OS DADOS CENSITÁRIOS BRASILEIROS SOBRE MIGRAÇÕES INTERNAS: CRÍTICAS E SUGESTÕES PARA ANÁLISE

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1 SOLO PARA PARTICIPANTES DOCUMENTO DE REFERENCIA SÓ PORTUGÊS SEMINARIO-TALLER LOS CENSOS DE 2010 Y LA MIGRACIÓN INTERNA, INTERNACIONAL Y OTRAS FORMAS DE MOVILIDAD TERRITORIAL CELADE División de Población de la CEPAL Conferencia Estadística de las Américas CEA CEPAL Fondo de Población de las Naciones Unidas de diciembre de 2008 Sala Fernando Fajnzylber CEPAL Santiago de Chile OS DADOS CENSITÁRIOS BRASILEIROS SOBRE MIGRAÇÕES INTERNAS: CRÍTICAS E SUGESTÕES PARA ANÁLISE Este documento fue preparado por JOSÉ IRINEU RANGEL RIGOTTI, académico de la Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais. Las opiniones expresadas en este documento, que no han sido sometidas a revisión editorial, son de exclusiva responsabilidad del autor y pueden no coincidir con las de la Organización. Se prohíbe citar sin la autorización del autor.

2 Os dados censitários brasileiros sobre migrações internas: críticas e sugestões para análise José Irineu Rangel Rigotti 1. Descrição do módulo de migrações dos censos demográficos brasileiros Desde algumas décadas os censos demográficos brasileiros têm incorporado a maioria dos quesitos mais relevantes sobre migrações internas, tais como Lugar de nascimento, Duração de Residência, Lugar de última residência e Lugar de residência em uma data fixa anterior (há cinco anos atrás). Em relação ao Censo de 1970, o de 1980 apresentou novidades, ao perguntar se a pessoa havia feito migração intramunicipal entre os setores domiciliares (rural, urbano) e o nome do município de residência anterior, para todos aqueles que moravam há menos de 10 anos no município. Além disto, os quesitos foram direcionados a todos os indivíduos, e não somente aos não-naturais do município, como em Assim, tornou-se possível captar também a migração intermunicipal de retorno. O quesito, em 1980, sobre o nome do município de residência anterior foi um grande avanço, pois permite um mapeamento muito mais detalhado das migrações, já que o Censo de 1970 só perguntava sobre a Unidade da Federação de última residência. Com isso, tornou-se possível a agregação de municípios para a análise da migração interna na década de 70, excluindo-se aqueles imigrantes que, morando há menos de 10 anos no município atual, tenham tido como residência imediatamente anterior outro município da região agregada (Carvalho, 1982). Como também indaga sobre o tempo de residência no município, dispõe-se de quase todos os quesitos recomendáveis em um censo demográfico - lugar de nascimento, duração de residência e lugar de última residência 1. A informação lugar de última residência refere-se àqueles que residiram em outra unidade espacial, diferente daquela onde foram recenseados, independentemente do local de residência na data do Censo anterior, que poderá ser até mesmo aquele de residência atual. O censo brasileiro permite combinar o quesito lugar de última residência com o tempo de residência, pois ambos são perguntados para aqueles que moram no local há menos de 10 anos. A partir daqui, a combinação destes dois quesitos será denominada última etapa, ou seja, um único termo contendo tanto uma dimensão espacial, quanto temporal. Faltava apenas a informação de data fixa. O Censo brasileiro de 1991 manteve todos os quesitos do anterior e ainda trouxe novidades. Perguntou-se o nome do município, situação do domicílio (urbano ou rural) e Unidade da Federação de residência em 1 de setembro de 1986, ou seja, exatamente 5 anos antes do censo (data fixa). As informações obtidas a partir destes quesitos referem-se a imigrantes e emigrantes de datas fixas, sobreviventes do período, portanto de conceito semelhante àquele dos imigrantes e emigrantes implícitos no saldo migratório obtido por técnica indireta. O imigrante não residia na região em estudo na data referente ao início do período, apenas na data final. O emigrante residia na primeira data, mas não na segunda. 1 Doravante, o cruzamento dos quesitos sobre último local de residência e tempo de residência serão chamados de última etapa. 2

