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1 Técnico Judiciário Área Administrativa Direito do Trabalho Prof. Rogério Renzetti

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3 Direito do Trabalho Professor Rogério Renzetti

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5 Edital DIREITO DO TRABALHO: 1 Dos princípios e fontes do Direito do Trabalho. 2 Dos direitos constitucionais dos trabalhadores (art. 7º da CF/88). 3 Da relação de trabalho e da relação de emprego: requisitos e distinção. 4 Dos sujeitos do contrato de trabalho stricto sensu: do empregado e do empregador: conceito e caracterização; dos poderes do empregador no contrato de trabalho. Trabalhador doméstico: conceituação, direitos e legislação. Lei Complementar nº 150, de 1º de junho de 2015 (Lei do trabalhador doméstico). 5 Do contrato individual de trabalho: conceito, classificação e características. 6 Da alteração do contrato de trabalho: alteração unilateral e bilateral; o jus variandi. 7 Da suspensão e interrupção do contrato de trabalho: caracterização e distinção. 8 Da rescisão do contrato de trabalho: das justas causas; da despedida indireta; da dispensa arbitrária; da culpa recíproca; da indenização. 9 Do aviso prévio. 10 Da duração do trabalho; da jornada de trabalho; dos períodos de descanso; do intervalo para repouso e alimentação; do descanso semanal remunerado; do trabalho noturno e do trabalho extraordinário. 11 Do salário-mínimo; irredutibilidade e garantia. 12 Das férias: do direito a férias e da sua duração; da concessão e da época das férias; da remuneração e do abono de férias. 13 Do salário e da remuneração: conceito e distinções; composição do salário; modalidades de salário; formas e meios de pagamento do salário; 13º salário. 14 Da prescrição e decadência. 15 Da segurança e medicina no trabalho: das atividades perigosas ou insalubres. 16 Da proteção ao trabalho do menor. 17 Da proteção ao trabalho da mulher; da estabilidade da gestante; da licença-maternidade. 18 Do direito coletivo do trabalho: das convenções e acordos coletivos de trabalho. 19 Das comissões de Conciliação Prévia. BANCA: FCC CARGO: Técnico Judiciário Área Administrativa

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7 Direito do Trabalho DIREITO DO TRABALHO PARTE 1 DICAS DE ESTUDO CLT SÚMULAS E OJS DO TST BIBLIOGRAFIA RESOLVER QUESTÕES DE PROVAS ANTERIORES GRUPO DÚVIDAS PRINCÍPIOS DO DIREITO DO TRABALHO TRÍPLICE FUNÇÃO INFORMATIVA norteiam/informam o legislador na elaboração da norma. NORMATIVA ou INTEGRATIVA integram o ordenamento jurídico, suprindo as suas lacunas. INTERPRETATIVA auxiliam na interpretação das normas jurídicas. PRINCÍPIO DA PROTEÇÃO Princípio dos Princípios 7

8 Objetiva conferir ao empregado hipossuficiente uma superioridade jurídica capaz de lhe garantir mecanismos destinados a tutelar direitos mínimos estampados na legislação trabalhista. Finalidade buscar EQUILÍBRIO. Fundamento SUBORDINAÇÃO. Ex: Contrato de Direito Civil x Contrato de Trabalho. QUESTÃO DE PROVA No concurso do TRT da 20ª Região, de 2011, foi aplicada pela banca FCC, a questão 46: O princípio que possui como propósito tentar corrigir desigualdades, criando uma superioridade jurídica em favor do empregado diante da sua condição de hipossuficiente é especificamente? Resposta correta: princípio da proteção. IN DUBIO PRO MISERO NORMA MAIS FAVORÁVEL CONDIÇÃO MAIS BENÉFICA IN DUBIO PRO MISERO Norma a = 2 interpretações Art. 59 CLT. A duração normal do trabalho poderá ser acrescida de horas suplementares, em número não excedente de duas, mediante acordo escrito entre empregador e empregado, ou mediante contrato coletivo de trabalho. 8

9 TRT-MS Direito do Trabalho Prof. Rogério Renzetti ATENÇÃO! A dúvida que enseja essa escolha por uma interpretação da norma que seja mais favorável ao trabalhador tem que ser razoável (aplicação do princípio da razoabilidade), e a interpretação escolhida deve considerar a vontade do legislador, bem como ser compatível com o ordenamento jurídico. O princípio do in dubio pro misero NÃO se aplica no campo PROBATÓRIO (ônus da prova). No campo probatório, aplica-se o princípio da primazia da realidade. DA NORMA MAIS FAVORÁVEL Norma a = HE Norma b = HE Hierarquia? 9

10 QUESTÃO DE PROVA (CESPE 2013 TRT 10ª REGIÃO (DF e TO) Analista Judiciário Área Administrativa) Em relação ao direito do trabalho, julgue os itens a seguir. No direito do trabalho, aplica-se o princípio da norma mais favorável, que autoriza o intérprete a aplicar a norma mais benéfica ao trabalhador, ainda que essa norma esteja em posição hierárquica inferior no sistema jurídico. Gabarito: Certo Art. 620 CLT. As condições estabelecidas em Convenção quando mais favoráveis, prevalecerão sobre as estipuladas em Acordo. CAIU EM PROVA 1. (FCC 2013 TRT 5ª Região (BA) Analista Judiciário Área Judiciária) O artigo 620 da Consolidação das Leis do Trabalho prevê que as condições estabelecidas em Convenção Coletiva de Trabalho, quando mais favoráveis, prevalecerão sobre as estipuladas em Acordo Coletivo de Trabalho. Tal dispositivo consagra o princípio da: a) continuidade da relação de emprego. b) primazia da realidade sobre a forma. c) imperatividade das normas trabalhistas. d) norma mais favorável ao empregado. e) irrenunciabilidade de direitos. ATENÇÃO! O problema surge quando duas normas apresentam uma parte mais favorável e outra menos favorável ao trabalhador. TEORIA DA ACUMULAÇÃO TEORIA DO CONGLOBAMENTO 10

11 TRT-MS Direito do Trabalho Prof. Rogério Renzetti Princípio ABSOLUTO? Normas de ordem pública ou de caráter proibitivo. Ex: QUESTÃO DE PROVA Esse é o entendimento, por exemplo, do CESPE, que, em 2009, no concurso para o cargo de analista administrativo do TRT da 17ª Região, considerou correta a questão 72, que afirmava: O princípio da norma mais favorável ao trabalhador não deve ser entendido como absoluto, não sendo aplicado, por exemplo, quando existirem leis de ordem pública a respeito da matéria. DA CONDIÇÃO MAIS BENÉFICA SÚMULA 51 TST I. As cláusulas regulamentares, que revoguem ou alterem vantagens deferidas anteriormente, só atingirão os trabalhadores admitidos após a revogação ou alteração do regulamento. II. Havendo a coexistência de dois regulamentos da empresa, a opção do empregado por um deles tem efeito jurídico de renúncia às regras do sistema do outro. CAIU EM PROVA 2. (FCC TRT-6ª Região (PE) Técnico Judiciário Área Administrativa 2012) O Regulamento da empresa BOA revogou vantagens deferidas a trabalhadores em Regulamento anterior. Neste caso, segundo a Súmula no 51 do TST, as cláusulas regulamentares, que revoguem ou alterem vantagens deferidas anteriormente, só atingirão os trabalhadores admitidos após a revogação ou alteração do Regulamento. Em matéria de Direito do Trabalho, esta Súmula trata, especificamente, do princípio da: a) razoabilidade; b) indisponibilidade dos direitos trabalhistas; c) imperatividade das normas trabalhistas; d) dignidade da pessoa humana; e) condição mais benéfica. 11

12 PRINCÍPIO DA IMPERATIVIDADE Imperatividade das NORMAS TRABALHISTAS. Há RESTRIÇÕES da autonomia das partes para modificar as cláusulas contratuais. Ex: Alterar a natureza das HE. PRINCÍPIO DA IRRENUNCIABILIDADE DOS DIREITOS Súmula 51 II TST. Havendo a coexistência de dois regulamentos da empresa, a opção do empregado por um deles tem efeito jurídico de renúncia às regras do sistema do outro. Súmula nº 276 do TST. O direito ao aviso prévio é irrenunciável pelo empregado. O pedido de dispensa de cumprimento não exime o empregador de pagar o respectivo valor, salvo comprovação de haver o prestador dos serviços obtido novo emprego. PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE DA RELAÇÃO DE EMPREGO Súmula nº 212 do TST. O ônus de provar o término do contrato de trabalho, quando negados a prestação de serviço e o despedimento, é do empregador, pois o princípio da continuidade da relação de emprego constitui presunção favorável ao empregado. Art. 10 CLT. Qualquer alteração na estrutura jurídica da empresa não afetará os direitos adquiridos por seus empregados. Art. 448 CLT. A mudança na propriedade ou na estrutura jurídica da empresa não afetará os contratos de trabalho dos respectivos empregados. 12

13 TRT-MS Direito do Trabalho Prof. Rogério Renzetti OBS: Suspensão e interrupção. FIQUE LIGADO! PRINCÍPIO DA PRIMAZIA DA REALIDADE Art. 9º CLT. Serão nulos de pleno direito os atos praticados com o objetivo de desvirtuar, impedir ou fraudar a aplicação dos preceitos contidos na presente Consolidação. CAIU EM PROVA 3. (FCC 2014 TRT 19ª Região (AL) Analista Judiciário Área Judiciária) A relação objetiva evidenciada pelos fatos define a verdadeira relação jurídica estipulada pelos contratantes, ainda que prevista de forma diversa em documento firmado pelas partes. Tratase do princípio: a) in dubio pro operario. b) primazia da realidade. c) eventualidade. d) dispositivo. e) presunções favoráveis ao trabalhador. 13

14 PRINCÍPIO DA INALTERABILIDADE CONTRATUAL LESIVA Art. 468 CLT. Nos contratos individuais de trabalho só é lícita a alteração das respectivas condições por mútuo consentimento, e ainda assim desde que não resultem, direta ou indiretamente, prejuízos ao empregado, sob pena de nulidade da cláusula infringente desta garantia. CAIU EM PROVA 4. (FCC 2014 TRT 19ª Região (AL) Analista Judiciário Oficial de Justiça Avaliador) Só é admissível a alteração do contrato de trabalho quando: a) feita por mútuo acordo entre as partes. b) não seja prejudicial ao empregado. c) feita por mútuo acordo entre as partes e, concomitantemente, não seja prejudicial ao empregado. d) autorizada pelo sindicato, em negociação coletiva. e) autorizada pelo sindicato, mediante homologação do ajuste, se prejudicial ao empregado. PRINCÍPIO DA IRREDUTIBILIDADE SALARIAL Em regra, os salários não podem ser reduzidos, salvo, mediante negociação coletiva. Logo, esse princípio é relativo. A CF acabou por flexibilizar esse princípio, pois possibilitou por meio de negociação coletiva, a redução de salários (art.7º VI da CF). CAIU EM PROVA 5. (FCC TRT-7ª Região (CE) Técnico Judiciário Área Administrativa 2009) Acerca dos princípios que informam o Direito do Trabalho, pode-se afirmar que: a) o empregador pode reduzir o salário de seus empregados, desde que 75% deles concordem com tal redução, independentemente de negociação com a entidade sindical da categoria; b) a irredutibilidade do salário é um princípio absoluto; c) é lícita a redução dos salários dos empregados da empresa, desde que disposta em Convenção ou Acordo Coletivo; d) o empregador pode, livremente, em qualquer hipótese, reduzir o salário do empregado; e) o empregador pode reduzir o salário do empregado, se este firmar por escrito sua concordância. 14

15 TRT-MS Direito do Trabalho Prof. Rogério Renzetti FONTES DO DIREITO DO TRABALHO FONTE Fontes obrigatórias? Fase preliminar das normas (movimentos sociais) FONTES MATERIAIS FONTES FORMAIS FONTES MATERIAIS Representa o momento pré-jurídico que leva à formação da norma. São as constantes reivindicações dos trabalhadores e empregadores. Ex: Obrigatoriedade? gatoriedade? 15

16 FONTES FORMAIS Representam o momento jurídico, com as regras plenamente materializada. É a norma já construída, os diplomas que regulam a matéria trabalhista. Obrigatórias? Por sua vez, as fontes formais dividem-se em: FONTES FORMAIS HETERÔNOMAS A formação é materializada com a participação de um terceiro, em geral, o Estado, sem a participação imediata dos destinatários das normas jurídicas. EX: Constituição Federal, emenda à constituição, lei complementar, lei ordinária, medida provisória, decreto. Judiciário? 1 2 Os Tratados e as Convenções Internacionais ratificados pelo Brasil passam a fazer parte do ordenamento jurídico, sendo considerada a partir de sua ratificação como fonte formal heterônoma. FONTES FORMAIS AUTÔNOMAS A formação caracteriza-se pela imediata participação dos destinatários das regras produzidas, sem a interferência do agente externo, o terceiro. Ex: Convenção Coletiva de Trabalho, Acordo Coletivo de Trabalho e costume. OBS: REGULAMENTO EMPRESARIAL? 16

17 TRT-MS Direito do Trabalho Prof. Rogério Renzetti TÉCNICAS DE INTEGRAÇÃO LACUNAS Art. 8º CLT. As autoridades administrativas e a Justiça do Trabalho, na falta de disposições legais ou contratuais, decidirão, conforme o caso, pela jurisprudência, por analogia, por equidade e outros princípios e normas gerais de direito, principalmente do direito do trabalho, e, ainda, de acordo com os usos e costumes, o direito comparado, mas sempre de maneira que nenhum interesse de classe ou particular prevaleça sobre o interesse público. CAIU EM PROVA 6. (2015 FCC TRT 9ª REGIÃO (PR) Técnico Judiciário Área Administrativa) Considere: I. As convenções coletivas e os acordos coletivos de trabalho são exemplos de fontes formais autônomas do Direito do Trabalho. II. A legislação trabalhista faz referência aos costumes como fonte integradora do Direito do Trabalho. III. A jurisprudência não é considerada fonte formal de Direito do Trabalho, uma vez que não há previsão legal para sua utilização, bem como se refere apenas a casos concretos e específicos. Está correto o que se afirma em: a) I e II, apenas. b) III, apenas. c) I, II e III. d) I e III, apenas. e) II, apenas. 17

18 7. (2013 FCC TRT 5ª Região (BA) Técnico Judiciário Área Administrativa) Conforme previsão expressa contida na Consolidação das Leis do Trabalho, a Justiça do Trabalho, na falta de disposições legais ou contratuais, decidirá conforme o caso, NÃO podendo utilizar como fonte supletiva do Direito do Trabalho: a) a jurisprudência. b) os usos e costumes. c) valores sociais da livre iniciativa. d) os princípios gerais do Direito. e) a analogia e equidade. 8. (2013 FCC TRT 15ª Região Técnico Judiciário Área Administrativa) No tocante às fontes do Direito, considere: I. Fontes formais são as formas de exteriorização do direito, como por exemplo, as leis e costumes. II. A sentença normativa é uma fonte heterônoma do Direito do Trabalho, assim como regulamento unilateral de empresa. III. A Convenção Coletiva de Trabalho, quanto à origem, classifica-se como uma fonte estatal. IV. A Convenção Coletiva de Trabalho, quanto à vontade das partes, classifica-se como imperativa. Está correto o que se afirma APENAS em : a) II e IV. b) I e IV. c) I, II e III. d) II, III e IV. e) I e II. COMISSÃO DE CONCILIAÇÃO PRÉVIA A CCP foi criada com o advento da Lei nº 9.958/00, que incluiu na CLT os arts. 625-A a 625-H. Objetivo: desafogar o grande número de ações trabalhistas ajuizadas diariamente no Judiciário Trabalhista. Finalidade: Solução de conflitos extrajudicial (autocomposição). TRANSAÇÃO = Conflitos INDIVIDUAIS; Art. 625-A CLT. As empresas e os sindicatos podem instituir Comissões de Conciliação Prévia, de composição paritária, com representantes dos empregados e dos empregadores, com a atribuição de tentar conciliar os conflitos individuais do trabalho. Parágrafo único. As Comissões referidas no caput deste artigo poderão ser constituídas por grupos de empresas ou ter caráter intersindical. 18

19 TRT-MS Direito do Trabalho Prof. Rogério Renzetti COMPOSIÇÃO Empresa = CLT = Paritária = Min. 2 Máx.10 Sindicato = Norma Coletiva Mandato = 1 ano (1 recondução). 1 A tentativa de conciliação extrajudicial somente é possível quando envolver conflitos INDIVIDUAIS do trabalho. 2 Composição PARITÁRIA, ou seja, idêntico número de representantes dos e e E. 3 A criação da CCP é FACULTATIVA. 4 Poderão ser criadas no âmbito das empresas (ou grupo de empresas) ou na seara dos sindicatos. A CCP constituída no âmbito do sindicato terá sua constituição e normas de funcionamento definidas em convenção ou acordo coletivo. A CCP constituída no âmbito da empresa tem as suas regras definidas na própria CLT. Art. 625-B CLT. A Comissão instituída no âmbito da empresa será composta de, no mínimo, dois e, no máximo, dez membros, e observará as seguintes normas: I a metade de seus membros será indicada pelo empregador e a outra metade eleita pelos empregados, em escrutínio secreto, fiscalizado pelo sindicato da categoria profissional; II haverá na Comissão tantos suplentes quantos forem os representantes titulares; III o mandato dos seus membros, titulares e suplentes, é de um ano, permitida uma recondução. Estabilidade representante dos... Os membros da CCP gozam de estabilidade? R: Início: registro, posse ou eleição? FCC ELEIÇÃO Art. 625-B 1º CLT. É vedada a dispensa dos representantes dos empregados membros da Comissão de Conciliação Prévia, titulares e suplentes, até um ano após o final do mandato, salvo se cometerem falta grave, nos termos da lei. 2º O representante dos empregados desenvolverá seu trabalho normal na empresa, afastando-se de suas atividades apenas quando convocado para atuar como conciliador, sendo computado como tempo de trabalho efetivo o despendido nessa atividade. Suspensão ou Interrupção? Passagem OBRIGATÓRIA? 19

20 Art. 625-D CLT. Qualquer demanda de natureza trabalhista será submetida à Comissão de Conciliação Prévia se, na localidade da prestação de serviços, houver sido instituída a Comissão no âmbito da empresa ou do sindicato da categoria. STF = ADI 2139 FACULTATIVO 1º A demanda será formulada por escrito ou reduzida a termo por qualquer dos membros da Comissão, sendo entregue cópia datada e assinada pelo membro aos interessados. 2º Não prosperando a conciliação, será fornecida ao empregado e ao empregador declaração da tentativa conciliatória frustrada com a descrição de seu objeto, firmada pelos membros da Comissão, que deverá ser juntada à eventual reclamação trabalhista. 3º Em caso de motivo relevante que impossibilite a observância do procedimento previsto no caput deste artigo, será a circunstância declarada na petição inicial da ação intentada perante a Justiça do Trabalho. 4º Caso exista, na mesma localidade e para a mesma categoria, Comissão de empresa e Comissão sindical, o interessado optará por uma delas para submeter a sua demanda, sendo competente aquela que primeiro conhecer do pedido. Art. 625-E CLT. Aceita a conciliação, será lavrado termo assinado pelo empregado, pelo empregador ou seu preposto e pelos membros da Comissão, fornecendo-se cópia às partes. Parágrafo único. O termo de conciliação é título executivo extrajudicial e terá eficácia liberatória geral, exceto quanto às parcelas expressamente ressalvadas. FICA A DICA! Será executado onde?? Art. 877 A CLT. É competente para a execução de título executivo extrajudicial o juiz que teria competência para o processo de conhecimento relativo à matéria. Logo... o local onde o e prestou serviços. Art. 625-F CLT. As Comissões de Conciliação Prévia têm prazo de dez dias para a realização da sessão de tentativa de conciliação a partir da provocação do interessado. Parágrafo único. Esgotado o prazo sem a realização da sessão, será fornecida, no último dia do prazo, a declaração a que se refere o 2º do Art. 625-D. Art.625-G CLT. O prazo prescricional será suspenso a partir da provocação da Comissão de Conciliação Prévia, recomeçando a fluir, pelo que lhe resta, a partir da tentativa frustrada de conciliação ou do esgotamento do prazo previsto no Art. 625-F. 20

21 TRT-MS Direito do Trabalho Prof. Rogério Renzetti CAIU EM PROVA 9. (2015 FCC TRT 9ª REGIÃO (PR) Técnico Judiciário Área Administrativa) João, metalúrgico, após a homologação de sua rescisão do contrato de trabalho celebrado perante órgão sindical de forma idônea, insatisfeito, propôs demanda contra sua exempregadora perante Comissão de Conciliação Prévia, instituída na localidade de sua prestação de serviços. Na audiência designada, as partes chegaram a um acordo amigável, ressalvando expressamente que não faria parte do acordo as diferenças de FGTS que João entendia devidas. Neste caso, de acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho, João: a) não poderá ingressar com reclamação trabalhista, devendo procurar a Justiça Comum para pleitear diferenças de FGTS que entende devidas. b) poderá ingressar com reclamação trabalhista contra sua ex-empregadora, pleiteando todos os direitos que entende devidos decorrentes de seu extinto contrato de trabalho, uma vez que o acordo perante a Comissão de Conciliação Prévia não possui eficácia liberatória geral para a empresa. c) poderá ingressar com reclamação trabalhista contra sua ex-empregadora, pleiteando somente os direitos ressalvados no acordo perante a Comissão de Conciliação Prévia, uma vez que o restante dos pedidos possui eficácia liberatória geral para a empresa. d) não poderá ingressar com reclamação trabalhista contra sua ex-empregadora, pois foi sua a iniciativa de não quitar integralmente os direitos oriundos do extinto contrato de trabalho. e) não poderá ingressar com reclamação trabalhista contra sua ex-empregadora, pois escolheu uma das formas de solução dos conflitos trabalhistas, que foi a esfera extrajudicial, renunciando ao seu direito de ação. 10. (2013 FCC TRT 18ª Região (GO) Analista Judiciário Oficial de Justiça Avaliador) Com a atribuição de tentar conciliar os conflitos individuais do trabalho, a lei instituiu as Comissões de Conciliação Prévia. Sobre elas, é correto afirmar que; a) podem ser constituídas por empresas e os sindicatos, por grupos de empresas ou ter caráter intersindical. b) terão composição tripartite, com representantes dos empregados, dos empregadores e do governo federal. c) é vedada a dispensa dos representantes dos empregados membros titulares da Comissão de Conciliação Prévia, até dois anos após o final do mandato, salvo se cometerem falta grave. d) o termo de conciliação lavrado na Comissão de Conciliação Prévia não constitui um título executivo extrajudicial, bem como não tem eficácia liberatória, seja das parcelas expressamente consignadas ou daquelas ressalvadas. e) o prazo prescricional para ação trabalhista não será suspenso ou interrompido a partir da provocação da Comissão de Conciliação Prévia. 21

22 11. (2013 FCC TRT 9ª REGIÃO Técnico Judiciário Área Administrativa) Com fundamento nas regras instituídas pela CLT sobre as Comissões de Conciliação Prévia, é INCORRETO afirmar: a) As Comissões de Conciliação Prévia têm prazo de 10 dias para a realização da sessão de tentativa de conciliação a partir da provocação do interessado. b) A Comissão instituída no âmbito da empresa será composta de no mínimo cinco e no máximo quinze membros. c) O prazo prescricional será suspenso a partir da provocação da Comissão de Conciliação Prévia, recomeçando a fluir, pelo que lhe resta, a partir da tentativa frustrada de conciliação ou do esgotamento do prazo para a realização da sessão de tentativa de conciliação. d) É vedada a dispensa dos representantes dos empregados membros da Comissão de Conciliação Prévia, titulares e suplentes, até um ano após o final do mandato, salvo se cometerem falta grave, nos termos da lei. e) O termo de conciliação é título executivo extrajudicial e terá eficácia liberatória geral, exceto quanto às parcelas expressamente ressalvadas. 12. (2013 CESPE MTE Auditor Fiscal do Trabalho) Os acordos realizados no âmbito da comissão de conciliação prévia terão eficácia liberatória geral, exceto quanto às parcelas expressamente ressalvadas. ( ) Certo ( ) Errado DIREITOS CONSTITUCIONAIS Art. 7º CF. São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: I relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa, nos termos de lei complementar, que preverá indenização compensatória, dentre outros direitos; II seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário; III fundo de garantia do tempo de serviço; IV salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a suas necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim; V piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do trabalho; VI irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção ou acordo coletivo; VII garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem remuneração variável; VIII décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor da aposentadoria; IX remuneração do trabalho noturno superior à do diurno; 22

23 TRT-MS Direito do Trabalho Prof. Rogério Renzetti X proteção do salário na forma da lei, constituindo crime sua retenção dolosa; XI participação nos lucros, ou resultados, desvinculada da remuneração, e, excepcionalmente, participação na gestão da empresa, conforme definido em lei; XII salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda nos termos da lei; XIII duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho; XIV jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento, salvo negociação coletiva; XV repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos; XVI remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em cinquenta por cento à do normal; XVII gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário normal; XVIII licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de cento e vinte dias; XIX licença-paternidade, nos termos fixados em lei; XX proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos, nos termos da lei; XXI aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de trinta dias, nos termos da lei; XXII redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança; XXIII adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, na forma da lei; XXIV aposentadoria; XXV. assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até 5 (cinco) anos de idade em creches e pré-escolas; XXVI reconhecimento das convenções e acordos coletivos de trabalho; XXVII proteção em face da automação, na forma da lei; XXVIII seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a indenização a que este está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa; XXIX ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo prescricional de cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a extinção do contrato de trabalho; 23

24 XXX proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de admissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil; XXXI proibição de qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de admissão do trabalhador portador de deficiência; XXXII proibição de distinção entre trabalho manual, técnico e intelectual ou entre os profissionais respectivos; XXXIII proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de quatorze anos; XXXIV igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício permanente e o trabalhador avulso. Art. 7º único CF. São assegurados à categoria dos trabalhadores domésticos os direitos previstos nos incisos IV, VI, VII, VIII, X, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XXI, XXII, XXIV, XXVI, XXX, XXXI e XXXIII e, atendidas as condições estabelecidas em lei e observada a simplificação do cumprimento das obrigações tributárias, principais e acessórias, decorrentes da relação de trabalho e suas peculiaridades, os previstos nos incisos I, II, III, IX, XII, XXV e XXVIII, bem como a sua integração à previdência social. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 72, de 2013) CAIU EM PROVA 13. (2013 FCC TRT 5ª Região (BA) Técnico Judiciário Área Administrativa) O artigo 7º da Constituição Federal elenca um rol de direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, que visam à melhoria da sua condição social, dentre os quais tem-se a) a proteção em face da automação, na forma da lei. b) a possibilidade de distinção entre trabalho manual, técnico e intelectual. c) a distinção entre os direitos do trabalhador com vínculo empregatício permanente e o avulso. d) o direito de participação na CIPA da empresa, aposentado, desde que filiado ao sindicato. e) a permissão de trabalho insalubre ao menor na condição de aprendiz, a partir de 14 anos. RELAÇÃO DE TRABALHO & RELAÇÃO DE EMPREGO Relação de trabalho é gênero da qual a relação de emprego é uma espécie. Toda relação de emprego corresponde a uma relação de trabalho, mas nem toda relação de trabalho corresponde a uma relação de emprego. 24

25 TRT-MS Direito do Trabalho Prof. Rogério Renzetti AUTÔNOMO VOLUNTÁRIO RELAÇÃO DE TRABALHO ESTAGIÁRIO RELAÇÃO DE EMPREGO A EC 45/04 modificou a competência material da Justiça do Trabalho (art. 114, CF) ampliando a competência para processar e julgar qualquer demanda envolvendo relação de trabalho. Logo, além das demandas oriundas da relação de emprego, passou a Justiça Laboral a ter competência para dirimir conflitos envolvendo trabalho autônomo, eventual, estágio, voluntário, etc. RELAÇÃO DE EMPREGO É relação típica de trabalho subordinado, em que se encontram presentes os requisitos caracterizadores do pacto laboral. Passaremos a analisar os requisitos caracterizadores da relação de emprego. REQUISITOS CARACTERIZADORES TRABALHO PRESTADO POR PESSOA FÍSICA PESSOALIDADE NÃO EVENTUALIDADE ONEROSIDADE SUBORDINAÇÃO ALTERIDADE 25

26 SHOP Art. 3º CLT. Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário. CAIU EM PROVA 14. (FCC 2013 TRT 5ª Região (BA) Analista Judiciário Área Judiciária) Os salários devem ser pagos ao empregado, independentemente da empresa ter auferido lucros ou prejuízos, uma vez que os riscos da atividade econômica pertencem única e exclusivamente ao empregador. Tal assertiva baseia-se no requisito caracterizador da relação de emprego denominado: a) pessoalidade. b) alteridade. c) não eventualidade. d) onerosidade. e) subordinação. ELEMENTOS NÃO ESSSENCIAIS 1 Local da prestação de serviços; 2 Profissionalidade; 3 Exclusividade. 26

