Validação de métodos diagnósticos

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Validação de métodos diagnósticos"

Transcrição

1 Validação de métodos diagnósticos Medicina é a arte da incerteza e a ciência da probabilidade William Osler George Luiz Lins Machado Coelho

2 Validação (Tornar válido, legítimo; legitimar). A validade de um teste pode ser descrita em termos do grau com que as amostras (ou indivíduos) são corretamente categorizados. Parâmetros para validar um teste Validação intrínseca: qualidade do teste Validação extrínseca: fases da doença

3

4 DIAGNÓSTICO Processo de decisão clínica que baseia-se, conscientemente ou não, em probabilidade Uso dos testes diagnósticos Identificar/confirmar a presença de doença ou situação relacionada à saúde Avaliar a gravidade do quadro clínico Estimar o prognóstico Monitorar a resposta a uma intervenção

5 AS APARÊNCIAS PARA A MENTE SÃO DE QUATRO TIPOS As coisas são o que parecem ser, ou são e não parecem ser; ou não são, mas parecem ser, ou não são, nem parecem ser. Epictetus, Séc. II D.C.

6 A Relação entre Parecer e Ser Ser Parecer As coisas são o que parecem ser São mas não parecem ser Não são mas parecem ser Não são e nem parecem ser

7 A Relação entre Teste e Doença Doença Teste + Verdadeiro positivo - Falso negativo + - Falso positivo Verdadeiro negativo

8 O Teste Padrão ( Padrão Ouro): Características: Conseqüência de padrões imperfeitos: Teste novo X Padrão imperfeito

9 Sensibilidade e Epecificidade Sensibilidade (S): é a probabilidade de um teste dar positivo na presença da doença, isto é, avalia a capacidade do teste detectar a doença quando ela está presente. S = a / a + c Especificidade (E): é probabilidade de um teste dar negativo na ausência da doença, isto é, avalia a capacidade do teste afastar a doença quando ela está ausente. E = d / b + d

10 Sensibilidade e Especificidade Doença Presente Ausente Total Teste Positivo Negativo a verdadeiro positivo c falso negativo b falso positivo d verdadeiro negativo a + b c + d Total a + c b + d a + b + c + d Sensibilidade = a / (a + c) Especificidade = d / (b + d)

11 Distribuição dos valores sangüíneos de glicose em uma população normal e diabética

12 Efeito da definição de diferentes níveis de glicemia nos resultados falso positivo e falso negativo

13 Ponto de corte com o mínimo erro possível

14 APLICAÇÃO DE TESTES DIAGNÓSTICOS: Limiar de Reatividade (cut off): Curva de distribuição da freqüência de títulos normalmente observada na população. Curva de distribuição da freqüência de títulos, mostrando regiões de corte para obtenção de máxima sensibilidade e/ou máxima especificidade.

15 Uso dos testes Sensíveis Necessário para o diagnóstico de doença potencialmente grave Afastar doenças em fase inicial do diagnóstico O resultado negativo é mais útil: melhor VPN Específicos Particularmente necessário quando um resultado falso positivo pode ser muito lesivo Confirmar um diagnóstico sugerido por outros dados O resultado positivo é mais útil: melhor VPP Obs: os testes sensíveis também são úteis no rastreamento (screening) de doenças em grupos populacionais

16 Sensibilidade Relativa ou Co-positividade. Especificidade Relativa ou Co-negatividade. Quando a seleção de uma amostragem confiável para a definição dos parâmetros de sensibilidade e especificidade mostra-se dificultada, relaciona-se os resultados com os de um teste referência.

17 Trade-off entre sensibilidade e especificidade no diagnóstico de diabetes Glicemia pós-prandial (2h) mg / 100 ml Sensibilidade (%) Especificidade (%) 70 98,6 8, ,1 25, ,3 47, ,6 69, ,7 84, ,4 92, ,3 96, ,1 99, ,0 99, ,1 99, ,9 100, ,6 100, ,3 100, ,1 100,0

18

19 Curva ROC da glicemia pós-prandial(2h) mg/100ml

20 Balanço entre sensibilidade e especificidade:

21

22

23 DETERMINAÇÃO DA VALIDADE ERROS MAIS COMUNS PADRÃO IMPRÓPRIO DE VALIDADE SELEÇÃO PACIENTES DOENTES E NÃO DOENTES ESPECTRO DE PACIENTES (PREVALÊNCIA x SENSIBILIDADE E ESPECIFIDADE) VÍCIO NO JULGAMENTO DO DESEMPENHO DO TESTE (NEGATIVO x POSITIVO) ACASO

24 Intervalo de confiança da sensibilidade

25 Valor preditivo Valor preditivo positivo (VPP): é a proporção de verdadeiros positivos entre todos os indivíduos com teste positivo. Expressa a probabilidade de um paciente com o teste positivo ter a doença. VPP = a / a + b Valor preditivo negativo (VPN): é a proporção de verdadeiros negativos entre todos os indivíduos com teste negativo. Expressa a probabilidade de um paciente com o teste negativo não ter a doença. VPP = d / c + d

26 Valor preditivo Doença Presente Ausente Total Teste Positivo Negativo a verdadeiro positivo c falso negativo b falso positivo d verdadeiro negativo a + b c + d Total a + c b + d a + b + c + d VPP = a / (a + b) VPN = d / (c + d)

27 Valor Preditivo Varia com a prevalência (probabilidade préteste) da doença Para um mesmo teste, quanto maior a prevalência maior o VPP e menor o VPN Faixa ideal de uso do teste: prevalência intermediária (entre 25% e 65%) Quanto mais sensível, melhor o VPN Quanto mais específico, melhor o VPP

28

29

30 Determinantes do Valor Preditivo Sensibilidade Especificidade Prevalência da doença na população Valores preditivos positivo e negativo probabilidade pré-teste probabilidade pós-teste VPP = (S x P) + S x P (1- E) x (1- P) VPN = [(1- S) x P] E x (1- P) + [E x (1- P)]

31 Variação dos valores preditivos de um teste com sensibilidade e especificidade de 90%, segundo a prevalência da doença Prevalência Valor Preditivo % Positivo Negativo 1,0 8,3 99,9 10,0 50,0 98,8 50,0 90,0 90,0 70,0 95,5 80,0 90,0 98,8 50,0 99,0 99,9 50,0

32 Exemplo: Prevalência da toxoplasmose França - 80% EUA - 40% Inglaterra - 20% Uma reação hipotética: Se = 96% Es = 91% Teremos: VPP (França) = 97% VPP (EUA) = 87% VPP (Inglaterra) = 72%

33 Aplicação de um teste x para uma prevalência de 1%: TESTE DOENÇA DIAGNÓSTICO VERDADEIRO PRESENTE AUSENTE TOTAL POSITIVO NEGATIVO TOTAL VPP = 19 /118 = 0,16 (16%). VPN = 1881 / 1882 = 0,999 (99,9%) Aplicação de um teste x para uma prevalência de 20%: TESTE DOENÇA DIAGNÓSTICO PRESENTE VERDADEIRO AUSENTE TOTAL POSITIVO NEGATIVO TOTAL VPP = 380 /460 = 0,82 (82%). VPN = 1520 / 1540 = 0,98 (98%) Taxa global de concordâncias VP + VN (EFICIÊNCIA) = VP + VN + FP + FN

34 Teste de Esforço para diagnóstico DC, meta-análise: sensibilidade = 70% e especificidade = 80% Clínica Fem, jovem dor atípica Masc, 40 anos dor atípica Masc, anos angina típica Probabilidade pré-teste VP positivo VP negativo 5% 16% 98% 50% 78% 73% 90% 97% 23% Gianrossi et al, 1989

35 Probabilidade pré-teste (%) para diferentes tipos de dor torácica em diversos grupos populacionais* Sexo Idade (anos) Dor torácica não anginosa Angina atípica Angina pectoris típica Mulher Mulher Homem Homem Adaptado de Sackett et al. 5

