POLARIZAÇÃO VERSUS AGLOMERAÇÃO: FENÓMENOS IGUAIS, MECANISMOS DIFERENTES

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1 Centro de Estudos da União Europeia(CEUNEUROP) Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra Av. Dias da Silva, Coimbra- Portugal Elias Soukiazis e Vitor Martinho POLARIZAÇÃO VERSUS AGLOMERAÇÃO: FENÓMENOS IGUAIS, MECANISMOS DIFERENTES DOCUMENTO DE TRABALHO/DISCUSSION PAPER Nº 10 Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma ou processo, electrónico, mecânico ou fotográfico, incluindo fotocópia, xerocópia ou gravação, sem autorização PRÉVIA. COIMBRA 2002 Impresso na Secção de Textos da FEUC 1

2 POLARIZAÇÃO VERSUS AGLOMERAÇÃO: FENÓMENOS IGUAIS, MECANISMOS DIFERENTES Elias Soukiazis* e Vitor Martinho** RESUMO O objectivo deste trabalho é o de analisar os processos de polarização e de aglomeração, explicando os mecanismos e as causas destes fenómenos, de modo a identificar semelhanças e diferenças. Por isso, o trabalho é organizado em quatro secções. A primeira parte faz uma breve introdução explicando a origem dos fenómenos de polarização e aglomeração. A segunda parte analisa o processo de polarização explicando as causas, os efeitos e os pressupostos através dos quais este fenómeno se concretiza, com características cumulativas e economias de escala crescentes. A terceira parte analisa o processo de aglomeração em particular, tentando formalizar as ideias e o mecanismo que gera este fenómeno dando particular ênfase nas variáveis espaciais e nas externalidades. A última parte tenta identificar as principais semelhanças e diferenças entre estes dois processos duma forma conclusiva. Como principal ilação deste estudo, de referir que ambos os processos procuram explicar a concentração da actividade económica e da população em determinados locais, através de fenómenos cumulativos com características de economias crescentes, mas com perspectivas diferentes: a polarização numa óptica de desenvolvimento económico e de divergência regional e a aglomeração numa perspectiva espacial. Palavras chave: dualismo, polarização, aglomeração, processo cumulativo, economias crescentes, forças espaciais, externalidades. *Professor Auxiliar da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra. Elias@sonata.fe.uc.pt **Assistente na Escola Superior Agrária do Instituto Superior Politécnico de Viseu vitortinho@esav.ipv.pt 2

3 1. INTRODUÇÃO Ao longo do desenvolvimento económico entre países diferentes ou regiões diferentes tem-se assistido a algo que pode ser designado como o fenómeno do dualismo, verificando-se, por isso, a uma clara tendência para a divisão social, económica e geográfica entre o centro e a periferia, o urbano e o rural e a cidade e o campo, facto que se tem acentuado e reforçado, sobretudo, a partir da II Guerra Mundial. Este processo, não será, principalmente, o resultado de inerentes diferenças ao nível dos recursos exógenos dos diversos locais, como defendiam os teóricos Neoclássicos, orientados pelas forças da oferta de factores de produção. Mas, sobretudo, da existência de rendimentos crescentes e da endogeneidade dos factores, os quais estão na base da criação de um processo de crescimento circular e cumulativo, como frisou Myrdal (1957) e Kaldor (1966, 70 e 81). No entanto, as ideias de Myrdal não eram novas, dado que, autores como Allyn Young (1928), Adam Smith e Marshall (1920), entre outros, já tinham alertado para as questões dos rendimentos crescentes e dos processos cumulativos, embora noutras perspectivas. Foi com base na ideia de rendimentos crescentes e de processos circulares e cumulativos que depois de Myrdal apareceram dois tipos de processos, a polarização e a aglomeração, para tentarem explicar o dualismo, associados a teóricos diferentes e com abordagens distintas. A polarização, com abordagens relacionadas com o desenvolvimento económico e numa perspectiva macro-económica, procura explicar porque certas zonas são mais desenvolvidas que outras, tentando explicar o dualismo económico e as forças promotoras do crescimento e do desenvolvimento regional. A aglomeração por seu lado, com preocupações de localização e fundamentos micro-económicos tem procurado explicar, sobretudo, onde a actividade económica se localiza e porquê, tentando, assim, explicar o dualismo geográfico do ponto de vista espacial. 3

4 2. A POLARIZAÇÃO 2.1. Ideias iniciais: crescimento cumulativo O processo de polarização foi mencionado inicialmente pelos clássicos, cuja principal preocupação é explicarem o desenvolvimento económico através das forças dos mercados, dimensão dos mercados, divisão de trabalho e comércio. Adam Smith e Allyn Young admitiam que os processos de crescimento têm causas cumulativas, envolvendo rendimentos à escala crescentes. Dos trabalhos de Adam Smith que serviram de base aos trabalhos de Young, vale a pena referir três pontos essenciais: i) o mecanismo de rendimentos crescentes, não é visto numa óptica limitada e dependente do tamanho de uma empresa individual, ou de uma indústria particular. O que é preciso é que as operações industriais sejam vistas como um todo, para poder explicar a progressiva divisão do trabalho e especialização industrial, responsáveis pelos rendimentos crescentes. Neste sentido as economias de escala é um fenómeno macro-económico com efeitos de dispersão e economias externas. ii) a obtenção dos rendimentos crescentes depende da progressiva divisão do trabalho. As principais economias da divisão do trabalho são as economias que usam o trabalho em vias indirectas, ou seja, economias em que o trabalho é complementado com novas tecnologias que contribuem no aumento da produtividade. iii) a divisão do trabalho depende da extensão do mercado, mas a extensão do mercado depende da divisão do trabalho constituindo um processo recíproco de causa e efeito com características cumulativas. Allyn Young (1928) procurou explorar o conceito de rendimentos crescentes relacionado com o crescimento da indústria. O principal objectivo de Young era determinar a forma como os rendimentos crescentes se reflectem nas mudanças de organização das actividades industriais, defendendo que a diferenciação industrial tem sido e permanece como o tipo de mudança associada com o crescimento da produção e esta associada com o crescimento do mercado. Ou seja, o tamanho do mercado é algo relacionado com o volume de produção, numa lógica cumulativa, um pouco na linha do que tinha defendido Adam Smith entre a dimensão do mercado e a divisão do trabalho. Young verificou que, estes ajustamentos para as novas situações criadas com o crescimento do mercado para os produtos industriais finais, levam a maiores divisões do trabalho entre indústrias, sendo estas geradoras de rendimentos crescentes. Facto que, 4

