Dor (do latim dolore)
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- Micaela Salgado Conceição
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1 GERALDO CALDEIRA 10/Outubro/2014
2 Dor (do latim dolore) 1. Impressão desagradável ou penosa, proveniente de lesão, contusão ou estado anômalo do organismo ou de uma parte dele; sofrimento físico. 2. Sofrimento moral, magoa, pesar, aflição. 3. Dó, compaixão, condolência. Sofrimento 1. Ato ou efeito de sofrer 2. Dor física 3. Angústia, aflição, amargura Dor Do latim poena castigo, punição => pain (inglês) Do grego poiné Conceito estabelecido em 1979 pela Associação Internacional para o Estudo da Dor (IASP) É uma experiência desagradável, sensitiva e emocional, associada à lesão real ou potencial dos tecidos ou descrita em termos dessa lesão. Percebe-se que dor e sofrimento são descritos como tendo o mesmo sentido: ora dor física, ora aflição e/ou sofrimento psíquico. Do conceito acima, da IASP, aceita-se o componente psíquico da dor como elemento presente na mesma, já que a dor é descrita como lesão real ou potencial e tendo o componente de uma experiência sensitiva e/ou emocional.
3 Mecanismos da Dor Freud NEURÔNIOS φ => permeáveis => contato com o mundo externo => percepção. Não se modificam (após passagem dos estímulos) e terminam em estruturas celulares. (teleneurais). qualidade => percepção da consciência => impermeáveis => contato com o mundo interno => mundo somente excitação interno => memória (traços mnêmicos). Qn: quantidade de excitação oriunda do mundo interno (endógena) Q: quantidade de excitação oriunda do mundo externo (exógena)
4 Mecanismos Psíquicos da Dor e Sofrimento TEORIA DOS NEURÔNIOS Freud, φ : permeáveis; passagem de Q (quantidade de energia da excitação externa) sem resistência => imutáveis => percepção externa. 2. : impermeáveis: oferecem resistência à passagem de Qn (quantidade de energia da excitação endógena) => mutáveis: traços mnêmicos => memória inconsciente. 3. : qualidade das excitações: cor, som quente, frio, etc. 4. neurônios secretores => neurônios chaves => influenciam na produção de Qn e nas modificações dos impulsos funcionam à semelhança dos vasos comunicantes. O maior ou menor dos investimentos em e tem a ver não só com a quantidade de Qn, mas com o período de excitação.
5 Mecanismos Psíquicos da Dor e Sofrimento FREUD Projeto para uma psicologia científica, 1897 DOR Interrupção no percurso da excitação sexual, somática ou psico- somática, desviando-a do seu destino original. Surgimento de grandes quantidade de excitação em, quando fracassa o sistema de defesa (barreira de contatos) contra estímulos externos. SOFRIMENTO Descarga da pulsão ligada, em conseqüência do esvaziamento acentuado ( buraco ) no aparelho psíquico ou no limite entre o psíquico e o somático. Perda de grandes quantidades da pulsão que não chegou a se ligar e que se escoa por falta de escudo protetor.
6 Dor Sofrimento e Aparelho Psíquico 1. DOR => ANGÚSTIA a. Hipocondria => doença do pânico (Psiquiatria) b. Síndrome do pânico => Neurose de angústia (Psicanálise) 2. Sentimentos de culpa: conflito entre o EGO (EU) e Superego (Supereu) 3. Luto e Melancolia 4. Masoquismo 5. Gozo 6. Equivalentes Depressivos
7 Gozo Lacan GOZO 1. Fálico 2. do Outro 3. mais que gozar CARACTERÍSTICAS a. Inconsciente b. Não há percepção de sensação no momento em que ocorre c. Desprazer GOZO e DOR CRÔNICA (sofrimento aprisionamento, perturbação)
8 Dor Aguda e Crônica Aguda Crônica Transitória Persistente Significado para o paciente Positivo: indica lesão ou doença Negativo: sem propósito útil Traços concomitantes Luta ou fuga Dilatação pupilar Sudorese Taquipnéia Taquicardia Shunting de sangue das vísceras para os músculos Vegetativos Distúrbios do sono Anorexia Libido diminuída Constipação Preocupação somática Mudança de personalidade Inibição para o trabalho Positivo: obtenção de ganho secundário
9 Pain Prone Pacients Engel (1959) 1. Proeminência de culpa 2. História de sofrimentos freqüentes, seguidos reveses e intolerância ao sucesso 3. Intensos impulsos agressivos não satisfeitos 4. Aparecimento de dor diante de uma perda, real ou ameaçada
10 Dor Psicogência Escala De Madison Hackett (1985) M (multiplicidade): As dores localizam-se em múltiplos lugares, são de qualidade diferentes ou se substituem no tempo. A (autenticidade): Ao paciente interessa mais ser acreditado que curado. D (denegação): Como é comum na dor crônica, o paciente nega problemas emocionais e enfatiza a harmonia em todos os aspectos de sua vida. Quando admite ansiedade ou depressão, nega a relação desses afetos com a dor. I (interpessoalidade): Refere-se às relações interpessoais e a presença ou simplesmente a citação do nome de uma pessoa, cujo relacionamento com o enfermo esteja carregado de afeto, desperta dor ou gesticulação sugestiva. S (singularidade): A dor do paciente é única e ele é um ser sem par, pois nunca ouviu falar de alguém que tivesse uma dor igual à sua. O (only you): É a mais perigosa das características em termos da relação médico/paciente. Expressa-se na frase"só o senhor pode me ajudar, doutor!" O médico que ouve esta frase já pode contar-se na legião dos clínicos outrora idealizados e hoje totalmente desacreditados: cavaleiros derrotados em uma pugna inglória... N (nada ajuda): Nada muda, significando que a dor é constante, sempre igual, irremediável. Quando se pergunta ao paciente por que então continua a tomar remédios, responde vagamente com um algo é melhor que nada. Obs: Cada resposta vale de 0 a 4 pontos. Acima de 15 pontos, afirma-se dor psicogênica.
11 Classificação das Dores Crônicas Orgânicas Emocionais Nociceptivas e/ou Neoplásicas Neuropáticas Não neoplásicas
12 Repercussões Emocionais das Dores Crônicas Sensação de desamparo Mudança de personalidade Descrença na relação médico/paciente Depressão Distúrbios do sono Anorexia Abuso de droga Suicídio
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