27 TRT-MS Direito do Trabalho Prof. Rogério Renzetti Art. 6º CLT. Não se distingue entre o trabalho realizado no estabelecimento do empregador, o executado no domicílio do empregado e o realizado a distância, desde que estejam caracterizados os pressupostos da relação de emprego. Parágrafo único. Os meios telemáticos e informatizados de comando, controle e supervisão se equiparam, para fins de subordinação jurídica, aos meios pessoais e diretos de comando, controle e supervisão do trabalho alheio. CAIU EM PROVA 15. (2013 CESPE Telebrás Especialista em Gestão de Telecomunicações Advogado) Considerando que determinados contratos de trabalho possibilitam o labor em residência, julgue os itens subsequentes. Segundo a legislação consolidada, há diferença entre o trabalho realizado na residência do obreiro ou na sede da empresa contratante para a configuração da relação de emprego. ( ) Certo ( ) Errado Art. 3º único CLT. Não haverá distinções relativas à espécie de emprego e à condição de trabalhador, nem entre o trabalho intelectual, técnico e manual. 27

28 ATENÇÃO! EXCLUSIVIDADE não é requisito para a caracterização da relação de emprego. É comum o trabalhador acumular vários empregos, desde que não sejam no mesmo horário de trabalho. o sejam no mesmo horário de trabalho. Documento OBRIGATÓRIO do e, mas sua AUDÊNCIA não afasta o vínculo. Prazo: 48 horas Prazo para as demais anotações? Acidente de trabalho. Requisitos obrigatórios. Anotações desabonadoras. Prescrição (art. 11 1º CLT) Art. 29 CLT. A Carteira de Trabalho e Previdência Social será obrigatoriamente apresentada, contra recibo, pelo trabalhador ao empregador que o admitir, o qual terá o prazo de quarenta e oito horas para nela anotar, especificamente, a data de admissão, a remuneração e as condições especiais, se houver, sendo facultada a adoção de sistema manual, mecânico ou eletrônico, conforme instruções a serem expedidas pelo Ministério do Trabalho. 1º As anotações concernentes à remuneração devem especificar o salário, qualquer que seja sua forma de pagamento, seja ele em dinheiro ou em utilidades, bem como a estimativa da gorjeta. 28

29 TRT-MS Direito do Trabalho Prof. Rogério Renzetti 3º A falta de cumprimento pelo empregador do disposto neste artigo acarretará a lavratura do auto de infração, pelo Fiscal do Trabalho, que deverá, de ofício, comunicar a falta de anotação ao órgão competente, para o fim de instaurar o processo de anotação. 4º É vedado ao empregador efetuar anotações desabonadoras à conduta do empregado em sua Carteira de Trabalho e Previdência Social. 5º O descumprimento do disposto no 4º deste artigo submeterá o empregador ao pagamento de multa prevista no art. 52 deste Capítulo. Art. 30 CLT. Os acidentes do trabalho serão obrigatoriamente anotados, pelo Juízo competente na carteira profissional do acidentado. EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL Art. 442-A CLT. Para fins de contratação, o empregador não exigirá do candidato a emprego comprovação de experiência prévia por tempo superior a 6 (seis) meses no mesmo tipo de atividade. OBSERVAÇÃO A CLT não se aplica aos seguintes empregados: (art. 7º, CLT) Empregado doméstico (LC 150/2015) Empregado rural (Lei 5.889/73) Funcionário público (estatutário) CAIU EM PROVA 16. (2013 CESPE TRT 17ª Região (ES) Técnico Judiciário Área Administrativa) Em relação aos princípios e fontes do direito do trabalho, aos direitos constitucionais dos trabalhadores e à relação de emprego, julgue os itens a seguir. O advogado poderá exercer suas atividades como trabalhador autônomo, mas não como empregado. ( ) Certo ( ) Errado 29

30 17. (2013 FCC TRT 5ª Região (BA) Técnico Judiciário Área Administrativa) A relação de trabalho é diversa da relação de emprego, visto que essa última deve conter requisitos previstos na legislação trabalhista para sua configuração. Segundo esses requisitos, haverá relação de emprego, na situação de: a) contrato de estágio. b) empreiteiro de construção civil autônomo. c) trabalho voluntário para instituição de caridade. d) acompanhante de idoso, remunerado e com trabalho diário. e) associado de cooperativa. 18. (2013 FCC TRT 1ª REGIÃO (RJ) Técnico Judiciário Área Administrativa) A respeito da relação de emprego e dos seus sujeitos, é INCORRETO afirmar: a) A relação de emprego se desenvolve com pessoalidade, ou seja, o empregado tem que prestar o serviço pessoalmente, não podendo mandar qualquer pessoa trabalhar em seu lugar. b) Empregado é sempre pessoa física. c) Entidade beneficente, sem finalidade lucrativa, pode ser empregadora. d) Não haverá distinções relativas à espécie de emprego e à condição de trabalhador, nem entre o trabalho intelectual, técnico e manual. e) Empregador é sempre pessoa jurídica. SUJEITOS DO CONTRATO DE TRABALHO Art. 3º CLT. Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário. único CLT. Não haverá distinções relativas à espécie de emprego e à condição de trabalhador, nem entre o trabalho intelectual, técnico e manual. 30

31 TRT-MS Direito do Trabalho Prof. Rogério Renzetti EMPREGADOR 1 2 EMPREGADOR 3 Art. 2º CLT. Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva,individual que, assumindo os riscos Art. 2º CLT. Considera-se empregador a empresa, ou da atividade econômica, admite, assalaria eos dirige a prestação pessoal de serviço. coletiva, que, assumindo riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviço. Art. 2º 1º CLT. Equiparam-se ao empregador, para os efeitos Art. 2º 1º CLT. Equiparam-se empregador, para os efeitos exclusivos daliberais, relação de exclusivos da ao relação de emprego, os profissionais as emprego, os profissionais liberais, as instituições de beneficência, as associações recreativas instituições de beneficência, as associações recreativas ou outrasou outras instituições sem fins lucrativos, que admitirem como empregados. como instituições sem fins lucrativos,trabalhadores que admitirem trabalhadores empregados. CAIU EM PROVA 19. (2013 CESPE TRT 17ª Região (ES) Analista Judiciário Área Administrativa) A respeito das empresas e entidades a ela equiparadas, julgue os itens subsecutivos. Apesar de contratar empregados pelo regime celetista, entidade filantrópica não é considerada empregador, dado que não assume os riscos da atividade e não tem finalidade lucrativa. ( ) Certo ( ) Errado 31

32 GRUPO ECONÔMICO Art. 2º 2º CLT. Sempre que uma ou mais empresas, tendo embora, cada uma delas, personalidade jurídica própria, estiverem sob a direção, controle ou administração de outra constituindo grupo industrial, comercial ou de qualquer outra atividade econômica, serão, para os efeitos da relação de emprego, solidariamente responsáveis a empresa principal e cada uma das subordinadas. EMPRESAS LIGADAS ENTRE SI FINALIDADE LUCRATIVA EMPRESA MÃE CNPJ PRÓPRIO QUADRO DE PESSOAL ATIVIDADES ECONÔMICAS DIVERSAS NÃO ACARRETARÁ GRUPO ECONÔMICO A formação do grupo econômico depende da presença de, no mínimo, duas empresas, as quais devem estar sob direção única, existindo sempre uma empresa principal, controladora das demais. 32

33 TRT-MS Direito do Trabalho Prof. Rogério Renzetti Todas as empresas do grupo deverão exercer atividade econômica, mas não necessariamente a mesma atividade. Ex: uma padaria, uma farmácia, uma indústria. Prevaleceu a teoria do E único para definir a responsabilidade solidária passiva do grupo de empresas pelo adimplemento das obrigações trabalhistas. SOLIDARIEDADE ATIVA Todas as empresas do grupo, salvo disposição em contrário, poderão exigir serviços do e, durante o mesmo horário de trabalho, sem que isso configure a existência de mais de um pacto de emprego, como preconiza a Súmula 129, TST: A prestação de serviços a mais de uma empresa do mesmo grupo econômico, durante a mesma jornada de trabalho, não caracteriza a coexistência de mais de um contrato de trabalho, salvo ajuste em contrário. CAIU EM PROVA 20. (2013 FCC TRT 15ª Região Analista Judiciário Oficial de Justiça Avaliador) Regis é empregado da empresa FGF Ltda.. Regis presta serviços, durante a mesma jornada de trabalho, para a empresa empregadora e para a empresa FTT Ltda., empresa esta pertencente ao mesmo grupo econômico da empresa FGF Ltda.. De acordo com entendimento sumulado do Tribunal Superior do Trabalho, em regra, a prestação de serviços de Regis para a empresa FGF Ltda. e para a empresa FTT Ltda., durante a mesma jornada de trabalho, a) só configura a coexistência de dois contratos de trabalho, se Regis trabalhar mais de vinte e cinco horas semanais para a empresa FTT Ltda., havendo controle de horário. b) caracteriza a coexistência de dois contratos de trabalho em razão da simultaneidade na prestação de serviços. c) só caracteriza a coexistência de dois contratos de trabalho, se Regis trabalhar mais de vinte horas semanais para a empresa FTT Ltda., havendo controle de horário. d) não configura a coexistência de dois contratos de trabalho. e) só configura a coexistência de dois contratos de trabalho, se Regis receber ordens direta de superior hierárquico contratado pela empresa FTT Ltda., bem como houver controle de horário. SUCESSÃO DE EMPREGADOR Alteração do polo SUBJETIVO do contrato de trabalho. Com a TRANSFERÊNCIA da TITULARIDADE (SUCEDIDO) do negócio de um proprietário para outro, o NOVO PROPRIETÁRIO (SUCESSOR) ASSUME TODOS os DIREITOS e DÍVIDAS existentes. Art. 10 CLT. Qualquer alteração na estrutura jurídica da empresa não afetará os direitos adquiridos por seus empregados. 33

34 Art. 448 CLT. A mudança na propriedade ou na estrutura jurídica da empresa não afetará os contratos de trabalhos dos respectivos empregados. REQUISITOS FICA A DICA! TRANSFERÊNCIA DO NEGÓCIO PARA OUTRO TITULAR CONTINUIDADE DA RELAÇÃO DE EMPREGO OJ 261 SDI-I TST. BANCOS. SUCESSÃO TRABALHISTA (inserida em ) As obrigações trabalhistas, inclusive as contraídas à época em que os empregados trabalhavam para o banco sucedido, são de responsabilidade do sucessor, uma vez que a este foram transferidos os ativos, as agências, os direitos e os deveres contratuais, caracterizando típica sucessão trabalhista. SALVO OJ 92 SDI-I TST. DESMEMBRAMENTO DE MUNICÍPIOS. RESPONSABILIDADE TRABALHISTA (inserida em ) Em caso de criação de novo município, por desmembramento, cada uma das novas entidades responsabiliza-se pelos direitos trabalhistas do empregado no período em que figurarem como real empregador. A B 34

35 TRT-MS Direito do Trabalho Prof. Rogério Renzetti Privatização = Sucessão? Súmula nº 430 do TST Convalidam-se os efeitos do contrato de trabalho que, considerado nulo por ausência de concurso público, quando celebrado originalmente com ente da Administração Pública Indireta, continua a existir após a sua privatização. FIQUE LIGADO! HIPÓTESES DE EXCEÇÃO A SUCESSÃO DE EMPREGADORES: ENTES DE DIREITO PÚBLICO (OJ 92) FALÊNCIA e RECUPERAÇÃO JUDICIAL Art. 60 Lei /05. Se o plano de recuperação judicial aprovado envolver alienação judicial de filiais ou de unidades produtivas isoladas do devedor, o juiz ordenará a sua realização, observado o disposto no art. 142 desta Lei. Parágrafo único. O objeto da alienação estará livre de qualquer ônus e não haverá sucessão do arrematante nas obrigações do devedor, inclusive as de natureza tributária, observado o disposto no 1º do art. 141 desta Lei. Art Na alienação conjunta ou separada de ativos, inclusive da empresa ou de suas filiais, promovida sob qualquer das modalidades de que trata este artigo: II o objeto da alienação estará livre de qualquer ônus e não haverá sucessão do arrematante nas obrigações do devedor, inclusive as de natureza tributária, as derivadas da legislação do trabalho e as decorrentes de acidentes de trabalho. 35

36 PODERES DO EMPREGADOR Art. 2º CLT. Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviço. Atenção! Poderes ABSOLUTOS? Direito de resistência do empregado = jus resistentiae. PODER DE ORGANIZAÇÃO Consiste na distribuição de tarefas aos empregados, na fixação da jornada, no uso de uniformes, crachás, etc. Por meio desse poder poderá o empregador expedir ORDENS GERAIS, por meio do regulamento empresarial (PODER REGULAMENTAR). Súmula nº 51 do TST I As cláusulas regulamentares, que revoguem ou alterem vantagens deferidas anteriormente, só atingirão os trabalhadores admitidos após a revogação ou alteração do regulamento. PODER DE CONTROLE O empregador fiscaliza as tarefas executadas, verifica o cumprimento da jornada de trabalho, fiscaliza e protege o seu patrimônio, etc. Art. 373-A CLT. Ressalvadas as disposições legais destinadas a corrigir as distorções que afetam o acesso da mulher ao mercado de trabalho e certas especificidades estabelecidas nos acordos trabalhistas, é vedado: VI proceder o empregador ou preposto a revistas íntimas nas empregadas ou funcionárias. PODER DISCIPLINAR Como sabemos, o empregado está SUBORDINADO às ordens dadas pelo empregador. Se ocorrer a desobediência ou o descumprimento às ordens impostas, poderá o E aplicar as seguintes penalidades: 1 advertência verbal ou escrita. 2 suspensão disciplinar, de no máximo, 30 dias. 3 demissão por justa causa. 36

37 TRT-MS Direito do Trabalho Prof. Rogério Renzetti JUSTA CAUSA SUSPENSÃO ADVERTÊNCIA CAIU EM PROVA 21. (2013 FCC TRT 5ª Região (BA) Técnico Judiciário Área Administrativa) O poder de direção do empregador pode se manifestar de algumas formas: (1) criação de um quadro de carreira; (2) a exigência de marcação de ponto pelos empregados; (3) aplicação de advertência e suspensão ao empregado desidioso. Estes exemplos aplicam-se, respectivamente, nas seguintes modalidades: a) poder de controle; poder de organização; poder disciplinar. b) poder de organização; poder de controle; poder disciplinar. c) poder de controle; poder disciplinar; poder de organização. d) poder disciplinar; poder de organização; poder de controle. e) poder de organização; poder disciplinar; poder de controle. 22. (2010 FCC TRT 8ª Região (PA e AP) Técnico Judiciário Área Administrativa) Considerando que ocorreu a fusão da empresa A com a empresa B formando-se a empresa AB e que a empresa C foi adquirida pela empresa D, os empregados a) apenas da empresa D preservam com os novos empregadores os antigos contratos de trabalho, com todos os seus efeitos passados, presentes e futuros. b) apenas da empresa AB preservam com os novos empregadores os antigos contratos de trabalho, com todos os seus efeitos passados, presentes e futuros. c) da empresa AB e da empresa D preservam com os novos empregadores os antigos contratos de trabalho, com todos os seus efeitos passados, presentes e futuros. d) da empresa AB e da empresa D não preservam com os novos empregadores os antigos contratos de trabalho, devendo ser elaborado obrigatoriamente novos contratos, dispensada a experiência. e) apenas da empresa D preservam com os novos empregadores os antigos contratos de trabalho, exclusivamente para efeitos presentes e futuros. 37

38 23. (2015 FCC TRT 3ª Região (MG) Analista Judiciário Área Judiciária) A solidariedade quanto ao cumprimento das obrigações trabalhistas exige a) a existência de empresas com a mesma personalidade jurídica. b) a existência de direção, controle ou administração de uma empresa em relação a outras, constituindo grupo industrial, comercial ou de qualquer atividade econômica, embora cada uma com personalidade jurídica própria. c) a existência de empresas com personalidade jurídica e direção diferentes, mas com unidade de objeto social. d) a existência de previsão nos contratos sociais das empresas, pois a lei civil dispõe que a solidariedade decorre da lei ou do contrato. e) acordo entre empregado e o empregador, não bastando a simples configuração de grupo de empregadores. 24. (2013 FCC TRT 15ª Região Analista Judiciário Oficial de Justiça Avaliador) Regis é empregado da empresa FGF Ltda.. Regis presta serviços, durante a mesma jornada de trabalho, para a empresa empregadora e para a empresa FTT Ltda., empresa esta pertencente ao mesmo grupo econômico da empresa FGF Ltda.. De acordo com entendimento sumulado do Tribunal Superior do Trabalho, em regra, a prestação de serviços de Regis para a empresa FGF Ltda. e para a empresa FTT Ltda., durante a mesma jornada de trabalho, a) só configura a coexistência de dois contratos de trabalho, se Regis trabalhar mais de vinte e cinco horas semanais para a empresa FTT Ltda, havendo controle de horário. b) caracteriza a coexistência de dois contratos de trabalho em razão da simultaneidade na prestação de serviços. c) só caracteriza a coexistência de dois contratos de trabalho, se Regis trabalhar mais de vinte horas semanais para a empresa FTT Ltda, havendo controle de horário. d) não configura a coexistência de dois contratos de trabalho. e) só configura a coexistência de dois contratos de trabalho, se Regis receber ordens direta de superior hierárquico contratado pela empresa FTT Ltda, bem como houver controle de horário. 25. (2015 FCC TRT 9ª REGIÃO (PR) Analista Judiciário Área Administrativa) A Empresa Leia Mais, editora de livros, admitiu e dispensou Arnaldo como empregado na função de jornalista, que nada recebeu a título de verbas rescisórias. O sócio de Leia Mais também dirige a Empresa Tô Seguro, que explora o ramo de vigilância e segurança. Considerando que Arnaldo nunca prestou qualquer tipo de serviço para a empresa Tô Seguro, ao ingressar com reclamação trabalhista, terá direito a mover ação contra a) a Empresa Leia Mais apenas, por serem empresas com objetos sociais distintos, não podendo se caracterizarem como grupo econômico. b) ambas as empresas, alegando grupo econômico e responsabilidade subsidiária da Empresa Tô Seguro no pagamento de suas verbas trabalhistas. c) a Empresa Leia Mais apenas, sua empregadora, sendo que em caso de inadimplência, poderá ingressar novamente contra a Empresa Tô Seguro. d) a Empresa Leia Mais apenas, pois nunca ativou-se na Empresa Tô Seguro, não podendo responsabilizá-la por suas verbas trabalhistas. e) ambas as empresas, alegando grupo econômico e responsabilidade solidária entre elas no pagamento de suas verbas trabalhistas. 38

39 TRT-MS Direito do Trabalho Prof. Rogério Renzetti EMPREGADO DOMÉSTICO LEGISLAÇÃO ART. 7º único da CF/88 (alterado pela EC 72/13). LC 150/2015 (revoga a Lei 5.859/1972). Doméstico não é regido pela CLT (art. 7º). NOVIDADE! Art. 19 LC 150/2015. Observadas as peculiaridades do trabalho doméstico, a ele também se aplicam as Leis nº 605, de 5 de janeiro de 1949, no 4.090, de 13 de julho de 1962, no 4.749, de 12 de agosto de 1965, e no 7.418, de 16 de dezembro de 1985, e, subsidiariamente, a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), aprovada pelo DecretoLei nº 5.452, de 1º de maio de Art. 1º. LC 150/2015. Ao empregado doméstico, assim considerado aquele que presta serviços de forma contínua, subordinada, onerosa e pessoal e de finalidade não lucrativa à pessoa ou à família, no âmbito residencial destas, por mais de 2 (dois) dias por semana, aplica-se o disposto nesta Lei. 39

40 Anotação na CTPS: Prazo: Requisitos: TOME NOTA! Art. 9º A Carteira de Trabalho e Previdência Social será obrigatoriamente apresentada, contra recibo, pelo empregado ao empregador que o admitir, o qual terá o prazo de 48 (quarenta e oito) horas para nela anotar, especificamente, a data de admissão, a remuneração e, quando for o caso, os contratos previstos nos incisos I e II do art. 4º. NOVIDADE! Art. 42. É de responsabilidade do empregador o arquivamento de documentos comprobatórios do cumprimento das obrigações fiscais, trabalhistas e previdenciárias, enquanto essas não prescreverem. 40

41 TRT-MS Direito do Trabalho Prof. Rogério Renzetti Art. 1º único. É vedada a contratação de menor de 18 (dezoito) anos para desempenho de trabalho doméstico, de acordo com a Convenção no 182, de 1999, da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e com o Decreto no 6.481, de 12 de junho de JORNADA DE TRABALHO Art. 2º. A duração normal do trabalho doméstico não excederá 8 (oito) horas diárias e 44 (quarenta e quatro) semanais, observado o disposto nesta Lei. 1º A remuneração da hora extraordinária será, no mínimo, 50% (cinquenta por cento) superior ao valor da hora normal. Art. 12. É obrigatório o registro do horário de trabalho do empregado doméstico por qualquer meio manual, mecânico ou eletrônico, desde que idôneo. Art. 74 2º CLT. Para os estabelecimentos de mais de dez trabalhadores será obrigatória a anotação da hora de entrada e de saída, em registro manual, mecânico ou eletrônico, conforme instruções a serem expedidas pelo Ministério do Trabalho, devendo haver pré-assinalação do período de repouso. COMPENSAÇÃO DE JORNADA Art. 2º 4º Poderá ser dispensado o acréscimo de salário e instituído regime de compensação de horas, mediante acordo escrito entre empregador e empregado, se o excesso de horas de um dia for compensado em outro dia. Compensação de Jornada: Para que haja a compensação de jornada para os domésticos basta um simples acordo escrito entre empregado e empregador; as primeiras 40 horas extras prestadas no mês devem ser pagas em dinheiro ao empregado e, somente as demais poderão ser compensadas em até 1 ano com folgas ou redução de jornada. 5º No regime de compensação previsto no 4º: I será devido o pagamento, como horas extraordinárias, na forma do 1º, das primeiras 40 (quarenta) horas mensais excedentes ao horário normal de trabalho; II das 40 (quarenta) horas referidas no inciso I, poderão ser deduzidas, sem o correspondente pagamento, as horas não trabalhadas, em função de redução do horário normal de trabalho ou de dia útil não trabalhado, durante o mês; III o saldo de horas que excederem as 40 (quarenta) primeiras horas mensais de que trata o inciso I, com a dedução prevista no inciso II, quando for o caso, será compensado no período máximo de 1 (um) ano. 41

42 6º Na hipótese de rescisão do contrato de trabalho sem que tenha havido a compensação integral da jornada extraordinária, na forma do 5º, o empregado fará jus ao pagamento das horas extras não compensadas, calculadas sobre o valor da remuneração na data de rescisão. 8º O trabalho não compensado prestado em domingos e feriados deve ser pago em dobro, sem prejuízo da remuneração relativa ao repouso semanal. FIQUE LIGADO! O artigo 10 permitiu que seja instituído para o empregado doméstico o regime de escala de 12 horas seguidas por 36 horas ininterruptas de descanso, mediante acordo escrito entre empregado e empregador. Art. 10. É facultado às partes, mediante acordo escrito entre essas, estabelecer horário de trabalho de 12 (doze) horas seguidas por 36 (trinta e seis) horas ininterruptas de descanso, observados ou indenizados os intervalos para repouso e alimentação. 1º A remuneração mensal pactuada pelo horário previsto no caput deste artigo abrange os pagamentos devidos pelo descanso semanal remunerado e pelo descanso em feriados, e serão considerados compensados os feriados e as prorrogações de trabalho noturno, quando houver, de que tratam o art. 70 e o 5º do art. 73 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, e o art. 9º da Lei nº 605, de 5 de janeiro de Súmula nº 444 do TST É valida, em caráter excepcional, a jornada de doze horas de trabalho por trinta e seis de descanso, prevista em lei ou ajustada exclusivamente mediante acordo coletivo de trabalho ou convenção coletiva de trabalho, assegurada a remuneração em dobro dos feriados trabalhados. O empregado não tem direito ao pagamento de adicional referente ao labor prestado na décima primeira e décima segunda horas. ADICIONAL NOTURNO Art. 14. Considera-se noturno, para os efeitos desta Lei, o trabalho executado entre as 22 horas de um dia e as 5 horas do dia seguinte. 1º A hora de trabalho noturno terá duração de 52 (cinquenta e dois) minutos e 30 (trinta) segundos. 42

43 TRT-MS Direito do Trabalho Prof. Rogério Renzetti 2º A remuneração do trabalho noturno deve ter acréscimo de, no mínimo, 20% (vinte por cento) sobre o valor da hora diurna. NOVIDADE! Em seu art. 11, a LC nº 150/2015 determina a necessidade de realização prévia de acordo escrito entre empregado e empregador doméstico como condição para que essa categoria acompanhe os patrões em viagens, com direito a receber um adicional de 25% por hora trabalhada. A LC esclarece, também, que o empregado somente receberá o adicional pelas horas efetivamente trabalhadas e não sobre todo o período da viagem. Art. 11. Em relação ao empregado responsável por acompanhar o empregador prestando serviços em viagem, serão consideradas apenas as horas efetivamente trabalhadas no período, podendo ser compensadas as horas extraordinárias em outro dia, observado o art. 2º. 1º O acompanhamento do empregador pelo empregado em viagem será condicionado à prévia existência de acordo escrito entre as partes. 2º A remuneração-hora do serviço em viagem será, no mínimo, 25% (vinte e cinco por cento) superior ao valor do salário-hora normal. 3º O disposto no 2º deste artigo poderá ser, mediante acordo, convertido em acréscimo no banco de horas, a ser utilizado a critério do empregado. NOVIDADE! TRABALHO EM REGIME DE TEMPO PARCIAL Lembrem-se de que o trabalho em regime de tempo parcial é de, no máximo, 25 horas semanais, e o salário a ser pago ao empregado que trabalha em regime de tempo parcial será proporcional à sua jornada. FIQUE LIGADO! A LC nº 150/2015 implementou uma diferença substancial para o trabalho em regime tempo parcial aplicável ao empregado doméstico, pois permite a realização de até 1 hora extra diária, desde que não ultrapasse 6 horas diárias, mediante simples acordo escrito entre empregado e empregador. 43

44 Art. 3º Considera-se trabalho em regime de tempo parcial aquele cuja duração não exceda 25 (vinte e cinco) horas semanais. 1º O salário a ser pago ao empregado sob regime de tempo parcial será proporcional a sua jornada, em relação ao empregado que cumpre, nas mesmas funções, tempo integral. 2º A duração normal do trabalho do empregado em regime de tempo parcial poderá ser acrescida de horas suplementares, em número não excedente a 1 (uma) hora diária, mediante acordo escrito entre empregador e empregado, aplicando-se-lhe, ainda, o disposto nos 2º e 3º do art. 2º, com o limite máximo de 6 (seis) horas diárias. As FÉRIAS do empregado doméstico contratado sob o regime de trabalho em tempo parcial serão concedidas na mesma proporção prevista ao empregado celetista no art. 130-A da CLT. INTERVALO INTRAJORNADA O art. 13 traz duas regras interessantes para essa categoria no tocante ao intervalo para repouso e alimentação. Primeira: o intervalo para repouso ou alimentação dos domésticos pelo período mínimo de 1 hora poderá, mediante acordo escrito entre empregador e empregado, ser reduzido para 30 min. E, ainda, para o empregado que reside no local de trabalho, o intervalo poderá ser desmembrado em 2 períodos, desde que cada um deles tenha, no mínimo 1h, até o limite de 4hs ao dia. Art. 13. É obrigatória a concessão de intervalo para repouso ou alimentação pelo período de, no mínimo, 1 (uma) hora e, no máximo, 2 (duas) horas, admitindo-se, mediante prévio acordo escrito entre empregador e empregado, sua redução a 30 (trinta) minutos. 1º Caso o empregado resida no local de trabalho, o período de intervalo poderá ser desmembrado em 2 (dois) períodos, desde que cada um deles tenha, no mínimo, 1 (uma) hora, até o limite de 4 (quatro) horas ao dia. 2º Em caso de modificação do intervalo, na forma do 1º, é obrigatória a sua anotação no registro diário de horário, vedada sua prenotação. FICA A DICA! Essas regras são aplicadas às jornadas superiores a 6 horas diárias. Para as demais jornadas, vale a regra prevista na CLT. 44