5 leva a uma melhor distribuição geográfica das actividades industriais, dado que, uma melhor combinação das vantagens de localização (com redução de custos fixos e de transporte) pode ser feita com uma maior especialização das indústrias. Mas as grandes vantagens, derivadas da divisão do trabalho entre indústrias, são as possibilidades de utilizar métodos de produção indirectos, em que o factor trabalho é complementado com a evolução técnica do factor capital. Os rendimentos crescentes, também, foram uma preocupação de Alfred Marshall, o qual, teve como contributo, entre outros, a distinção entre economias de escala internas (são obtidas através da expansão individual das empresas, aproveitando as vantagens comparativas próprias) e economias de escala externas (através da expansão do sector, geralmente a indústria em que a empresa opera, as chamadas externalidades). Nas abordagens da procura e nas explicações do processo de polarização, Myrdal (1957) tentou explorar, de forma mais pormenorizada, o facto de o crescimento económico se desenvolver através de processos com causas cumulativas e circulares, o que, nesta altura, foi um desafio directo para a teoria do equilíbrio estático que prevê que as forças dos mercados diminuem as diferenças espaciais. De acordo com Myrdal, as economias líderes têm a capacidade de explorar, sustentar, reforçar, aumentar e acumular as suas vantagens iniciais de economias de escala, ao longo do tempo e torna difícil para as economias mais atrasadas competirem nas mesmas actividades. Myrdal considerou as suas hipóteses num contexto de uma economia geograficamente dual, descrevendo como através da migração do trabalho, movimento de capitais e comércio, a existência de dualismo não só retarda o desenvolvimento das regiões menos desenvolvidas como abranda o desenvolvimento da economia como um todo. Porém, para se descrever o processo das hipóteses de causas circulares e cumulativas na linha de Myrdal, pode-se começar com um país em que todas as regiões atingiram a mesma fase de desenvolvimento, medido pelo mesmo nível do rendimento per capita, ou pelo nível semelhante da produtividade e dos salários na mesma ocupação. Esta estabilidade pode ser afectada por um choque exógeno (por exemplo, aumento da procura das exportações), o qual produz uma situação de desequilíbrio, com o desenvolvimento a processar-se mais rapidamente numa região que noutra. A proposição de Myrdal é que as forças económicas e sociais tenderão a aumentar a situação de desequilíbrio, levando a uma expansão cumulativa a favor da região que ganhou vantagens, em determinadas actividades. O que Myrdal tinha em mente era um 5

6 típico mecanismo de acelerador multiplicativo, produzindo rendimentos crescentes na região mais favorecida(mais competitiva), admitindo a interacção entre as forças da procura e da oferta. Supondo o aparecimento de diferenças no nível dos salários, como resultado do aumento da procura por trabalho, de acordo com a hipótese das causas cumulativas, são esperadas mudanças na oferta em ajustamento com a procura, negando o retorno ao equilíbrio. Isto porque, a transferência dos trabalhadores de uma região para a outra, leva consigo a procura de bens e serviços, iniciando-se o processo cumulativo, na região do destino 1 e o declínio na região de abandono. O movimento de capitais e o comércio, também, são importantes neste processo cumulativo. Capital, trabalho e empresários tendem a migrar em conjunto, para onde as forças da procura são fortes em busca de melhores remunerações. Assim, uma vez que diferenças no nível de desenvolvimento aparecem, gera-se um processo de expansão cumulativa na região favorecida e efeitos backwash 2 nas outras regiões, mantendo as diferenças inicias ou ainda aumentando -as, provocando uma divergência regional. Outro autor da época de Myrdal, com preocupações semelhantes, é Hirschman (1957 e 1958) que foi o primeiro a referir-se ao fenómeno da polarização. Hirschman admite a existência de efeitos backwash que actuam a favor da região mais desenvolvida, e que para os eliminar, o país que tem problemas com o desenvolvimento das suas regiões mais atrasadas, deve optar por certos mecanismos proteccionistas, tais como, um sistema de taxas e impostos separados (para as diferentes regiões) e apoios para proteger certas actividades. Políticas têm de ser designadas para reduzir, o que ele chamou, efeitos da polarização, desenvolvendo trickle down effects. Estes são efeitos favoráveis para as regiões atrasadas, vindos das regiões mais desenvolvidas, que Myrdal chamou Spread effects. Os trickle ou os spread effects consistem, principalmente, no aumento da procura de produtos nas áreas atrasadas e na difusão de conhecimentos e tecnologias. No ponto de vista de Myrdal, os efeitos spread que beneficiam as regiões menos desenvolvidas, são mais fracos que os backwash (que actuam em detrimento das regiões menos desenvolvidas), daí que se se pretende reduzir as diferenças interregionais, os países têm de confiar na intervenção do estado. A alternativa é esperar que o processo cumulativo acabe, o que pode levar muito tempo. Pode acabar 1 Os neoclássicos, com a teoria do equilíbrio, previam que os salários e remunerações de capital se igualizassem, em face da mobilidade perfeita dos factores de produção. 2 São efeitos associados com a diminuição da procura como resultado da emigração, fuga de capitais e assim falta de investimento e fuga de iniciativa empresarial e trabalho especializado. 6

