Economias de escala e concorrência imperfeita
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- Pedro Henrique Macedo Amaral
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1 v. 01 Economias de escala e concorrência imperfeita Reinaldo Gonçalves Professor titular UFRJ reinaldogoncalves1@gmail.com 1
2 Sumário 1. Economias de escala 2. Concorrência imperfeita 3. Diferenciação de produtos e comércio intra-setorial 4. Comércio intrafirma 5. Vantagens comparativas dinâmicas 6. Síntese 2
3 Bibliografia básica R. Baumann, O. Canuto e R. Gonçalves Economia Internacional. Teoria e Experiência Brasileira Rio de Janeiro: Ed. Elsevier, 2004, cap. 3. 3
4 4
5 1. Economias de escala Retornos crescentes de escala: aumento equiproporcional dos fatores de produção gera aumento da produção em maior proporção - Retornos constantes - Retornos decrescentes 5
6 Economias de escala: tipos Internas à firma Externas à firma local, regional e nacional (externalidades positivas) Internacionais 6
7 Economia de escala interna vs externa à empresa Interna à empresa CMe da empresa depende do tamanho da empresa Externa à empresa: CMe da empresa depende do tamanho do setor em que opera aglomeração dos produtores / concentração geográfica especialização 7
8 Economias externas à empresa: Fontes (Marshall, Porter, Krugman) Concentração de mão-de-obra qualificada Existência de fornecedores especializados de bens e serviços Possibilidade de transbordamentos tecnológicos e de conhecimento (spill-overs) Ação (políticas) de agentes públicos e privados 8
9 Exemplo de possibilidades de economias externas: Cadeia produtiva da indústria do couro 9
10 Exemplo de possibilidades de economias externas: cadeia produtiva da indústria de calçados 10
11 Economia de escala internacional CMe da empresa depende do tamanho do mercado mundial ETs e fragmentação do processo produtivo Economia de escala interna economia de escala internacional 11
12 Economias de escala e curva de possibilidade de produção Ganhos de escala em X e Y Fronteira de produção: convexa 12
13 Economias de escala: efeito líquido 13
14 Argumento No. 1 Mesmo que países tenham idêntica dotação de fatores e acesso às mesmas tecnologias haverá ganhos de comércio devido à especialização derivada das economias de escala 14
15 Modelo Dois países Dois produtos Economias de escala externas à empresa Ganhos de escala de uma empresa dependem da produção de outra empresa Intensidade de economias de escala é idêntica em ambos os setores 15
16 Equilíbrio: Economia fechada --- não possibilidade 16
17 Economia aberta Ganho de comércio: Ea > Ef 17
18 Argumento No. 2 Padrão de especialização pode ficar indeterminado pois depende da relação entre preços domésticos (Pd) e preços internacionais (TT) Pd = TT (gráfico anterior) Pd > TT Pd < TT 18
19 Pd = TT (gráfico anterior) Padrão de especialização: indeterminado. E função de: Demanda Acidente histórico Estratégia de empresa Política de governo 19
20 Argumento No. 3 Livre-comércio pode implicar perda de bem-estar em função dos TT se a especialização (derivada das economias de escala) for no setor com preços baixos no mercado mundial 20
21 Com TT = P 1 P 1... (P x tem preço baixo) Ganha: país com especialização no produto Y Perde: país com especialização no produto X 21
22 Com TT = P 1 P 1... (P x tem preço elevado) Especialização em X: ganho 22
23 2. Concorrência imperfeita Quanto maior o número de empresas em operação no mercado menor a diferença entre RMg e CMg mais próximo da concorrência perfeita Memo: contestabilidade 23
24 Concorrência monopolista Equilíbrio => lucro normal ou seja RMg = CMg CMg inclinação negativa devido às economias de escala RMg inclinação negativa devido ao produto que é diferenciado 24
25 Concorrência monopolista: equilíbrio da empresa 25
26 Cont... A abertura da economia aumenta a concorrência com o maior número de empresas disputando o mercado de cada país Portanto Menor a diferença entre RMg e CMg 26
27 Modelo Preço cai com o aumento do número de empresas (maior concorrência) Por outro lado, Custo médio eleva-se com o aumento do número de empresas (economias de escala perda) 27
