Exemplo de Frequência /Examede Economia II Soluções 1. Grupo I(Teóricas)
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- João Guilherme Júlio César Carvalhal Capistrano
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1 1 Exemplo de Frequência /Examede Economia II Soluções 1 Grupo I(Teóricas) Pergunta 1(Obrigatória). Pontos que aresposta deverá conter: ² A chave da resposta é a compreensão da taxa de câmbio real: E r =(P x /P )E ² Afrase écorrecta se os preços do exterior (P x ) einternos (P ) se mantiverem constantes ² Não é correcta, se a variação de E for acompanhada por uma variação proporcional em P, ou inversamente proporcional em P x Pergunta 2(A). Pontos que aresposta deverá conter: ² Variáveis nominais são variáveis cujos valores são medidos apreços correntes de mercado ² Variáveisreaissãovariáveisexpressasemtermosmonetáriosmasmedidasapreçosconstantes. ² Portanto, as variáveis reais são calculadas retirando ain ação às variáveis nominais através da utilização de índices de preços. ² Os índices de preços que estudámos foram três: índices de base xa: Laspeyres, Paashe efisher índices de base móvel (ou em cadeia): Fisher em cadeia 1 Atenção: As respostas às questões teóricas apenas indicam os pontos que aresposta deve abordar. Por outro lado, as soluções dos exercícios estão apresentadas de forma detalhada com oobjectivo de poderem ser também úteis em futuro estudo. Por isso as soluções que seriam esperadas num teste escrito àmão podem edevem ser necessariamente mais sintéticas.
2 2 Pergunta 3(B). Pontos que aresposta deverá conter: ² Aumento de i implica uma diminuição de Q d ² Porque um aumento de i causa: diminuição do consumo das famílias (C) diminuição do investimento das empresas (I) Pergunta 4(C). Pontos que aresposta deverá conter: ² Um dé ce da balança de pagamentos éequivalente auma variação negativa das reservas líquidas sobre oexterior RLX <0 ² Esta redução provoca uma redução da BM ² Uma redução da BM leva, através do processo do multiplicador monetário, auma redução de maior montante da Massa Monetária. Pergunta 5(D). Pontos que aresposta deverá conter: ² A chave da resposta é a compreensão de que a função LM é endogenamente determinada num regime de câmbios xos e mobilidade perfeita de capitais, e que a política monetária é totalmente ine caz neste contexto. Isto implica que a taxa de juro interna terá de ser mantida igual à taxa de juro externa (e portanto, inalterada)... ² A política e caz é a scal (a política cambial também é e caz mas nada é referido sobre apossibilidade de desvalorização cambial, pelo que...). ² Para se alcançar oobjectivo de uma expansão da procura agregada, ogoverno terá de implementar uma política scal expansionista, aumentando (por exemplo) os gastos públicos. Vejamos o que acontece (vide Figura 1) Ponto inicial de equilíbrio macro anível interno eexterno éa Por exemplo, imponha uma expansão scal. IS desloca se para adireita
3 3 i IS 0 IS 1 LM 0 LM 1 i = i x * A B C BP Q d 0 Q d 1 Q d Figura 1: Taxa de juro interna (dada pelo ponto B) torna se superior àtaxa de juro externa Entram capitais do exterior, oque implica uma tendência para aapreciação da moeda nacional OBanco Central, para parar aapreciação da moeda nacional, tem de vender moeda nacional contra moeda estrangeira, oque leva aum deslocamento da LM para adireita, eno sentido do ponto C Apressão para aapreciação só termina quando alm tiver alcançado oponto C, ou seja quando ataxa de juro interna voltar aser igual àtaxa externa
