O REÚSO DE ÁGUA NA AGRICULTURA EM ISRAEL: LIÇÕES APLICÁVEIS À REALIDADE DA BACIA DO SÃO FRANCISCO

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1 Universidade Federal da Bahia Escola Politécnica Departamento de Engenharia Ambiental Programa de Engenharia Industrial Teclim - Rede de Tecnologias Limpas O REÚSO DE ÁGUA NA AGRICULTURA EM ISRAEL: LIÇÕES APLICÁVEIS À REALIDADE DA BACIA DO SÃO FRANCISCO RELATÓRIO DE VIAGEM E DOCUMENTO PARA DISCUSSÃO Baseado nas informações obtidas em viagem de estudo à Israel, em junho/julho de 2008, patrocinado pelo Ministério da Integração Nacional Asher Kiperstok,PhD Professor Associado, asher@ufba.br Salvador, Julho de

2 Sumário 1. Apresentação A instituição que ofereceu o curso Temas estudados Visitas de campo Aspectos que caracterizam o uso dos recursos hídricos em Israel Aplicabilidade das práticas observadas em Israel na Bacia do Rio S.Francisco Conclusão Agradecimentos

3 1. Apresentação O presente relatório apresenta as atividades desenvolvidas no Curso de Tratamento de Águas Residuárias e o Seu Uso na Agricultura para Profissionais do Brasil, oferecido pelo governo de Israel através do MASHAV, Centro de Cooperação Internacional do Ministério de Relações Exteriores e CINADCO, Centro de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento Agrícola do Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural. O curso foi ministrado em Israel, entre os dias 15 de Junho e 4 de Julho de 2008, tendo como base o centro de treinamento dessas instituições, localizado no Kibutz Shefayim, na costa central do país, 12 km ao norte de Tel Aviv. Atualmente, Israel utiliza 75% dos seus efluentes na irrigação e ferti-irrigação de suas lavouras. Aproveitando a experiência israelense, o programa teve como objetivo promover a capacitação dos participantes no uso de esgotos urbanos tratados na agricultura. Ele contou com a participação de 21 profissionais pertencentes a órgãos públicos e universidades com atuação no Nordeste brasileiro e representantes do Ministério da Integração Nacional e Agência Nacional das Águas. Esse relatório contém uma breve apresentação das instituições que ofereceram o curso, Mashav e Cinadco, dos temas estudados e das visitas de campo realizadas. Foi feita uma reflexão inicial sobre os aspectos que caracterizam o uso dos recursos hídricos em Israel. Ainda em caráter preliminar, ela deve ser revisada e complementada em trabalhos futuros, visando uma divulgação mais ampla. Neste sentido, o texto não segue o rigor necessário para publicação quanto à citação precisa das fontes de informação e suas respectivas citações. Também em caráter bastante preliminar, arriscou-se ainda algumas reflexões sobre a aplicabilidade das práticas e tecnologias observadas no Projeto de Revitalização da Bacia do Rio São Francisco, que motivou esta viagem de estudos. Como o autor deste relatório não possui maiores conhecimentos da área de produção agrícola e irrigação, a abordagem técnica do mesmo priorizou os aspectos relacionados aos recursos hídricos, aspectos energéticos e ambientais do gerenciamento das águas e o seu reuso na agricultura. As contribuições dos demais colegas do curso, profissionais da área de agricultura, serão mais significativas na abordagem das questões que não forem suficientemente explanadas aqui. Uma apresentação e um artigo técnico estão sendo elaborados visando a divulgação mais ampla das reflexões desenvolvidas durante o curso e a partir dele. 3