3 Infelizmente, o Censo Demográfico 2000 retirou a informação de último local de residência cinco anos antes da data do censo, no nível de município (mantendo-a apenas no nível de unidade da federação). Como se verá mais adiante, as possibilidades analíticas perdidas são muitas, o que justificou o pedido de seu retorno, por parte do Grupo de Trabalho de Migrações, da Associação Brasileira de Estudos Populacionais, em seu Encontro de Os problemas de qualidade da informação censitária O Censo Demográfico de 1991 permitiu checar a qualidade das informações sobre última etapa e data fixa. Carvalho et al (1998) empreenderam um estudo, no qual se analisa a consistência dos dados sobre migração interestadual do Censo brasileiro de A necessidade deste cheque de consistência surgiu devido à identificação de indivíduos com mais de 5 anos de residência na Unidade da Federação (UF), obtida pelo quesito de última etapa, que informaram uma outra UF como lugar de residência em 01/09/86. Portanto, uma das informações estaria incorreta, pois, se o indivíduo declara que mora na UF há mais de 5 anos, teria que informar a própria UF como sendo a de residência em No Brasil, eles correspondiam a 5,25% do total de imigrantes de data fixa e em Minas Gerais, onde o estudo foi realizado em maior profundidade, 5,64%, ou seja, imigrantes. Para a identificação de qual o quesito provavelmente conteria erro, os autores fizeram três tipos de testes. O primeiro deles consistiu em comparar a idade e o tempo de residência em Minas Gerais dos não-mineiros identificados incorretamente (NMINC) com os não-mineiros identificados corretamente (NMIC), que fizeram pelo menos um movimento intra-estadual no qüinqüênio Para os indivíduos de 5 a 9 anos de idade e mais de 9 anos de idade, calcularam-se o número e proporção de pessoas que declararam tempo de residência em Minas Gerais igual à idade. A proporção de MIC com idade igual ao tempo de residência já foi muito alta (23% para aqueles entre 5 a 9 anos de idade e 8% entre aqueles com 10 ou mais anos de idade). Entre os NMINC foi inaceitável (61% entre os mais jovens e 34% entre os que tinham 10 ou mais anos de idade). A conclusão parcial foi que estas proporções apontam para a existência de sérios problemas na informação de última etapa, referente ao tempo de residência dos NMINC. Outra constatação foi que uma proporção muito alta dos NMINC não teria indicado o município de residência imediatamente anterior, mas apenas Minas Gerais como a UF onde ele se localizava. Portanto, teriam feito, pelo menos, um movimento intra-estadual, porém sem nomear o município de residência anterior. Passou-se a investigar a distribuição dos que informaram ou não o município de residência anterior, entre todos os que fizeram o movimento intra-estadual. Ao comparar os NMINC com os migrantes intra-estaduais NMIC, do qüinqüênio , constatou-se que os últimos apresentaram uma proporção muito menor, sem identificação do município de residência anterior. Posteriormente, supôs-se que o quesito de data fixa estaria correto, e, conseqüentemente, desconsiderou-se a informação do tempo de residência no estado, uma vez que não se poderia estar 2 Ver documento em: 3

4 residindo há mais de 5 anos na UF se em 1986 o migrante morava em outro estado. Pelos dados do quesito de última etapa, todos os NMINC informaram Minas Gerais como última UF de residência 3, isto é, teriam realizado um movimento intra-estadual depois da migração interestadual, feita após Comparando os NMINC com os NMIC de data fixa (residiam fora de Minas Gerais em 1986), percebeu-se que não há nenhuma razão para que quase todos os primeiros tenham feito movimento intra-estadual, sendo que apenas 6,8% dos segundos o fizeram. O último teste consistiu em analisar a informação sobre a naturalidade (mineiro ou não-mineiro) dos filhos dos chefes de domicílios NMINC, a fim de se verificar a consistência do tempo de residência dos pais NMINC com a idade e naturalidade dos filhos. Verificou-se que 42,7% dos filhos acima de 10 anos de idade e 58,3% daqueles com 5 a 9 anos eram não-mineiros e tinham idade menor que o tempo de residência do pai, isto é, teriam nascido fora de Minas Gerais, enquanto os pais, pela informação do tempo de residência em Minas, moravam neste estado. Se a naturalidade dos filhos estiver correta, o que é provável, estes percentuais são totalmente irrealistas. Os autores chegaram a conclusão de que os erros devem-se a dois motivos: ao preenchimento incorreto por parte dos enumeradores, como atesta a alta proporção de NMINC com tempo de residência na UF igual à idade, mesmo entre os não-naturais da UF; à má declaração das respostas quanto ao tempo ininterrupto de residência. Assim, fica bastante evidente que, no que se refere aos NMINC, a informação de data fixa é mais confiável que a de última etapa. Isso não quer dizer que não seja necessário adotar certos cuidados com o uso do quesito de data fixa, pois problemas amostrais podem ocorrer, além, evidentemente, do erro de declaração. No caso dos censos demográficos brasileiros de 1991 e de 2000, as questões de migração são perguntadas para uma amostra que corresponde a 10% dos domicílios, para municípios com mais de 15 mil habitantes e de 20% para os demais. Para se ter uma idéia, de um total de municípios com taxas médias anuais de crescimento geométrico negativas, no período , 166 deles (11%) apresentaram saldos migratórios positivos, algo pouco aceitável. Isso se deve, provavelmente, aos erros amostrais, uma vez que o tamanho populacional médio destes municípios foi de habitantes. De qualquer forma, a disponibilidade dos três quesitos mais importantes aumenta sobremaneira as possibilidades de estudo das migrações internas, algumas delas já apontadas por Carvalho e Machado (1992). Com o quesito lugar de última residência era possível calcular, no Censo de 1980, os ganhos e perdas populacionais entre pares de unidades espaciais, relativas à última etapa migratória, dentro do período analisado. A origem do imigrante se referia a algum momento da década de 1970 e apenas o destino se referia a uma data fixa (data do Censo). Portanto, a diferença entre os imigrantes e os emigrantes não era, exatamente, o saldo migratório, pois este tem que ter como referência duas datas fixas. Acrescente-se que a diferença entre imigrantes e emigrantes calculada pelo quesito lugar de última residência pode até ser negativa sem que o saldo migratório o seja. Basta haver proporção muito 3 No entanto, como visto, pouquíssimos teriam sido os que indicaram o município de residência anterior. 4

