, podendo ser citadas: capacidade de produzir trabalho, capacidade de um sistema produzir ações externas ou propriedade da matéria que se move. Uma definição bastante completa, segundo RADOVIC (2005), considera a energia uma propriedade da matéria que pode ser convertida em trabalho, calor ou radiação. A energia se manifesta de diversas fontes e sob diferentes formas: energia química, energia mecânica, energia térmica, energia eletromagnética, energia nuclear, energia elétrica. A energia química pode ser definida como a energia de coesão dos átomos nas moléculas de material combustível, ou seja, é a energia existente nas ligações químicas. As ligações químicas formam-se ou se desfazem durante as reações químicas. Apesar de a realização de algumas reações químicas exigir a absorção de energia do exterior, via de regra acontece o contrário: cada vez que se verifica uma reação química ocorre liberação de energia. No caso das reações de combustão, como a queima de carvão, libera-se esta energia sob a forma de calor. No caso de uma reação eletroquímica, como a que ocorre em uma pilha comum, esta energia é liberada sob a forma de corrente elétrica. A energia mecânica pode ser subdivida em energia cinética e energia potencial. Energia cinética é a forma da energia mecânica associada ao movimento. Um corpo em movimento, ou seja, dotado de velocidade, como o êmbolo de um motor de combustão, por exemplo, possui energia cinética. A energia potencial é a forma da energia mecânica associada à posição em que um corpo se encontra. A energia existente em um peso preso a uma mola deformada é um exemplo de um corpo com energia potencial (potencial elástica), assim como um corpo à determinada altura do solo (potencial gravitacional). A energia térmica surge devido ao movimento caótico dos átomos e moléculas de um gás ou corpo aquecido. Normalmente surge como resultado de transformações de outras formas de energia como, por exemplo, a partir de uma reação química. A energia eletromagnética é a forma de energia associada às ondas eletromagnéticas. O principal exemplo de energia eletromagnética é a forma em que parte da energia proveniente do Sol atinge a Terra, sendo que a partir desta derivam diversas outras formas de energia, entre as quais a energia química dos combustíveis. A energia nuclear surge devido à coesão dos prótons e nêutrons dentro dos núcleos atômicos. As reações nucleares como a fusão, que ocorre na superfície do Sol, e a fissão, usada nos reatores nucleares, podem liberar uma quantidade de energia, por unidade de massa, incomparavelmente superior à liberada em reações químicas. ASPECTOS FUNDAMENTAIS DE PLANEJAMENTO ENERGÉTICO 2

8 A energia elétrica é a forma de energia associada ao movimento dos elétrons. A energia elétrica talvez seja, dentre todas as formas de energia, a mais preciosa devido à facilidade com que pode ser transformada em trabalho útil e, principalmente, devido aos altos rendimentos associados à conversão. As diversas facilidades que esta forma de energia apresenta e o fato de poder ser eficientemente convertida em outras formas de energia, tornaram seu uso bastante difundido em muitas das nossas atividades diárias. Hoje, a eletricidade é utilizada em um grande número de aplicações, sendo esperado que sua participação no total da energia final consumida seja crescente. É cada vez maior a variedade de equipamentos elétricos a disposição dos consumidores e mesmo os aparelhos já existentes, em alguns casos apresentam potências cada vez maiores. No setor residencial, por exemplo, são lançados modelos de televisores e de refrigeradores com dimensões cada vez mais elevadas, assim como o número de eletrodomésticos a disposição dos consumidores é crescente. Apesar da multiplicidade de formas com que a energia se apresenta, acredita-se que todas elas se originam de apenas três tipos de interações fundamentais da natureza, são elas: a gravitacional, a eletromagnética e a nuclear. A interação gravitacional apresenta uma magnitude proporcional às massas envolvidas, não sendo significativa no mundo subatômico, mas em uma escala proporcional ao domínio do sistema solar, sem dúvida, é a força dominante. A força gravitacional é uma importante fonte de energia diretamente utilizável como, por exemplo, a energia hidráulica e a energia das marés. As interações eletromagnéticas e nucleares ocorrem em nível subatômico e subnuclear. São interações entre elétrons, entre elétrons e núcleos, e entre os próprios constituintes dos núcleos atômicos. Estas interações geram, direta ou indiretamente, a maior parte das formas em que a energia se manifesta. 2.1 ENERGIAS PRIMÁRIA, SECUNDÁRIA, FINAL E ÚTIL As fontes de energia se caracterizam por apresentar uma disponibilidade natural de energia, mas que em raras situações se apresenta diretamente na forma como pode ser utilizada. Em geral, no uso da energia, são necessárias transformações ou conversões de uma forma de energia em outra. A energia, na forma direta como é provida pela natureza, é definida como energia primária. As principais fontes de energia primária são hidrelétricas, o petróleo, o gás natural, o carvão mineral, o minério de urânio, os resíduos (vegetais e animais), a energia eólica e a energia solar. A maioria das fontes de energia primária não é consumida diretamente, sendo transformada em outra forma de energia. Define-se energia secundária como a resultante dos diferentes centros de transformação, tendo como destino os diversos setores de consumo ou, eventualmente, outro centro de transformação. A energia final, por sua vez, é definida como a energia na forma como é recebida pelo usuário nos diferentes setores, seja na forma primária, seja na forma secundária. ASPECTOS FUNDAMENTAIS DE PLANEJAMENTO ENERGÉTICO 3