36 Razão de Verossimilhança É definida como a razão entre a probabilidade de um determinado resultado de um teste diagnóstico em indivíduos portadores da doença e a probabilidade do mesmo resultado em indivíduos sem a doença. Para um teste dicotômico (positivo/negativo): Razão de verossimilhança para o teste positivo (RV+): expressa quantas vezes é mais provável encontrar um resultado positivo em pessoas doentes quando comparado com pessoas não doentes RV + = S 1 - E Razão de verossimilhança para o teste negativo (RV-): expressa quantas vezes é mais provável encontrar um resultado negativo em pessoas doentes quando comparado com pessoas não doentes 1 - S RV - = E

37 Razão de Verossimilhança (RV) Chance ou Odds = p / 1 - p Doença Presente Ausente Total Teste Positivo Negativo a verdadeiro positivo c falso negativo b falso positivo d verdadeiro negativo a + b c + d Total a + c b + d a + b + c + d RV pos = [a / (a + c)] / [(b / b + d)] RV neg = [c / (a + c)] / [(d / b + d)]

38

39 TESTES MÚLTIPLOS TESTES EM SÉRIE Aumento especificidade Aumento VPP Diminui sensibilidade Diminui VPN TESTES EM PARALELO Aumento sensibilidade Aumento VPN Diminui especificidade Dimunui VPP

40

41 S p = S A + S B (S A x S B ) PROBABILIDADES E p = E A x E B S s = S A x S B E s = E A + E B (E A x E B )

42 Testes em Paralelo Diagnóstico rápido. Ex: situações de emergência O resultado positivo é considerado se um dos dois testes resultar positivo onde, Tp+ = teste em paralelo positivo A+ = resultado positivo do teste A B+ = resultado positivo do teste B T = p + A + B + Sensibilidade combinada dos testes em paralelo pode ser calculada utilizando-se as regras para o cálculo da probabilidade para a união de dois eventos independentes: S p = S A + S B S A x S B onde, Sp = sensibilidade combinada dos testes em paralelo SA = sensibilidade do teste A SB = sensibilidade do teste B O resultado negativo dos testes em paralelo somente será considerado se os dois testes resultarem negativos. Assim, utilizando-se as regras para o cálculo da probabilidade condicional, a especificidade combinada dos testes em paralelo pode ser calculada como: E p = E A x E B onde, Ep = especificidade combinada dos testes em paralelo EA = especificidade do teste AEB = especificidade do teste B

43 Sensibilidade, especificidade e valores preditivo positivo e negativo dos testes A, B e da combinação em paralelo de A e B Teste S (%) E (%) VP+ (%) VP- (%) A ,86 96,92 B ,78 A e B ,74 99,65

44 Testes em série Processos diagnósticos que não requerem urgência. Ex: pacientes deambulatórios ou internados para investigação diagnóstica Usados também em casos de testes que são muito caros ou que oferecem risco para o paciente Os testes são aplicados seqüencialmente e o segundo teste somente será aplicado se o primeiro resultar positivo onde, Tp+ = teste em série positivo A+ = resultado positivo do teste A B+ = resultado positivo do teste B T p + = A + B + A sensibilidade combinada dos testes em série pode ser calculada utilizando-se as regras para o cálculo da probabilidade para a interseção de dois eventos: S s = S A x S B onde, Ss = sensibilidade combinada dos testes em série SA = sensibilidade do teste A SB = sensibilidade do teste B A especificidade combinada dos testes em série pode ser calculada, utilizando-se as regras para o cálculo da probabilidade, da seguinte forma: E s = E A + E B - E A x E B onde, Es = especificidade combinada dos testes em série EA = especificidade do teste A EB = especificidade do teste

45 Sensibilidade, especificidade e valores preditivo positivo e negativo dos testes A, B e da combinação em série de A e B Teste S (%) E (%) VP+ (%) VP- (%) A ,86 96,92 B ,78 A e B ,73 96,89

46 Outras medidas Doença Presente Ausente Total Teste Positivo Negativo a verdadeiro positivo c falso negativo b falso positivo d verdadeiro negativo a + b c + d Total a + c b + d a + b + c + d Prevalência = (a + c) / (a + b + c + d) Positividade = (a + b) / (a + b + c + d) Acurácia = (a + d) / (a + b + c + d)

47 Distribuição de títulos na IFI de 500 soros positivos e 500 soros negativos para doença de Chagas: TÍTULO (INVERSA) Nº DE SOROS NEGATIVOS Nº DE SOROS POSITIVOS TOTAL PERCENTAGEM DE SOROS POSITIVOS < ,0% ,0% ,0% ,0% ,0% ,8% ,0% ,0% ,0% ,0% ,0% > ,0% TOTAL Negativos: HAI < 1/8 E ELISA com DO < 0,9. Positivos: Antecedentes epidemiológicos + marcador clínico + HAI > 1/8 e ELISA com DO > 1,1.

48 Freqüência Distribuição de títulos no teste de IFI em 500 soros negativos e 500 soros positivos para doença de Chagas < >10240 Inversa dos títulos Negativo Positivo

49 Percentual de concordância Acurácia Observação 1 Teste + Teste - Observação 2 Teste + a b Teste - c d Observações concordantes Percentual concordância ou Acurácia = (a + d) x 100 a + b + c + d

50 Concordância entre Primeiro e Segundo exame de carótida por ultrasom bimodal - estudo ARIC Exame 1 Exame 2 Placa+ Placa Normal Total Calcificação Placa Calcificação Placa Normal Total Percentual concordância ou Acurácia = / 986 = 0,858 ou 85,8%

51 Concordância de Youden (J) Baseia-se na premissa que deve-se optar pelo teste que apresentar a menor soma das proporções de erros de classificação J= sensibilidade +especificidade 1 J=ad-bc/(a+b)(c+d) Prevalência real Prevalência aparente α= Falsos positivos β= Falsos negativos

52 Coeficiente Kappa As medidas anteriores não levam em consideração a concordância esperada ao acaso Kappa: Fração da concordância observada em relação ao máximo de concordância esperada ao acaso Fleiss JL, Statistical methods for rates and proportions, II edition, Chapter 13, 1985

53

54 Kappa Primeiro e Segundo exame de carótida por ultrasom bimodal - estudo ARIC [(27 37) + ( ) + ( )] Pe = = 0,665 (986)2 = (0,858-0,665) (1-0,665) = 0,576

55 Pontos de corte Kappa

56 Kappa ponderado I dosagem II dosagem total (peso 1) 2 (0.5) 0 (0) (peso 0.5) 5 (1 ) 3 (0.5) (peso 0) 3 (0.5) 5 (1) 8 total Concordância ponderada observada (POW) POW = 1(14+5+5) + 0,5( 2+6+3) + 0(0+0) = 31/38 = 0,816 38

57 Cálculo do Kappa ponderado Concordância ponderada observada (POW) POW = 1(14+5+5) + 0,5( 2+6+3) + 0(0+0) = 31/38 = 0, Concordância ponderada esperada (PEW) A pew é igual a soma do produto das colunas e linhas onde o peso 1 aparece, multiplicada por este peso; a soma dos produtos e linhas onde o peso 0,5 aparece, multiplicado por este peso dividido pelo número total ao quadrado PEW = 1(16*20+14*10 +8*8) + 0,5(16*10+14*20+14*8 + 8*10) 38*38 Pew= 1(524) +0,5(632)/1444=840/1440 = 0,582 Interpretação 0,75 1 = excelente 0,40 <0,75 = razoável <0,40 =baixa concordância Kappa ponderado Kw= pow pew / 1-pew = (0,816-0,582) / (1 0,582) = 0,56

