UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PRÓ REITORIA DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO DIRETORIA DE PROJETOS ESPECIAIS INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

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1 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PRÓ REITORIA DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO DIRETORIA DE PROJETOS ESPECIAIS INSTITUTO A VEZ DO MESTRE Professor! Queremos te ouvir Por: Jaime Cazuhiro Ossada Orientador Prof. Ms. Antonio Fernando Nery RIO DE JANEIRO FEVEREIRO 2009

2 ii UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PRÓ REITORIA DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO DIRETORIA DE PROJETOS ESPECIAIS INSTITUTO A VEZ DO MESTRE Professor! Queremos te ouvir JAIME CAZUHIRO OSSADA Trabalho Monográfico apresentado como requisito parcial para obtenção do Grau de Especialista em Docência do Ensino Superior. RIO DE JANEIRO MARÇO/2009

3 iii AGRADECIMENTOS Gostaria de agradecer primeiramente a Deus por me dar o dom de pensar, agir e transmitir meus conhecimentos. A todos os meus amigos que me apoiaram em mais uma etapa para o engrandecimento de meus conhecimentos.

4 iv DEDICATÓRIA Dedico este trabalho a minha esposa Sandra Ossada e meus filhos: Suellen Andressa, Kevlin Toshinari e Jaime Junior por compreenderem a importância deste trabalho e por muitas vezes estar ausente.

5 v RESUMO A voz é o mais importante instrumento de comunicação do ser humano. Através dela somos capazes de expressar todos os nossos sentimentos, conhecimentos, trocas de informações com o ambiente. Ao observarmos o docente e o uso de sua principal ferramenta para transmissão de seu conhecimento observa-se que muitas vezes faz uso indiscriminado de seu aparelho fonador, não respeitando características do ambiente, uso correto de postura e de cuidados especiais antes de iniciar sua aula e que muitas vezes desconhece as conseqüências e seqüelas deixadas ao longo do tempo pelo mau uso de suas cordas vocais. Este trabalho tem como objetivo apontar os principais males causados e quais são as práticas que contribuem para a causa e reunir algumas informações úteis de especialistas e pesquisadores para que docentes possam evitar distúrbios relacionados ao uso excessivo da voz humana.

6 vi METODOLOGIA A metodologia aplicada foi baseada em revisão bibliográfica em diversos livros didáticos de autores e profissionais especializados em distúrbios vocais, artigos, monografias e pesquisas em web sites relativos ao tema de distúrbios da voz, com o objetivo de discutir e apontar as principais doenças do aparelho fonador nas quais estão sujeitos docentes, apresentando formas de evitá-los dentro e fora da sala de aula dada à importância do tema e a negligência praticada por parte dos profissionais da voz.

7 vii SUMÁRIO INTRODUÇÃO A VOZ HUMANA Intensidade Tom Timbre Quantidade O APARELHO FONADOR Produções do som Postura Atitudes básicas para o equilíbrio do corpo Respiração Relaxamento Higiene vocal Testes de saúde de voz DOENÇAS DO APARELHO FONADOR Conseqüências do mau uso da voz Fatores que influenciam a saúde vocal do professor A SAÚDE DO PROFESSOR Dicas e orientações para o uso da voz Higiene vocal: cuidados com a voz Legislações em relação á saúde vocal do professor CONCLUSÃO FOLHA DE AVALIAÇÃO... 40

8 1 INTRODUÇÃO A voz é o mais importante instrumento de comunicação do ser humano. Através dela somos capazes de expressar todos os nossos sentimentos, conhecimentos e trocas de informações com o ambiente. Não se sabe precisamente quando o ser humano iniciou sua comunicação através da fala, mas sabe-se que é usado há muito tempo para transmitir conhecimento, seja de pai para filhos, pelos mais sábios, pelos mais velhos aos mais novos. Ao surgir à linguagem escrita, conhecimentos passaram a ser transmitidos através de manuscritos e impressos. Ao observarmos o docente e o uso de sua principal ferramenta para transmissão de seu conhecimento observa-se que muitas vezes este faz uso incorreto de seu aparelho fonador, não respeitando características do ambiente, uso correto de postura e de cuidados especiais antes de iniciar sua aula. Estamos acostumados a ouvir frases como: Estou com uma rouquidão há vários dias porque falo muito alto na sala de aula para que todos possam me ouvir. Segundo Bloch (1963), Casper Colton (1996) e outros pesquisadores sobre voz, os profissionais da voz necessitam de um preparo especial para manter sua saúde vocal, para eles assim como atletas possuem um treinamento para condicionar-se fisicamente, todos os profissionais que se utilizam da fala como meio de vida também precisam de treinamento. A voz é um meio de ganhar a vida de muitos profissionais além dos professores, podemos citar alguns como: locutores, apresentadores de TVs, médicos, políticos, telefonistas, assistentes sociais e todos os aqueles profissionais que fazem o uso da voz profissionalmente. Alguns profissionais específicos, como locutores, artes e telemarketing recebem treinamentos para utilizar-se corretamente a voz, mas a grande maioria, incluindo o docente, não possui nenhum prepara vocal para enfrentar ambientes ruidosos, turmas cada vez mais numerosas, grandes cargas horárias e submetem-se a grandes chances de ter fadiga vocal ou outras doenças muitas vezes de caráter irreversível.

9 2 Grande parte da população brasileira faz o uso de voz como instrumento de trabalho e as autoridades não dão atenção a este assunto, sem preocupar-se com o impacto social causado por doenças da voz e muito menos aplicar medidas preventivas para reduzir o índice de enfermidades causadas nesses trabalhadores. Nos dias 6 e 7 de Abril de 2001 foi tentada uma primeira reunião sobre o assunto, em que a Sociedade Brasileira de Otorrinolaringologia SBORL, o Comitê de Laringe Profissional, a Sociedade Brasileira de Laringologia e Voz SBLV, o Conselho Regional de Medicina do RJ - CREMERJ e a Câmara Técnica de ORL contou com a participação de especialistas em voz, médicos peritos, médicos do trabalho, fonoaudiólogos, professores de canto, engenheiros, ergonomistas, advogados, promotores, administradores públicos, parlamentares, cantores, professores e outros profissionais relacionados à Voz Profissional com isso, foi criada a carta PRÓ-CONSENSO 2001, em que se buscava padronizar e adotar medidas para reduzir o índice de doenças da Voz.