9 A energia final apenas representa a forma em que a energia é comercializada. Nos setores de consumo ainda é necessário converter a energia final para o atendimento das necessidades de iluminação, força motriz, calor de processo etc. A energia na forma em que é demandada pelos consumidores recebe o nome de energia útil. A Figura 1 exemplifica os conceitos apresentados para um processo de geração de energia elétrica a partir da queima de carvão mineral e posterior utilização final sob a forma de iluminação. FIGURA 1 EXEMPLO DE CADEIA ENERGÉTICA PARA O CARVÃO MINERAL Modo de extração Mina de Carvão Energia Primária Carvão Tecnologia de Transformação Usina Elétrica Energia Secundária Eletricidade Tecnologia de Distribuição Rede de Eletricidade Energia Final Eletricidade Tecnologia de Uso Final Lâmpada Serviço de Energia Iluminação Fonte: SAIDEL e FADIGAS, FONTES RENOVÁVEIS E NÃO RENOVÁVEIS Algumas formas de energia podem ser repostas em períodos relativamente curtos ou seu uso pelo homem não implica necessariamente na sua exaustão. O álcool proveniente da cana-de-açúcar, por exemplo, pode ser obtido continuamente em sucessivas safras, desde que haja uma utilização racional do solo, não provocando uma degradação do mesmo. A energia elétrica obtida por ASPECTOS FUNDAMENTAIS DE PLANEJAMENTO ENERGÉTICO 4

10 geração hídrica também pode ser considerada uma forma renovável de energia, pois seu uso não implica na exaustão da água ou qualquer outro recurso. Outros exemplos de formas de energia que podem ser consideradas renováveis são a energia obtida a partir de células fotovoltaicas, a energia eólica, a energia das marés ou mesmo a energia obtida por óleos vegetais. Estes últimos tanto podem ser utilizados como combustíveis em motores especiais ou adicionados ao óleo diesel e utilizados em veículos movidos a biodiesel. No caso de algumas formas de energia, no entanto, suas reposições naturais podem levar períodos de tempo muito elevados e suas reposições artificiais são impraticáveis (JANUZZI, 1997). Combustíveis fósseis tais como o petróleo, o gás natural e o carvão mineral, por exemplo, são produzidos na natureza sob condições bastante específicas, em processos naturais que levam milhares de anos. A utilização destes energéticos, dados os ritmos atuais de consumo, em algum momento implicará na exaustão dos mesmos ou na impossibilidade econômica de seu uso, dado o aumento de preço resultante de sua raridade. 2.3 PRINCÍPIOS BÁSICOS DA TERMODINÂMICA Nas conversões da energia entre as diversas formas possíveis, em geral de seu estado inicial encontrado na natureza para formas mais apropriadas ao atendimento das necessidades dos consumidores, normalmente perde-se parte de seu possível aproveitamento. As conversões de energia são regidas pelos princípios básicos da termodinâmica. O primeiro princípio, conhecido como Princípio da Conservação da Energia ou Primeira Lei da Termodinâmica, estabelece que a quantidade de energia de um sistema isolado, isto é, um sistema que não troca nem matéria nem energia com o ambiente, permanece constante. Assim, em um sistema isolado a quantidade de energia total permanece inalterada, embora as formas em que a energia se apresenta possam mudar. Logo, a energia não pode ser criada ou destruída, apenas convertida de uma forma pra outra. É interessante observar que uma importante conseqüência do Princípio da Conservação da Energia, segundo RADOVIC (2005), é que o fornecimento de calor ou a realização de trabalho modificam de forma equivalente, em termos quantitativos, a energia de um sistema. Assim, o Primeiro Princípio não fornece uma distinção qualitativa entre calor e trabalho, ou entre outras formas de energia. Já o Segundo Princípio da Termodinâmica estabelece que a energia vai perdendo a sua qualidade ao longo da cadeia energética, sendo esta qualidade explicitada através da capacidade de realizar trabalho. Desta forma, a quantidade total da energia em um sistema isolado permanece sempre constante, de acordo com o Primeiro Princípio, entretanto a quantidade de energia disponível pode diminuir. ASPECTOS FUNDAMENTAIS DE PLANEJAMENTO ENERGÉTICO 5