58 MÉTODOS ESTATÍSTICOS I. UNIDADE DE MEDIDA - TÍTULO - ABSORBÂNCIA - LOG II. TRANSFORMAÇÃO LOGARÍTMICA DAS UNIDADES DE MEDIDA - POR QUE? 1º) DILUIÇÃO DO SORO - SÉRIE GEOMÉTRICA RECÍPROCA DA DILUIÇÃO TÍTULO CODIFICADO (X) (log10x) * * Soro não diluído 2º) DISTRIBUIÇÃO LOG-NORMAL Frequência de anticorpos inibidores da hemaglutinação antirubeola em 277 meninas de 15 a 19 anos de idade, que tinham sido imunizadas com vacina contra rubeola tipo Cendehill TÍTULO (log2) FREQÜÊNCIA TOTAL

59 MÉTODOS ESTATÍSTICOS III. MÉDIA GEOMÉTRICA DA RECÍPROCA DO TÍTULO TÍTULO ---> Log 10 X ---> TOTAL ---> MÉDIA ---> MGRT (X) (L) õl L AntiLog L IV. COMPARAÇÃO DE TÍTULOS - EM DUAS AMOSTRAS INDEPENDENTES - EM DUAS AMOSTRAS PAREADAS (REMOVER DIFERENÇAS INTER-PESSOAIS) VARIÁVEL CONTÍNUA ou DISCRETA > TESTE DE STUDENT "t Ho: MGRT vacinados = MGRT não vacinados VARIÁVEL CATEGÓRICA > X 2 Mc Nemar c/ CORREÇÃO DE YATES X 2 = ( r - s - 1 ) 2 / r + s H o : f r = f s

60 Comparação das reações ELISA e RIFI no diagnóstico da toxoplasmose RIFI - título 1:16 Positivo Negativo Total X 2 = ( r - s - 1 ) 2 / r + s ELISA Positivo ,303nm Negativo Total X 2 1gl = 18,05 RIFI - título 1:64 Positivo Negativo Total ELISA Positivo ,303nm Negativo X 2 1gl = 1,5 Total

61 EXERCÍCIOS

62 Questão 1 Observe a tabela abaixo e responda as questões a seguir: Infecção pelo HIV Gold standard (Western Blot) Com anticorpos Sem anticorpos ELISA positivo ELISA negativo a) Qual é a prevalência do HIV; b) Qual é a prevalência dos ELISA positivos; c) Qual é a prevalência dos ELISA negativos; d) Qual é a sensibilidade do ELISA; e) Qual é a especificidade do ELISA; f) Calcule o valor preditivo positivo (VPP) e o valor preditivo negativo (VPN) para o Elisa, para a prevalência considerada na tabela, e responda: Nestas condições, o Elisa é um teste adequado para triagem em um Banco de Sangue? g) Calcule a razão de verossimilhança positiva e negativa do ELISA. Que informação estes valores nos fornece?

63 Questão 2 Curvas ROC O exame laboratorial mais comumente utilizado para triagem de diabetes mellitus é a glicemia de jejum. Suponha que o padrão diagnóstico para diabetes seja uma glicemia igual ou maior que 170 mg/100 ml na segunda hora após sobrecarga de 75 g de glicose. Tendo como base esse padrão diagnóstico, podese determinar a sensibilidade e a especificidade tanto da glicemia de jejum como da glicemia colhida uma hora após sobrecarga de 75 g de glicose, utilizando vários pontos críticos, conforme mostrado nas Tabelas 1 e 2, a seguir. Tabela 1 - Sensibilidade e especificidade da glicemia de jejum para o diagnóstico do diabetes mellitus, de acordo com o ponto crítico escolhido mg/100 ml Sensibilidade (%) Especificidade (%) Tabela 2 - Sensibilidade e especificidade da glicemia colhida uma hora após sobrecarga de 75 g de glicose, de acordo com o ponto crítico escolhido mg/100 ml Sensibilidade (%) Especificidade (%) Exercício: Com os dados acima plote num único gráfico as curvas ROC (Receiver Operating Characteristic) para Glicemia de Jejum e de Sobrecarga. Responda: Qual o melhor teste para o diagnóstico de diabetes mellitus? Justifique.

64 Próximo Assunto Precisão: Mede o erro acidental do método. Acurácia ou Exatidão: Determina erros sistemáticos e tendências de desvio em relação ao valor real. Reprodutibilidade Intrateste. Reprodutibilidade Interteste.

DIAGNÓSTICO. Processo de decisão clínica que baseia-se, conscientemente ou não, em probabilidade. Uso dos testes diagnósticos

DIAGNÓSTICO. Processo de decisão clínica que baseia-se, conscientemente ou não, em probabilidade. Uso dos testes diagnósticos Universidade Federal do Rio de Janeiro Centro de Ciências da Saúde Faculdade de Medicina / Instituto de Estudos em Saúde Coletiva - IESC Departamento Medicina Preventiva Disciplina de Epidemiologia Testes

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DEPARTAMENTO DE SAÚDE PÚBLICA AULA TESTES DIAGNÓSTICOS Eleonora D Orsi Lúcio

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DEPARTAMENTO DE SAÚDE PÚBLICA AULA TESTES DIAGNÓSTICOS Eleonora D Orsi Lúcio UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DEPARTAMENTO DE SAÚDE PÚBLICA AULA TESTES DIAGNÓSTICOS Eleonora D Orsi Lúcio Botelho Sérgio Freitas DIAGNÓSTICO Processo de decisão clínica

Leia mais

Testes Diagnósticos. HEP Cassia Maria Buchalla

Testes Diagnósticos. HEP Cassia Maria Buchalla Testes Diagnósticos HEP 176 2017 Cassia Maria Buchalla Os testes são utilizados no diagnóstico clínico, na triagem e na pesquisa Concebido como um teste laboratorial, também se aplica à informação obtida

Leia mais

probabilidade e não certeza Concebido como um teste laboratorial, mas também se aplica à informação obtida na história, exame físico ou raio x, etc.

probabilidade e não certeza Concebido como um teste laboratorial, mas também se aplica à informação obtida na história, exame físico ou raio x, etc. Avaliação de Testes Diagnósticos e de Rastreamento As aparências para a mente são de quatro tipos: as coisas ou são o que parecem ser; ou não são, nem parecem ser; ou são e não parecem ser; ou não são,

Leia mais

DETERMINANTES DE UM VALOR PREDITIVO

DETERMINANTES DE UM VALOR PREDITIVO Avaliação de Testes Diagnósticos e de Rastreamento As aparências para a mente são de quatro tipos: as coisas ou são o que parecem ser; ou não são, nem parecem ser; ou são e não parecem ser; ou não são,

Leia mais

Imunologia Aplicada. Sorologia

Imunologia Aplicada. Sorologia Imunologia Aplicada Sorologia Importância da pesquisa de Anticorpos no diagnóstico individual 1. Elucidar processos patológicos 2. Diferenciar a fase da doença 3. Diagnosticar doença congênita 4. Selecionar

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE INSTITUTO DE ESTUDOS EM SAÚDE COLETIVA DISCIPLINA: MÉTODO EPIDEMIOLÓGICO

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE INSTITUTO DE ESTUDOS EM SAÚDE COLETIVA DISCIPLINA: MÉTODO EPIDEMIOLÓGICO UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE INSTITUTO DE ESTUDOS EM SAÚDE COLETIVA DISCIPLINA: MÉTODO EPIDEMIOLÓGICO Validade em Estudos Epidemiológicos II Universidade Federal do

Leia mais

Avaliação de testes diagnósticos

Avaliação de testes diagnósticos Avaliação de testes diagnósticos De volta ao exemplo do benzenismo Mapeamento da população sob risco (7.356 trabalhadores) 1 a triagem hematológica 2 a triagem hematológica 216 indivíduos considerados

Leia mais

Validade interna e externa em estudos epidemiológicos. Sensibilidade; Especificidade; Valor Preditivo Positivo; Valor Preditivo Negativo