4 2. A instituição que ofereceu o curso. O CINADCO atua como o principal braço operativo do MASHAV oferecendo treinamento na área agrícola através de: atividades internacionais de capacitação em Israel; projetos de desenvolvimento e demonstração; capacitação no exterior; programas de pesquisa e desenvolvimento; e gestão da informação e divulgação 1. O curso faz parte das atividades internacionais de capacitação em Israel, desenvolvidas no centro de treinamento localizado no Kibutz Shefayim. que também oferece o apoio de hospedagem a través de hotel nele localizado. Para abranger um público maior, o centro oferece treinamento em inglês, árabe, espanhol, francês e russo. O curso em questão foi coordenado pela divisão de espanhol e contou com palestrantes que falavam esta língua ou português. Segundo informado, se tratou do primeiro curso ministrado exclusivamente a profissionais de um único país. Além das atividades teóricas oferecidas em Shefayim, foram realizadas visitas de campo em diversos locais na faixa central do país, na Galiléa e na região do Mar Morto. Todas as visitas foram conduzidas por um dos coordenadores do curso (Evelyn Rosenthal ou Moshe Mashlanka) e em cada uma o grupo foi recebido pelos especialistas responsáveis pelo andamento das atividades visitadas. Nas viagens de estudo foram realizadas também visitas de caráter cultural, que permitiram ampliar a compreensão dos participantes quanto ao contexto sócio-cultural onde as experiências agrícolas se desenvolvem. A condução do curso, as palestras oferecidas e as visitas realizadas foram de muito boa qualidade. 1 Folheto informativo do CINADCO 4

5 3. Temas estudados Os seguintes temas foram abordados em sala de aula: Aspectos institucionais e físicos do manejo das águas em Israel ( 4,5 horas); Tratamento de águas residuárias, incluindo a caracterização das mesmas e tratamentos intensivos, semi intensivos e extensivos (14,5 horas); Reuso de águas tratadas, abordando o uso de efluentes na agricultura, aspectos agrícolas e sanitários, qualidade das águas, cuidados para evitar a salinização dos solos (19 horas); Tecnologia de irrigação, filtração das águas e efluentes, métodos e equipamentos e irrigação com efluentes tratados ( 10 horas); Apresentação de equipamentos de tratamento e de irrigação ( 2 Horas) Os temas foram tratados por profissionais de longa experiência em pesquisa e extensão agrícola. Diversos equipamentos foram apresentados pelos seus fabricantes e no campo de treinamento para técnicas de irrigação, localizado no centro em Shefayim. 5

6 4. Visitas de campo As visitas de campo incluíram locais de captação de águas superficiais e subterrâneas, recalque e condução destas em condutos abertos e tubulações, tratamento e reserva de águas. Neste último, vale ressaltar uma visita à maior usina de dessalinização de água do mar do mundo, localizada nas proximidades da usina termoelétrica de Ashkelon. Foram visitadas unidades de tratamento intensivo de esgotos sanitários, basicamente pelo sistema de lodos ativados com diversas variações. Dentre elas destacam-se o sistema de reatores em batelada, sistemas contínuos intercalando zonas aeróbias e anóxicas e sistemas com meio suporte em suspensão para fixação do biofilme aeróbio. Diversas unidades de tratamento semi-intensivas (lagoas aeradas, de aguapés etc.) e extensivas (lagoas de estabilização) foram visitadas, assim como os reservatórios construídos para armazenar as águas durante o inverno (Dezembro a Fevereiro) de forma a atender o período seco (Março a Novembro). Uma visita foi realizada à unidade de infiltração de efluentes tratados no aqüífero da costa, do qual são posteriormente bombeadas as água para atender a demanda da região Norte do deserto do Negev. Culturas irrigadas com efluentes tratados também foram alvos das visitas. 75% dos efluentes urbanos e industriais de Israel são utilizados na agricultura, basicamente pelo sistema de gotejamento com cabeceiras de irrigação que invariavelmente incluem filtração sobre pressão. Estes filtros operam com sistemas de lavagem simultânea à irrigação, acionados automaticamente por diferenciais de pressão, períodos prefixados ou sistemas manuais. Fábricas de implementos de irrigação e equipamentos de filtração foram também visitadas. Elas são de propriedade de grupos de Kibutzim, e neles estão localizadas. O alto nível do extensionistas, com doutorado e longa experiência em pesquisa agrícola, impressionou, assim como o dos agricultores. Estes últimos normalmente se organizam em colônias agrícolas, sejam do tipo Kibutz ou Moshav. Também chamou a atenção, as práticas avançadas de irrigação e ferti-irrigação, resfriamento de culturas em estufas, monitoramento e controle, cuidado com a salinização do solo, podas, que permitem a obtenção de níveis de produtividade entre os mais altos do mundo. Ao longo das viagens de estudo foi possível conhecer lugares de alto interesse histórico e geográfico. Foram também realizados contatos com centros de pesquisa agrícola e pesquisadores. 6

