MODELOS DE CRESCIMENTO ECONÔMICO
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- Dalila Borja Flores
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1 Existem várias teorias de crescimento econômico: Corrente clássica (Adam Smith, David Ricardo, Thomas Malthus) Corrente Keynesiana (Damodar-Harrod, Kaldor) Corrente neo-clássica (Solow) Crescimento endógeno (Lucas e Romer) Correntes alternativas recentes. 1
2 Corrente clássica Século XVIII e XIX defendia um limite máximo ao crescimento, imposto pelos limites da terra arável. Thomas Malthus defendia que o crescimento das nações se assemelhava às tribos: cresciam em população até um ponto onde se tornava insustentável (por não haver comida, espaço, roupa para todos), onde a guerra, doença ou emigração diminuiam a população, começando novamente o aumento da população. 2
3 Corrente clássica David Ricardo defendia que a terra arável apresentava rendimentos marginais decrescentes, devido ao desgaste dos nutrientes, e esse factor limitava o crescimento das nações até um ponto de "steady state". 3
4 Corrente keynesiana Representada pelo modelo de crescimento de Damodar-Harrod, baseia-se na ideia que há uma relação direta entre o nível de investimentos (em capital físico, ou formação bruta de capital fixo), poupança de um país e o ritmo de crescimento de seu PIB. Este modelo assume que os investidores decidem o seu nível de investimento conforme as suas expectativas (animal spirits de Keynes) e essas expectativas vão ditar os níveis de investimento do longo prazo. Não há equilíbrio neste modelo. 4
5 Corrente Neo-clássica O Modelo de Solow cria uma relação entre o PIB per capita e o capital físico. Existem duas versões principais deste modelo: sem progresso técnico e com progresso técnico. 5
6 Corrente Neo-clássica Sem progresso técnico o crescimento é explicado por uma variável exógena (o resíduo de Solow), e assume sempre que há um limite máximo ao crescimento, denominado de "steady-state", onde o crescimento real do PIB é igual ao crescimento da população (o que implica que o PIB per capita se mantenha constante). No modelo de Solow com progresso técnico quando o PIB está no ponto de "steady state" crescerá à taxa de crescimento da população somada da taxa de progresso técnico. Já o PIB per capita cresce à taxa de progresso técnico. 6
7 Crescimento Endógeno Rebelo, um economista português, criou o primeiro modelo de crescimento endógeno, isto é, um modelo onde o crescimento é explicado pelo próprio modelo, ao contrário do modelo neoclássico, onde o crescimento é um dado exógeno. Este salto é dado com uma alteração de perspectiva sobre o capital. 7
8 Crescimento Endógeno Rebelo assume que o capital da função produção do país é a soma do Capital físico com o capital humano, havendo assim rendimentos constantes à escala, e por consequência, crescimento econômico. Esta perspectiva desencadeou a criação de outros modelos, onde se assume que o conhecimento é o motor do crescimento endógeno, como o são os modelos de Romer e de Lucas. 8
9 Crescimento Endógeno Estes modelos foram formulados nos anos 80 e 90. Nestes modelos abre-se espaço à intervenção estatal, pois o óptimo social é superior ao óptimo privado. Um dos modelos de poupança endógena é o modelo de Ramsey-Cass-Koopmans. 9
10 Modelos alternativos recentes Os modelos assumem que o papel das instituições e o passado (path dependence ou dependência da trajetória) são fundamentais para entender o crescimento e o desenvolvimento. Douglas North, Nobel da Economia, produziu vários artigos que relacionavam crescimento e mudança institucional 10
11 Modelos alternativos recentes Daron Acemoğlu, professor do MIT, criou recentemente modelos microeconômicos que relacionam o papel das instituições e a distribuição do poder na sociedade com o crescimento económico O conceito de dependência da trajetória surge no âmbito da teoria econômica histórica. 11
12 Modelos alternativos recentes Posteriormente, é incorporado ao debate da Ciência Política e então sofre mudanças. Ao se tentar desvendar como, de fato, a história importa, divergências consideráveis surgiram "na definição de mecanismos explicativos, na importância concedida ao tema da contingência e na própria especificação dos tipos de sequências de eventos que poderiam ser consideradas como 'dependentes da trajetória'." 12
13 CRESCIMENTO X DESENVOLVIMENTO O crescimento econômico, quando medido apenas pelo PIB, pode ser muito desigual de um país para outro Isso porque taxas de crescimento iguais de PIB escondem grandes variações na melhoria do bem estar das pessoas e do seu IDH Certos tipos de crescimento, que poderíamos chamar de predatórios, podem levar à degradação ambiental e dos recursos naturais de alguns países, como a Indonésia, a Nigéria e a Rússia e a China, o que por sua vez pode afetar as perspectivas de crescimento futuro. 13
14 CRESCIMENTO X DESENVOLVIMENTO O crescimento é um dos fatores fundamentais na redução da pobreza e na melhora do IDH, mas seu impacto sobre a pobreza pode variar enormemente. O caso do milagre brasileiro, durante a ditadura militar, é sempre citado como uma década em que o país obteve índices recordes de crescimento de seu PIB, sem que isso tivesse contribuído significativamente para diminuir sua desigualdade econômica 14
15 POLÍTICAS DE CRESCIMENTO Investimento em infraestruturas públicas; Investimento em capital humano : a) Promoção da educação b) Promover mais e melhores cuidados de saúde preventivos, para assegurar o aumento da assiduidade ao trabalho. c) Criar condições, para reter o capital humano existente, evitando a fuga de quadros qualificados, para outros países. 15
16 POLÍTICAS DE CRESCIMENTO Promoção de atividades geradoras de externalidades positivas, como o desenvolvimento de produtos, desenvolvimento de novas tecnologias e promover a pesquisa aplicada. Promoção da eficiência dos mercados: Políticas de promoção de concorrência; Fornecimento de bens públicos ; Eliminar externalidades negativas; Eliminação dos efeitos negativos, provocados pela intervenção do estado; Promover a poupança nacional 16
17 Indice de Desenvolvimento Humano (IDH) 17
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