45 TRT-MS Direito do Trabalho Prof. Rogério Renzetti Art. 15. Entre 2 (duas) jornadas de trabalho deve haver período mínimo de 11 (onze) horas consecutivas para descanso. DESCANSO SEMANAL REMUNERADO Art. 19. Observadas as peculiaridades do trabalho doméstico, a ele também se aplicam as Leis nº 605, de 5 de janeiro de 1949, no 4.090, de 13 de julho de 1962, no 4.749, de 12 de agosto de 1965, e no 7.418, de 16 de dezembro de 1985, e, subsidiariamente, a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de FÉRIAS O artigo 17 determina que o empregado doméstico poderá, a critério do empregador, fracionar as férias em 2 períodos, sendo um deles de, no mínimo, 14 dias corridos. Mas fique atento: é uma faculdade do empregado doméstico converter um terço de férias em abono pecuniário. Logo, a conversão do terço de férias é um direito potestativo do empregado, e o empregador não poderá a ele se opor. Art. 17. O empregado doméstico terá direito a férias anuais remuneradas de 30 (trinta) dias, salvo o disposto no 3º do art. 3º, com acréscimo de, pelo menos, um terço do salário normal, após cada período de 12 (doze) meses de trabalho prestado à mesma pessoa ou família. 1º Na cessação do contrato de trabalho, o empregado, desde que não tenha sido demitido por justa causa, terá direito à remuneração relativa ao período incompleto de férias, na proporção de um doze avos por mês de serviço ou fração superior a 14 (quatorze) dias. 2º O período de férias poderá, a critério do empregador, ser fracionado em até 2 (dois) períodos, sendo 1 (um) deles de, no mínimo, 14 (quatorze) dias corridos. 3º É facultado ao empregado doméstico converter um terço do período de férias a que tiver direito em abono pecuniário, no valor da remuneração que lhe seria devida nos dias correspondentes. 4º O abono de férias deverá ser requerido até 30 (trinta) dias antes do término do período aquisitivo. 5º É lícito ao empregado que reside no local de trabalho nele permanecer durante as férias. 6º As férias serão concedidas pelo empregador nos 12 (doze) meses subsequentes à data em que o empregado tiver adquirido o direito. 45

46 O artigo 4º torna lícita a contratação do empregado domestico por prazo determinado em três hipóteses: a) Contrato de experiência. b) Para atender necessidades familiares de natureza transitória. c) Substituição temporária de empregado doméstico com contrato de trabalho interrompido ou suspenso. Art. 4º. É facultada a contratação, por prazo determinado, do empregado doméstico: I mediante contrato de experiência; II para atender necessidades familiares de natureza transitória e para substituição temporária de empregado doméstico com contrato de trabalho interrompido ou suspenso. Parágrafo único. No caso do inciso II deste artigo, a duração do contrato de trabalho é limitada ao término do evento que motivou a contratação, obedecido o limite máximo de 2 (dois) anos. Art. 5º. O contrato de experiência não poderá exceder 90 (noventa) dias. 1º O contrato de experiência poderá ser prorrogado 1 (uma) vez, desde que a soma dos 2 (dois) períodos não ultrapasse 90 (noventa) dias. 2º O contrato de experiência que, havendo continuidade do serviço, não for prorrogado após o decurso de seu prazo previamente estabelecido ou que ultrapassar o período de 90 (noventa) dias passará a vigorar como contrato de trabalho por prazo indeterminado. ATENÇÃO! No curso do contrato por prazo determinado o empregado doméstico, somente poderá ser dispensado por justa causa, sob pena de receber, a título de indenização, a metade da remuneração a que teria direito até o fim do contrato. Art. 6º Durante a vigência dos contratos previstos nos incisos I e II do art. 4º, o empregador que, sem justa causa, despedir o empregado é obrigado a pagar-lhe, a título de indenização, metade da remuneração a que teria direito até o termo do contrato. 46

47 TRT-MS Direito do Trabalho Prof. Rogério Renzetti Art. 7º Durante a vigência dos contratos previstos nos incisos I e II do art. 4º, o empregado não poderá se desligar do contrato sem justa causa, sob pena de ser obrigado a indenizar o empregador dos prejuízos que desse fato lhe resultarem. Parágrafo único. A indenização não poderá exceder aquela a que teria direito o empregado em idênticas condições. Art. 8º Durante a vigência dos contratos previstos nos incisos I e II do art. 4º, não será exigido aviso prévio. FIQUE LIGADO! Art. 481 CLT. Aos contratos por prazo determinado, que contiverem cláusula assecuratória do direito recíproco de rescisão antes de expirado o termo ajustado, aplicam-se, caso seja exercido tal direito por qualquer das partes, os princípios que regem a rescisão dos contratos por prazo indeterminado. Art. 9º A Carteira de Trabalho e Previdência Social será obrigatoriamente apresentada, contra recibo, pelo empregado ao empregador que o admitir, o qual terá o prazo de 48 (quarenta e oito) horas para nela anotar, especificamente, a data de admissão, a remuneração e, quando for o caso, os contratos previstos nos incisos I e II do art. 4º. REMUNERAÇÃO Art. 18. É vedado ao empregador doméstico efetuar descontos no salário do empregado por fornecimento de alimentação, vestuário, higiene ou moradia, bem como por despesas com transporte, hospedagem e alimentação em caso de acompanhamento em viagem. NOVIDADE! No parágrafo primeiro, temos a questão da permissão, mediante acordo escrito, dos descontos pelo empregador, limitado a 20% do salário, para inclusão do empregado em planos de assistência médico-hospitalar e odontológica, de seguro e de previdência privada. 1º É facultado ao empregador efetuar descontos no salário do empregado em caso de adiantamento salarial e, mediante acordo escrito entre as partes, para a inclusão do empregado em planos de assistência médico-hospitalar e odontológica, de seguro e de previdência privada, não podendo a dedução ultrapassar 20% (vinte por cento) do salário. 47

48 Já em relação à moradia do empregado, destacamos os seguintes pontos: a) Desde que previamente acordado por escrito entre as partes, pode o empregador cobrar do empregado as despesas com a moradia em local diverso da residência em que ocorrer a prestação do serviço doméstico. Logo, a regra é a do caput, ou seja, que é vedado o desconto pelo fornecimento de moradia. 2º Poderão ser descontadas as despesas com moradia de que trata o caput deste artigo quando essa se referir a local diverso da residência em que ocorrer a prestação de serviço, desde que essa possibilidade tenha sido expressamente acordada entre as partes. 3º As despesas referidas no caput deste artigo não têm natureza salarial nem se incorporam à remuneração para quaisquer efeitos. 4º O fornecimento de moradia ao empregado doméstico na própria residência ou em morada anexa, de qualquer natureza, não gera ao empregado qualquer direito de posse ou de propriedade sobre a referida moradia. Art º CLT. Em caso de dano causado pelo empregado, o desconto será lícito, desde de que esta possibilidade tenha sido acordada ou na ocorrência de dolo do empregado. A LC nº 150/2015 regularizou o que já ocorria na prática, ou seja, agora é expressamente permitido que o empregador doméstico faça o ressarcimento em dinheiro, mediante recibo, dos valores pagos pelo empregado a titulo de transporte. Art. 19 único. A obrigação prevista no art. 4º da Lei nº 7.418, de 16 de dezembro de 1985, poderá ser substituída, a critério do empregador, pela concessão, mediante recibo, dos valores para a aquisição das passagens necessárias ao custeio das despesas decorrentes do deslocamento residência-trabalho e vice-versa. PROTEÇÃO AO TRABALHO DA MULHER Art. 25. A empregada doméstica gestante tem direito a licença-maternidade de 120 (cento e vinte) dias, sem prejuízo do emprego e do salário, nos termos da Seção V do Capítulo III do Título III da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto-Lei no 5.452, de 1º de maio de Parágrafo único. A confirmação do estado de gravidez durante o curso do contrato de trabalho, ainda que durante o prazo do aviso prévio trabalhado ou indenizado, garante à empregada gestante a estabilidade provisória prevista na alínea b do inciso II do art. 10 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias. Artigos 31 a 35 Do Simples Doméstico A LC nº 150/2015 instituiu o regime unificado de pagamentos de tributos e encargos do empregador doméstico, o Simples Doméstico. 48

49 TRT-MS Direito do Trabalho Prof. Rogério Renzetti O Simples Doméstico é um sistema eletrônico de registro das obrigações trabalhistas, previdenciárias e fiscais, que gera um único documento (guia única) para que o empregador possa, sobre o cálculo ali realizado, realizar mensalmente o recolhimento dos tributos e encargos trabalhistas. Art. 34. O Simples Doméstico assegurará o recolhimento mensal, mediante documento único de arrecadação, dos seguintes valores:... IV 8% (oito por cento) de recolhimento para o FGTS; Art. 22. O empregador doméstico depositará a importância de 3,2% (três inteiros e dois décimos por cento) sobre a remuneração devida, no mês anterior, a cada empregado, destinada ao pagamento da indenização compensatória da perda do emprego, sem justa causa ou por culpa do empregador, não se aplicando ao empregado doméstico o disposto nos 1º a 3º do art. 18 da Lei no 8.036, de 11 de maio de º Nas hipóteses de dispensa por justa causa ou a pedido, de término do contrato de trabalho por prazo determinado, de aposentadoria e de falecimento do empregado doméstico, os valores previstos no caput serão movimentados pelo empregador. 2º Na hipótese de culpa recíproca, metade dos valores previstos no caput será movimentada pelo empregado, enquanto a outra metade será movimentada pelo empregador. Art. 26. O empregado doméstico que for dispensado sem justa causa fará jus ao benefício do seguro-desemprego, na forma da Lei no 7.998, de 11 de janeiro de 1990, no valor de 1 (um) saláriomínimo, por período máximo de 3 (três) meses, de forma contínua ou alternada. Art. 28. Para se habilitar ao benefício do seguro-desemprego, o trabalhador doméstico deverá apresentar ao órgão competente do Ministério do Trabalho e Emprego: I Carteira de Trabalho e Previdência Social, na qual deverão constar a anotação do contrato de trabalho doméstico e a data de dispensa, de modo a comprovar o vínculo empregatício, como empregado doméstico, durante pelo menos 15 (quinze) meses nos últimos 24 (vinte e quatro) meses; II termo de rescisão do contrato de trabalho; 49

50 III declaração de que não está em gozo de benefício de prestação continuada da Previdência Social, exceto auxílio-acidente e pensão por morte; e IV declaração de que não possui renda própria de qualquer natureza suficiente à sua manutenção e de sua família. Art. 29. O seguro-desemprego deverá ser requerido de 7 (sete) a 90 (noventa) dias contados da data de dispensa. Art º O benefício do seguro-desemprego será cancelado, sem prejuízo das demais sanções cíveis e penais cabíveis: I pela recusa, por parte do trabalhador desempregado, de outro emprego condizente com sua qualificação registrada ou declarada e com sua remuneração anterior; II por comprovação de falsidade na prestação das informações necessárias à habilitação; III por comprovação de fraude visando à percepção indevida do benefício do segurodesemprego; ou IV por morte do segurado. AVISO PRÉVIO Art. 23. Não havendo prazo estipulado no contrato, a parte que, sem justo motivo, quiser rescindilo deverá avisar a outra de sua intenção. 1º O aviso prévio será concedido na proporção de 30 (trinta) dias ao empregado que conte com até 1 (um) ano de serviço para o mesmo empregador. 2º Ao aviso prévio previsto neste artigo, devido ao empregado, serão acrescidos 3 (três) dias por ano de serviço prestado para o mesmo empregador, até o máximo de 60 (sessenta) dias, perfazendo um total de até 90 (noventa) dias. 3º A falta de aviso prévio por parte do empregador dá ao empregado o direito aos salários correspondentes ao prazo do aviso, garantida sempre a integração desse período ao seu tempo de serviço. 4º A falta de aviso prévio por parte do empregado dá ao empregador o direito de descontar os salários correspondentes ao prazo respectivo. 5º O valor das horas extraordinárias habituais integra o aviso prévio indenizado. Art. 24. O horário normal de trabalho do empregado durante o aviso prévio, quando a rescisão tiver sido promovida pelo empregador, será reduzido de 2 (duas) horas diárias, sem prejuízo do salário integral. Parágrafo único. É facultado ao empregado trabalhar sem a redução das 2 (duas) horas diárias previstas no caput deste artigo, caso em que poderá faltar ao serviço, sem prejuízo do salário integral, por 7 (sete) dias corridos, na hipótese dos 1º e 2º do art

51 TRT-MS Direito do Trabalho Prof. Rogério Renzetti TÉRMINO DO CONTRATO DE TRABALHO Além das hipóteses previstas no art. 482 da CLT, uma nova conduta que justifica o término do contrato por culpa do EMPREGADO. Art. 27. Considera-se justa causa para os efeitos desta Lei: I submissão a maus tratos de idoso, de enfermo, de pessoa com deficiência ou de criança sob cuidado direto ou indireto do empregado; NOVIDADE! IX abandono de emprego, assim considerada a ausência injustificada ao serviço por, pelo menos, 30 (trinta) dias corridos; No tocante à RESCISÃO INDIRETA, além dos casos previstos no art. 483 da CLT, a LC 150/2015 criou uma NOVA hipótese que justifica o término do contrato de trabalho por culpa do empregador: Art. 27 único. O contrato de trabalho poderá ser rescindido por culpa do empregador quando: VII o empregador praticar qualquer das formas de violência doméstica ou familiar contra mulheres de que trata o art. 5º da Lei nº , de 7 de agosto de No Capítulo V da LC nº 150/2015, que trata das Disposições Finais, encontramos duas inovações legislativas importantes, que não podem passar despercebidas por nós. A primeira diz respeito à fiscalização/verificação pelo Auditor Fiscal do Trabalho, no âmbito do domicílio do empregador, do cumprimento das normas que regem o trabalho domestico. Essa fiscalização será realizada com acompanhamento do empregador ou de alguém de sua família; sua natureza será orientadora e deverá ser observado, em regra, o critério da dupla visita para lavratura de auto de infração. PODER DE FISCALIZAÇÃO O auditor fiscal do trabalho deverá verificar o cumprimento da legislação do trabalho doméstico no âmbito do domicílio do empregador. será realizado um AGENDAMENTO entre o AFT e o empregador doméstico para que ocorra a fiscalização prioritariamente ORIENTADORA. dupla visita para lavratura do auto de infração, salvo quando constatada infração grave por falta de anotação da CTPS, reincidência, resistência ou embaraços à fiscalização. 51

52 FIQUE LIGADO! A segunda novidade é que foi revogado o inciso I do artigo 3º da Lei nº 8.009/1990, que dispunha sobre a penhorabilidade do bem de família em razão dos créditos de trabalhadores da própria residência e das respectivas contribuições previdenciárias. Portanto, a partir da LC nº 150/2015, o bem de família não poderá mais ser penhorado para pagamento de dívidas de trabalhadores da própria residência e das respectivas contribuições previdenciárias. FICA A DICA! A LC nº 150/2015 assegurou, em seu Capítulo III, direitos que não vamos detalhar por serem de natureza tributária e previdenciária, como, por exemplo, o salário-família, sendo este mais um encargo com o qual o empregador doméstico terá que arcar. CAIU EM PROVA 28. (2015 FCC TRT 3ª Região (MG) Técnico Judiciário Área Administrativa) Ana trabalhou em uma residência como cozinheira de 5 de maio de 2013 a 6 de julho de No período indicado e na data da rescisão do contrato de trabalho, é devido à categoria profissional de Ana, podendo ser exigido seu cumprimento de imediato pela empregada, o direito a: a) adicional noturno. b) jornada de trabalho de 8 horas diárias e 44 horas semanais de trabalho. c) FGTS obrigatório. d) seguro-desemprego obrigatório. e) auxílio-creche. 29. (2015 CESPE DPU Defensor Público Federal de Segunda Categoria) Julgue o próximo item, referente a insalubridade, terceirização e trabalho doméstico. Caso uma empregada doméstica na função de babá cuide de um recém-nascido todas as noites da semana e pretenda requerer judicialmente valor referente à remuneração do serviço extraordinário e ao adicional noturno, tal pretensão será legalmente correta, pois, segundo a CF, referidos direitos não dependem de regulamentação legal. ( ) Certo ( ) Errado 52

53 TRT-MS Direito do Trabalho Prof. Rogério Renzetti 30. (2014 CESPE Câmara dos Deputados Analista Legislativo) A respeito do trabalho rural, do trabalho doméstico, do trabalho infantil, da aprendizagem e do estágio, julgue o item a seguir. Diarista que preste serviços em residência particular em apenas um dia na semana não é considerada trabalhadora doméstica, mas, sim, autônoma. ( ) Certo ( ) Errado 53

54 CONTRATO DE TRABALHO A UNIÃO de duas ou mais vontades faz nascer o CONTRATO. CONCEITO LEGAL Art CLT. Contrato individual de trabalho é o acordo tácito ou expresso, correspondente à relação de emprego. Natureza jurídica: É um negócio jurídico de direito PRIVADO apesar do Estado fixar as condições mínimas. ELEMENTOS ESSENCIAIS A validade do negócio jurídico requer: Agente capaz; Objeto lícito; Forma prescrita ou não defesa em lei. 54

55 TRT-MS Direito do Trabalho Prof. Rogério Renzetti AGENTE CAPAZ Art. 7º CF. São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: XXXIII proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de quatorze anos; Em relação ao E ante a falta de norma, a capacidade trabalhista coincide com a capacidade civil. O E deverá ter, no mínimo 18 anos para que possa admitir e. Contudo, aplicam-se as hipóteses de emancipação civil. OBJETO LÍCITO O objeto do contrato não pode ser contrário à lei, aos bons costumes e à moral. OJ199 SDI-I TST. É nulo o contrato de trabalho celebrado para o desempenho de atividade inerente à prática do jogo do bicho, ante a ilicitude de seu objeto, o que subtrai o requisito de validade para a formação do ato jurídico. Exemplos de contrato ilícito: apontador do jogo do bicho, médico que pratica abortos ilegais, exercício ilegal da profissão, contrabandista, trabalho armado sem autorização, trabalho em rinhas de galo com venda de rifas, matador particular, motorista de ônibus pirata, vendedor de produtos receptados, prostituta com a casa de lenocínio. 55

56 TRABALHO ILÍCITO X PROIBIDO ILÍCITO: É aquele que compõe um tipo penal ou concorre para a realização de uma conduta definida como crime. Não produz efeitos; viola valores de moralidade, de legalidade ou norma de ordem pública. Não gera direito sequer aos salários contrato absolutamente nulo. PROIBIDO: É o trabalho irregular, vedado pela lei, mas não constitui crime. Objetiva-se proteger o trabalhador ou ainda o interesse público. É nulo o contrato, mas gera direito aos salários. Não há ilicitude no trabalho prestado, no objeto do contrato, pois não contraria a ordem pública. Ex: um menor de 14 anos é proibido de trabalhar, um estrangeiro sem visto de trabalho, uma faxineira na casa de tolerância. Assim, ocorrendo o trabalho PROIBIDO, determina-se a imediata cessação do contrato de trabalho, porém, garantem-se os efeitos trabalhistas adquiridos, pois o trabalhador não pode ser prejudicado duas vezes. A declaração de nulidade tem efeitos ex nunc. FORMA Não é muito aplicado ao direito do trabalho. Não há regras específicas, salvo quando a lei determinar. Ex: contrato de aprendizagem, temporário. Art CLT. As relações contratuais de trabalho podem ser objeto de livre estipulação das partes interessadas em tudo quanto não contravenha às disposições de proteção ao trabalho, aos contratos coletivos que lhes sejam aplicáveis e às decisões das autoridades competentes. 56

57 TRT-MS Direito do Trabalho Prof. Rogério Renzetti CARACTERIZAÇÃO DE DIREITO PRIVADO presença de autonomia de vontade. INFORMAL celebração de forma tácita ou expressa, verbalmente ou por escrito. BILATERAL ou SINALAGMÁTICO direitos e obrigações para ambas as partes. INTUITU PERSONAE em relação ao empregado. COMUTATIVO equivalência entre o serviço prestado e a contraprestação. Cada parte sabe previamente seu direito em relação à outra durante o contrato. CONSENSUAL deriva do livre consentimento das partes independente de qualquer solenidade. DE TRATO SUCESSIVO (débito permanente) direitos e obrigações se renovam a cada período. ONEROSO o salário é requisito essencial do contrato de trabalho. DE ATIVIDADE não é um contrato de resultado, objetiva a própria prestação de um serviço. CLASSIFICAÇÃO O contrato individual de trabalho poderá ser acordado: Tácita ou expressamente, verbalmente ou por escrito e Por prazo determinado ou indeterminado. CONTRATO TÁCITO Caracterizado pela inexistência de ajuste escrito ou verbal. Resultante de um comportamento. Alguém, sem que exista solicitação expressa, presta serviços a outrem sem que este se oponha. CONTRATO EXPRESSO ESCRITO Quando há um contrato escrito de trabalho. VERBAL Quando entre empregado e empregador há simples troca oral de palavras que, tratando-se de acordo de vontades, produzirá efeitos jurídicos, obrigando reciprocamente as partes. 57

58 Art CLT. Na falta de acordo ou prova sobre condições essencial ao contrato verbal, esta se presume existente, como se tivessem estatuído os interessados na conformidade dos preceitos jurídicos adequados à sua legitimidade. Art CLT. A prova do contrato individual de trabalho será feita pelas anotações constantes da carteira de trabalho e previdência social ou instrumentos escrito e suprida por todos os meios permitidos em direito. PRAZO INDETERMINADO É a REGRA GERAL para os contratos de trabalho, presumido sempre que houver dúvida. Assim, silenciadas as partes sobre o prazo de duração do contrato, será ele por prazo indeterminado. Súmula nº 212 do TST O ônus de provar o término do contrato de trabalho, quando negados a prestação de serviço e o despedimento, é do empregador, pois o princípio da continuidade da relação de emprego constitui presunção favorável ao empregado. PRAZO DETERMINADO Art º CLT. Considera-se como de prazo determinado o contrato de trabalho cuja vigência dependa de termo prefixado ou da execução de serviços especificados ou ainda da realização de certo acontecimento suscetível de previsão aproximada. REQUISITOS DE VALIDADE Serviço cuja natureza ou transitoriedade justifique a predeterminação do prazo. Atividades empresariais de caráter transitório. Contrato de experiência. PRAZO O contrato por prazo determinado não poderá ser estipulado por período superior a 2 anos. O contrato de experiência não poderá exceder 90 dias. 58

59 TRT-MS Direito do Trabalho Prof. Rogério Renzetti PRORROGAÇÃO Art CLT. O contrato de trabalho por prazo determinado que, tácita ou expressamente, for prorrogado mais de uma vez passará a vigorar sem determinação de prazo. CONTRATOS SUCESSIVOS Art CLT. Considera-se por prazo indeterminado todo contrato que suceder, dentro de 6 (seis) meses, a outro contrato por prazo determinado, salvo se a expiração deste dependeu da execução de serviços especializados ou da realização de certos acontecimentos. 6 MESES ESTABILIDADE Entre as VANTAGENS para o E do contrato a termo, está a impossibilidade, em REGRA, de o e adquirir a estabilidade. Ex: dirigente sindical, cipeiro, membro da CCP. O TST recentemente alterou o seu entendimento no sentido de que tanto a GRAVIDEZ quanto o ACIDENTE DE TRABALHO ocorrido durante o contrato de trabalho a prazo determinado geram a estabilidade provisória. Súmula 244 TST III A empregada gestante tem direito à estabilidade provisória prevista no art. 10, inciso II, alínea "b", do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, mesmo na hipótese de admissão mediante contrato por tempo determinado. Súmula 378 TST III O empregado submetido a contrato de trabalho por tempo determinado goza da garantia provisória de emprego decorrente de acidente de trabalho prevista no art. 118 da Lei nº 8.213/91. 59

60 TÉRMINO DO CONTRATO O término do contrato por prazo determinado poderá ocorrer de duas formas: s: NORMAL ANTECIPADA EXTINÇÃO NORMAL 1 Saldo de salário; 2 13º salário proporcional; 3 Férias proporcionais + 1/3 OBS: O e levanta ainda o FGTS. EXTINÇÃO ANTECIPADA Art CLT. Nos contratos que tenham termo estipulado, o empregador que, sem justa causa, despedir o empregado será obrigado a pagar-lhe, a titulo de indenização, e por metade, a remuneração a que teria direito até o termo do contrato. TOME NOTA! 60

61 TRT-MS Direito do Trabalho Prof. Rogério Renzetti 1 saldo de salário; 2 13º salário proporcional; 3 Férias proporcionais + 1/3; 4 INDENIZAÇÃO prevista no art. 479 da CLT (metade da remuneração que o e teria direito até o fim do contrato a termo); 5 FGTS + multa de 40%. DECRETO /90 Art. 14. No caso de contrato a termo, a rescisão antecipada, sem justa causa ou com culpa recíproca, equipara-se às hipóteses previstas nos 1º e 2º do art. 9º, respectivamente, sem prejuízo do disposto no art. 479 da CLT. Art. 9º 1º No caso de despedida sem justa causa, ainda que indireta, o empregador depositará na conta vinculada do trabalhador no FGTS, importância igual a quarenta por cento do montante de todos os depósitos realizados na conta vinculada durante a vigência do contrato de trabalho atualizados monetariamente e acrescidos dos respectivos juros, não sendo permitida, para este fim a dedução dos saques ocorridos. Súmula nº 125 do TST O art. 479 da CLT aplica-se ao trabalhador optante pelo FGTS admitido mediante contrato por prazo determinado, nos termos do art. 30, 3º, do Decreto nº , de Art CLT. Havendo termo estipulado, o empregado não se poderá desligar do contrato, sem justa causa, sob pena de ser obrigado a indenizar o empregador dos prejuízos que desse fato lhe resultarem. 1º A indenização, porém, não poderá exceder àquela a que teria direito o empregado em idênticas condições. 1 Saldo de salário; 2 13º salário proporcional; 3 Férias proporcionais + 1/3. OBS: Caberá ao e o pagamento de indenização pelos PREJUÍZOS que o pedido de demissão causar ao E. 61

62 FIQUE LIGADO! Art CLT. Aos contratos por prazo determinado que contiverem cláusula assecuratória do direito recíproco de rescisão antes de expirado o termo ajustado, aplicam-se, caso seja exercido tal direito por qualquer das partes, os princípios que regem a rescisão dos contratos por prazo indeterminado. COM CLÁUSULA AVISO PRÉVIO FÉRIAS 13º SALÁRIO SALDO DE SALÁRIO FGTS + 40% SEM CLÁUSULA NO LUGAR DO AVISO PRÉVIO, SERÁ PAGA A INDENIZAÇÃO DO ART. 479 DA CLT. SUSPENSÃO E INTERRUPÇÃO Como REGRA, o tempo em que o e permanecer afastado do emprego, em virtude de causas de suspensão ou interrupção do contrato de trabalho, será computado na contagem do prazo nos contratos por prazo determinado. Contudo, a CLT possibilita que este tempo não seja computado no curso do contrato a prazo caso as partes assim acordarem. Art º CLT. Nos contratos por prazo determinado, o tempo de afastamento, se assim acordarem as partes interessadas, não será computado na contagem do prazo para a respectiva terminação. CAIU EM PROVA 1. (2014 FCC TRT 19ª Região (AL) Técnico Judiciário Área Administrativa) O contrato de trabalho pode ser celebrado: a) apenas por escrito e expressamente. b) apenas por escrito e verbalmente. c) expressamente, de forma escrita ou verbal, ou tacitamente. d) apenas com a assistência do sindicato da categoria profissional. e) por escrito e deve ser registrado no órgão competente. 62

63 TRT-MS Direito do Trabalho Prof. Rogério Renzetti 2. (2014 FCC TRT 19ª Região (AL) Técnico Judiciário Área Administrativa) Contrato de experiência celebrado por 29 dias, que foi prorrogado por mais 29 dias, a) pode ser prorrogado por até mais 32 dias, para completar 90 dias. b) pode ser prorrogado por mais 31 dias, para completar 3 meses. c) é nulo, pois o sistema legal não ampara a prorrogação do contrato de experiência. d) não pode mais ser prorrogado. e) pode ser prorrogado, desde que não ultrapasse o limite máximo de duração de dois anos. 3. (2013 CESPE TRT 8ª Região (PA e AP) Técnico Judiciário Área Administrativa) A respeito de contrato de trabalho por prazo determinado, assinale a opção correta. a) O contrato de experiência não pode perdurar por mais que sessenta dias. b) O contrato em questão somente será válido em serviço cuja natureza ou transitoriedade justifique a predeterminação do contrato. c) Considera-se contrato de trabalho por prazo determinado todo contrato que suceder, dentro de seis meses, a outro contrato por prazo determinado, salvo se a expiração deste dependeu da execução de serviços especializados ou da realização de certos acontecimentos. d) O contrato de experiência não é considerado como contrato por prazo determinado. e) O contrato em apreço não poderá ser estipulado por mais de dois anos. ALTERAÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO Art CLT. As relações contratuais de trabalho podem ser objeto de livre estipulação das partes interessadas em tudo quanto não contravenha às disposições de proteção ao trabalho, aos contratos coletivos que lhes sejam aplicáveis e às decisões das autoridades competentes. Para que a alteração do CT seja VÁLIDA, há necessidade de observar DOIS requisitos: 1 CONSENTIMENTO do empregado. 2 A alteração não pode acarretar direta ou indiretamente PREJUÍZOS para e. Art CLT. Nos contratos individuais de trabalho só é lícita a alteração das respectivas condições por mútuo consentimento, e, ainda assim, desde que não resultem, direta ou indiretamente, prejuízos ao empregado, sob pena de nulidade da clausula infringente desta garantia. ALTERAÇÃO DAS CONDIÇÕES ALTERAÇÃO DO LOCAL 63