Validade interna e externa em estudos epidemiológicos. Sensibilidade; Especificidade; Valor Preditivo Positivo; Valor Preditivo Negativo Validade interna e externa em estudos epidemiológicos Sensibilidade; Especificidade; Valor Preditivo Positivo; Valor Preditivo Negativo Qualidade da Informação Existem dois conceitos fundamentais, em termos

Leia mais

Epidemiologia Analítica TESTES DIAGNÓSTICOS

Epidemiologia Analítica TESTES DIAGNÓSTICOS Epidemiologia Analítica TESTES DIAGNÓSTICOS Introdução Busca do diagnóstico Conscientemente ou não usa-se um raciocínio probabilístico Uso de testes diagnósticos para reduzir ao máximo o grau de incerteza

Leia mais

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO AVALIAÇÃO DE TESTES DE DIAGNÓSTICO

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO AVALIAÇÃO DE TESTES DE DIAGNÓSTICO UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO AVALIAÇÃO DE TESTES DE DIAGNÓSTICO Prof a. Maria Regina Alves Cardoso Interpretação dos testes diagnósticos: Teste diagnóstico Concebido como um teste laboratorial, mas também

Leia mais

Universidade de São Paulo Faculdade de Saúde Pública Departamento de Epidemiologia. Testes Diagnósticos ANA PAULA SAYURI SATO

Universidade de São Paulo Faculdade de Saúde Pública Departamento de Epidemiologia. Testes Diagnósticos ANA PAULA SAYURI SATO Universidade de São Paulo Faculdade de Saúde Pública Departamento de Epidemiologia Testes Diagnósticos ANA PAULA SAYURI SATO Objetivos da aula Definir validade de testes de rastreamento (screening) e diagnóstico

Leia mais

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE SAÚDE PÚBLICA DEPARTAMENTO DE EPIDEMIOLOGIA DISCIPLINA HEP EPIDEMIOLOGIA I 2006

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE SAÚDE PÚBLICA DEPARTAMENTO DE EPIDEMIOLOGIA DISCIPLINA HEP EPIDEMIOLOGIA I 2006 1 UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE SAÚDE PÚBLICA DEPARTAMENTO DE EPIDEMIOLOGIA DISCIPLINA HEP - 5705 - EPIDEMIOLOGIA I 2006 Avaliando a Validade do Diagnóstico e de Testes de triagem Introdução Os

Leia mais

Testes de triagem e provas diagnósticas

Testes de triagem e provas diagnósticas Testes de triagem e provas Qual é o valor do teste em distinguir pessoas doentes daquelas não doentes? Triagem Diagnóstico Prof. Dra Marisa M. MussiPinhata Princípios da triagem populacional Doença elevada

Leia mais

Parâmetros Imunológicos. Profª Heide Baida

Parâmetros Imunológicos. Profª Heide Baida Parâmetros Imunológicos Profª Heide Baida Introdução Antes de estudarmos os testes imunológicos e seus parâmetros de avaliação, vale relembrar alguns tópicos importantes. Tipo de amostras que podem ser

Leia mais

Dimensões da avaliação de Testes de Diagnóstico

Dimensões da avaliação de Testes de Diagnóstico UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Avaliação de Testes de Diagnóstico Prof. Fredi Alexander Diaz Quijano Departamento Epidemiologia FSP E-mail: frediazq@msn.com Dimensões da avaliação de Testes de Diagnóstico Reprodutibilidade

Leia mais

Epidemiologia Analítica TESTES DIAGNÓSTICOS 2

Epidemiologia Analítica TESTES DIAGNÓSTICOS 2 Epidemiologia Analítica TESTES DIAGNÓSTICOS 2 Revendo... Doença (definida pelo teste ouro) PRESENTE AUSENTE TOTAL TESTE + a Verdadeiro positivo b Falso positivo a + b Teste + - c Falso negativo d Verdadeiro

Leia mais

Roteiro Testes sorológicos e moleculares no diagnóstico das doenças infecciosas: o que é necessário saber? Download da aula e links.

Roteiro Testes sorológicos e moleculares no diagnóstico das doenças infecciosas: o que é necessário saber? Download da aula e links. Roteiro Testes sorológicos e moleculares no diagnóstico das doenças infecciosas: o que é necessário saber? Apresentação de conceitos e suas relações. Reação de Elisa e PCR como exemplos. Prof. Dr. Fábio

Leia mais

Prof. Lorí Viali, Dr.

Prof. Lorí Viali, Dr. Prof. Lorí Viali, Dr. viali@mat.ufrgs.br http://www.ufrgs.br/~viali/ Distribuição Conjunta Suponha que se queira analisar o comportamento conjunto das variáveis X = Grau de Instrução e Y = Região de

Leia mais

Exercício 4 Desempenho Diagnóstico

Exercício 4 Desempenho Diagnóstico XIII Curso de Revisão de Tópicos de Epidemiologia, Bioestatística e Bioética Exercício 4 Desempenho Diagnóstico Regente Dr. Mário B. Wagner, MD PhD DLSHTM Prof. FAMED/UFRGS e PUCRS 2013 Porto Alegre, RS

Leia mais

Roteiro. Métodos diagnósticos: conceitos gerais. Download da aula e links. Introdução. Fases de um programa sanitário. Parâmetros. PCR ou ELISA?

Roteiro. Métodos diagnósticos: conceitos gerais. Download da aula e links. Introdução. Fases de um programa sanitário. Parâmetros. PCR ou ELISA? Roteiro Métodos diagnósticos: conceitos gerais. Apresentação de conceitos e suas inter relações. Reação de Elisa e PCR como exemplos. Prof. Dr. Fábio Gregori Laboratório de Biologia Molecular Aplicada

Leia mais

Solicitações de exames cardiológicos não invasivos: necessidades de saúde ou medicina defensiva?

Solicitações de exames cardiológicos não invasivos: necessidades de saúde ou medicina defensiva? 12º Congresso Brasileiro de Medicina de Família e Comunidade Belém PA Solicitações de exames cardiológicos não invasivos: necessidades de saúde ou medicina defensiva? Dr. Roberto Morán Médico de Família

Leia mais

Fazer um diagnóstico. Testes Diagnósticos. Necessidade dos testes. Foco principal

Fazer um diagnóstico. Testes Diagnósticos. Necessidade dos testes. Foco principal Testes Diagnósticos Avaliação Crítica Fazer um diagnóstico tentativa de tomar uma decisão adequada usando informações inadequadas resultado de testes diminuir a incerteza do diagnóstico Ideal saber viver

Leia mais

Metodologia Científica I Roumayne Andrade

Metodologia Científica I Roumayne Andrade Metodologia Científica I 2018.1 Roumayne Andrade 1- Qual das alternativas a seguir NÃO é um dos elementos geralmente utilizados para definir uma questão clínica específica que pode ser estudada por meio

Leia mais

Fazer um diagnóstico. Necessidade dos testes. Foco principal. Variabilidade do teste. Diminuição das incertezas definição de normal

Fazer um diagnóstico. Necessidade dos testes. Foco principal. Variabilidade do teste. Diminuição das incertezas definição de normal Fazer um diagnóstico Avaliação Crítica tentativa de tomar uma decisão adequada usando informações inadequadas resultado de testes diminuir a incerteza do diagnóstico Ideal saber viver com a incerteza saber

Leia mais

O PAPEL DOS TESTES DIAGNÓSTICOS EM POLÍTICA PÚBLICA DE SAÚDE E EM DECISÕES CLÍNICAS. Murilo Contó National Consultant PAHO/WHO

O PAPEL DOS TESTES DIAGNÓSTICOS EM POLÍTICA PÚBLICA DE SAÚDE E EM DECISÕES CLÍNICAS. Murilo Contó National Consultant PAHO/WHO O PAPEL DOS TESTES DIAGNÓSTICOS EM POLÍTICA PÚBLICA DE SAÚDE E EM DECISÕES CLÍNICAS Murilo Contó National Consultant PAHO/WHO Sumário 1- Definição Produtos Diagnósticos in vitro (IVD) 2- Características