10 3 CAPÍTULO I A VOZ HUMANA O homem sempre teve necessidade de se comunicar e a voz é um dos instrumentos mais utilizados para transmitir sua mensagem de forma clara e eficaz. Existe desde o nascimento e se apresenta de diversas formas. É um instrumento importante para o estabelecimento das relações, estimulando reações diversas como alegria, tristeza, afetividade, raiva, podendo a voz ser alterada conforme o bem estar físico e psicológico do indivíduo. É um dos meios de comunicação do individuo com seu exterior. A voz é o resultado do equilíbrio de duas forças, a forçado ar do pulmão que sai dos pulmões e a força muscular da laringe, havendo um desequilíbrio, poderá ocorrer alterações da voz (GABANINI, 2008). A voz possui determinadas características (intensidade, quantidade, timbre e tom) o que permite ao interlocutor sua percepção e quando ocorre um desvio dessas características deixa de ser normal. De acordo com FOLMER-JOHNSON (1968), já em 1934, KARL BÜHLER, um pesquisador alemão que conduziu um dos primeiros estudos científicos sobre a audição vocal, cita em seu livro Sprachtheorie ("Teoria da Fala") que qualquer emissão humana - falada, cantada ou até mesmo uma simples exclamação - apresenta três funções: - Função de representação - a voz comunica alguma coisa, ou seja, seu uso está relacionado ao conteúdo da mensagem verbal. - Função de expressão - a voz revela alguma coisa do falante, como sua idade, seu nível sócio-econômico-cultural, seu estado emocional, etc. - Função de Apelo - a voz deseja e provoca uma reação no ouvinte, o que significa que existe sempre uma intenção, freqüentemente inconsciente, no tipo de voz que se utiliza no discurso. Para definirmos os tipos de vozes, serão utilizadas as definições de Loprete (1967)

11 Intensidade É a propriedade que o som tem de ser mais forte ou mais fraco. Dois sons de mesma altura e duração podem ser diferenciados se suas intensidades forem diferentes. A intensidade de um som é a maior ou menor força com que se produz a voz. Há vozes fracas e vozes fortes. A intensidade do volume de sons é medida em unidade chamada de decibel (db), e que variam de acordo com a sua intensidade. Quanto maior a intensidade produzida, maior será a sua medida em decibel e conseqüentemente uma maior esforço nas pregas vocais que se localizam na laringe, região do nosso corpo onde são produzidos os sons. Fig 01 Relação entre os níveis de ruidos

12 5 Segundo a INES (Instituto Nacional de educação dos surdos), orgão do Ministério da Saúde, os niveis de ruidos podem ser classificados conforme a tabela abaixo: Classificação dos ruidos Qualidade do Som Decibéis Tipo de Ruído Muito baixo 0-20 farfalhar das folhas Baixo conversação silenciosa Moderado conversação normal Alto ruído médio de fábrica ou trânsito Muito alto apito de guarda e ruído de caminhão Ensurdecedor ruído de discoteca e de avião decolando Tabela Tom É a propriedade que o som tem de ser mais grave ou mais agudo. Podemos diferenciar facilmente sons de alturas diferentes. A altura de um som é a grandeza física para se medir vibrações. Todo som produzido na natureza possui essa característica. A freqüência de um som é associada a movimentos de características ondulatórias que indicam o numero de revoluções (ciclos) dentro da unidade de tempo. Tom é a altura musical da voz. Segundo o tom, as vozes humanas classificam-se em agudas ou graves. A escala de registro e de altura permite

13 6 classificar as vozes como, por exemplo, as masculinas em tenor, barítono e baixo. Sua unidade de medida é o Hertz ( Hz ) e o ouvido do ser humano pode ouvir vibrações dentro da faixa de 20 hertz( vibrações por segundo) a hertz dependendo da faixa etária, em animais esses valores podem ser muito diferentes. Quanto mais grave for o ruído mais baixo será a sua medida. A voz masculina produz sons mais graves enquanto a feminina mais aguda. Sons mais graves tendem a se propagar em menor distância e com isso torna-se necessária mais intensidade para atingir longas distâncias ao contrário dos sons agudos. 1.3 Timbre É o matiz pessoal da voz. É um fenômeno complexo e está determinado pelo tom fundamental e pelos seus harmônicos ou secundários. Reconhece-se pelo timbre características da pessoa com a qual se fala. Há vozes bem timbradas e agradáveis, mas também existem roucas agudas e chiadas. O timbre da voz depende de várias cavidades que vibram em ressonância com as pregas vocais. São elas: Cavidades Ósseas; Cavidades Nasais; Boca; Garganta; Traquéia; Pulmmão; Laringe.

14 7 1.4 Quantidade Quantidade é a duração do som. Segundo a quantidade, os sons podem ser longos ou curtos, com toda a gama intermediária de semi-longos, semicurtos, etc. A quantidade depende, geralmente, das características de cada língua, dos costumes lingüísticos da regiões ou países, da psicologia do habitante, etc. Em fonética denomina-se sotaque ao conjunto dos elementos anteriores, cuja combinação especial em cada língua e mesmo em cada indivíduo, dá a essa língua uma característica diferente daquela ouvida no inglês ou no francês. Por exemplo, dentro do campo lingüístico do espanhol, há um sotaque argentino, outro mexicano e tantos sotaques quantos países onde o espanhol é falado. A diferença existe também entre zonas ou estados de um mesmo país. Também podemos dizer que se encontram diferenças em bairros de uma mesma cidade. Finalmente, os sons têm uma escala diferente de percepção ou alcance. Existem sons que, por natureza própria, conseguem-se ouvir de muito longe, como a vogal "a", enquanto outros são escutados a uma distância mais curta, como a "u". As vozes têm também diferente alcance ou percepção, segundo as pessoas. 1.5 Classificações das vozes Para Leal (2008) as vozes podem ser classificadas quanto ao modo de emissão e seu timbre. Existem seis categorias principais para classificar as vozes masculinas e femininas e em cada uma delas são encontradas diferenças de extensão e estas podem variar de algumas notas, de intensidade, de amplitude vocal, de volume e de timbre. Geralmente imaginamos que pessoas fortes, gordas ou baixas são as pessoas com voz mais grave, o que é um erro, pois características morfológicas fazem com que esses fatores não possam ser utilizados como determinantes. As derivações de vozes e sua subclassificação são as seguintes:

