MONTE CARLO NA PROJEÇÃO DE CENÁRIOS PARA GESTÃO DE CUSTOS NA ÁREA DE LATICÍNIOS
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- Tânia Palhares Ribas
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1 CONTRIBUIÇÃO DA SIMULAÇÃO DE MONTE CARLO NA PROJEÇÃO DE CENÁRIOS PARA GESTÃO DE CUSTOS NA ÁREA DE LATICÍNIOS Edson de Oliveira Pamplona Wander Fonseca da Silva Introdução 2. Objetivo 3. Variação dos Custos 4. Desenvolvimento da Simulação 5. Objeto de Estudo 6. Simulação em um produto 7. Resultados e Conclusões Referências Bibliográficas 1
2 Vantagem Competitiva Custo Mais Baixo Diferenciação Alvo Amplo 1. Liderança de Custo 1. Liderança de Custo 2. Diferenciação 2. Diferenciação Escopo Competitivo AlvoEstreito 3 A. Enfoque no Custo 3 A. Enfoque no Custo 3 B. Enfoque na Diferenciação 3 A base fundamental do desempenho acima da média a longo prazo é a vantagem competitiva sustentável, possível através da diferenciação ou baixo custo. Assim a gestão eficiente dos custos é base de sustentação para as empresas se tornarem competitivas. Porter (1989) As maioria das decisões são: -determinísticas -não contemplam as probabilidades -não consideram as incertezas Corrar (1993) 4 2
3 Causas de variações dos custos.matérias-primas (quantidade, preço).mão-de-obra (eficiência, valor).custos Indiretos de Fabricação Algumas delas fora do alcance da empresa Martins (2001) Ambientes de incertezas, uma das simulações possíveis: Simulação de Monte Carlo Corrar (1993) Objetivos Geral Avaliar a contribuição da Simulação de Monte Carlo (SMC) no processo de decisão através de cenários probabilísticos dos custos. 6 3
4 Específicos - Aplicar a SMC de forma simples e com o mínimo de investimento. - Comparar o custo simulado com o custo padrão. - Verificar a influência de cada um dos parâmetros de custo: dos que estão fora do controle da empresa e daqueles que estão sob o controle da empresa. 7 Metodologia de Pesquisa Será utilizada a Simulação. Um processo de simulação baseia-se numa série de etapas que pode ser chamado de metodologia de simulação. Gavira (2003) 8 4
5 Formulação do do problema ee Planejamento do do Estudo Estudo Definição do do Modelo Modelo e e Coleta Coleta de de Dados Dados Não ÉVálido? Sim Experimentação ÉVálido? Não Executar Rodadas Piloto Piloto Sim Construção do do Programa Computacional e e Verificação Executar Rodadas Piloto Piloto 9 Análise Análise dos dos Dados Dados de de Saída Saída Documentação, Apresentação ee Implementação Resultados Passos Simulação - Gavira (2003) 3 - As Variações nos Custos Variações de Materiais Preços $ Variação de Preços PR PP Variação mista Variação de Quantidade 0 QP QR Quantidades 10 Silva (1977) 5
6 Variações de Mão-de-Obra Salários $ Variação de Salários SR SP Variação conjunta Variação de Tempo 0 HP HR Quantidades 11 Silva (1977) 4 - Desenvolvimento da simulação de Monte Carlo 1- Estimativa de probabilidades para os fatores significativos 2- Selecione os fatores pelas chances de acontecer no futuro Taxa de Crescimento mercado Preço de venda Custos operacionais Vida útil instalações Fatia mercado 12 Plano de Simulação de Investimento Hertz (1964) 6
7 3- Determine a taxa de retorno para cada combinação. 4- Repita o processo para se ter uma visão clara do risco do Investimento. Chances da taxa ser alcançada Taxa de retorno 13 Plano de Simulação de Investimento Hertz (1964) Simulação para alguns autores Avaliação do lucro simulando-se preço de venda, custo variável, custo fixo e volume de vendas - grande auxílio para tomada de decisões. Corrar (1993) Técnica simples e flexível para avaliar diferentes processos que comandam o lucro de ações. Boyle (1997) Uso de softwares específicos, criação de cenários, observação de riscos nos processos de decisão. Sales Cia (2001) A estimativa do VaR pela simulação de Monte Carlo supera a dos métodos paramétricos. Bezerra (2002) O Custo em Risco CaR, mede a variabilidade dos custos e sua influência nos resultados críticos para a empresa. A SMC permite o cálculo deste risco. Pamplona (2003) 14 7
8 Objeto de Estudo Apresentação da Empresa Laticínios Condessa Ltda - Conceição do Pará, MG. Produtos: Minas Padrão, Parmesão, Mussarela Capacidade: Kg / dia. 15 Linha automática de processamento Identificação do problema 25,0 20,0 % Variação 15,0 10,0 5,0 0, Anos Variação Preço leite safra/entresafra -FAEMG (2004) 16 8
9 Rendimento de Queijos Rendimento Econômico Litros/Kg Ajustado Umidade l / kg A = 10 ( 100 U ) g ST / l p 17 Furtado (1999) Rendimento técnico Variáveis da simulação O piloto: queijo Minas Padrão. Variações dos parâmetros que compõem seu modelo Parâmetros Variação Preço/Valor (R$) Quantidade/Valor (un / %) Leite 0,4106 0,4128 0,4264 Queijo Umidade 43,1 43,2 43,7 Coef Gl 61 61,3 61,7 Insumos 8,67 8,92 10,03 8,8 11,1 11,8 Embalagem 0,25 0,26 0, Mão-de-Obra Direta 3,59 3,68 4, Custos Indiretos 407,8 410,3 437,3 18 Parâmetros estudados no modelo 9
