EDIÇÃO ESPECIAL PRÊMIO DE PESQUISA WALTHAM Fibrossarcoma Felino. Juliana Carrocino Grilo e Dra. Heloisa Justen Moreira de Souza

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1 EDIÇÃO ESPECIAL PRÊMIO DE PESQUISA WALTHAM 2006 Sensibilidade aos Antimicrobianos de Amostras Bacterianas Isoladas de Infecções Urinárias de Cães e Gatos. Tatiana de Rezende Spinola e Dra. Vânia Maria de Carvalho Fibrossarcoma Felino. Juliana Carrocino Grilo e Dra. Heloisa Justen Moreira de Souza Avanços e Benefícios da Técnica de Facoemulsão em Cães. Cláudio Leonardo Montassieur de Menezes e Dr. João Antonio Tadeu Pigatto A ciência por trás de nossas marcas

2 PRIMEIRO LUGAR Sensibilidade aos Antimicrobianos de Amostras Bacterianas Isoladas de Infecções Urinárias de Cães e Gatos. Tatiana de Rezende Spinola e Dra. Vânia Maria de Carvalho. 1. INTRODUÇÃO Infecções bacterianas do sistema urogenital são as mais freqüentes dentre as encontradas na prática de pequenos animais. Estima-se que 14% dos cães irão desenvolver infecção do trato urinário (ITU) em alguma fase da vida e, cinco a 10% dos cães hospitalizados apresentam esta afecção, a despeito da razão para a sua admissão (LING, 1984; BARSANTI, 1998; BARTGES, 2004). As ITUs ocorrem quando há uma ruptura nos mecanismos de defesa do hospedeiro e números Dra. Vânia Maria de Carvalho 2 Tatiana de Rezende Spinola 1 suficientes de microrganismos patogênicos se aderem, multiplicam e persistem em alguma porção do trato urinário (BARTGES, 2005). As principais bactérias responsáveis pelos episódios de ITU em cães e gatos são: Escherichia coli, Proteus, Klebsiella, Enterobacter, Pseudomonas, Staphylococcus, Streptococcus e Enterococcus, sendo que, dentre estas, a E. coli é a mais prevalente (LESS & ROGERS, 1986; BARSANTI, 1998). Nickel (2005) considera que de todos os avanços alcançados no tratamento das ITUs no século XX, a descoberta dos antibióticos é a mais importante, pois estas drogas permitem o controle ou erradicação das bactérias que ocupam nichos indevidos do sistema urinário. Para que isso ocorra é necessário, contudo, que se realize a escolha de antimicrobiano apropriado. Vários são os grupos de antimicrobianos empregados no tratamento das ITUs como, β-lactâmicos, cefalosporinas, fluorquinolonas, aminoglicosídeos, tetraciclinas, cloranfenicol, sulfonamidas e nitrofuranos (BARSANTI, 1998; BLANCO & BARTGES, 2001). Dentre os β-lactâmicos, o maior percentual de cepas resistentes é encontrado com relação a penicilina. Já a amoxicilina é indicada tanto para Gram positivos (Streptococcus spp. e Staphylococcus spp.), como para Gram negativos como, E. coli, Proteus spp. e Pasteurella spp. (GREENE & WATSON, 1998; NICKEL, 2005). Dados apresentados na literatura internacional, indicam que a cefalexina, cefalosporina de primeira geração, mostra-se eficiente contra Staphylococcus spp., Streptococcus spp., Escherichia coli, Klebsiella spp. e Proteus mirabilis, não sendo indicada para Pseudomonas spp. e algumas cepas de Proteus e Enterococcus (PRESCOTT & BAGGOT, 1993; GREENE & WATSON, 1998). Cefotaxima e ceftiofur, terceira geração das cefalosporinas, são consideradas altamente ativas contra muitas espécies Gram negativas e positivas, sendo reservadas para ITU grave (NICKEL, 2005). As fluorquinolonas têm grande atividade contra as bactérias da família Enterobacteriaceae; são por isso importantes drogas no tratamento das ITUs, uma vez que grande parte destas infecções são ocasionadas por esse grupo de 2

3 bactérias (NICKEL, 2005). Tanto a ciprofloxacina quanto a enrofloxacina apresentam, contudo, atividade contra outros grupos de bactérias, como os cocos Gram positivos e Pseudomonas spp. (GREENE & WATSON, 1998). Geralmente, drogas aminoglicosídicas não devem ser usadas como primeira escolha para tratamento de ITU, uma vez que estas são potencialmente nefrotóxicas (LING & RUBY, 1979a ; LESS & ROGERS, 1986). Dentre estas, a gentamicina é considerada a mais efetiva contra microrganismos aeróbios Gram negativos (GREENE & WATSON, 1998). Entre as tetraciclinas, a doxiciclina é usualmente inefetiva para Proteus, Klebsiella, E. coli e Pseudomonas, sendo indicada para infecção urinária aguda. Já a tetraciclina é recomendada em ITU causada por Staphylococcus spp. e Escherichia coli e em infecções mistas que incluem Pseudomonas spp. (CLARK, 1978; LING & RUBY, 1979 a; LESS & ROGERS, 1986; BARSANTI, 1998). O cloranfenicol é mais efetivo em infecções anaeróbias, sendo eficiente também contra Streptococcus spp., Staphylococcus spp., E. coli e Proteus spp. e contra indicado para Pseudomonas spp., Klebsiella spp., Salmonella spp. e Mycobacterium spp. (LING & RUBY, 1978; GREENE & WATSON, 1998). A associação de sulfonamidas e trimetoprim é indicada em infecções do trato urinário não complicadas. Estas drogas são consideradas eficientes tanto contra organismos Gram positivos (espécies de Staphylococcus coagulase negativo), como contra Gram negativos (Escherichia coli, Proteus spp., Klebsiella spp., Enterobacter spp., Bordetella spp., Salmonella spp. e Pasteurella spp.). Em altas doses esta associação pode ser empregada contra Nocardia spp. e Brucella spp., não sendo recomendada contra bactérias anaeróbias ou Pseudomonas aeruginosa. Também é indicada em caso de infecções mistas envolvendo qualquer combinação de E. coli, Proteus, Enterobacter ou Klebsiella (GREENE; WATSON, 1998). A nitrofurantoína é um derivado nitrofurânico utilizado especificamente para tratamento das infecções urinárias, principalmente em cães. As bactérias usualmente sensíveis a este antimicrobiano são a Escherichia coli, Staphylococcus spp., Streptococcus spp. e Enterobacter spp. Porém, bactérias como Pseudomonas spp., Streptococcus faecalis e Proteus spp. podem apresentar resistência (GÓRNIAK, 1996). A sensibilidade das bactérias aos antimicrobianos é um fenômeno bastante dinâmico, uma vez que estes microrganismos apresentam mecanismos de aquisição de genes que lhes conferem resistência. Deve-se considerar que, a utilização indiscriminada de antimicrobianos na prática médica e veterinária tem propiciado o aparecimento de resistência bacteriana contra diversas drogas outrora efetivas (NICKEL, 2005). Como exemplo deste fenômeno pode-se citar o ocorrido com a penicilina no tratamento de ITUs. Na década de 80, este era o antibiótico de eleição para o tratamento de infecções mistas por Staphylococcus e Streptococcus (LESS & ROGERS, 1986). Já na década de 90, observou-se que os Staphylococcus spp. isolados de ITU demonstravam crescente resistência aos antibióticos, especialmente à ampicilina e à penicilina (BARSANTI, 1998). Embora haja indicação para o emprego das drogas acima citadas nas situações indicadas, é importante ressaltar que os testes de sensibilidade às drogas são fundamentais para o mapeamento de aparecimento de cepas resistentes, bem como para o sucesso do tratamento das ITUs (COOKE et al, 2002; NICKEL, 2005). A avaliação da sensibilidade bacteriana às drogas é realizada em teste in vitro. O teste de sensibilidade mais comumente utilizado na rotina clínica é a técnica de difusão em placa de Kirby-Bauer que, segundo Bartges (2004), é adequado para avaliar a sensibilidade bacteriana nos casos de ITU. 2. JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS Não existe em nosso meio, até onde vai nosso conhecimento, trabalho de pesquisa que vise verificar a sensibilidade das bactérias isoladas de ITU, quanto às drogas mais freqüentemente empregadas no tratamento destes quadros. Este trabalho teve, portanto, como objetivo verificar a sensibilidade apresentada por bactérias isoladas de infecções do trato u- rinário de cães e gatos, aos antimicrobianos utilizados na rotina clínica.