15 8 Vozes Masculinas Tenor Contratenor - Voz de homem muito aguda, que iguala ou mesmo ultrapassa em extensão a de um contralto (Voz Grave Feminina). Muito apreciada antes de 1800, esta é a voz dos principais personagens da ópera antiga francesa (Lully, Campra, Rameau), de uma parte das óperas italianas, do contralto das cantatas de Bach, etc. Tenor ligeiro - Voz brilhante, que emite notas agudas com facilidade, ou nas óperas de Mozart e de Rossini, por exemple, voz ligeira e suave. Exemplo: Almaviva, em Il barbiere di Siviglia [O barbeiro de Servilha], de Rossini; Tamino, em Die Zauberflöte [A flauta Mágica], de Mozart. Tenor lírico. Tipo de voz bem próxima da anterior, mais luminosa nos agudos e ainda mais cheia no registro médios e mais timbrada. Tenor dramático - Com relação à anterior, mais luminosa e ainda mais cheia no registro médio. Exemplo: Tannhäuser, protagonista da ópera homônima de Wagner. Barítono Barítono "Martin", ou Barítono francês - Voz clara e flexível, próxima da voz de tenor. Exemplo: Pelléas, na ópera Pelléas et Mélisande, de Debussy. Barítono verdiano - Exemplo: o protagonista da ópera Rigolleto, de Verdi. Baixo-barítono - Mais à vontade nos graves e capazes de efeitos dramáticos. Exemplo: Wotan, em Die Walküre [A Valquíria], de Wagner. Baixo Baixo cantante - Voz próxima à do barítono, mais naturalmente lírica do que dramática. Exemplo: Boris Godunov, protagonista da ópera de mesmo nome, de Mussorgski. Baixo profundo - Voz de grande extensão a amplitude no registro grave. Exemplo: Sarastro em Die Zauberflöte de Mozart.

16 9 Vozes femininas Soprano Soprano coloratura (palavra italiana), ou soprano ligeiro, o termo coloratura significava, na origem, "virtuosismo" e se aplicava a todas as vozes. Hoje, aplica-se a um tipo de soprano dotado de grande extensão no registro agudo, capazes de efeitos velozes e brilhantes. Exemplo: a personagem da Rainha da Noite, em Die Zauberflöte [A flauta mágica], de Mozart. Soprano lírico. Voz brilhante e extensa. Exemplo: Marguerite, na ópera Faust [Fausto], de Gounod. Soprano dramático. É a voz feminina que, além de sua extensão de soprano, pode emitir graves sonoras e sombrias. Exemplo: Isolde, em Tristan und Isolde [Tristão e Isolda], de Wagner. Mezzo Ou Mezzo-soprano (palavra italiana). Voz intermediária entre o soprano e o contralto. Exemplo: Cherubino, em Le nozze di Figaro [As bodas de Fígaro] Contralto Muitas vezes abreviada para alto, a voz de contralto prolonga o registro médio em direção ao grave, graças ao registro "de peito". Exemplo: Ortrude, na ópera Lohengrin, de Wagner.

17 10 CAPITULO 2 O APARELHO FONADOR O ser humano não possui nenhum aparelho destinado exclusivamente à produção do som. Para a produção do som envolvemos diversos órgãos que em conjunto fazem soar nossa corda vocal. São eles: aparelho respiratório, a laringe, as cavidades de ressonância e os articuladores. 2.1 Produções do som Para o ser humano produzir som o seguinte processo ocorre: O ar é inspirado e passa pelas cordas vocais em posição aberta, enchendo os pulmões. Na expiração é que ocorre a fonação. O ar é aspirado pelos pulmões passa pelas cordas vocais em posição fechada. As cavidades de ressonância têm um papel fundamental na produção do som, pois nelas é que ocorrem as modificações do som fundamental produzido na laringe. Comparando a um instrumento, poderíamos dizer que as cavidades de ressonância da voz funcionam como a caixa de um violão. Nada adiantaria vibrarmos as cordas de um instrumento isoladamente, pois produziria um som "pobre". 2.2 Postura A postura adequada é fundamental para uma boa produção vocal, ou seja, temos que manter nosso corpo com sustentação e equilíbrio de acordo com as leis da gravidade. Para Quinteiro (1989), é importante observarmos que os desequilíbrios posturais variam de pessoa para pessoa. Algumas possuem um exagero postural, mantendo-se com os ombros extremamente abertos, o peito empinado para frente e a cabeça muito erguida, tencionando o pescoço. Se olharmos essas pessoas de lado, percebemos que possuem uma lordose nas costas como se fossem envergar para trás. Essas pessoas tendem a respirar mais na parte alta do pulmão.

18 11 Já outras pessoas possuem desequilíbrio inverso. Ombros muito caídos, peito fechado, como se fossem envergar para frente. Ambas as posturas são incorretas. Devemos procurar manter um equilíbrio de forma a sentir "o peso do nosso corpo entre os dois pés, observando em seguida um encaixe perfeito da cintura pélvica (quadril), em equilíbrio com a cintura escapular (ombro) e mantendo um ângulo de 90% para o queixo, podemos aproximar-nos de uma figura em equilíbrio." Observa Laport (1992) que os ombros devem estar relaxados, a cabeça reta, a fisionomia natural sem rigidez nem contração, a boca moderadamente aberta, os lábios apoiados diante dos dentes. A mandíbula não deve estar rígida. Todo o instrumento vocal deve dar a sensação de flexibilidade muscular. Não deve haver nenhuma contração dos músculos vocais no tórax, colo, laringe, garganta e boca. A ressonância correta e plena da voz se produzirá com a diminuição e equilíbrio dos esforços musculares. O corpo deve estar ereto, mas sem rigidez, com a sensação de calma. Deve-se evitar o movimento do corpo, buscando apoio em ambas às pernas alternadamente. Evitar o movimento nervoso das mãos e dos dedos, assim como os gestos exagerados ou muito forçados. A atitude normal do rosto deve ser sorridente. O sorriso, por um efeito reflexo, permite uma ampliação das cavidades de ressonância. Para isso pode ser útil fazer os vocalises diante de um espelho para observar e controlar as tensões desnecessárias Atitudes básicas para o equilíbrio do corpo Devemos observar e tomar atitudes básicas para manter o equilíbrio do corpo para a utilização de nossa voz que vem a ser: - Pés: Devem estar confortáveis e relaxados, com o peso do corpo igualmente distribuído através da borda externa dos pés pelo metatarso. Músculos: Sempre relaxados e descontraídos, sem rigidez. Cintura pélvica: Suspensa sobre o diafragma para manter a energia do som. Cabeça: Ereta. Bem equilibrada na cintura escapular.