Leia mais

Universidade Federal de Ouro Preto. Probabilidade e avaliação de testes diagnósticos

Universidade Federal de Ouro Preto. Probabilidade e avaliação de testes diagnósticos Universidade Federal de Ouro Preto Professor: Ricardo Tavares 1. Introdução Probabilidade e avaliação de testes diagnósticos Uma das experiências mais rotineiras da prática médica é a solicitação de um

Leia mais

Princípios de Bioestatística Testes Diagnósticos

Princípios de Bioestatística Testes Diagnósticos 1/47 Princípios de Bioestatística Testes Diagnósticos Enrico A. Colosimo/UFMG http://www.est.ufmg.br/ enricoc/ Depto. Estatística - ICEx - UFMG 2/47 Classificando Indivíduos: Doente e não-doente Uma das

Leia mais

Bioestatística F Testes Diagnósticos

Bioestatística F Testes Diagnósticos Bioestatística F Testes Diagnósticos Enrico A. Colosimo Departamento de Estatística Universidade Federal de Minas Gerais http://www.est.ufmg.br/~enricoc 2011 1 / 36 Testes Diagnósticos Uma das experiências

Leia mais

Princípios de Bioestatística

Princípios de Bioestatística Universidade Federal de Minas Gerais Instituto de Ciências Exatas Departamento de Estatística Princípios de Bioestatística Aula 6: Avaliação da Qualidade de Testes de Diagnóstico PARTE 1: Avaliando um

Leia mais

Análise Decisional: integridade e validação Por: Lionel Morgado Susana Silva

Análise Decisional: integridade e validação Por: Lionel Morgado Susana Silva Análise Decisional: integridade e validação Por: Lionel Morgado Susana Silva Algoritmos de Diagnóstico e de Auto-Regulação FCTUC 07-08 1 DIAGNÓSTICO DIAGNÓSTICO - em Medicina é o processo analítico de

Leia mais

Fisiopatologia Laboratorial. Exames Complementares de Diagnóstico e sua Validade

Fisiopatologia Laboratorial. Exames Complementares de Diagnóstico e sua Validade Fisiopatologia Laboratorial Exames Complementares de Diagnóstico e sua Validade Fisiopatologia Laboratorial Objectivos Adaptar o exame complementar de diagnóstico à finalidade clínica Reconhecer o conceito

Leia mais

Probabilidades em Biomedicina: Uma Aplicação da Regra de Bayes

Probabilidades em Biomedicina: Uma Aplicação da Regra de Bayes Probabilidades em Biomedicina: Uma Aplicação da Regra de Bayes Introdução Os seguintes parágrafos foram retirados do artigo Uncertainty and Decisions in Medical Informatics, de P. Szolovitz, publicado

Leia mais

Não dá para confiar mais em nenhum outro exame pq todos foram feitos no mesmo aparelho.

Não dá para confiar mais em nenhum outro exame pq todos foram feitos no mesmo aparelho. Sobre uma uréia errada Não dá para confiar mais em nenhum outro exame pq todos foram feitos no mesmo aparelho. Sobre o PSA Não há mais diferença entre os laboratórios pq todos fazem os exames automatizados.

Leia mais

Ajustar Técnica usada na análise dos dados para controlar ou considerar possíveis variáveis de confusão.

Ajustar Técnica usada na análise dos dados para controlar ou considerar possíveis variáveis de confusão. Glossário Ajustar Técnica usada na análise dos dados para controlar ou considerar possíveis variáveis de confusão. Análise de co-variância: Procedimento estatístico utilizado para análise de dados que

Leia mais

ACURÁCIA E CONFIABILIDADE DO ENSAIO IMUNOENZIMÁTICO PRODUZIDO POR BIO-MANGUINHOS PARA O DIAGNÓSTICO DA LEISHMANIOSE VISCERAL CANINA

ACURÁCIA E CONFIABILIDADE DO ENSAIO IMUNOENZIMÁTICO PRODUZIDO POR BIO-MANGUINHOS PARA O DIAGNÓSTICO DA LEISHMANIOSE VISCERAL CANINA ACURÁCIA E CONFIABILIDADE DO ENSAIO IMUNOENZIMÁTICO PRODUZIDO POR BIO-MANGUINHOS PARA O DIAGNÓSTICO DA LEISHMANIOSE VISCERAL CANINA Sonia Regina Lambert Passos 1, Lílian Dias Nascimento 1, Maria de Fátima

Leia mais

Associação entre variáveis categóricas e IC95%

Associação entre variáveis categóricas e IC95% Associação entre variáveis categóricas e IC95% Andréa Homsi Dâmaso Programa de pós-graduação em Epidemiologia UFPEL Biotecnologia: Bioestatística e Delineamento Experimental Aula de hoje Teste do qui-quadrado

Leia mais

ERRO E TRATAMENTO DE DADOS ANALÍTICOS

ERRO E TRATAMENTO DE DADOS ANALÍTICOS Universidade Federal de Juiz de Fora Instituto de Ciências Exatas Departamento de Química Introdução a Analise Química - I sem/2013 Profa Ma Auxiliadora - 1 Disciplina QUIO94 - Introdução à Análise Química

Leia mais

CE055 - Bioestatística A - Prova 1 - Gabarito

CE055 - Bioestatística A - Prova 1 - Gabarito CE055 - Bioestatística A - Prova 1 - Gabarito 1. Suponha que um certo evento de um experimento aleatório ocorra com probabilidade 0,02. Qual das seguintes afirmações representa uma interpretação correta

Leia mais

Qualidade Assegurada e Avaliação Ferramentas existentes

Qualidade Assegurada e Avaliação Ferramentas existentes Qualidade Assegurada e Avaliação Ferramentas existentes Kits para diagnóstico in vitro - TESTES RÁPIDOS 1. HISTÓRIA LINHA DO TEMPO 1954 - LCCDM- Laboratório Central de Controle de Drogas e Medicamentos;

Leia mais

Curso de Data Mining

Curso de Data Mining Curso de Data Mining Sandra de Amo Curvas Roc Uma curva ROC (Receiver Operating Characteristic) é um enfoque gráfico que permite visualizar os trade-offs entre as taxas de positivos verdadeiros e positivos

Leia mais

BIOESTATÍSTICA AULA 3. Anderson Castro Soares de Oliveira Jose Nilton da Cruz. Departamento de Estatística/ICET/UFMT

BIOESTATÍSTICA AULA 3. Anderson Castro Soares de Oliveira Jose Nilton da Cruz. Departamento de Estatística/ICET/UFMT BIOESTATÍSTICA AULA 3 Anderson Castro Soares de Oliveira Jose Nilton da Cruz Departamento de Estatística/ICET/UFMT Probabilidade PROBABILIDADE Probabilidade é o ramo da matemática que estuda fenômenos

Leia mais

Bioestatística Aula 3

Bioestatística Aula 3 Bioestatística Aula 3 Anderson Castro Soares de Oliveira Anderson Bioestatística 1 / 51 Probabilidade Probabilidade é o ramo da matemática que estuda fenômenos aleatórios. Probabilidade é uma medida que

Leia mais

Questionário- Teste de Conhecimento de Bioestatística

Questionário- Teste de Conhecimento de Bioestatística Questionário- Teste de Conhecimento de Bioestatística Este inquérito está inserido no trabalho de investigação Statistical interpretation of studies among doctors and medical students. Tem como objetivo

Leia mais

Questionário- Teste de Conhecimento de Bioestatística

Questionário- Teste de Conhecimento de Bioestatística Questionário- Teste de Conhecimento de Bioestatística Este inquérito está inserido no trabalho de investigação Statistical interpretation of studies among doctors and medical students. Tem como objetivo