11 2.4 RENDIMENTO DAS CONVERSÕES ENERGÉTICAS A partir da Segunda Lei da Termodinâmica é possível compreender que ao longo das possíveis conversões da energia, objetivando tanto o transporte quanto a utilização pelos usuários finais, parte da energia inicialmente disponível pode não ser mais aproveitada. A Figura 2 ilustra o processo. O conceito de rendimento energético busca mensurar o quanto da energia ainda pode ser aproveitada após um processo de conversão e qual a parcela que se transforma em outra forma com menor possibilidade de utilização como, por exemplo, calor. Quanto maior o rendimento da conversão, menores as perdas existentes, sendo estas entendidas como refletindo a impossibilidade de utilização de uma parcela da energia inicial na entrada do processo de conversão. FIGURA 2 PROCESSO ESQUEMÁTICO DE CONVERSÃO DA ENERGIA Energia na forma original Conversão da energia Energia na forma como pode ser mais facilmente utilizada ou transportada Energia não aproveitada Fonte: elaboração própria. O rendimento de um processo de conversão de energia sempre será inferior ou, no máximo, igual a um. Quanto menos eficiente for o processo de conversão, menor será o rendimento e, conseqüentemente, menor será a parcela da energia que poderá ser aproveitada. Rendimento = enegia na forma como pode ser mais facilmente energia na forma original usda ou transporta da O conceito de uso eficiente da energia engloba uma série de práticas e conhecimentos que visam minimizar as perdas na conversão e no uso da energia. Implica na busca dos mesmos padrões de conforto, da mesma quantidade de bens produzidos e da mesma qualidade nos serviços prestados, mas com um menor consumo de energia, via redução das perdas e dos desperdícios. ASPECTOS FUNDAMENTAIS DE PLANEJAMENTO ENERGÉTICO 6

12 3 ENERGIA E DESENVOLVIMENTO Há uma visão tradicional que associa o consumo energético de um país com o nível de desenvolvimento deste. Países com maior intensidade energética, definida como a razão entre o consumo energético e o PIB, seriam mais desenvolvidos que outros com menor intensidade. Esta visão, no entanto, é simplista e incompleta, pois omite uma série de questões importantes, principalmente relacionadas ao próprio conceito de desenvolvimento e sua sustentabilidade. As discussões buscando qualificar a questão do desenvolvimento evoluíram bastante ao longo do tempo. Segundo LA ROVERE (1984), após a Segunda Guerra Mundial os neoclássicos associavam o desenvolvimento de um país ao seu crescimento econômico. Esta escola de pensamento econômico pregava que as vantagens comparativas que certos países possuiriam em relação a outros, justificando a especialização da produção, tenderiam a reduzir as desigualdades entre os povos. Tanto os chamados Estruturalistas quanto os adeptos da Teoria da Dependência, nas décadas de 50 e 60, respectivamente, contestavam os conceitos principais apresentados pelos neoclássicos. Estas escolas buscaram mostrar a deterioração das bases de trocas, a especialização na exportação de matérias-primas e as próprias desigualdades internas nos países como impedimentos para a redução das diferenças existentes. No entanto, não questionavam as premissas básicas relacionadas ao crescimento econômico e ao desenvolvimento. 3.1 ECODESENVOLVIMENTO E DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL As primeiras discussões efetivas, analisando de forma qualitativa o desenvolvimento e mostrando as restrições ambientais e energéticas resultantes dos estilos de crescimento então vigentes, surgiram apenas na década de 70. O conceito de ecodesenvolvimento surgiu com a constatação de que crescimento econômico, desenvolvimento e meio ambiente são variáveis intrinsecamente relacionadas e que devem ser avaliadas sob a perspectiva da melhora das condições de vida dos povos. O conceito de Desenvolvimento Sustentável, por sua vez, surgiu com as mesmas bases do ecodesenvolvimento, mas agregando a noção da responsabilidade que as gerações atuais devem ter para com as gerações futuras, observando a preocupação com a própria sobrevivência da humanidade. A relevância desta interpretação para o conceito de desenvolvimento surge na medida em que não há uma forma de transformação ou uso da energia que não provoque algum tipo de agressão ao meio ambiente. Os padrões de crescimento historicamente adotados pelos países de economia madura foram marcados pela utilização intensiva de fontes energéticas não renováveis e por diversos problemas ambientais, em maior ou menor escala. A possibilidade de utilização de ASPECTOS FUNDAMENTAIS DE PLANEJAMENTO ENERGÉTICO 7

13 tecnologias mais limpas e eficientes nas transformações e no uso da energia é um caminho que deve ser sempre observado. Uma outra questão relevante diz respeito ao próprio entendimento do que é desenvolvimento e de qual a função da energia ao longo do caminho para que este seja atingido. O desenvolvimento deve ser entendido não como o aumento da riqueza, medida cartesianamente pelo crescimento do PIB, mas pela evolução favorável de um conjunto de parâmetros que procurem mensurar efetivamente o bem estar do povo. Para tal, certamente o Índice de Desenvolvimento Humano 1 (IDH) e o Índice de Gini 2 são muito mais apropriados que a simples medida do PIB. Com relação à importância da energia neste processo, BRITO (1985, p.562) faz uma interessante observação sobre o consumo energético dos países em desenvolvimento: [...] ligadas a uma dissolução real entre consumo de energia e desenvolvimento. A energia não mais estaria sendo utilizada prioritariamente, nestes países, em função da construção de uma infra-estrutura de suporte para o desenvolvimento, mas em função de necessidades externas o que caracteriza o desenvolvimento do tipo colonial, por oposição ao desenvolvimento autônomo realizado pelas grandes potências européias nos séculos XVIII e XIX. FIGURA 3 PERCENTUAL DA POPULAÇÃO COM ACESSO A ENERGIA ELÉTRICA NO MUNDO Fonte: ONU 1 O IDH avalia o desenvolvimento de uma nação não apenas pela renda, mas principalmente pela incorporação na análise de variáveis como educação e longevidade. O índice varia de zero (nenhum desenvolvimento humano) a um (desenvolvimento humano total). 2 O Índice de Gini busca medir o grau de concentração da renda disponível, variando de zero (perfeita igualdade) a um (a desigualdade máxima) ASPECTOS FUNDAMENTAIS DE PLANEJAMENTO ENERGÉTICO 8