19 12 Cintura escapular: Deve permanecer descontraída. Linha da cabeça: A cabeça deve manter uma linha de como se estivesse suspensa por um "fio de cabelo" na parte do redemoinho, isto é, no centro, como se fosse a continuação das vértebras cervicais. 2.4 Respiração Para se falar bem é necessário termos total controle da respiração, pois postura e respiração estão intimamente ligadas. Ao realizar uma respiração correta é necessária postura adequada. KAHLE ( 1966 ), afirma que a grande maioria das pessoas respiram mal, principalmente nas grandes cidades. Somos obrigados, a partir dos seis anos, a ficar horas sentados na escola, freqüentemente em salas super ocupadas e abafadas. Mais tarde, continuando os estudos, exercendo uma profissão, a nossa vida não muda muito. Desta maneira, não tendo uma compensação, os nossos pulmões vão deixando de inspirar profundamente, e o movimento diafragmático é quase nulo, assim usamos mais a respiração torácica e clavicular. O principal músculo da respiração é o diafragma, situado na base do pulmão: quando inspiramos o diafragma é estendido e quando expiramos, ele sobe. A respiração, sempre que possível deve ser nasal, pois assim o ar é filtrado e aquecido pelas narinas. Durante a inspiração procura-se dilatar em todas as direções as costelas inferiores e simultaneamente as paredes do abdômen se enchem de ar. A clavícula e os ombros não devem se mover. Deve-se exercitar a inspiração nasal ainda que seja de boca aberta. Deve-se também praticar a inspiração rápida, quer dizer, inspirar a maior quantidade de ar em menor tempo possível, após ter dominado esses movimentos corretamente. É muito importante que se tenha total administração do ar que entra e sai. Esse controle se chama apoio, COELHO (1994), define como o controle elástico e consciente da força retrátil passiva e espontânea do movimento de elevação do diafragma ao promover a expiração, e é conseguido pelo domínio

20 13 de seus antagônicos, o músculo abdominal e intercostal - com a finalidade de manter o equilíbrio da coluna de ar e aplicá-la à fonação. 2.5 Relaxamento Quinteiro (1989) observa que na luta que travamos no dia-a-dia para sobrevivermos numa cidade, desenvolvemos tensões musculares nas mais variadas e em regiões muito específicas, fortalecidas pela constante repetição de uso. Essas tensões em muito podem afetar o desempenho vocal. Um indivíduo tenso está muito próximo dos problemas da voz e da fala. As tensões musculares são responsáveis por dificuldades respiratórias, articulatórias e demais envolvimentos da produção da voz e da fala. Uma pessoa que tenha postura inadequada provavelmente terá grandes dificuldades para respirar corretamente e é grande a possibilidade que tenha tensões em determinadas áreas do corpo. É errado pensarmos que apenas o aparelho fonador seja responsável pela emissão dos sons, pois o funcionamento geral de nosso corpo influi diretamente na qualidade de emissão de voz. É necessário que desenvolvamos técnicas que determinem pontos tensões e os elimine mantendo o corpo relaxado. Existem muitas técnicas de relaxamento, entre elas, yoga, massagem, RPG (reeducação postura global) ou até mesmo atividades físicas que proporcionem um bem estar, aliviando as tensões diárias. As áreas de tensões que devem ter atenção especial e que estão relacionados à fala são: ombros, nuca, pescoço e o maxilar Higiene vocal Behlau (1997) define higiene vocal como algumas normas básicas que auxiliam a preservar a saúde vocal e a prevenir o aparecimento de alterações e doenças. Alerta ainda que as normas de Higiene Vocal devem ser seguidas por todos, particularmente por aqueles que se utilizam mais da voz ou que

21 14 apresentam tendência a alterações vocais". Esses são chamados os profissionais da voz. Professores, atores, cantores, locutores, advogados, telefonistas, entre outros, são considerados profissionais da voz. Entretanto, muitas das atividades verbais utilizadas por eles são incompatíveis com a Saúde Vocal, podendo danificar os delicados tecidos da laringe e produzir um distúrbio vocal decorrente do abuso ou mau uso da voz. Segundo a autora dentre as alterações orgânicas mais freqüentemente observadas nestes profissionais, encontramos os nódulos vocais (nodulações semelhantes a calos) e edemas (inchaço das pregas vocais) que são causados muitas vezes por não observância de certos abusos abaixo relacionados: Gritar sem suporte respiratório; Falar com golpes de glote; Tossir ou pigarrear excessivamente; Falar em ambientes ruidosos ou abertos; Utilizar tom grave ou agudo demais; Falar excessivamente durante quadros gripais ou crises alérgicas; Praticar exercícios físicos falando; Fumar ou falar muito em ambientes de fumantes; Utilizar álcool em excesso; Falar abusivamente em período pré-menstrual; Falar demasiadamente; Rir alto; Falar muito após ingerir grandes quantidades de aspirinas, calmantes ou diuréticos; Discutir com freqüência; Cantar inadequada ou abusivamente ou ainda, participar de corais e cantar em vários estilos musicais; Presença de refluxo gastresofágico, altamente irritante às pregas vocais (o refluxo gastresofágico é decorrente de disfunções estomacais, responsáveis pela liberação de ácido péptico, que em algumas situações pode banhar as pregas vocais, agredindo-as).

22 15 Sempre que sentir alterações em sua voz, deve se procurar um médico otorrinolaringologista, que poderá diagnosticar possíveis distúrbios e anomalias no aparelho da fala. Fonoaudiólogos também podem ser consultados para possíveis correções através de exercícios. Silva (1998) cita "A voz deve ser sempre pensada em relação à saúde geral do paciente, em relação ao seu corpo todo, ao seu estado de saúde geral. Segundo Sataloff (1991), todo o sistema corporal afeta a voz; Souza Mello (1988), afirma que todo o corpo colabora na produção da voz; Bloch (1979) refere que as condições ideais para uma boa produção vocal adequada correspondem a um estado de saúde geral dentro das melhores condições possíveis. Portanto, deve-se pensar não apenas nos aspectos que prejudicam as pregas vocais, mas sim no trato vocal integrado na saúde geral de cada paciente. Desta forma, podemos pensar que, apesar de as orientações serem gerais, as necessidades, assimilações e repercussões são absolutamente singulares. Por exemplo: o gelado, geralmente, prejudica a voz, mas a quantidade e a forma deste prejuízo se manifestam diferentemente em cada pessoa, dependendo do momento e da maneira em que este abuso foi cometido. As reações do corpo humano são únicas e dependem de cada indivíduo em cada momento." Testes de saúde de voz O questionário a seguir é sugerido por Behlau e Rehder (1997), para se identificar possíveis enfermidades do aparelho fonador que pode ser facilmente aplicado a todos os profissionais da voz. Você acha que sua voz é rouca? Alguém já comentou que sua voz é rouca? Você fica rouco por mais de dois dias? Sua voz fica rouca após os ensaios? Você tem ou já teve algum problema de voz? Sua voz piorou depois que você entrou no coral?