4 4 Grupo II -obrigatório (Modelo de Mundell-Fleming) 1. Num regime de perfeita mobilidade de capitais, para que omercado cambial esteja em equilíbrio, ataxa de juro interna tem de ser igual àtaxa de juro internacional (corrigida pela taxa de apreciação esperada da moeda estrangeira). Caso contrário ocorreriam grandes movimentos de capital que desequilibrariam este mercado. Portanto i = i x =0.1 Como estamos num regime de câmbios exíveis aofertade moeda éexógena eportanto está xa no valor dado no enunciado. Como temos ovalor da oferta de moeda, podemos obter aexpressão da LM. Substituindo ovalor da taxa de juro interna de equilíbrio na função LM, podemos obter o nível de procura agregada de equilíbrio. Partindo da condição de equilíbrio no mercado monetário podemos obter aexpressão da LM M s = M d 3000 = Q d i Q d = 4( i) Substituindo na LM a taxa juro interna por i =0.1obtemos o nível de procura agregada de equilíbrio: Q d = 4( ) Q d = Para determinarmos ovalor da taxa de câmbio de equilíbrio, basta substituir na IS as variáveis i e Q d pelos valores de equilíbrio obtidos. Q d = = µ Px P µ 1 2 E 500 i E E = (1/250)( ) E = 8.2
5 5 i B C + B F + R O = 0 IS 0 LM 0 i = 0.1 A BP Q d Figura 2: Arepresentação grá ca do equilíbrio macroeconómico. Resta nos veri car oequilíbrio no mercado cambial BP = B C + B F + R O =0 Afunção B F está equilibrada, partindo dos dados iniciais do exercício, portanto B F =0. Arubrica R O terá de estar necessariamente equilibrada porque estamos num regime de câmbios exíveis. Portanto, R O =0. Resta con rmar se B C =0. Para tal basta substituir na função B C osvalores de Q d ede i associados ao equilíbrio acima calculado (Q d =12000,i=0.1). Assim B C = (12000)+500 = = 0 µ Portanto, para Q d =12000 e i =0.1aBalança de Pagamentos está equilibrada já que BP =0 Este equilíbrio macroeconómico está representado gra camente na Figura Sabemos que M s = BM k κ =4,pelo que P. No enunciado énos dito que M s =3000, P =2eque 3000 = BM 4 2 BM = 1500
6 6 3. Para responder correctamente às duas questões écrucial lembrar se de que afunção IS éendogenamente determinada num regime de câmbios exíveis emobilidade perfeita de capitais. Ou seja, qualquer impacto ou alteração que seja imposta àfunção IS (isto é, qualquer alteração sobre procura autónoma de bens eserviços) não produz quaisquer alterações sobre aposição da IS, ou seja, sobre onível nal da procura agregada de bens eserviços. 3(a). O ponto de equilíbrio inicial, calculado na alínea (1) encontra se na Figura 3. O aumento do investimento autónomo faz aumentar a procura agregada para cada nível de i, levando ais adeslocar-se para adireita. Onovo ponto de equilíbrio interno seria oponto B, mas nesse ponto ataxa de juro interna ésuperior àrentabilidade de investir os capitais no exterior, (i >i x), pelo que ocorre uma grande entrada de capitais vindos do exterior. Este movimento de capitais gera no mercado cambial um excesso de oferta de moeda estrangeira oque conduz por sua vez à apreciação da moeda nacional (redução de E). A apreciação da moeda nacional leva, por sua vez, àredução das exportações eao aumento das importações, oque faz, por sua vez, reduzir a procura agregada para cada nível de i. Esta redução de Q d corresponde auma deslocação para a esquerda da IS. AIS vai se deslocar para aesquerda até se cruzar com alm novamente no ponto A, porque enquanto isso não acontecer ataxa de juro interna ésuperior àexterna, oque provoca odeslocamento para aesquerda da IS como acabámos de explicar. Oponto de equilíbrio nal continua aser oponto A, pelo que onível da taxa de juro interna e da procura agregada mantêm se inalterados. Q d não varia No entanto, vimos acima que amoeda nacional se apreciou, pelo que ovalor da taxa de câmbio deequilíbriovainecessariamentediminuir. Para determinarmosanovataxadecâmbiodeequilíbrio