Indústria e Desenvolvimento: desafios e perspectivas para os economistas

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Indústria e Desenvolvimento: desafios e perspectivas para os economistas"

Transcrição

1 Indústria e Desenvolvimento: desafios e perspectivas para os economistas > Lia Hasenclever (IE/UFRJ) Aula Inaugural Instituto de Economia Universidade Federal do Rio de Janeiro Rio de Janeiro, 31/08/2016

2 Os Cenários: 1972 e : Acelerada elevação da participação da indústria no Produto Interno Bruto 2016: Forte queda da participação da indústria no Produto Interno Bruto Problema: Desindustrialização?

3 Indústria de Transformação Brasileira (% do PIB) 1955 a 2029 Fonte: Fiesp/Decon

4 Os cenários: 1972 e 2016 e as políticas Até meados de 1980: política cepalina de industrialização a partir de transferência de tecnologia: substituição de importações Entre anos 1985 e 1990: política liberalizante e ausência de políticas industriais e tecnológicas explícitas A partir dos anos 2000: novo contexto de globalização reduz margem de manobra para as políticas anteriores: 1. proibição do estabelecimento de tarifas; 2. proibição do controle de capitais; 3. aumento do comércio entre firmas e diminuição de sua importância entre países cadeias globais de valor 4. redução da difusão das tecnologias pela assinatura do TRIPS 5. mudanças tecnológicas intensas

5 Mas o que é desindustrialização? Redução absoluta da produção industrial? Crescimento menor da produção e do emprego industriais em relação aos demais setores de atividade? Substituição da produção nacional por importações? Reprimarização da pauta exportadora? Especialização regressiva da produção industrial?

6 As várias definições de desindustrialização Redução da participação da indústria no emprego total (Clark, 1967; Rowthorn & Wells, 1987) Redução da participação da indústria no emprego e no produto (Tregenna, 2009) Doença holandesa e especialização regressiva (Bresser-Pereira, 2008) Coeficiente de penetração das importações e substituição da produção nacional (Puga, 2007)

7 Desindustrialização em diferentes visões do processo de desenvolvimento Desindustrialização como processo de evolução natural do desenvolvimento Elevação de renda aumenta demanda de serviços Avanços tecnológicos aumentam produtividade do trabalho Deslocamento do emprego para outros setores de atividade

8 Desindustrialização em diferentes visões do processo de desenvolvimento Desindustrialização como processo precoce Perda de participação da indústria antes da elevação do PIB per capita Algum fenômeno é responsável por interromper a trajetória natural

9 Desindustrialização e renda per capita na OECD Participação da indústria manufatureira no PIB e PIB per capita (US$, preços constantes de 2000): Países da OECD, Fonte: Elaboração própria com base nos World Development Indicators (2011).

10 Desindustrialização e renda per capita no Brasil PIB per capita (US$, preços constantes de 2000) e participação da indústria manufatureira no PIB (%): Brasil, Fonte: Elaboração própria com base nos World Development Indicators (2011).

11 Desindustrialização em diferentes perspectivas teóricas Doença holandesa Vantagens comparativas em setores intensivos em recursos naturais ou mão de obra Saldos comerciais positivos Apreciação cambial Perda de competitividade da indústria Deslocamento dos investimentos Desindustrialização

12 Desindustrialização em diferentes perspectivas teóricas Doença holandesa latino-americana Reformas do Consenso de Washington Abertura comercial e financeira Superávit primário Saldos na balança de capital positivos Mesmo processo de especialização produtiva e desindustrialização

13 Problema da desindustrialização para o desenvolvimento Limitação da capacidade de crescimento e desenvolvimento Porque? Indústria é o motor do desenvolvimento: Efeitos multiplicadores do produto e do investimento Geradora de progresso tecnológico Economias de escala sobre a produtividade Empregos de maior qualidade Produtividade cumulativa

14 Renda per capita do Brasil e dos países desenvolvidos de 1950 a 2011 (US$ PPC preços Fonte: Fiesp/Decon constantes de 2005)

15 Desindustrialização no Brasil? De que tipo? Debate em meados dos 1990 Retorno do debate a partir de 2003 Pontos em comum: câmbio valorizado Aumento das importações: produtos industrializados/alto conteúdo tecnológico Aumento da especialização das exportações: primarização da pauta

16 Autores que negam a desindustrialização no Brasil Puga (2007), Nassif (2008), Barros e Pereira (2008) Não houve crescimento negativo da produção industrial Setores de alto conteúdo tecnológico (BK) não retraíram a produção Aumento de participação da indústria extrativa e petróleo é resultado das vantagens comparativas Importações aumentaram a produtividade Reestruturação da indústria ao novo cenário

17 Autores que acreditam na desindustrialização do Brasil Bresser-Pereira (2008), Feijó (2005), etc. Queda da participação da indústria no PIB Reprimarização das exportações Aumento das importações intensivas em tecnologia Especialização regressiva da produção industrial Queda no valor adicionado da indústria (VTI/VBPI)

18 Visão crítica sobre o processo de desindustrialização Não há indícios conclusivos de desindustrialização Problemas de mensuração Indicadores de especialização não são tão expressivos Câmbio valorizado e manutenção da tendência de especialização pode comprometer desenvolvimento futuro

19 Participação da Indústria no PIB 1ª Crítica Principais problemas: Mudanças tecnológicas e organizacionais (ilusão estatística); Terceirização de atividades/subcontratação (anos 90). Serviços industriais Mudanças metodológicas e rupturas das séries: Contas nacionais: e CNAE: 1996 e 2007

20 Desafios atuais para promoção da indústria Nova visão da CEPAL a partir dos anos 1990: agregação de conhecimento, progresso técnico, e diferenciação de produtos são essenciais para se vencer a dependência tecnológica herdada do período de substituição de importações (Fajnzylber, 1987) no novo contexto globalizado e de mudanças tecnológicas Política macroeconômica pró-indústria; política comercial ativa; políticas educacionais e de qualificação dos trabalhadores; política de saúde e políticas de melhoria das infraestruturas Política de gerenciamento de rendas: em que medida as rendas criadas pelos suportes da política industrial estão sendo reinvestidas no crescimento da produtividade, competitividade e sustentabilidade das indústrias apoiadas?