4 PRIMEIRO LUGAR Sensibilidade aos Antimicrobianos de Amostras Bacterianas Isoladas de Infecções Urinárias de Cães e Gatos. Tatiana de Rezende Spinola e Dra. Vânia Maria de Carvalho. 3. MATERIAIS E MÉTODOS 3.1 AMOSTRAS CLÍNICAS Foram colhidas, de forma asséptica, através de cateterização, cistocentese ou micção espontânea, amostras de urina de 79 animais (12 gatos e 67 cães) com infecção urinária, provenientes de clínicas veterinárias de várias regiões da cidade de São Paulo. As amostras foram a- condicionadas em recipientes estéreis, transportadas sob refrigeração, sendo processadas no prazo máximo de 6 horas (BLANCO & BARTGES, 2001; BARTGES, 2004). A confirmação de ITU foi efetuada através de urinálise e contagem de Unidades Formadoras de Colônias (UFC) bacterianas na urina (UFC/mL) (BARTGES, 2004), sendo a interpretação realizada segundo Polzin (1994). 3.2 CULTURA E IDENTIFICAÇÃO Foram utilizados para determinação do agente etiológico ágar sangue1 e ágar MacConkey, respectivamente, meio rico onde cresce a maioria dos uropatógenos, e meio seletivo para enterobactérias (BARTGES, 2004). A identificação das amostras isoladas foi feita de acordo com as técnicas rotineiras de identificação bioquímica (KONEMAN et al., 1997). 3.3 TESTE DE SENSIBILIDADE A ANTIMICRO- BIANOS A realização de antibiograma seguiu a técnica de Kirby-Bauer, padrão internacional para a técnica de difusão em placa (BAUER et al., 1966). Foram utilizados os principais antibióticos empregados para o tratamento de cães com ITU: amoxicilina, cefalexina, cefotaxima, ceftiofur, ciprofloxaxina, cloranfenicol, doxiciclina, enrofloxacina, estreptomicina, gentamicina, nitrofurantoína, penicilina G, tetraciclina e trimetoprim-sulfadiazina (cotrimazol). Os resultados foram obtidos mediante mensuração dos halos de inibição de crescimento bacteriano e a comparação deste valor com os fornecidos pelo fabricante do disco. 4. ANÁLISE ESTATÍSTICA A análise estatística foi realizada através do teste de χ2 (SAMPAIO, 1998), utilizando-se de programa estatístico computadorizado (MINITAB, 2000), com nível de significância de 5%. 5. RESULTADOS Foram isoladas 94 amostras bacterianas, sendo de 65 animais (82%) em culturas puras e de 14 indivíduos (18%) em culturas mistas (29 amostras). Dentre as amostras isoladas em culturas mistas, em quatro animais foram obtidas duas cepas bacterianas da mesma espécie, porém com diferenças na sensibilidade aos antimicrobianos. Nas outras 10, foram isolados diferentes gêneros, estando em 70% das vezes a E. coli envolvida. Do total de bactérias, obteve-se o isolamento de 43 amostras de Escherichia coli (45,8%), 19 de Staphylococcus spp. (20,2%), 12 de Proteus mirabilis (12,7%), seis de Streptococcus spp. (6,4%), 10 de outras enterobactérias (Citrobacter spp., Serratia liquefaciens, Enterobacter aerogenes e Klebsiella pneumoniae) (10,6%), três de Gram negativos não enterobactéria (Pseudomonas aeruginosa, Burkolderia cepacia, Chryseobacterium meningosepticum (3,2%) e uma de Bacillus sp (1,1%). Ao se analisar o conjunto de bactérias quanto à sensibilidade aos antimicrobianos testados observa-se que tanto a amoxicilina quanto a tetraciclina, apresentaram percentuais estatisticamente semelhantes de amostras sensíveis e resistentes (Figura 1). Com relação à penicilina, houve maior percentual de amostras resistentes (63,8%) do que sensíveis, dentro dos níveis de significância (p<0,001). Considerando-se os outros fármacos, houve diferenças estatísticas entre as amostras resistentes e sensíveis, prevalecendo estas últimas. O maior número de amostras sensíveis foi obtido com os antimicrobianos ceftiofur (90,4%), cefotaxima (85,1%) e gentamicina (85,1%), seguidos por cloranfenicol (83%), nitrofurantoína (78,6%), ciprofloxacina (74,5%), enrofloxacina (74,3%), cefalexina (72,3%), cotrimazol (61,7%), estreptomicina (56,4%) e doxiciclina (55,3%). O percentual de bactérias sensíveis, resistentes e com sensibilidade intermediária a determinado antimicrobiano testado, estão representados na figura 1. Na tabela 1 verifica-se a sensibilidade de cada gênero/grupo de bactérias isoladamente. As E. coli isoladas em 54% dos animais apresentaram altos índices de resistência à penicilina G (93%), demonstrando também resistência significativa à amoxicilina (60,4%). Os antibióticos que demonstraram maior efetividade in vitro foram ceftiofur (97,7%), cefotaxima (95,4%), cloranfeni-