7 naturalmente, quando os custos crescentes na região favorecida são insuportáveis. Os custos vêm dos altos encargos de vida e das deseconomias externas produzidas por congestionamento da população e das actividades económicas. O processo de causas circulares e cumulativas foi, também, usado por Myrdal para explicar diferenças internacionais no nível de desenvolvimento. Myrdal defende que através do comércio, os países em desenvolvimento foram induzidos, pelos países desenvolvidos, a produzir produtos primários, o que os pôs numa grave desvantagem em termos de balança de pagamentos. Além disso, com os salários de eficiência a favor dos países desenvolvidos, está lançado o processo de vantagens competitivas e cumulativas do comércio externo, especialmente em bens industriais Abordagem Keynesiana: as causas do crescimento cumulativo e o multiplicador do comércio externo. Kaldor (1966) 3, relaciona as economias crescentes com o sector industrial e apresenta três regularidades empíricas ou leis que explicam a importância da indústria no crescimento. A primeira relaciona o crescimento económico com a expansão do output industrial, a segunda relaciona o crescimento da produtividade com o output industrial e a terceira relaciona o crescimento dos outros sectores com o crescimento do sector industrial, mostrando a complementaridade entre sectores. A primeira lei descreve-se através da relação entre a taxa de crescimento do produto interno (y) e a taxa de crescimento do produto industrial (q), de acordo com a seguinte equação, y = α + β(q), sendo α o crescimento autónomo e β a elasticidade do produto total em relação ao produto industrial. De acordo com esta primeira lei, o crescimento do produto industrial é a força principal do crescimento económico total, ou seja, o sector industrial é o motor do desenvolvimento. O sector industrial é tão importante no processo de desenvolvimento, por duas razões principais: (i) a indústria é o único sector em que a produção apresenta economias de escala crescentes; (ii) é um sector que maioritariamente produz bens comercializáveis. A segunda lei formaliza-se pela relação entre a taxa de crescimento da produtividade do trabalho (p) e a taxa de crescimento do produto industrial (q), de 3 Targetti e Thirlwall (1989) reuniram um conjunto de trabalhos de Kaldor numa publicação, onde constam as principais ideias de Kaldor sobre o crescimento económico. 7

8 acordo com a seguinte equação 4, p = δ + ε(q), onde δ é a produtividade autónoma e 0< ε <1 a elasticidade da produtividade em relação ao produto industrial. De acordo com Kaldor a taxa de crescimento da produtividade do trabalho é endógena e determinada pela expansão do output industrial. Esta relação exibe características de eficiência técnica que têm a ver com o progresso tecnológico e as economias de escala estáticas e dinâmicas, capturadas no coeficiente ε. A terceira lei descreve-se pela relação entre a taxa de crescimento do produto industrial (q) com a taxa de crescimento do produto nos outros sectores (z), tais como, agricultura e serviços, expressa pela equação, z = π + µ(q), onde π é o crescimento autónomo não industrial e µ a elasticidade do produto não industrial relativamente ao produto industrial. Esta equação demonstra que a produtividade do sector industrial tem efeitos spillover no aumento da produtividade dos outros sectores, através da transferência de trabalho de actividades menos produtivas para outras mais produtivas. Esta equação demonstra, também, a complementaridade entre sectores, sendo a indústria o sector dominante com externalidades positivas. Nos seus trabalhos, Kaldor, foi inspirado por Adam Smith e por Allyn Young, nomeadamente, ao colocar especial ênfase nos rendimentos crescentes como um fenómeno macro-económico e como uma característica primária da indústria. Portanto, a principal mensagem de Kaldor é que a indústria competitiva é responsável pelo fenómeno de polarização e os pólos de concentração das actividades económicas são pólos industriais. Kaldor 5, analisando a Economia Britânica, chegou à conclusão que o baixo crescimento da economia residia, essencialmente, na fraca capacidade para exportar, relativamente à propensão para importar. Kaldor reviu a doutrina de Harrod sobre o multiplicador do comércio externo, onde as exportações constituem o elemento mais forte da procura, induzindo um crescimento maior. Thirlwall (1979), formalizando as ideias de Kaldor, demostrou que o multiplicador do comércio externo de Harrod na sua forma dinâmica pode prever com grande exactidão o crescimento dum país y, representado pelo rácio entre o crescimento das exportações x e a elasticidade 4 Conhecida como Lei de Verdoorn. 5 The Case for Regional Policies, publicado em 1970, e The Role of Increasing Returns, Technical Progress and Cumulative Causation in the Theory of International Trade and Economic Growth, publicado em

9 rendimento da procura de importação m, y = x m. Thirlwall demonstrou que este rácio define a taxa de crescimento de um país consistente com o equilíbrio da balança de pagamentos, assumindo que os preços relativos internacionais, permanecem constantes no longo prazo. A explicação para o facto de diferentes taxas de crescimento persistirem entre regiões é, então, relacionada com o ciclo vicioso entre o crescimento do output e das exportações. As exportações constituem a mais potente componente da procura autónoma duma economia aberta, à qual as outras componentes da procura se ajustam. O induzido crescimento da produtividade a partir do rápido crescimento do output aumenta a competitividade do país e assim a sua capacidade de exportação, gerando um processo de crescimento com causas circulares e cumulativas. Através do multiplicador do comércio externo, verifica-se que qualquer mudança exógena na procura de produtos de uma região, traz efeitos multiplicadores, em termos da produção e emprego e, por sua vez, ajusta as importações às mudanças nas exportações 6. Daí que, Kaldor (1970) tenha desenvolvido um modelo baseado na promoção das exportações para explicar as diferentes taxas de crescimento entre regiões. Por outro lado, Hicks introduziu na bibliografia a expressão do supermultiplicador, para traduzir os efeitos das mudanças da procura, no investimento e no consumo. Hicks mostrou que, com certas suposições, tanto a taxa de crescimento do investimento, como a taxa de crescimento do consumo, resultam da taxa de crescimento da componente autónoma da procura (esta componente vem de fora da região). Kaldor (1970) teve, também, em conta o ponto de vista de Hicks, em que o crescimento da procura autónoma determina a taxa de crescimento do rendimento nacional no longo prazo e que as exportações são o principal componente da procura autónoma. O ponto de vista do multiplicador do comércio externo, associado a Harrod, e o de Hicks, acabam por ser abordagens idênticas (Kaldor, 1970). Vale a pena referir que o comportamento das exportações depende de factores exógenos (a taxa de crescimento da procura mundial para os produtos da região) e endógenos ou quase endógenos (movimento dos salários de eficiência numa região relativamente a outras). O movimento dos salários de eficiência é atribuída a Keynes e é resultado de dois elementos, o relativo movimento do salário nominal e da produtividade. Se a relação entre o índice do salário nominal e o índice da produtividade se move em favor de uma região, ela ganha competitividade. Os salários de eficiência tendem a descer em regiões 9