21 Considerações finais A indústria continua sendo o motor do desenvolvimento e a única forma de alcançar o nível de renda per capta dos países mais desenvolvidos Mesmo os países desenvolvidos estão buscando a reindustrialização E nós???? Vamos deixar a indústria morrer???? Congrego aos novos alunos e futuros economistas a virem fazer parte da Associação Brasileira de Economia Industrial e Inovação (ABEIN), recém criada, para pensar como superar os novos desafios no cenário atual

22 Grupo de Economia da Inovação UFRJ Instituto de Economia da UFRJ Agradecimentos: Felipe Marcolino (bolsista do GEI) telefone (21) ou 5275 Produzido por

AVALIAÇÃO DO PROCESSO DE DESINDUSTRIALIZAÇÃO EM SANTA CATARINA: CARACTERÍSTICAS E CAMINHOS PARA A RETOMADA DO CRESCIMENTO

AVALIAÇÃO DO PROCESSO DE DESINDUSTRIALIZAÇÃO EM SANTA CATARINA: CARACTERÍSTICAS E CAMINHOS PARA A RETOMADA DO CRESCIMENTO AVALIAÇÃO DO PROCESSO DE DESINDUSTRIALIZAÇÃO EM SANTA CATARINA: CARACTERÍSTICAS E CAMINHOS PARA A RETOMADA DO CRESCIMENTO Silvio Antonio Ferraz Cario NEIITEC-UFSC FLORIANÓPOLIS - SC Argumentos: Perda de

Leia mais

Mudança estrutural e crescimento desequilibrado na economia brasileira dos anos 2000

Mudança estrutural e crescimento desequilibrado na economia brasileira dos anos 2000 Mudança estrutural e crescimento desequilibrado na economia brasileira dos anos 2000 Rodrigo Vergnhanini - verg.rodrigo@gmail.com Bolsista da CAPES Orientador: Prof. Dr. Franklin Serrano UFRJ Programa

Leia mais

REFLEXÕES SOBRE CÂMBIO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR

REFLEXÕES SOBRE CÂMBIO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR REFLEXÕES SOBRE CÂMBIO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR Fernando J. Ribeiro Economista-chefe chefe da FUNCEX Workshop CINDES Rio de Janeiro 5 de agosto de 2011 09/08/2011 VISÃO MACROECONÔMICA DA BALANÇA

Leia mais

Parte 6 Estado, mercado e desenvolvimento Sessão 2. Reinaldo Gonçalves

Parte 6 Estado, mercado e desenvolvimento Sessão 2. Reinaldo Gonçalves Parte 6 Estado, mercado e desenvolvimento Sessão 2 Reinaldo Gonçalves 1 Sumário 1. Desenvolvimento 2. Desenvolvimentismo 3. Consenso de Washington 4. Pós-Consenso de Washington 5. Novo-desenvolvimentismo

Leia mais

Desindustrialização: conceituação, causas, efeitos e o caso brasileiro

Desindustrialização: conceituação, causas, efeitos e o caso brasileiro Desindustrialização: conceituação, causas, efeitos e o caso brasileiro José Luís Oreiro Publicado por jlcoreiro em 22 Dezembro 2009 Nos últimos meses tem-se observado uma preocupação crescente entre os

Leia mais

Relações Econômicas Brasil-China: Oportunidades de Investimentos na Indústria Brasileira

Relações Econômicas Brasil-China: Oportunidades de Investimentos na Indústria Brasileira Relações Econômicas Brasil-China: Oportunidades de Investimentos na Indústria Brasileira Jorge Arbache Universidade de Brasília Seminário Empresarial 40 Anos de Parceria Brasil-China Brasília, 16 de julho

Leia mais

Salário Mínimo e Regime de Crescimento Carlos Aguiar de Medeiros (IE/UFRJ) IBRE/FGV, Maio 2014

Salário Mínimo e Regime de Crescimento Carlos Aguiar de Medeiros (IE/UFRJ) IBRE/FGV, Maio 2014 Salário Mínimo e Regime de Crescimento Carlos Aguiar de Medeiros (IE/UFRJ) IBRE/FGV, Maio 2014 Salário Mínimo e Taxa de Salários O salário mínimo é essencialmente um salário político. Macroeconomicamente

Leia mais

Desindustrialização no Brasil Diagnósticos, Causas e Consequências

Desindustrialização no Brasil Diagnósticos, Causas e Consequências Março/2015 Desindustrialização no Brasil Diagnósticos, Causas e Consequências Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos 1 Estrutura da Apresentação Diagnósticos do Processo de Desindustrialização

Leia mais

Macroeconomia Brasileira. Reinaldo Gonçalves Professor Titular Instituto de Economia - UFRJ

Macroeconomia Brasileira. Reinaldo Gonçalves Professor Titular Instituto de Economia - UFRJ Macroeconomia Brasileira Reinaldo Gonçalves Professor Titular Instituto de Economia - UFRJ 1 Sumário 1. Desempenho macroeconômico: perspectiva histórica 1. Fundamentos 2. Desempenho macroeconômico e estratégias

Leia mais

Desenvolvimento às Avessas. Reinaldo Gonçalves Professor Titular Instituto de Economia - UFRJ

Desenvolvimento às Avessas. Reinaldo Gonçalves Professor Titular Instituto de Economia - UFRJ Desenvolvimento às Avessas Reinaldo Gonçalves Professor Titular Instituto de Economia - UFRJ 1 Sumário 1. Hipótese central 2. Fundamentos analíticos 3. Transformações estruturais fragilizantes 4. Fraco

Leia mais

DESINDUSTRIALIZAÇÃO: UMA ANÁLISE DO CASO BRASILEIRO GT 5 Economia industrial e Microeconomia GT5 Economia Industrial e Microeconomia RESUMO

DESINDUSTRIALIZAÇÃO: UMA ANÁLISE DO CASO BRASILEIRO GT 5 Economia industrial e Microeconomia GT5 Economia Industrial e Microeconomia RESUMO DESINDUSTRIALIZAÇÃO: UMA ANÁLISE DO CASO BRASILEIRO GT 5 Economia industrial e Microeconomia GT5 Economia Industrial e Microeconomia Anna Carolina Oliveira Carvalho 1 Rodrigo Silva Vilas Boas Santos 2

Leia mais

DIÁLOGO DA INDÚSTRIA COM CANDIDATOS À PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA

DIÁLOGO DA INDÚSTRIA COM CANDIDATOS À PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA DIÁLOGO DA INDÚSTRIA COM CANDIDATOS À PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA Carlos Fadigas Presidente, Braskem 30/07/2014 O Brasil tem oportunidades, mas para aproveitá-las precisa vencer alguns desafios DETERMINANTES

Leia mais

Perspectivas para a indústria brasileira uma proposta baseada na exportação de manufaturados

Perspectivas para a indústria brasileira uma proposta baseada na exportação de manufaturados Perspectivas para a indústria brasileira uma proposta baseada na exportação de manufaturados Apresentação preparada para o Seminário Perspectivas para a economia brasileira nos próximos anos, na FIESP