14 A importância do assunto emerge da análise do cenário energético mundial, onde observa-se tendência de aumento do consumo de energia, dado que ainda há boa parte da população mundial sem acesso aos serviços de energia conforme ilustrado na Figura 3. No entanto, é sabido que o aumento do consumo de energia, mimetizando o padrão norte americano, implicará em uma série de investimentos e atividades que resultarão em um processo de degradação ambiental irreversível (poluição, chuva ácida, aquecimento global). Alternativamente poderia se buscar um padrão de desenvolvimento menos intensivo em energia. A cópia de estilos de desenvolvimento baseados na imitação de trajetórias seguidas pelos países de economias maduras, não garante a melhoria das condições de vida da população ou a preservação do meio ambiente. Embora esses países tenham consumido mais energia ao longo do seu processo de industrialização, a existência, hoje, de tecnologias mais limpas e eficientes mostra a possibilidade de conciliar energia e desenvolvimento. FIGURA 4 RELAÇÃO INTENSIDADE ENERGÉTICA X DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO Fonte: BERRAH (apud TOLMASQUIM (1990) e MATSUDO (2001)). Nesse sentido é válido destacar as considerações de BERRAH (apud TOLMASQUIM (1990) e MATSUDO (2001)), segundo as quais os países em vias de desenvolvimento deveriam buscar uma trajetória em forma de túnel, conforme mostrado na Figura 4, atingindo o estágio Pós-Industrial sem mudanças significativas nos consumos energéticos nas fases intermediárias. O crescimento econômico não necessariamente implica na utilização dos mesmos energéticos, das mesmas tecnologias, do mesmo padrão de industrialização e, principalmente, na existência dos mesmos problemas ambientais enfrentados pelos países de economia madura. O efeito túnel pode ser ASPECTOS FUNDAMENTAIS DE PLANEJAMENTO ENERGÉTICO 9

15 viável através de inovações tecnológicas e de padrões de consumo que não mimetizem os padrões dos países desenvolvidos. A busca do desenvolvimento sustentável consiste em um enorme desafio para as nações. Para tanto, as atividades de planejamento tornam-se imperativas. O fornecimento de serviços de energia sustentáveis requer que a energia seja produzida e utilizada de maneira a promover o desenvolvimento humano em todas as suas dimensões, sejam elas social, econômica e ambiental. ASPECTOS FUNDAMENTAIS DE PLANEJAMENTO ENERGÉTICO 10