Leia mais

TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS. CLÁUDIA PINHO HARTLEBEN MÉDICA VETERINÁRIA

TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS. CLÁUDIA PINHO HARTLEBEN MÉDICA VETERINÁRIA TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS CLÁUDIA PINHO HARTLEBEN MÉDICA VETERINÁRIA clauhart@terra.com.br Email: claudia.fernandes@ufpel.tche.br PREVALÊNCIA População examinada quanto a presença ou ausência de

Leia mais

Questionário- Teste de Conhecimento de Bioestatística

Questionário- Teste de Conhecimento de Bioestatística Questionário- Teste de Conhecimento de Bioestatística Este inquérito está inserido no trabalho de investigação Statistical interpretation of studies among doctors and medical students. Tem como objetivo

Leia mais

Medicina baseada em evidências Carlos Augusto Cardim de Oliveira

Medicina baseada em evidências Carlos Augusto Cardim de Oliveira Medicina baseada em evidências Carlos Augusto Cardim de Oliveira Fundação Unimed Apostila do curso de Pós-graduação em Gestão de Negócios em Saúde Apresentação: Biól. Andréia Rocha e Dr Carlos Isaia Filho

Leia mais

Lista de Exercícios de Probabilidades

Lista de Exercícios de Probabilidades Lista de Exercícios de Probabilidades Joel M. Corrêa da Rosa 2011 1. Lançam-se três moedas. Enumere o espaço amostral e os eventos : Ω = {(c, c, c); (k, k, k); (c, k, k); (k, c, k); (k, k, c); (k, c, c);

Leia mais

MIF IgM para clamídia

MIF IgM para clamídia MIF IgM para clamídia Código do Produto:IF1250M Rev. I Características de desempenho Distribuição proibida nos Estados Unidos VALORES ESPERADOS População com pneumonia adquirida na comunidade Dois pesquisadores

Leia mais

Planejamento e Otimização de Experimentos

Planejamento e Otimização de Experimentos Planejamento e Otimização de Experimentos Um Pouco de Estatística Descritiva Prof. Dr. Anselmo E de Oliveira anselmo.quimica.ufg.br elcana@quimica.ufg.br Populações, Amostras e Distribuições População

Leia mais

Resultados. Grupo SK/aids

Resultados. Grupo SK/aids 40 Resultados Em virtude da quantidade e da complexidade dos dados obtidos, optou-se pela apresentação individual dos resultados na forma de Quadros que se encontram em Anexo; e para facilitar a visualização

Leia mais

GLICOSE - JEJUM Material: Soro Método..: Colorimétrico Enzimático - Auto Analisador RESULTADO:

GLICOSE - JEJUM Material: Soro Método..: Colorimétrico Enzimático - Auto Analisador RESULTADO: Pag.: 1 de 9 GLICOSE - JEJUM Método..: Colorimétrico Enzimático - Auto Analisador RESULTADO: 96 mg/dl 60 a 99 mg/dl Resultados Anteriores: 53[1/8/2013]; 71[9/12/2012]; 80[3/3/2012]; 74[17/5/2011]; 81[17/11/2006];

Leia mais

Epidemiologia Descritiva CURSO DE EPIDEMIOLOGIA VETERINÁRIA, ACT Prof. Luís Gustavo Corbellini EPILAB /FAVET - UFRGS

Epidemiologia Descritiva CURSO DE EPIDEMIOLOGIA VETERINÁRIA, ACT Prof. Luís Gustavo Corbellini EPILAB /FAVET - UFRGS Epidemiologia Descritiva CURSO DE EPIDEMIOLOGIA VETERINÁRIA, ACT Prof. Luís Gustavo Corbellini EPILAB /FAVET - UFRGS 23/09/2014 Observação - coleta de dados Avaliação qualitativa Ecologia Transmissão e

Leia mais

04/03/2008. Identificar o desenho do estudo. Opinião de especialista Exemplo: Revisão Narrativa. Identificando Principais Tipos de Estudos

04/03/2008. Identificar o desenho do estudo. Opinião de especialista Exemplo: Revisão Narrativa. Identificando Principais Tipos de Estudos Identificando Principais Tipos de Estudos Dr. André Sasse Identificar o desenho do estudo Fundamental para a prática da MBE Leitura atenta dos métodos O desenho do estudo é adequado para responder à pergunta

Leia mais

INCIDÊNCIA E PREVALÊNCIA

INCIDÊNCIA E PREVALÊNCIA INCIDÊNCIA E PREVALÊNCIA 1) A figura reproduzida abaixo representa uma epidemia de Dengue tipo I ocorrida num agrupamento de garimpeiros trabalhando em área remota do Pará. O grupo total era composto de

Leia mais

Boas Maneiras em Aprendizado de Máquinas

Boas Maneiras em Aprendizado de Máquinas Universidade Federal do Paraná (UFPR) Bacharelado em Informática Biomédica Boas Maneiras em Aprendizado de Máquinas David Menotti www.inf.ufpr.br/menotti/ci171-182 Boas Maneiras Agenda Introdução Métricas

Leia mais

MORTALIDADE DE IDOSOS POR DOENÇAS CARDIOLÓGICAS NA CIDADE DE JOÃO PESSOA-PB

MORTALIDADE DE IDOSOS POR DOENÇAS CARDIOLÓGICAS NA CIDADE DE JOÃO PESSOA-PB MORTALIDADE DE IDOSOS POR DOENÇAS CARDIOLÓGICAS NA CIDADE DE JOÃO PESSOA-PB Msc. Elídio Vanzella- Ensine Faculdades; Estácio. INTRODUÇÃO No ano de 1990 o governo brasileiro, pelo menos no campo das intenções,

Leia mais

Tópicos. Definição. Ensaios de diagnóstico 27/11/2013. Critérios de Validação de Ensaios de Diagnóstico Imunológico e Molecular

Tópicos. Definição. Ensaios de diagnóstico 27/11/2013. Critérios de Validação de Ensaios de Diagnóstico Imunológico e Molecular Tópicos Critérios de Validação de Ensaios de Diagnóstico Imunológico e Molecular Prof. Alan McBride Rastreabilidade Molecular Biotecnologia, CDTec, UFPel 2013.2 Ensaios diagnósticos. Fatores a considerar

Leia mais

"Estimando o n & variáveis e 'endpoints' de um estudo

Estimando o n & variáveis e 'endpoints' de um estudo UNIDADE DE PESQUISA CLÍNICA Centro de Medicina Reprodutiva Dr Carlos Isaia Filho LTDA. "Estimando o n & "Determinando e organizando as variáveis e 'endpoints' de um estudo SuchmacherM, Geller M.Bioestatística

Leia mais

Instrumentação Industrial. Fundamentos de Instrumentação Industrial: Introdução a Metrologia Incerteza na Medição

Instrumentação Industrial. Fundamentos de Instrumentação Industrial: Introdução a Metrologia Incerteza na Medição Instrumentação Industrial Fundamentos de Instrumentação Industrial: Introdução a Metrologia Incerteza na Medição Introdução a Metrologia O que significa dizer: O comprimento desta régua é 30cm. A temperatura

Leia mais

Introdução à Bioestatística Turma Nutrição

Introdução à Bioestatística Turma Nutrição Universidade Federal de Minas Gerais Instituto de Ciências Exatas Departamento de Estatística Introdução à Bioestatística Turma Nutrição Aula 6: Avaliação da Qualidade de Testes de Diagnóstico Avaliando

Leia mais

Mais Aplicações sobre cálculo de probabilidades

Mais Aplicações sobre cálculo de probabilidades Mais Aplicações sobre cálculo de probabilidades Prof. Hemílio Fernandes Campos Coêlho Departamento de Estatística - Universidade Federal da Paraíba - UFPB Noções de Epidemiologia Em algumas aplicações

Leia mais

Questionário- Teste de Conhecimento de Bioestatística

Questionário- Teste de Conhecimento de Bioestatística Questionário- Teste de Conhecimento de Bioestatística Este inquérito está inserido no trabalho de investigação Statistical interpretation of studies among doctors and medical students. Tem como objetivo