7 5. Aspectos que caracterizam o uso dos recursos hídricos em Israel 5.1. Breve perfil dos recursos hídricos e seu aproveitamento em Israel O assunto foi abordado de diversas formas pelos vários palestrantes. Merecem destaque as informações de Marcelo Juanicó consolidadas no artigo que faz parte do material do curso, Reutilización de águas residuales. Que se puede aprender de la experiencia israelí (Tecnologia del água 285, junho 2007, pgs ). As tabelas a seguir resumem a evolução do aproveitamento de águas residuárias. Tabela 1 Evolução do uso de esgotos na agricultura em Israel Período Eventos principais Até 1970 Reuso não controlado; Epidemia de cólera em Jerusalem (1970) devida a vegetais irrigados com esgotos não tratados; Governo começa a promover uso agrícola de esgotos. Anos 70 Uso agrícola de esgotos é financiado pelo Banco Mundial Declarada política nacional; Inicia-se a irrigação maciça de algodão com efluentes de baixa qualidade; Primeiros estudos sobre efeitos na saúde pública do reuso de água. Anos 80 No início dos anos 80 atinge-se 70% do aproveitamento de esgotos na agricultura; Gotejamento se torna a tecnologia de irrigação predominante; Declínio do mercado de algodão (metade dos anos 80); Amplia-se a variedade dos cultivos com efluentes de melhor qualidade; Em 1989 é criado o Ministério do Meio Ambiente e inicia-se o estudo dos aspectos ambientais do reuso. Anos 90 Maioria dos esforços é orientada para a melhoria da qualidade dos efluentes visando seu uso sustentável; Propõe-se o uso de águas residuais tratadas para a recuperação de rios, paisagens e usos urbanos não potáveis; Primeiro projeto de irrigação irrestrita (Tel Aviv, Dan) Estudam-se os efeitos agro-técnicos do reuso (principalmente salinização de solos e entupimento de gotejadores) Salinização reconhecida como problema sério. Inicia-se campanha para a redução de sais nas águas residuais Estuda-se o uso de efluentes terciários para aqüicultura; Atinge-se 75% de aproveitamento das águas residuais; Aprovam-se planos para se atingir o uso total dos efluentes; Primeiros resultados dos estudos sobre o efeitos de longo prazo do reuso; Sustentabilidade do reuso passa ser o principal assunto de discussão e P&D. Fonte: retirado de Marcelo Juanicó, Reutilización de águas residuales. Que se puede aprender de la experiencia israelí (Tecnologia del água 285, junho 2007, pag. 59) 7