5 significativa de emigrantes de passagem, isto é, que apenas passaram pela unidade de análise, entre o início e o final do período considerado. Portanto, não estavam presentes no início do período e não entram no cômputo do saldo (Rigotti, 1999). Por outro lado, a diferença entre imigrantes e emigrantes, calculada pelo quesito lugar de última residência, também pode ser positiva sem que o saldo migratório o seja. Este seria o caso em que houvesse participação expressiva de imigrantes de retorno pleno, ou seja, que saíram e retornaram no decênio em questão (1981/1991). A informação de data fixa do Censo de 1991 permite o cálculo do saldo migratório entre pares de unidades espaciais, entre os anos de 1986 e O imigrante não residia na unidade espacial em 1986, mas sim em 1991; o emigrante residia em 1986, mas não em Porém, nada se conhece sobre as etapas intermediárias. Carvalho e Machado (1992) ressaltam que esse saldo migratório é conceitualmente semelhante àquele produzido pelas técnicas indiretas 4, mas apresentam as seguintes vantagens: o período a que os saldos se referem é menor do que o período intercensitário. Porém, pode-se argumentar que a recíproca é verdadeira, pois não é possível o cálculo do período intercensitário, caso este seja o interesse. Pelo menos, sem o auxílio das técnicas indiretas. são cálculos e não estimativas. Também pode-se argumentar que se houver subenumeração de migrantes não há como corrigir ou ajustar os resultados 5. Doeve (1986), por exemplo, propõe um método de ajuste da subenumeração de acordo com o tempo de residência, que só pode ser realizado com os dados de duração de residência e lugar de última residência. Também argumenta que os métodos que se utilizam da combinação de duração de residência e lugar de última residência baseiam-se em uma análise matemática contínua, enquanto a data fixa baseia-se em análise discreta. Seria possível obter resultados discretos da análise contínua, mas não o contrário. calculam-se os saldos para pares de unidades espaciais e não para a unidade espacial em relação ao resto do mundo, além de produzir dados separados para emigrantes e imigrantes. 4 De acordo com a terminologia da United Nations (1970), quando se fala de quesitos relacionados à migração, os meios para o tratamento da informação censitária são conhecidos como técnicas diretas de migração. Por outro lado, chama-se de técnicas indiretas o procedimento que estima o saldo migratório de um determinado período através da diferença entre uma população esperada, caso não houvesse migração - portanto, estimada com funções de fecundidade e mortalidade adequadas -, e a população efetivamente observada. 5 Por exemplo, Fernandes e Leporace (1998) argumentam que isso deve ter ocorrido na Contagem da População de 1996, realizada pelo IBGE. A necessidade de comprovação de, pelo menos, 5 anos de residência no Distrito Federal (DF), para se beneficiar de certos serviços e bens públicos, teria induzido os imigrantes a declarar residência no DF em Vide: FERNANDES, D., e LEPORACE, M. Utilização das informações da Pesquisa de Emprego e Desemprego para estudo na área de migração dificuldades iniciais. In: ANAIS DO XI ENCONTRO DE ESTUDOS POPULACIONAIS. Caxambu,