Leia mais

Roteiro. PCC142 / BCC444 - Mineração de Dados Avaliação de Classicadores. Estimativa da Acurácia. Introdução. Estimativa da Acurácia

Roteiro. PCC142 / BCC444 - Mineração de Dados Avaliação de Classicadores. Estimativa da Acurácia. Introdução. Estimativa da Acurácia Roteiro PCC142 / BCC444 - Mineração de Dados Avaliação de Classicadores Introdução Luiz Henrique de Campos Merschmann Departamento de Computação Universidade Federal de Ouro Preto luizhenrique@iceb.ufop.br

Leia mais

Intervalos de Confiança - Amostras Pequenas

Intervalos de Confiança - Amostras Pequenas Intervalos de Confiança - Amostras Pequenas Teste de Hipóteses para uma Média Jorge M. V. Capela, Marisa V. Capela, Instituto de Química - UNESP Araraquara, SP capela@iq.unesp.br Araraquara, SP - 2016

Leia mais

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO. Epidemiologia Geral HEP 141. Maria Regina Alves Cardoso

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO. Epidemiologia Geral HEP 141. Maria Regina Alves Cardoso UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Epidemiologia Geral HEP 141 Maria Regina Alves Cardoso 2017 INTERPRETAÇÃO DE DADOS EPIDEMIOLÓGICOS Vamos considerar... Causa: uma característica ou evento que produz ou influencia

Leia mais

HBsAg Quantitativo Sistema ARCHITECT / Abbott (Clareamento do HBsAg)

HBsAg Quantitativo Sistema ARCHITECT / Abbott (Clareamento do HBsAg) HBsAg Quantitativo Sistema ARCHITECT / Abbott (Clareamento do HBsAg) USO PRETENDIDO O ensaio HBsAg é um imunoensaio de micropartículas por quimioluminescência (CMIA) para a determinação quantitativa do

Leia mais

Ferramenta de rastreamento global: uma revisão das evidências (edição de 2016)

Ferramenta de rastreamento global: uma revisão das evidências (edição de 2016) Ferramenta de rastreamento global: uma revisão das evidências (edição de 2016) Relatório da Health Quality & Safety Commission New Zealand Sumário executivo Introdução: A atenção dedicada recentemente

Leia mais

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE SAÚDE PÚBLICA DEPARTAMENTO DE EPIDEMIOLOGIA DISCIPLINA - EPIDEMIOLOGIA DAS DOENÇAS INFECCIOSAS 2006

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE SAÚDE PÚBLICA DEPARTAMENTO DE EPIDEMIOLOGIA DISCIPLINA - EPIDEMIOLOGIA DAS DOENÇAS INFECCIOSAS 2006 1 UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE SAÚDE PÚBLICA DEPARTAMENTO DE EPIDEMIOLOGIA DISCIPLINA - EPIDEMIOLOGIA DAS DOENÇAS INFECCIOSAS 2006 Avaliando a Validade do Diagnóstico e de Testes de triagem Introdução

Leia mais

DCBD. Avaliação de modelos. Métricas para avaliação de desempenho. Avaliação de modelos. Métricas para avaliação de desempenho...

DCBD. Avaliação de modelos. Métricas para avaliação de desempenho. Avaliação de modelos. Métricas para avaliação de desempenho... DCBD Métricas para avaliação de desempenho Como avaliar o desempenho de um modelo? Métodos para avaliação de desempenho Como obter estimativas confiáveis? Métodos para comparação de modelos Como comparar

Leia mais

Planejamento e Otimização de Experimentos

Planejamento e Otimização de Experimentos Planejamento e Otimização de Experimentos Um Pouco de Estatística Prof. Dr. Anselmo E de Oliveira anselmo.quimica.ufg.br anselmo.disciplinas@gmail.com Populações, Amostras e Distribuições População Amostra

Leia mais

Métodos de Pesquisa e Diagnóstico dos Vírus

Métodos de Pesquisa e Diagnóstico dos Vírus Métodos de Pesquisa e Diagnóstico dos Vírus Estratégias Isolamento em sistemas vivos Pesquisa de antígeno viral Pesquisa de anticorpos Pesquisa do ácido nucléico viral (DNA ou RNA) Pré requisitos para

Leia mais

Parte 8 Testes de hipóteses Comparação de dois grupos

Parte 8 Testes de hipóteses Comparação de dois grupos Parte 8 Testes de hipóteses Comparação de dois grupos Um objetivo frequente em estudos de diferentes áreas é a comparação de dois ou mais grupos (ou populações). Alguns exemplos: o Comparação dos salários

Leia mais

POPULAÇÃO X AMOSTRA INTRODUÇÃO À BIOESTATÍSTICA TIPOS DE VARIÁVEIS CLASSIFICAÇÃO DAS VARIÁVEIS CLASSIFICAÇÃO DAS VARIÁVEIS 1) TIPOS DE VARIÁVEIS

POPULAÇÃO X AMOSTRA INTRODUÇÃO À BIOESTATÍSTICA TIPOS DE VARIÁVEIS CLASSIFICAÇÃO DAS VARIÁVEIS CLASSIFICAÇÃO DAS VARIÁVEIS 1) TIPOS DE VARIÁVEIS POPULAÇÃO X AMOSTRA INTRODUÇÃO À BIOESTATÍSTICA População (N) representa o conjunto de todas as unidades experimentais que apresentam características em comum Amostra (n) representa uma parte do todo.

Leia mais

MÉTODOS QUANTITATIVOS PARA CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO EXPERIMENTAL

MÉTODOS QUANTITATIVOS PARA CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO EXPERIMENTAL MÉTODOS QUANTITATIVOS PARA CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO EXPERIMENTAL Pedro Henrique Bragioni Las Casas Pedro.lascasas@dcc.ufmg.br Apresentação baseada nos slides originais de Jussara Almeida e Virgílio Almeida

Leia mais

Mineração de Dados em Biologia Molecular

Mineração de Dados em Biologia Molecular Mineração de Dados em Biologia Molecular André C.. L. F. de Carvalho Monitor: Valéria Carvalho lanejamento e Análise de Experimentos rincipais tópicos Estimativa do erro artição dos dados Reamostragem

Leia mais

MÉTODOS ESTATÍSTICOS PARA EXATIDÃO DE MAPEAMENTO E AVALIAÇÃO DE MODELOS

MÉTODOS ESTATÍSTICOS PARA EXATIDÃO DE MAPEAMENTO E AVALIAÇÃO DE MODELOS MÉTODOS ESTATÍSTICOS PARA EXATIDÃO DE MAPEAMENTO E AVALIAÇÃO DE MODELOS Camilo Daleles Rennó Referata Biodiversidade 8 novembro 2007 Modelagem lençol freático rocha de origem Modelagem O que faz uma planta

Leia mais

PLANO DE ENSINO. TOTAL: 80 horas (60 horas teóricas; 20 horas práticas)

PLANO DE ENSINO. TOTAL: 80 horas (60 horas teóricas; 20 horas práticas) PLANO DE ENSINO FACULDADE: FACULDADE DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DE JUIZ DE FORA CURSO: MEDICINA VETERINÁRIA Período: 6º DISCIPLINA: EPIDEMIOLOGIA, SANEAMENTO E SAÚDE COLETIVA Ano: 2016 CARGA HORÁRIA: 80 horas

Leia mais

María Xosé Rodríguez Álvarez Unidade de Epidemioloxía Clínica e Bioestatística (CHUS)

María Xosé Rodríguez Álvarez Unidade de Epidemioloxía Clínica e Bioestatística (CHUS) María Xosé Rodríguez Álvarez maria.jose.rodriguez.alvarez2@sergas.es Unidade de Epidemioloxía Clínica e Bioestatística (CHUS) Pódome fiar do resultado dunha proba diagnóstica? Medidas da exactitude dunha