16 4 A IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO ENERGÉTICO NO BRASIL 3 O planejamento do setor energético é fundamental para assegurar a continuidade do abastecimento e/ou suprimento de energia ao menor custo, com o menor risco e com os menores impactos sócio-econômicos e ambientais para a sociedade brasileira. Dito de outra forma, a falta do planejamento energético pode trazer conseqüências negativas, com reflexos em termos de elevação de custos e/ou degradação na qualidade da prestação do serviço, tais como racionamentos ou excessos de capacidade instalada, produção ineficiente, etc. Enfim, tanto as características técnicas e econômicas como o escopo e a complexidade dos aspectos envolvidos no funcionamento da indústria de energia explicam a importância do planejamento do setor energético. Com relação aos aspectos técnicos e econômicos, deve-se destacar que o setor de energia possui segmentos com características de monopólio natural 4 e de indústria de rede 5, como, por exemplo, o segmento de transmissão e distribuição do setor elétrico, o segmento de transporte e distribuição de gás natural. Alguns segmentos da cadeia da indústria do petróleo também apresentam características de oligopólio. A estrutura em rede gera economias de escopo, de escala e de coordenação e requer a operação centralizada dos serviços. No caso do setor elétrico existem outras especificidades adicionais, como as dificuldades técnicas e altos custos da estocagem de energia elétrica, que determinam a estruturação de produção e logística para o atendimento instantâneo da demanda. No setor elétrico além das características descritas acima o planejamento é essencial em função dos seguintes aspectos: Base hidrelétrica, com usinas em cascata de propriedades distintas; 3 Extraído do documento de Cenários para o Planejamento Energético elaborado pela EPE em abril de Um monopólio é dito natural quando o nível de produção suficiente (ou quase suficiente) para abastecer todo o mercado demandante ocorre ao mínimo custo médio de produção (FERGUNSON, 1989). As características típicas de um monopólio natural são: i) capital intensivo e economia de escala, ii) incapacidade de estocagem e demanda flutuante, iii) presença de rendas de localização, iv) serviço ou produto essencial para os consumidores, v) presença de conexão direta com os consumidores (NEWBERY, 1994, p.7). 5 Já as Indústrias de rede são aquelas dependentes de malhas para transportar mercadorias para o consumidor. Geralmente este tipo de indústria apresenta características como: (1) a necessidade de equilíbrio em curto prazo entre oferta e demanda, dada a dificuldade técnica de estocagem; considerável imprevisibilidade da demanda no curtíssimo prazo, levando à necessidade de manter uma capacidade instalada ociosa; investimento inicial alto e custos irrecuperáveis; redes com interconexões fixas, reduzindo a flexibilidade do consumidor na escolha de fornecedores (economias de coordenação); (2) as externalidades diretas e indiretas resultando em economias de escala; (3) a presença de mono e multi funcionalidade da rede resultando em economias de escopo; (4) as características de bem-público associadas aos serviços em rede, que resultam na dificuldade de diferenciação e cobrança dos serviços, principalmente daqueles relacionados às propriedades emergentes (anciliares); (5) a presença ou tendência de concentração de mercado (integração vertical para frente e para trás) devido aos incentivos para redução de custos de transação e para otimizar comportamentos estratégicos (KUNNEKE, 1999). ASPECTOS FUNDAMENTAIS DE PLANEJAMENTO ENERGÉTICO 11

17 Elevada intensidade de capital; Longa maturação dos investimentos; Grandes interligações e; Grandes incertezas (hidrológicas, no crescimento da demanda etc.). Como a eletricidade é um fluxo, o tempo e o espaço são dimensões importantes na caracterização da escala e do escopo dos processos de produção e transporte. A operação com níveis mais elevados de potência permite a exploração de economias de escala e a exploração de economias de escopo 6. Embora os processos de geração e de utilização de energia elétrica sejam simultâneos, eles não ocorrem no mesmo espaço físico. Desta forma, a integração temporal entre esses processos deve corresponder a uma integração espacial para que haja continuidade do fluxo no tempo e no espaço. Sendo assim, a capacidade de transporte tem impactos significativos na introdução de concorrência na cadeia de valor da indústria de eletricidade. Um atributo técnico-econômico fundamental do setor é o equilíbrio físico, que requer a coordenação do sistema, já que as suas partes operam com forte interdependência. A geração de energia elétrica pode ser obtida por meio de várias tecnologias com diferentes custos e impactos sócio-ambientais, como por exemplo, a hidráulica, a térmica a gás, etc. No caso da hidroeletricidade, o seu insumo é um fluxo aleatório baseado no regime de chuvas, o que implica em uma complexidade no planejamento do parque gerador. A utilização do gás natural, um dos insumos das usinas termelétricas, pode ser contratualmente adquirida como um fluxo não aleatório. A necessidade de planejamento também deriva do escopo e da complexidade do sistema energético, incluindo os diferentes atores responsáveis pela evolução do setor, tanto do lado da oferta quanto do lado da demanda. Em especial os formuladores de política e as agências reguladoras são atores com grande poder institucional sobre as variáveis do sistema. Suas decisões trazem impactos para todos os agentes e influenciam sobremaneira o futuro dos sistemas. Essas decisões, na maioria das vezes, são tomadas perante um ambiente de incertezas e necessitam de processos sistemáticos de apoio à decisão, em especial sobre as perspectivas de futuro. De fato, o futuro é incerto e não pode ser previsto com exatidão e segurança, sendo na verdade o resultado de descontinuidades, rupturas e inflexões do padrão passado, altamente influenciado por novos fatos portadores de futuro e fruto de uma construção social, resultado dos interesses e estratégias dos atores sociais. 6 A economia de escala do setor elétrico advém da possibilidade de diluição de custos fixos de empresas com alta capacidade instalada. As economias de escopo, por sua vez, ocorrem devido à possibilidade de venda de serviços diferentes utilizando a mesma base de ativos. ASPECTOS FUNDAMENTAIS DE PLANEJAMENTO ENERGÉTICO 12