5 col (88,4%), cefalexina (86%), ciprofloxacina (86%), nitrofurantoína (83,7%), enrofloxacina e gentamicina (83,7% cada) (p<0,05). Quanto às amostras de Proteus mirabilis, 100% delas foram resistentes à tetraciclina e doxiciclina e 41,7% à penicilina. A gentamicina mostrou-se efetiva contra 100% das amostras testadas. Estas apresentaram ainda, sensibilidade em 92% das vezes à cefotaxima, ceftiofur, ciprofloxacina e enrofloxacina. Das cepas testadas, 83,3% foram sensíveis à amoxicilina, 66,7% à cotrimazol e nitrofurantoína, 50% à cloranfenicol e cefalexina, e apenas 41,7% à estreptomicina. Com relação às outras enterobactérias, 30% e 50% das amostras apresentaram sensibilidade, respectivamente, à penicilina e amoxicilina; 40% e 50% à tetra e doxiciclina e 60% a cefalexina. As outras três amostras de Gram negativos ( não enterobactérias ) demonstraram 100% de resistência à β-lactâmicos, tetraciclina e nitrofurantoína, sendo todas elas sensíveis à gentamicina. Os Staphylococcus foram altamente sensíveis a cefalexina, ceftiofur, doxicilina, nitrofurantoína e cloranfenicol. Mais de 70% das cepas foram sensíveis a amoxicilina, cefotaxima, gentamicina e penicilina G, mas apenas 58% das amostras foram sensíveis a ciprofloxacina, enrofloxacina, estreptomicina, cotrimazol e 53% à tetraciclina (p<0,05). Já os Streptococcus testados demonstraram baixos índices de sensibilidade: 33,3% à cefotaxima, enrofloxacina, estreptomicina e tetraciclina e, 50% à ceftofur, penicilina e cotrimazol. Nenhuma amostra foi sensível à ciprofloxacina. 6. DISCUSSÃO Os gêneros bacterianos isolados neste estudo foram semelhantes aos encontrados por outros pesquisadores e citadas na literatura relacionada a infecções do trato urinário (LESS & ROGERS, 1986; BARSANTI, 1998; BARTGES, 2005;), sendo a Escherichia coli o patógeno mais freqüentemente isolado (54% dos animais), valores próximos aos encontrados por Ling & Ruby (1978, 1979a e b) e Drazenovich et al. (2004). A penicilina G tem sido indicada para o tratamento de ITUs por alguns autores (OSBOURNE & FINCO, 1995; LORENZ et al., 1996) e contra indicada por outros (LING & GILMORE, 1977; BAR- SANTI, 1998). Figura 1: Percentual de amostras bacterianas sensíveis, resistentes e com sensibilidade intermediária a diferentes antimicrobianos, isoladas de urina de cães e gatos com infecção do trato urinário

6 PRIMEIRO LUGAR Sensibilidade aos Antimicrobianos de Amostras Bacterianas Isoladas de Infecções Urinárias de Cães e Gatos. Tatiana de Rezende Spinola e Dra. Vânia Maria de Carvalho. Esta droga já foi considerada a de eleição na década de 80, para o tratamento de ITU por cocos Gram positivos (LESS & ROGERS 1986; LORENZ et al., 1996). No presente estudo, percentual elevado de amostras sensíveis foi observado apenas com relação aos Staphylococcus spp. (73,7%), o mesmo não ocorrendo com os Streptococcus spp. que apresentaram 50% de cepas sensíveis. Quando se considera as enterobactérias, 4,7% das E. coli, 25% das amostras de Proteus mirabilis e 30% de outras enterobactérias demonstraram sensibilidade a este antibiótico, sendo desaconselhado o seu emprego como primeira opção. Outro b-lactâmico testado foi a amoxicilina, droga que tem por espectro a ação contra Streptococcus spp., Staphylococcus spp., E. coli e Proteus spp. (GREENE & WATSON, 1998; NICKEL, 2005). Neste estudo verificou-se que bactérias do gênero Streptococcus e Staphylococcus apresentaram, respectivamente, 73,7% e 83% de sensibilidade. Já 60% das E. coli foram resistentes a amoxicilina, dados discordantes de Greene & Watson (1998) e Nickel (2005) que a indicaram no tratamento de ITUs causadas por este patógeno. Considerando-se que mais de 50% dos casos estudados de infecções urinárias apresentaram o envolvimento de E. coli, pode-se concluir que esta droga não deva ser escolhida sem a realização prévia de antibiograma. Para outros gêneros de enterobactérias, bem como, para outros Gram negativos, exceto Proteus mirabilis, este antibiótico mostrou-se ineficiente in vitro. A cefalexina, cefalosporina de primeira geração, foi referida na década de 80 (ROHRICH et al., 1983) como efetivo contra mais de 90% das cepas de E. coli, Proteus, Klebsiella e Staphylococcus isoladas de infecções urinárias em cães. No presente estudo, a- presentou níveis de sensibilidade próximos a 90% no caso de E. coli (86%) e Staphylococcus spp. (89,5%), dados semelhantes aos apresentados por Prescott & Baggot (1993), Greene & Watson (1998), e Lorenz et al. (1996). Apenas 50% das cepas de Proteus mirabilis e 60% de outras enterobactérias, contudo, mostraram-se sensíveis. Osbourne & Finco (1995) indicam o emprego de cefalosporinas de primeira geração como alternativa para o tratamento de ITUs resis-

