Por mercado e marca, Rio 2016 faz evento para o varejo em SP

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1 B O L E T I M OFERECIMENTO SEXTA-FEIRA, 2 DE OUTUBRO DE 2015 NÚMERO DO DIA R$ 872,8 mil é o custo do Centro de Formação e Participação de Tênis, que será inaugurado hoje em São Paulo EDIÇÃO 353 Por mercado e marca, Rio 2016 faz evento para o varejo em SP POR PRISCILA BERTOZZI A cidade de São Paulo recebeu ontem o primeiro evento dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro voltado só para o varejo. A escolha da praça foi cuidadosamente planejada pelo Comitê do Rio 2016: a plateia estava repleta de empresários com potencial de investimentos na área de licenciamentos da competição. Além de uma série de palestras que mostraram as possibilidades de legado olímpico para o Rio de Janeiro, um showroom com cerca de três mil produtos já produzidos foi montado no Centro de Convenções Rebouças para persuadir os convidados a comprarem. Aqui está o dinheiro, estão as grandes redes varejistas. Fizemos questão de iniciar essas apresentações em São Paulo por uma questão estratégica de mercado, disse Sylmara Multini, diretora de licenciamento e varejo dos Jogos. No próximo dia 14 haverá outra edição do encontro com varejistas, desta vez no Rio de Janeiro. Para bater a meta de 70 contratos no setor de licenciamentos, ainda falta a assinatura de 18 parcerias e o desenvolvimento de outros cinco mil produtos, totalizando 13 mil até o início das Olimpíadas. O comitê ainda tem como objetivo faturar R$ 1 bilhão com licenciamento. Se os Jogos fossem hoje, esse número poderia sofrer um acréscimo, já que o dólar alto seria favorável. A crise existe, claro, mas não afeta o nosso planejamento, completou a executiva. O planejamento inclui a expansão da marca dos Jogos para além das fronteiras cariocas. Nos próximos dez meses, a agenda deve contemplar São Paulo e outras praças com mais frequência. Vamos vir cada vez mais (a São Paulo). E vamos a Belo Horizonte, Salvador, Porto Alegre, aonde for preciso. Estamos num esforço conjunto para transformar o Brasil em um país olímpico, completou Mário Andrada, diretor de comunicação do comitê Rio

2 Escândalo no COB mostra falta de cultura esportiva no país POR ERICH BETING diretor da Máquina do Esporte O escândalo de um depoimento falso que culminou na demissão da diretora cultural do Comitê Olímpico do Brasil (detalhes na página 5) mostra como ainda falta uma maior cultura esportiva no Brasil. O livro Atletas Olímpicos Brasileiros, da professora e pesquisadora da USP Katia Rubio, talvez seja a maior obra já editada no país sobre a participação de atletas brasileiros no maior evento esportivo que há. Nesse período pré-olímpico, quando aumenta o interesse na temática dos Jogos Olímpicos, é fundamental termos mais acesso às histórias que envolvem o Brasil e seus atletas. O que assusta, porém, é o que motiva a agora ex-funcionária do COB a prestar um depoimento falso num livro que pretendia contar a história do Brasil nas Olimpíadas. Ainda mais sendo a autora alguém que já precisou brigar na Justiça contra o COB para lançar um livro que falava sobre valores olímpicos e educação. O COB sempre tenta se vangloriar de ser o agente formador de atletas no país. Agora, mais uma vez, se vê envolvido num escândalo que fere exatamente um ponto que é fundamental para a transformação esportiva de uma nação, que é investir na formação de uma cultura esportiva. Um dos maiores entraves para o Brasil ser uma potência no esporte é vê-lo inserido na formação escolar. Uma nação que pratica o esporte desde a pré-escola sabe desde sempre quem são os ídolos e como torcer para uma determinada modalidade. Para chegarmos a tal nível de aculturamento esportivo, temos de incentivar qualquer publicação que promova o esporte. Não boicotá-la. Asics usa Outubro Rosa e lança coleção para ajudar em campanha contra câncer POR REDAÇÃO A Asics lançou uma coleção de produtos para aumentar a conscientização e o apoio na luta contra o câncer. A marca desenvolveu duas edições limitadas de dois de seus principais calçados: Gel-Noosa Tri 10 e GT , além de camisetas masculina e feminina, que ganharam design alusivo à campanha Accelerate Hope. Parte da renda obtida com a venda dos materiais irá para instituições de prevenção e combate à doença. No Brasil, a Fundação do Câncer, no Rio de Janeiro, foi a instituição escolhida para receber 10% da arrecadação das vendas no país. Nosso objetivo é alertar as pessoas sobre o câncer, que é a segunda maior causa de morte por doença no Brasil. Sabemos que o esporte tem papel fundamental na prevenção da doença e no tratamento dos pacientes. Queremos usar a força da marca para levar essa mensagem, diz Aline Baldon, gerente de marketing da Asics. O slogan da campanha é: Acelerando a esperança. Junte-se à Asics na luta contar o câncer. O intuito da mensagem é retratar a corrida como forma de ajudar na superação da doença. Para isso, a marca escolheu como embaixadores Yohana Salla e Vinícius Zimbra, dois entusiastas do esporte, que superaram o câncer de mama e testículos. A ação da marca esportiva faz parte do Outubro Rosa, campanha mundial que simboliza a conscientização e luta contra o câncer de mama. 2