10 onde a produtividade cresce mais que a média (dado que os salários tendem a manter-se iguais, em face da mobilidade do trabalho e da pressão dos sindicatos). É por mais esta razão que áreas com um crescimento, relativamente, mais rápido, tendem a adquirir vantagens competitivas e cumulativas sobre as que crescem mais devagar. É através deste mecanismo, juntamente com a lei de Verdoorn, que para Kaldor, o fenómeno de causas cumulativas funciona no processo de polarização. Isto porque, as mudanças induzidas no aumento dos salários não são suficientes para superar os diferentes aumentos da produtividade, como tal, os custos comparativos da produção nas áreas que crescem mais depressa, tendem a cair ao longo do tempo. Assim, o princípio das causas cumulativas explica, em parte, a desigual incidência do desenvolvimento regional, com factores de produção endógenos resultantes do próprio processo histórico de desenvolvimento, melhor que por diferenças dos inputs exógenos (como defendiam os Neoclássicos) e dos recursos produtivos existentes. As forças que explicam a divergência regional dependem, principalmente, das forças da procura, onde as exportações são o mais poderoso elemento. Os inputs, trabalho e capital, são assumidos como factores endógenos e transferem-se para regiões onde a procura é forte e não para onde os preços dos factores são favoráveis 7. Há outros aspectos que resultam daqui, como a intensificação do comércio, resultante de melhoramentos nos transportes e redução de barreiras artificiais (tarifas). O aumento da produção e do rendimento numa região estimula a procura de produtos complementares noutras regiões, logo o princípio das causas cumulativas leva à concentração do desenvolvimento industrial num número de regiões de sucesso, com vantagens comparativas, e não numa única. Este processo tem como consequência a especialização e a melhor afectação dos recursos produtivos. Kaldor (1970) refere, também, que há deseconomias resultantes das excessivas taxas de crescimento das actividades industriais em certas áreas, mas são externas às produções consideradas. Por isso, se se deixar o mercado funcionar livremente, há uma tendência para a concentração da actividade industrial, em locais onde as forças da procura são mais fortes. Em 1981 Kaldor reconhece que, realmente, os rendimentos crescentes, na indústria, nunca foram propriamente explorados na literatura económica. Argumentou por outro lado, que os rendimentos crescentes podem levar a situações monopolistas, 6 As exportações permitem o financiamento de importações necessárias para o desenvolvimento. 7 Soukiazis(1995) demonstrou empiricamente a endogeneidade dos factores de produção num conjunto de países da OCDE. 10

11 porque alguns produtores obtêm vantagens cumulativas, em relação aos seus rivais, e em face de haverem rendimentos crescentes na indústria, sucesso traz sucesso e fracasso traz fracasso. Portanto, é a interactuação entre as forças de polarização que levam à concentração do desenvolvimento em áreas de sucesso e as que levam ao espalhamento da indústria para áreas maiores que falta, também, explorar. Kaldor também admitiu que os processos de polarização são induzidos pelo livre comércio de bens industriais. Com livre comércio, umas regiões ou países com vantagens comparativas, ganham mais e outras perdem cada vez mais. O resultado é a divergência regional. Como se tem verificado os trabalhos de Kaldor foram inspirados, entre outros como vimos, pelas pesquisas de Verdoorn. A interpretação de Kaldor da lei de Verdoorn, teve em consideração toda a base teórica da lei, mas o principal intuito foi o de determinar propriedades vindas da função do progresso técnico ou da curva de learning by doing, onde a produtividade é endógena e a relação entre crescimento da produtividade e o crescimento do output capta efeitos estáticos e dinâmicos de rendimentos crescentes. Neste contexto, Kaldor adopta duas ideias fundamentais, a de Arrow (1962), noção de learning by doing, e a de Young (1928), tese dos rendimentos crescentes como fenómeno macro-económico. Ou seja, as principais características da abordagem de Kaldor relacionam-se com o facto de, o crescimento da produtividade ser endógena, dependendo da expansão do output e com o facto de a função do progresso técnico ser representada com propriedades de learning by doing. A implicação destas hipóteses é que a relação reflecte características dinâmicas entre a taxa de variação da produtividade e o output e não características estáticas entre os níveis de produtividade e a escala de output, ou seja, o crescimento do output estimula o crescimento da produtividade e do emprego, através da realização de estáticas e dinâmicas economias de escala. As estáticas relatam ou relacionam-se com o volume e a escala de produção, resultante da maior divisão e especialização do trabalho (Adam Smith noção de rendimentos crescentes) e as dinâmicas são o resultado do induzido progresso técnico, learning by doing, economias externas na produção, acumulação de capital, inovação, etc. Para Kaldor, a Lei de Verdoorn é a relação responsável do crescimento económico com características circulares e cumulativas. O renascimento desta lei, por Kaldor, contribuiu substancialmente para o tornar o centro das abordagens do crescimento orientado pela procura. O principal contributo de Kaldor foi o de interpretar a lei de Verdoorn numa forma dinâmica, reflectindo 11