7 tentes aos antimicrobianos considerados de primeira escolha. Os resultados apresentados no presente trabalho, entretanto, demonstram que esta conduta só seria indicada em casos de realização de antibiograma e constatação da sensibilidade da amostra isolada. Cefalosporinas de terceira geração, cefotaxima e ceftiofur, são consideradas como de alta atividade contra bactérias da família Enterobacteriaceae (PRESCOTT & BAGGOT, 1993), possuindo também espectro de ação contra cocos Gram positivos (GREENE & WATSON, 1998). Os resultados deste trabalho de pesquisa corroboram esses autores, exceto pelo fato que os Streptococcus spp. mostraram-se sensíveis à cefotaxima e ceftiofur, respectivamente em 33,3% e 50% das vezes, não sendo portanto indicado na maior parte das infecções que a- presentem este patógeno. As fluorquinolonas são drogas empregadas com grande freqüência em ITUs (PRESCOTT & BAGGOT, 1993) e consideradas ativas contra Staphylococcus spp., enterobactérias e algumas cepas de Streptococcus (GREENE & WATSON, 1998). A enrofloxacina é a fluorquinolona mais freqüentemente empregada em medicina veterinária e a ciprofloxacina amplamente utilizada em tratamento de ITUs no homem (NICKEL, 2005). Ambos antimicrobianos mostraram-se efetivos contra a maior parte das cepas de enterobactérias estudadas, entretanto, nenhuma amostra de Streptococcus e, apenas 57,9% dos Staphylococcus apresentaram sensibilidade à ciprofloxacina. Com relação à enrofloxacina, 33,3% e 57,9%, respectivamente, das cepas estudadas de Streptococcus e Staphylococcus, apresentaram-se sensíveis. Esses dados reafirmam a necessidade de correto diagnóstico laboratorial para obtenção de sucesso no tratamento (COOKE et al., 2002) A gentamicina mostrou-se bastante eficiente frente às principais bactérias isoladas neste estudo, exceto Streptococcus spp. (33,3% de resistência), estando de acordo com resultados obtidos por Berkman et al. (1971), Ling & Ruby (1979a) e Mitra et al. (1994), que verificaram praticamente 100% de efetividade em casos de infecção do trato urinário. O mesmo não foi verificado com relação à estreptomicina, uma vez que um menor percentual de amostras sensíveis foi obtido. É importante ressaltar que estas drogas devem ser utilizadas com certa ressalva por apresentarem características nefrotóxicas (LING & RUBY, 1979a; LESS & ROGERS, 1986). Os antimicrobianos da família das tetraciclinas, como a doxiciclina e tetraciclina, são considerados de escolha para tratamento de ITU por Pseudomonas spp. (LING et al., 1981; PRESCOTT & BAGGOT, 1993). A amostra de Pseudomonas sp isolada nesta pesquisa, contudo, mostrou-se resistente a estes antimicrobianos, bem como, todas as cepas de Proteus mirabilis, sendo este último resultado compatível com os descritos na literatura (PRESCOTT & BAGGOT, 1993; GREENE & WATSON, 1998). Estas drogas são também recomendadas no tratamento de infecções por Staphylococcus e Escherichia coli (LING et al., 1981; LESS & ROGERS, 1986; BARSANTI, 1998). Os resultados obtidos quanto às amostras de Staphylococcus mostraram maior efetividade da doxiciclina (89,5%), sendo que as cepas de E. coli foram sensíveis em aproximadamente 60% das vezes. Segundo Ling & Ruby (1978) e Clark (1978) o cloranfenicol deveria ser eficaz contra a maioria das bactérias isoladas nas infecções do trato u-rinário, o que não ocorreu neste estudo. Embora Staphylococcus spp., Escherichia coli e outras enterobactérias, tenham sido altamente sensíveis, amostras de Streptococcus e Proteus mirabilis não apresentaram diferenças entre sensíveis e resistentes. A associação de sulfa e trimetoprim não se mostrou eficiente in vitro contra grande parte das bactérias isoladas de infecções urinárias, não apresentando diferenças estatísticas entre o número de amostras sensíveis e resistentes. Este fato também foi relatado por Barsanti (1998), Greene & Watson (1998) e Nickel (2005) e deve estar relacionado ao fato das bactérias terem sido isoladas de infecções agudas. Esses autores recomendam o uso deste antimicrobiano em casos não complicados que exijam terapias longas e com baixas doses. A nitrofurantoína apresentou alta eficiência contra Escherichia coli (84%) e Staphylococcus spp. (84,2%), efetividade mais baixa contra Proteus mirabilis (67%) e a maioria das outras bactérias isoladas, o que corrobora o descrito por Mitra et al. (1994), Lorenz et al. (1996), Górniak (1996) e Nickel (2005). Deve-se, entretanto, dispor desta opção

8 PRIMEIRO LUGAR Sensibilidade aos Antimicrobianos de Amostras Bacterianas Isoladas de Infecções Urinárias de Cães e Gatos. Tatiana de Rezende Spinola e Dra. Vânia Maria de Carvalho. terapêutica com certa ressalva, uma vez que as três amostras de bactérias Gram negativas não pertencentes à família Enterobacteriaceae apresentaram-se resistentes. 7. CONCLUSÕES 1. A penicilina G foi a droga com maior número de amostras resistentes, possivelmente pelo maior percentual de enterobactérias entre os isolados. 2. A enrofloxacina, droga amplamente empregada na clínica veterinária, mostrou-se ineficaz em, aproximadamente, 48% das infecções por cocos Gram As bactérias estudadas apresentaram maiores percentuais de sensibilidade à cefotaxima, ceftiofur e gentamicina, mas não devem ser antibióticos de primeira escolha, uma vez que são mais indicadas para o tratamento das ITUs graves. 4. A realização de antibiograma em casos de ITU é de extrema importância, já que foram detectadas amostras resistentes nos testes realizados in vitro, mesmo para as drogas com grande percentual de bactérias sensíveis. 5. Vários dos microrganismos testados apresentaram padrões de sensibilidade diversos do referido na literatura acerca de ITU; como esta é a primeira pesquisa do gênero no país, é importante a ampliação destes estudos, para caracterização do padrão de resistência em nosso meio. Agradecimentos: À FAPESP pela concessão de Auxílio à Pesquisa (processo 06/ ), ao CNPq por bolsa de Iniciação Científica (PIBIC) e ao LAB&VET Diagnóstico e Consultoria Veterinária LTDA, pela colaboração na colheita das amostras clínicas. 8. REFERÊNCIAS BARSANTI, J. A. Genitourinary infections. In: Greene, C. E. Infections diseases of the dog and cat. 2ⁿed. Philadelfia: WB Saunders; p BARTGES, J. W. Diagnosis of urinary tract infections. Veterinary Clinical Small Animal, v. 34, n. 4, p , BARTGES, J. W. Bacterial urinary tract infections Simple and complicated. Veterinary Medicine, v. 100, n. 3, p , BAUER, A. W.; KIRBY, W. M.; SHERRIS, J. C.; TURCK, M. Antibiotic susceptibility testing by a standardized single disk method. American Journal of Clinical Pathology, v. 45, n.4, p , BERKMAN, R. H.; HENNESSEY, P. W.; HOUDESHELL, J. W. Gentamicin new broad spectrum antibiotic for treatment of canine urinary tract infections. Veterinary Medicine Small Animal Clinician, v. 66, n. 2, p , BLANCO, L. J.; BARTGES, J. W. Understanding and erradicating bacterial urinary tract infections. Veterinary Medicine, v. 96, n. 6, p , CLARK, C. H. Clinical uses of chloramphenicol. Modern Veterinary Practice, v. 59, n. 12, p , COOKE, C. L.; SINGER, R. S.; JANG, S. S.; HIRSH, D. C. Enrofloxacin resistance in Escherichia coli isolated from dogs with urinary tract infections. Journal of American Veterinary Medicine Association, v. 220, n. 2, p , DRAZENOVICH, N.; LING, G. V.; FOLEY, J. Molecular investigation of Escherichia coli strains associate with apparently persistent urinary tract infection in dogs. Journal of Veterinary Intern Medicine, v.18, n. 3, p , GÓRNIAK, S. L. Quimioterápicos. In: SPINOSA, H. S.; GÓRNIAK, S. L.; BERNARDI, M. M. Farmacologia aplicada à Medicina Veterinária. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1996, p GREENE; C. E.; WATSON, J. In: Greene, C. E. Infections diseases of the dog and cat. 2ⁿ ed. Philadelphia: WB Saunders; p KONEMAN, E. W.; ALLEN, S. D.; JANDA, W. M.; SCHRECKENBERGER, P. C.; WINN Jr, W. C. Color atlas and text book of diagnostic microbiology, 5th ed. Lippincott, p. LESS, G. E.; ROGERS, K. S. Treatment of urinary tract infections in dogs and cats. Journal of American Veterinary Medicine Association, v. 189, n. 6, p , LING, G. V.; GILMORE, C. J. Penicillin G or ampicillin for oral treatment of canine urinary tract infections. Journal of American Veterinary Medicine Association, v. 171, n. 4, p , LING, G. V; RUBY, A. L. Chloramphenicol for oral treatment of canine urinary tract infections. Journal of American Veterinary Medicine Association, v. 172, n. 8, p , LING, G. V.; RUBY, A. L. Gentamicin for treatment of