basta substituir na nova expressão da IS os valores da taxa de juro interna eda procura agregada de equilíbrio (Q d =12000,i=0.1) = I z} { ¹ 3 µ E E = (1/250)( ) = 7.8 3(b). Vimos na alínea anterior que devido àapreciação da taxa de câmbio, as exportações diminuíram eas importações aumentaram. Pelo que parte dos recursos que antes eram canalizados para exportações passaram aser aplicados no investimento nacional. Por outro lado, oaumento das importações permite obter mais recursos do exterior que nos vão permitir ter recursos su cientes para aplicar no aumento do investimento X diminuiu F aumentou
7 7 i I = +100 i 1 i = 0.1 IS 0 IS 1. A B. LM 0 BP Q d Figura 3: Aine cácia do investimento autónomo num regime de mobilidade perfeita de capitais e câmbios exíveis. Vimos que inicialmente B C =0,se substituirmos onovo valor da taxa de câmbio na expressão da balança corrente apresenta no enunciado obtemos onovo valor da B C : µ B C = Q d Px +500 E P B C = = 100 µ Abalança corrente sofreu uma variação negativa, B C = 100, oque signi ca que os recursos que obtivemos do exterior aumentaram em 100 unidades, exactamente os mesmos que são necessários para nanciar oaumento do investimento. O nanciamento do aumento do investimento pode ser facilmente veri cado recorrendo àidentidade Fundamental da Macroeconomia B C = S P + S G I B C = S P + S G I 100 = 0+0 (+100)
8 8 Grupo III (Variáveis Reais, Nominais e Preços) 1. Para determinarmos ataxa de crescimento média anual do Consumo das famílias (g (MA) ) entre 1985 e1995 (note que no total são 10 períodos de tempo) utilizamos aseguinte expressão g (MA)(95,85) = g (MA)(95,85) = µ C95 C 85 1/10 1 µ /10 1 ' Portanto, oconsumo nominal das famílias cresceu em termos médios em cerca de 5.8% ao ano entre 1985 e1995. Para operíodo entre 1990 e1995 aplicamos omesmo raciocínio: g (MA)(95,90) = µ /5 1 ' Neste segundo período, ataxa média de crescimento anual do Consumo nominal das famílias foi inferior àrespectiva taxa do período entre 1985 e1995 g (MA)(95,85) >g (MA)(95,90) 2. Para calcularmos ovalor do Consumo em termos reais dividimos ovalor do Consumo nominal em cada ano pelo respectivo valor do índice de preços no mesmo ano. Como oíndice de preços não está expresso em termos de unidades, mas sim em termos das centenas (note que no ano base oíndice éigual a100), devemos multiplicar ovalor daquela divisão por 100. Portanto Consumo(real) 87 = Consumo(nom) 85 P I 85 Consumo(real) 90 = Consumo(nom) 90 P I 90 Consumo(real) 95 = Consumo(nom) 95 P I = = = = = = Devemos utilizar as mesmas fórmulas que na alínea (1). Somente que agora os valores do Consumo terão de ser em termos reais (já calculados na alínea anterior). Para distinguir as duas
9 9 taxas iremos usar g R (MA) emvez de g (MA), onde osímbolo R pretende designar valores em termos reais. Portanto, µ 1/10 g(ma)(95,85) R = Consumo(R)95 1 Consumo(R) 85 µ /10 g(ma)(95,85) R = 1 ' Portanto, oconsumo real cresceu em termos médios cerca de 2.53% ao ano entre 1985 e1995. Para operíodo entre 1990 e1995 aplicamos omesmo raciocínio. No entanto, note que agora o número de anos que devemos considerar neste período éde 5. Portanto µ /5 g(ma)(95,90) R = 1 ' Neste segundo período, ataxa média de crescimento anual do Consumo real foi superior à respectiva taxa do período entre 1985 e1995. g R (MA)(95,85) <gr (MA)(95,90) 4. Ataxa de in ação média anual entre 1985 e1995, (p (MA)(95,85) ), pode ser calculada usando ainformação sobre oíndice de preços. Portanto, amesma pode ser obtida da seguinte forma: p (MA)(95,85) = = µ P I 1/ P I 85 µ / = Ou seja, em termos médios, os preços aumentaram cerca de 3.2% ao ano entre 1985 e1995.