10 Questões a serem respondidas Como se comporta o Custo do queijo quando se varia: O Preço do leite, Rendimento, Umidade, Mão-de-obra... Qual a importância de cada variável? Correlação entre as variáveis de custo e o custo simulado: coeficiente de Pearson Probabilidade (custo do produto > custo padrão)? Quais os valores de: Custo Mínimo, Custo Máximo, Custo médio, Probabilidade (%) de o custo estar acima de um determinado valor, 19 Coleta de dados e definição do modelo Fluxograma de fabricação Recepção Estocagem Pré- Préaquecimento Pasteurização Trituração Corte Coagulação Adição Coalho/fermento Salga Prensagem Embalagem vácuo Embalagem cxs cxs papelão Expedição Maturação dias dias Resfriamento 5ºC 5ºC 12h 12h 20 10
11 Fórmula de Cálculo do Custo Custo Queijo Minas Padrão = (PL * (100-Up) / Coef GL) * (1000) + (PI * QI) + (PEMB * QEMB) + (PMOD * EfMOD) + (273,04 + C.IND*) Sendo: PL - o preço do litro de leite; Up - a umidade do queijo; Coef GL - o rendimento; PI - o preço do insumo; QI - a quantidade de insumo; PEmb - o preço da embalagem; QEmb - a quantidade de embalagem; PMod - o preço da mão-de-obra; EfMod - a eficiência da mão-de-obra e CInd - os custos indiretos 21 Estrutura de Custos Item de Custo Custos Diretos Leite Insumos Embalagem Participação (%) 83,8 74,9 3,9 0,5 Mão-de-Obra Custos Indiretos Materiais Depreciação Direta 4,5 16,2 3,9 5,8 Serviços Terceiros Utilidades e Serviços Total 3,6 3,
12 Simulação do custo do queijo Minas-Padrão Usando Planilha Excel desenvolvida para a empresa Usando Crystal Ball Entrada de dados baseada: Em dados históricos ou Em opinião de especialistas com 3 níveis: pessimista, realista e pessimista 23 Usando Planilha Excel Menu da planilha Excel 24 12
13 Usando Planilha Excel Valores Históricos dos parâmetros de custos 25 Usando Planilha Excel Opinião de Especialistas sobre os parâmetros de custos 26 13
14 Resultados da Simulação com uso do Excel Dados estimados por especialistas 27 Resultados da Simulação com uso do Crystal Ball 28 14
15 Comparação de resultados Os resultados de custos obtidos através da opinião dos especialistas foram maiores do que aqueles obtidos através de dados históricos 29 Comparação de resultados Os resultados da simulação, usando dados históricos, obtidos através da planilha Excel e do software Crystal Ball foram próximos, embora diferentes. Excel C.Ball Prob Custo > R$ 4721,00 26,86 28,48 Custo Médio (R$) 4531,7 4349,
16 Comparação de resultados Os resultados da simulação, usando dados de especialistas, obtidos através da planilha Excel e do software Crystal Ball foram próximos, embora diferentes. Excel C.Ball Prob Custo > R$ 4900,00 88,9 88,5 Custo Médio (R$) 5020,5 5037,0 31 Análise de resultados O custo médio de R$6.159,70 obtido da simulação das informações do especialista, é maior que o custo padrão considerado de R$6.127,3. A probabilidade do custo do produto estar acima do custo padrão é de 65%
17 33 Análise de resultados O parâmetro de custo que mais se relaciona com o custo simulado é o preço do leite (quase 0,75). Embora esta condição nem sempre esteja sob controle da firma, para este caso em especial, a empresa pode encaminhar ações a fim de procurar oficializar contratos de longo prazo (mínimo um ano) de compra com algumas cooperativas, de forma que as partes possam ter vantagens quando nos períodos de entressafra e safra 34 17
18 Análise de resultados A umidade do queijo (valor de 0,5), tem um grande impacto no custo do produto e seu decréscimo implica em aumento do custo simulado. Vale ressaltar que este parâmetro tem um valor máximo legislado pelo Ministério da Agricultura, mas é de inteiro controle da empresa, a saber dos responsáveis pela produção, tornando evidente o quanto podem interferir no custo do produto. 35 Análise de resultados O valor e a eficiência da mão-de-obra direta que contribuem com uma relação de quase 0,5 para o custo simulado, devem ser bem coordenados a fim de obter a máxima eficiência. Para isto, um programa de treinamento, aperfeiçoamento de chefias, operadores e auxiliares de produção deve se tornar sistemático
19 Análise de resultados Trabalhar com cenários através da SMC contemplando as variações dos custos é bastante vantajosa, pois permite uma visão mais realista do negócio em comparação com a forma tradicional de tomada de decisão com base em dados determinísticos 37 Análise de resultados Com as informações geradas pela simulação entendese que, em termos de fábrica, é possível fazer avaliações da utilização da mão-de-obra, do processo através do rendimento e a possibilidade de encaminhar ações de melhoria e Já em termos de compra de leite, as informações da simulação podem subsidiar a decisão de comprar ou não no mercado spot, ou também de produzir ou não produzir baseado no preço em questão 38 19
20 Recomendações para trabalhos futuros -Ampliar o estudo para aplicar a SMC na obtenção de distribuição de probabilidade do lucro líquido de uma empresa, considerando todas as variáveis de custos. -Utilizar a SMC em sistemas de custos ABC. -Avaliar se a planilha desenvolvida neste trabalho pode ser aplicada em empresas de outros ramos. 39 Informações, downloads e artigos:
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