12 características de rendimentos crescentes o que é algo especial do sector industrial, contrariando a teoria Neoclássica das economias constantes ou decrescentes Formalização dos modelos de Crescimento cumulativo. As ideias de Kaldor sobre o crescimento cumulativo foram formalizadas por Dixon e Thirlwall em O pressuposto essencial da modelização do processo cumulativo é que quando uma região ganha vantagens de crescimento económico, tende a manter essas vantagens, através de processos que envolvem rendimentos crescentes, isto porque, o próprio crescimento induz o chamado efeito de Verdoorn. O modelo construído tem em conta a perspectiva de Kaldor de acordo com a qual, o crescimento regional é, fundamentalmente, determinado pelo crescimento da procura externa, na qual a taxa de crescimento do investimento e do consumo se ajusta. O modelo descrevese pelas seguintes equações: (1) g t = γ (x t ), equação da taxa de crescimento do output (2) x = η( p ) + δ( p ) + ε( ), equação do crescimento das exportações t d t f t t z t (3) ( p ) = ( w) ( r) + ( l), equação do crescimento dos preços internos d t t t t (4) r = r +λ( g), equações do crescimento da produtividade (5) t a [ η w r + l ) + δ ( p ) + ε ( z) ] ( t a t f t t g t = γ, equação de determinação da taxa de 1+ γηλ crescimento de equilíbrio. No conjunto de equações anteriores a variável g é a taxa de crescimento do output, x é a taxa de crescimento das exportações, p d a taxa de crescimento dos preços domésticos, p f a taxa de crescimento dos preços externos, z a taxa de crescimento do nível de rendimento mundial, w a taxa de crescimento do nível de salários nominais, r a taxa de crescimento da produtividade do trabalho, l a taxa de crescimento do 1+% mark-up sobre o custo unitário do trabalho, r a é a taxa de crescimento da produtividade autónoma e o índice t representa o tempo. Relativamente aos coeficientes, γ é a elasticidade de crescimento do output com respeito ao crescimento das exportações (γ = 1, significa que as exportações são uma constante proporção do output), η e δ são as elasticidades de preços internos e externos, respectivamente, da 12

13 procura das exportações, ε é a elasticidade rendimento da procura das exportações e λ é o coeficiente de Verdoorn. A taxa de crescimento do rendimento externo e a taxa de variação dos preços externos são tomados como exógenos à região, ao contrário dos preços domésticos, daí a terceira equação. A quarta relação do modelo é o que podemos designar por elo de ligação de todo o sistema e está relacionada com o facto de o crescimento da produtividade ser parte dependente do próprio crescimento do output (lei de Verdoorn). Combinando as equações do sistema, obtém-se a equação da taxa de crescimento de equilíbrio. Verifica-se que a taxa de crescimento varia positivamente com r a, z, ε, δ, eλ e negativamente com w e l, uma vez que, η < 0. A dependência p f do crescimento da produtividade da taxa de crescimento do output, por si só, não é suficiente para causar diferenças na taxa de crescimento regional, a não ser que o coeficiente de Verdoorn varie entre as diversas regiões, ou as taxas de crescimento sejam diferentes por outras razões. É, então, claro que é a relação de Verdoorn que faz o modelo circular e cumulativo e que dá a possibilidade de uma região manter as vantagens de crescimento, quando as obtém. A título de exemplo, suponha-se que uma região obtém vantagens na produção de bens com alta elasticidade rendimento da procura no mercado internacional, aumentando, assim, as exportações e o rendimento. Esta circunstância dar-lhe-á a possibilidade de ter taxas de crescimento acima de outras regiões. Isto porque, através do efeito de Verdoorn, o crescimento da produtividade será maior, o crescimento dos preços internos menor, aumentando a competitividade preço dos produtos produzidos e assim as exportações. O processo desenvolve-se duma forma circular e cumulativa entre o crescimento das exportações e o crescimento do rendimento. Por outro lado, acresce que, o facto de a região com a inicial vantagem ter obtido vantagens competitivas na produção de bens com alta elasticidade rendimento da procura, torna difícil para outras regiões competirem nas mesmas actividades. Nos modelos de causas cumulativas, esta é a principal essência da teoria da divergência regional. Isto é, também, a essência do ponto de vista de Kaldor, dado que, como ele defende, abrindo-se o comércio entre regiões podem-se criar diferenças que são sustentadas ou alargadas pelo próprio processo de liberalização do comércio. Thirlwall e Dixon (1979), procuraram readaptar o modelo de Kaldor, introduzindo a condição de equilíbrio da balança nas transacções correntes. O argumento principal é que uma balança de pagamentos deficitária pode constituir um 13

14 impedimento sério a expansão da procura e assim do crescimento. O modelo considera as seguintes equações: (1) x = δ( p p ) + εz, função de crescimento das exportações d f (2) m= β( p p ) + πg, função de crescimento das importações f d (3) x+ p = m+ p, equilíbrio da balança de transações correntes d f (4) p d = w r + l, identidade da determinação dos preços internos (5) r = r +κg, equação do crescimento da produtividade a (6) p = r + bw κg, forma reduzida da inflação doméstica; d a (7) g TD = [( 1+ δ + β )( w r + l p ) + εz] [ π + κ (1 + δ + β ] a f, ou (8) g TD = ( 1+ δ+ β)( r + bw p ) + εz a π+ κ( 1+ δ+ β f, forma reduzida do crescimento do rendimento. Nestas equações, m é o crescimento do volume das importações e os coeficientes β< 0 e π>0 são a elasticidade preço da procura para as importações e a elasticidade rendimento da procura para as importações, respectivamente. O resto das variáveis e dos coeficientes têm a mesmo significado do modelo anterior. A equação final difere da do modelo de Thirlwall e Dixon de 1975, pelo facto de, a taxa de crescimento do output ser consistente com o equilíbrio da balança de pagamentos. Thirlwall (1980), na linha de Kaldor, defende que os problemas regionais de fraco crescimento e grande desemprego são, em essência, problemas da balança de pagamentos que restringe a expansão da procura. A fundamental proposição, deste autor, é que nenhum país ou região (por muito tempo) pode crescer mais depressa que a taxa de crescimento compatível com o equilíbrio da balança de pagamentos, a não ser que possa continuamente financiar o défice da balança de pagamentos. Portanto, o crescimento é primariamente restringido pela procura e o défice da balança de pagamentos constitui um constrangimento sério. Em termos regionais, o défice da balança de pagamentos é financiado internamente, contudo, este afecta o emprego e o crescimento. 14