8 Na Tabela 2 apresentam-se os recursos hídricos disponíveis em Israel e a demanda de água em Tabela 2 Oferta e demanda de água em Israel em 2000 Oferta Demanda Fonte (Mm 3 /ano) Setor (Mm 3 /ano) Água doce Urbano 700 Água salobra 170 Industrial 85 Águas 350 Acordos internacionais com Jordânia e 85 residuais Palestina Irrigação com água doce 500 Irrigação com água salobra e águas 500 residuais Fonte: Marcelo Juanicó, Reutilización de águas residuales. Que se puede aprender de la experiencia israelí (Tecnologia del água 285, junho 2007, pag. 58 OBS: (Mm 3 /ano) = Milhões de m 3 /ano Em 2005 a produção de águas residuais foi estimada em 500 Mm 3 /ano das quais 85% chegam as estações de tratamento, ETE s, e 74% ( 370Mm 3 /ano) são usadas principalmente na agricultura irrigada. Já em 2007, o total de água utilizada atinge Mm 3 /ano das seguintes fontes (Tabela3) Tabela 3 Fontes e consumidores de água de Israel, 2007 Fonte Consumo Mm 3 /an % % Mm 3 /ano % da % do total o parcial do total água potável Águas doces Urbano ,0 36 Superficiais (Mar da Galilea) Industrial 120 8,2 6 Aqüífero da Acordos 100 6,8 5 Montanha internacion. Aqüífero da Agric c/agua Costa potável Água do mar 110 5,5 (dessaliniz.) Total água potável (98) Água Salobra (aqüífero próximo de Gaza) Esgotos tratados 170 8,5 Escoamento para o mar Agric com águas residuais e salobras ,5 Recarga de aqüíferos Total esgotos e salobras Total Fonte: informações diversas do curso. OBS: Como foram usadas diversas fontes, os números não fecham com precisão. 8

9 5.2. Conteúdo energético da água Umas das características que mais chamou a atenção foi o alto conteúdo energético das águas usadas no país. Mais impressionante ainda foi a constatação de que a maioria dos palestrantes não soube responder à pergunta de quantos kwh eram gastos no país para colocar um m 3 de água à disposição dos diversos usos. A curiosidade por este assunto surge a partir da constatação dos seguintes fatos: O mar da Galilea, responsável por 40% da disponibilidade de água doce (mesmo com teores de cloretos, em torno de 100 a 150 mg/l), se encontra a 210 metros abaixo do nível do mar Mediterrâneo. Para alimentar o condutor nacional, que leva água para o sul do país, tem que receber mais de 360 m.c.a de pressão. Isto representa um conteúdo energético em torno de 1,3 kwh/m 3 para a água começar a se deslocar no condutor nacional. A este conteúdo deve se agregar os gastos de recalque tanto das cidades como dos agricultores que as utilizam. O nível piezométrico das águas do aquífero da montanha, que atende, dentre outras cidades, a capital Jerusalém, se encontra aproximadamente ao nível do mar Mediterrâneo. Isto significa que para se atender Jerusalém, por exemplo, estas têm que sofrer um recalque de 700 mc, representando a inserção de um teor energético de aproximadamente 2,5 kwh/m 3. A dessalinização das águas do mar requer 3,6kwh/m 3, segundo o vice presidente para novos projetos da empresa IDE Technologies, responsável pela planta de dessalinização de Ashkelon que produz m 3 /hora de água dessalinizada. Como referência, podemos considerar a água recalcada da barragem de Pedra do Cavalo para Salvador, que representa em torno de metade do atendimento desta cidade, e que pela distância da qual é aduzida contêm um teor energético muito maior que a dos mananciais superficiais mais próximos. Esta água tem em torno de 0,41kwh/m 3. O professor Norihito Tambo do Japão, ex presidente da International Water Association cita que, neste país, a água tratada têm 0,38kwh/m 3. Observa-se então que o gasto energético com o recalque e transporte da água em Israel, mesmo sendo um país muito pequeno (21,000 km 2 ), absorve encargos energéticos de 3 a 9 vezes superiores aos praticados normalmente. É evidente que este nível de consumo energético gera uma pressão muito grande pelo seu uso eficiente. Isto é o que ocorre com a água para irrigação. Mesmo não tendo se estudado com maior profundidade o assunto, observações expeditas realizadas durante a visita e em outras oportunidades, levam a pensar que o mesmo nível de racionalidade praticado pela agricultura israelense, não se repete no consumo urbano, principalmente intra-predial. Isto em parte se deve à cobrança por m 3 de água, que em Tel-Aviv, por exemplo, é muito próxima de Salvador (entre R$ 2,5 e 3,0 por m 3 ), apesar da renda per cápita em Israel ser quase 8 vezes maior que a brasileira (ver anexo). 9