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10 SEGUNDO LUGAR Fibrossarcoma Felino. Juliana Carrocino Grilo e Dra. Heloisa Justen Moreira de Souza. RESUMO Juliana Carrocino Grilo 1 O fibrossarcoma felino é uma neoplasia maligna de fibroblastos, que se apresenta clinicamente como nódulos solitários ou multicêntricos, dependendo da sua etiologia. O diagnóstico do fibrossarcoma felino baseia-se nos sinais clínicos, avaliação citológica e principalmente na avaliação histopatológica. O tratamento de eleição é o cirúrgico, podendo ser complementado pela quimioterapia e radioterapia, aumentando as chances de cura do paciente. Palavras-chave: fibrossarcoma; felino. Abstract: Feline fibrosarcoma is a malignant neoplasia of fibroblasts, that it is presented clinically as solitary or multicetrics nodules, depending on its etiology. The diagnostic of feline fibrosarcoma is based on the clinical signals, cytological evaluation and mainly in the histopatologic evaluation. The treatment of election is the surgical, being able to be complemented by the chemotherapy and radiotherapy, increasing the possibilities of cure of the patient. Key words: fibrosarcoma; feline. Dra. Heloisa Justen Moreira de Souza 2 INTRODUÇÃO Os sarcomas de partes moles são neoplasias de origem mesenquimal, que possuem comportamento biológico similar e podem se desenvolver a partir de uma grande variedade de tecidos: adiposo, muscular, fibroso, vascular e nervoso (MAULDIN, 1997). O fibrossarcoma faz parte deste grupo e se caracteriza como uma neoplasia maligna de fibroblastos, sendo o tipo histológico mais freqüente e corresponde a 36% dos tumores que acometem a espécie felina (McEWEN et al, 2001). Existem três variante deste tipo de tumor : a forma solitária, a forma multicêntrica e a forma associada à aplicação de vacinas e outros medicamentos injetáveis (OLGIVIE & MOORE, 2001). A partir da década de 90, houve um grande aumento na incidência de fibrossarcomas em felinos jovens, o que foi considerado incomum, já que estes tumores acometiam principalmente animais idosos. Este aumento foi relacionado à instituição de uma lei de 1987, no Estado da Pensilvânia, que tornava obrigatória a vacinação anti-rábica em felinos (HENDRICK et al., 1992). Além disso, em 1985, foi aprovada nos Estados Unidos a aplicação subcutânea de vacinas contra raiva e leucemia viral felina que utilizam vírus morto e que freqüentemente empregavam adjuvantes, para elevar a resposta imune (MACY & HENDRICK, 1996). Diante dessas informações não foi difícil associar o alto índice de fibrossarcomas em gatos com os

11 locais de aplicação de vacinas, uma vez que 75% deles se localizavam em região interescapular, área largamente utilizada na vacinação (McENTEE & PAGE, 2001). Outro fato que chamou a atenção dos pesquisadores foi a presença de uma substância cinza-azulada no interior dos macrófagos de alguns tumores. Esta foi identificada, posteriormente, como o hidróxido de alumínio possivelmente de origem vacinal (HENDRICK, 1991). Em função do aumento de casos de tumores mesenquimais situados em áreas não habituais nos felinos, foi feita a relação da reação inflamatória associada ao adjuvante vacinal com o desarranjo da resposta reparadora do tecido fibroso, predispondo ao aparecimento da neoplasia em alguns gatos (HENDRICK et al., 1992). EPIDEMIOLOGIA Animais que apresentam idade próxima aos dez anos são mais acometidos por fibrossarcomas solitários, que geralmente são firmes, de crescimento lento, podendo ocorrer em qualquer parte do corpo (CHALITA & RECHE JR, 2003). A infecção pelo vírus do sarcoma felino (FeSV) desenvolve uma forma agressiva de fibrossarcoma múltiplo em gatos com idade abaixo de cinco anos de idade (OLGIVIE & MOORE, 2001). De acordo com HAUCK (2003), não há predisposição sexual ou racial para o surgimento desta neoplasia. Há evidências epidemiológicas que mostram uma forte associação entre a administração de vacinas e o aparecimento de fibrossarcomas em felinos jovens (MACY, 1999). A prevalência dos fibrossarcomas de tecidos moles no local da vacinação é de aproximadamente 1/ (KASS et al., 1993). O risco de aparecimento de fibrossarcomas aumenta com o número de vacinas aplicadas no mesmo local (OLGIVIE & MOORE, 2001). Após a primeira aplicação de vacina na área interescapular, o risco de desenvolver a doença aumenta em 50%, após duas, o risco eleva para 127% e após três ou quatro para 175% (KASS et al., 1993). As vacinas de vírus morto apresentam na sua composição além do vírus, o adjuvante, que parece ser o grande responsável pela reação inflamatória (OLGIVIE & MOORE, 2001). Os gatos vacinados para a leucemia viral felina possuem um risco três vezes maior que os não vacinados (KASS et al. 1993). ETIOPATOGENIA A origem dos fibrossarcomas em felinos é desconhecida, porém acredita-se que haja a influência de fatores genéticos, agentes virais, carcinógenos químicos, radiações, implantes metálicos e traumas (CHALITA & RECHE JR, 2003). O vírus do sarcoma felino (FeSV) possui oncogenes formados pela recombinação do genoma do vírus da leucemia felina (FeLV) com os genes celulares, causando fibrossarcoma multicêntrico (OGILVIE & MOORE, 2001). Isto significa que gatos infectados unicamente pelo FeLV têm capacidade de gerar o FeSV (OGILVIE & MOORE, 2001). Já os fibrossarcomas vacinais surgem de uma exacerbada reação inflamatória (HENDRICK, 1999). Esta reação gera uma proliferação descontrolada de fibroblastos e miofibroblastos, de caráter maligno (McENTEE & PAGE, 2001). Um estudo correlacionou o desenvolvimento do fibrossarcoma vacinal às mutações no gene supressor de tumor p53 (HAUCK, 2003). As mutações deste gene resultam em uma meia-vida maior da proteína p53 na célula, evidenciada pela imuno-histoquímica. A identificação das alterações cromossomicas no fibrossarcoma vacinal, além de permitir um melhor entendimento da patogênese, irá viabilizar a identificação dos gatos predispostos ao desenvolvimento do tumor (HAUCK, 2003). Segundo KASS et al. (1993), as vacinas responsáveis pelo surgimento deste tipo de fibrossarcoma são a anti-rábica e a contra o vírus da leucemia felina (FeLV), entretanto há casos de gatos vacinados com a tríplice felina (contra a Panleucopenia, Rinotraqueíte Viral Felina e Calicivirose),