15 Thirlwall (1992, 99), reforça um conjunto de ideias anteriores, como o facto de o output de uma economia aberta ser comandado pela procura, especialmente, o facto de ser o crescimento a longo prazo da procura autónoma que governa a taxa de crescimento a longo prazo do output. A principal componente autónoma da procura é a que vem de fora. Há um número de importantes razões que explicam porque a procura das exportações pode ser a mais importante força de crescimento: as exportações permitem importações (de bens de equipamentos e de matérias primas) e estas são importantes para o desenvolvimento; o progresso técnico pode ser transferido através do comércio externo, melhorando a capacidade de oferta da área; e as exportações têm um conteúdo importado menor e um efeito multiplicador maior. Assim, países com mais alta elasticidade rendimento da procura das exportações, relativamente às importações, crescerão mais depressa, sem perturbar o equilíbrio da balança de pagamentos. Thirlwall, além da importância da balança de pagamentos no crescimento económico, realça a hipótese de causas cumulativas como uma explicação do atraso no desenvolvimento de algumas áreas, frisando que, esta hipótese é basicamente a hipótese do dualismo geográfico verificado a nível internacional ou regional, o que é algo novo que, possivelmente, está relacionado com a intenção de abordar algumas questões, como sejam, os aspectos espaciais. Até porque, são estas hipóteses que estão relacionadas com a persistência de diferenças espaciais numa grande variedade de indicadores de desenvolvimento, como o rendimento per capita, taxas de crescimento da industrialização e comércio e taxas de crescimento do emprego e desemprego Outros modelos desenvolvidos com base no processo cumulativo Novos modelos foram desenvolvidos, recentemente, tendo como base o processo cumulativo de crescimento. Targetti e Foti (1997), por exemplo, estimaram uma versão modificada do modelo de Dixon e Thirlwall (1975), onde tentaram combinar a abordagem do crescimento cumulativo e a teoria catching-up associada com questões de convergência regional. O modelo desenvolvido é composto pelas seguintes equações: (1) g t = α + β ( x) ; α, β > 0, equação do crescimento do output t (2) p = γ + δ ( g) + µ ln( GAP) + ν ( I / Q) ; γ, µ,ν > 0 e 0 < δ < 1, equação da t t t t 15

16 convergência condicional (3) x t = ξ + π(p) t + ρ(wp) t + σ(z) t ; ξ, π, σ > 0 e ρ < 0, equação do crescimento das exportações α + β[ ξ + π ( γ + µ ln( GAP) t + ν ( I / Q) t ) + ρ( wp) t + σ ( z) t ] (4) gt =, determinação 1 βπδ da taxa de crescimento do rendimento de equilíbrio(forma reduzida). A primeira equação é a usual relação de Kaldor, em que o crescimento do output (g) é governado pela taxa de crescimento das exportações (x). A segunda é uma equação de Verdoorn modificada que de acordo com os autores representa a equação da convergência condicionada 8. O crescimento da produtividade (p) é explicado através do crescimento do produto (g), ( δ é o efeito de Verdoorn), do diferencial tecnológico entre a produtividade da economia líder e dos seguidores(gap) e por último, do rácio entre o investimento e o output (I/Q), que representa a acumulação de capital. A terceira equação é a usual equação das exportações, onde o crescimento da produtividade nacional (p), o crescimento da produtividade mundial (wp) e o crescimento da procura mundial (z), são os principais determinantes. Portanto, constata-se que para Targetti e Foti (1997) mais importante que os preços é a produtividade, o diferencial tecnológico e a acumulação de capital. De acordo com a quarta equação, diferenças na taxa de crescimento do rendimento entre economias diferentes, podem ser explicadas pelas diferenças nos níveis de produtividade, acumulação de capital e competitividade das exportações. Por outro lado, economias com maior efeito de Verdoorn(δ), maior elasticidade de produtividade das exportações(π) e maior elasticidade rendimento da procura das exportações(σ), vou crescer relativamente mais. Ledesma (1999), por seu lado, desenvolveu um modelo de crescimento cumulativo, onde os efeitos de learning by doing, inovação, educação (argumentos dos autores do crescimento endógeno) e catching-up são integrados no modelo de Dixon e Thirlwall. O modelo é constituído pelas seguintes equações: (1) g = κ ; κ 0, equação do crescimento do output t x t > (2) x t = η(p d pf ) t + εz t + ξk t + δ(i / Q) t ; η < 0 e ε, ξ, δ > 0, equação do crescimento das exportações; 8 É o principal argumento utilizado pela teoria do crescimento endógeno e relaciona-se com o facto de as economias convergirem para pontos de equilíbrio distintos se tiverem diferentes estruturas, nomeadamente, ao nível da tecnologia, capital humano e taxas de investimento e de poupança, entre outras variáveis estruturais. 16

17 (3) ( p ) = w r, determinação dos preços internos d t t t (4) r t = πg t + λ(i / Q) t + µ k t + σ(gap) t ; π, λ, µ, σ > 0, equação do crescimento da produtividade; (5) k = γg + βq + ω(edu) + ψ(gap) ; γ, β, ω 0 e ψ < 0, equação de inovação t t t t t > (6) g t = κ [ η p p ) + ε( z) + ξ ( β ( q) + ω( edu) + ψ ( GAP) ) + δ ( I / Q) ] ( d f t t t t t t 1 κξγ, determinação da taxa de crescimento do rendimento. A primeira equação é a usual do crescimento do output, com o multiplicador do comércio externo de Harrod ( κ ). A segunda é uma função de crescimento da procura das exportações aumentada, onde para além dos usuais determinantes (preços relativos e rendimento externo), inclui a variável tecnologia (como proxy da inovação) e a variável (I/Q) como proxy para a acumulação de capital. A terceira equação define a determinação dos preços internos e a quarta é a relação de Verdoorn aumentada, que estabelece as características de rendimentos crescentes gerando os efeitos de crescimento cumulativo, com base no progresso técnico. A partir da quarta equação, verifica-se que, quanto maiores são as diferenças nos níveis de produtividade entre o líder e os seguidores, maiores são as oportunidades de imitação e difusão de tecnologia, induzida a partir dos países mais avançados. A quinta relação define a actividade de inovação (k), onde q representa o crescimento cumulativo do output real (tentando captar efeitos de learning by doing ), edu representa o nível de escolaridade da população activa, como proxy do capital humano. Analisando a quinta equação, constata-se que, quanto maiores são as diferenças de produtividade entre o líder e os seguidores, menores são as capacidades dos menos desenvolvidos para inovar. A última relação explique o crescimento do rendimento e os seus determinantes. Diferenças no crescimento reflectem diferenças no progresso tecnológico, na acumulação de capital, no crescimento cumulativo do output real e o nível de educação da população activa, o que seria de esperar, dada a influência da teoria de crescimento endógeno. Por outro lado, economias com maior efeito do multiplicador de Harrod (k) e maior coeficiente de inovação(ξ), crescem relativamente mais. 17

