Validade interna e externa em estudos epidemiológicos. Sensibilidade; Especificidade; Valor Preditivo Positivo; Valor Preditivo Negativo

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1 Validade interna e externa em estudos epidemiológicos Sensibilidade; Especificidade; Valor Preditivo Positivo; Valor Preditivo Negativo

2 Qualidade da Informação Existem dois conceitos fundamentais, em termos da qualidade da informação em estudos epidemiológicos Reprodutibilidade Validade

3 Reprodutibilidade Indica a precisão do método ou a consistência dos resultados obtidos em medições repetidas; Diferenças de medidas em um mesmo indivíduo podem ocorrer: Variabilidade intra-individual; Imprecisão de instrumentos do observadors; Se o instrumento tem baixa reprodutibilidade, este se mostra pouco útil para estabelecer relação causa-efeito ao classificar a população em graus de exposição ou para monitorar um efeito; mas pode ser útil para descrever uma prevalência, ou uma medida de tendência central de uma variável.

4 Reprodutibilidade Confiabilidade, fidedignidade, repetibilidade ou precisão: Diz respeito à capacidade do método de mensuração em reproduzir um mesmo resultado em condições semelhantes de mensuração Exemplo: Um balança tem uma boa reprodutibilidade, quando em pesagens sucessivas de um mesmo indivíduo os valores de peso são repetidos. Um método com alta reprodutibilidade contribui para a boa qualidade dos dados

5 Validade Acuidade, acurácia ou exatidão: Diz respeito à capacidade do método de mensuração em medir o valor real daquilo que se propôs a medir Exemplo: Um método de diagnóstico tem boa validade, quando diagnostica corretamente tanto os indivíduos doentes quanto os não doentes Sensibilidade Especificidade

6 Validade Sensibilidade Especificidade Confrontar os resultados obtidos pelo método teste com os obtidos pelo Padrão-Ouro

7 Validade Sensibilidade: capacidade do novo método em diagnosticar corretamente os doentes entre todos os doentes diagnosticados pelo Padrão-Ouro (elimina os falsos negativos) Especificidade: capacidade do novo método em diagnosticar os não doentes entre todos os não doentes diagnosticados pelo Padrão-Ouro (elimina os falsos positivos)

8 Definições Prevalência proporção de indivíduos com a doença numa população índice, determinada por um teste aceitável padrão ouro Verdadeiros positivos indivíduos com a doença e nos quais o teste é positivo (VP) Verdadeiros negativos indivíduos sem a doença e nos quais o teste é negativo (VN) Falsos positivos indivíduos sem doença com o teste positivo (FP) Falsos negativos indivíduos com a doença e com o teste negativo (FN)

9 Doença, pelo padrão-ouro Sim Não Resultado do exame Positivo PV FP Positivos Negativo FN NV Negativos Doentes Não doentes

10 Tabela 2 x 2 Métodos diretos e indiretos Doença, pelo padrão-ouro Sim Não Resultado do exame Positivo PV FP Positivos Negativo FN NV Negativos Doentes Não doentes Ou novos equipamentos, protocolos, testes...

11 Tabela 2 x 2 Doença, pelo padrão-ouro Sim Não Resultado do exame Positivo PV FP Positivos Negativo FN NV Negativos Doentes Não doentes

12 Doença, pelo padrão-ouro Sim Não Resultado do exame Positivo VP FP Positivos Negativo FN NV Negativos Doentes Não doentes

13 Doença, pelo padrão-ouro Sim Não Resultado do exame Positivo VP FP Positivos Negativo FN NV Negativos Doentes Não doentes

14 Doença, pelo padrão-ouro Sim Não Resultado do exame Positivo VP FP Positivos Negativo FN VN Negativos Doentes Não doentes

15 Doença, pelo padrão-ouro Sim Não Resultado do exame Positivo VP FP Positivos Negativo FN VN Negativos Doentes Não doentes

16 Doença, pelo padrão-ouro Sim Não Resultado do exame Positivo VP FP Positivos Negativo FN VN Negativos Doentes Não doentes

17 Doença, pelo padrão-ouro Sim Não Resultado do exame Positivo VP FP Positivos Negativo FN VN Negativos Doentes Não doentes

18 Doença, pelo padrão-ouro Sim Não Resultado do exame Positivo VP FP Positivos Negativo FN VN Negativos Doentes Não doentes

19 Doença, pelo padrão-ouro Sim Não Resultado do exame Positivo VP FP Positivos Negativo FN VN Negativos Doentes Não doentes