64 ALTERAÇÃO DAS CONDIÇÕES O AUMENTO do salário e a DIMINUIÇÃO da jornada são alterações BENÉFICAS. A supressão do trabalho NOTURNO, INSALUBRE, PERIGOSO elimina a NOCIVIDADE do trabalho. Em decorrência do poder hierárquico que o empregador exerce sobre o empregado, surge, pela doutrina, a expressão Jus variandi (pequenas alterações para que o serviço funcione da melhor forma possível podem ser feitas pelo empregador). Ex: alteração da data de pagamento, reversão ao cargo anterior. OJ.159 SDI-I TST. Diante da inexistência de previsão expressa em contrato ou em instrumento normativo, a alteração de data de pagamento pelo empregador não viola o art. 468, desde que observado o parágrafo único, do art. 459, ambos da CLT. Art. 468 único CLT. Não se considera alteração unilateral a determinação do empregador para que o respectivo empregado reverta ao cargo efetivo, anteriormente ocupado, deixando o exercício de função de confiança. ATENÇÃO! Súmula 372 I TST I Percebida a gratificação de função por dez ou mais anos pelo empregado, se o empregador, sem justo motivo, revertê-lo a seu cargo efetivo, não poderá retirar-lhe a gratificação tendo em vista o princípio da estabilidade financeira. Caso o empregador extrapole o exercício do jus variandi, poderá o empregado opor-se às modificações implementadas, inclusive pleiteando a rescisão indireta do contrato de trabalho, por descumprimento contratual, nos termos do art. 483, CLT. Esse direito de resistência é denominado jus resistentiae. A doutrina divide o jus variandi em: ORDINÁRIO e EXTRAORDINÁRIO. Jus variandi ORDINÁRIO a alteração unilateral do contrato de trabalho é realizada no dia a dia da empresa como forma de melhor organizar a prestação dos serviços, sem a necessidade de autorização LEGAL ou JURISPRUDENCIAL. Ex: alteração do horário de entrada e saída, obrigatório para uso de uniforme. Jus variandi EXTRAORDINÁRIO alteração unilateral excepcional que exige previsão em LEI ou JURISPRUDÊNCIA. Ex: transferência do período noturno para diurno (Súmula 267 do TST). 64

65 TRT-MS Direito do Trabalho Prof. Rogério Renzetti OBJETIVA ALTERAÇÃO SUBJETIVA ALTERAÇÕES OBJETIVAS FUNÇÃO SALÁRIO JORNADA LOCAL DA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS ALTERAÇÃO DE FUNÇÃO PROMOÇÃO REBAIXAMENTO APROVEITAMENTO REVERSÃO AO CARGO ANTERIOR READAPTAÇÃO ALTERAÇÃO DO LOCAL DA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS Art CLT. Ao empregador é vedado transferir o empregado, sem a sua anuência, para localidade diversa da que resultar do contrato, não se considerando transferência a que não acarretar necessariamente a mudança do seu domicílio. FIQUE LIGADO! Remoção = jus variandi 65

66 TRANSFERÊNCIAS UNILATERAIS Art º Não estão compreendidos na proibição deste artigo os empregados que exerçam cargos de confiança e aqueles cujos contratos tenham como condição, implícita ou explícita, a transferência, quando esta decorra de real necessidade de serviço. FIQUE LIGADO! Súmula 43 TST Presume-se abusiva a transferência de que trata o 1º do art. 469 da CLT, sem comprovação da necessidade do serviço. Art CLT. Competem privativamente aos Presidentes das Juntas, além das que lhes forem conferidos neste Título e das decorrentes de seu cargo, as seguintes atribuições: IX conceder medida liminar, até decisão final do processo em reclamações trabalhistas que visem a tornar sem efeito transferência disciplinada pelos parágrafos do Art. 469 desta Consolidação. Art º CLT. PRESTIGIOU O PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE DO EMPREGO. É licita a transferência quando ocorrer extinção do estabelecimento em que trabalhar o empregado. ADICIONAL DE TRANSFERÊNCIA Art º CLT. Em caso de necessidade de serviço o empregador poderá transferir o empregado para localidade diversa da que resultar do contrato, não obstante as restrições do artigo anterior, mas, nesse caso, ficará obrigado a um pagamento suplementar, nunca inferior a 25% (vinte e cinco por cento) dos salários que o empregado percebia naquela localidade, enquanto durar essa situação. OJ113 SDI-I TST. O fato de o empregado exercer cargo de confiança ou a existência de previsão de transferência no contrato de trabalho não exclui o direito ao adicional. O pressuposto legal apto a legitimar a percepção do mencionado adicional é a transferência provisória. DESPESAS COM TRANSFERÊNCIA Art CLT. As despesas resultantes da transferência correrão por conta do empregador. 66

67 TRT-MS Direito do Trabalho Prof. Rogério Renzetti TRANSFERÊNCIA VEDADA Art CLT. O empregado eleito para o cargo de administração sindical ou representação profissional, inclusive junto a órgão de deliberação coletiva, não poderá ser impedido do exercício de suas funções, nem transferido para lugar ou mister que lhe dificulte ou torne impossível o desempenho das suas atribuições sindicais. 1º O empregado perderá o mandato se a transferência for por ele solicitada ou voluntariamente aceita. CAIU EM PROVA 4. (2015 FCC TRT 9ª Região (PR) Técnico Judiciário Área Administrativa) Juliana, gerente regional de vendas e exercente de cargo de confiança, foi informada de que iria ser transferida para trabalhar na filial de sua empregadora, acarretando a mudança de seu domicílio, sem que fosse comprovada, pela empresa, a real necessidade de serviço naquele lugar e sem a sua anuência. Diante da situação apresentada, Juliana: a) é obrigada a aceitar a transferência, desde que receba o adicional de transferência de 25% sobre seu salário. b) é obrigada a aceitar a transferência, uma vez que exerce cargo de confiança. c) não é obrigada a aceitar a transferência, pois o cargo de confiança está restrito à região para a qual foi contratada. d) não é obrigada a aceitar a transferência, sendo requisito essencial a comprovação pelo empregador da real necessidade de serviço. e) é obrigada a aceitar a transferência, pois decorre do jus variandi do empregador, independendo da vontade da trabalhadora. 5. (2013 CESPE TRT 17ª Região (ES) Técnico Judiciário Área Administrativa) Julgue os itens seguintes, com relação ao contrato individual de trabalho. Suponha que uma empresa pague os salários de seus empregados no último dia do mês trabalhado e, posteriormente, resolva alterar o dia do pagamento para o quinto dia útil do mês seguinte ao da prestação de serviço dos empregados. Nessa situação hipotética, caracteriza-se alteração contratual lesiva. ( ) Certo ( ) Errado 67

68 SUSPENSÃO E INTERRUPÇÃO SEM PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE A paralisação da prestação de serviços acompanhada da cessação temporária da obrigação do pagamento de salário por parte do empregador denomina-se SUSPENSÃO do contrato de trabalho, não havendo contagem do tempo de serviço. Já quando empregado deixa de trabalhar temporariamente, mas, ainda assim, percebe remuneração, a hipótese será de INTERRUPÇÃO do contrato de trabalho, com contagem do tempo de serviço. INTERRUPÇÃO Não há prestação de serviço. e recebe salário. Há contagem de tempo de serviço. Há recolhimento do FGTS. SUSPENSÃO Não há prestação de serviço. e não recebe salário. Não há contagem de tempo de serviço (regra). Não há recolhimento do FGTS (regra). INTERRUPÇÃO HIPÓTESES Art CLT. O empregado poderá deixar de comparecer ao serviço sem prejuízo do salário: I até 2 (dois) dias consecutivos, em caso de falecimento do cônjuge, ascendente, descendente, irmão ou pessoa que, declarada em sua carteira de trabalho e previdência social, viva sob sua dependência econômica; II até 3 (três) dias consecutivos, em virtude de casamento; III por um dia, em caso de nascimento de filho no decorrer da primeira semana; IV por um dia, em cada 12 (doze) meses de trabalho, em caso de doação voluntária de sangue devidamente comprovada; 68

69 TRT-MS Direito do Trabalho Prof. Rogério Renzetti V até 2 (dois) dias consecutivos ou não, para o fim de se alistar eleitor, nos termos da lei respectiva. VI no período de tempo em que tiver de cumprir as exigências do Serviço Militar referidas na letra "c" do art. 65 da Lei nº 4.375, de 17 de agosto de 1964 (Lei do Serviço Militar). VII nos dias em que estiver comprovadamente realizando provas de exame vestibular para ingresso em estabelecimento de ensino superior. VIII pelo tempo que se fizer necessário, quando tiver que comparecer a juízo. IX pelo tempo que se fizer necessário, quando, na qualidade de representante de entidade sindical, estiver participando de reunião oficial de organismo internacional do qual o Brasil seja membro. Licença paternidade 5 dias (art. 10, II, 1º ADCT). Acidente de trabalho ou doença primeiros 15 dias. Repouso Semanal Remunerado. Feriados. Férias. OBS: Casos controvertidos: LICENÇA MATERNIDADE é um benefício previdenciário pago durante o período de 120 dias. O pagamento é efetuado pelo empregador, mas será reembolsado pela Previdência Social. O tempo de serviço é computado para todos os fins e o empregador efetua os depósitos do FGTS. Prevalece o entendimento que é causa de INTERRUPÇÃO. ABORTO NÃO CRIMINOSO benefício previdenciário pago durante o período de duas semanas. O pagamento do salário é efetuado pelo empregador, posteriormente reembolsado pela Previdência Social. O empregador efetua os depósitos do FGTS. Prevalece o entendimento de que é hipótese de INTERRUPÇÃO. Art º CLT. Não serão descontadas, no decurso de nove dias, faltas verificadas por motivo de gala ou de luto em consequência de falecimento do cônjuge, do pai ou mãe, ou de filho. 69

70 Aviso prévio (art. 488 CLT). FIQUE LIGADO! O período de redução da jornada durante o aviso prévio (2 horas ou 7 dias corridos) é hipótese típica de interrupção, pois são devidos salários e conta como tempo de serviço. RETORNO AO TRABALHO Afastada a causa interruptiva, cabe ao e reapresentar-se de imediato ao E. Nada justifica prolongar essa situação além do estritamente necessário. SUSPENSÃO Durante a suspensão contratual as principais cláusulas, efeitos do contrato de trabalho, ficam paralisados. O empregador SUSTA o pagamento dos salários ou qualquer outra contraprestação. Todavia, as obrigações ACESSÓRIAS continuam a vigorar. SUSPENSÃO HIPÓTESES Art CLT. O afastamento do empregado em virtude das exigências do serviço militar ou de outro encargo público, não constituirá motivo para alteração ou rescisão do contrato de trabalho por parte do empregador. FICA A DICA! Art º CLT. Para que o empregado tenha direito a voltar a exercer o cargo do qual se afastou em virtude de exigências do serviço militar ou de encargo público, é indispensável que notifique o empregador dessa intenção, por telegrama ou carta registrada, dentro do prazo máximo de 30 (trinta) dias, contados da data em que se verificar a respectiva baixa ou a terminação do encargo a que estava obrigado. 70

71 TRT-MS Direito do Trabalho Prof. Rogério Renzetti ENCARGOS CIVIS PÚBLICOS MANDATO SINDICAL Art º CLT. Considera-se de licença não remunerada, salvo assentimento da empresa ou cláusula contratual, o tempo em que o empregado se ausentar do trabalho no desempenho das funções a que se refere este artigo. SUSPENSÃO DISCIPLINAR Art CLT. A suspensão do empregado por mais de trinta dias consecutivos importa a rescisão injusta do contrato de trabalho. SUSPENSÃO PARA INQUÉRITO Art CLT. O empregado acusado de falta grave poderá ser suspenso de suas funções, mas a sua despedida só se tornará efetiva após o inquérito em que se verifique a procedência da acusação. Parágrafo único. A suspensão, no caso deste artigo, perdurará até a decisão final do processo. 71

72 SÚMULA 269 DO TST O empregado eleito para ocupar cargo de diretor tem o respectivo contrato de trabalho suspenso, não se computando o tempo de serviço desse período, salvo se permanecer a subordinação jurídica inerente à relação de emprego. Art. 7º Lei 7.783/89. Observadas as condições previstas nesta Lei, a participação em greve suspende o contrato de trabalho, devendo as relações obrigacionais, durante o período, ser regidas pelo acordo, convenção, laudo arbitral ou decisão da Justiça do Trabalho. AUXÍLIO DOENÇA Art. 59. Lei 8.213/91. O auxílio-doença será devido ao segurado que, havendo cumprido, quando for o caso, o período de carência exigido nesta Lei, ficar incapacitado para o seu trabalho ou para a sua atividade habitual por mais de 15 (quinze) dias consecutivos. Art CLT. Em caso de seguro-doença ou auxílio-enfermidade, o empregado é considerado em licença não remunerado durante o prazo desse benefício. PRISÃO DO EMPREGADO APOSENTADORIA POR INVALIDEZ Art CLT. O empregado que for aposentado por invalidez terá suspenso o seu contrato de trabalho durante o prazo fixado pelas leis de previdência social para a efetivação do benefício. Súmula 217 STF. Tem direito de retornar ao emprego, ou ser indenizado em caso de recusa do empregador, o aposentado que recupera a capacidade de trabalho dentro de cinco anos, a contar da aposentadoria, que se torna definitiva após esse prazo. 72

73 TRT-MS Direito do Trabalho Prof. Rogério Renzetti Súmula 160 TST. Cancelada a aposentadoria por invalidez, mesmo após 5 (cinco) anos, o trabalhador terá direito de retornar ao emprego, facultado, porém, ao empregador, indenizá-lo na forma da lei. SUSPENSÃO PARA CURSO Art. 476-A. CLT. O contrato de trabalho poderá ser suspenso, por um período de dois a cinco meses, para participação do empregado em curso ou programa de qualificação profissional oferecido pelo empregador, com duração equivalente à suspensão contratual, mediante previsão em convenção ou acordo coletivo de trabalho e aquiescência formal do empregado, observado o disposto no Art. 471 desta Consolidação. Afastamento por até 6 meses Lei Maria da Penha. (Lei /06). Art. 9º 2º O juiz assegurará à mulher em situação de violência doméstica e familiar, para preservar sua integridade física e psicológica:... II manutenção do vínculo trabalhista, quando necessário o afastamento do local de trabalho, por até seis meses. Súmula nº 440 do TST Assegura-se o direito à manutenção de plano de saúde ou de assistência médica oferecido pela empresa ao empregado, não obstante suspenso o contrato de trabalho em virtude de auxíliodoença acidentário ou de aposentadoria por invalidez. ATENÇÃO! Art. 15. Lei 8.036/90. Para os fins previstos nesta lei, todos os empregadores ficam obrigados a depositar, até o dia 7 (sete) de cada mês, em conta bancária vinculada, a importância correspondente a 8 (oito) por cento da remuneração paga ou devida, no mês anterior, a cada trabalhador, incluídas na remuneração as parcelas de que tratam os arts. 457 e 458 da CLT e a gratificação de Natal a que se refere a Lei nº 4.090, de 13 de julho de 1962, com as modificações da Lei nº 4.749, de 12 de agosto de º O depósito de que trata o caput deste artigo é obrigatório nos casos de afastamento para prestação do serviço militar obrigatório e licença por acidente do trabalho. 73

74 RETORNO AO TRABALHO Súmula nº 32 do TST Presume-se o abandono de emprego se o trabalhador não retornar ao serviço no prazo de 30 (trinta) dias após a cessação do benefício previdenciário nem justificar o motivo de não o fazer. Art CLT. Ao empregado afastado do emprego, são asseguradas, por ocasião de sua volta, todas as vantagens que, em sua ausência, tenham sido atribuídas à categoria a que pertencia na empresa. CAIU EM PROVA 6. (2013 CESPE TRT 17ª Região (ES) Técnico Judiciário Área Administrativa) Julgue os itens seguintes, com relação ao contrato individual de trabalho. Opera-se a suspensão do contrato de trabalho quando o empregado ascende ao cargo de diretor de sociedade anônima, passando a ser, por conseguinte, representante legal da pessoa jurídica. ( ) Certo ( ) Errado 7. (2013 CESPE TRT 17ª Região (ES) Técnico Judiciário Área Administrativa) Julgue os itens seguintes, com relação ao contrato individual de trabalho. O afastamento do empregado por motivo de doença ou acidente de trabalho constitui hipótese de interrupção do contrato de trabalho caso se estenda por até quinze dias. ( ) Certo ( ) Errado 8. (2015 FCC TRT 3ª Região (MG) Técnico Judiciário Área Administrativa) Mário ausentou-se do trabalho por três dias por ter se casado, tirando suas férias vencidas em seguida, e, finalmente, deixando de retornar ao trabalho por ter acompanhado sua esposa que foi, voluntariamente, doar sangue, sem previsão de abono de falta em norma coletiva. Nos casos expostos, tem-se, respectivamente, a caracterização no contrato de trabalho de: a) interrupção, interrupção e suspensão, respectivamente. b) interrupção, suspensão e suspensão, respectivamente. c) suspensão, interrupção e interrupção, respectivamente. d) suspensão, em todos os casos. e) interrupção, em todos os casos. 74

75 TRT-MS Direito do Trabalho Prof. Rogério Renzetti 9. (2014 FCC TRT 16ª Região (MA) Técnico Judiciário Administrativa) Considere as seguintes hipóteses: I. Falta ao serviço não justificada por cinco dias corridos em razão do matrimônio. II. Falta ao serviço não justificada por até três dias consecutivos em razão do falecimento de irmão. III. Gozo de férias. IV. Licença de empregado para atuação como conciliador em Comissão de Conciliação Prévia. Caracterizam hipóteses de interrupção do contrato de trabalho, as indicadas APENAS em: a) I e II. b) I, III e IV. c) III e IV. d) II e IV. e) I, II e III. DURAÇÃO DO TRABALHO Limitação de JORNADA (art. 7º XIII CF) diárias e semanais. Art. 4º CLT. Considera-se como de serviço efetivo o período em que o empregado esteja à disposição do empregador, aguardando ou executando ordens, salvo disposição especial expressamente consignada. 75

76 Súmula nº 429 do TST. Considera-se à disposição do empregador, na forma do art. 4º da CLT, o tempo necessário ao deslocamento do trabalhador entre a portaria da empresa e o local de trabalho, desde que supere o limite de 10 (dez) minutos diários. Fiscalização da jornada E Art º CLT. Para os estabelecimentos de mais de dez trabalhadores será obrigatória a anotação da hora de entrada e de saída, em registro manual, mecânico ou eletrônico, conforme instruções a serem expedidas pelo Ministério do Trabalho, devendo haver pré-assinalação do período de repouso. HORAS IN ITINERE MÉDIAS E GRANDES EMPRESAS Art º CLT. O tempo despendido pelo empregado até o local de trabalho e para o seu retorno, por qualquer meio de transporte, não será computado na jornada de trabalho, salvo quando, tratando-se de local de difícil acesso ou não servido por transporte público, o empregador fornecer a condução. REQUISITOS LOCAL DE DIFÍCIL ACESSO NÃO SERVIDO POR TRANSPORTE PÚBLICO E FORNECE TRANSPORTE 76

77 TRT-MS Direito do Trabalho Prof. Rogério Renzetti INCOMPATIBILIDADE de horários. INSUFICIÊNCIA do transporte público. Transporte público PARCIAL. Súmula nº 320 do TST. O fato de o empregador cobrar, parcialmente ou não, importância pelo transporte fornecido, para local de difícil acesso ou não servido por transporte regular, não afasta o direito à percepção das horas in itinere. Súmula 90 V TST. Considerando que as horas in itinere são computáveis na jornada de trabalho, o tempo que extrapola a jornada legal é considerado como extraordinário e sobre ele deve incidir o adicional respectivo. MICRO E PEQUENA EMPRESA Art º CLT. Poderão ser fixados, para as microempresas e empresas de pequeno porte, por meio de acordo ou convenção coletiva, em caso de transporte fornecido pelo empregador, em local de difícil acesso ou não servido por transporte público, o tempo médio despendido pelo empregado, bem como a forma e a natureza da remuneração. SOBREAVISO X PRONTIDÃO Art º CLT. Considera-se de "sobreaviso" o empregado efetivo, que permanecer em sua própria casa, aguardando a qualquer momento o chamado para o serviço. Cada escala de "sobreaviso" será, no máximo, de 24 horas. As horas de "sobreaviso", para todos os efeitos, serão contadas à razão de 1/3 do salário normal. SOBREAVISO MÁXIMO 24 HORAS 1/3 DO SALÁRIO HORA 77

78 FIQUE LIGADO! 1 mantiverem o e sob controle; 2 e conectado à empresa; 3 regime de plantão. Súmula nº 428 do TST I O uso de instrumentos telemáticos ou informatizados fornecidos pela empresa ao empregado, por si só, não caracteriza o regime de sobreaviso. II Considera-se em sobreaviso o empregado que, à distância e submetido a controle patronal por instrumentos telemáticos ou informatizados, permanecer em regime de plantão ou equivalente, aguardando a qualquer momento o chamado para o serviço durante o período de descanso. Na prontidão, o empregado está na empresa, aguardando a determinação do empregador, logo, é considerado como efetivo exercício. PRONTIDÃO MÁXIMO 12 HORAS 2/3 DO SALÁRIO HORA 78

79 TRT-MS Direito do Trabalho Prof. Rogério Renzetti HORA NORMAL EMPREGADOS EXCLUÍDOS DO CONTROLE DE JORNADA Art. 62. CLT. Não são abrangidos pelo regime previsto neste capítulo: I os empregados que exercem atividade externa incompatível com a fixação de horário de trabalho, devendo tal condição ser anotada na Carteira de Trabalho e Previdência Social e no registro de empregados; II os gerentes, assim considerados os exercentes de cargos de gestão, aos quais se equiparam, para efeito do disposto neste artigo, os diretores e chefes de departamento ou filial Parágrafo único. O regime previsto neste capítulo será aplicável aos empregados mencionados no inciso II deste artigo, quando o salário do cargo de confiança, compreendendo a gratificação de função, se houver, for inferior ao valor do respectivo salário efetivo acrescido de 40% (quarenta por cento). Súmula nº 287 do TST. A jornada de trabalho do empregado de banco gerente de agência é regida pelo art. 224, 2º, da CLT. Quanto ao gerentegeral de agência bancária, presume-se o exercício de encargo de gestão, aplicando-se-lhe o art. 62 da CLT. MOTORISTA A CLT foi alterada para prever a jornada diária de trabalho do motorista profissional (art A ao 235-G Lei /2015) de 8 (oito) horas, admitindo-se a sua prorrogação por até 2 (duas) horas extraordinárias ou, mediante previsão em convenção ou acordo coletivo, por até 4 (quatro) horas extraordinárias. Por essa razão o art. 62, I da CLT tornou-se INCOMPATÍVEL para esses profissionais. REGIME DE TEMPO PARCIAL Art. 58-A CLT. Considera-se trabalho em regime de tempo parcial aquele cuja duração não exceda a vinte e cinco horas semanais. 79

80 1º O salário a ser pago aos empregados sob o regime de tempo parcial será proporcional à sua jornada, em relação aos empregados que cumprem, nas mesmas funções, tempo integral. OJ358 SDI-I TST. Havendo contratação para cumprimento de jornada reduzida, inferior à previsão constitucional de oito horas diárias ou quarenta e quatro semanais, é lícito o pagamento do piso salarial ou do salário mínimo proporcional ao tempo trabalhado. FICA A DICA! É possível a migração do empregado que labora em regime de tempo integral para trabalhar em regime de tempo parcial? SIM, art. 58 A, 2º, CLT Para os atuais empregados, a adoção do regime de tempo parcial será feita mediante opção manifestada perante a empresa, na forma prevista em instrumento decorrente de negociação coletiva. Art º CLT. Os empregados sob o regime de tempo parcial não poderão prestar horas extras. Art (abono pecuniário) 3º. O disposto neste artigo não se aplica aos empregados sob o regime de tempo parcial. As férias serão de no mínimo 8 dias e no máximo 18 dias (art. 130-A da CLT) TURNOS ININTERRUPTOS DE REVEZAMENTO Pressupõe uma continuidade de atividade empresarial e da prestação de serviços pelos e, que ao se revezarem, fazem com que, em qualquer momento, haja um trabalhador laborando. Art. 7º XIV CF. jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento, salvo negociação coletiva. Súmula nº 423 do TST. Estabelecida jornada superior a seis horas e limitada a oito horas por meio de regular negociação coletiva, os empregados submetidos a turnos ininterruptos de revezamento não tem direito ao pagamento da 7ª e 8ª horas como extras. 80

81 TRT-MS Direito do Trabalho Prof. Rogério Renzetti TRABALHO NOTURNO Art. 7º CF. São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: IX remuneração do trabalho noturno superior à do diurno; Art. 73. CLT. Salvo nos casos de revezamento semanal ou quinzenal, o trabalho noturno terá remuneração superior à do diurno e, para esse efeito, sua remuneração terá um acréscimo de 20% (vinte por cento), pelo menos, sobre a hora diurna. 1º A hora do trabalho noturno será computada como de 52 (cinquenta e dois) minutos e 30 (trinta) segundos. 2º Considera-se noturno, para os efeitos deste art., o trabalho executado entre as 22 (vinte e duas) horas de um dia e as 5 (cinco) horas do dia seguinte. Nos HORÁRIOS MISTOS, assim entendidos os que abrangem períodos diurnos e noturnos, aplica-se às horas de trabalho noturno o disposto neste Art. e seus parágrafos. EX: 18h 24h 18h 22h (diurno) 22h 24h (noturno) ATENÇÃO! Súmula nº 60 do TST I O adicional noturno, pago com habitualidade, integra o salário do empregado para todos os efeitos. II Cumprida integralmente a jornada no período noturno e prorrogada esta, devido é também o adicional quanto às horas prorrogadas. Exegese do art. 73, 5º, da CLT. Súmula nº 265 do TST. A transferência para o período diurno de trabalho implica a perda do direito ao adicional noturno. 81

82 RURAL LEI 5.889/73 AGRICULTURA PECUÁRIA URBANO 22 às 05 horas 20% RESUMINDO... RURAL PECUÁRIA 20 às 04 horas 25% RURAL AGRICULTURA 21 às 05 horas 25% OBS: SOMENTE O URBANO TERÁ A HORA NOTURNA REDUZIDA PARA 52 MINUTOS E 30 SEGUNDOS. VARIAÇÕES DE HORÁRIO Art º CLT. Não serão descontadas nem computadas como jornada extraordinária as variações de horário no registro de ponto não excedentes de cinco minutos, observado o limite máximo de dez minutos diários. Súmula nº 366 do TST Não serão descontadas nem computadas como jornada extraordinária as variações de horário do registro de ponto não excedentes de cinco minutos, observado o limite máximo de dez minutos diários. Se ultrapassado esse limite, será considerada como extra a totalidade do tempo que exceder a jornada normal, pois configurado tempo à disposição do empregador, não importando as atividades desenvolvidas pelo empregado ao longo do tempo residual (troca de uniforme, lanche, higiene pessoal, etc). 82

83 TRT-MS Direito do Trabalho Prof. Rogério Renzetti HORAS EXTRAORDINÁRIAS Todo o tempo em que o empregado estiver à disposição do empregador além da sua jornada normal de trabalho que, em regra, será de 8 horas diárias ou 44 horas semanais, conforme estabelecido pela CF, será considerado como horas extraordinárias. Art. 7º XVI CF. remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em cinquenta por cento à do normal; FORMAS DE PRORROGAÇÃO Art. 59. CLT. A duração normal do trabalho poderá ser acrescida de horas suplementares, em número não excedente de 2 (duas), mediante acordo escrito entre empregador e empregado, ou mediante contrato coletivo de trabalho. 1º Do acordo ou do contrato coletivo de trabalho deverá constar, obrigatoriamente, a importância da remuneração da hora suplementar, que será, pelo menos, 50% (cinquenta por cento) superior à da hora normal. AUTORIZADAS POR LEI Art. 61. CLT. Ocorrendo necessidade imperiosa, poderá a duração do trabalho exceder do limite legal ou convencionado, seja para fazer face a motivo de força maior, seja para atender à realização ou conclusão de serviços inadiáveis ou cuja inexecução possa acarretar prejuízo manifesto. 1º O excesso, nos casos deste artigo, poderá ser exigido independentemente de acordo ou contrato coletivo e deverá ser comunicado, dentro de 10 (dez) dias, à autoridade competente em matéria de trabalho, ou, antes desse prazo, justificado no momento da fiscalização sem prejuízo dessa comunicação. 2º Nos casos de excesso de horário por motivo de força maior, a remuneração da hora excedente não será inferior à da hora normal. Nos demais casos de excesso previstos neste artigo, a remuneração será, pelo menos, 25% (vinte e cinco por cento) superior à da hora normal, e o trabalho não poderá exceder de 12 (doze) horas, desde que a lei não fixe expressamente outro limite. 3º Sempre que ocorrer interrupção do trabalho, resultante de causas acidentais, ou de força maior, que determinem a impossibilidade de sua realização, a duração do trabalho poderá ser prorrogada pelo tempo necessário até o máximo de 2 (duas) horas, durante o número de dias indispensáveis à recuperação do tempo perdido, desde que não exceda de 10 (dez) horas diárias, em período não superior a 45 (quarenta e cinco) dias por ano, sujeita essa recuperação à prévia autorização da autoridade competente. Art. 60. CLT. Nas atividades insalubres, assim consideradas as constantes dos quadros mencionados no capítulo Da Segurança e da Medicina do Trabalho, ou que neles venham a ser incluídas por ato do Ministro do Trabalho, quaisquer prorrogações só poderão ser acordadas mediante licença prévia das autoridades competentes em matéria de higiene do trabalho, as quais, para esse efeito, procederão aos necessários exames locais e à verificação dos métodos e processos de trabalho, 83