18 2.5. Síntese final Em resumo, o processo da polarização desenvolve-se tendo por base as forças da procura, economias de escala crescentes (na indústria) e factores de produção endógenos, entre outros. A relação da produtividade, mais conhecida como a lei de Verdoorn (1949), torna o processo de crescimento autosustentado com características cumulativas. Este processo pode desenvolver-se, por exemplo, a partir de um aumento exógeno das exportações, o que aumenta o output através de um efeito directo do multiplicador do comércio externo de Harrod, tornando as exportações o motor do crescimento. O efeito seguinte será na produtividade que melhora como resultado da expansão do output, gerando substanciais ganhos dinâmicos na eficiência de produção, especialização, capacidade de inovação, redução de custos, etc (Kaldor, 1975). A redução dos preços é a consequência seguinte, como resultado do melhoramento da produtividade que, por sua vez, aumenta a competitividade preço das exportações. Chegue-se o aumento do volume das exportações induzindo um crescimento do output ainda maior. O processo continua, assim, numa forma circular e expansionista. Factores estruturais, como, acumulação de capital, progresso técnico, inovação, nível de escolaridade, melhoram as características da oferta das exportações(melhor qualidade, design, fiabilidade, resistência, durabilidade, funcionalidade, diferenciação dos produtos), tornando as exportações mais atractivas no mercado internacional. As regiões que obtenham uma vantagem competitiva inicial, na produção de bens com alta elasticidade rendimento da procura, manterão essa vantagem, tornando difícil outras regiões competirem nas mesmas actividades. A tendência é para as disparidades regionais aumentarem, se os seguidores se tornarem inaptos para explorar economias de escala em certas actividades e beneficiarem de vantagens tecnológicas desenvolvidas pelos líderes. Este é o ponto crucial dos modelos de crescimento com causas cumulativas que explicam as diferenças nas taxas de crescimento entre regiões ou países diferentes. Os países com alta elasticidade rendimento da procura das exportações relativamente a das importações, crescerão mais depressa através de um efeito maior do multiplicador do comércio externo. Em termos de política económica ou regional, os recursos produtivos deveriam ser orientados na produção de produtos comercializáveis com alta elasticidade de procura no mercado internacional. Por outro lado, os produtos produzidos deveriam possuir as características da oferta exigidas na concorrência internacional. 18

19 3. AGLOMERAÇÃO 3.1. Ideias principais. O processo de aglomeração identifica-se pela concentração da actividade económica, criada e sustentada por um processo circular e cumulativo. Acaba por ocorrer a diferentes níveis, ou seja, ao nível urbano (rural ou local), ao nível regional, ao nível nacional, ou ao nível mundial. Esta espécie de lógica circular e cumulativa não é algo de novo, nem exclusiva do processo de aglomeração, dado que, como se referiu, autores como Myrdal (1957), Hirschman (1958) e posteriormente Kaldor (1966, 70 e 81) e Thirlwall (1980, 92 e 99), muito associados ao processo de polarização, já tinham feito referências a este fenómeno. Contudo, a lógica subjacente ao processo de aglomeração é diferente da descrita pela polarização. Na aglomeração a espécie de lógica circular e cumulativa aparece, devido ao facto dos potenciais consumidores irem até certos sítios, porque esperam encontrar uma gama de actividades económicas (oferta) e estas actividades económicas, por sua vez, localizam-se nestes sítios, porque sabem que terão aí acesso a uma grande gama de potenciais consumidores (procura). Assim, há uma interacção entre as forças da oferta representadas pelas empresas e as da procura representadas pelos potenciais consumidores, sem primazia de umas em relação às outras. Desta forma, pode-se referir que a desigual distribuição espacial das economias que reflecte disparidades entre zonas urbanas extremamente povoadas e zonas rurais tragicamente despovoadas, é seguramente o resultado, não de inerentes diferenças nos recursos naturais entre as localizações, mas de um conjunto de processos cumulativos, necessariamente envolvendo rendimentos crescentes, onde a concentração geográfica pode auto-reforcar-se. Contudo, os rendimentos crescentes sempre colocaram dificuldades teóricas, uma vez que, para se lidar com eles ter-se-á de admitir estruturas de mercado em concorrência imperfeita 9. A aglomeração é um processo que é, geralmente, citado na bibliografia associada com os teóricos da Geografia Económica. Tanto as teorias do crescimento cumulativo da corrente Keynesiana, como a Geografia Económica, experimentaram um assinalável crescimento depois da II Guerra Mundial, baseadas no mesmo princípio 19

20 básico, ou seja, a divisão do trabalho é limitada pela extensão do mercado, mas a extensão do mercado, é, por sua vez, afectada pela divisão do trabalho. A circularidade destas relações significa que os países podem experimentar um auto-reforço industrial, e as regiões experimentarem um auto-reforço de aglomeração. Em face da evolução na forma de pensamento da Geografia Económica, é possível distinguir a Geografia Económica Tradicional da Nova Geografia Económica. As linhas teóricas tradicionais da Geografia Económica são basicamente cinco: geometria germânica, físicos sociais, causas cumulativas, economias externas locais e o modelo de von Thu&& nen. Estas linhas teóricas serão desenvolvidas a seguir, dando-se pouco relevo aos físicos sociais, dado que, o seu principal contributo foi o conceito de mercado potencial, útil nos desenvolvimentos das causas cumulativas. A tradição da geometria germânica de Weber (1909), L o&& sch (1940) e Christaller (1933) assenta nos mecanismos do século XVIII onde, os problemas da localização eram vistos directamente, como problemas de ponderação de um conjunto de forças discretas de atracção. A ideia destas teorias relaciona-se com o facto de que, cada empresa é confrontada, por um lado, com um conjunto de forças de atracção para um limitado número de locais de produção, onde existem economias de escala para explorar, e por outro, com custos de transporte que poderão ser reduzidos, aumentando o número de locais de produção. Mas esta descrição implicaria estarmos num mundo com economias de escala e, como tal, num mundo com uma estrutura de mercado em concorrência imperfeita, o que não foi feito, mesmo após Isard (1956) e outros tornarem estes trabalhos acessíveis para não germânicos. O conceito de mercado potencial, lançado pelos geógrafos americanos nos anos 50, tinha implícito a concorrência monopolística e implícita a possibilidade de circularidade. Ou seja, as empresas querem localizar-se onde o mercado potencial é elevado, isto é, perto de grandes mercados, mas os mercados tendem a ser grandes onde há concentração de empresas. O primeiro trabalho de Harris (1954) mostra que regiões com grande mercado potencial têm vantagens de auto-reforço. O primeiro esforço de modelar estes aspectos foi desenvolvido por Lowry (1964). Traduziu-se num modelo numérico calibrado do uso da terra dentro da cidade de Pittsburgh, em que muitas decisões de localização eram endógenas e em que implícitos rendimentos crescentes levam a múltiplos equilíbrios. 9 Verifica-se quando, pelo menos, um vendedor, ou comprador, é suficientemente forte para afectar o preço de mercado. 20