Leia mais

Painel 3 Perspectivas para a indústria

Painel 3 Perspectivas para a indústria Seminário FIESP DECOMTEC Perspectivas para a economia brasileira nos próximos anos Painel 3 Perspectivas para a indústria David Kupfer GIC-IE/UFRJ São Paulo - 19 de setembro de 2016 Financiamento e Reestruturação

Leia mais

INDICADOR DE COMÉRCIO EXTERIOR - ICOMEX

INDICADOR DE COMÉRCIO EXTERIOR - ICOMEX INDICADOR DE COMÉRCIO EXTERIOR - ICOMEX Icomex de junho, referente a maio de 2017 Número 2 20.junho.2017 A balança comercial continua melhorando: a indústria extrativa liderou o aumento no volume exportado

Leia mais

Vulnerabilidade externa estrutural do Brasil

Vulnerabilidade externa estrutural do Brasil Vulnerabilidade externa estrutural do Brasil Reinaldo Gonçalves Professor titular UFRJ 1 Sumário 1. Conceitos-chave 2. Vulnerabilidade externa estrutural 3. Perspectivas 2 1 Conceitos-chave Modelo liberal

Leia mais

PERSPECTIVAS DO SETOR EXTERNO CATARINENSE DIANTE DA CRISE ECONÔMICA INTERNACIONAL

PERSPECTIVAS DO SETOR EXTERNO CATARINENSE DIANTE DA CRISE ECONÔMICA INTERNACIONAL PERSPECTIVAS DO SETOR EXTERNO CATARINENSE DIANTE DA CRISE ECONÔMICA INTERNACIONAL Mohamed Amal 1 INTRODUÇÃO O setor exportador de Santa Catarina apresentou um desempenho relativamente linear durante o

Leia mais

Marco A.F.H.Cavalcanti (IPEA) XIII Workshop de Economia da FEA-RP Outubro de 2013

Marco A.F.H.Cavalcanti (IPEA) XIII Workshop de Economia da FEA-RP Outubro de 2013 Evolução recente e desafios da economia brasileira Marco A.F.H.Cavalcanti (IPEA) XIII Workshop de Economia da FEA-RP Outubro de 2013 A importância do crescimento Há vários anos, a economia brasileira tem

Leia mais

REPRIMARIZAÇÃO DA ECONOMIA BRASILEIRA E SUAS RAÍZES NO SUBDESENVOLVIMENTO

REPRIMARIZAÇÃO DA ECONOMIA BRASILEIRA E SUAS RAÍZES NO SUBDESENVOLVIMENTO REPRIMARIZAÇÃO DA ECONOMIA BRASILEIRA E SUAS RAÍZES NO SUBDESENVOLVIMENTO Rafaela Carolina Lopes 1, Marcelo José Moreira 2 1 Graduanda em Ciências Econômicas, CCSEH/Universidade Estadual de Goiás, cl.rafaela@gmail.com;

Leia mais

Saldos comerciais e doença holandesa no Brasil no período recente ( )

Saldos comerciais e doença holandesa no Brasil no período recente ( ) Saldos comerciais e doença holandesa no Brasil no período recente (2002-2008) Clésio Lourenço Xavier * Michael Gonçalves da Silva ** Resumo - O objetivo deste artigo é analisar a hipótese da doença holandesa

Leia mais

Indicadores Sobre a Importância da Indústria na Economia: Uma Contribuição da Análise Insumo-Produto

Indicadores Sobre a Importância da Indústria na Economia: Uma Contribuição da Análise Insumo-Produto temas de economia aplicada 37 Indicadores Sobre a Importância da Indústria na Economia: Uma Contribuição da Análise Insumo-Produto Jaqueline Coelho Visentin (*) 1 Introdução e Discussão No que diz respeito

Leia mais

COMÉRCIO E INVESTIMENTO INTERNACIONAIS PROF. MARTA LEMME 2º SEMESTRE 2014

COMÉRCIO E INVESTIMENTO INTERNACIONAIS PROF. MARTA LEMME 2º SEMESTRE 2014 COMÉRCIO E INVESTIMENTO INTERNACIONAIS PROF. MARTA LEMME 2º SEMESTRE 2014 1 Indicadores de Competitividade Conceito de Desempenho (Ex post) Conceito de Eficiência (Ex ante) Haguenauer, L. (1989) 2 Conceito

Leia mais

BRICS: área (em milhões de km 2 ) Total BRICS: 38 milhões km 2 (30%) 16,4 (12,6%) 9,3 (7,2%) 3,0 (2,3%) 1,2 (0,9%) 8,5 (6,5%) Fonte: WDI Banco Mundial

BRICS: área (em milhões de km 2 ) Total BRICS: 38 milhões km 2 (30%) 16,4 (12,6%) 9,3 (7,2%) 3,0 (2,3%) 1,2 (0,9%) 8,5 (6,5%) Fonte: WDI Banco Mundial BRICS: área (em milhões de km 2 ) 16,4 (12,6%) 9,3 (7,2%) 3,0 (2,3%) 8,5 (6,5%) 1,2 (0,9%) Total BRICS: 38 milhões km 2 (30%) BRICS: população, 2013 200 milhões (3%) 143 milhões (2%) 1.252 milhões (18%)

Leia mais

Desenvolvimento Produtivo Além da Indústria - O Papel dos Serviços

Desenvolvimento Produtivo Além da Indústria - O Papel dos Serviços Desenvolvimento Produtivo Além da Indústria - O Papel dos Serviços Jorge Arbache UnB e BNDES FGV-SP 27/5/2014 As opiniões são do autor e não necessariamente refletem as visões do BNDES 1 Vivemos uma nova

Leia mais

Apresentação Rodrigo Mendes Leal

Apresentação Rodrigo Mendes Leal Análise Setorial Análise Setorial Apresentação - Economista do BNDES - Área de Inclusão Social. - Especialista em Políticas Públicas (ENAP/Ministério do Planejamento) e doutorando em Políticas Públicas,

Leia mais

Os principais parceiros do Brasil e a agenda de acordos. Lia Valls Pereira. Pesquisadora e economista da Economia Aplicada do IBRE/FGV

Os principais parceiros do Brasil e a agenda de acordos. Lia Valls Pereira. Pesquisadora e economista da Economia Aplicada do IBRE/FGV TEXTO PARA DISCUSSÃO Os principais parceiros do Brasil e a agenda de acordos Lia Valls Pereira Pesquisadora e economista da Economia Aplicada do IBRE/FGV Outubro de 2012 Os principais parceiros do Brasil

Leia mais

Estratégia social-desenvolvimentista ( ) e o ano Brasília, Junho de 2015 Ricardo Bielschowsky, IE-UFRJ