12 SEGUNDO LUGAR Fibrossarcoma Felino. Juliana Carrocino Grilo e Dra. Heloisa Justen Moreira de Souza. que desenvolveram a doença (BURTON & MASON, 1997). Acredita-se também, que as vacinas não são as únicas responsáveis pelo surgimento dos fibrossarcomas nos locais de aplicação. Outros fármacos como acetato de metilprednisolona suspensão aquosa estéril, lufenuron (ESPLIN et al., 1999), penicilina de longa ação, dexametasona e amoxicilina estão associados ao desenvolvimento de fibrossarcomas (VACCINE-ASSOCIATED FELINE SARCO- MA TASK FORCE, 2005). Hoje em dia, são aguardadas respostas pela comunidade científicas quanto à forma individual de alguns gatos reagirem a diferentes substâncias quando estas são inoculadas no tecido celular subcutâneo e, também de quanto ao fato de impactos por sucessivos traumas ocasionados pela aplicação de injeções, levarem ao desenvolvimento de uma reação inflamatória exacerbada predispondo ao aparecimento dos fibrossarcomas. Assim sendo, para coordenar as pesquisas relacionadas à doença, foi fundada a Vaccine-Associated Feline Sarcoma Task Force (VAFSTF), que divulga recomendações sobre protocolos de vacinação, financia pesquisas futuras e promove educação de veterinários e do público (McENTEE & PAGE, 2001). SINAIS CLÍNICOS Os fibrossarcomas de partes moles podem se apresentam clinicamente como um tumor solitário ou podem se apresentar de forma multicêntrica quando associados ao vírus do sarcoma felino (CHALITA & RECHE JR, 2003), ou ainda como tumores que surgem em locais de aplicação de medicamentos. Seu crescimento pode ser imperceptível em uma fase inicial e posteriormente, apresentar um crescimento rápido e agressivo, seguido de ulceração e infecção bacteriana secundária (CHAL- ITA & RECHE JR, 2003). Na presença de qualquer nódulo ou massa tumoral que se localize em região anatômica empregada para a vacinação deve-se suspeitar de fibrossarcoma vacinal, como também, nos casos de nódulos que não regredirem três meses após a aplicação da vacina (McENTEE & PAGE, 2001). Geralmente, este último tipo de fibrossarcoma apresenta regiões císticas e prolongamentos, que se estendem para a musculatura e processos espinhais dorsais adjacentes quando se localizam em região interescapular (HAUCK, 2003). A avaliação do paciente com um possível fibrossarcoma inclui biópsia incisional, tomografia, estudo radiológico do tórax e ultra-sonografia abdominal (estes últimos para verificar a ocorrência de metástases). Além desses realizamos e- xames de rotina, para avaliar o estado geral do paciente, incluindo testes para detectar os vírus da imunodeficiência felina (FIV) e da leucemia felina (FeLV), já que comprometem a saúde do animal, além deste último estar envolvido no desenvolvimento de fibrossarcoma múltiplo (McENTEE & PAGE, 2001). Recomendações foram formuladas como guia de diagnóstico para os fibrossarcomas de origem vacinal (Quadro 1). Quadro 1: Principais linhas de orientação para o diagnóstico dos fibrossarcomas vacinais (McENTEE & PAGE, 2001). 1.Indicar a localização anatômica, formato e tamanho (marcar em três dimensões) de todas as massas que ocorrerem no local da injeção. 2.Manejar uma massa que se desenvolveu no local de uma injeção prévia como se ela fosse maligna, até que se prove o contrário. A lesão deve ser completamente avaliada e tratada agressivamente, se a mesma encontrar-se em algum dos seguintes critérios: persistir por mais de três meses após a injeção, for maior do que dois centímetros de diâmetro, ou estiver crescendo um mês após a aplicação. Se uma massa encontra-se em um ou mais critérios, é recomendada a realização de biópsia incisional antes da excisão cirúrgica.

13 DIAGNÓSTICO Citologia As amostras de tumor colhidas por meio de punção aspirativa por agulha fina e submetidas à avaliação citológica, nos auxiliam a distinguir se um determinado processo possui natureza neoplásica ou inflamatória. No caso de neoplasia maligna de partes moles (mesenquimal), a citologia sugere tratar-se de sarcoma, mas não oferece diagnóstico preciso sobre a histiogênese, não identificando o tipo de fibrossarcoma (MAULDIN, 1997) (Figura 1). Figura 1: Aspecto citológico de neoplasia mesenquimal maligna localizada na parede abdominal lateral direita em um gato, classificado histologicamente como fibrossarcoma. Observa-se a presença de células de tamanho médio a grande, algumas com formato fusiforme e outras arredondadas, individuais e na forma de agregados. Nota-se células com proporção núcleo: citoplasma aumentada, anisocitose e pleomorfismo acentuado, núcleo com cromatina grosseira e nucléolos proeminentes. Coloração: Panótico rápido. Aumento: 1000x. Biópsia A realização da biópsia antes da cirurgia definitiva é importante para determinar a natureza da lesão (McENTEE & PAGE, 2001). Porém, MACY (1995) cita que a biópsia excisional não é recomendada pois, aumenta as chances de recorrência local. A biópsia incisional pode ser feita com o uso do punch ou da lâmina de bisturi. Atenção especial deve ser dada a hemostasia e prevenção do extravasamento de material porque células tumorais surgem ao longo dos planos fasciais e causam metástase (McENTEE & PAGE, 2001). Histopatologia A avaliação histopatológica verifica o grau de malignidade, presença de invasão hemolinfática e tecidual, além da adequação das margens cirúrgicas (MAULDIN, 1997). Na avaliação microscópica do tumor, freqüentemente se evidenciam áreas de transição entre inflamação e desenvolvimento do tumor em fibrossarcomas vacinais (HENDRICK et al., 1992). As células são tipicamente de origem mesenquimal como fibrossarcomas (Figura 2), mas podem ser encontrados outros tipos como: miofibroblastos, osteossarcomas, condrossarcomas, sarcomas indiferenciados e rabdomiossarcomas (MACY, 1999). Partículas microscópicas de alumínio podem ser observadas dentro de macrófagos, no caso do emprego de adjuvantes vacinais (MAULDIN, 1997). O tecido neoplásico possui células com núcleo grande e irregular, que são comumente pleomórficas e com alto índice mitótico. Observam-se áreas de necrose central com fluido, tecidos de agregados linfóides ao redor e agregados irregulares de macrófagos (VACCINE-ASSOCIATED FELINE SARCOMA TASK FORCE, 2005). Figura 2: Fotomicrografia de sarcoma compatível com o tipo pós-vacinal, localizado na parede abdominal lateral direita em um gato. (Coloração: H&E) A - Observa-se camada de tecido muscular normal e acima, no tecido adiposo, evidencia-se nódulo circunscrito por pseudocapsula fibro-conjuntiva, apresentando neovascularização e congestão, no interior deste presença de proliferação de células fusiformes neoplásicas. (Aumento: 40X). B - Verifica-se na região central da neoplasia áreas de

