O recalque e os comentários na Internet

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1 O recalque e os comentários na Internet Por Clarissa Matos Poty Ciclo I Quarta-feira/Noite O Portal de Notícias G1 dá a manchete: Centro emergencial para Cracolândia serve comida estragada e acolhidos passam mal. Logo abaixo, nos comentários da matéria, uma reunião de opiniões e discursos de ódio muitos familiares para quem frequenta os fóruns de Internet. Em alguns casos, as manifestações expressam conteúdos explicitamente violentos. "Pô, só estragada, porque não deram logo envenenada, diminuiria bem o problema", questiona uma comentarista. "Aposto que não tinha nada estragado, esses vermes apenas estão falando isso pra ganhar grana da indenização e comprar mais crack, por mim só há 2 coisas que podem resolver esse problema, querosene e fogo", complementa outro. No Uol, a notícia é sobre o ataque a índios que deixou as vítimas com mãos decepadas no Maranhão. Nos comentários, algumas mensagens celebram a ocorrência. "Os caras invadiram as terras dos outros para tomar a força, tem que morrer mesmo". No Estadão, a notícia é sobre o integrante de um grupo de pagode que foi morto na Baixada Fluminense. O comentário é sucinto e cruel: seleção natural.

2 A lista de discursos agressivos é quase infinita, manifestações violentas que de tão comuns já motivaram a criação de um chiste entre internautas: se você não quer estragar seu dia, nunca leia os comentários! Mas por que mensagens agressivas são tão facilmente expressas nestes contextos virtuais? O que incentiva indivíduos a manifestarem discursos de ódio com tanta clareza e nenhum receio de sofrer qualquer repreensão? A agressividade é parte do ser humano. Somos todos influenciados por pulsões que se mobilizam no nosso inconsciente e dispendemos grandes esforços na tentativa, frequentemente frustrada, de domar tamanha energia constante em busca de satisfação. Em o Mal Estar na Cultura, Freud nos reforça a perspectiva de que não somos guiados apenas por pulsões eróticas, mas contamos também com uma considerável tendência agressiva em nossos dotes de pulsões. Nos diz Freud: o ser humano não é uma criatura afável e carente de amor, que, no máximo, é capaz de se defender quando atacada, conta também com uma cota considerável de tendência agressiva no seu dote de impulsos (pulsões). Por esse motivo, o próximo não é apenas um possível ajudante e um possível objeto sexual, mas também uma tentação para se satisfazer nele a agressão. O que nos inibirá de colocar toda essa agressividade que nos é constituinte para fora é, justamente, a cultura. Como se sabe, a introdução à vida social nos é possibilitada a partir da constituição da barreira do recalque. Sem ela, nos seria impossível dispor de uma organização psíquica que nos possibilitasse o investimento pulsional para o mundo externo de forma ordenada. A partir da composição da barreira do recalque, configurada na castração, na imposição da lei e de limites ao nosso princípio do prazer, somos introduzidos à neurose e à vida em sociedade. Fora desse caminho, nos resta a perversão e a psicose. Recalcamos parte considerável de nossas pulsões para, como neuróticos, sermos parte em um convívio social.

3 A dinâmica pode ser melhor explicitada a partir da perspectiva da economia psíquica. Em seu artigo de 1915 sobre o recalque, Freud expõe que a condição para que ocorra o recalque é que a força motora do desprazer adquira mais vigor do que o prazer que seria obtido na satisfação de uma pulsão. Em uma tradução para o debate trazido aqui, isto significa que, mesmo quando já inseridos no contexto social, atingir nossas pulsões agressivas em sua finalidade continuaria nos trazendo enorme satisfação, mas, ao mesmo tempo, nos geraria consequências, como, por exemplo, a repulsa social e a culpa da consciência moral, que provocariam um desprazer superior. É, entre outros motivos, pelo temor ao sofrimento que nos provocaria a rejeição ou punição do outro que o recalque atua nos inibindo de satisfazer muitos dos nossos desejos hostis. Mas o recalque não é absoluto. A pulsão encontra formas de escape, em uma dinâmica complexa e ininterrupta que sempre visa a economia psíquica. No contexto ora abordado, uma das maneiras encontradas para o retorno do recalcado é a escolha de um outro, alguém posto na condição de diferente em comparação ao nosso grupo social, para ser alvo da nossa agressividade. Destaca Freud: Não é fácil para os seres humanos renunciar à satisfação dessa tendência agressiva, eles não se sentem bem ao fazê-lo. Não é de se menosprezar a vantagem de um círculo cultural mais restrito, que oferece ao impulso (pulsão) um escape na hostilização daqueles que se encontram fora dele. É sempre possível ligar uma quantidade maior de seres humanos no amor entre si quando restam outros para as manifestações de agressão. Tal lógica ajuda a explicar a facilidade com que comentários agressivos se multiplicam em reportagens que tratam sobre minorias e excluídos socialmente, caso de comunidades indígenas, moradores de periferia e dos usuários de crack trazidos no início deste artigo. Constrói-se uma dinâmica para identificá-los como o outro, aquele a quem pode ser direcionada a pulsão de agressividade por ser diferente do Eu.