6 Esta é uma vantagem inequívoca que, no entanto, deverá ser complementada com estimativas indiretas ou quesitos específicos sobre emigração para o exterior, caso se queira inferir algo sobre migração internacional. Se a população do país for aberta, como no caso brasileiro nos anos 80, a soma dos saldos migratórios de uma UF em relação a todas as demais UF não fornecerá o saldo migratório total, ou perda líquida total da população no período, pois estarão faltando os emigrantes internacionais. Na Contagem da População de 1996 foi incluída uma questão que indaga sobre a UF de residência há exatamente 5 anos atrás, em 1 de setembro de Portanto, dispõe-se do quesito de data fixa na Contagem Populacional de Este é outro avanço, porém a Contagem apresentou muitos indícios de subenumeração, sendo pouco utilizada pelos estudiosos de migração. Infelizmente, a Contagem de População 2007, que também incluiu o quesito de data fixa no nível de município de residência há 7 anos antes da data da pesquisa, parece ter o mesmo problema de subenumeração. Na verdade, apesar de muitos autores concordarem que, na necessidade de se escolher um tipo de informação sobre a migração interna, o quesito de data fixa seria o mais indicado, há opiniões divergentes. De maneira geral, os métodos baseados somente no quesito data fixa permitem o estudo de movimentos, mas não outros tipos de abordagens mais aprofundadas, como análise da força de trabalho, planejamento educacional e outras características relacionadas às coorte de migrantes. Doeve (1986) citou estes aspectos, mas um estudo de Borjas (1994) é muito elucidativo e pode servir como um ótimo exemplo deste argumento. Ao estudar a inserção dos migrantes nos EUA, Borjas (1994) analisa o efeito coorte, ou seja, como o processo de adaptação experimentado pelos imigrantes estaria relacionado às diferenças intrínsecas de produtividade das coortes de imigrantes. As considerações de Borjas ressaltam a necessidade de se utilizar uma metodologia adequada para os estudos de inserção do migrante no mercado de trabalho. Para isso, seria preciso o acompanhamento das coortes através do cruzamento dos quesitos duração de residência e idade do migrante (e conseqüentemente, a idade do migrante quando ele chegou no destino) ao longo de diversos censos. Para estudos desta natureza os quesitos duração de residência e lugar de última residência são fundamentais. Duas outras qualidades dos quesitos DUR e LUR são finalmente enfatizadas por Doeve (1986). Uma delas é a capacidade de se calcular taxas de imigração para cada rota geográfica de interesse, segundo idade e ao longo das linhas de coorte. Na abordagem de coorte, os movimentos múltiplos não afetam a medida. O migrante que faz movimentos, ou etapas, dentro de um curto intervalo de tempo é, por definição, um membro da coorte no lugar de residência, ou seja, não se perde a intensidade dos fluxos. Dada a disponibilidade, no Censo de 1991, dos quesitos mais relevantes para a análise migratória, Carvalho e Rigotti (1998), Rigotti (1999) e Rigotti (2000) optaram por explorar o uso simultâneo de ambos. Isso traz imensas vantagens analíticas, pois, no nível de municípios, pode revelar aspectos importantes da mobilidade espacial dos migrantes, em unidades geográficas menores do que os estados da federação, em um contexto de regionalização dos fluxos migratórios, como se verá a seguir. 6