14 SEGUNDO LUGAR Fibrossarcoma Felino. Juliana Carrocino Grilo e Dra. Heloisa Justen Moreira de Souza. necrose e vários focos hemorrágicos. (Aumento: 40X). C - Nódulo com células fusiformes neoplásicas. (Aumento: 100X). D - Presença de células gigantes (círculo pontilhado) (Aumento: 200X). E - Presença de mitoses típicas (seta fina) (Aumento: 200X). F - Mitoses atípicas (seta grossa). (Aumento: 200X). Diagnóstico por imagem A tomografia computadorizada é uma ferramenta valiosa usada para determinar a di-

15 mensão do tumor e serve como guia para o planejamento do tratamento quer seja cirúrgico ou radioterápico (Figura 3). A dimensão do tumor é baseada no realce da imagem após o uso de contraste. Comparativamente, o tumor no exame físico é duas vezes menor que o tamanho na imagem contrastada (McENTEE & PAGE, 2001). Infelizmente, este meio de diagnóstico não está muito difundido no Brasil. Figura 3: Esquema ilustrativo de tomografias computadorizadas. A - Evidencia-se a típica formação cística de alguns fibrossarcomas vacinais em região interescapular (seta grossa). B - Nota-se o prolongamento característico de diversos fibrossarcomas vacinais sobre a espinha da escápula, que está realçado pelo uso do contraste (setas finas). TRATAMENTO Cirúrgico A intervenção cirúrgica agressiva rep- resenta o tratamento de eleição para os fibrossarcomas,exceto aqueles de origem viral. Assim sendo, uma primeira excisão radical do tumor é essencial (Figura 4). Porém, McENTEE & PAGE (2001) citam que até mesmo quando a cirurgia é agressiva e possui amplas margens de segurança, a excisão freqüentemente é incompleta resultando em uma taxa de recorrência local de 30% a 70% e o tempo para que isto ocorra, geralmente é em média seis meses após a cirurgia. Durante o ato cirúrgico é imprescindível que se retire a pseudocápsula, que se caracteriza por uma camada de células malignas viáveis e comprimidas que circunda o tumor (OLGIVIE & MOORE, 2001). Caso haja a permanência desta, a recidiva local é praticamente certa (CHALITA & RECHE JR, 2003). Indica-se a retirada da neoplasia com três a cinco centímetros de margens cirúrgicas livres e uma camada de fáscia profunda ao tumor (HAUCK, 2003, SÉGUIN, 2002). Se a neoplasia envolver ou se aproximar do plano fascial da escápula ou processos espinhosos, a escapulectomia e ressecção dos processos espinhosos fazem-se necessárias (SÉGUIN, 2002). Após a remoção do tumor, deve realizar o exame físico do paciente mensalmente, nos três primeiros meses e em seguida pelo menos a cada três meses durante um ano (McENTEE & PAGE, 2001). A excisão cirúrgica pode acarretar em falhas na remoção completa dos fibrossarcomas. Portanto a complementação do tratamento com terapias locais, como a radioterapia e a quimioterapia são requeridas para o controle efetivo da doença (McENTEE & PAGE,

16 SEGUNDO LUGAR Fibrossarcoma Felino. Juliana Carrocino Grilo e Dra. Heloisa Justen Moreira de Souza. 2001). Figura 4: Abordagem cirúrgica de nódulo identificado como neoplasia mensequimal maligna, após análise citológica em um gato. A- Nódulo situado na parede abdominal lateral direita (seta fina). B- Massa tumoral com aproximadamente 1,2 centímetros de diâmetro. C- Excisão cirúrgica agressiva, incluindo três centímetros de margens cirúrgicas de segurança. D e E- Re- moção de uma camada de fáscia profunda ao tumor e parte do músculo sartório e oblíquo abdominal externo. F- Aposição das bordas da ferida cirúrgica através de pontos simples separados. Quimioterapia A quimioterapia pode ser realizada no pré ou no pós-operatório. No primeiro caso, pode reduzir o tumor facilitando o ato

17 cirúrgico, além de proporcionar uma melhor qualidade de vida para o paciente. O uso de vários protocolos quimioterápicos tem resultado em algumas respostas parciais e completas, porém seu uso isolado não deve ser considerado para uma terapia definitiva (McENTEE & PAGE, 2001). Diversos agentes quimioterápicos, incluindo a CarboplatinaA, DoxorrubicinaB, MitoxantroneC, CiclofosfamidaD e a VincristinaE, são usados em gatos com tumores no local da vacinação. Combinações de doxorrubicina na dosagem de 1mg/kg, por via intravenosa, a cada 21 dias e ciclofosfamida na dosagem de 200 a 300 mg/m2, por via oral, no 10º dia do ciclo; ou mitoxantrone na dosagem de 4 a 6 mg/m2, por via intravenosa, a cada 21 dias e ciclofosfamida na dosagem de 200 a 300 mg/m2, por via oral, no 10º dia do ciclo; ou ainda o uso de um agente único: carboplatina na dosagem de 250 mg/m2, por via intravenosa, a cada três ou quatro semanas têm resultado em algumas remissões, porém fibrossarcomas em gatos são pouco responsivos à quimioterapia (MACY & COUTO, 2001). Radioterapia A radioterapia sozinha não é recomendada no tratamento de fibrossarcomas, pois é um procedimento que tem como objetivo a redução do tumor e o aumento do conforto do paciente e não a eliminação completa do tumor (McENTEE & PAGE, 2001). Os tipos de radioterapia empregados são a ortovoltagem (terapia com cobalto-60), braquiterapia e megavoltagem (HAUCK, 2003). Um estudo de KOBAYASHI et al. (2002), verificou que a irradiação pré-cirúrgica é um tratamento efetivo para gatos com fibrossarcoma vacinal, especialmente quando a excisão posterior é completa. Embora estes tumores sejam locais, aproximadamente 10% a 25% dos casos, observam-se metástases pulmonares, oculares ou em outros locais (MACY & COUTO, 2001). Imunoterapia O uso de imunoestimulantes para o tratamento de fibrossarcomas tem relevante importância por causa do aparente desenvolvimento de mediadores inflamatórios na sua patogênese (HENDRICK, 1999). No entanto, foi avaliado o uso do Acemannan no tratamento do fibrossarcoma canino e felino, que não demonstrou a eficácia esperada, sendo necessários estudos adicionais (McENTEE & PAGE, 2001). Tratamento suporte Para o controle da dor, podemos utilizar os adesivos transdérmicos de fentanylf, a cada 72 horas ou o piroxicamg, na dosagem de 0,3 mg/kg, por via oral, a cada 48 horas (OGIL- VIE, 2001). Para o controle da êmese, se recomenda a utilização de metoclorpramidah, na dosagem de 1 a 2 mg/kg/dia, em infusão contínua, ou ainda a ondansentronai, na dosagem de 0,1 a 0,3 mg/kg, por via oral ou intravenosa, a cada 12 horas (OGILVIE, 2001). Estimulantes de apetite, como a ciproeptadinaj, na dosagem de 2 mg/gato, por via oral, a cada 12 a 24 horas, são indicados em caso de anorexia (OGILVIE, 2001). Tratamento do fibrossarcoma associado ao FeSV Alguns pesquisadores acreditam que gatos portadores de fibrossarcomas induzidos pelo FeSV devem ser eutanasiados, devido ao risco da infecção trans-específica podendo representar problemas para a saúde pública, além disso um tratamento torna-se difícil em um paciente conhecidamente FeLV positivo, devido aos problemas secundários que o vírus acarreta (OLGIVIE & MOORE, 2001). Um tratamento suporte apropriado, incluindo analgesia adequada e suporte nutricional, devem ser instituídos (OLGIVIE & MOORE, 2001). PREVENÇÃO DO FIBROSSARCOMA VACI- NAL A vacina tríplice felina é considerada uma vacina essencial para os gatos (RICHARDS et al., 2001). Recomenda-se para animais adultos a aplicação desta, com um intervalo en-