23 16 Ultimamente você tem demorado mais tempo para aquecer sua voz? No dia seguinte a um ensaio ou a uma apresentação você fica sem voz ou com a voz rouca? Durante o canto sua voz quebra ou some? Você desafina ou perde o controle da emissão? Você sente dificuldade no pianíssimo? Você sente dificuldade no fortíssimo? Você sente que sua voz é fraca demais para o coral? Você sente que sua voz é forte para o coral? Você tem dificuldade para atingir as notas agudas? Você tem dificuldade para cantar as notas graves? Quando você canta sai "ar" na voz? Você tem algum desses sintomas na laringe: coceira, ardor, dor, sensação de garganta seca, sensação de queimação, sensação de aperto ou bola na garganta? Falta ar para você terminar as frases musicais? Ao final do dia sua voz está mais fraca? Você canta em diversos naipes? Você mudou de naipe recentemente? Você procura cantar mais forte que os demais componentes do coral? Você simplesmente articula, sem voz, certos trechos da música que não consegue cantar? Quando você canta suas veias ou músculos do pescoço saltam? Você sente dores na região do pescoço saltam? Você sente dores de cabeça após o canto? Você consegue controlar sua emissão cantada no coral, ou não se ouve e segue a voz do grupo? Seu coral costuma interpretar diversos estilos musicais? Além do coral, você canta em outras situações? Você canta durante muitas horas seguidas?

24 17 Você pigarreia constantemente? Você tem alergia das vias respiratórias? Você tem resfriados freqüentes? Você tem amigdalites, laringites ou faringites freqüentes? Você tem dificuldades digestivas, azia ou refluxo gastroesofágico? Você fuma? Você se automedica quando tem problemas de voz? Além da atividade do coral, você usa a voz de modo intensivo em outras situações? Segundo a autora até quatro respostas positivas indicam que é necessário estar atento e acima de seis respostas positivas é hora de procurar um profissional para diagnosticar possíveis problemas.

25 18 CAPÍTULO 3 DOENÇAS DO APARELHO FONADOR A piora do estado de saúde do professor tanto física, correspondendo a sintomas como rouquidão, dor e ardência na garganta e perda de voz, quanto emocional, como fadiga geral e tensão pela dificuldade em falar, interfere em sua atuação, fazendo com que decaia a qualidade profissional. Assim, em função da alta incidência de disfonia entre os professores, há uma necessidade de tratamento médico e fonoaudiológico, sobrecarregando os serviços de saúde. Na figura 2 o aparelho fonador pode ser observado juntamente com o nome dos órgãos responsáveis pela emissão da voz. Já o grande número de pedidos de licença médica, de professores readaptados que exercem outras funções nas escolas e afastamentos destes em decorrência de problemas vocais, muitas vezes exige a contratação de outro profissional igualmente capacitado, acarretando prejuízo aos cofres públicos ou a instituições educacionais particulares. (PINTO & FURCK, 1988). Como citado anteriormente existem inúmeros distúrbios relacionados com a voz, algumas irreversíveis. Na figura 2 o aparelho fonador pode ser observado Figura 2 O aparelho fonador

26 Conseqüências do mau uso da voz A seguir serão descritas algumas das conseqüências pelo mal uso do aparelho fonador. Disfonias: Especialistas em doenças da voz apontam as disfonias, distúrbios da voz como sendo um dos mais agravantes problemas diagnosticados em profissionais do ensino. As principais conseqüências são as alterações na produção da voz, responsáveis por 2% de afastamento ou aposentadoria precoce. Existem relações entre a saúde vocal, os distúrbios da voz e as condições de trabalho. (REVISTA PROTEÇÃO). Lesõs - Diversas lesões resultantes de disfonias funcionais que podem ser classificadas em laringite, pólipo, cistos, leocoplasia e câncer de laringe. As alterações da mucosa da prega vocal como nódulos, pólipos e edemas das pregas vocais têm como característica comum, o fato de representarem uma resposta inflamatória da túnica mucosa a agentes agressivos, quer sejam de natureza externa, quer sejam decorrente do próprio comportamento vocal. Estudo realizado em 1989 por M. Calas mostrou que 86% tinham lesões, freqüentemente nódulos. Segundo Penteado as patologias comuns são: Nódulos: Os nódulos resultam de: fatores anatômicos predisponentes (fendas triangulares), personalidade (ansiedade, agressividade, perfeccionismo) e do comportamento vocal inadequado (uso excessivo e abusivo da voz). O tratamento dos nódulos é fonoterápico. A indicação cirúrgica, todavia, pode ser feita quando os mesmos apresentam características esbranquiçadas, duras e fibrosada, ou ainda quando existe dúvida diagnóstica. Pólipos: Os pólipos são inflamações decorrentes de traumas em camadas mais profundas da lâmina própria da laringe, de aparência vascularizada. O tratamento é cirúrgico. A voz típica é rouca. As causas podem ser: abuso da voz ou agentes irritantes, alergias, infecções agudas, etc. Edemas das pregas vocais: Os edemas relacionam-se com o uso da voz. Normalmente são localizados e agudos. O tratamento é medicamentoso ou através de repouso vocal. Os edemas generalizados e bilaterais