7 Geralmente haverá mais imigrantes de última etapa vis-à-vis os de data fixa, pois todos os imigrantes de data fixa também o serão de última etapa, porém os de retorno dentro do período 6, por definição, não estarão incluídos entre os de data fixa, mas sim entre os de última etapa. Dada uma região, quanto maior a diferença entre o número total de imigrantes de última etapa e o total de imigrantes de data fixa, maior será a importância da migração de retorno dentro do período. Quanto à emigração, uma região pode apresentar maior ou menor número de emigrantes de última etapa em relação aos de data fixa. Se os emigrantes de última etapa forem mais numerosos, a região estaria funcionando como uma etapa intermediária do processo migratório (emigração de passagem). Por outro lado, se os emigrantes de data fixa forem em maior número do que os de última etapa, significa que muitos emigrantes de data fixa reemigraram 7 posteriormente (Rigotti, 1999). Deve-se frisar que, para estas análises, é necessário que haja um intervalo razoável para que as etapas ocorram, como cinco anos, uma vez que não é de se esperar significativa mobilidade por etapas no prazo de um ano. Em suma, o uso simultâneo de quesitos de última etapa migratória e data fixa possibilitam uma análise muito mais detalhada e dinâmica do processo migratório. Isso é fundamental, no caso brasileiro, como se verá a seguir. 3. Descrição dos principais padrões migratórios do Censo Demográfico 2000 Quanto à redistribuição espacial da população, a análise dos resultados dos últimos censos permite a visualização de mudanças, indicativas de novas tendências. Em linhas gerais, o estado de São Paulo, em especial sua região metropolitana, é o maior responsável pela redistribuição da população brasileira e tudo indica que continuará sendo nas próximas décadas. Entretanto, um fenômeno ainda incipiente pelo menos em uma perspectiva de décadas de atração populacional, refere-se ao arrefecimento, esparsamento e algumas poucas, mas sintomáticas, mudanças de sentido dos saldos migratórios entre várias microrregiões do Nordeste e a RMSP. Em um contexto de crescente retorno para os estados nordestinos, isso deve estar indicando um cenário que tende a se consubstanciar nas próximas décadas. Além disso, a metrópole paulista já é responsável pelo envio de migrantes para o oeste do estado, assim como para o Mato Grosso do Sul, Paraná e Sul-Sudoeste de Minas Gerais (Rigotti, 2008). Este cenário é paralelo à clara regionalização dos fluxos, isto é, uma tendência espacial centrípeta em pontos selecionados regiões metropolitanas ou grandes aglomerações urbanas contendo uma capital de unidade da federação cujos centros urbanos são áreas de maior dinamismo econômico, não raras vezes associados à exploração de recursos naturais, como a disponibilidade de terras e água, trazendo alterações substanciais ao uso do solo, assim como novos desafios ambientais. 6 Este tipo de retorno expressa um movimento impossível de ser captado antes do Censo Demográfico de Foi denominado retorno pleno e utilizado em Carvalho & Rigotti (1998) para diferenciar este tipo de movimento daquele retorno em que não se conhece a data de saída da região para a qual o migrante voltaria posteriormente. 7 Reemigração em relação a uma região é referida aos emigrantes de data fixa da região que, em seguida, dentro do mesmo período, mudam para uma terceira região (Rigotti, 1999). 7

8 Este tipo de ocupação ocorre no Sul do País, mas sobretudo no Centro-Oeste, com grande destaque para o estado de Goiás e sua capital. Afora a conhecida expansão do entorno de muitas das grandes metrópoles brasileiras e a atração por elas exercida sobre o interior dos seus estados, a porção central do Brasil é, juntamente com o interior de São Paulo, o maior centro de atração brasileiro (Rigotti, 2005). Esta é uma tendência que provavelmente deve continuar, haja vista a inserção do País nos mercados mundiais, como grande fornecedor de matérias-primas, grãos e carnes, entre outros. De fato, o Distrito Federal e Goiânia passaram a ser opções para aqueles procedentes do Nordeste; o Mato Grosso adquiriu uma dinâmica própria, com vários centros receptores dentro do estado, fato que também ocorre em Rondônia, em menor medida. Por outro lado, antigas áreas emissoras de população para áreas de fronteira agrícola, como o Paraná e Minas Gerais, também experimentaram a emergência de novos pólos regionais importantes, absorvedores de suas respectivas populações. Analisando dados mais recentes das PNADs, Baeninger (2008) sintetiza bem as transformações e principais tendências dos fluxos migratórios brasileiros. Para a autora, o Brasil, neste início de milênio, redefine seus pólos, que passam a ser caracterizados mais como áreas de retenção de migrantes, ao invés de áreas de atração de longa permanência. É nesse sentido, que se pode observar nas migrações nacionais do período uma faixa que se estende do Mato Grosso passando por Goiás, Tocantins, Maranhão e Piauí até o Pará as maiores áreas de retenção migratória. Já o outro corredor da migração nacional é historicamente conformado pelos fluxos Nordeste-Sudeste, e agora pelos seus refluxos Sudeste-Nordeste, onde transitam os volumes mais elevados da migração do país, com intensas áreas de rotatividade migratória, mas com espacialidades migratórias em âmbito subregional, como são os casos de Minas Gerais, Bahia e São Paulo (Baeniger, 2008). Por fim, a autora chama a atenção pra a necessidade de se incorporar novas dimensões aos estudos de migrações no Brasil, como a reversibilidade da migração e sua temporalidade. 4. Síntese do debate sobre o provável módulo de migrações no Censo Demográfico Brasileiro de 2010 Tendo em vista as grandes transformações do fenômeno migratório no Brasil, muito rapidamente sintetizados anteriormente, e também o reconhecimento da maior riqueza de informações do Censo Demográfico de 1991, quando comparado ao de 2000, há um reconhecimento, entre os estudiosos brasileiros, sobre a necessidade da volta dos mesmos quesitos do Censo Demográfico de Como os movimentos regionais ou sub-regionais estão adquirindo cada vez mais importância no Brasil, a adequação dos dados será considerada satisfatória se estiver disponível para unidades de área razoavelmente pequenas, como municípios, e fornecer estatísticas dos totais de imigrantes e emigrantes. Além disso, a informação deve ser capaz de apontar o volume e a origem dos fluxos migratórios. Neste caso, o quesito de data fixa preenche todos estes pré-requisitos. Entretanto, apenas a disponibilidade do quesito data fixa não permite que se obtenham informações sobre as etapas intermediárias ocorridas nos x anos antes do censo, assim como o retorno dentro de um determinado período, previamente especificado. Pelos motivos expostos anteriormente, o Censo Demográfico 2000 provavelmente incluirá: 8