10 5.3. Uso intensivo de efluentes urbanos na agricultura irrigada com alta densidade tecnológica A história do Estado de Israel tem fortes fundamentos na ocupação do território com atividades agrícolas a partir dos primórdios do século 20. Esta ocupação se encontra na raiz ideológica do movimento nacional judaico moderno. O Sionismo propunha a inversão da pirâmide social do povo judeu com a formação de uma base camponesa que tinha sido negada em função das constantes perseguições que sofreram ao longo da sua história na Europa. Estas condições impulsionaram o movimento socialista sionista, que gerou as comunidades agrícolas cooperativas: os kibutzim e os moshavim, com enorme importância na ocupação do espaço rural e na produção agrícola. O contexto hostil à colonização judaica, tanto por parte da população árabe local e principalmente, das suas lideranças religiosas e de terra tenentes, quanto das autoridades coloniais britânicas, propiciou a colonização do território em bases coletivistas radicais. A matriz climático-hidrológica do território de Israel, por sua vez, gerou a necessidade de práticas agrícolas avançadas, do uso cuidadoso da água e da intensa transformação ambiental do espaço ocupado, visando implantação de organizações produtivas em solos agricultáveis. Com o adensamento populacional ocorrido nas duas primeiras décadas após a declaração da independência (1948), o reaproveitamento das águas servidas das cidades pelo campo se tornou indispensável. A imigração concentrada dos judeus da antiga união soviética, ao final dos anos 80 e início dos anos 90, consolidou a concentração de mais de 90% da população nas cidades. Nesta época, o aumento da preocupação ambiental (o Ministério do Meio Ambiente é criado em 1989) acarretou um maior cuidado com os esgotos urbanos. A demanda por água para o setor agrícola e a urgência por uma destinação adequada e economicamente competente aos esgotos estabelecem o quadro atual de uso de 75% destes na irrigação. Nos anos 80, tanto o uso dos esgotos tratados como a irrigação por gotejamento se consolidaram, o que indica a necessidade não apenas de se encontrar novas fontes de água, mas também de se continuar com os esforços para que o seu uso seja o mais racional possível. Tal racionalidade se desenvolve baseado no alto nível educacional dos agricultores e no apoio dado pelo Ministério da Agricultura através da extensão rural. O curso gerou uma impressão muito positiva do trabalho desenvolvido pelos extensionistas rurais. Especializados em culturas específicas, estes extensionistas com formação em nível de doutoramento, desenvolvem pesquisas cooperativas, com aporte financeiro do Ministério da Agricultura e dos próprios agricultores, atingindo níveis de produtividade muito elevados (ver fotos no Anexo 4). O uso de efluentes tratados levanta a questão das vantagens do aproveitamento do conteúdo de nutrientes dos esgotos. Neste sentido, foram apreciadas opiniões distintas ao longo do curso. Alguns palestrantes apontam que o teor de nutrientes já presentes no esgoto tratado representa uma grande vantagem, permitindo uma redução nas dosagens de fertilizantes nos sistemas de fertirrigação. Já outros afirmaram que os agricultores não consideram a presença destes nutrientes e continuam dosando fertilizantes como se a água não os contivesse. Estas opiniões desencontradas indicam experiências diferentes por parte dos extensionistas consultados ou a existência de correntes de pensamento divergentes neste sentido. 10