21 As decisões de localização das empresas eram baseadas no conceito de mercado potencial. Mas, se os geógrafos que trabalharam com o mercado potencial não estavam inteiramente ilucidados sobre a possibilidade de circularidade, houve outros geógrafos que foram grandes defensores desta possibilidade, sobretudo, em face da influência dos teóricos da High Development Theory (Myrdal e Hirschman). A explícita aplicação da High Development Theory ao crescimento regional, contudo, é por vezes associado a Pred (1966). Pred supôs que a economia regional cresce até um certo ponto crítico (embora não tenha sido explícito na explicação da forma como este crescimento se processa), onde se torna vantajoso substituir as importações de certos bens sujeitos a economias de escala, pela produção local. A substituição das importações expande o emprego regional, trazendo trabalhadores de outras regiões, aumentando o mercado local e assim sucessivamente, reflectindo uma relação de circularidade entre o tamanho do mercado e a gama de indústrias que uma região possui. O problema de Pred foi esquecer ou ignorar a estrutura do mercado, em concorrência imperfeita. Henderson (1974) desenvolveu, também, um modelo baseado nestes pressupostos, sobre a formação, dimensão e número de cidades. Mas o problema é sempre o mesmo, a estrutura do mercado. O modelo de von Thu&& nen (1826), por seu lado, tem a excelente contribuição de ajudar a perceber as forças (citadas, sobretudo, na literatura da Nova Geografia Económica) centrípetas (forças de aglomeração) e as centrífugas (forças contra a aglomeração). A Geografia Económica Tradicional, porém, foi negligenciada durante anos, em face do problema da estrutura do mercado, como resultado dos rendimentos crescentes, dado que, nestes domínios é preciso encontrar uma forma de relacionar economias de escala com empresas oligopolísticas. A razão foi bem percebida por muitos, senão todos, os economistas espaciais e é, por vezes, referido como o problema do backyard capitalism. A Nova Geografia Económica, muito associada a diversos trabalhos de Krugman, Fujita e Venables tem tido como principal desafio tentar encontrar e deduzir dentro do que foi chamado, por estes autores, black box, o caracter de auto-reforço da concentração espacial. A questão das economias de aglomeração (produtores e consumidores tendem a juntar-se), está mais relacionada com o facto de que modelando as fontes dos rendimentos crescentes para a concentração espacial, podemos aprender algo acerca de como e quando estes rendimentos podem mudar e, então, explorar como o comportamento económico muda com eles. Para a modelização dos rendimentos 21

22 crescentes que explicam a concentração espacial, Alfred Marshall, muito antes em 1920, propôs uma tripla classificação. Na terminologia moderna, ele defendia que as localidades industriais aparecem em face de efeitos spillover, de vantagens de mercados especializados e de ligações backward e forward associadas com os grandes mercados locais. Embora, todas estas três forças estejam claramente a operar no mundo real, a Nova Geografia Económica tem geralmente ignorado as primeiras duas, essencialmente, porque são difíceis de modelar de uma forma explícita. As questões relacionadas com as ligações são fáceis de expor se se ignorarem certos detalhes. De acordo com estas, os produtores escolhem localizações que tenham bons acessos a largos mercados e sejam bem abastecidas por bens que eles e os seus empregados precisem. De qualquer forma, um lugar que, por alguma razão histórica, já tenha uma concentração de produtores, tende a oferecer um largo mercado (em face da procura dos produtores e dos seus trabalhadores) e uma boa oferta de inputs e bens de consumo (produzida pelos produtores que já lá estão instalados). Estas duas vantagens correspondem precisamente às ligações backward e forward da teoria do desenvolvimento económico. Em face destas ligações, uma concentração espacial da produção uma vez estabelecida, tende a persistir e uma pequena diferença no início, no desenvolvimento económico de duas localizações, pode crescer ao longo do tempo. As discussões tradicionais sobre as ligações e a Geografia Económica, não têm em conta certas questões que, geralmente, tornam-se cruciais, quando se pretende ir para além de questões simples. O mais importante disto é a natureza da estrutura dos mercados. Os aspectos relacionados com as ligações só funcionam se houver rendimentos crescentes na produção ao nível individual da empresa, doutro modo, a empresa não concentraria a produção onde o mercado é maior, mas estabeleceria uma estrutura separada para servir cada mercado. Nestas questões espaciais é preciso ter em conta, também, os custos de transporte, porque caso contrário, não interessaria a localização. A Nova Geografia Económica tem procurado desenvolver uma abordagem básica que seja consistente (formalizada), embora um pouco artificial (em face das suposições simplificantes), e que formalize estas questões de uma forma tratável. Para isso, agrupou as tradições ao nível da Economia Espacial, em linhas teóricas coerentes e tem tentado relacioná-las, modelando-as, de modo a explicar da forma mais objectiva possível as questões espaciais. Contudo, dada a dificuldade de conciliar os rendimentos 22

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