84 quer diretamente, quer por intermédio de autoridades sanitárias federais, estaduais e municipais, com quem entrarão em entendimento para tal fim. BANCO DE HORAS Art º CLT. Poderá ser dispensado o acréscimo de salário se, por força de acordo ou convenção coletiva de trabalho, o excesso de horas em um dia for compensado pela correspondente diminuição em outro dia, de maneira que não exceda, no período máximo de um ano, à soma das jornadas semanais de trabalho previstas, nem seja ultrapassado o limite máximo de dez horas diárias. 3º Na hipótese de rescisão do contrato de trabalho sem que tenha havido a compensação integral da jornada extraordinária, na forma do parágrafo anterior, fará o trabalhador jus ao pagamento das horas extras não compensadas, calculadas sobre o valor da remuneração na data da rescisão. Súmula nº 291 do TST. A supressão total ou parcial, pelo empregador, de serviço suplementar prestado com habitualidade, durante pelo menos 1 (um) ano, assegura ao empregado o direito à indenização correspondente ao valor de 1 (um) mês das horas suprimidas, total ou parcialmente, para cada ano ou fração igual ou superior a seis meses de prestação de serviço acima da jornada normal. O cálculo observará a média das horas suplementares nos últimos 12 (doze) meses anteriores à mudança, multiplicada pelo valor da hora extra do dia da supressão. SEMANA ESPANHOLA OJ 323 SDI I TST. É válido o sistema de compensação de horário quando a jornada adotada é a denominada "semana espanhola", que alterna a prestação de 48 horas em uma semana e 40 horas em outra, não violando os arts. 59, 2º, da CLT e 7º, XIII, da CF/88. O seu ajuste será mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho. JORNADA 12 X 36 Súmula nº 444 do TST É valida, em caráter excepcional, a jornada de doze horas de trabalho por trinta e seis de descanso, prevista em lei ou ajustada exclusivamente mediante acordo coletivo de trabalho ou convenção coletiva de trabalho, assegurada a remuneração em dobro dos feriados trabalhados. O empregado não tem direito ao pagamento de adicional referente ao labor prestado na décima primeira e décima segunda horas. 84

85 TRT-MS Direito do Trabalho Prof. Rogério Renzetti PRORROGAÇÃO DA JORNADA DO MENOR Art CLT. É vedado prorrogar a duração normal diária do trabalho do menor, salvo: I até mais 2 (duas) horas, independentemente de acréscimo salarial, mediante convenção ou acordo coletivo nos termos do Título VI desta Consolidação, desde que o excesso de horas em um dia seja compensado pela diminuição em outro, de modo a ser observado o limite máximo de 44 (quarenta e quatro) horas semanais ou outro inferior legalmente fixado; II excepcionalmente, por motivo de força maior, até o máximo de 12 (doze) horas, com acréscimo salarial de pelo menos 50% (cinquenta por cento) sobre a hora normal e desde que o trabalho do menor seja imprescindível ao funcionamento do estabelecimento. VEDAÇÃO A PRORROGAÇÃO 1 empregados contratados sob regime de tempo parcial. 2 empregados menores de idade (regra). 3 empregados que não possuem controle de jornada. DESCANSOS TRABALHISTAS INTERVALOS DSR e FERIADOS FÉRIAS INTRAJORNADA Art. 71. CLT. Em qualquer trabalho contínuo, cuja duração exceda de 6 (seis) horas, é obrigatória a concessão de um intervalo para repouso ou alimentação, o qual será, no mínimo, de 1 (uma) hora e, salvo acordo escrito ou contrato coletivo em contrário, não poderá exceder de 2 (duas) horas. 1º Não excedendo de 6 (seis) horas o trabalho, será, entretanto, obrigatório um intervalo de 15 (quinze) minutos quando a duração ultrapassar 4 (quatro) horas. 85

86 2º Os intervalos de descanso não serão computados na duração do trabalho. 4 HORAS INTERVALO 4 HORAS Art º CLT. O limite mínimo de 1 (uma) hora para repouso ou refeição poderá ser reduzido por ato do Ministro do Trabalho quando, ouvida a Secretaria de Segurança e Higiene do Trabalho, se verificar que o estabelecimento atende integralmente às exigências concernentes à organização dos refeitórios e quando os respectivos empregados não estiverem sob regime de trabalho prorrogado a horas suplementares. NOVIDADE! Atenção! Novidade! O 5º do art. 71 da CLT foi inserido pela Lei nº /2015, que dispõe sobre o exercício da profissão de motorista. Como você sabe, as novidades sempre aparecem em prova. 5º O intervalo expresso no caput poderá ser reduzido e/ou fracionado, e aquele estabelecido no 1º poderá ser fracionado, quando compreendidos entre o término da primeira hora trabalhada e o início da última hora trabalhada, desde que previsto em convenção ou acordo coletivo de trabalho, ante a natureza do serviço e em virtude das condições especiais de trabalho a que são submetidos estritamente os motoristas, cobradores, fiscalização de campo e afins nos serviços de operação de veículos rodoviários, empregados no setor de transporte coletivo de passageiros, mantida a remuneração e concedidos intervalos para descanso menores ao final de cada viagem. Súmula nº 437 do TST INTERVALO INTRAJORNADA PARA REPOUSO E ALIMENTAÇÃO. APLICAÇÃO DO ART. 71 DA CLT (conversão das Orientações Jurisprudenciais nºs 307, 342, 354, 380 e 381 da SBDI-1) Res. 185/2012, DEJT divulgado em 25, 26 e

87 TRT-MS Direito do Trabalho Prof. Rogério Renzetti I Após a edição da Lei nº 8.923/94, a não-concessão ou a concessão parcial do intervalo intrajornada mínimo, para repouso e alimentação, a empregados urbanos e rurais, implica o pagamento total do período correspondente, e não apenas daquele suprimido, com acréscimo de, no mínimo, 50% sobre o valor da remuneração da hora normal de trabalho (art. 71 da CLT), sem prejuízo do cômputo da efetiva jornada de labor para efeito de remuneração. II É inválida cláusula de acordo ou convenção coletiva de trabalho contemplando a supressão ou redução do intervalo intrajornada porque este constitui medida de higiene, saúde e segurança do trabalho, garantido por norma de ordem pública (art. 71 da CLT e art. 7º, XXII, da CF/1988), infenso à negociação coletiva. III Possui natureza salarial a parcela prevista no art. 71, 4º, da CLT, com redação introduzida pela Lei nº 8.923, de 27 de julho de 1994, quando não concedido ou reduzido pelo empregador o intervalo mínimo intrajornada para repouso e alimentação, repercutindo, assim, no cálculo de outras parcelas salariais. Art º CLT. Quando o intervalo para repouso e alimentação, previsto neste artigo, não for concedido pelo empregador, este ficará obrigado a remunerar o período correspondente com um acréscimo de no mínimo 50% (cinquenta por cento) sobre o valor da remuneração da hora normal de trabalho. INTERVALOS ESPECIAIS Estes intervalos estão INSERIDOS na jornada de trabalho, como se o empregado estivesse TRABALHANDO. Art. 72. CLT. Nos serviços permanentes de mecanografia (datilografia, escrituração ou cálculo), a cada período de 90 (noventa) minutos de trabalho consecutivo corresponderá um repouso de 10 (dez) minutos não deduzidos da duração normal de trabalho. Súmula nº 346 do TST. Os digitadores, por aplicação analógica do art. 72 da CLT, equiparam-se aos trabalhadores nos serviços de mecanografia (datilografia, escrituração ou cálculo), razão pela qual têm direito a intervalos de descanso de 10 (dez) minutos a cada 90 (noventa) de trabalho consecutivo. Súmula nº 438 do TST INTERVALO PARA RECUPERAÇÃO TÉRMICA DO EMPREGADO. AMBIENTE ARTIFICIALMENTE FRIO. HORAS EXTRAS. ART. 253 DA CLT. APLICAÇÃO ANALÓGICA Res. 185/2012, DEJT divulgado em 25, 26 e O empregado submetido a trabalho contínuo em ambiente artificialmente frio, nos termos do parágrafo único do art. 253 da CLT, ainda que não labore em câmara frigorífica, tem direito ao intervalo intrajornada previsto no caput do art. 253 da CLT. 87

88 Art CLT. Para os empregados que trabalham no interior das câmaras frigoríficas e para os que movimentam mercadorias do ambiente quente ou normal para o frio e vice-versa, depois de 1 (uma) hora e 40 (quarenta) minutos de trabalho contínuo, será assegurado um período de 20 (vinte) minutos de repouso, computado esse intervalo como de trabalho efetivo. Art CLT. Em cada período de 3 (três) horas consecutivas de trabalho, será obrigatória uma pausa de 15 (quinze) minutos para repouso, a qual será computada na duração normal de trabalho efetivo. Art CLT. Para amamentar o próprio filho, até que este complete 6 (seis) meses de idade, a mulher terá direito, durante a jornada de trabalho, a 2 (dois) descansos especiais, de meia hora cada um. Art CLT. Em caso de prorrogação do horário normal, será obrigatório um descanso de 15 (quinze) minutos no mínimo, antes do início do período extraordinário do trabalho. SÚMULA 118/TST. Os intervalos concedidos pelo empregador, na jornada de trabalho, não previstos em lei, representam tempo à disposição da empresa, remunerados como serviço extraordinário, se acrescidos ao final da jornada. INTERJORNADAS Art. 66. CLT. Entre 2 (duas) jornadas de trabalho haverá um período mínimo de 11 (onze) horas consecutivas para descanso. Súmula 110 TST. No regime de revezamento, as horas trabalhadas em seguida ao repouso semanal de 24 horas, com prejuízo do intervalo mínimo de 11 horas consecutivas para descanso entre jornadas, devem ser remuneradas como extraordinárias, inclusive com o respectivo adicional. 88

89 TRT-MS Direito do Trabalho Prof. Rogério Renzetti OJ 355 SDI1 TST. O desrespeito ao intervalo mínimo interjornadas previsto no art. 66 da CLT acarreta, por analogia, os mesmos efeitos previstos no 4º do art. 71 da CLT e na Súmula nº 110 do TST, devendo-se pagar a integralidade das horas que foram subtraídas do intervalo, acrescidas do respectivo adicional. DESCANSO SEMANAL REMUNERADO E FERIADOS Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: XV repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos. A CLT no art. 67 e seguintes, também versa sobre DSR. A lei 605/49 veio dispor especificamente sobre a matéria. REQUISITOS FREQUÊNCIA PONTUALIDADE Não cumprido... perde o DSR? Art. 6º Lei 605/49. Não será devida a remuneração quando, sem motivo justificado, o empregado não tiver trabalhado durante toda a semana anterior, cumprindo integralmente o seu horário de trabalho. Art. 67. CLT. Será assegurado a todo empregado um descanso semanal de 24 (vinte e quatro) horas consecutivas, o qual, salvo motivo de conveniência pública ou necessidade imperiosa do serviço, deverá coincidir com o domingo, no todo ou em parte. único. Nos serviços que exijam trabalho aos domingos, com exceção quanto aos elencos teatrais, será estabelecida escala de revezamento, mensalmente organizada e constando de quadro sujeito à fiscalização. Art. 68. CLT. O trabalho em domingo, seja total ou parcial, na forma do art. 67, será sempre subordinado à permissão prévia da autoridade competente em matéria de trabalho. Fica autorizado os trabalhos aos domingos nas atividades do comércio em geral, observada a legislação municipal, nos termos do artigo 30, inciso I da constituição. (Lei nº /2000, art. 5º). 89

90 Observada a legislação municipal. O DSR deve coincidir, pelo menos uma vez no período máximo de 3 semanas, com o domingo. Empresas autorizadas por lei a trabalhar no domingo: Portaria 417/66 MTE Estabelece que as empresas deverão organizar uma ESCALA DE REVEZAMENTO para que, pelo menos de 7 em 7 semanas, a folga coincida com o DOMINGO. Em relação ao comércio varejista (lei /00) É melhor, pois, de 3 em 3 semanas, a folga deverá coincidir com o DOMINGO. A lei do comércio varejista permite o trabalho aos domingos. Não há necessidade de autorização. Em relação aos FERIADOS, deve-se observar norma coletiva autorizando o funcionamento, bem como a legislação municipal. TRABALHO NO DSR Se houver trabalho no dia destinado ao repouso, há necessidade de FOLGA COMPENSATÓRIA em outro dia da semana. Se o e descansa em outro dia da semana, não há que se falar em nenhuma INDENIZAÇÃO. Na AUSÊNCIA de folga compensatória, o E estará obrigado a pagar REMUNERAÇÃO em DOBRO. Súmula nº 146 do TST. O trabalho prestado em domingos e feriados, não compensado, deve ser pago em dobro, sem prejuízo da remuneração relativa ao repouso semanal. OJ410 SDI-I TST. Viola o art. 7º, XV, da CF a concessão de repouso semanal remunerado após o sétimo dia consecutivo de trabalho, importando no seu pagamento em dobro. FÉRIAS É o descanso anual remunerado assegurado constitucionalmente a todo empregado. As férias tem por objetivo que o obreiro desfrute de um tempo de descanso para reestabelecer as suas energias físicas, o seu equilíbrio emocional, o seu convívio com a família, entre outros aspectos. 90

91 TRT-MS Direito do Trabalho Prof. Rogério Renzetti É a principal hipótese de interrupção do contrato de trabalho. Art. 7º CF. São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: XVII gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário normal; Art CLT. Todo empregado terá direito anualmente ao gozo de um período de férias, sem prejuízo da remuneração. Férias = remuneração + 1/3 EX: remuneração R$ 1.200,00 1/3 = R$ 400,00 TOTAL DE FÉRIAS: R$ 1.600,00 PERÍODO AQUISITIVO Art CLT. Após cada período de 12 (doze) meses de vigência do contrato de trabalho, o empregado terá direito a férias, na seguinte proporção: I 30 (trinta) dias corridos, quando não houver faltado ao serviço mais de 5 (cinco) vezes; II 24 (vinte e quatro) dias corridos, quando houver tido de 6 (seis) a 14 (quatorze) faltas; III 18 (dezoito) dias corridos, quando houver tido de 15 (quinze) a 23 (vinte e três) faltas; IV 12 (doze) dias corridos, quando houver tido de 24 (vinte e quatro) a 32 (trinta e duas) faltas. OBS: + 32 FALTAS PERDERÁ O DIREITO DE FÉRIAS. Art. 130-A CLT. Na modalidade do regime de tempo parcial, após cada período de doze meses de vigência do contrato de trabalho, o empregado terá direito a férias, na seguinte proporção: I 18 dias, para a duração do trabalho semanal superior a vinte e duas horas, até vinte e cinco horas; II 16 dias, para a duração do trabalho semanal superior a vinte horas, até vinte e duas horas; 91

92 III 14 dias, para a duração do trabalho semanal superior a quinze horas, até vinte horas; IV 12 dias, para a duração do trabalho semanal superior a dez horas, até quinze horas; V 10 dias, para a duração do trabalho semanal superior a cinco horas, até dez horas; VI 8 dias, para a duração do trabalho semanal igual ou inferior a cinco horas. OBS: + 7 FALTAS INJUSTIFICADAS TERÁ O PERÍODO DE FÉRIAS REDUZIDO PELA METADE. PERDA DAS FÉRIAS 1 Paralisação da empresa por + 30 dias; 2 Gozo de licença remunerada por + 30 dias; 3 Saída do emprego sem nova admissão em 60 dias; 4 Recebimento de benefício previdenciário por mais de 6 meses, embora descontínuos. Não esqueça que, se o e faltar injustificadamente mais de 32 vezes ao longo do período aquisitivo, também perderá o direito às férias, embora não esteja expresso na CLT. PERÍODO CONCESSIVO Art CLT. As férias serão concedidas por ato do empregador, em um só período, nos 12 (doze) meses subsequentes à data em que o empregado tiver adquirido o direito. Fracionamento permitido: 1º Somente em casos excepcionais serão as férias concedidas em 2 (dois) períodos, um dos quais não poderá ser inferior a 10 (dez) dias corridos. Vedação ao fracionamento: 2º Aos menores de 18 (dezoito) anos e aos maiores de 50 (cinquenta) anos de idade, as férias serão sempre concedidas de uma só vez. Art CLT. A época da concessão das férias será a que melhor consulte os interesses do empregador. 1º Os membros de uma família, que trabalharem no mesmo estabelecimento ou empresa, terão direito a gozar férias no mesmo período, se assim o desejarem e se disto não resultar prejuízo para o serviço. 92

93 TRT-MS Direito do Trabalho Prof. Rogério Renzetti 2º O empregado estudante, menor de 18 (dezoito) anos, terá direito a fazer coincidir suas férias com as férias escolares. Pagamento das férias em dobro Art CLT. Sempre que as férias forem concedidas após o prazo de que trata o art. 134, o empregador pagará em dobro a respectiva remuneração. FIXAÇÃO DE FÉRIAS POR SENTENÇA 1º Vencido o mencionado prazo sem que o empregador tenha concedido as férias, o empregado poderá ajuizar reclamação pedindo a fixação, por sentença, da época de gozo das mesmas. 2º A sentença cominará pena diária de 5% (cinco por cento) do salário mínimo da região, devida ao empregado até que seja cumprida. Súmula nº 81 do TST Os dias de férias gozados após o período legal de concessão deverão ser remunerados em dobro. Art CLT. Durante as férias, o empregado não poderá prestar serviços a outro empregador, salvo se estiver obrigado a fazê-lo em virtude de contrato de trabalho regularmente mantido com aquele. FÉRIAS PROPORCIONAIS Art único CLT. Na cessação do contrato de trabalho, após 12 (doze) meses de serviço o empregado, desde que não haja sido demitido por justa causa, terá direito à remuneração relativa ao período incompleto de férias, de acordo com o Art. 130, na proporção de 1/12 (um doze avos) por mês de serviço ou fração superior a 14 (quatorze) dias. FÉRIAS COLETIVAS Art CLT. Poderão ser concedidas férias coletivas a todos os empregados de uma empresa ou de determinados estabelecimentos ou setores da empresa. 1º As férias poderão ser gozadas em dois períodos anuais, desde que nenhum deles seja inferior a 10 dias corridos. 2º Para os fins previstos neste artigo, o empregador comunicará ao órgão local do Ministério do Trabalho, com a antecedência mínima de 15 dias, as datas de início e fim das férias, precisando quais os estabelecimentos ou setores abrangidos pela medida. 3º Em igual prazo o empregador enviará cópia da aludida comunicação aos sindicatos representativos da respectiva categoria profissional, e providenciará a fixação de aviso nos locais de trabalho Art CLT. Os empregados contratados há menos de 12 (doze) meses gozarão, na oportunidade, férias proporcionais, iniciando-se, então, novo período aquisitivo. 93

94 Art CLT. Quando o número de empregados contemplados com as férias coletivas for superior a 300 (trezentos), a empresa poderá promover, mediante carimbo, anotações de que trata o art. 135, 1º. Remuneração das férias: Art CLT. O empregado perceberá, durante as férias, a remuneração que lhe for devida na data da sua concessão. ABONO PECUNIÁRIO Art CLT. É facultado ao empregado converter 1/3 (um terço) do período de férias a que tiver direito em abono pecuniário, no valor da remuneração que lhe seria devida nos dias correspondentes. 1º O abono de férias deverá ser requerido até 15 (quinze) dias antes do término do período aquisitivo. 2º Tratando-se de férias coletivas, a conversão a que se refere este artigo deverá ser objeto de acordo coletivo entre o empregador e o sindicato representativo da respectiva categoria profissional, independendo de requerimento individual a concessão do abono. 3º O disposto neste artigo não se aplica aos empregados sob o regime de tempo parcial. FIQUE LIGADO! O abono pecuniário NÃO tem natureza SALARIAL. PAGAMENTO DA REMUNERAÇÃO DE FÉRIAS Art CLT. O pagamento da remuneração das férias e, se for o caso, o do abono referido no art. 143 serão efetuados até 2 (dois) dias antes do início do respectivo período. Súmula nº 450 do TST É devido o pagamento em dobro da remuneração de férias, incluído o terço constitucional, com base no art. 137 da CLT, quando, ainda que gozadas na época própria, o empregador tenha descumprido o prazo previsto no art. 145 do mesmo diploma legal. 94

95 TRT-MS Direito do Trabalho Prof. Rogério Renzetti CONCESSÃO DE FÉRIAS Art CLT. A concessão das férias será participada, por escrito, ao empregado, com antecedência de, no mínimo, 30 (trinta) dias. Dessa participação o interessado dará recibo. 1º O empregado não poderá entrar no gozo das férias sem que apresente ao empregador sua Carteira de Trabalho e Previdência Social, para que nela seja anotada a respectiva concessão. 2º A concessão das férias será, igualmente, anotada no livro ou nas fichas de registro dos empregados. EFEITOS DA CESSAÇÃO DO CT Despedida imotivada Despedida indireta Pedido de demissão Férias vencidas simples ou dobradas + proporcionais acrescidas de 1/3. Súmula nº 171 do TST Salvo na hipótese de dispensa do empregado por justa causa, a extinção do contrato de trabalho sujeita o empregador ao pagamento da remuneração das férias proporcionais, ainda que incompleto o período aquisitivo de 12 (doze) meses (art. 147 da CLT). Súmula nº 261 do TST. O empregado que se demite antes de complementar 12 (doze) meses de serviço tem direito a férias proporcionais. RESUMINDO... Demissão sem justa causa ou pedido de demissão = Férias integrais + Férias proporcionais. Demissão por justa causa = só faz jus às Férias integrais, aquele que já completou o período aquisitivo. Culpa recíproca = Férias integrais + Férias proporcionais (metade). Súmula nº 14 do TST Reconhecida a culpa recíproca na rescisão do contrato de trabalho (art. 484 da CLT), o empregado tem direito a 50% (cinquenta por cento) do valor do aviso prévio, do décimo terceiro salário e das férias proporcionais. 95

96 PRESCRIÇÃO Art CLT. A prescrição do direito de reclamar a concessão das ferias ou o pagamento da respectiva remuneração e contada do termino do prazo mencionado no art. 134 ou, se for o caso, da cessação do contrato de trabalho. A contagem do prazo prescricional inicia-se com o FIM do PC. Se o CT estiver em CURSO, o prazo será de 5 anos a contar do término do PC. Se ocorrer a EXTINÇÃO do CT, o prazo será de 2 anos para postular o direito de férias em juízo. CAIU EM PROVA 10. (2014 FCC TRT 2ª Região (SP) Técnico Judiciário Área Administrativa) O conceito de turnos ininterruptos de revezamento diz respeito ao tipo de jornada a que se submete o empregado, caracterizando-se pela alternância periódica de horários em que a referida jornada é prestada. Visando compensar os prejuízos ao trabalhador decorrente dessa modalidade de jornada, o constituinte estabeleceu jornada especial de trabalho de a) seis horas diárias em uma semana e oito horas diárias na outra semana, de forma alternada. b) oito horas diárias e quarenta horas semanais. c) seis horas diárias, salvo negociação coletiva. d) oito horas diárias, salvo negociação coletiva. e) seis horas diárias e trinta horas semanais. 11. (2013 CESPE TRT 8ª Região (PA e AP) Técnico Judiciário Área Administrativa) No que se refere à duração do trabalho do menor, assinale a opção correta. a) Após cada período de trabalho efetivo, quer contínuo, quer dividido em dois turnos, terá de haver um intervalo de repouso de, no mínimo, oito horas. b) Após cada período de trabalho efetivo, quer contínuo, quer dividido em dois turnos, terá de haver um intervalo de repouso não inferior a onze horas. c) Excepcionalmente, é possível a prorrogação do trabalho do menor até o máximo de doze horas, sendo necessário apenas que o menor externe sua vontade por documento público. d) Não existe nenhuma possibilidade de prorrogação da jornada de trabalho do menor além de oito horas diárias, pois a lei limita essa jornada a oito horas. e) Somente é possível a prorrogação do trabalho do menor, até o máximo de doze horas, na hipótese de contrato em empresa familiar. 96

97 TRT-MS Direito do Trabalho Prof. Rogério Renzetti 12. (2013 FCC TRT 18ª Região (GO) Técnico Judiciário Área Administrativa) Em relação à duração do trabalho, aos períodos de descanso e ao trabalho noturno, conforme legislação trabalhista aplicável, é correto afirmar: a) A hora do trabalho noturno para o trabalho realizado nas cidades será computada como de 50 minutos. b) As variações de horário no registro de ponto não excedentes de dez minutos, observado o limite máximo de quinze minutos diários, não serão descontadas nem computadas como jornada extraordinária. c) O intervalo mínimo para refeição e descanso será de dez minutos quando o trabalho for executado entre duas horas e até seis horas diárias. d) O horário noturno para o trabalhador urbano é aquele executado entre as vinte e quatro horas de um dia e seis horas do dia seguinte. e) A duração normal do trabalho é de oito horas diárias e quarenta e quatro semanais, facultada a compensação e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho. 13. (2015 FCC TRT 4ª Região (RS) Técnico Judiciário Administrativa) Dalia prestou serviços suplementares com habitualidade para sua empregadora, a empresa X, durante 15 meses consecutivos. Conforme jurisprudência sumulada do TST, neste caso, a supressão parcial pelo empregador deste serviço suplementar: a) não assegura a Dalia qualquer direito a indenização uma vez que a supressão foi parcial e não total. b) não assegura a Dalia qualquer direito a indenização uma vez que se trata de serviço suplementar. c) assegura a Dalia o direito a indenização correspondente ao valor de um mês das horas suprimidas parcialmente. d) assegura a Dalia o direito a indenização correspondente ao valor de dois meses das horas suprimidas parcialmente. e) assegura a Dalia o direito a indenização correspondente ao valor de seu último salário. 14. (2013 FCC TRT 12ª Região (SC) Técnico Judiciário) As normas trabalhistas regulamentam o trabalho noturno e as horas extraordinárias. Segundo tais normas, a) o trabalho noturno urbano será considerado como aquele que é executado entre às vinte e três horas de um dia e às seis horas do dia seguinte. b) o trabalho noturno terá remuneração superior à do diurno e, para esse efeito, sua remuneração terá um acréscimo de 50% (cinquenta por cento), pelo menos, sobre a hora diurna. c) a hora do trabalho noturno para o trabalhador urbano será computada como de cinquenta e dois minutos e trinta segundos. d) a remuneração da hora extraordinária ou suplementar, que será, pelo menos, 20% (vinte por cento) superior à da hora normal. e) os gerentes que exercem cargos de gestão, bem como os diretores e chefes de departamento ou filial também estão sujeitos ao regime de duração do trabalho, recebendo pelo trabalho extraordinário superior a 10 horas por dia. 97

98 15. (2014 FCC TRT 2ª Região (SP) Técnico Judiciário Área Administrativa) Raquel, empregada da empresa Confecções Linda Morena Ltda., durante o período aquisitivo de férias, faltou 16 dias injustificadamente ao serviço. Nesse caso, considerando o disposto na CLT, a empregada: a) terá direito a 24 dias úteis de férias. b) terá direito a 18 dias corridos de férias. c) não terá direito ao gozo de férias. d) terá direito a 18 dias úteis de férias. e) T erá direito a 24 dias corridos de férias. 16. (2014 FCC TRT 19ª Região (AL) Técnico Judiciário Área Administrativa) O tempo despendido pelo empregado até o local de trabalho, e para seu retorno, a) deve ser considerado como tempo efetivamente trabalhado, limitado a 1 hora diária. b) é computado como tempo efetivamente trabalhado, se o local de trabalho for de difícil acesso ou não servido por transporte público, e o empregador fornecer a condução. c) é computado como tempo efetivamente trabalhado, se a condução for do empregador, independentemente do local onde fica a empresa. d) é computado como tempo efetivamente trabalhado, somente quando o empregado utiliza transporte público para chegar ao local de trabalho. e) não é computado como tempo de jornada de trabalho. REMUNERAÇÃO E SALÁRIO SALÁRIO É toda CONTRAPRESTAÇÃO ou VANTAGEM em PECÚNIA ou em UTILIDADE devida e paga diretamente pelo empregador ao empregado em virtude do contrato de trabalho. Pagamento DIRETO feito pelo E ao e. Pode ser FIXO (contraprestação garantida e invariável). Pode ser VARIÁVEL (submetido a uma condição, produção). O SALÁRIO é devido pela execução do trabalho, bem como pelo TEMPO À DISPOSIÇÃO do E, INTERRUPÇÃO. REMUNERAÇÃO É a soma do pagamento DIRETO com o pagamento INDIRETO (terceiro). Ex: GORJETAS. 98