20 SENSIBILIDADE ESPECIFICIDADE Doença, pelo padrão-ouro Sim Não Resultado do exame Positivo VP FP Positivos Negativo FN VN Negativos Doentes Não doentes Sensibilidade = VP / Doentes Especificidade = VN / Não doentes Sensibilidade e especificidade são calculadas em colunas diferentes

21 CÁLCULO DE SENSIBILIDADE E ESPECIFICIDADE NOVO MÉTODO Padrão-Ouro (Cianometahemoglobina) Anêmicos Não Anêmicos Anêmicos (f+) 85 Não Anêmicos 40 (f-) S = (80/120) x 100 = 66,6% (33,4% falsos negativos) E = (75/80) x 100 = 93,7% (6,3% falsos positivos) BAIXA VALIDADE: PREVALÊNCIA DE ANEMIA SUBESTIMADA

22 CÁLCULO DE SENSIBILIDADE E ESPECIFICIDADE S = 80/120 = 66,6% (33,4% falsos negativos) E = 75/80 = 93,7% (6,3% falsos positivos) BAIXA VALIDADE: PREVALÊNCIA DE ANEMIA SUBESTIMADA Objetivo: Fazer um levantamento dos indivíduos aptos a doares sangue no município de Indaiatuba (alta especificidade) ADEQUADO

23 12 % 10 NÃO SADIOS DOENTES DOENTES Glicemia

24 12 % 10 NÃO SADIOS DOENTES DOENTES ponto de corte Glicemia

25 12 % 10 NÃO SADIOS DOENTES DOENTES Testes negativos ponto de corte Testes positivos Glicemia

26 12 % 10 NÃO SADIOS DOENTES DOENTES Testes negativos ponto de corte Testes positivos Glicemia

27 SADIOS DOENTES % Testes positivos FALSOS POSITIVOS NÃO DOENTES 100 Glicemia

28 SADIOS DOENTES % Testes negativos FALSOS NEGATIVOS NÃO DOENTES 100 Glicemia

29 SADIOS DOENTES % Testes negativos Testes positivos FP FN VP VN NÃO DOENTES 100 Glicemia

30 A curva ROC (Receiver Operating Characteristic curve) é a plotagem da sensibilidade e da especificidade em diferentes pontos de corte do teste diagnóstico.

31 100 Sensibilidade 0

32 100 Especificidade 0 Sensibilidade 0

33 100 Especificidade 0 Sensibilidade 0 Proporção de falsos-positivos 100

34 100 Especificidade 0 TESTE PERFEITO Sensibilidade 0

35 100 Especificidade 0 TESTE PERFEITO Sensibilidade TESTE SEM NENHUM PODER DISCRIMINATÓRIO 0

36 0 100 Especificidade 0 Sensibilidade

37 0 100 Especificidade 0 Sensibilidade

38 0 100 Especificidade 0 Sensibilidade

39 0 100 Especificidade 0 Sensibilidade

40 0 100 Especificidade 0 Sensibilidade

41 100 Especificidade 0 Sensibilidade 0

42 Atividade para Fixação Você e seu concorrente foram contratados por uma indústria de alimentos para desenvolver novos produtos capazes de promover a perda de peso. Porém, apenas o melhor produto será lançado no mercado e o responsável será então contratado. Após os testes, o resultado encontrado foi o seguinte:

43 Concorrente Você Qual dos dois produtos foi melhor?

44 Testes Preditivos A sensibilidade e a especificidade são bons sintetizadores das qualidades gerais de um teste, entretanto, não ajudam na decisão da equipe que, recebendo um paciente com resultado positivo do teste, precisa avaliar se o paciente está ou não doente. Valor preditivo positivo proporção da população com teste positivo que tem a doença Valor preditivo negativo proporção da população com teste negativo que não tem a doença

45 Doença, pelo padrão-ouro Sim Não Resultado do exame DOENTES Positivo VP FP Positivos EXAME NÃO DOENTES DO EXAME Negativo FN VN Negativos Doentes Não doentes Valor Preditivo Positivo (VPP) = VP/Doentes do exame Valor Preditivo Negativo (VPN) = VN / Não doentes do exame

46 CÁLCULO DE SENSIBILIDADE E ESPECIFICIDADE NOVO MÉTODO Padrão-Ouro (Cianometahemoglobina) Anêmicos Não Anêmicos Anêmicos (f+) 85 Não Anêmicos 40 (f-) VPP = (80/85) x 100 = 94,1% (5,9% de FP) VPN = (75/115) x 100 = 65,2%(34,8% de FN) Este novo equipamento poderá ser utilizado em um banco de sangue, pois a taxa de falsos positivos foi baixa (5,9%)

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