27 20 representam a laringite crônica, denominada Edema de Reinke. São encontrados em pessoas expostas a fatores irritantes externos, especialmente o tabagismo (fumo) e o elitismo, sendo o mais importante fator associado ao uso excessivo e abusivo da voz. Quando discretos, os edemas podem ser tratados com medicamentos e fonoterapia, assegurando-se a eliminação de seu fator causal; quando volumosos, necessitam de remoção cirúrgica, seguida de reabilitação fonoaudiológica. Infecções: Os fatores infecciosos, incluindo as sinusites, diminuem a ressonância e alteram a função respiratória, produzindo modificações na voz. O efeito primário das infecções das vias aéreas superiores têm efeito direto sobre a faringe e a laringe, podendo provocar irritação e edema das pregas vocais. Estes processos infecciosos podem gerar atividades danosas, como o pigarro e a tosse que, por sua vez, podem causar traumatismos nas pregas vocais Há também fatores imunológicos, endócrinos, auditivos e emocionais, que podem causar transtornos na emissão da voz. Laringite crônica: Os agravamentos das irritações crônicas da laringe são denominados laringite crônica. Os sintomas são: rouquidão e tosse, com sensação de corpo estranho na garganta, aumento de secreção, pigarro e, ocasionalmente, dor de garganta. O tratamento envolve a eliminação dos fatores que provocam a irritação da laringe (exposição a produtos químicos e tóxicos, nível elevado de ruídos, maus hábitos alimentares, refluxo alimentar devido a gorduras, pigarro crônico, etc.), além da promoção de hábitos que melhoram a higiene vocal, evitando os abusos da voz. Câncer da garganta: O câncer pode aparecer em qualquer parte do corpo, mas há certos tipos de tumores que têm predileção pela boca, garganta e pescoço e estão relacionados, geralmente, a agentes causais como o álcool e o tabaco. Por se desenvolverem em áreas mais fáceis de visualizar, esses tumores são passíveis de diagnóstico precoce e, com pequenas intervenções cirúrgicas, é possível resolver definitivamente o problema. No entanto, e infelizmente, no nosso meio o diagnóstico das lesões costuma ser tardio, numa fase em que já surgiram no pescoço, linfonodos comprometidos pela doença, o que obriga submeter o paciente a cirurgias

28 21 muito mais extensas e, às vezes, bastante mutiladoras. O mais triste é que essa situação poderia ser evitada. Um exame simples, utilizando um abaixador de língua, um espelhinho e uma lanterna, realizado por profissional devidamente treinado, bastaria para diagnosticar precocemente a doença e evitar muito sofrimento. (VARELLA, 2008). Ao constatar alguns dos sintomas listados recomenda-se procurar um especialista conforme sugere Penteado, (1996): Rouquidão provocada por gripe ou resfriado pode ser tratada por um Médico clínico geral ou Pediatra. No entanto, se ela durar mais de duas semanas ou se não tiver uma causa evidente, deverá ser avaliada por um especialista em voz: o Médico otorrinolaringologista (especialista em nariz, ouvidos e garganta). Problemas com a voz são melhores conduzidos por um grupo de profissionais que inclua o Médico otorrinolaringologista e um fonoaudiólogo. 3.2 Fatores que influenciam a saúde vocal do professor Além dos fatores citados anteriormente existe uma que deve ser levado em consideração: A arquitetura acústica da sala de aula. Grande parte do problema da voz tem origem nos detalhes acústicos da sala de aula. O tempo de reverberação é influenciado pelo volume da sala (tamanho e altura do teto), suas proporções (paredes paralelas) e a capacidade dos materiais usados nas paredes, piso e teto, absorverem a energia sonora. A relação Fonte- Ruído diz respeito à capacidade do timbre e potência da voz do Professor ser capaz de ultrapassar o ruído existente na sala de aula. E finalmente, a Distância Professor-Aluno que, quanto maior, mais difícil fica para o aluno entender o que o Professor está falando. O Tempo de Reverberação definida como o tempo necessário para o abaixamento da intensidade sonora de 60 decibéis (db), já é conhecido para vários ambientes escolares. O "reflexo" das ondas sonoras, representadas na figura 3 como setas, nas paredes, piso e teto, aumentam o nível de ruído na sala a tal ponto, que podem tornar impraticável lecionar nesse ambiente.

29 22 À distância (Professor-Aluno de 1 m, a energia ou intensidade da voz mede cerca de 60 db. Entretanto, cada vez que essa distância é dobrada, o som diminui 6 db. Assim, para um aluno sentado a 2 m do Professor, a intensidade do som é de 54 db mas, a 4 m, é de apenas 48 db conforme figura 4, mas seguindo as linhas horizontais que partem da escala vertical e não a linha vermelha. A linha pontilhada horizontal representa o ruído de fundo, background noise e a linha vermelha, o nível sonoro da voz do Professor. Para que os alunos ouçam com clareza a voz do Professor, o som percebido por cada aluno deve estar acima da linha pontilhada; os valores da intensidade sonora, neste caso, são precedidos pelo sinal positivo +15DB, significa que a intensidade da voz do Professor está 15 decibéis acima da linha que representa o Ruído de fundo. Observe que, no caso do penúltimo e o último aluno, os mais distantes do Professor, a linha vermelha está abaixo da pontilhada e o sinal em decibéis é negativo (-3DB), indicando que eles não estão ouvindo bem o que o Professor está dizendo; o que seria possível se a linha vermelha estivesse acima da preto-pontilhada. Figura 3 o reflexo de ondas sonoras em relação ao sinal original. Figura 4 o nível sonoro em relação à distancia.

30 23 As causas desses problemas podem advir da arquitetura da sala e/ou dos ruídos externos. No primeiro caso, estão as salas com paredes finas e paralelas, materiais reflexivos (não absorventes do som) e equipamentos ruidosos (ar refrigerado ou ventilador). Em seguida, surgem os ruídos externos: corredores ruidosos, a proximidade de aeroportos, estradas movimentadas, estacionamentos de veículos, parques infantis, campos de jogos, equipamentos mecânicos, áreas de coleta de lixo, cortadores de grama e máquinas barulhentas de indústrias ou construções próximas. São sugeridas algumas soluções arquitetônicas para se minimizar problemas. Rebaixamento do teto: Além de diminuir o volume da sala e aumentar o nível de iluminação pelo abaixamento das luminárias, podem ser usadas placas absorventes de som, que diminuem ainda mais o tempo de reverberação. Painéis suspensos: pendurados no teto com 4 cabos metálicos cada um e com inclinação projetada para direcionar o som para certas áreas do auditório. O efeito acústico será aumentado, se esses painéis forem feitos com material adequado para os fins a que se propõem. Uma curiosidade, no caso da colocação de painéis acústicos nas paredes laterais, é que se deve dar preferência, por exemplo, a quatro painéis de 1 metro quadrado cada (1 m2) do que um único de quatro m2; a explicação é que as laterais ou bordas também contribuem para a atenuação do som. Segundo Garavelli, no Brasil, os problemas de ruído no ambiente escolar referentes aos aspectos físicos ambientais, luminosidade, temperatura, circulação de ar ainda estão sendo tratado de maneira incipiente. Para ele o pouco conhecimento por parte de gestores das escolas, professores e alunos sobre esse tema evidencia uma realidade preocupante, pois só com o conhecimento é que se pode auxiliar na identificação, minimização e superação das interferências negativas que o ambiente acusticamente inadequado possa trazer ao processo de ensino aprendizagem e a saúde de professores e alunos.