28 Preço de equilíbrio: função (número de empresas) Abertura da economia => Aumento do número de empresas Curva C se desloca para baixo com mercado ampliado mercado mundial Preço de equilíbrio (lucro zero para cada empresa) cai 28
29 Resultado: Abertura da economia Maior número de empresas Especialização (economias de escala) Queda de preços Comércio => ganhos [mesmo com idêntica dotação de fatores] 29
30 3. Diferenciação de produtos e comércio intra-setorial Diferenciação: características Qualidade Marca etc Comércio intra-setorial 30
31 Índice de comércio intra-setorial (IGL Grubel Lloyd index) I GLi = 1 [( X i M i ) / (X i + M i )] 0 < I GLi < 1 (para cada setor i) I GL = 0 não há comércio intra-setorial I GL = 1 máximo comércio intra-setorial (X = M) 31
32 Argumento geral No. 1 Diferenças na dotação de fatores determina o padrão do comércio inter-setorial (visão neoclássica) Economias de escala e diferenciação de produto determinam o comércio intra-setorial 32
33 Argumento geral No. 2 Ganho de bem-estar derivado do comércio (intra-setorial) como resultado da maior variedade de produtos (diferenciação) 33
34 Não é possível prever Qual variedade é produzida em cada país 34
35 4. Comércio intrafirma Fragmentação do processo produtivo Cadeia de produção em escala global Empresas transnacionais (ETs) 35
36 Entretanto... Não somente procura-se a maior eficiência em escala global Subfaturamento e superfaturamento Brasil: 60% 36
37 Brasil: comércio intrafirma ( 60%) Comércio intrafirma (%): 1995, 2000 e ,0 60,0 63,3 61,1 57,8 55,7 50,0 40,0 41,7 44,0 30,0 20,0 10,0 0,0 Export ações Import ações
38 Conduta e performance das empresas depende: Disponibilidade de fatores Preço dos fatores (L em particular) Controles governamentais Políticas de estímulo ao IED Barreiras comerciais Tributação 38
39 Comércio intrafirma Fragmentação do processo produtivo Cadeia de produção em escala global Empresas transnacionais (ETs) Sofre influência de fatores locacionais específicos (e.g., tributação) 39
40 5. Vantagens comparativas dinâmicas Economias de escala Economias de aprendizado => ao longo do tempo compensam desvantagem inicial quanto aos custos relativos 40
41 Economias externas dinâmicas (EED) e curvas de aprendizado EED: ao longo do tempo e com o aumento acumulativo da produção há ganhos de aprendizado Curva de aprendizado: relação entre CMe e produção acumulada no tempo 41
42 Especialização, economias de escala e curva de aprendizado (CA) P* preço internacional 42
43 Protecionismo e curva de aprendizado Níveis críticos para liberalização 43
44 Argumento Criação de vantagem comparativa no longo prazo via protecionismo Política comercial estratégica (política de substituição de importações) 44
45 6. Síntese Economias de escala => ganhos de comércio devido à especialização derivada das economias de escala => padrão de especialização pode ficar indeterminado pois depende da relação entre preços domésticos (Pd) e preços internacionais (TT) 45
46 Síntese, cont... => livre-comércio pode implicar perda de bem-estar em função dos TT se a especialização (derivada das economias de escala) for no setor com preços baixos no mercado mundial Diferenciação do produto 46
47 Síntese, cont... abertura da economia aumenta a concorrência com o maior número de empresas disputando o mercado de cada país maior contestabilidade => ganho de bemestar maior número de empresas especialização (economias de escala) queda de preços 47
48 Cont... Diferenças na dotação de fatores determina o padrão do comércio inter-setorial (visão neoclássica) Economias de escala e diferenciação de produto determinam o comércio intra-setorial 48
49 Cont... Comércio intra-firma Fragmentação do processo produtivo Cadeia de produção em escala global Empresas transnacionais (ETs) 49
50 Cont: Política comercial e desenvolvimento Criação de vantagem comparativa no longo prazo via protecionismo economias de escala curva de aprendizado Política comercial estratégica (política de substituição de importações) 50
51 Obrigado! 51
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