9 - Naturalidade: no nível de Unidade da Federação, além de se perguntar se o migrante reside no município de nascimento - Nacionalidade - Tempo de residência sem interrupção: no município e na Unidade da Federação - Local de residência anterior: município e Unidade da Federação - Situação do domicílio cinco anos antes do Censo: área urbana ou rural - Local de residência cinco anos antes do Censo: município e Unidade da Federação Bibliografía Baeninger, Rosana. (2008), Rotatividade migratória: um novo olhar para as migrações no século XXI, trabalho apresentado no XVI Encontro Nacional de Estudos Populacionais, 29 de setembro-03 de outubro 2008, Caxambu (MG, Brasil). Borjas, George J. (1996), Labor Mobility, em Borjas, George J., Labor Economics., McGraw-Hill, New York, pp Carvalho, José Alberto Magno et al (1998), Dados de migração de última etapa e data fixa do Censo Demográfico Brasileiro de 1991: uma análise preliminar de consistência, em Anais do XI Encontro Nacional de Estudos Populacionais, Cedeplar/ UFMG, Belo Horizonte. Publicado em CD-ROM. Carvalho, José Alberto Magno e Machado, Claudio C. (1992), Quesitos sobre migrações no Censo Demográfico de 1991, em Revista Brasileira de Estudos de População, vol. 9, n 1, Associação Brasileira de Estudos de População, São Paulo, PP Carvalho, José Alberto Magno e Rigotti, José Irineu Rangel (1998), Os dados censitários brasileiros sobre migrações internas: algumas sugestões para análise, Revista Brasileira de Estudos de População, vol. 15, n 2, Associação Brasileira de Estudos de População, São Paulo. Doeve, William.L.J. (1986), How do we measure migration? The preferred migration questions for the global 1990 round of population censuses, National University of Groningen, Department of Human and Economic Geography, Groningen, (Holanda), working paper n 100. Rees, Phil (1985), Does it really matter which migration data you use in a population model?, em Contemporary studies of migration, Geobooks, Norwich (Reino Unido), pp Rigotti, José Irineu Rangel (2008), A (re)distribuição da população brasileira e possíveis impactos sobre a metropolização, documento apresentado no 32º Encontro da Associação Nacional de Pós- Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais, Caxambu (MG, Brasil). [em línea] 9

10 (1999), Técnicas de mensuração das migrações: aplicações aos casos de Minas Gerais e São Paulo, Tese de doutorado em Demografia, Universidade federal de Minas Gerais, Belo Horizonte. (1998), Estimativas de saldos e fluxos migratórios a partir do Censo Demográfico de 1991: uma aplicação para as mesorregiões de Minas Gerais, Revista Brasileira de Estudos de População, vol. 15, n 2, Associação Brasileira de Estudos de População, São Paulo. Rigotti, José Irineu Rangel e Vasconcellos, Idamila Renata Pires (2005), Uma análise espacial exploratória dos fluxos populacionais brasileiros nos períodos e , em Anais do IV Encontro Nacional Sobre Migrações da ABEP, Associação Brasileira de Estudos de População, Rio de Janeiro, Nações Unidas (1970), Manual VI: methods of measuring internal migration, United Nations, Nova York. 10

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