99 TRT-MS Direito do Trabalho Prof. Rogério Renzetti Art CLT. Compreendem-se na remuneração do empregado, para todos os efeitos legais, além do salário devido e pago diretamente pelo empregador, como contraprestação do serviço, as gorjetas que receber. 3º Considera-se gorjeta não só a importância espontaneamente dada pelo cliente ao empregado, como também aquela que for cobrada pela empresa ao cliente, como adicional nas contas a qualquer título, e destinada à distribuição aos empregados. SALÁRIO REMUNERAÇÃO REMUNERAÇÃO = SALÁRIO + GORJETA Art º CLT. As anotações concernentes à remuneração devem especificar o salário, qualquer que seja sua forma de pagamento, seja ele em dinheiro ou em utilidades, bem como a estimativa da gorjeta. Reflexos? GORJETAS 99

100 Súmula nº 354 do TST. As gorjetas, cobradas pelo empregador na nota de serviço ou oferecidas espontaneamente pelos clientes, integram a remuneração do empregado, não servindo de base de cálculo para as parcelas de aviso-prévio, adicional noturno, horas extras e repouso semanal remunerado. Horas extras Aviso prévio Repouso semanal remunerado Adicional noturno Parcelas calculadas somente sobre o salário. CAIU EM PROVA 17. (CESPE 2013 TC-DF Procurador) As gorjetas integram a remuneração do empregado, mas não integram a base de cálculo de aviso prévio, adicional noturno, horas extras e repouso semanal remunerado. ( ) Certo ( ) Errado SALÁRIO IN NATURA UMA DAS CARACTERÍSTICAS DO SALÁRIO É A POSSIBILIDADE DE SUA NATUREZA COMPOSTA, OU SEJA, PARTE EM DINHEIRO E PARTE EM UTILIDADES (IN NATURA). SENDO, NO ENTANTO, OBRIGATÓRIO QUE PELO MENOS 30% SEJA EM DINHEIRO. CARACTERÍSTICAS HABITUALIDADE no fornecimento. O fornecimento da utilidade pelo E tem que ser habitual, ou seja, tem que se repetir ao longo do tempo, de modo a gerar no e a expectativa do seu recebimento. GRATUIDADE. Esse requisito não é pacífico. (Sérgio Pinto Martins) Ser BENÉFICO ao e. A caput do art. 458 da CLT veda expressamente o pagamento do e por meio de bebidas alcoólicas ou drogas nocivas. Fornecida PELOS serviços prestados. A LEI não excluir a natureza salarial (art. 458, 2º). 100

101 TRT-MS Direito do Trabalho Prof. Rogério Renzetti Art. 458 CLT. Além do pagamento em dinheiro, compreende-se no salário, para todos os a alimentação, habitação, Art CLT. Além do pagamento emefeitos dinheiro,legais, compreende-se no salário, para todos os efeitos vestuário ou outras prestações in natura que a empresa, por força legais, a alimentação, habitação, vestuário ou outras prestações in natura que a empresa, por força do contrato ou costume, fornecer habitualmente ao empregado. do contrato ou costume, fornecer habitualmente ao empregado. Em caso algum Em será permitido o casobebidas algum alcoólicas será permitido o pagamento pagamento com ou drogas nocivas. com bebidas alcoólicas ou drogas nocivas. É VEDADO o pagamento apenas em UTILIDADES. As parcelas pagas em utilidades são DESCONTADAS do salário do e. Alguns desses descontos possuem LIMITES previstos em lei. Os demais descontos deverão observar o REAL VALOR da utilidade. A habitação e a alimentação fornecidas como salário-utilidade deverão atender aos fins a que se destinam e não poderão exceder, respectivamente, a 25% (vinte e cinco por cento) e 20% (vinte por cento) do salário-contratual. 20% 25% Tratando-se de habitação coletiva, o valor do salário-utilidade a ela correspondente será obtido mediante a divisão do justo valor da habitação pelo número de coocupantes, vedada, em qualquer hipótese, a utilização da mesma unidade residencial por mais de uma família. Ferramentas de trabalho, carro, celular, computadores, entre outros, quando indispensáveis à realização do trabalho, não constituem salário-utilidade, ainda que permaneçam com o e nas férias, feriados e finais de semana. 101

102 Súmula nº 367 do TST I A habitação, a energia elétrica e veículo fornecidos pelo empregador ao empregado, quando indispensáveis para a realização do trabalho, não têm natureza salarial, ainda que, no caso de veículo, seja ele utilizado pelo empregado também em atividades particulares. II O cigarro não se considera salário utilidade em face de sua nocividade à saúde. PELA = SALÁRIO PARA = NÃO É SALÁRIO ATENÇÃO: Em alguns casos o legislador, visando estimular a concessão de utilidades, retirou expressamente a sua natureza salarial. Neste sentido, o art º da CLT: Art º CLT. Para os efeitos previstos neste artigo, não serão consideradas como salário as seguintes utilidades concedidas pelo empregador: I vestuários, equipamentos e outros acessórios fornecidos aos empregados e utilizados no local de trabalho, para a prestação do serviço; serviço; II educação, em estabelecimento de ensino próprio ou de terceiros, compreendendo os valores relativos a matrícula, mensalidade, anuidade, livros e material didático; anuidade, livros e material didático; 102

103 TRT-MS Direito do Trabalho Prof. Rogério Renzetti III transporte destinado ao deslocamento para o trabalho e retorno, em percurso servido ou não por transporte público; IV assistência médica, hospitalar e odontológica, prestada diretamente ou mediante segurosaúde; V seguros de vida e de acidentes pessoais; VI previdência privada VII (VETADO) VIII o valor correspondente ao vale-cultura. Habitualidade Por força do contrato de trabalho ou costumes. SALÁRIO 103

104 Súmula nº 241 do TST. O vale para refeição, fornecido por força do contrato de trabalho, tem caráter salarial, integrando a remuneração do empregado, para todos os efeitos legais. OJ 123 SDI I TST. BANCÁRIOS. AJUDA ALIMENTAÇÃO (inserida em ) A ajuda alimentação prevista em norma coletiva em decorrência de prestação de horas extras tem natureza indenizatória e, por isso, não integra o salário do empregado bancário. OJ133 SDI-I TST. A ajuda alimentação fornecida por empresa participante do programa de alimentação ao trabalhador, instituído pela Lei nº 6.321/76, não tem caráter salarial. Portanto, não integra o salário para nenhum efeito legal. OJ 413 SDI.I TST A pactuação em norma coletiva conferindo caráter indenizatório à verba auxílio-alimentação ou a adesão posterior do empregador ao Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT) não altera a natureza salarial da parcela, instituída anteriormente, para aqueles empregados que, habitualmente, já percebiam o benefício, a teor das Súmulas nºs 51, I, e 241 do TST. Súmula nº 247 do TST A parcela paga aos bancários sob a denominação "quebra de caixa" possui natureza salarial, integrando o salário do prestador de serviços, para todos os efeitos legais. ELEMENTOS DO SALÁRIO Art º CLT. Integram o salário não só a importância fixa estipulada, como também as comissões, percentagens, gratificações ajustadas, diárias para viagens e abonos pagos pelo empregador. COMISSÕES e PERCENTAGENS e que recebe comissões ou percentagens possui remuneração VARIÁVEL. Mesmo nos meses em que não houver VENDA, o SALÁRIO MÍNIMO ou PISO DA CATEGORIA deverá ser pago. Art. 7º VII CF. garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem remuneração variável; Comissionista PURO e que recebe, exclusivamente, por COMISSÃO. Comissionista MISTO recebe parte do salário em comissão e outra salário fixo 104

105 TRT-MS Direito do Trabalho Prof. Rogério Renzetti Nas vendas a PRAZO, o e receberá suas comissões e percentagens de forma PARCELADA. O TÉRMINO do CT não prejudica o recebimento dos valores já adquiridos. Art CLT. O pagamento de comissões e percentagens só é exigível depois de ultimada a transação a que se referem. 1º Nas transações realizadas por prestações sucessivas, é exigível o pagamento das percentagens e comissões que lhes disserem respeito proporcionalmente à respectiva liquidação. 2º A cessação das relações de trabalho não prejudica a percepção das comissões e percentagens devidas na forma estabelecida por este artigo. GRATIFICAÇÕES Contraprestação paga pelos serviços prestados em certas condições como GRATIFICAÇÃO DE FUNÇÃO. Ex: um GERENTE. Súmula nº 372 do TST I Percebida a gratificação de função por dez ou mais anos pelo empregado, se o empregador, sem justo motivo, revertê-lo a seu cargo efetivo, não poderá retirar-lhe a gratificação tendo em vista o princípio da estabilidade financeira. ABONOS Não confundir esse abono com o abono pecuniário de FÉRIAS (natureza INDENIZATÓRIA). Esse ABONO tem natureza SALARIAL. ABONO é uma verba salarial decorrente da mera LIBERALIDADE do E, que faz o pagamento de um PLUS salarial para o e. DIÁRIAS PARA VIAGEM Em regra, sua natureza é INDENIZATÓRIA. Entretanto, se as diárias ultrapassarem 50% do salário do e, terá natureza SALARIAL. 105

106 Art º CLT. Não se incluem nos salários as ajudas de custo, assim como as diárias para viagem que não excedem de cinquenta por centro do salário percebido pelo empregado. Súmula nº 101 do TST. Integram o salário, pelo seu valor total e para efeitos indenizatórios, as diárias de viagem que excedam a 50% (cinquenta por cento) do salário do empregado, enquanto perdurarem as viagens. AJUDA DE CUSTO Parcela de natureza INDENIZATÓRIA destinada a reembolsar as despesas do e oriundas de sua transferência para local diverso. Art CLT. As despesas resultantes da transferência correrão por conta do empregador. SALÁRIO COMPLESSIVO: É O SALÁRIO PAGO ATRAVÉS DE PARCELA ÚNICA SEM A DISCRIMINAÇÃO DAS VERBAS PAGAS, O QUE É VEDADO PELO TST. (S. 91) pagamento em BLOCO, sem TRANSPARÊNCIA. Nula é a cláusula contratual que fixa determinada importância ou percentagem para atender englobadamente vários direitos legais ou contratuais do trabalhador. ADICIONAIS SALARIAIS Os adicionais (que serão vistos) são pagos em razão de trabalho prestado em situações PREJUDICIAIS à saúde ou que prejudiquem o convívio SOCIAL. São chamados de SALÁRIO-CONDIÇÃO, paga-se o adicional ENQUANTO o e estiver em CONDIÇÃO PREJUDICIAL. Cessada a condição GRAVOSA, CESSA o adicional. 106

107 TRT-MS Direito do Trabalho Prof. Rogério Renzetti ADICIONAL DE HORA EXTRAORDINÁRIA Duração normal 8h diárias e 44h semanais. Ultrapassado esse período, terá incidência o ADICIONAL de HORA EXTRAORDINÁRIA. Art. 7º XVI CF. remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em cinquenta por cento à do normal; As HE, se pagas com HABITUALIDADE, refletem nas demais verbas trabalhistas. DSR 13º salário Férias + 1/3 FGTS Aviso Prévio Súmula nº 291 do TST A supressão total ou parcial, pelo empregador, de serviço suplementar prestado com habitualidade, durante pelo menos 1 (um) ano, assegura ao empregado o direito à indenização correspondente ao valor de 1 (um) mês das horas suprimidas, total ou parcialmente, para cada ano ou fração igual ou superior a seis meses de prestação de serviço acima da jornada normal. O cálculo observará a média das horas suplementares nos últimos 12 (doze) meses anteriores à mudança, multiplicada pelo valor da hora extra do dia da supressão. ADICIONAL NOTURNO O trabalho prestado no período NOTURNO será remunerado em valor superior ao trabalho diurno. Esse adicional pago com HABITUALDADE, INTEGRA o salário do e. e URBANO 22h às 5h 20% (52 min e 30 seg.) e RURAL PECUÁRIA 20h às 4h (25%) AGRICULTURA 21h às 5h (25%) 1h 60 min Súmula nº 265 do TST A transferência para o período diurno de trabalho implica a perda do direito ao adicional noturno. 107

108 ADICIONAL DE TRANSFERÊNCIA Adicional pago em razão da transferência PROVISÓRIA do e, inclusive se exercer CARGO de CONFIANÇA ou se houver PREVISÃO de transferência no contrato de trabalho. O valor é de no mínimo 25% do salário do e recebia no local anterior. Art º CLT. Em caso de necessidade de serviço o empregador poderá transferir o empregado para localidade diversa da que resultar do contrato, não obstante as restrições do artigo anterior, mas, nesse caso, ficará obrigado a um pagamento suplementar, nunca inferior a 25% (vinte e cinco por cento) dos salários que o empregado percebia naquela localidade, enquanto durar essa situação. ADICIONAL DE PERICULOSIDADE 1 Inflamáveis 2 Explosivos 3 energia elétrica 4 segurança 5 motocicleta 6 radiação ADICIONAL DE INSALUBRIDADE Art CLT. O exercício de trabalho em condições insalubres, acima dos limites de tolerância estabelecidos pelo Ministério do Trabalho, assegura a percepção de adicional respectivamente de 40% (quarenta por cento), 20% (vinte por cento) e 10% (dez por cento) do salário mínimo da região, segundo se classifiquem nos graus máximo, médio e mínimo. 108

109 Direito do Trabalho DIREITO DO TRABALHO PARTE 2 SALÁRIO-FAMÍLIA Art. 7º XII CF. salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda nos termos da lei; Salário? Dois requisitos: 1 Trabalhador de baixa renda. 2 Filhos menores de 14 anos, ou inválidos de qualquer idade. PRINCÍPIOS DE PROTEÇÃO AO SALÁRIO Princípio da irredutibilidade salarial Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social:... VI irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção ou acordo coletivo; Princípio da intangibilidade Em regra, o salário do "e" deve ser pago de forma integral, ou seja, sem sofrer qualquer tipo de desconto. PAGAMENTO SALARIAL Art CLT. O pagamento do salário, qualquer que seja a modalidade do trabalho, não deve ser estipulado por período superior a 1 (um) mês, salvo no que concerne a comissões, percentagens e gratificações. 1º Quando o pagamento houver sido estipulado por mês, deverá ser efetuado, o mais tardar, até o quinto dia útil do mês subsequente ao vencido. (primeiro você trabalha, depois recebe) 109

110 Art CLT. Na falta de estipulação do salário ou não havendo prova sobre a importância ajustada, o empregado terá direito a perceber salário igual ao daquela que, na mesma empresa, fizer serviço equivalente ou do que for habitualmente pago para serviço semelhante. Art CLT. O pagamento dos salários será efetuado em dia útil e no local do trabalho, dentro do horário do serviço ou imediatamente após o encerramento deste, salvo quando efetuado por depósito em conta bancária, observado o disposto no artigo anterior. Art CLT. A prestação, em espécie, do salário será paga em moeda corrente do País. (da prestação do serviço) Parágrafo único. O pagamento do salário realizado com inobservância deste artigo considerase como não feito. Art. 464 CLT. O pagamento do salário deverá ser efetuado contra recibo, assinado pelo empregado; em se tratando de analfabeto, mediante sua impressão digital, ou, não sendo esta possível, a seu rogo. Parágrafo único. Terá força de recibo o comprovante de depósito em conta bancária, aberta para esse fim em nome de cada empregado, com o consentimento deste, em estabelecimento de crédito próximo ao local de trabalho. TRUCK SYSTEM Art º É vedado à empresa que mantiver armazém para venda de mercadorias aos empregados ou serviços destinados a proporcionar-lhes prestações in natura exercer qualquer coação ou induzimento no sentido de que os empregados se utilizem do armazém ou dos serviços. 3º Sempre que não for possível o acesso dos empregados a armazéns ou serviços não mantidos pela empresa, é lícito à autoridade competente determinar a adoção de medidas adequadas, visando a que as mercadorias sejam vendidas e os serviços prestados a preços razoáveis, sem intuito de lucro e sempre em benefícios dos empregados. SALÁRIO MÍNIMO Art. 76. CLT. Salário mínimo é a contraprestação mínima devida e paga diretamente pelo empregador a todo trabalhador, inclusive ao trabalhador rural, sem distinção de sexo, por dia normal de serviço, e capaz de satisfazer, em determinada época e região do País, as suas necessidades normais de alimentação, habitação, vestuário, higiene e transporte. A CF/88 acrescentou algumas necessidades que o salário mínimo deverá suprir. Art. 7º IV salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a suas necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim; 110

111 TRT-MS Direito do Trabalho Prof. Rogério Renzetti Piso estadual valor superior ao mínimo fixado por alguns ESTADOS da federação. Salário profissional Algumas profissões possuem patamar mínimo fixado em LEI. Piso salarial Patamar mínimo ficado em NORMA COLETIVA. Salário normativo fixado em SENTENÇA NORMATIVA proferida em dissídio coletivo. Art. 78. CLT. Quando o salário for ajustado por empreitada, ou convencionado por tarefa ou peça, será garantida ao trabalhador uma remuneração diária nunca inferior à do salário mínimo por dia normal. Parágrafo único. Quando o salário mínimo mensal do empregado à comissão ou que tenha direito à percentagem for integrado por parte fixa e parte variável, ser-lhe-á sempre garantido o salário mínimo, vedado qualquer desconto em mês subsequente a título de compensação. SM = R$ 880,00 JAN FEV MAR Trabalho em jornada inferior a norma constitucional diárias e semanais. OJ 358 SDI-I TST. Havendo contratação para cumprimento de jornada reduzida, inferior à previsão constitucional de 8 horas diárias ou 44 semanais, é lícito o pagamento do piso salarial ou do salário mínimo proporcional ao tempo trabalhado. GRATIFICAÇÃO NATALINA Surgiu pelos costumes de alguns empregadores. Foi chamada de 13º salário com o advento da CF e elevada a categoria de direito social do trabalhador. Lei nº 4.090/62 (surgimento, criação) Lei nº 4.749/65 (alterou a Lei nº 4.090) Art. 7º CF. São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social VIII décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor da aposentadoria; Art. 1º Lei nº 4.090/62. No mês de dezembro de cada ano, a todo empregado será paga, pelo empregador, uma gratificação salarial, independentemente da remuneração a que fizer jus. 2º A fração igual ou superior a 15 (quinze) dias de trabalho será havida como mês integral para os efeitos do parágrafo anterior. 111

112 A gratificação será proporcional: 1 "e" dispensado sem justa causa 2 pedido de demissão 3 culpa recíproca 4 término do contato a prazo Justa causa? Súmula nº 157 do TST. A gratificação instituída pela Lei nº 4.090, de , é devida na resilição contratual de iniciativa do empregado. (pedido de demissão) Art. 1º Lei nº 4.749/65. A gratificação salarial instituída pela Lei número 4.090, de 13 de julho de 1962, será paga pelo empregador até o dia 20 de dezembro de cada ano, compensada a importância que, a título de adiantamento, o empregado houver recebido na forma do artigo seguinte. Art. 2º Entre os meses de fevereiro e novembro de cada ano, o empregador pagará, como adiantamento da gratificação referida no artigo precedente, de uma só vez, metade do salário recebido pelo respectivo empregado no mês anterior. 1º O empregador não estará obrigado a pagar o adiantamento, no mesmo mês, a todos os seus empregados 2º O adiantamento será pago ao ensejo das férias do empregado, sempre que este o requerer no mês de janeiro do correspondente ano. CAIU EM PROVA 1. (FCC 2014 TRT 2ª REGIÃO (SP) Técnico Judiciário Área Administrativa) NÃO é devido o 13º salário proporcional, ainda que a relação de emprego haja findado antes de dezembro, na: a) extinção da relação de emprego em decorrência de pedido de demissão por parte do empregado. b) extinção dos contratos a prazo, incluídos os de safra. c) cessação da relação de emprego resultante de aposentadoria do trabalhador. d) rescisão por justa causa. e) rescisão sem justa causa. 2. (2014 FCC TRT 2ª REGIÃO (SP) Técnico Judiciário Área Administrativa) A empresa Vista Alegre Comércio de Alimentos Ltda. pretende conceder alguns benefícios aos seus empregados. Entre as utilidades cogitadas pela empresa para fornecimento aos empregados, são consideradas como salário: a) previdência privada e seguro de vida. b) equipamentos fornecidos aos empregados para a prestação de serviços e utilizados no local de trabalho. 112

113 TRT-MS Direito do Trabalho Prof. Rogério Renzetti c) seguros de vida e de acidentes pessoais. d) valores relativos à matrícula, mensalidade, anuidade, livros e material didático para a educação do empregado. e) alimentação, fornecida habitualmente ao empregado, por força do contrato de trabalho, em percentual não excedente de 20% do salário contratual. 3. (2014 FCC TRT 19ª Região (AL) Técnico Judiciário Área Administrativa) A segunda parcela do 13º salário (gratificação de Natal) será efetuada até o dia: a) 15 de dezembro de cada ano. b) 10 de janeiro do ano subsequente. c) 20 de dezembro de cada ano. d) 30 de novembro. e) que for mais conveniente para o empregador, pois é ele quem assume os riscos da atividade. 4. (2013 CESPE TRT 8ª Região (PA e AP) Técnico Judiciário Área Administrativa) Assinale a opção correta acerca de pagamento de salário. a) O pagamento dos salário deverá ser realizado em dia útil e no local do trabalho, não se podendo falar em quitação se o pagamento for realizado em conta-corrente do empregado. b) A prestação, em espécie, do salário poderá ser realizada em qualquer moeda, mesmo estrangeira, e não corrente no país. c) Somente terá força de recibo o comprovante de depósito de salário em conta bancária, aberta para esse fim em nome de cada empregado, com o consentimento individual, em estabelecimento de crédito próximo ao local de trabalho, e com um recibo de quitação de salário assinado posteriormente pelo empregado. d) A cessação das relações de trabalho prejudica a percepção das comissões e percentagens devidas ao empregado. e) A prestação, em espécie, do salário terá de ser paga em moeda corrente do país. EQUIPARAÇÃO SALARIAL Art. 7º CF. São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: XXX proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de admissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil; 113

114 Com base no princípio da IGUALDADE, é vedado o tratamento diferenciado para trabalhadores que exerçam a MESMA FUNÇÃO. PARAGONADO: É O REQUERENTE DA EQUIPARAÇÃO SALARIAL. PARADIGMA: É A PESSOA QUE SERVIRÁ DE MODELO. Art. 461 CLT. Sendo idêntica a função, a todo trabalho de igual valor, prestado ao mesmo empregador, na mesma localidade, corresponderá igual salário, sem distinção de sexo, nacionalidade ou idade. 1º Trabalho de igual valor, para os fins deste Capítulo, será o que for feito com igual produtividade e com a mesma perfeição técnica, entre pessoas cuja diferença de tempo de serviço não for superior a 2 (dois) anos. REQUISITOS CUMULATIVOS Função idêntica (pouco importa a denominação dos cargos). Trabalho de igual valor (igual produtividade e com a mesma perfeição técnica). Mesmo empregador. Mesma localidade (corresponde ao mesmo município ou municípios distintos que pertençam a mesma região metropolitana). Tempo na função não superior a 2 anos (não na empresa). Simultaneidade (requisito doutrinário) Pouco importa que no momento da reclamação ambos continuem na mesma empresa, desde que a equiparação se refira a uma situação pretérita. É preciso que tenham trabalhados juntos. FATOS IMPEDITIVOS A EQUIPARAÇÃO Art º CLT. Os dispositivos deste artigo não prevalecerão quando o empregador tiver pessoal organizados em quadro de carreira, hipótese em que as promoções deverão obedecer aos critérios de antiguidade e merecimento. S. 06 I TST. Para os fins previstos no 2º do art. 461 da CLT, só é válido o quadro de pessoal organizado em carreira quando homologado pelo Ministério do Trabalho, excluindo-se, apenas, dessa exigência o quadro de carreira das entidades de direito público da administração direta, autárquica e fundacional aprovado por ato administrativo da autoridade competente. Art º CLT. O trabalhador readaptado em nova função por motivo de deficiência física ou mental atestado pelo órgão competente da Previdência Social, não servirá de paradigma para fins de equiparação salarial. 114

115 TRT-MS Direito do Trabalho Prof. Rogério Renzetti DESCONTOS NOS SALÁRIOS REGRA: Princípio da intangibilidade salarial. Porém este princípio não é absoluto, pois comporta algumas exceções: ADIANTAMENTOS DISPOSITIVO DE LEI NORMA COLETIVA Art CLT. Ao empregador é vedado efetuar qualquer desconto nos salários do empregado, salvo quando este resultar de adiantamentos, de dispositivos de Lei ou de contrato coletivo. 1º Em caso de dano causado pelo empregado, o desconto será lícito, desde que esta possibilidade tenha sido acordada ou na ocorrência de dolo do empregado. FIQUE LIGADO! DOLO: DESCONTO LÍCITO E DE IMEDIATO CULPA: SÓ PODERÁ HAVER DESCONTOS COM PRÉVIA PREVISÃO CONTRATUAL OU NORMA COLETIVA. EX: FRENTISTAS. OJ 251 SDI-I TST. É lícito o desconto salarial referente à devolução de cheques sem fundos, quando o frentista não observar as recomendações previstas em instrumento coletivo. INSALUBRIDADE E PERICULOSIDADE A CF/88 no art. 7º XXII assegurou aos trabalhadores urbanos e rurais a redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança. XXIII adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, na forma da lei; 115

116 ATIVIDADES INSALUBRES Art CLT. Serão consideradas atividades ou operações insalubres aquelas que, por sua natureza, condições ou métodos de trabalho, exponham os empregados a agentes nocivos à saúde, acima dos limites de tolerância fixados em razão da natureza e da intensidade do agente e do tempo de exposição aos seus efeitos. Art CLT. O Ministério do Trabalho aprovará o quadro das atividades e operações insalubres e adotará normas sobre os critérios de caracterização da insalubridade, os limites de tolerância aos agentes agressivos, meios de proteção e o tempo máximo de exposição do empregado a esses agentes. Dois requisitos: 1º 2º Art CLT. O exercício de trabalho em condições insalubres, acima dos limites de tolerância estabelecidos pelo Ministério do Trabalho, assegura a percepção de adicional respectivamente de 40% (quarenta por cento), 20% (vinte por cento) e 10% (dez por cento) do salário mínimo da região, segundo se classifiquem nos graus máximo, médio e mínimo. Súmula nº 139 do TST Enquanto percebido, o adicional de insalubridade integra a remuneração para todos os efeitos legais. Súmula nº 47 do TST O trabalho executado em condições insalubres, em caráter intermitente, não afasta, só por essa circunstância, o direito à percepção do respectivo adicional. Intermitente = Trabalho eventual? Art CLT. A eliminação ou a neutralização da insalubridade ocorrerá: I com a adoção de medidas que conservem o ambiente de trabalho dentro dos limites de tolerância; II com a utilização de equipamentos de proteção individual ao trabalhador, que diminuam a intensidade do agente agressivo a limites de tolerância. (EPI) Súmula nº 80 do TST. A eliminação da insalubridade mediante fornecimento de aparelhos protetores aprovados pelo órgão competente do Poder Executivo exclui a percepção do respectivo adicional. Súmula nº 289 do TST. O simples fornecimento do aparelho de proteção pelo empregador não o exime do pagamento do adicional de insalubridade. Cabe-lhe tomar as medidas que conduzam à diminuição ou eliminação da nocividade, entre as quais as relativas ao uso efetivo do equipamento pelo empregado. 116

117 TRT-MS Direito do Trabalho Prof. Rogério Renzetti FICA A DICA! Art único. CLT. Constitui ato faltoso do empregado a recusa injustificada: b) ao uso dos equipamentos de proteção individual fornecido pela empresa. Súmula nº 293 do TST. A verificação mediante perícia de prestação de serviços em condições nocivas, considerado agente insalubre diverso do apontado na inicial, não prejudica o pedido de adicional de insalubridade. Súmula nº 248 do TST. A reclassificação ou a descaracterização da insalubridade, por ato da autoridade competente, repercute na satisfação do respectivo adicional, sem ofensa a direito adquirido ou ao princípio da irredutibilidade salarial. Súmula nº 448 do TST I Não basta a constatação da insalubridade por meio de laudo pericial para que o empregado tenha direito ao respectivo adicional, sendo necessária a classificação da atividade insalubre na relação oficial elaborada pelo Ministério do Trabalho. II A higienização de instalações sanitárias de uso público ou coletivo de grande circulação, e a respectiva coleta de lixo, por não se equiparar à limpeza em residências e escritórios, enseja o pagamento de adicional de insalubridade em grau máximo, incidindo o disposto no Anexo 14 da NR-15 da Portaria do MTE nº 3.214/78 quanto à coleta e industrialização de lixo urbano. OJ 278 SDI-I TST. A realização da perícia é obrigatória para a verificação de insalubridade. Quando não for possível sua realização, como em caso de fechamento da empresa, poderá o julgador utilizar-se de outros meios de prova. OJ 165 SDI-I TST. O art. 195 da CLT não faz qualquer distinção entre o médico e o engenheiro para efeito de caracterização e classificação da insalubridade e periculosidade, bastando para a elaboração do laudo seja o profissional devidamente qualificado. 117