Estratégia social-desenvolvimentista ( ) e o ano Brasília, Junho de 2015 Ricardo Bielschowsky, IE-UFRJ Estratégia social-desenvolvimentista (2003-2014) e o ano 2015. IV CONFERENCIA NACIONAL DO FONACATE Brasília, Junho de 2015 Ricardo Bielschowsky, IE-UFRJ Apresentação em três partes 1. Antecedentes históricos;

Leia mais

Uma crítica aos indicadores usuais de desindustrialização no Brasil

Uma crítica aos indicadores usuais de desindustrialização no Brasil Revista de Economia Política, vol. 35, nº 4 (141), pp. 859-877, outubro-dezembro/2015 Uma crítica aos indicadores usuais de desindustrialização no Brasil A critique to the usual economic indicators of

Leia mais

COMPETITIVIDADE E PRODUTIVIDADE. Setembro

COMPETITIVIDADE E PRODUTIVIDADE. Setembro COMPETITIVIDADE E PRODUTIVIDADE Setembro - 2015 INTRODUÇÃO A indústria brasileira de transformação tem perdido competitividade, de forma contínua, há mais de uma década. Este fato é comprovado pela forte

Leia mais

Rumo a novos consensos?

Rumo a novos consensos? 15º Fórum de Economia Fundação Getúlio Vargas (FGV/SP) São Paulo, setembro de 2018 Rumo a novos consensos? PAINEL: O LESTE DA ÁSIA TEM ALGUMA COISA A NOS ENSINAR? Prof. Dr. Roberto Alexandre Zanchetta

Leia mais

Uma análise dos principais indicadores da economia brasileira

Uma análise dos principais indicadores da economia brasileira NÍVEL DE ATIVIDADE, INFLAÇÃO E POLÍTICA MONETÁRIA Uma análise dos principais indicadores da economia brasileira Guilherme R. S. Souza e Silva * RESUMO - O presente artigo tem o objetivo de apresentar e

Leia mais

REB REVISTA DE ESTUDIOS BRASILEÑOS

REB REVISTA DE ESTUDIOS BRASILEÑOS REB REVISTA DE ESTUDIOS BRASILEÑOS AUTORES Paula Esteban do V. Jardim* esteban.paula@ gmail.com Fernanda Steiner Perin** O Brasil está passando por um processo de desindustrialização? Brasil está pasando

Leia mais

Ambiente de Negócios e Reformas Institucionais no Brasil

Ambiente de Negócios e Reformas Institucionais no Brasil Ambiente de Negócios e Reformas Institucionais no Brasil Fernando Veloso IBRE/FGV Seminário IBRE Armadilha da Renda Média: Visões do Brasil e da China Rio de Janeiro, 22 de Novembro de 2013 Desafios da

Leia mais

Teses Equivocadas no Debate sobre Desindustrialização e Perda de Competitividade da Indústria Brasileira

Teses Equivocadas no Debate sobre Desindustrialização e Perda de Competitividade da Indústria Brasileira Teses Equivocadas no Debate sobre Desindustrialização e Perda de Competitividade da Indústria Brasileira José Luis Oreiro * Nelson Marconi ** Resumo: O presente artigo tem por objetivo apresentar as teses

Leia mais

Aula Inaugural do Instituto de Economia da UFRJ Semestre 2016/2: Indústria e Desenvolvimento: desafios e perspectivas para os economistas

Aula Inaugural do Instituto de Economia da UFRJ Semestre 2016/2: Indústria e Desenvolvimento: desafios e perspectivas para os economistas Aula Inaugural do Instituto de Economia da UFRJ Semestre 2016/2: Introdução Indústria e Desenvolvimento: desafios e perspectivas para os economistas Lia Hasenclever (IE/UFRJ) Em 1972, ou seja, há 44 anos

Leia mais

PROJETO PROVEDOR DE INFORMAÇÕES SOBRE O SETOR ELÉTRICO

PROJETO PROVEDOR DE INFORMAÇÕES SOBRE O SETOR ELÉTRICO PROJETO PROVEDOR DE INFORMAÇÕES SOBRE O SETOR ELÉTRICO CENÁRIO PARA A ECONOMIA BRASILEIRA: 2010- Abril de 2010 Grupo de Conjuntura do Instituto de Economia da UFRJ PROJETO PROVEDOR DE INFORMAÇÕES ECONÔMICAS

Leia mais

Taxa de câmbio e indústria de transformação no Brasil: Evidências para o período

Taxa de câmbio e indústria de transformação no Brasil: Evidências para o período Taxa de câmbio e indústria de transformação no Brasil: Evidências para o período 1980-2008 Eliane Araújo * Miguel Bruno ** Débora Pimentel *** RESUMO - Este artigo propõe uma análise das relações entre

Leia mais

A competitividade na África Subsariana: Estagnada ou a avançar?

A competitividade na África Subsariana: Estagnada ou a avançar? A competitividade na África Subsariana: Estagnada ou a avançar? Perspectivas Económicas Regionais para a África Subsariana Departamento de África Fundo Monetário Internacional Outubro de 2015 Plano geral

Leia mais

COMÉRCIO E INVESTIMENTO INTERNACIONAIS PROF. MARTA LEMME 2º SEMESTRE 2012

COMÉRCIO E INVESTIMENTO INTERNACIONAIS PROF. MARTA LEMME 2º SEMESTRE 2012 COMÉRCIO E INVESTIMENTO INTERNACIONAIS PROF. MARTA LEMME 2º SEMESTRE 2012 1 Krugman & Obtstfeld (2005) Cap. 10 2 1. Industrialização como Meio para Superação do Subdesenvolvimento 2. Política de Substituição

Leia mais

DESAFIOS COMPETITIVOS E A POLÍTICA DE DESENVOLVIMENTO PRODUTIVO

DESAFIOS COMPETITIVOS E A POLÍTICA DE DESENVOLVIMENTO PRODUTIVO DESAFIOS COMPETITIVOS E A POLÍTICA DE DESENVOLVIMENTO PRODUTIVO PDP 2011-2014 PDP 2008-2010: RESULTADOS PDP 2008-2010: RESULTADOS (1 de 2) 425 MEDIDAS IMPLANTADAS ATÉ SETEMBRO DE 2010: 99% OPERACIONALIZADAS

Leia mais

PROJETO DE PESQUISA INDÚSTRIA E DESENVOLVIMENTO PRODUTIVO DO BRASIL: QUAL DEVE SER A ESTRATÉGIA DO GOVERNO PARA ?

