UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO CENTRO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS DEPARTAMENTO DE CIÊNCIA POLÍTICA PROCESSOS DE INTEGRAÇÃO REGIONAL
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1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO CENTRO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS DEPARTAMENTO DE CIÊNCIA POLÍTICA PROCESSOS DE INTEGRAÇÃO REGIONAL Ortodoxia e Heterodoxia na Discussão sobre Integração Regional: A Origem do Pensamento da CEPAL e seus Desenvolvimentos Posteriores. Amado & Mollo (2004). Profº Drº Marcelo Medeiros Estágiaria Docente: Nayanna Sabiá Discentes: Lício Lima, Pedro Fonseca, Vítor Alves.
2 Sumário Introdução - Vítor Alves; O pensamento heterodoxo e o ceticismo quanto aos processos de formação de blocos regionais - Lício Lima; A CEPAL e a heterodoxia das suas propostas iniciais de integração - Pedro Fonseca; A título de conclusão - Vítor Alves.
3 Introdução Autoras: Adriana Amado; Maria de Lourdes Mollo. Esquema do texto. Vítor Alves 1-1/1
4 O pensamento heterodoxo e o ceticismo quanto aos processos de formação de blocos regionais. Os acordos como peças chaves para formação dos blocos regionais e a liberalização de mercado entre países. As regras comuns como impeditivos de objetivos econômicos específicos. Duas razões segundo a visão keynesiana, sobre a união monetária: 1º Razão Liberalização de Mercados: Quanto mais profundo for as relações regionais, mais os países se relacionam por meio de preços ou do próprio mercado. 2º Razão Estabilidade do Nível Geral dos Preços: A moeda é neutra a curto ou a longo prazo, o que significa que o mercado é guiado pelos preços relativos, sendo assim é preciso evitar elevações no nível geral dos preços, devido a eficiência alocativa (alocação de recursos da melhor maneira possível, evitando assim quaisquer desperdícios). Lício Lima 1/5
5 "Controle inflacionário" e "expectativa racional". Os ortodoxos acreditam que a mobilidade de fatores e o peso dos bens comercializáveis são peças fundamentais para a formação das uniões monetárias. Já os heterodoxos não apenas não creem no poder regulador do mercado, mas atribuem papel destacado à intervenção estatal na economia. A concorrência, numa visão marxista, conduz a lógica de que os monopólios e oligopólios como consequência dos processos de concentração e centralização do capital. (MOLLO & AMADO, 2001). Lício Lima 2/5
6 Enquanto para os ortodoxos as uniões monetárias se darão como fatores de produção (MUNDELL, 1961). Já os heterodoxos veem tal processo (união monetária) de maneira problemática, exatamente por como é concebida a moeda, em economias capitalistas. A moeda como relação social, pois a mesma reflete estruturas produtivas próprias, as moedas refletem também conflitos internos e de relações entre países distintos. Pensamento Pós-Keynesiano: Os problemas monetários vistos para as integrações, em especial as uniões monetárias, dependem das preferências pela liquidez, diferentes entre países e regiões mais e menos desenvolvidos (DOW, 1982, 1987 E 1990; CHICK & DOW, 1988, 1996). Liquidez = segurança. Lício Lima 3/5
7 Distinções Macroeconômicas PAÍSES/REGIÕES MAIS DESENVOLVIDOS PAÍSES/REGIÕES MENOS DESENVOLVIDOS DINÂMICA ECONÔMICA ENDÓGENA DINÂMICA ECONÔMICA EXÓGENA TRAJETÓRIA ESTÁVEL TRAJETÓRIA INSTÁVEL MENOS INCERTEZAS MAIS INCERTEZAS Lício Lima 4/5
8 Em suma o sistema financeiro tende a acentuar as desigualdades regionais, restringindo a criação de liquidez nas economias periféricas. O estado como o ator protagonista na política monetária diferenciada das regiões periféricas. Heterodoxia focada na centralização de decisões extramercados, a fim de impedir que os ajustes via preços possam criar problemas no desenvolvimento. Lício Lima 5/5
9 A CEPAL e a heterodoxia das suas propostas iniciais de integração. Pensamento sobre desenvolvimento econômico da CEPAL nasce de uma tentativa heterodoxa de compreensão do fenômeno do subdesenvolvimento, comum aos países latino-americanos; Perspectiva de integração econômica da América Latina Permitir a superação de alguns entraves estruturais; As páginas seguintes propõem-se a examinar o problema do mercado comum do ponto de vista do desenvolvimento econômico latino-americano. (CEPAL, 1959/2000, p. 349 apud Amado & Mollo, 2004). Pedro Fonseca 1/6
10 Teoria do subdesenvolvimento da CEPAL; Análise dos entraves: Problemas da dimensão dos mercados; Necessidade de transposição dos limites criados à produção de bens de capital. Vulnerabilidade externa; Perspectiva da CEPAL e uma integração relativamente limitada e cautelosa. "O mercado comum deverá ser resultado de uma política, e não de uma fórmula." (CEPAL [1959a], 2000, p. 350, apud Amado e Mollo, 2004) Pedro Fonseca 2/6
11 Perspectiva cepalina é distinta da teoria tradicional (MCKINNON, 1963, MUNDELL, 1961 apud Amado & Mollo, 2004); Pouca discussão do ponto de vista monetário; Problemas decorrentes da escassez e das dificuldades para a obtenção de divisas; Liberalização vista como consequência de um processo de desenvolvimento integrado. Pedro Fonseca 3/6
12 Pouca percepção acerca dos problemas monetários que a integração poderia provocar; Como Bielschowsky (2000) resume, o estruturalismo cepalino chamava atenção para duas características centrais das estruturas latinoamericanas: A base econômica especializada em poucas atividades de exportação; A baixa produtividade em todos os setores, com exceção do exportador. Pedro Fonseca 4/6
13 Limitações para compensar as deficiências: Escassez de exportações; Disponibilidade de financiamento externo; Insuficiência de poupança interna Setor público Estrutura fiscal obsoleta; Setor privado Amplo excedente real; Potencial de mão-de-obra; Baixa produtividade média per capita. Pedro Fonseca 5/6
14 Os cepalinos não perceberam toda a importância que havia para o desenvolvimento da região de um sistema financeiro próprio bem desenvolvido Nas versões marxistas da teoria da dependência não se observam grandes preocupações com a análise monetária (FRANK, 1967 apud Amado & Mollo, 2004); Conclusão O cuidado que se tem que ter com as propostas em andamento de integração econômica na América Latina; Necessidade do pensamento cepalino visitar a concepção heterodoxa de moeda nas suas análises. Pedro Fonseca 6/6
15 A título de conclusão Até onde a heterodoxia cepalina alcançava? Fajnsylber (1990/CEPAL, 2000) e o "regionalismo aberto [...] à serviço da transformação produtiva com equidade": liberalização da CEPAL. Vítor Alves 2-1/1
16 Referências Bibliográficas AMADO, A. M. & MOLLO, M. L. R. Ortodoxia e heterodoxia na discussão sobre Integração Regional: A origem do pensamento da CEPAL e seus desenvolvimentos posteriores. Est. econ., São Paulo, v. 34, n. 1, p , Janeiro-Março, 2004.
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