31 24 Segundo Dreossi, além dos problemas causados no profissional da educação por ambientes inadequados, não podemos nos esquecer que os discentes também têm grande perda, pois vamos pensar em uma sala de aula. A voz do professor será chamada de sinal (S) e o barulho ao qual a sala esta subjugada, seja ele advindo de fora ou de dentro da escola, será chamada de ruído (R). Ao utilizarmos um medidor de pressão sonora, iremos constatar uma intensidade de voz utilizada por este professor (por exemplo, 70DB) e uma intensidade do ruído (por exemplo, 80DB). Neste exemplo a sala de aula estaria a mercê de uma relação S/R de -10dB. Para ela os alunos sempre relatam que ouvem o que o professor fala, mesmo no fundo da sala. Esta afirmação esta correta. Porém o que eles não conseguem notar é que a fala perde sua inteligibilidade, pois a fala perde parte de sua energia desde a frente até o fundo da classe. Dreossi resalta que existe recomendação para que todos os níveis médios de ruído dentro de uma sala de aula estejam entre 35 a 45 db, pois níveis entre 50, 65 db embora aceitáveis provoquem um estresse leve, dando inicio ao desconforto auditivo, vigilância e agitação.

32 25 CAPÍTULO 4 A SAÚDE DO PROFESSOR A UICC União Internacional contra o câncer declara que se uma rouquidão persistir mais de 10 dias pode não ser uma simples infecção e necessita de tratamento médico, pois é um dos sete sinais de alerta de câncer. No Brasil, a 2 a. Conferência Nacional de Saúde do Trabalhador, realizada em Brasília em 1994, criou as comissões de saúde do trabalhador, e determinou que estas deveriam "não só evitar acidentes, mas também garantir a saúde do trabalhador". Estudos realizados mostram que a grande maioria dos professores que sofre de fadiga vocal utiliza-se de técnica vocal falha. Segundo o SINPRO-2008, (Sindicado dos Professores de São Paulo) em seu artigo Saúde do Professor afirma que a principal ferramenta de trabalho do professor é a sua voz e que muitos fatores fadigantes influenciam na saúde vocal do docente como: A maioria desses profissionais utiliza esse instrumento por jornadas muito longas; Excesso de trabalho, em que o professor muitas vezes é obrigado a levar tarefas para casa que diminui o tempo de repouso e lazer; Numero excessivo de alunos na sala de aula, levando o docente a aumentar a intensidade de sua voz para ser ouvido por todos; Salas de aulas mal projetadas, sem tratamento acústico com excesso de ruídos externos e internos. O sindicato ainda afirma que o professor é o profissional que mais apresenta problemas vocais e preocupados com isso desde 1991 desenvolve o Programa de Saúde Vocal do Professor para diminuir a incidência da disfonias ocupacional. 4.1 Dicas e orientações para o uso da voz Segue uma série de dicas proposta pelo SINPRO e por Brum (2007) para uso adequado da voz em sala de aula. Hábitos prejudiciais

33 26 Uso incorreto ou abusivo da voz: falar com forte intensidade, falar muito durante quadros gripais, falar em ambientes ruidosos por muito tempo, falar com tensão ou esforço, num tom inadequado de voz, com má postura, entre outros; Gritar. É importante que o professor evite concorrer com ruídos que acarretem um aumento na intensidade vocal (carros, aviões, retroprojetor, ventilador, entre outros); Sussurrar. Essa ação força as pregas vocais. Pigarrear essa ação causa um forte atrito na pregas vocais, irritandoas; Falar de lado ou de costas para os alunos, Quando fazemos isso à tendência é aumentarmos a intensidade vocal; Fatores físicos e ambientais: ar-condicionado, pó de giz, poluição, ventilação inadequada, poeira, ruído, sala de aula muito grande e com acústica ruim, disposição das classes, número de alunos, escassez de recursos materiais, etc.; Falar enquanto escreve na lousa. Isso faz com que o professor tenha que aumentar a intensidade de sua voz e que aspire o pó de giz; Chupar uma bala forte quando estiver com a garganta irritada, Isso mascara o sintoma e o professor tende a forçar a voz sem perceber, Quando o efeito da bala passa a irritação na garganta aumenta; Roupas pesadas e que apertem a região do pescoço e abdômen. Fatores psicoemocionais: relacionados ao estresse, má remuneração, falta de reconhecimento social, etc.; Fatores intrínsecos: resistência vocal, idade, estado geral de saúde, alergias, gripes, Problemas posturais, respiração bucal, etc.; Hábitos vocais inadequados: beber pouca água, fumar, tossir ou pigarrear constantemente, Uso excessivo de pastilhas e sprays anestésicos, etc. Compreender a influência destes fatores sobre a voz do professor é imprescindível no desenvolvimento de estratégias que reduzam os altos

34 27 índices de disfonias nessa categoria. O professor que sabe identificar os fatores prejudiciais ao seu desempenho vocal é capaz de modificar e transformar esta realidade, maximizando o potencial da sua voz. Hábitos saudáveis Beba regularmente água, em pequenos goles, quando estiver dando aulas, A água hidrata as pregas vocais; Articule bem as palavras; Evite o contato direto com o pó de giz, Quando for apagar a lousa afaste o rosto e evite espalhar o pó, usando o apagador no sentido de cima para baixo; Mantenha uma alimentação saudável e regular, Evite alimentos pesados no período que você estiver dando aulas; Evite o café, bebidas gasosas e o cigarro, Eles irritam a laringe, Além disso, o cigarro aumenta a chance de câncer de laringe e pulmão; Os principais sintomas vocais que sinalizam a existência de um problema de voz em professores são: cansaço e esforço ao falar, falhas na voz ao final do dia ou da semana, rouquidão, pigarro, voz mais grave e perda nos tons agudos (ex: dificuldade em cantar), ardência ou secura na garganta, dor ao falar, sensação de garganta raspando, falta de volume e projeção, pouca resistência ao falar, entre outros. É importante salientar que o desgaste na voz ocorre, na maioria das vezes, de maneira lenta e gradual. Inicialmente podem surgir sinais e sintomas que indicam um esforço vocal excessivo, mas que não provocam mudanças perceptíveis na voz (rouquidão, falhas, etc.), tais como veias saltadas no pescoço, ardência ou secura na garganta, tensão no pescoço e ombros, entre outros. Muitos professores não relacionam tais sintomas ao uso da voz e continuam forçando e desgastando a voz, protelando a ida ao médico para a obtenção de um diagnóstico adequado o que repercute na manutenção e evolução de lesões, quando presentes (Vaz et al.,2002). Dentre as lesões benignas de pregas vocais, o nódulo vocal, conhecido popularmente como "calos nas cordas vocais", é a lesão mais freqüentemente