11 5.4. Aspectos ambientais e agrícolas negativos da prática da irrigação com efluentes tratados. A irrigação intensiva utilizando águas com teores salinos em torno de 150 mg/l de cloretos, como as oriundas do Mar da Galilea, se viu reforçada com o uso de águas residuais. A composição destas últimas agrega à matriz hídrica usada cerca de 100 mg/l de cloretos. A deposição dos sais no solo é amenizada pela irrigação de precisão, que fornece apenas a quantidade de água estritamente necessária, mas, ainda assim constitui um problema que preocupa e está sendo acompanhado pelas autoridades e os agricultores. Mesmo que os três meses de chuva nas regiões Central e Norte do país proporcionem uma lavagem dos sais retidos no solo, a sua migração para os aqüíferos acaba promovendo um processo de gradativa salinização de todo o ciclo das águas exploradas. Ações de controle na fonte dos sais, principalmente de boro, tem sido adotadas na tentativa de resolver o problema. A remoção deste composto dos detergentes utilizados acarretou um declínio acentuado da sua presença nos esgotos urbanos. Alguns palestrantes, no entanto, consideram que o fenômeno não cause maiores preocupações porque a taxa de crescimento de sais no ciclo hídrico é muito lenta. Além disso, a curva de crescimento tecnológico dos processos de dessalinização se apresenta bastante promissora. Existe uma demanda de redução dos riscos sanitários e da prevenção do entupimento dos gotejadores pelo crescimento de algas e outros organismos. Nesse sentido, a cloração de efluentes tratados antes da sua utilização na irrigação tem sido prática bastante utilizada. Este ponto levanta controvérsias à medida que favorece a formação de trihalometanos (THM) com propriedades carcinogênicas. Entre os argumentos discutidos para defender essa prática, destaca-se: o baixo custo do cloro, o fato da água não ser utilizada para bebida e sim para irrigação e os efluentes clorados conterem baixo teor de matéria orgânica em função de tratamentos biológicos anteriores e da filtração pela qual passam nas cabeceiras de irrigação. 11

12 6. Aplicabilidade das práticas observadas em Israel na Bacia do Rio São Francisco A altíssima produtividade da agricultura israelense, a irrigação de um território em grande parte árido, o intenso aproveitamento da água disponível e, até daquela considerada não disponível ( água do mar e de aqüíferos muito salinos), impressiona qualquer visitante. Pode haver uma falsa impressão de que o modelo pode ser transportado apenas pela compra ou transferência das tecnologias de tratamento de águas e irrigação. Porém, o que esta por trás do sucesso da agricultura israelense é uma conjunção de fatores dificilmente reprodutíveis. Em primeiro lugar estão os aspectos geopolíticos relacionados com a criação do moderno estado judeu no seu território histórico. A ocupação agrícola foi, e continua sendo, parte fundamental desta estratégia. Um segundo fator foi a existência de uma forte ideologia nacional baseada em conceitos socialistas e cooperativistas, essencial para a geração de estruturas sociais coesas tais como os kibutzim e moshavim, capazes de enfrentar o meio político adverso. Estas estruturas permitiram a colonização do território em bases distributivas avançadas e sólidas. O elevado nível educacional e cultural do agricultor o permitiu não apenas adotar práticas de produção avançadas, mas também desenvolvê-las. Para tal, eles contam com o apoio de extensionistas agrícolas, muito capacitados e experientes, e em articulação com as universidades e centros de pesquisa. Não é coincidência que fábricas de equipamentos de irrigação e controle de água, de projeção mundial, como Netafim, Bermad, A.R.I. Plastro, Arad e outras foram criadas e pertencem a grupos de kibutzim. Um quarto aspecto se refere à propriedade das terras israelenses, de propriedade da nação, através do fundo nacional judeu (Keren Kayemet). Os efeitos da especulação com as terras são anulados e o seu potencial produtivo, racionaliza. Alia-se a este, a existência histórica de financiamento para apoiar a ocupação agrícola do território. Adicionalmente, mas não menos importante, a produção e macro distribuição das águas está concentrada nas mãos da empresa estatal Mekoroth que gerencia cotas de água para o atendimento das necessidades urbanas e agrícolas, atendendo às determinações da Autoridade Nacional de Águas. No Anexo 1 apresenta-se um quadro comparativo entre o Estado de Israel e o Estado de Sergipe, usualmente comparados em função do porte quase equivalente do seu território. Fotografias aéreas do território israelense, onde se salienta a expansão do verde sobre áreas áridas, estão no Anexo 2. Nelas, ressalta-se a diferença da coloração nas proximidades da fronteira egípcia. Deve ser observado que a água utilizada no país apresenta um teor energético mais elevado do que o praticado em outros lugares do mundo e no Brasil, conforme abordado no Item 5.2. O seu uso se justifica por um lado, pela altíssima produtividade e rentabilidade dos cultivos e, por outro, pela necessidade de atendimento às demandas geopolíticas comentadas anteriormente. Porém, tais níveis energéticos provocam impactos ambientais elevados, dado que a energia elétrica do país é gerada em 12