18 tre doses de três anos. Evitando-se com tal medida, diminuir o número de aplicações e inoculações que possam gerar reações inflamatórias. Lembrando, que este protocolo vacinal só deve ser adotado para felinos que residam em locais com baixo a moderado risco de contrair a infecção, caso contrário a vacinação é anual. A aplicação da vacina anti-rábica, também com intervalo de um ano, é exigida por leis municipais, estaduais e federais, neste caso, recomenda-se o emprego destas vacinas sem adjuvante (McENTEE & PAGE, 2001). As vacinas contra a Clamidiose e a Leucemia Viral Felina são consideradas não-essenciais e devem ser administradas de acordo com o risco individual (RICHARDS et al., 2001). Desta forma, as recomendações para prevenção abrangem desde a escolha do local de aplicação ao risco real e individual em contrair a infecção viral (Quadro 2). Quadro 2: Principais recomendações para a prevenção e monitoramento dos fibrossarcomas vacinais (McENTEE & PAGE, 2001). 1. Não vacinar em excesso; vacinar somente quando houver indicação. 2. Padronizar e separar os locais da aplicação da vacina. 3. Usar uma dose única. 4. Guardar detalhes da vacina e registrar a injeção, para cada paciente, incluindo o local da administração*. 5. Diminuir o uso de vacinas polivalentes. 6. Usar vacinas sem adjuvantes. 7. Evitar o uso de adjuvantes de alumínio. 8. O uso indiscriminado da vacina contra o vírus da leucemia felina deve ser cessado, e esta não é recomendada para gatos que vivem em ambientes estritamente domésticos. Vacinas devem ser administradas pela via subcutânea, pois irá facilitar a detecção destes tumores. *Locais recomendados para vacinação: vacinas contra raiva devem ser administradas na porção distal do membro pélvico direito, vacinas contra leucemia felina devem ser administradas na porção distal do membro pélvico esquerdo e todas as outras vacinas, como a tríplice ou quádrupla felinas devem ser administradas na porção distal do membro torácico direito. PROGNÓSTICO O prognóstico depende de uma série de fatores como: grau histológico, ressecção das margens de segurança, tamanho do tumor, se a localização compromete alguma estrutura importante e tratamentos prévios realizados. Portanto, o prognóstico é desfavorável quando os tumores são grandes, localizados em áreas de difícil excisão, se há metástase ou ainda recidivas a tratamentos anteriores como por exemplo, cirurgias prévias sem sucesso (CHAL- ITA & RECHE JR, 2003). O prognóstico de tumores induzidos pelo vírus do sarcoma felino é grave, pois não há recomendações eficazes de tratamento (OLGIVIE & MOORE, 2001). CONCLUSÕES O aumento de expectativa de vida dos gatos domésticos acaba predispondo a certos tipos de doenças, que antes não eram tão comuns na rotina clínica, dentre as quais podemos citar os fibrossarcomas solitários. Porém o médico veterinário deve estar ciente da existência de fibrossarcomas de origem viral e também daqueles associados à aplicação de medicamentos injetáveis, os quais são potencialmente evitáveis. Vale ressaltar que a vacinação contra o vírus da leucemia felina, que pode ser benéfica ao animal até mesmo na questão de prevenir a infecção contra o vírus do sarcoma felino, por outro lado pode predispor ao fibrossarcoma vacinal. Assim sendo cabe ao profissional ter o bom senso em avaliar cada paciente e seu estilo de vida, bem como suas necessidades de imunização, além de adotar o melhor tratamento para cada circunstância. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. BURTON, G.; MASON, K.V. Do postvaccinal sarcomas occur in Australian cats? Australian Veterinary Journal, v.75, n.2, p , 1997.

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20 TERCEIRO LUGAR Avanços e Benefícios da Técnica de Facoemulsificação em Cães. Cláudio Leonardo Montassieur de Menezes e Dr. João Antonio Tadeu Pigatto. RESUMO A catarata é a principal causa de cegueira em cães, para a qual a remoção cirúrgica é a única forma de tratamento. risen significantly during last decades, especially within introduction of phacoemulsification. Nowadays phacoemulsification is by far the most commonly used method of cataract removal in dogs. This method is the same one used in human cataract surgery today. This procedure uses ultrasound to break up lens material, which is then aspirated from the eye. Phacoemulsification offers many advantages over previously described surgeries. The major advantages of Cláudio Leonardo Montassieur de Menezes 1 O sucesso da remoção da catarata tem aumentado nas últimas décadas, principalmente após a introdução da facoemulsificação. Atualmente a técnica cirúrgica para o tratamento da catarata, tanto em humanos quanto em animais, consiste na remoção do cristalino por fragmentação e aspiração, num processo chamado facoemulsificação. Com este método a catarata é destruída pelo ultra-som e aspirada do globo ocular. As vantagens da facoemulsificação em relação às demais técnicas incluem principalmente a redução do tempo cirúrgico, as menores complicações e a reabilitação visual precoce. As limitações da facoemulsificação estão no alto custo do equipamento e na maior dificuldade de aprendizado. Este trabalho é baseado em revisão de literatura incluindo os princípios, as técnicas e os resultados da técnica de facoemulsificação em cães. Palavras-chave: Cães, cirurgia, catarata, facoemulsificação. Abstract Cataract is a leading cause of blindness in dogs. Surgery is the only method of restoring vision in a patient blinded by cataracts. The success rate of cataract surgery has Dr. João Antonio Tadeu Pigatto 2 this procedure are reduced operating time, reduction of complications, and shorter recuperative period for the patient. The main limitations to phacoemulsification are expense of instrumentation and the fact that is one of the most difficult intraocular techniques to master. This work is a study based in literature review, about cataract extraction in dogs using phacoemulsification. Principles, techniques, and results of phacoemulsification in dogs were reviewed. Key words: Dogs, surgery, cataract, phacoemulsification. 1. INTRODUÇÃO A catarata encontra-se entre as principais causas de cegueira em cães, para a qual a única forma de tratamento é a remoção cirúrgica 4, 8, 11. As técnicas de remoção da catarata intracapsular progrediram para extracapsular manual e depois para a extracapsular utilizando o facoemulsificador.

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