35 28 encontrada em professores que apresentam hábitos e conduta vocal inadequada (Quinteiro, 2000). Além dos nódulos vocais, podem ser encontrados também pólipos, cistos, edema, etc. O tratamento destas lesões pode ser cirúrgico e/ou fototerápico, e em alguns casos, medicamentoso. Coma uma maçã ela é adstringente, ou seja, limpa o trato vocal e sua mastigação exercita a musculatura responsável pela articulação das palavras; Na hora de acordar e levantar da cama espreguice e faça alongamentos tentando relaxar; Durante o banho, deixe a água quente cair nos ombros, fazendo leves movimentos de rotação com a cabeça e ombros, Isso ajuda a diminuir a tensão do dia-a-dia; Na sala de aula, utilize recursos que aumentem a participação dos alunos e ajudem a poupar a voz; Utilize alguns intervalos para descansar a sua voz; Com orientação fonoaudiológica, faça exercícios de aquecimento e desaquecimento vocal; Consulte o serviço de fonoaudiologia do SINPRO-SP e verifique como está sua voz. 4.2 Higiene vocal: cuidados com a voz Para Brum (2007) Uma boa voz depende da saúde e harmonia de todo o corpo. Para manter a voz saudável, é importante o professor observar as seguintes orientações: beber no mínimo dois litros de água ao longo do dia, em temperatura ambiente, para hidratar as pregas vocais. A ingestão de água é fundamental para a voz, pois as pregas vocais precisam estar lubrificadas para vibrarem adequadamente. O pó de giz, poeira e ar-condicionado são fatores que ressecam a garganta e dificultam a vibração das pregas vocais, tornando-se imprescindível a adequada hidratação; evitar o fumo, pois a fumaça do cigarro agride diretamente a mucosa das pregas vocais, causando ressecamento, irritação e inchaço, alterando a

36 29 qualidade da voz. Além disso, o cigarro é um dos principais agentes metiológicos do câncer de laringe; evitar o consumo de bebidas alcoólicas em excesso. Além de irritar a mucosa, o álcool anestesia e altera as sensações ao falar. Desta forma, o falante pode estar abusando da voz sem perceber e os sintomas somente serão notados após o efeito da bebida: ardência, queimação, voz rouca e fraca; evitar o consumo de chocolates, leite integral e derivados durante o uso profissional da voz, pois são alimentos ricos em gordura e aumentam a viscosidade da mucosa no trato vocal; fazer refeições leves antes do trabalho, dando preferência às verduras, legumes e frutas, e evitar o consumo de alimentos gordurosos e condimentados que dificultam a digestão; mastigar bem os alimentos também é importante, pois a mastigação realizada com movimentos amplos de mandíbula é um ótimo exercício para a dicção; evitar o uso de balas "geladinhas" ou pastilhas à base de menta, pois elas anestesiam a garganta e fazem com que o professor não perceba que está forçando a voz; durante quadros gripais e crises alérgicas, beber bastante líquidos e limitar o uso da voz, desenvolvendo estratégias didáticas que favoreçam um descanso vocal parcial, como por exemplo, mesclar aulas expositivas com atividades em grupo, utilizar vídeos, cartazes,etc. Após o expediente, fazer repouso vocal, pois as alergias das vias aéreas (bronquite, asma, sinusite, rinite, laringite) muitas vezes ocasionam edema (inchaço) na mucosa do trato respiratório e vocal, deixando as pregas vocais mais sensíveis; utilizar o microfone, principalmente quando a sala de aula é grande, evitando falar com forte intensidade; evitar controlar a atenção da turma através do volume excessivo da voz. Uma alternativa é usar gestos ou batida de palmas; evitar falar enquanto escreve ou apaga o quadro e procurar falar sempre de frente para os alunos (nunca para a lousa), assim a voz será projetada para a

37 30 classe e não haverá a inalação direta do pó de giz. Além disso, para os indivíduos alérgicos ao pó de giz e à poeira, outra orientação fundamental é respirar pelo nariz, principalmente enquanto apaga o quadro, pois o nariz filtra, aquece e umedece o ar inspirado, representando uma defesa do organismo à poluição; evitar pigarrear, tossir e "raspar" a garganta para limpá-la, pois estes hábitos causam um atrito muito forte entre as pregas vocais, podendo machucá-las. Beber água ajuda a combater o pigarro; Complementada por Teixeira (2007), que acrescenta que o uso correto da voz deveria ser matéria integrante da grade de formação do professor, o que não ocorre na realidade, apresentando mais algumas regras de uma boa higiene vocal: - Hidratação / Hidratoterapia Hidratação é o fator de maior importância para o bom desempenho vocal. Suas bordas e pregas vocais não conseguem um bom desempenho se não estiverem hidratadas, lubrificadas. O primeiro sintoma é o ressecamento dessa musculatura e o aparecimento do "pigarro" (congestão da mucosa laríngea). A prevenção é muito simples e barata: de dois a três litros de água por dia. Não podem ser aceitas as justificativas das pessoas que dizem não sentir necessidade de água. A ingestão constante de água deve ser uma obrigação, principalmente quando o profissional da voz estiver trabalhando, a garrafa de água tem que estar junto dele por todo o tempo. A partir do uso da água todas as sensações de incômodo na garganta, de ressecamento, sensação de corpo estranho, pigarros, dentre outros, tendem a desaparecer, evidenciando a melhoria da qualidade de vida da voz; bebidas e alimentos gelados costumam provocar um choque término, associado ao edema das pregas vocais, devem, portanto ser evitados. -Gastronomia: A regularidade e o equilíbrio da alimentação são essenciais para a produção da voz. A refeição antes da utilização do aparelho vocal deve ser leve. Os alimentos bem mastigados irão propiciar um relaxamento da musculatura da mandíbula. Os derivados do leite, como chocolates, queijos,

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