PROJETO DE PESQUISA INDÚSTRIA E DESENVOLVIMENTO PRODUTIVO DO BRASIL: QUAL DEVE SER A ESTRATÉGIA DO GOVERNO PARA ? PROJETO DE PESQUISA INDÚSTRIA E DESENVOLVIMENTO PRODUTIVO DO BRASIL: QUAL DEVE SER A ESTRATÉGIA DO GOVERNO PARA 2015-18? Introdução A indústria é um setor vital para o desenvolvimento do Brasil. Mesmo

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA FACULDADE DE ECONOMIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECONOMIA MESTRADO EM ECONOMIA MAGALÍ ALVES DE ANDRADE

UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA FACULDADE DE ECONOMIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECONOMIA MESTRADO EM ECONOMIA MAGALÍ ALVES DE ANDRADE UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA FACULDADE DE ECONOMIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECONOMIA MESTRADO EM ECONOMIA MAGALÍ ALVES DE ANDRADE A DESINDUSTRIALIZAÇÃO DA ECONOMIA BRASILEIRA: UMA ANÁLISE POR PERÍODO

Leia mais

FABIANE FERNANDES HANONES DESINDUSTRIALIZAÇÃO NO BRASIL: UM PROCESSO NATURAL OU PRECOCE DO SEU DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO?

FABIANE FERNANDES HANONES DESINDUSTRIALIZAÇÃO NO BRASIL: UM PROCESSO NATURAL OU PRECOCE DO SEU DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO? Universidade de Brasília Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Ciência da Informação e Documentação - FACE Departamento de Economia FABIANE FERNANDES HANONES DESINDUSTRIALIZAÇÃO NO BRASIL:

Leia mais

Perspectivas para de dezembro de 2006 DEPECON/FIESP

Perspectivas para de dezembro de 2006 DEPECON/FIESP Perspectivas para 2007 13 de dezembro de 2006 DEPECON/FIESP Crescimento Econômico em 2005 = +2,3% CENÁRIOS O desempenho da economia em 2005 dependerá da política econômica a ser adotada. A) Redução de

Leia mais

Governo Lula e o Nacional-desenvolvimentismo às Avessas. Reinaldo Gonçalves 1 14 setembro 2011

Governo Lula e o Nacional-desenvolvimentismo às Avessas. Reinaldo Gonçalves 1 14 setembro 2011 Governo Lula e o Nacional-desenvolvimentismo às Avessas Reinaldo Gonçalves 1 14 setembro 2011 Introdução Este artigo tem como objetivo discutir a seguinte hipótese: no Governo Lula há o que se pode denominar

Leia mais

Evolução recente da indústria em países latino-americanos selecionados: uma análise do processo de desindustrialização para o período de

Evolução recente da indústria em países latino-americanos selecionados: uma análise do processo de desindustrialização para o período de Submetido em:09/03/2018 Aceito em:07/06/2018 DOI:10.5902/2178908831470 Economia e Desenvolvimento, Santa Maria, UFSM v. 30, e2, 2018, p. 01-12 ISSN: 2595-833X Artigo Original Evolução recente da indústria

Leia mais

Prof. Dr. Fernando Sarti

Prof. Dr. Fernando Sarti Os Desafios do Pré-sal: Riscos e Oportunidas para o País Sessão 3: O Brasil po se tornar uma referência em petróleo em águas profundas? As Políticas Industrial e Inovação Prof. Dr. Fernando Sarti Unicamp,

Leia mais

A Produtividade e a Competitividade da Indústria Naval e de BK Nacional. Fernanda De Negri Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada - IPEA

A Produtividade e a Competitividade da Indústria Naval e de BK Nacional. Fernanda De Negri Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada - IPEA A Produtividade e a Competitividade da Indústria Naval e de BK Nacional Fernanda De Negri Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada - IPEA Produtividade e sustentabilidade do crescimento econômico Decomposição

Leia mais

IDH e Globalização. Uma longa viagem começa com um único passo (Lao Tsé).

IDH e Globalização. Uma longa viagem começa com um único passo (Lao Tsé). IDH e Globalização. Uma longa viagem começa com um único passo (Lao Tsé). O termo está vinculado à situação econômica e social das nações ricas ; Para atingir este estado, um país precisa de: 1. Controle

Leia mais

Conceitos Básicos de Economia. Prof. Gabriel M. Tomicioli

Conceitos Básicos de Economia. Prof. Gabriel M. Tomicioli Conceitos Básicos de Economia Prof. Gabriel M. Tomicioli Conceituação Economia: Ciência que estuda a atividade produtiva. Focaliza os problemas referentes ao uso mais eficiente de recursos materiais para

Leia mais

ANÁPOLIS: UM ESTUDO ECONÔMICO SOBRE O PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DA CIDADE CENTENÁRIA

ANÁPOLIS: UM ESTUDO ECONÔMICO SOBRE O PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DA CIDADE CENTENÁRIA ANÁPOLIS: UM ESTUDO ECONÔMICO SOBRE O PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DA CIDADE CENTENÁRIA Carla Carolina Balan 1 ; Joana D`arc Bardella Castro 2 1 Bolsista PBIC/UEG, graduando do Curso de Economia, UnUCSEH

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL FACULDADE DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS DEPARTAMENTO DE ECONOMIA E RELAÇÕES INTERNACIONAIS MANOEL ANTUNES PERASI

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL FACULDADE DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS DEPARTAMENTO DE ECONOMIA E RELAÇÕES INTERNACIONAIS MANOEL ANTUNES PERASI UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL FACULDADE DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS DEPARTAMENTO DE ECONOMIA E RELAÇÕES INTERNACIONAIS MANOEL ANTUNES PERASI O COMÉRCIO BRASIL-CHINA E SEUS IMPACTOS SOBRE A INDÚSTRIA

Leia mais

Doença Holandesa e Desindustrialização no Brasil: de volta a um país primário-exportador?

Doença Holandesa e Desindustrialização no Brasil: de volta a um país primário-exportador? Doença Holandesa e Desindustrialização no Brasil: de volta a um país primário-exportador? Rafael Fernandes Mafra Graduado em Ciências Econômicas pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte E-mail:

Leia mais

Setor Externo: Expansão das Exportações Revigora a Economia

Setor Externo: Expansão das Exportações Revigora a Economia 9 Setor Externo: Expansão das Exportações Revigora a Economia Vera Martins da Silva (*) No âmbito da economia brasileira, o setor externo tem sido praticamente a única fonte de boas notícias e assim ainda

Leia mais

A COMPETITIVIDADE DA INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO E DE BENS DE CAPITAL

A COMPETITIVIDADE DA INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO E DE BENS DE CAPITAL A COMPETITIVIDADE DA INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO E DE BENS DE CAPITAL Uma análise do período 2000 2011 Maio de 2012 Balança Comercial da indústria de transformação (US$ bilhões FOB) Saldo Importação Exportação

Leia mais

SIMPÓSIO - O PAC e os requerimentos necessários ao crescimento econômico O PAC e a performance da economia brasileira 1.