118 OJ 173 SDI I TST. I Ausente previsão legal, indevido o adicional de insalubridade ao trabalhador em atividade a céu aberto, por sujeição à radiação solar (art. 195 da CLT e Anexo 7 da NR 15 da Portaria Nº 3214/78 do MTE). II Tem direito ao adicional de insalubridade o trabalhador que exerce atividade exposto ao calor acima dos limites de tolerância, inclusive em ambiente externo com carga solar, nas condições previstas no Anexo 3 da NR 15 da Portaria Nº 3214/78 do MTE. ATIVIDADES PERIGOSAS Art CLT. São consideradas atividades ou operações perigosas, na forma da regulamentação aprovada pelo Ministério do Trabalho e Emprego, aquelas que, por sua natureza ou métodos de trabalho, impliquem risco acentuado em virtude de exposição permanente do trabalhador a: I inflamáveis, explosivos ou energia elétrica; II roubos ou outras espécies de violência física nas atividades profissionais de segurança pessoal ou patrimonial. 4º São também consideradas perigosas as atividades de trabalhador em motocicleta. 118

119 TRT-MS Direito do Trabalho Prof. Rogério Renzetti OJ 324 SDI-I TST. É assegurado o adicional de periculosidade apenas aos empregados que trabalham em sistema elétrico de potência em condições de risco, ou que o façam com equipamentos e instalações elétricas similares, que ofereçam risco equivalente, ainda que em unidade consumidora de energia elétrica. OJ 347 SDI-I TST. É devido o adicional de periculosidade aos empregados cabistas, instaladores e reparadores de linhas e aparelhos de empresas de telefonia, desde que, no exercício de suas funções, fiquem expostos a condições de risco equivalente ao do trabalho exercido em contato com sistema elétrico de potência. Art º CLT. O trabalho em condições de periculosidade assegura ao empregado um adicional de 30% (trinta por cento) sobre o salário sem os acréscimos resultantes de gratificações, prêmios ou participações nos lucros da empresa. Súmula nº 191 do TST. O adicional de periculosidade incide apenas sobre o salário básico e não sobre este acrescido de outros adicionais. Em relação aos eletricitários, o cálculo do adicional de periculosidade deverá ser efetuado sobre a totalidade das parcelas de natureza salarial. Súmula nº 364 do TST. Tem direito ao adicional de periculosidade o empregado exposto permanentemente ou que, de forma intermitente, sujeita-se a condições de risco. Indevido, apenas, quando o contato dá-se de forma eventual, assim considerado o fortuito, ou o que, sendo habitual, dá-se por tempo extremamente reduzido. Súmula nº 361 do TST. O trabalho exercido em condições perigosas, embora de forma intermitente, dá direito ao empregado a receber o adicional de periculosidade de forma integral, porque a Lei nº 7.369, de , não estabeleceu nenhuma proporcionalidade em relação ao seu pagamento. Súmula nº 39 do TST. Os empregados que operam em bomba de gasolina têm direito ao adicional de periculosidade. Súmula nº 132 do TST I O adicional de periculosidade, pago em caráter permanente, integra o cálculo de indenização e de horas extras. II Durante as horas de sobreaviso, o empregado não se encontra em condições de risco, razão pela qual é incabível a integração do adicional de periculosidade sobre as mencionadas horas. OJ 385 SDI-I TST. É devido o pagamento do adicional de periculosidade ao empregado que desenvolve suas atividades em edifício (construção vertical), seja em pavimento igual ou distinto daquele onde estão instalados tanques para armazenamento de líquido inflamável, em 119

120 quantidade acima do limite legal, considerando-se como área de risco toda a área interna da construção vertical. Art º CLT. O empregado poderá optar pelo adicional de insalubridade que porventura lhe seja devido. Art CLT. A caracterização e a classificação da insalubridade e da periculosidade, segundo as normas do Ministério do trabalho, far-se-ão através de perícia a cargo de Médico do Trabalho ou Engenheiro do Trabalho, registrada no Ministério do Trabalho. Súmula nº 453 do TST ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. PAGAMENTO ESPONTÂNEO. CARACTERIZAÇÃO DE FATO INCONTROVERSO. DESNECESSÁRIA A PERÍCIA DE QUE TRATA O ART. 195 DA CLT. (conversão da Orientação Jurisprudencial nº 406 da SBDI-1) Res. 194/2014, DEJT divulgado em 21, 22 e O pagamento de adicional de periculosidade efetuado por mera liberalidade da empresa, ainda que de forma proporcional ao tempo de exposição ao risco ou em percentual inferior ao máximo legalmente previsto, dispensa a realização da prova técnica exigida pelo art. 195 da CLT, pois torna incontroversa a existência do trabalho em condições perigosas. Art CLT. Os materiais e substância empregados, manipulados ou transportados nos locais de Trabalho, quando perigosos ou nocivos à saúde, devendo conter, no rótulo, sua composição, recomendações de socorro imediato e o símbolo de perigo correspondente, segundo a padronização internacional. ATENÇÃO! Súmula nº 447 do TST Os tripulantes e demais empregados em serviços auxiliares de transporte aéreo que, no momento do abastecimento da aeronave, permanecem a bordo não têm direito ao adicional de periculosidade a que aludem o art. 193 da CLT e o Anexo 2, item 1, "c", da NR 16 do MTE. AVISO PRÉVIO O AVISO PRÉVIO É A COMUNICAÇÃO ANTECIPADA, DE UMA PARTE A OUTRA, DO DESEJO DE ROMPER O CONTRATO DE TRABALHO. É UM INSTITUTO TÍPICO DOS CONTRATOS POR PRAZO INDETERMINADO. O período do aviso possibilita ao empregado procurar um novo emprego, e, ao "E" buscar um substituto para o cargo vago. 120

121 TRT-MS Direito do Trabalho Prof. Rogério Renzetti NATUREZA JURÍDICA: CLÁUSULA CONTRATUAL EXERCIDA POR UM ATO UNILATERAL ("e" OU "E"), RECEPTÍCIO (só produz efeito a partir do momento que a outra parte é avisada) E POTESTATIVO (a parte que é avisada da intenção de rompimento do contrato de trabalho não pode a ela se opor). Formal? O aviso prévio é direito constitucional assegurado aos empregados: O ART. 7º XXI FIXOU PRAZO DE NO MÍNIMO 30 DIAS. XXI aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de trinta dias, nos termos da lei; O aviso prévio proporcional só chegou em 2011 com a edição da Lei nº /11. Art. 1º O aviso prévio, de que trata o Capítulo VI do Título IV da Consolidação das Leis do Trabalho CLT, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, será concedido na proporção de 30 (trinta) dias aos empregados que contem até 1 (um) ano de serviço na mesma empresa. Parágrafo único. Ao aviso prévio previsto neste artigo serão acrescidos 3 (três) dias por ano de serviço prestado na mesma empresa, até o máximo de 60 (sessenta) dias, perfazendo um total de até 90 (noventa) dias. Mínimo = Prop. (ano) = Prop. (máx) = Total = ATENÇÃO! O posicionamento MAJORITÁRIO é o de que a ampliação do prazo é apenas direito do EMPREGADO. Logo, o empregador não tem direito de exigir que o "e" permaneça trabalhando mais de 30 dias quando houver pedido de demissão. Súmula nº 441 do TST O direito ao aviso prévio proporcional ao tempo de serviço somente é assegurado nas rescisões de contrato de trabalho ocorridas a partir da publicação da Lei nº , em 13 de outubro de

122 CONSEQUÊNCIAS JURÍDICAS DA FALTA DE AVISO PRÉVIO Art º CLT. A falta do aviso prévio por parte do empregador dá ao empregado o direito aos salários correspondentes ao prazo do aviso, garantida sempre a integração desse período no seu tempo de serviço. 2º A falta de aviso prévio por parte do empregado dá ao empregador o direito de descontar os salários correspondentes ao prazo respectivo. 4º É devido o aviso prévio na despedida indireta. 5º O valor das horas extraordinárias habituais integra o aviso prévio indenizado. 6º O reajustamento salarial coletivo, determinado no curso do aviso prévio, beneficia o empregado pré-avisado da despedida, mesmo que tenha recebido antecipadamente os salários correspondentes ao período do aviso, que integra seu tempo de serviço para todos os efeitos legais. Empregado Estável Aviso Prévio Aviso Prévio Acidente do trabalho Auxílio doença Súmula nº 371 do TST AVISO PRÉVIO INDENIZADO. EFEITOS. SUPERVENIÊNCIA DE AUXÍLIO-DOENÇA NO CURSO DESTE (conversão das Orientações Jurisprudenciais nº 40 e 135 da SBDI-1) Res. nº 129/2005, DJ 20, 22 e A projeção do contrato de trabalho para o futuro, pela concessão do aviso prévio indenizado, tem efeitos limitados às vantagens econômicas obtidas no período de pré-aviso, ou seja, salários, reflexos e verbas rescisórias. No caso de concessão de auxílio-doença no curso do aviso prévio, todavia, só se concretizam os efeitos da dispensa depois de expirado o benefício previdenciário. 122

123 TRT-MS Direito do Trabalho Prof. Rogério Renzetti ATENÇÃO! Na hipótese de FORÇA MAIOR, não é devido o aviso prévio, pois o "E" não poderia prever o evento. É DEVIDO quando a extinção decorrer de FALÊNCIA. EFEITOS Quando o "e" é dispensado: 1 redução da jornada em 2 horas diárias ou a dispensa do trabalho por 7 dias consecutivos ; 2 Importa em integração ao tempo de serviço para todos os fins, mesmo quando indenizado. Súmula nº 230 do TST FIQUE LIGADO! É ilegal substituir o período que se reduz da jornada de trabalho, no aviso prévio, pelo pagamento das horas correspondentes. 123

124 OJ 82 SDI I TST. AVISO PRÉVIO. BAIXA NA CTPS (inserida em ) A data de saída a ser anotada na CTPS deve corresponder à do término do prazo do aviso prévio, ainda que indenizado. OJ 83 SDI I TST. AVISO PRÉVIO. INDENIZADO. PRESCRIÇÃO (inserida em ) A prescrição começa a fluir no final da data do término do aviso prévio. Art. 487, 1º, da CLT. QUITAÇÃO DAS VERBAS RESCISÓRIAS AVISO PRÉVIO TRABALHADO INDENIZADO PRAZO PARA PAGAMENTO ATÉ O 1º DIA ÚTIL APÓS O TÉRMINO ATÉ 10 DIAS CORRIDOS OJ 14 SDI I TST. AVISO PRÉVIO CUMPRIDO EM CASA. VERBAS RESCISÓRIAS. PRAZO PARA PAGAMENTO. (título alterado e inserido dispositivo) DJ Em caso de aviso prévio cumprido em casa, o prazo para pagamento das verbas rescisórias é até o décimo dia da notificação de despedida. Dispensa 30 dias Indenização = 1 salário Art. 9º Lei 7.238/84 Art 9º O empregado dispensado, sem justa causa, no período de 30 (trinta) dias que antecede a data de sua correção salarial, terá direito à indenização adicional equivalente a um salário mensal, seja ele optante ou não pelo Fundo de Garantia do Tempo de Serviço FGTS. RECONSIDERAÇÃO Art CLT. Dado o aviso prévio, a rescisão torna-se efetiva depois de expirado o respectivo prazo, mas, se a parte notificante reconsiderar o ato, antes de seu termo, à outra parte é facultado aceitar ou não a reconsideração. 124

125 TRT-MS Direito do Trabalho Prof. Rogério Renzetti Parágrafo único. Caso seja aceita a reconsideração ou continuando a prestação depois de expirado o prazo, o contrato continuará a vigorar, como se o aviso prévio não tivesse sido dado. FALTA GRAVE A falta ocorrida no curso do aviso prévio trabalhado transforma a simples resilição contratual em resolução contratual. Art CLT. O empregador que, durante o prazo do aviso prévio dado ao empregado, praticar ato que justifique a rescisão imediata do contrato, sujeita-se ao pagamento da remuneração correspondente ao prazo do referido aviso, sem prejuízo da indenização que for devida. Art CLT. O empregado que, durante o prazo do aviso prévio, cometer qualquer das faltas consideradas pela lei como justas para a rescisão, perde o direito ao restante do respectivo prazo. Súmula nº 73 do TST. A ocorrência de justa causa, salvo a de abandono de emprego, no decurso do prazo do aviso prévio dado pelo empregador, retira do empregado qualquer direito às verbas rescisórias de natureza indenizatória. AVISO PRÉVIO E ESTABILIDADE Súmula 369 TST V O registro da candidatura do empregado a cargo de dirigente sindical durante o período de aviso prévio, ainda que indenizado, não lhe assegura a estabilidade, visto que inaplicável a regra do 3º do art. 543 da Consolidação das Leis do Trabalho. Não cabe falar em concessão de aviso prévio para "e" que seja beneficiário de uma das garantias da estabilidade. Súmula nº 348 do TST É inválida a concessão do aviso prévio na fluência da garantia de emprego, ante a incompatibilidade dos dois institutos. FIQUE LIGADO! Art. 391-A CLT. A confirmação do estado de gravidez advindo no curso do contrato de trabalho, ainda que durante o prazo do aviso prévio trabalhado ou indenizado, garante à empregada gestante a estabilidade provisória prevista na alínea b do inciso II do art. 10 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias. (acrescentado pela Lei nº ) 125

126 CAIU EM PROVA 5. (2015 FCC TRT 9ª REGIÃO (PR) Técnico Judiciário Área Administrativa) Referente ao aviso prévio, considere: I. O aviso prévio é a comunicação que uma das partes do contrato por prazo indeterminado faz a outra, informando sobre sua intenção de rescindir o respectivo contrato, integrando tal período no tempo de serviço do empregado, independentemente se for indenizado ou trabalhado. II. Na modalidade do aviso prévio trabalhado, o empregado escolhe se pretende reduzir sua jornada de trabalho em duas horas diárias ou deixa de trabalhar nos últimos sete dias corridos, em qualquer modalidade de rescisão do contrato de trabalho. III. A confirmação do estado de gravidez, durante o período do aviso prévio trabalhado ou indenizado, não garante à empregada gestante a estabilidade provisória no emprego. Está correto o que se afirma APENAS em: a) II e III. b) I e II. c) I. d) III. e) II. 6. (2015 FCC TRT 3ª Região (MG) Técnico Judiciário Área Administrativa_ Quanto ao instituto do aviso prévio: a) é a comunicação que uma parte da relação de emprego faz a outra, informando que não tem a intenção de manter o contrato de trabalho, previsto apenas para os contratos por prazo indeterminado. b) a falta de aviso prévio pelo empregador dá ao empregado o direito aos salários correspondentes ao prazo respectivo, garantida sempre a integração desse período no seu tempo de serviço. c) seu prazo será proporcional ao tempo de serviço do empregado, desde que este receba por mês e esteja empregado há, pelo menos, um ano na empresa, acrescendo-se 3 dias a mais por ano trabalhado no seu cálculo. d) com o advento da lei que estipulou o aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, foram revogadas todas as cláusulas previstas em acordos ou convenções coletivas de trabalho, bem como em dissídios coletivos, que previam o instituto com proporcionalidade mais benéfica ao trabalhador. e) a falta de cumprimento pelo empregado, sem a respectiva justificativa, retira-lhe o direito ao recebimento não só do salário do prazo respectivo, como também das demais verbas rescisórias a que teria direito. 126

127 TRT-MS Direito do Trabalho Prof. Rogério Renzetti TERMINAÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO CAUSAS DA RESCISÃO A CLT utiliza o termo RESCISÃO para determinar qualquer hipótese de terminação do contrato de trabalho. RESILIÇÃO RESOLUÇÃO RESCISÃO RESILIÇÃO OCORRE QUANDO UMA DAS PARTES, OU AMBAS, RESOLVE, SEM JUSTO MOTIVO, ROMPER O PACTO LABORAL. DUAS SÃO AS HIPÓTESES: Dispensa sem justa causa; Pedido de demissão. DISPENSA SEM JUSTA CAUSA Tem natureza de direito potestativo, ao passo que depende unicamente do "E", sem justa causa. A dispensa é formalizada pelo aviso prévio, por meio do qual o "E" comunica ao "e" que não mais se utilizará de seus serviços a partir de tal dia. Saldo de salário; 13º salário proporcional; Férias + 1/3 vencidas (se for o caso); Férias + 1/3 proporcionais; Aviso prévio; Saque do FGTS + Indenização de 40%; Seguro desemprego. 127

128 PEDIDO DE DEMISSÃO Se o "e" não pretende continuar a prestar serviços ao "E", deve pedir demissão. O pedido é formalizado por meio do aviso prévio, pelo qual o trabalhador pré-avisa o "E", 30 dias antes da data em que pretende deixar o emprego, sua intenção de fazer cessar a prestação de serviços. A cessação da prestação de serviços por parte do "e", sem a respectiva comunicação ao "E", configura abandono de emprego e não demissão. Saldo de salário (dias efetivamente trabalhados) 13º salário proporcional; Férias + 1/3 vencidas (se for o caso); Férias + 1/3 proporcionais. RESOLUÇÃO O TÉRMINO DO CONTRATO OCORRE EM RAZÃO DE ATO FALTOSO PRATICADO POR UMA OU POR AMBAS AS PARTES. "e" DISPENSADO POR JUSTA CAUSA (art. 482 CLT) SÓ TERÁ DIREITO AO SALDO DE SALÁRIO E À INDENIZAÇÃO DAS FÉRIAS NÃO GOZADAS + 1/3 CONSTITUCIONAL. RESCISÃO INDIRETA CULPA RECÍPROCA JUSTA CAUSA O "e" é subordinado juridicamente ao "E", pode sofrer as seguintes sanções: advertência (verbal ou escrita), suspensão disciplinar e dispensa por justa causa. A configuração da justa causa depende da comprovação de alguns requisitos: Gravidade da falta Imediatidade ou atualidade Proibição do bis in idem Tipicidade Não discriminação Art CLT. Constituem justa causa para rescisão do contrato de trabalho pelo empregador: a) ato de improbidade; b) incontinência de conduta ou mau procedimento; 128

129 TRT-MS Direito do Trabalho Prof. Rogério Renzetti c) negociação habitual por conta própria ou alheia sem permissão do empregador, e quando constituir ato de concorrência à empresa para a qual trabalha o empregado, ou for prejudicial ao serviço; d) condenação criminal do empregado, passada em julgado, caso não tenha havido suspensão da execução da pena; e) desídia no desempenho das respectivas funções; f) embriaguez habitual ou em serviço; g) violação de segredo da empresa; h) ato de indisciplina ou de insubordinação; i) abandono de emprego; j) ato lesivo da honra ou da boa fama praticado no serviço contra qualquer pessoa, ou ofensas físicas, nas mesmas condições, salvo em caso de legítima defesa, própria ou de outrem; k) ato lesivo da honra ou da boa fama ou ofensas físicas praticadas contra o empregador e superiores hierárquicos, salvo em caso de legítima defesa, própria ou de outrem; l) prática constante de jogos de azar. Parágrafo único. Constitui igualmente justa causa para dispensa de empregado a prática, devidamente comprovada em inquérito administrativo, de atos atentatórios contra a segurança nacional. Art CLT FIQUE LIGADO! Parágrafo único. Constitui ato faltoso do empregado a recusa injustificada: b) ao uso dos equipamentos de proteção individual fornecido pela empresa. Art. 235-B CLT. São deveres do motorista profissional empregado VII submeter-se a exames toxicológicos com janela de detecção mínima de 90 (noventa) dias e a programa de controle de uso de droga e de bebida alcoólica, instituído pelo empregador, com sua ampla ciência, pelo menos uma vez a cada 2 (dois) anos e 6 (seis) meses, podendo ser utilizado para esse fim o exame obrigatório previsto na Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997 Código de Trânsito Brasileiro, desde que realizado nos últimos 60 (sessenta) dias. Parágrafo único. A recusa do empregado em submeter-se ao teste ou ao programa de controle de uso de droga e de bebida alcoólica previstos no inciso VII será considerada infração disciplinar, passível de penalização nos termos da lei. 129

130 RESCISÃO INDIRETA Art CLT. O empregado poderá considerar rescindido o contrato e pleitear a devida indenização quando: a) forem exigidos serviços superiores às suas forças, defesos por lei, contrários aos bons costumes, ou alheios ao contrato; b) for tratado pelo empregador ou por seus superiores hierárquicos com rigor excessivo; c) correr perigo manifesto de mal considerável; d) não cumprir o empregador as obrigações do contrato; e) praticar o empregador ou seus prepostos, contra ele ou pessoas de sua família, ato lesivo da honra e boa fama; f) o empregador ou seus prepostos ofenderem-no fisicamente, salvo em caso de legítima defesa, própria ou de outrem; g) o empregador reduzir o seu trabalho, sendo este por peça ou tarefa, de forma a afetar sensivelmente a importância dos salários. RESCISÃO INDIRETA 1 quando o "E" descumprir as obrigações contratuais. 2 quando houver a redução do trabalho por peça ou tarefa. Na rescisão indireta, o "e" receberá a totalidade das verbas salariais, como se tivesse sido dispensado SEM JUSTA CAUSA. CULPA RECÍPROCA Ocorre quando tanto o "e" quanto o "E" cometem falta grave, tipificadas, respectivamente, nos artigos 482 e 483 da CLT. Deverá ser reconhecido em JUÍZO. Neste caso, haverá DIVISÃO das verbas rescisórias. 130

131 TRT-MS Direito do Trabalho Prof. Rogério Renzetti Art CLT. Havendo culpa recíproca no ato que determinou a rescisão do contrato de trabalho, o tribunal de trabalho reduzirá a indenização à que seria devida em caso de culpa exclusiva do empregador, por metade. Súmula nº 14 do TST. Reconhecida a culpa recíproca na rescisão do contrato de trabalho (art. 484 da CLT), o empregado tem direito a 50% (cinquenta por cento) do valor do aviso prévio, do décimo terceiro salário e das férias proporcionais. Saldo de salário e férias vencidas (direito adquirido) = Indenização FGTS? RESCISÃO CORRESPONDE À RUPTURA CONTRATUAL DECORRENTE DE NULIDADE. Súmula nº 363 do TST. A contratação de servidor público, após a CF/1988, sem prévia aprovação em concurso público, encontra óbice no respectivo art. 37, II e 2º, somente lhe conferindo direito ao pagamento da contraprestação pactuada, em relação ao número de horas trabalhadas, respeitado o valor da hora do salário mínimo, e dos valores referentes aos depósitos do FGTS. TAMBÉM OCORRERÁ A RESCISÃO NOS CASOS DE CONTRATOS CUJO OBJETO ENVOLVA ATIVIDADE ILÍCITA. OJ199 SDI-I TST. É nulo o contrato de trabalho celebrado para o desempenho de atividade inerente à prática do jogo do bicho, ante a ilicitude de seu objeto, o que subtrai o requisito de validade para a formação do ato jurídico. FORMAS ATÍPICAS DE TERMINAÇÃO EXTINÇÃO DA EMPRESA Pelo princípio da alteridade, os riscos da atividade econômica pertencem única e exclusivamente ao "E". Logo, extinta a empresa, serão devidas aos obreiros todas as verbas atinentes à dispensa imotivada, além do respectivo aviso prévio (Súmula 44 do TST). Factum Principis Art CLT. No caso de paralisação temporária ou definitiva do trabalho, motivada por ato de autoridade municipal, estadual ou federal, ou pela promulgação de lei ou resolução que impossibilite a continuação da atividade, prevalecerá o pagamento da indenização, que ficará a cargo do governo responsável. Dispensa discriminatória Súmula nº 443 do TST 131

132 Presume-se discriminatória a despedida de empregado portador do vírus HIV ou de outra doença grave que suscite estigma ou preconceito. Inválido o ato, o empregado tem direito à reintegração no emprego. PAGAMENTO, QUITAÇÃO E HOMOLOGAÇÃO Art º CLT. O pedido de demissão ou recibo de quitação de rescisão do contrato de trabalho, firmado por empregado com mais de 1 (um) ano de serviço, só será válido quando feito com a assistência do respectivo Sindicato ou perante a autoridade do Ministério do Trabalho e Previdência Social. 3º Quando não existir na localidade nenhum dos órgãos previstos neste artigo, a assistência será prestada pelo representante do Ministério Público ou, onde houver, pelo Defensor Público e, na falta ou impedimento destes, pelo Juiz de Paz. 7º O ato da assistência na rescisão contratual ( 1º e 2º) será sem ônus para o trabalhador e empregador. 2º O instrumento de rescisão ou recibo de quitação, qualquer que seja a causa ou forma de dissolução do contrato, deve ter especificada a natureza de cada parcela paga ao empregado e discriminado o seu valor, sendo válida a quitação, apenas, relativamente às mesmas parcelas. 4º O pagamento a que fizer jus o empregado será efetuado no ato da homologação da rescisão do contrato de trabalho, em dinheiro ou em cheque visado, conforme acordem as partes, salvo se o empregado for analfabeto, quando o pagamento somente poderá ser feito em dinheiro. 5º Qualquer compensação no pagamento de que trata o parágrafo anterior não poderá exceder o equivalente a um mês de remuneração do empregado. ATENÇÃO! Art CLT. É lícito ao menor firmar recibo pelo pagamento dos salários. Tratandose, porém, de rescisão do contrato de trabalho, é vedado ao menor de dezoito anos dar, sem assistência dos seus responsáveis legais, quitação ao empregador pelo recebimento da indenização que lhe for devida. 6º O pagamento das parcelas constantes do instrumento de rescisão ou recibo de quitação deverá ser efetuado nos seguintes prazos: a) até o primeiro dia útil imediato ao término do contrato; ou b) até o décimo dia, contado da data da notificação da demissão, quando da ausência do aviso prévio, indenização do mesmo ou dispensa de seu cumprimento. 132

133 TRT-MS Direito do Trabalho Prof. Rogério Renzetti 8º A inobservância do disposto no 6º deste artigo sujeitará o infrator à multa de 160 BTN, por trabalhador, bem assim ao pagamento da multa a favor do empregado, em valor equivalente ao seu salário, devidamente corrigido pelo índice de variação do BTN, salvo quando, comprovadamente, o trabalhador der causa à mora. Art CLT. Em caso de rescisão de contrato de trabalho, havendo controvérsia sobre o montante das verbas rescisórias, o empregador é obrigado a pagar ao trabalhador, à data do comparecimento à Justiça do Trabalho, a parte incontroversa dessas verbas, sob pena de pagá-las acrescidas de 50% (cinquenta por cento). CAIU EM PROVA 7. (2015 FCC TRT 9ª Região (PR) Técnico Judiciário Área Administrativa) Mário, empregado da Empresa X, foi despedido por justa causa por ter praticado ofensas físicas contra seu chefe. Ingressou com ação trabalhista contra sua ex-empregadora, mas não comprovou suas alegações de que agiu desta maneira por ter sido ofendido em sua honra por seu superior hierárquico, razão pela qual a sentença trabalhista manteve a justa causa aplicada como motivo da rescisão do contrato de trabalho. Neste caso, Mário terá direito, além do saldo de salário, a: a) férias vencidas + 1/3 que já tinha adquirido. b) aviso prévio, 50% de 13º salário proporcional e 50% das férias vencidas + 1/3, sem direito ao saque dos depósitos do FGTS e da multa de 40%. c) todas as verbas rescisórias como dispensa sem justa causa, pois ofensas físicas contra seu chefe não se configuram como motivo de justa causa, estando errada a sentença proferida. d) 13º salário proporcional e férias vencidas + 1/3, além do saque dos depósitos do FGTS, sem a multa de 40%. e) nenhuma outra verba rescisória, em razão da prática de conduta tipificadora da justa causa. 8. (2015 FCC TRT 4ª Região (RS) Técnico Judiciário Administrativa) Katila, empregada da empresa Z, estava afastada de seu emprego em razão de uma doença cardíaca. Durante alguns meses Katila recebeu auxilio-doença previdenciário. Após 40 dias da cessação efetiva do benefício previdenciário, Katila ainda não retornou a seu emprego e não justificou o motivo de não retornar. Neste caso, conforme súmula do TST: a) o contrato de trabalho de Katila extinguiu-se após quinze dias da cessação do benefício previdenciário, prazo legal, para que a empregada retorne ao emprego. b) a empresa Z deverá aguardar o prazo legal de sessenta dias e somente após o decurso deste prazo poderá presumir o abandono de emprego. 133