4 Atualmente, tornou-se comum e até mesmo aceitável tais discursos de violência explícita contra diversos grupos nas caixas de comentários na Internet. Nos primórdios da web, teorizou-se muito sobre a sensação de anonimato como um impulsionador dessas manifestações violentas. Uma vez que a sociedade não seria capaz de identificar o autor do discurso, este não poderia ser alvo da censura social, estando mais livre para satisfazer, ainda que apenas em parte, suas pulsões de agressividade. Mas mesmo agora, com redes sociais como Facebook e Twitter, em que a identidade dos agentes está explicitada no momento do comentário, o que se observa são os discursos de ódio cada vez mais frequentes. Alguns não demonstram receio em afirmar que outros seres humanos devem ter seus membros decepados, corpos queimados, vidas exterminadas e muitas dessas mensagens vêm acompanhadas não só do nome como da fotografia e link para o perfil do autor. Se a sensação de anonimato por si só não oferece resposta satisfatória, o que poderia auxiliar na compreensão de tal comportamento? Há algumas hipóteses complementares possíveis. Uma delas é a negação da castração. Explico: quando o primeiro comentarista de portal de notícias deu vazão a sua pulsão agressiva em um comentário sobre o conteúdo de uma matéria e não sofreu qualquer tipo de censura, foi até mesmo incentivado com likes e mensagens de apoio por outros comentaristas que comungavam de sua interpretação raivosa sobre o tema, viabilizou um novo mecanismo para satisfação da pulsão de agressividade. É provável que tenha vivenciado um gozo narcísico considerável, uma vez que pôde retornar, mesmo que somente no discurso, a seus antigos desejos de onipotência da infância. Quis fazer e fez, sem se preocupar ou sofrer com qualquer tipo de limitação. Um segundo indivíduo, ao observar o gozo do outro, sentiu-se estimulado a vivenciar a mesma satisfação, o corpo social seguiu sem reagir e assim chegamos ao momento atual, em que está cada vez mais normalizada a percepção de que não há qualquer tipo de limite, ético, moral ou legal,

5 para o discurso de ódio compartilhado nos espaços destinados aos comentários nos portais de notícia e nos fóruns da Internet. Como já reforçamos aqui, o entendimento de Freud é de que para que haja recalque é necessário que a força do desprazer seja maior do que o prazer que poderá ser obtido com a satisfação da pulsão. No momento em que se torna corriqueiro o discurso de ódio na Internet, sem qualquer tipo de restrição social, perde-se uma importante força motora para que se opere o recalque. E uma vez que a barreira do recalque é modificada, convém suspeitar que torna-se ainda mais difícil domar a pulsão de agressividade nas próximas gerações, sendo facilitado o caminho para que ela ganhe novas expressões para além dos comentários de Internet, no mundo físico. Quando a sociedade abre mão de exercer uma força contrária ao discurso de ódio, abre também as porteiras para a violência, muitas vezes direcionada aos grupos mais vulneráveis. Na terra sem lei que se tornou as caixas de comentário dos portais de notícia, impõe-se a necessidade de responsabilizar o sujeito pelo discurso que manifesta. Não se trata de cercear a liberdade de opinião, mas sim de implicar o autor na agressão que expressa, isto repercutirá na barreira do recalque das próximas gerações. Em O Mal Estar na Cultura, Freud afirma que a cultura impõe limites às pulsões agressivas dos homens para evitar a própria ruína. Até onde sabemos, fora da cultura só nos resta a barbárie. Bibliografia Freud, S. (1974a). A repressão (Edição Standard Brasileira das Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud, Vol. 14). Rio de Janeiro: Imago. (Originalmente publicado em 1915).

6 Freud, S. (1974a). O inconsciente (Edição Standard Brasileira das Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud, Vol. 14). Rio de Janeiro: Imago. (Originalmente publicado em 1915). Freud, S. (1996p). Novas conferências introdutórias sobre psicanálise: Conferência XXXII: Ansiedade e vida instintual (Edição Standard Brasileira das Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud, Vol. 22). Rio de Janeiro: Imago. (Originalmente publicado em 1932[1933]). Freud, S. (1996a). O mal-estar na civilização (Edição Standard Brasileira das Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud, Vol. 21). Rio de Janeiro: Imago. (Originalmente publicado em 1929).

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