10 10 Grupo IV (Determinação da função IS) 1. Utilizando aequação de identidade: Q d C + I + G + X F esubstituindo cada uma das variáveis pela sua expressão respectiva, temos: Q d = Y D 120 i Q {z } d 200 i +600 {z } {z} C I G h i Y X +20(P x /P ) E Q d 30(P {z } x /P ) E {z } X F Como cálculos auxiliares temos adeterminação do rendimento disponível: Y D = Y T + TR I +TR X +i Dp = Y ( Y) = 0.8Y +100 Substituindo aexpressão que acabámos de obter para orendimento disponível na primeira equação, esubstituindotambém namesma P x,ey x pelosvaloresqueestesassumemneste exercício, vem: Q d = (0.8Y +100) 120 i Q d 200 i (100/P ) E Q d +30(100/P ) E Podemos agora resolver aequação anterior em ordem aq d 0.96Q d = (100/P ) E +0.72Y 120 i 200 i Recorrendo àequação de identidade Q d Y,podemos chegar àexpressão da IS: 0.96Q d = (100/P ) E +0.72Q d 320 i 0.24Q d = (100/P ) E 320 i
11 11 ou seja Q d = (100/P ) E i (IS) 2. Com P = 100 e E = 40, subsituindo estesvalores naexpressão da IS temos: Q d = (100/100) i, Q d = i, Q d = i Arepresentaçãográ caencontra se na Figura a) P =110 Q d = (100/110) i, Q d = i Note que, em relação àalínea (2), apenas se alterou aordenada na origem, mantendo se a inclinação da função. AIS deslocou se para aesquerda. Arepresentação grá ca desta alteração encontra se na Figura 5 b) E =44 Q d = (100/100) i Q d = i Note que, em relação àalínea (2), apenas se alterou aordenada na origem, mantendo se a inclinação da função. AIS deslocou se para adireita. Arepresentação grá ca desta alteração encontra se na Figura 6
12 12 i IS i 0 A Q d 0 Q d Figura 4: Representação grá ca da função IS. i P =10 IS 1 IS 0 i 0 B A Q d 1 Q d 0 Q d Figura 5: Oimpacto de um aumento do nível de preços sobre afunção IS.
13 13 i E = 4 IS 0 IS 1 i 0 A B Q d 0 Q d 1 Q d Figura 6: Oimpacto de um aumento na taxa de câmbio sobre afunção IS. Grupo V(Oferta de moeda) 1. A determinação das rubricas RLX(BC), CLSP(OIM), RT, e CBC para completarmos os balanços éimediata. RT (OIM) = r T DT (OIM)=( ) 4000 =100 RT(BC) = RT(OIM)=100 RLX(BC) = RLX(BC + OIM) RLX(OIM)= =500 COIM = Activo BC (RLX + CLSP + CIFNM +DIV ) BC =250 CBC = COIM =250 CEP(OIM) = Activo OIM (RLX + RT + CLSP + CIFNM +DIV ) OIM = 3020 Substituindo nos balanços iniciais, obtemos (a bold encontram se os valores que calculámos)
14 14 Banco Central RLX 500 CM 900 CIL RT 100 CLSP 100 COIM 250 CIFNM 100 DIV OIM RLX 300 DT 4000 RT 100 CBC 250 CIL CLSP 300 CIFNM 400 CEP 3020 DIV ASintese Monetária éaconsolidação dos balanços acima apresentados Síntese Monetária RLX 800 DT 4000 CIL 3920 CM 900 DIV ² Base Monetária ² Massa Monetária BM = CM + RT =1000 M2 =DT + CM =4900 ² Multiplicador monetário κ = 1+γ γ+r L +r C γ CM DT = =0.225 Como r L =0.02, r C =0.005 e γ =0.225,então κ = Como sabemos M2 = κ BM M = κ BM
15 15 Se obanco Central venda 50 u.m. de divisas ainvestidores nanceiros, então abm irá diminuir em 50 u.m BM = 50 Daqui pode se retirar que M2 = 4.9 ( 50) = 245 Ou seja, amassa monetária irá diminuir em cerca de 245 unidades monetárias, perante avenda de divisas por parte do Banco Central. 3. Para que M2 não sofra uma diminuição como o resultado da referida intervenção do Banco central, este banco pode tomar uma das seguintes medidas: ² descer ataxa de reservas legais ² comprar títulos em open market ² reduzir ataxa de desconto ² comprar divisas nos mercados cambiais (excluída já que se pede medidas que não envolvam directamente omercado cambial) Assim, obanco Central pode, por exemplo comprar Títulos de Dívida Pública em cerca de 50 unidades CIL BC =+50 Poderia ainda descer ataxa de reservas legais, ou reduzir ataxa de desconto. Em ambos estes casos, asolução numérica implicaria maior complicação de contas e, por isso, não eram necessárias para uma resposta correcta (nem são de facto requeridas na solução).
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