18 4.1 BREVE HISTÓRICO DO PLANEJAMENTO ENERGÉTICO NO BRASIL No setor energético, a importância do planejamento foi evidenciada a partir do primeiro choque do petróleo na década de 70. Nessa época ficou evidente que a energia seria um setor crítico da economia, indispensável para alavancar o crescimento econômico e capaz de refreá-lo. A consciência desse fato levou os países a examinarem as atividades do planejamento no setor energético. Na maioria dos casos, concluiu-se que o planejamento era feito basicamente no setor de eletricidade, carvão e petróleo enquanto o planejamento de fontes renováveis era praticamente inexistente. Com a eletricidade dominando a cena, as atenções dos governantes eram centradas na garantia de suprimento a mínimo custo para atender à crescente demanda. De acordo com CODONI et al. (1985), isso resultou em uma coleção de planos desagregados de investimentos no setor elétrico com desvantagens que merecem destaque tais como conflitos de objetivos inter setoriais, sub otimização inter setorial (predominância de geração de eletricidade por combustíveis fósseis onde poderiam ser usados recursos renováveis) e ausência de mecanismos capazes de tratar as interfaces entre as questões ambientais e energéticas por exemplo. O Brasil representa claramente essa situação. De acordo com JANNUZZI (1997), o preço do petróleo durante os anos 70 determinou maiores esforços do Brasil em termos de redução da dependência externa desse combustível, com a canalização de investimentos para exploração, produção nacional e maior uso de hidroeletricidade. Programas de substituição de combustíveis como o Programa Nacional do Álcool (Proalcool) foram iniciados com o objetivo de aumentar a produção doméstica de combustível como uma mercadoria estratégica. Por anos o planejamento energético no Brasil era restrito aos Planos para o setor elétrico desenvolvidos pela Eletrobrás, e pelo planejamento do setor petrolífero realizado pela Petrobrás. O objetivo dos Planos da Eletrobrás era atender à demanda de energia elétrica a mínimo custo. Partiam de modelos do tipo top-down para estimar a demanda futura, e com isso planejavam a expansão da oferta e dos sistemas de transmissão. O modelo tradicional de planejamento consistia portanto nos seguintes passos: a) projeção do crescimento da demanda; b) planejamento da expansão; c) análise do custo de produção; d) satisfação da demanda pelo menor custo. Nos anos 70 as projeções da demanda eram baseadas em modelos econométricos que essencialmente extrapolavam relações econômico-energéticas para o futuro. Essas projeções indicavam invariavelmente um crescimento muito alto da demanda de energia. ASPECTOS FUNDAMENTAIS DE PLANEJAMENTO ENERGÉTICO 13

19 Estudos posteriores levaram ao desenvolvimento da metodologia bottom-up, envolvendo modelos mais desagregados com intuito de melhorar a qualidade das projeções da demanda. O objetivo das análises do tipo bottom-up era criar uma descrição quantitativa da estrutura tecnológica da conversão e do uso da energia Essas análises concluíram que muitos bens e serviços energo-intensivos estavam atingindo pontos de saturação nos países industrializados e que técnicas mais avançadas tornaram-se disponíveis. Nos anos 90 já havia ampla utilização de sistemas inteligentes no planejamento da expansão tais como algoritmos genéticos, lógica fuzzy, redes neurais e técnicas de simulated annealing. ASPECTOS FUNDAMENTAIS DE PLANEJAMENTO ENERGÉTICO 14

20 5 PLANEJAMENTO INTEGRADO DE RECURSOS - PIR O fortalecimento da dimensão ambiental com o agravamento do problema das mudanças climáticas e o aumento das preocupações sociais refletiu sobre o planejamento energético dando origem ao conceito de Planejamento Integrado de Recursos PIR. O PIR passou a ser aplicado nos setores elétrico e de gás canalizado a partir de meados de 80 em alguns países como EUA, Canadá e Dinamarca. A associação do PIR com o desenvolvimento ambiental é bastante conhecida conforme apontado por D SA (2005). Uma de suas propostas originais é a de incluir os custos de proteção ambiental bem como os riscos à saúde associados à produção e uso de energia no processo de planejamento. A inclusão dos custos atuais (custos de controle de poluição) ou valores aproximados (como sobretaxas sobre impactos negativos) na comparação dos custos resulta em opções mais claras, relativamente mais baratas e portanto mais atrativas no escalonamento de mínimo custo. GALVÃO et al. (1996) define o PIR como um processo contínuo, de tal modo que o desenvolvimento seja harmonioso, tanto na preservação do ambiente como na melhoria da qualidade de vida da população usando tanto quanto possível os recursos da própria região. Em se tratando de um conceito relativamente novo, vale destacar também a definição de PIR do AWWA (American Water Works Association): PIR é uma forma compreensiva de planejamento que envolve análises de custo mínimo do lado da oferta e opções de gerenciamento da demanda bem como um processo de tomada de decisão aberto e participativo, desenvolvendo alternativas que incorporem a qualidade de vida das comunidades e os aspectos ambientais. O PIR leva em consideração todos os custos diretos e indiretos, benefícios do gerenciamento pelo lado da demanda, gerenciamento e expansão da oferta através de cenários alternativos, análises multi-critério, envolvimento da comunidade no planejamento, na decisão e na implementação do processo, considerando benefícios sócio-ambientais. Através da análise de custo total mínimo para os serviços de energia, o PIR tende a facilitar a extensão dos serviços àqueles que atualmente não tem acesso aos mesmos. Com isso, contribui diretamente na promoção do desenvolvimento social. BAJAY e LEITE (2004) ressaltam que uma característica marcante do PIR é a preocupação em se realizar análises de riscos e incertezas mais abrangentes em função dos dados e informações disponíveis. Além disso, o PIR permite incorporar na seleção dos investimentos a serem feitos pelos agentes setoriais, preocupações e prioridades dos próprios agentes, do governo, do órgão regulador, dos consumidores, de grupos ambientalistas e de outras organizações não governamentais interessadas na evolução do setor. A Figura 5 representa os passos a serem seguidos na lógica do PIR. ASPECTOS FUNDAMENTAIS DE PLANEJAMENTO ENERGÉTICO 15