SIMPÓSIO - O PAC e os requerimentos necessários ao crescimento econômico O PAC e a performance da economia brasileira 1. SIMPÓSIO - O PAC e os requerimentos necessários ao crescimento econômico O PAC e a performance da economia brasileira Antonio Luis Licha Maria Andréa Santichio 1. Introdução Os fundamentos macroeconômicos

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA CENTRO SÓCIO ECONÔMICO DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS MITSUNORI SASAKI JR

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA CENTRO SÓCIO ECONÔMICO DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS MITSUNORI SASAKI JR UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA CENTRO SÓCIO ECONÔMICO DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS MITSUNORI SASAKI JR O SETOR DE SERVIÇOS NO CONTEXTO DA DESINDUSTRIALIZAÇÃO BRASILEIRA Florianópolis 2015

Leia mais

Desindustrialização: aspectos conceituais e evidências empíricas recentes sobre a economia brasileira *

Desindustrialização: aspectos conceituais e evidências empíricas recentes sobre a economia brasileira * Política econômica Desindustrialização: aspectos conceituais e evidências empíricas recentes sobre a economia brasileira * Fernando Maccari Lara ** Doutor em Economia pelo Instituto de Economia da Universidade

Leia mais

INDICADOR DE COMÉRCIO EXTERIOR - ICOMEX

INDICADOR DE COMÉRCIO EXTERIOR - ICOMEX INDICADOR DE COMÉRCIO EXTERIOR - ICOMEX Abril de 2017 Número 1 18.maio.2017 No primeiro quadrimestre do ano o volume importado cresce a frente do volume exportado, mas em valor a balança comercial atinge

Leia mais

[18 E 19 DE AGOSTO] AULA 3. DESENVOLVIMENTO E SUBDESENVOLVIMENTO: ROMPENDO A DEPENDÊNCIA

[18 E 19 DE AGOSTO] AULA 3. DESENVOLVIMENTO E SUBDESENVOLVIMENTO: ROMPENDO A DEPENDÊNCIA [18 E 19 DE AGOSTO] AULA 3. DESENVOLVIMENTO E SUBDESENVOLVIMENTO: ROMPENDO A DEPENDÊNCIA *Rodriguez, Octávio (1986) O pensamento da Cepal: síntese e crítica. Revista Novos Estudos Cebrap, n. 16, (pp. 8-28).

Leia mais

FGV. Fórum Anual de Economia. Antonio Delfim Netto

FGV. Fórum Anual de Economia. Antonio Delfim Netto FGV Fórum Anual de Economia Antonio Delfim Netto 14 de setembro de 2015 São Paulo, SP 1 PIB Anual (1971=100) 1948 1951 1954 1957 1960 1963 1966 1969 1972 1975 1978 1981 1984 1987 1990 1993 1996 1999 2002

Leia mais

Mudança de rumo? Cenário macroeconômico Junho Fernanda Consorte

Mudança de rumo? Cenário macroeconômico Junho Fernanda Consorte Mudança de rumo? Cenário macroeconômico Junho 2013 Fernanda Consorte Atividade econômica Desaceleração do PIB e da demanda doméstica, com alguma recuperação recente Demanda em % a/a; contribuição dos componentes

Leia mais

Mercosul Agenda comercial e de investimentos extra-regional

Mercosul Agenda comercial e de investimentos extra-regional Mercosul Agenda comercial e de investimentos extra-regional Universidade de Brasília Seminário Mercosul Juntos Hacia el Mundo, São Paulo, 21 de junho de 2016 A agenda de hoje Ampliar FTAs Regras de origem

Leia mais

Exterior. Ano II Jul/14. Rafael Lima Batista André Ribeiro Luciano Nakabashi

Exterior. Ano II Jul/14. Rafael Lima Batista André Ribeiro Luciano Nakabashi No segundo trimestre de 2014, o Brasil apresentou um saldo na balança comercial de US$ 3,504 bilhões. No total foram exportados US$ 59,706 bilhões e importados US$ 56,202. Esse desempenho positivo se deve,

Leia mais

Unidade III ECONOMIA E MERCADO. Prof. Rodrigo Marchesin

Unidade III ECONOMIA E MERCADO. Prof. Rodrigo Marchesin Unidade III ECONOMIA E MERCADO Prof. Rodrigo Marchesin Introdução Macroeconomia: Grandes questões econômicas; Comportamento global do sistema; Análise dos grandes agregados econômicos. Estrutura básica

Leia mais

Estratégia social- desenvolvimentista ( ) e o ano SEMINÁRIO NA ANDIFES Brasília, Julho de 2015 Ricardo Bielschowsky, IE-UFRJ

Estratégia social- desenvolvimentista ( ) e o ano SEMINÁRIO NA ANDIFES Brasília, Julho de 2015 Ricardo Bielschowsky, IE-UFRJ Estratégia social- desenvolvimentista (2003-2014) e o ano 2015. SEMINÁRIO NA ANDIFES Brasília, Julho de 2015 Ricardo Bielschowsky, IE-UFRJ . Prólogo EVOLUÇÃO DA DÍVIDA PÚBLICA BRUTA E LÍQUIDA (% do PIB)

Leia mais

PRODUÇÃO, TECNOLOGIA E COMÉRCIO EXTERIOR. Fernanda De Negri (IPEA)

PRODUÇÃO, TECNOLOGIA E COMÉRCIO EXTERIOR. Fernanda De Negri (IPEA) PRODUÇÃO, TECNOLOGIA E COMÉRCIO EXTERIOR Fernanda De Negri (IPEA) Estrutura produtiva brasileira agropecuária 7% industria 28% serviços 65% Estrutura industrial brasileira outros; 18,8% Alimentos e bebidas;

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL FACULDADE DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS DEPARTAMENTO DE ECONOMIA

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL FACULDADE DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS DEPARTAMENTO DE ECONOMIA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL FACULDADE DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS DEPARTAMENTO DE ECONOMIA AS REFORMAS DOS ANOS 1990 E A REESTRUTURAÇÃO PRODUTIVA: IMPACTOS SOBRE A INDÚSTRIA BRASILEIRA ADEMAR

Leia mais

UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JÚLIO DE MESQUITA FILHO FACULDADE DE CIÊNCIAS E LETRAS CAMPUS DE ARARAQUARA SP DEPARTAMENTO DE ECONOMIA

UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JÚLIO DE MESQUITA FILHO FACULDADE DE CIÊNCIAS E LETRAS CAMPUS DE ARARAQUARA SP DEPARTAMENTO DE ECONOMIA UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JÚLIO DE MESQUITA FILHO FACULDADE DE CIÊNCIAS E LETRAS CAMPUS DE ARARAQUARA SP DEPARTAMENTO DE ECONOMIA O PROCESSO DE DESINDUSTRIALIZAÇÃO DA ECONOMIA BRASILEIRA NO PERÍODO

Leia mais

Sumário. Parte I Panorama Descritivo da Economia Brasileira e Conceitos Básicos, 1

Sumário. Parte I Panorama Descritivo da Economia Brasileira e Conceitos Básicos, 1 Sumário Prefácio à 8 a edição, xxiii Parte I Panorama Descritivo da Economia Brasileira e Conceitos Básicos, 1 1 Aspectos Demográficos, 11 1.1 Transição demográfica brasileira, 16 1.2 Estrutura etária,

Leia mais

Teses Equivocadas no Debate sobre Desindustrialização e Perda de Competitividade da Indústria Brasileira

Teses Equivocadas no Debate sobre Desindustrialização e Perda de Competitividade da Indústria Brasileira Teses Equivocadas no Debate sobre Desindustrialização e Perda de Competitividade da Indústria Brasileira José Luis Oreiro * Nelson Marconi ** Resumo: O presente artigo tem por objetivo apresentar as teses

Leia mais

O desempenho dos principais indicadores da economia brasileira em 2008

O desempenho dos principais indicadores da economia brasileira em 2008 NIVEL DE ATIVIDADE, INFLAÇÃO E POLÍTICA MONETÁRIA O desempenho dos principais indicadores da economia brasileira em 2008 Guilherme R. S. Souza e Silva * RESUMO - O presente artigo tem o objetivo de apresentar

Leia mais

COMÉRCIO E INVESTIMENTO INTERNACIONAIS PROF. MARTA LEMME

COMÉRCIO E INVESTIMENTO INTERNACIONAIS PROF. MARTA LEMME COMÉRCIO E INVESTIMENTO INTERNACIONAIS PROF. MARTA LEMME 1 Preocupação Básica Atraso da América Latina em relação aos chamados centros desenvolvidos e encontrar as formas de superálo. Análise Estrutura

Leia mais

CONJUNTURA. Maio FONTE: CREDIT SUISSE, CNI, IBGE e BC

CONJUNTURA. Maio FONTE: CREDIT SUISSE, CNI, IBGE e BC CONJUNTURA Maio-2017 FONTE: CREDIT SUISSE, CNI, IBGE e BC INFLAÇÃO FICARÁ ABAIXO DA META EM MEADOS DE 2017 IPCA ACUMULADO EM 12 MESES (%) Fonte: IBGE; Elaboração: CNI DCEE Departamento de Competitividade,

Leia mais

Câmbio, custos e a indústria

Câmbio, custos e a indústria Câmbio, custos e a indústria Confederação Nacional da Indústria (CNI) Flávio Castelo Branco e Marcelo Azevedo Workshop Exportações e Indústria: os fatores que afetam a competitividade CINDES O que está

Leia mais

exportações e crescimento

exportações e crescimento 12º Fórum de Economia FGV - 2015 Taxa de câmbio, qualidade das exportações e crescimento econômico Gilberto Libânio CEDEPLAR - Universidade Federal de Minas Gerais Sumário 1. Taxa de câmbio e estrutura

Leia mais

Impulsionando o Aço na Construção Civil. Alexandre Comin Diretor do Departamento de Competitividade Industrial SDP/MDIC Abcem, São Paulo, 4/9/2014

Impulsionando o Aço na Construção Civil. Alexandre Comin Diretor do Departamento de Competitividade Industrial SDP/MDIC Abcem, São Paulo, 4/9/2014 Impulsionando o Aço na Construção Civil Alexandre Comin Diretor do Departamento de Competitividade Industrial SDP/MDIC Abcem, São Paulo, 4/9/2014 260 PIB total, da Indústria de Transformação e da Construção

Leia mais

Economia. Prof. Wilson Mendes do Valle

Economia. Prof. Wilson Mendes do Valle Economia Prof. Wilson Mendes do Valle As competências nas Problematizações das unidades de aprendizagem UNID 2.1 O estudo da Economia e de seu funcionamento na visão agregada Como o funcionamento da economia

Leia mais

AEAMESP Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Metrô Semana de Tecnologia Metroviária

AEAMESP Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Metrô Semana de Tecnologia Metroviária AEAMESP Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Metrô Semana de Tecnologia Metroviária Tendências estruturais da economia Apresentação em 24/9/4 Josef BARAT Copyright 24 by Josef Barat Direitos de reprodução

Leia mais

Sumário. Parte I. Teorias econômicas da tecnologia

Sumário. Parte I. Teorias econômicas da tecnologia Sumário Parte I Teorias econômicas da tecnologia Capítulo 1 Teorias econômicas clássicas da tecnologia 3 Bases técnicas e institucionais da revolução industrial 4 A tecnologia e o capitalismo 9 A tecnologia

Leia mais

ECO Economia Brasileira

ECO Economia Brasileira Federal University of Roraima, Brazil From the SelectedWorks of Elói Martins Senhoras Winter January 1, 2012 ECO 112 - Economia Brasileira Eloi Martins Senhoras Available at: http://works.bepress.com/eloi/115/

Leia mais

INDICADOR DE COMÉRCIO EXTERIOR - ICOMEX

INDICADOR DE COMÉRCIO EXTERIOR - ICOMEX INDICADOR DE COMÉRCIO EXTERIOR - ICOMEX Icomex de junho referente a balança comercial de maio Número 26 17.Junho.2019 O volume da indústria de transformação liderou o aumento das exportações de maio. O

Leia mais

POR QUE FICAMOS PARA TRÁS?

POR QUE FICAMOS PARA TRÁS? POR QUE FICAMOS PARA TRÁS? Um apanhado de minhas pesquisas EDMAR BACHA São Paulo: Fundação FHC, 04/04/2018 1950 1952 1954 1956 1958 1960 1962 1964 1966 1968 1970 1972 1974 1976 1978 1980 1982 1984 1986

Leia mais

Comércio internacional. Reinaldo Gonçalves Prof. Titular IE-UFRJ

Comércio internacional. Reinaldo Gonçalves Prof. Titular IE-UFRJ Comércio internacional Reinaldo Gonçalves Prof. Titular IE-UFRJ Sumário 1. Determinantes: tese geral 2. Vantagem comparativa 3. Enfoques 4. Novos modelos Determinantes Volume Composição Preços Direção

Leia mais

Análise da Balança Comercial Brasileira jan-set/2011

Análise da Balança Comercial Brasileira jan-set/2011 Análise da Balança Comercial Brasileira jan-set/2011 Exportação mantém crescimento acelerado puxado pelas commodities No ano de 2011, até setembro, as exportações estão crescendo a uma taxa de 31,1%, em

Leia mais

2.1 Leste Asiático, China e Índia China Índia Rússia Brasil China e os outros BRICs...

2.1 Leste Asiático, China e Índia China Índia Rússia Brasil China e os outros BRICs... Sumário Apresentação...17 Introdução...19 Parte I Os BRICs e a economia mundial Capítulo 1 BRICs na economia mundial...24 1.1 Aspectos gerais sobre os BRICs...24 1.2 Outras sopas de letras...25 1.3 A visão

Leia mais

O Brasil a caminho do bicentenário da independência: Onde estamos? Para onde vamos?