134 c) não haverá presunção de abandono de emprego, uma vez que a empregada estava recebendo benefício previdenciário, devendo a empresa Z convocá-la para retorno imediato ao trabalho através de prova escrita. d) a empresa Z deverá aguardar o prazo legal de noventa dias e somente após o decurso deste prazo poderá presumir o abandono de emprego. e) presume-se o abandono de emprego e a empresa Z poderá rescindir o contrato de trabalho com justa causa. 9. (2014 FCC TRT 16ª Região (MA) Técnico Judiciário Administrativa) Vera, empregada da empresa "A", estando atolada em dívidas, informou levianamente a seu superior hierárquico que havia mudado de residência, apresentando novo comprovante falso, visando receber maiores vantagens a título de vale-transporte. A empresa "A" descobriu a atitude de sua empregada e rescindiu o seu contrato de trabalho por justa causa, em razão da prática de falta grave caracterizada por: a) desídia. b) ato de incontinência de conduta. c) desídia e insubordinação. d) ato de improbidade. e) ato de indisciplina. PROTEÇÃO AO TRABALHO DA MULHER Art. 5º I CF. Homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição; 134

135 TRT-MS Direito do Trabalho Prof. Rogério Renzetti Art. 7º CF. São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: XX proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos, nos termos da lei; XVIII licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de cento e vinte dias; Art CLT. Os preceitos que regulam o trabalho masculino são aplicáveis ao trabalho feminino, naquilo em que não colidirem com a proteção especial instituída por este Capítulo. PROTEÇÃO A MATERNIDADE Art CLT. Não constitui justo motivo para a rescisão do contrato de trabalho da mulher o fato de haver contraído matrimônio ou de encontrar-se em estado de gravidez. Parágrafo único. Não serão permitidos em regulamentos de qualquer natureza contratos coletivos ou individuais de trabalho, restrições ao direito da mulher ao seu emprego, por motivo de casamento ou de gravidez. As normas que tratam da proteção à GESTANTE NÃO comportam TRANSAÇÃO, ou seja, o SINDICATO dos trabalhadores não poderá firmar ACORDO ou CONVENÇÃO COLETIVA para RESTRINGIR DIREITOS da "e". OJ 30 SDC TST. ESTABILIDADE DA GESTANTE. RENÚNCIA OU TRANSAÇÃO DE DIREITOS CONSTITUCIONAIS. IMPOSSIBILIDADE. Nos termos do art. 10, II, "b", do ADCT, a proteção à maternidade foi erigida à hierarquia constitucional, pois retirou do âmbito do direito potestativo do empregador a possibilidade de despedir arbitrariamente a empregada em estado gravídico. Portanto, a teor do artigo 9º, da CLT, torna-se nula de pleno direito a cláusula que estabelece a possibilidade de renúncia ou transação, pela gestante, das garantias referentes à manutenção do emprego e salário. Art CLT. Mediante atestado médico, à mulher grávida é facultado romper o compromisso resultante de qualquer contrato de trabalho, desde que este seja prejudicial à gestação. Art CLT. Para amamentar o próprio filho, até que este complete 6 (seis) meses de idade, a mulher terá direito, durante a jornada de trabalho, a 2 (dois) descansos especiais, de meia hora cada um. Parágrafo único. Quando o exigir a saúde do filho, o período de 6 (seis) meses poderá ser dilatado, a critério da autoridade competente. Art º CLT. Os estabelecimentos em que trabalharem pelo menos 30 (trinta) mulheres com mais de 16 (dezesseis) anos de idade terão local apropriado onde seja permitido às empregadas guardar sob vigilância e assistência os seus filhos no período da amamentação. 135

136 2º A exigência do 1º poderá ser suprida por meio de creches distritais mantidas, diretamente ou mediante convênios, com outras entidades públicas ou privadas, pelas próprias empresas, em regime comunitário, ou a cargo do SESI, do SESC, da LBA ou de entidades sindicais. Art CLT. Os locais destinados à guarda dos filhos das operárias durante o período da amamentação deverão possuir, no mínimo, um berçário, uma saleta de amamentação, uma cozinha dietética e uma instalação sanitária. Art CLT. A empregada gestante tem direito à licença-maternidade de 120 (cento e vinte) dias, sem prejuízo do emprego e do salário. 1º A empregada deve, mediante atestado médico, notificar o seu empregador da data do início do afastamento do emprego, que poderá ocorrer entre o 28º (vigésimo oitavo) dia antes do parto e ocorrência deste. Os períodos de repouso, antes e depois do parto, poderão ser aumentados de 2 (duas) semanas cada um, mediante atestado médico (CLT, art. 392, 2º). Em caso de parto antecipado, a mulher terá direito aos 120 (cento e vinte) dias previstos neste artigo (CLT, art. 392, 3º). É garantido à empregada, durante a gravidez, sem prejuízo do salário e demais direitos: I transferência de função, quando as condições de saúde o exigirem, assegurada a retomada da função anteriormente exercida, logo após o retorno ao trabalho; II dispensa do horário de trabalho pelo tempo necessário para a realização de, no mínimo, seis consultas médicas e demais exames complementares. Art. 392-A CLT. À empregada que adotar ou obtiver guarda judicial para fins de adoção de criança será concedida licença-maternidade nos termos do art Art. 392-A 5º CLT. A adoção ou guarda judicial conjunta ensejará a concessão de licençamaternidade a apenas um dos adotantes ou guardiães empregado ou empregada. Art. 392-B CLT. Em caso de morte da genitora, é assegurado ao cônjuge ou companheiro empregado o gozo de licença por todo o período da licençamaternidade ou pelo tempo restante a que teria direito a mãe, exceto no caso de falecimento do filho ou de seu abandono. A PRORROGAÇÃO da licença-maternidade por + 60 dias será possível se preenchido DOIS REQUISITOS: 136

137 TRT-MS Direito do Trabalho Prof. Rogério Renzetti eenchido DOIS REQUISITOS: A EMPRESA TENHA ADERIDO AO PROGRAMA EMPRESA CIDADÃ PEDIDO DEVE SER FEITO PELA EMPREGADA Art CLT. Em caso de aborto não criminoso, comprovado por atestado médico oficial, a mulher terá um repouso remunerado de 2 (duas) semanas, ficando-lhe assegurado o direito de retornar à função que ocupava antes de seu afastamento. PARTO ADOÇÃO ABORTO 120 DIAS 120 DIAS 2 SEMANAS MÉTODOS E LOCAIS DE TRABALHO Vedação ao trabalho INSALUBRE, PERIGOSO e NOTURNO Proteção pré-contratual. LEI Nº 9.029, DE 13 DE ABRIL DE Proíbe a exigência de atestados de gravidez e esterilização, e outras práticas discriminatórias, para efeitos admissionais ou de permanência da relação jurídica de trabalho, e dá outras providências. Reintegração OU Indenização (na hipótese de dispensa discriminatória) Art CLT. Ao empregador é vedado empregar a mulher em serviço que demande o emprego de força muscular superior a 20 (vinte) quilos para o trabalho continuo, ou 25 (vinte e cinco) quilos para o trabalho ocasional. Parágrafo único. Não está compreendida na determinação deste artigo a remoção de material feita por impulsão ou tração de vagonetes sobre trilhos, de carros de mão ou quaisquer aparelhos mecânicos. 137

138 FICA A DICA! Art CLT. Em caso de prorrogação do horário normal, será obrigatório um descanso de 15 (quinze) minutos no mínimo, antes do início do período extraordinário do trabalho. Art CLT. Havendo trabalho aos domingos, será organizada uma escala de revezamento quinzenal, que favoreça o repouso dominical. GESTANTE Art. 10 II b ADCT II fica vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa: b) da empregada gestante, desde a confirmação da gravidez até cinco meses após o parto. FALTA GRAVE Súmula nº 244 do TST I O desconhecimento do estado gravídico pelo empregador não afasta o direito ao pagamento da indenização decorrente da estabilidade. II A garantia de emprego à gestante só autoriza a reintegração se esta se der durante o período de estabilidade. Do contrário, a garantia restringe-se aos salários e demais direitos correspondentes ao período de estabilidade. Art CLT. Quando a reintegração do empregado estável for desaconselhável, dado o grau de incompatibilidade resultante do dissídio, especialmente quando for o empregador pessoa física, o tribunal do trabalho poderá converter aquela obrigação em indenização devida nos termos do artigo seguinte. 138

139 TRT-MS Direito do Trabalho Prof. Rogério Renzetti Súmula nº 396 do TST I Exaurido o período de estabilidade, são devidos ao empregado apenas os salários do período compreendido entre a data da despedida e o final do período de estabilidade, não lhe sendo assegurada a reintegração no emprego. II Não há nulidade por julgamento "extra petita" da decisão que deferir salário quando o pedido for de reintegração, dados os termos do art. 496 da CLT. FIQUE LIGADO! III A empregada gestante tem direito à estabilidade provisória prevista no art. 10, inciso II, alínea b, do ADCT, mesmo na hipótese de admissão mediante contrato por tempo determinado. Art. 391-A CLT. A confirmação do estado de gravidez advindo no curso do contrato de trabalho, ainda que durante o prazo do aviso prévio trabalhado ou indenizado, garante à empregada gestante a estabilidade provisória prevista na alínea b do inciso II do art. 10 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias. ATENÇÃO! A LC 146/2014 ESTENDEU a estabilidade provisória da gestante à pessoa que detiver a guarda do filho, no caso de falecimento da genitora. LEI COMPLEMENTAR Nº 146, DE 25 DE JUNHO DE 2014 Estende a estabilidade provisória prevista na alínea b do inciso II do art. 10 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias à trabalhadora gestante, nos casos de morte desta, a quem detiver a guarda de seu filho. A PRESIDENTA DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei Complementar: Art. 1º O direito prescrito na alínea b do inciso II do art. 10 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, nos casos em que ocorrer o falecimento da genitora, será assegurado a quem detiver a guarda do seu filho. Art. 2º Esta Lei Complementar entra em vigor na data de sua publicação. 139

140 ATENÇÃO! Art. 391-A CLT. A confirmação do estado de gravidez advindo no curso do contrato de trabalho, ainda que durante o prazo do aviso prévio trabalhado ou indenizado, garante à empregada gestante a estabilidade provisória prevista na alínea b do inciso II do art. 10 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias. Art. 373-A CLT. Ressalvadas as disposições legais destinadas a corrigir as distorções que afetam o acesso da mulher ao mercado de trabalho e certas especificidades estabelecidas nos acordos trabalhistas, é vedado: I publicar ou fazer publicar anúncio de emprego no qual haja referência ao sexo, à idade, à cor ou situação familiar, salvo quando a natureza da atividade a ser exercida, pública e notoriamente, assim o exigir; II recusar emprego, promoção ou motivar a dispensa do trabalho em razão de sexo, idade, cor, situação familiar ou estado de gravidez, salvo quando a natureza da atividade seja notória e publicamente incompatível; III considerar o sexo, a idade, a cor ou situação familiar como variável determinante para fins de remuneração, formação profissional e oportunidades de ascensão profissional; IV exigir atestado ou exame, de qualquer natureza, para comprovação de esterilidade ou gravidez, na admissão ou permanência no emprego; V impedir o acesso ou adotar critérios subjetivos para deferimento de inscrição ou aprovação em concursos, em empresas privadas, em razão de sexo, idade, cor, situação familiar ou estado de gravidez; VI proceder o empregador ou preposto a revistas íntimas nas empregadas ou funcionárias. CAIU EM PROVA 10. (2014 FCC TRT 19ª Região (AL) Técnico Judiciário Área Administrativa) Com relação às regras de proteção ao trabalho da mulher: a) Em caso de parto antecipado, a mulher terá direito aos 60 (sessenta) dias de licença. b) Para amamentar o próprio filho, até que este complete 6 (seis) meses de idade, a mulher terá direito, durante a jornada de trabalho, de um descanso especial de meia hora. c) À empregada que adotar ou obtiver guarda judicial para fins de adoção de criança será concedida licença-maternidade, com duração variável de acordo com a idade da criança adotada. d) É garantido à empregada, durante a gravidez, sem prejuízo do salário e demais direitos, dispensa do horário de trabalho pelo tempo necessário para a realização de, no mínimo, quatro consultas médicas e demais exames complementares. 140

141 TRT-MS Direito do Trabalho Prof. Rogério Renzetti e) A confirmação do estado de gravidez advindo no curso do contrato de trabalho, ainda que durante o prazo do aviso prévio trabalhado ou indenizado, garante à empregada gestante a estabilidade provisória. PROTEÇÃO AO TRABALHO DO MENOR Questão de Prova A CF/88 PROÍBE O TRABALHO NOTURNO, PERIGOSO OU INSALUBRE AO MENOR DE 18 ANOS E DE QUALQUER TRABALHO AO MENOR DE 16 ANOS, SALVO NA CONDIÇÃO DE APRENDIZ, A PARTIR DOS 14 ANOS; Jornada de trabalho: HE? 1 Força maior. 2 Compensação. Art CLT. É vedado prorrogar a duração normal diária do trabalho do menor, salvo: I até mais 2 (duas) horas, independentemente de acréscimo salarial, mediante convenção ou acordo coletivo nos termos do Título VI desta Consolidação, desde que o excesso de horas em um dia seja compensado pela diminuição em outro, de modo a ser observado o limite máximo de 44 (quarenta e quatro) horas semanais ou outro inferior legalmente fixado; II excepcionalmente, por motivo de força maior, até o máximo de 12 (doze) horas, com acréscimo salarial de pelo menos 50% (cinquenta por cento) sobre a hora normal e desde que o trabalho do menor seja imprescindível ao funcionamento do estabelecimento. JORNADA NORMAL HE 15 MINUTOS Art CLT. Para maior segurança do trabalho e garantia da saúde dos menores, a autoridade fiscalizadora poderá proibir-lhes o gozo dos períodos de repouso nos locais de trabalho. Art CLT. Quando o menor de 18 (dezoito) anos for empregado em mais de um estabelecimento, as horas de trabalho em cada um serão totalizadas. 141

142 Art CLT. Ao menor não será permitido o trabalho: I nos locais e serviços perigosos ou insalubres, constantes de quadro para esse fim aprovado pelo Diretor-geral do Departamento de Segurança e Higiene do Trabalho; II em locais ou serviços prejudiciais à sua moralidade. 2º O trabalho exercido nas ruas, praças e outros logradouros dependerá de prévia autorização do Juiz de Menores, ao qual cabe verificar se a ocupação é indispensável à sua própria subsistência ou à de seus pais, avós ou irmãos e se dessa ocupação não poderá advir prejuízo à sua formação moral. 3º Considera-se prejudicial à moralidade do menor o trabalho: a) prestado de qualquer modo em teatros de revista, cinemas, boates, cassinos, cabarés, dancings e estabelecimentos análogos; b) em empresas circenses, em funções de acrobata, saltimbanco, ginasta e outras semelhantes; c) de produção, composição, entrega ou venda de escritos, impressos, cartazes, desenhos, gravuras, pinturas, emblemas, imagens e quaisquer outros objetos que possam, a juízo da autoridade competente, prejudicar sua formação moral; d) consistente na venda, a varejo, de bebidas alcoólicas. 5º Aplica-se ao menor o disposto no Art. 390 e seu Parágrafo único. Art CLT. Ao empregador é vedado empregar a mulher em serviço que demande o emprego de força muscular superior a 20 (vinte) quilos, para o trabalho contínuo, ou 25 (vinte e cinco) quilos, para o trabalho ocasional. Parágrafo único. Não está compreendida na determinação deste artigo a remoção de material feita por impulsão ou tração de vagonetes sobre trilhos, de carros de mão ou quaisquer aparelhos mecânicos. Art CLT. O Juiz de Menores poderá autorizar ao menor o trabalho a que se referem as letras a e b do 3º. do Art. 405: I desde que a representação tenha fim educativo ou a peça de que participe, não possa ser prejudicial à sua formação moral; II desde que se certifique ser a ocupação do menor indispensável à própria subsistência ou à de seus pais, avós ou irmãos e não advir nenhum prejuízo à sua formação moral. CONTRATO DE APRENDIZAGEM É o contrato especial formulado por escrito (formal) e por prazo determinado, em que o "E" se compromete a assegurar ao maior de 14 anos e menor de 24 anos, formação técnicoprofissional compatível com seu desenvolvimento físico, moral e psicológico, e o aprendiz a executar, com zelo e diligência, as tarefas necessárias a essa formação (art. 428 CLT). 1º A validade do contrato de aprendizagem pressupõe anotação na Carteira de Trabalho e Previdência Social, matrícula e frequência do aprendiz na escola, caso não haja concluído 142

143 TRT-MS Direito do Trabalho Prof. Rogério Renzetti o ensino médio, e inscrição em programa de aprendizagem desenvolvido sob orientação de entidade qualificada em formação técnico-profissional metódica. FGTS: 2º Ao menor aprendiz, salvo condição mais favorável, será garantido o salário mínimo hora. 3º O contrato de aprendizagem não poderá ser estipulado por mais de 2 (dois) anos, exceto quando se tratar de aprendiz portador de deficiência. 4º A formação técnico-profissional a que se refere o caput deste artigo caracteriza-se por atividades técnicas e práticas, metodicamente organizadas em tarefas de complexidade progressiva, desenvolvidas no ambiente de trabalho. OBRIGATORIEDADE Mínimo: Máximo: Todas as empresas? 1 micro e pequenas empresas. 2 entidades sem fins lucrativos. ATENÇÃO! Art CLT. A duração do trabalho do aprendiz não excederá de seis horas diárias, sendo vedadas a prorrogação e a compensação de jornada. OBS: O menor poderia fazer HE por compensação semanal ou força maior. O aprendiz, a lei VEDA, não há prorrogação de jornada. 143

144 1º O limite previsto neste artigo poderá ser de até oito horas diárias para os aprendizes que já tiverem completado o ensino fundamental, se nelas forem computadas as horas destinadas à aprendizagem teórica. Art CLT. O contrato de aprendizagem extinguir-se-á no seu termo ou quando o aprendiz completar 24 (vinte e quatro) anos, ressalvada a hipótese prevista no 5º do art. 428 desta Consolidação, ou ainda antecipadamente nas seguintes hipóteses: I desempenho insuficiente ou inadaptação do aprendiz; II falta disciplinar grave; III ausência injustificada à escola que implique perda do ano letivo; ou IV a pedido do aprendiz. Questão de Prova Art CLT. É lícito ao menor firmar recibo pelo pagamento dos salários. Tratando-se, porém, de rescisão do contrato de trabalho, é vedado ao menor de dezoito anos dar, sem assistência dos seus responsáveis legais, quitação ao empregador pelo recebimento da indenização que lhe for devida. Art CLT. Contra os menores de dezoito anos não corre nenhum prazo de prescrição. PRESCRIÇÃO A prescrição pune o INERTE. Prescrição é a perda da exigibilidade do direito diante da inércia do seu titular. Art. 7º XXIX CF. ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo prescricional de cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a extinção do contrato de trabalho; 144

145 TRT-MS Direito do Trabalho Prof. Rogério Renzetti Súmula nº 308 do TST I Respeitado o biênio subsequente à cessação contratual, a prescrição da ação trabalhista concerne às pretensões imediatamente anteriores a cinco anos, contados da data do ajuizamento da reclamação e, não, às anteriores ao quinquênio da data da extinção do contrato. Art. 11. CLT. O direito de ação quanto a créditos resultantes das relações de trabalho prescreve: I em cinco anos para o trabalhador urbano, até o limite de dois anos após a extinção do contrato; II em dois anos, após a extinção do contrato de trabalho, para o trabalhador rural. (Inciso incluído pela Lei nº 9.658, de , DOU e revogado pela Emenda Constitucional n.º 28, de , DOU ) FIQUE LIGADO! Art º CLT. O disposto neste Art. não se aplica às ações que tenham por objeto anotações para fins de prova junto à Previdência Social. Art º CPC. O juiz pronunciará, de ofício, a prescrição. Na Justiça do Trabalho, a prescrição NÃO pode ser decretada de ofício. A prescrição na seara trabalhista somente é decretada se alegada na VARA DO TRABALHO ou no TRT. Súmula nº 153 do TST Não se conhece de prescrição não arguida na instância ordinária. ALERTA! Contra MENORES não corre prazo prescricional. Ações que visem somente ANOTAÇÕES na CTPS são IMPRESCRITÍVEIS. 145

146 INTERRUPÇÃO DA PRESCRIÇÃO Súmula nº 268 do TST A ação trabalhista, ainda que arquivada, interrompe a prescrição somente em relação aos pedidos idênticos. INTERRUPÇÃO: volta a contar do zero. SUSPENSÃO: volta a contar de onde parou. SUSPENSÃO DA PRESCRIÇÃO Art. 625-G CLT. O prazo prescricional será suspenso a partir da provocação da Comissão de Conciliação Prévia, recomeçando a fluir, pelo que lhe resta, a partir da tentativa frustrada de conciliação ou do esgotamento do prazo previsto no art. 625-F. OJ 375 SDI I TST. A suspensão do contrato de trabalho, em virtude da percepção do auxíliodoença ou da aposentadoria por invalidez, não impede a fluência da prescrição quinquenal, ressalvada a hipótese de absoluta impossibilidade de acesso ao Judiciário. PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE É aquela declarada dentro do processo. Se o "r" deixar o processo parado por mais de 2 anos, acarretará a extinção do processo com base na prescrição intercorrente. Sua incidência é maior da fase de EXECUÇÃO. Súmula nº 114 do TST É inaplicável na Justiça do Trabalho a prescrição intercorrente. STF Súmula nº 327 O direito trabalhista admite a prescrição intercorrente. 146

147 TRT-MS Direito do Trabalho Prof. Rogério Renzetti DECADÊNCIA É a perda do DIREITO pelo decurso de prazo previsto em lei ou no contrato. A decadência, portanto, atinge o direito em si, ao contrário da prescrição, que alcança a pretensão. A decadência e a prescrição estão regulamentadas dos artigos 189 ao 211 do Código Civil. Os artigos específicos da decadência estão nos artigos de 207 ao 211. PRAZOS DECADENCIAS NA JT 1 Inquérito para apuração de falta grave (Súmula 403, STF). 2 Mandado de Segurança (120 dias). 3 Embargos à Execução (5 dias). 4 Ação Rescisória (2 anos a contar do trânsito em julgado). CAIU EM PROVA 11. (2015 FCC TRT 9ª Região (PR) Técnico Judiciário Área Administrativa É INCORRETO afirmar que a prescrição do direito de reclamar, a) verbas rescisórias conta-se igualmente tanto para trabalhadores urbanos quanto para os rurais. b) de horas extras prescreve após dois anos da cessação do contrato de trabalho, podendo o trabalhador, urbano e rural, requerer apenas o período abrangido pelos últimos cinco anos da data do ajuizamento da ação. c) da concessão das férias ou o pagamento da respectiva remuneração é contada do término do período concessivo ou, se for o caso, da cessação do contrato de trabalho. d) não corre contra os menores de 18 anos. e) da anotação da CTPS ou sua retificação para fins de prova junto à Previdência Social se inicia da data do término do contrato de trabalho, cessando dois anos depois. 11. (2015 FCC TRT 3ª Região (MG) Técnico Judiciário Área Administrativa) Afonso, nascido em 16/01/1998, trabalhou como empregado, exercendo a função de Ajudante Geral de 31/01/2014 a 18/11/2014, tendo pedido demissão, cumprido o prazo do aviso prévio trabalhando. Deseja ingressar com Reclamação Trabalhista logo após a sua saída contra sua ex-empregadora para requerer o registro em Carteira de Trabalho e Previdência Social CTPS para comprovação de seu tempo de serviço, além do pagamento de diferenças de horas extras. Neste caso, a) não se aplica o prazo prescricional final previsto na Constituição Federal para ambos os direitos. 147

148 b) o prazo final para Afonso ajuizar a referida ação é 18/11/2016, tendo em vista a prescrição do direito de ação, para ambos os pedidos. c) não se aplica o prazo prescricional final previsto na Constituição Federal para o pedido de registro em CTPS, aplicando-se somente para o pedido de diferenças de horas extras. d) não se aplica o prazo prescricional final previsto na Constituição Federal para as diferenças de horas extras, aplicando-se para o pedido de registro em CTPS. e) Afonso não poderá ingressar com Reclamação Trabalhista, pois a sua contratação é nula. DIREITO COLETIVO DO TRABALHO DIREITO COLETIVO DO TRABALHO É CONSTRUÍDO A PARTIR DE UMA RELAÇÃO JURÍDICA ENTRE PESSOAS TEORICAMENTE EQUIVALENTES, DE UM LADO ENVOLVENDO OS EMPREGADORES DIRETAMENTE OU POR MEIO DOS RESPECTIVOS SINDICATOS PATRONAIS E, DE OUTRO, OS EMPREGADOS REPRESENTADOS PELOS SINDICATOS DA CATEGORIA PROFISSIONAL. FUNÇÃO NEGOCIAL DO SINDICATO Art. 8º VI CF. É obrigatória a participação dos sindicatos nas negociações coletivas de trabalho; NEGOCIAÇÃO COLETIVA PACTOS CELEBRADOS PARA CONCEDER MELHORES CONDIÇÕES DE TRABALHO, MEDIANTE ACORDO OU CONVENÇÃO COLETIVA. Art CLT. Convenções coletivas de trabalho é o acordo de caráter normativo, pelo qual dois ou mais Sindicatos representativos de categorias econômicas e profissionais estipulam condições de trabalho aplicáveis, no âmbito das respectivas representações, às relações individuais do trabalho. 148

149 TRT-MS Direito do Trabalho Prof. Rogério Renzetti 1º É facultado aos Sindicatos representativos de categorias profissionais celebrar Acordos Coletivos com uma ou mais empresas da correspondente categoria econômica, que estipulem condições de trabalho, aplicáveis no âmbito da empresa ou das empresas acordantes às respectivas relações de trabalho. OBS: A única diferença entre convenção e acordo é quanto aos signatários. ART. 611/625 CLT (requisitos de validade e formalidades). 2º As Federações e, na falta desta, as Confederações representativas de categorias econômicas ou profissionais poderão celebrar convenções coletivas de trabalho para reger as relações das categorias a elas vinculadas, inorganizadas em Sindicatos, no âmbito de suas representações. Art CLT. Os Sindicatos só poderão celebrar Convenções ou Acordos Coletivos de Trabalhos, por deliberação de Assembleia Geral especialmente convocada para este fim, consoante o disposto nos respectivos Estatutos, dependendo a validade da mesma do comparecimento e votação, em primeira convocação, de 2/3 (dois terços) dos associados da entidade, se se tratar de Convenção, e dos interessados, no caso de Acordo e, em segunda, 1/3 (um terço) dos membros. FIQUE LIGADO! Parágrafo único. O quórum de comparecimento e votação será de 1/8 (um oitavo) dos associados em segunda convocação, nas entidades sindicais que tenham mais de (cinco mil) associados. 1ª CONVOCAÇÃO: 2/3 dos associados para convenção coletiva; 2/3 dos interessados para o acordo coletivo. 149

150 2ª CONVOCAÇÃO: 1/3 dos associados para convenção coletiva; 1/3 dos interessados para o acordo coletivo. Se a entidade possuir + de associados, o quórum, na segunda convocação, será de 1/8 dos associados. Art CLT. As Convenções e os acordos deverão conter obrigatoriamente: I designação dos Sindicatos convenientes ou dos Sindicatos e empresas acordantes; II prazo de vigência; III categorias ou classes de trabalhadores abrangidas pelos respectivos dispositivos; IV condições ajustadas para reger as relações individuais de trabalho durante sua vigência; V normas para a conciliação das divergências surgidas entre os convenentes por motivo da aplicação de seus dispositivos; VI disposições sobre o processo de sua prorrogação e de revisão total ou parcial de seus dispositivos; VII direitos e deveres dos empregados e empresas; VIII penalidades para os Sindicatos convenentes, os empregados e as empresas em caso de violação de seus dispositivos. Parágrafo único. As Convenções e os Acordos serão celebrados por escrito, sem emendas nem rasuras, em tantas vias quando forem os Sindicatos convenentes ou as empresas acordantes, além de uma destinada a registro. Art. 615 CLT. O processo de prorrogação, revisão, denúncia ou revogação total ou parcial da Convenção ou Acordo ficará subordinado, em qualquer caso, à aprovação de Assembleia Geral dos Sindicatos convenentes ou partes acordantes, com observância do disposto no Art Quórum: 2/3 1ª convocação 1/3 2ª convocação PRINCÍPIO DA NORMA MAIS FAVORÁVEL Art CLT. As condições estabelecidas em Convenção, quando mais favoráveis, prevalecerão sobre as estipuladas em Acordo. PRAZO DE VALIDADE Art º CLT. Não será permitido estipular duração de Convenção ou Acordo superior a 2 (dois) anos. 150

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