21 FIGURA 5 PROCESSO ESQUEMÁTICO DO PLANEJAMENTO INTEGRADO DE RECURSOS Delimitação dos Objetivos Considerações Políticas (efeitos no ambiente e na economia regional) Levantamento dos Recursos Existentes Previsão da Demanda Identificação das Opções Avaliação Sócio- Econômica- Ambiental Curvas de Custo das Alternativas + Conservação Ranking dos Recursos por Custo e por Risco Determinação do Portfolio Final pelo Custo Mínimo Total Programas de Eficiência Energética Plano de Ação Oferta Integrada Fonte: elaboração própria. Antes do PIR, a abordagem tradicional do planejamento considerava basicamente apenas opções de oferta e mesmo assim essas eram limitadas por algumas tecnologias dominantes numa perspectiva de análise de custo-benefício. A abordagem do PIR difere do Planejamento Tradicional porque inclui os custos das externalidades que afetam a sociedade como por exemplo o custo da mitigação dos impactos ambientais. Além disso, o PIR é uma abordagem tecnologicamente neutra, tratando as opções tanto do lado da demanda como da oferta com a mesma importância. O enfoque integrado entre oferta e demanda para ampliação dos serviços de energia, concentra-se na minimização dos custos totais gerando um planejamento flexível que contempla incertezas de origens variadas e se adapta mais facilmente às mudanças do ambiente. ASPECTOS FUNDAMENTAIS DE PLANEJAMENTO ENERGÉTICO 16

22 No PIR todas as alternativas de oferta passam a ser consideradas, além de ações de gerenciamento do lado da demanda, através de um planejamento de objetivos e critérios, o que torna o processo transparente e participativo em contraste com a abordagem do planejamento tradicional. Particularmente em um país com um parque gerador predominantemente hidroelétrico, o PIR se aplica também para permitir a otimização dos usos múltiplos dos recursos hídricos sejam eles, geração de energia elétrica, irrigação, navegação, abastecimento industrial e lazer. Oferece portanto uma oportunidade para os planejadores de tratar questões complexas de forma estruturada e transparente, promovendo maior compreensão das partes interessadas e melhores condições para um planejamento regional efetivo. O primeiro passo do PIR consiste na identificação dos objetivos, que devem ser explicitados de maneira clara e formulada em termos quantitativos. Os critérios que irão determinar o atendimento a cada objetivo devem ser definidos. A política e o planejamento nacional irão afetar os objetivos no planejamento regional. Entre os objetivos mais comuns para um PIR destacam-se: confiabilidade dos serviços de energia; expansão do acesso aos serviços de energia; (eletrificação, por exemplo) minimização dos impactos ambientais; melhoria na qualidade dos serviços energéticos (redução de interrupções, por exemplo) melhor aproveitamento dos recursos existentes na região; diversificação da oferta; aumento da eficiência energética; minimização dos custos, de externalidades inclusive; desenvolvimento social; geração de empregos; desenvolvimento tecnológico; aquisição de flexibilidade. O passo seguinte consiste no levantamento dos recursos disponíveis. Deverão ser consideradas todas as alternativas de suprimento de necessidades energéticas na região. A organização dos dados, como em qualquer processo de planejamento é crucial para o PIR, e a coleta e refinamento dos dados são parte do exercício do planejamento mais do que uma pré-condição para o mesmo. Do lado da demanda, deverão ser analisadas as alternativas mais adequadas para o suprimento das necessidades energéticas. A seguir, projeções de longo prazo da demanda deverão ser conduzidas, analisando a necessidade de aumento da capacidade instalada, que fontes de geração se aplicam, bem como sua localização geográfica. ASPECTOS FUNDAMENTAIS DE PLANEJAMENTO ENERGÉTICO 17