O Brasil a caminho do bicentenário da independência: Onde estamos? Para onde vamos? O Brasil a caminho do bicentenário da independência: Onde estamos? Para onde vamos? Eduardo Costa Pinto Professor do Instituto de Economia da UFRJ e ex-técnico de pesquisa e planejamento do IPEA 22 de

Leia mais

PORTUGAL E A EUROPA: OS PRÓXIMOS ANOS

PORTUGAL E A EUROPA: OS PRÓXIMOS ANOS FERNANDO TEIXEIRA DOS SANTOS (Faculdade de Economia do Porto) F. Teixeira dos Santos 1 Ordem de trabalhos: 1 - Os factos Breve descrição da situação económica e financeira do país 2 - Os desafios, os desequilíbrios

Leia mais

O crescimento brasileiro é sustentável?

O crescimento brasileiro é sustentável? O crescimento brasileiro é sustentável? Adalmir Marquetti * RESUMO - O presente texto discute as condições necessárias para a continuidade da retomada do crescimento nos próximos anos. Aponta-se que há

Leia mais

EVOLUÇÃO DO PENSAMENTO ECONÔMICO

EVOLUÇÃO DO PENSAMENTO ECONÔMICO EVOLUÇÃO DO PENSAMENTO ECONÔMICO Adam Smith: divisão do trabalho, produtividade e custos David Ricardo: vantagens comparativas Malthus: controle demográfico Marx: mais-valia e crises capitalistas Marx:

Leia mais

Competitividade na indústria brasileira e momento econômico. Ricardo L. C. Amorim Especialista em Análise Econômica da ABDI

Competitividade na indústria brasileira e momento econômico. Ricardo L. C. Amorim Especialista em Análise Econômica da ABDI Competitividade na indústria brasileira e momento econômico Ricardo L. C. Amorim Especialista em Análise Econômica da ABDI Julho/2016 Evolução do PIB a preços de mercado (em US$ correntes) Fonte: World

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL FACULDADE DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS PATRICIA PINTO DA SILVA

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL FACULDADE DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS PATRICIA PINTO DA SILVA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL FACULDADE DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS PATRICIA PINTO DA SILVA UMA INVESTIGAÇÃO ACERCA DOS IMPACTOS DA TAXA DE CÂMBIO NO DESEMPENHO

Leia mais

PIB trimestral tem crescimento em relação ao mesmo período do ano anterior após 3 anos

PIB trimestral tem crescimento em relação ao mesmo período do ano anterior após 3 anos PIB trimestral tem crescimento em relação ao mesmo período do ano anterior após 3 anos No 2º tri./2017, o PIB brasileiro a preços de mercado apresentou crescimento de 0,23% quando comparado ao 2º tri./2016,

Leia mais

Uma análise do setor externo brasileiro entre 2000 e 2012 a luz do debate sobre a desindustrialização

Uma análise do setor externo brasileiro entre 2000 e 2012 a luz do debate sobre a desindustrialização Uma análise do setor externo brasileiro entre 2000 e 2012 a luz do debate sobre a desindustrialização Welinton Conte Ferreira * Resumo: Este artigo pretende fazer uma análise da situação do setor externo

Leia mais

Comércio e desenvolvimento

Comércio e desenvolvimento Comércio e desenvolvimento Globalização comercial e vulnerabilidade externa 1 Sumário 1. Exportação de commodities 2. Substituição de importações 3. Integração regional 4. Globalização comercial e vulnerabilidade

Leia mais

PERSPECTIVA DA PRODUTIVIDADE E DETERMINANTES DO CRESCIMENTO NA ECONOMIA BRASILEIRA: UMA ANÁLISE HISTÓRICA E ESTRUTURAL

PERSPECTIVA DA PRODUTIVIDADE E DETERMINANTES DO CRESCIMENTO NA ECONOMIA BRASILEIRA: UMA ANÁLISE HISTÓRICA E ESTRUTURAL Universidade de Brasília - UnB Faculdade de Administração, Contabilidade e Economia FACE Departamento de Economia PERSPECTIVA DA PRODUTIVIDADE E DETERMINANTES DO CRESCIMENTO NA ECONOMIA BRASILEIRA: UMA

Leia mais

Conjuntura Nacional e Internacional Escola Florestan Fernandes, Guararema, 3 de julho de º. PLENAFUP

Conjuntura Nacional e Internacional Escola Florestan Fernandes, Guararema, 3 de julho de º. PLENAFUP Conjuntura Nacional e Internacional Escola Florestan Fernandes, Guararema, 3 de julho de 2015 5º. PLENAFUP Economia Brasileira I.54 - Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) Período Índice

Leia mais

10. Em Foco IBRE: A Fragilidade do Superávit da Balança Comercial

10. Em Foco IBRE: A Fragilidade do Superávit da Balança Comercial 25 10. Em Foco IBRE: A Fragilidade do Superávit da Balança Comercial Com o superávit da balança comercial em março, o déficit acumulado no primeiro trimestre deste ano (-US$ 5,5 bilhões) foi inferior ao

Leia mais

Contas Nacionais Trimestrais

Contas Nacionais Trimestrais Contas Nacionais Trimestrais Indicadores de Volume e Valores Correntes 2º Trimestre de 2011 Coordenação de Contas Nacionais 02 de setembro de 2011 Tabela Resumo Principais resultados do PIB a preços de

Leia mais

Comércio Internacional: Impactos no Emprego. Março 2009 DEREX / DEPECON / DECONTEC 1

Comércio Internacional: Impactos no Emprego. Março 2009 DEREX / DEPECON / DECONTEC 1 Comércio Internacional: Impactos no Emprego Março 2009 DEREX / DEPECON / DECONTEC 1 Ganhos do Comércio Internacional: Fonte geradora de empregos no Brasil. 1. Possibilita aumento da produção nacional,

Leia mais