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4 POR REDAÇÃO CBF diz a clubes que em dois dias dará opinião sobre Liga A criação de uma liga Sul-Minas será decidida nos próximos dois dias pela Confederação Brasileira de Futebol. Foi esse o prazo dado pela entidade para estudar a viabilidade de se criar a liga já no ano que vem, reunindo dez clubes dos estados do Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina e Minas Gerais, além dos times cariocas Flamengo e Fluminense. Na manhã de ontem, os dirigentes dos clubes fundadores da liga estiveram na sede da CBF, conversando sobre a possibilidade de criação da liga e sobre um possível controle que os clubes poderiam assumir sobre o futebol brasileiro, organizando não apenas a Sul-Minas, mas as principais divisões da competição nacional. Nós não queremos matar as federações, só não queremos morrer de fome. A Liga está amparada pela Lei Pelé, ela não é a primeira, já existe a do Nordeste e a Copa Verde. A CBF vai proibir de fazer o bem? Sob qual argumento? Estamos fazendo a Liga com 30 anos de atraso, disse Alexandre Kalil, eleito CEO da liga, ao site Globoesporte.com. Em contato com a reportagem, Walter Feldman, secretário-geral da CBF, afirmou que o encontro foi apenas para apresentar a liga, sem haver uma proposta de datas para a realização do torneio. Ele confirmou que a entidade fará uma reunião de seu corpo técnico para decidir se a CBF dará aval para a liga existir já em Agora chegou ao caos absoluto, que tem gente presa, gente banida, agora vão nos dar a chance de fazer, completou Kalil. Até agora, os clubes paulistas não se mostraram dispostos a fazer parte de uma liga. O Paulistão gera R$ 15 milhões por ano aos quatro grandes do estado. Polícia Federal faz operação na sede da entidade A Polícia Federal realizou uma operação na sede da CBF na manhã de ontem, pouco antes da reunião para debater a criação da Liga Sul-Minas. A ação, porém, não teve relação com os escândalos de corrupção envolvendo o ex-presidente da CBF José Maria Marin e demais dirigentes do futebol. A ação dos policiais brasileiros integrou a Operação Acrônimo, que investiga um suposto esquema de lavagem de dinheiro e irregularidades na campanha do governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT). Os policiais apreenderam documentos ligados à empresa de consultoria de Mario Rosa, investigado por causa de sua ligação com o político mineiro. O presidente da entidade, Marco Polo Del Nero, nem estava na sede da entidade no momento da chegada dos agentes. Os policiais bateram na porta da sede da CBF, na Barra da Tijuca (zona oeste do Rio de Janeiro), por volta das 7h30 e ficaram pouco mais de duas horas no local, antes da reunião da Sul-Minas. Pimentel é investigado por receber vantagens de empresários que mantinham relações comerciais com o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), que comandou entre 2011 e Mario Rosa assessorou Ricardo Teixeira, presidente da CBF entre 1989 e

5 Após depoimento falso, diretora pede demissão do COB POR REDAÇÃO Acabou em demissão o escândalo de um depoimento falso dado pela ex-nadadora e ex-diretora cultural do Comitê Olímpico do Brasil (COB), Christiane Paquelet, ao livro Atletas Olímpicos Brasileiros, que reúne histórias de todos os atletas brasileiros que disputaram uma edição de Jogos Olímpicos. Paquelet pediu demissão do COB na tarde de quinta-feira, após o próprio comitê exigir dela explicações por ter mentido ao dizer que participou dos Jogos Olímpicos de 1972, em Munique. Christiane Paquelet admite que não compareceu aos Jogos Olímpicos de Munique 1972, não sendo, portanto, atleta olímpica. Por iniciativa própria, ela deixou o cargo de Diretora Cultural, não tendo mais, a partir de hoje, vínculo com o COB, disse, por meio de comunicado, a entidade. Segundo o COB, a ex-dirigente pediu desculpas à autora do livro, a pesquisadora e professora da Universidade de São Paulo Katia Rubio, que compilou todos os depoimentos para o livro. A autora disse não ter feito uma checagem documental de todos os atletas que prestaram depoimento. Segundo ela, Paquelet se apresentou como atleta olímpica numa ocasião em que ela esteve na sede do COB, no Rio de Janeiro, para colher depoimentos de ex-atletas olímpicos que trabalham na entidade esportiva. Além de Paquelet, o livro traz outro depoimento falso. José Claudio do Santos, o Zequinha, também ex-nadador, disse ter participado das Olimpíadas de 1980, em Moscou. O ex-atleta, porém, nunca esteve nos Jogos. Voltei ao vídeo de ambos para me certificar de que não havia sido um deslize meu. Eu lamento muito tudo isso, disse Katia Rubio à Folha de São Paulo. O livro traz perfis de atletas que foram às Olimpíadas. Fluminense une torcedor a ídolos em jogo amistoso Na busca de aumento do número de sócios-torcedores, o Fluminense criou uma ação diferente para os seus associados. O clube promoverá um jogo amistoso em São Paulo com os sócios locais. O grande diferencial será a participação de antigos ídolos do clube na partida, no sábado. A ação acontece antes do jogo do Fluminense contra o Santos, válido pelo Campeonato Brasileiro. O evento é parte do programa Tricolor em Toda Terra, que ativa os sócios de fora do Rio. O jogo terá cotas de ingresso para participar. O torcedor que quiser jogar pagará R$ 30, com desconto para o sócio-torcedor, que paga R$ 20. Já quem quiser só ver o jogo pagará R$ 10. 5