23 Diversos tipos de dados podem ser levantados para auxiliar nessas projeções como por exemplo dados de consumo por classe e por região, dados e projeções econômicas e demográficas e dados de uso final da energia. O PIR auxilia no processo de tomada de decisões e, mais do que isso, é uma ferramenta que pode ser usada para gerenciamento de crises energéticas nos países desenvolvidos, tais como dificuldades de acesso aos serviços de energia, recursos financeiros insuficientes para investimentos em setores não lucrativos, sistemas de transmissão e distribuição precários e proteção ambiental inadequada. (D SA, 2005) 5.1 TIPOS DE MODELOS DE PROJEÇÃO A projeção do consumo e da oferta de energia é uma tarefa que engloba uma série de áreas de conhecimento e uma grande quantidade de variáveis envolvidas. Dada a abrangência necessária, são utilizados modelos matemáticos que descrevem as cadeias energéticas, desde a extração das fontes até o seu uso final, passando pela produção, conversão, distribuição e armazenamento. Existem basicamente duas abordagens distintas em que se baseiam as ferramentas construídas para a análise do sistema energético, são elas as abordagens bottom-up e top-down. Estas duas abordagens diferem-se basicamente no nível de agregação dos modelos Modelos Bottom-Up Nos modelos bottom-up busca-se fazer uma descrição detalhada da estrutura tecnológica da conversão e do uso da energia, considerando uma representação bastante desagregada da economia. Com esses modelos é possível identificar potenciais tecnológicos, taxas de reposição de equipamentos e requisitos de capital. Os modelos bottom-up podem ainda ser classificados em modelos de otimização, modelos de simulação e modelos paramétricos, dependendo da forma como os dados são tratados. Os modelos de otimização identificam soluções de mínimo custo para sistemas energéticos, considerando um determinado conjunto de restrições, tais como de disponibilidade tecnológica, de igualdade entre a oferta e a demanda, restrições ambientais, de investimento, entre outras. Tais modelos permitem definir trajetórias de crescimento, porém são limitados para analisar escolhas políticas, pois assumem que a energia é o único fator de escolha. MARKAL, MESSAGE e NEWAVE são alguns exemplos de modelos energéticos de otimização. Por sua vez, os modelos de simulação determinam o comportamento dos consumidores e dos produtores em relação à energia, a partir da variação de preços, renda e progresso tecnológico. Normalmente determinam o equilíbrio do mercado a partir de uma abordagem iterativa, por isso esses modelos não são limitados pelo comportamento ótimo dos agentes. Entretanto, as relações entre os agentes econômicos podem ser controversas e difíceis de parametrizar. As projeções também são bastante sensíveis às condições e aos parâmetros iniciais. NEXUS e Stella são exemplos de modelos que utilizam essa abordagem. ASPECTOS FUNDAMENTAIS DE PLANEJAMENTO ENERGÉTICO 18

24 Finalmente, os modelos paramétricos, também conhecidos como modelos contábeis, são aqueles nos quais as projeções energéticas são fortemente baseadas em especificações determinadas pelo próprio usuário. A principal função destes modelos é gerenciar dados e resultados, por isso são bastante úteis para identificar possíveis resultados de políticas energéticas. Normalmente esses modelos são mais simples e flexíveis, porém podem gerar soluções inconsistentes. Leap, MIPE e MAED são exemplos de modelos contábeis Modelos Top-Down Nos Modelos top-down, também chamados de modelos econômicos, a economia é representada de forma bastante agregada. Estes modelos não consideram explicitamente a estrutura tecnológica do país, representando de forma muito simplificada o consumo energético por meio de poucas equações. Tais modelos são válidos apenas para a análise de grupos homogêneos de consumidores, pois utilizam análise estatística para encontrar as relações entre os indicadores usados. Como ponto positivo, no entanto, deve-se considerar que esse grupo de modelos apresenta uma boa consistência entre oferta e demanda de energia. SGM e IMACLIM são exemplos de modelos top-down Aplicação dos Modelos de Projeção Em função das limitações existentes nas duas metodologias, bottom-up e top-down, nos últimos anos foram desenvolvidos modelos que buscavam incorporar alguns aspectos dos dois grupos. No entanto, os chamados modelos híbridos, no fundo, são modelos bottom-up que consideram de forma mais consistente alguns parâmetros econômicos ou são modelos top-down que apresentam algum detalhamento das tecnologias na oferta e/ou na demanda de energia. É importante frisar que os modelos nada mais são que ferramentas matemáticas que buscam representar as relações econômicas e energéticas de um dado sistema, região ou país. Dado o elevado número de variáveis envolvidas, há a necessidade de simplificar tanto quanto possível toda uma rede de parâmetros dinâmicos, considerando todas as limitações decorrentes de tais simplificações. Além disso, a qualidade e a abrangência das informações utilizadas limita bastante a qualidade dos resultados. Assim, os modelos são bons apenas se os dados nele inseridos representam de fato o contexto analisado e se as simplificações adotadas não foram excessivas. 5.2 ANÁLISE PROSPECTIVA DE CENÁRIOS Normalmente recomenda-se uma análise de cenários das projeções capaz de nortear políticas energéticas diante de premissas e hipóteses variadas. GODET (1993) define cenário como o conjunto formado pela descrição coerente de uma situação futura e pelo encaminhamento dos acontecimentos que permitem passar da situação de origem à situação futura. Cenários prospectivos, portanto, têm a finalidade de nortear as decisões. É um método de decisão sob incerteza que auxilia as ações estratégicas, inclusive na identificação de oportunidades e ameaças, forças e fraquezas e, neste sentido, permite o diagnóstico das competências a serem fomentadas. ASPECTOS FUNDAMENTAIS DE PLANEJAMENTO ENERGÉTICO 19

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