13 unidades termelétricas localizadas na costa do Mar Mediterrâneo, consumindo carvão mineral da Colômbia. No caso do uso da água da Bacia do São Francisco, deve-se considerar a demanda de energia a ser consumida nos sistemas de recalque. Sendo sua origem do próprio rio, representa usos conflitantes caso o sistema de geração hidrelétrica estiver operando no limite da sua capacidade. Uma das vantagens do uso de esgotos tratados é o aproveitamento do seu conteúdo de nutrientes. Neste sentido, a experiência israelense apresentada durante o curso se mostrou contraditória conforme anteriormente comentado. Numa primeira reflexão a cerca da realidade do Projeto de Revitalização da Bacia do São Francisco, sujeita a futuros debates e esclarecimentos, deve-se pensar no aproveitamento dos esgotos das cidades em culturas agrícolas localizadas a jusante e próximas a elas. Considerando a experiência israelense, isto permitirá a redução dos custos de tratamento dos esgotos, caso o nível de tratamento exigido para o lançamento nos rios, seja maior do que o requerido para a irrigação de culturas não alimentares. Essas culturas, principalmente as que comportam irrigação com águas de baixa qualidade, devem ser priorizadas num primeiro momento, tomando-se os devidos cuidados com os trabalhadores rurais. A irrigação de culturas alimentares, que não hortaliças ou outras que sejam consumidas cruas, deve também ser considerada. Os níveis de restrição praticados em Israel, quanto ao nível de tratamento e a qualidade da água, parecem exagerados do ponto de vista sanitário, devendo ser melhor discutidos antes da sua aplicação na nossa realidade. A cloração final dos efluentes tratados e a eliminação de patógenos das águas de irrigação segundo percebido ao longo do curso, reflete mais aspectos de caráter mercadológico relacionados com as demandas da União Européia e do turismo do que estudos epidemiológicos ou de risco sanitário real. Na definição das tecnologias de irrigação a serem utilizadas deve se levar em consideração, além de aspectos agro-técnicos, a capacidade dos agricultores de operálas e mantê-las. Diversos depoimentos de colegas e palestrantes durante o curso apontaram para o fracasso de experiências de irrigação no Brasil e no mundo devido à não observação desses aspectos. Parte importante do custo operacional do uso de esgotos tratados na agricultura se refere à qualidade a ser exigida destes. No caso do uso de sistemas por gotejamento, a qualidade deve ser alta, principalmente quanto à presença de sólidos que provocam entupimento nos gotejadores. Daí a instalação de filtros nas cabeceiras de irrigação visitadas (ver fotos em anexo). A experiência israelense também mostra a necessidade de cloração final, antes da irrigação, para evitar o crescimento de algas nas saídas dos gotejadores. O uso de esgotos tratados exige ainda um cuidado especial com o problema de salinização do solo e elementos daninhos às plantas como é o caso do boro. Neste sentido o uso de técnicas econômicas no uso de água reduz a escala deste problema. 13