Leia mais

INTRODUÇÃO AO CONTROLE DE LABORATÓRIO CLÍNICO

INTRODUÇÃO AO CONTROLE DE LABORATÓRIO CLÍNICO INTRODUÇÃO AO CONTROLE DE LABORATÓRIO CLÍNICO Laboratório Clínico Professor Archangelo P. Fernandes www.profbio.com.br Padronização no Laboratório Clínico Etapa pré analítica Etapa analítica Etapa pós-analítica

Leia mais

i j i i Y X X X i j i i i

i j i i Y X X X i j i i i Mario de Andrade Lira Junior lira.pro.br\wordpress lira.pro.br\wordpress Diferença Regressão - equação ligando duas ou mais variáveis Correlação medida do grau de ligação entre duas variáveis Usos Regressão

Leia mais

FÍSICA EXPERIMENTAL C ( )

FÍSICA EXPERIMENTAL C ( ) FÍSICA EXPERIMENTAL C (4323301) REPRESENTAÇÃO DE INCERTEZAS EM RESULTADOS EXPERIMENTAIS Medida, erro e incerteza Qualquer medida física possui sempre um valor verdadeiro, que é sempre desconhecido, e um

Leia mais

Seleção de um Método Analítico. Validação e protocolos em análises químicas. Validação de Métodos Analíticos

Seleção de um Método Analítico. Validação e protocolos em análises químicas. Validação de Métodos Analíticos Seleção de um Método Analítico Capítulo 1 SKOOG, D.A.; HOLLER, F.J.; NIEMAN, T.A. Princípios de Análise Instrumental. 5 a edição, Ed. Bookman, Porto Alegre, 2002. Validação e protocolos em análises químicas

Leia mais

BIOESTATÍSTICA AULA 7. Anderson Castro Soares de Oliveira Jose Nilton da Cruz. Departamento de Estatística/ICET/UFMT

BIOESTATÍSTICA AULA 7. Anderson Castro Soares de Oliveira Jose Nilton da Cruz. Departamento de Estatística/ICET/UFMT BIOESTATÍSTICA AULA 7 Anderson Castro Soares de Oliveira Jose Nilton da Cruz Departamento de Estatística/ICET/UFMT Tabela de contingência TABELA DE CONTINGÊNCIA Uma forma de resumir e apresentar variáveis

Leia mais

DE ESPECIALIZAÇÃO EM ESTATÍSTICA APLICADA)

DE ESPECIALIZAÇÃO EM ESTATÍSTICA APLICADA) 1. Sabe-se que o nível de significância é a probabilidade de cometermos um determinado tipo de erro quando da realização de um teste de hipóteses. Então: a) A escolha ideal seria um nível de significância

Leia mais

HBS-Ag - Antígeno Austrália Material: Soro VALOR DE REFERÊNCIA RESULTADO: SORO NÃO REAGENTE Soro Não Reagente TRANSAMINASE OXALACETICA (TGO)

HBS-Ag - Antígeno Austrália Material: Soro VALOR DE REFERÊNCIA RESULTADO: SORO NÃO REAGENTE Soro Não Reagente TRANSAMINASE OXALACETICA (TGO) HBS-Ag - Antígeno Austrália VALOR DE REFERÊNCIA RESULTADO: SORO NÃO REAGENTE Soro Não Reagente Página: 1 de 6 Nota: Este é um teste de triagem, cujo resultado, em caso de positividade não pode ser considerado

Leia mais

ERROS E TRATAMENTO DE DADOS Prof. Marcelo R. Alexandre

ERROS E TRATAMENTO DE DADOS Prof. Marcelo R. Alexandre ERROS E TRATAMENTO DE DADOS Prof. Marcelo R. Alexandre ALGARISMOS SIGNIFICATIVOS! Algarismos exatos Constituem os algarismos de uma leitura que estão isentos de qualquer dúvida ou estimativa.! Algarismos

Leia mais

Princípios de Bioestatística

Princípios de Bioestatística Princípios de Bioestatística Cálculo do Tamanho de Amostra Enrico A. Colosimo/UFMG http://www.est.ufmg.br/ enricoc/ Depto. Estatística - ICEx - UFMG 1 / 32 2 / 32 Cálculo do Tamanho de Amostra Parte fundamental

Leia mais

AULA 09 Regressão. Ernesto F. L. Amaral. 17 de setembro de 2012

AULA 09 Regressão. Ernesto F. L. Amaral. 17 de setembro de 2012 1 AULA 09 Regressão Ernesto F. L. Amaral 17 de setembro de 2012 Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (FAFICH) Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Fonte: Triola, Mario F. 2008. Introdução à

Leia mais

Parte 3 Probabilidade

Parte 3 Probabilidade Parte 3 Probabilidade A probabilidade tem origem no século XVII, motivada, inicialmente, pelos jogos de azar. De maneira bastante informal, refere-se à probabilidade como uma medida de chance de algum

Leia mais

24/09/17. O que é uma hipótese? Testes de hipótese. Três tipos básicos de perguntas. E qual é a sua hipótese? Três tipos básicos de perguntas

24/09/17. O que é uma hipótese? Testes de hipótese. Três tipos básicos de perguntas. E qual é a sua hipótese? Três tipos básicos de perguntas O que é uma hipótese? rof. Dr. Fabio Carmona Hipótese é uma declaração a priori, ou seja, preditiva, sobre a relação entre duas ou mais variáveis. Em outras palavras, é o que se acredita que seja a resposta

Leia mais

i j i i Y X X X i j 1 i 2 i i

i j i i Y X X X i j 1 i 2 i i Mario de Andrade Lira Junior lira.pro.br\wordpress lira.pro.br\wordpress Diferença Regressão - equação ligando duas ou mais variáveis Correlação medida do grau de ligação entre duas variáveis Usos Regressão

Leia mais

Imunoensaios no laboratório clínico

Imunoensaios no laboratório clínico Imunoensaios no laboratório clínico Onde pesquisamos Ag e Ac?? Imunoensaios detecção e quantificação de antígeno e anticorpo: Doenças infecciosas: diagnóstico da doença diferenciação da fase da doença

Leia mais

QUI 154/150 Química Analítica V Análise Instrumental. Aula 1 Estatística (parte 1)

QUI 154/150 Química Analítica V Análise Instrumental. Aula 1 Estatística (parte 1) Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) Instituto de Ciências Exatas Depto. de Química QUI 154/150 Química Analítica V Análise Instrumental Aula 1 Estatística (parte 1) Prof. Julio C. J. Silva Juiz

Leia mais

Análise Multivariada Aplicada à Contabilidade

Análise Multivariada Aplicada à Contabilidade Mestrado e Doutorado em Controladoria e Contabilidade Análise Multivariada Aplicada à Contabilidade Prof. Dr. Marcelo Botelho da Costa Moraes www.marcelobotelho.com mbotelho@usp.br Turma: 2º / 2016 1 Agenda

Leia mais

Desenvolvimento e validação de métodos diagnósticos para uso na epidemiologia e controle da esquistossomose no Brasil

Desenvolvimento e validação de métodos diagnósticos para uso na epidemiologia e controle da esquistossomose no Brasil 15ª Reunião do Programa Integrado de Esquistossomose (PIDE) Desenvolvimento e validação de métodos diagnósticos para uso na epidemiologia e controle da esquistossomose no Brasil Paulo Marcos Zech Coelho

Leia mais

TEP suspeita: tratar ou não tratar? AngioTCMD negativa exclui o diagnóstico de TEP?

TEP suspeita: tratar ou não tratar? AngioTCMD negativa exclui o diagnóstico de TEP? AngioTCMD negativa exclui o diagnóstico de TEP? Dalen JE. Chest 2002;122:1440-56 TEP suspeita: tratar ou não tratar? TEP presente Tratamento: -Reduz a mortalidade ( 1 a 3% ) -Risco de sangramento Sem tratamento:

Leia mais