14 7. Conclusão O uso de métodos agrícolas tecnologicamente intensivos e o aproveitamento de esgotos tratados para irrigação é plenamente possível desde que se entenda o contexto no qual eles são praticados e se forneçam as condições necessárias para tanto. Tais condições extrapolam os aspectos puramente tecnológicos e abrangem considerações do nível educacional dos agricultores, da infraestrutura de apoio a produção, incluindo o papel da extensão rural e as condições para o seu desenvolvimento, do desenvolvimento de espécies adequadas para a região e de alto valor de mercado, entre outras. A viagem de estudos permitiu um conhecimento abrangente das práticas de uso de esgotos tratados em larga escala na agricultura. Ela foi muito proveitosa também na discussão do aproveitamento desta experiência na revitalização da Bacia do Rio São Francisco. É de fundamental importância que seja promovida uma discussão mais ampla sobre assunto no Brasil. Deve ser considerada a experiência de outros países, porém, adequando-as à realidade brasileira. 8. Agradecimentos O autor agradece pela rica experiência vivida ao: Ministério da Integração Nacional do Governo do Brasil; Mashav do Ministério de Relações Exteriores e Cinadco do Ministério da Agricultura do Governo de Israel; Evelyn Rosenthal, Moshe Mashlanka e demais profissionais de Cinadco pela dedicação e competência na gestão do curso; Marcelo Juanicó, Jorge Tarchitzki, Leo Winer e Roberto Nathan e em seu nome a todos os (quase trinta) palestrantes e apresentadores ouvidos ao longo do curso, pelas interessantíssimas informações oferecidas e a qualidade das discussões promovidas; e a todos o(a)s colegas que tiveram que aturar um chato como eu, com os que tivemos ricas discussões e momentos muito agradáveis. 14

15 Anexos 1- Resumo comparativo entre Israel e Sergipe País Israel מדינת ישראל Sergipe, Brasil Símbolos Localização Área /22,072 km² (151 0 ) ,348 km² (26º) População hab. (96º) hab. (22º) Dens.polulacional 324 hab./km² (34º) 81,46 hab./km² (5º) PIB $232,7 bilhões (44º), R$372,3 bi (X28 vezes) R$13,12 bilhões (20º) (2004) PIB per capita $ (22º) (X 7.8 vezes) R$6.782 (14º) IDH 0,932 (23º) alto 0,682 (23º) médio Mort infantil 5,4/mil nasc 40,6/mil nasc. (22º) Analfabetismo Maioria fala mais de uma língua 10% (12º) Água Consumo total incluindo reuso: 2.000,00 Mm 3 /ano (2,1%) Informações obtidas da Wikipedia e outras fontes. Media das vazões na foz ~ 3.000m3/seg ,00 Mm 3 /ano 15

16 2- Vista aérea do oriente médio e Israel 16

17 3- Aspectos de experimento conduzido na cultura do abacate Filtro Figura 1 - Cabeceira de irrigação mostrando os sensores, válvulas automáticas, medidores, filtros, ventosas e outros equipamentos. A cor violeta da tubulação aponta se tratar de esgoto tratado. Figura 2 - Linhas de gotejamento múltiplas, visando um melhor desenvolvimento das raízes e aproveitamento da água 17

18 Figura 3 Instrumentos de medição e transmissão de dados sem fio para monitoramento do desenvolvimento de cultura de abacates 18

19 Figura 4 - captação de esgotos de territórios palestinos, ao fundo o muro que divide Israel do território sob administração da autoridade palestina Figura 5 - desenvolvimento de dispositivos para aproveitamento de umidade atmosférica 19

20 Filtros Figura 6 Agricultores e aspectos da cultura de tâmaras beira do mar morto, irrigadas com esgotos tratados da vertente oriental de Jerusalém. 20

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