POUPANÇA EXTERNA: ENDIVIDAR O PAÍS CRESCENDO MUITO POUCO. Valor, Brasil sofre com juro alto, câmbio baixo e ajuste fiscal frouxo

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1 POUPANÇA EXTERNA: ENDIVIDAR O PAÍS CRESCENDO MUITO POUCO Luiz Carlos Bresser-Pereira Valor, Brasil sofre com juro alto, câmbio baixo e ajuste fiscal frouxo Com o déficit em conta corrente beirando os US$ 15 bilhões nos 12 meses até abril, ganha força o debate sobre a estratégia de crescimento com o auxílio da poupança externa. Crítico ferrenho dessa política, o ex-ministro Luiz Carlos Bresser Pereira diz que tentar crescer com rombo na conta corrente - que equivale à poupança externa - costuma resultar num desempenho econômico fraco em vez de financiar investimento, o que aumenta é o consumo, e a expansão do Produto Interno Bruto PIB é decepcionante. "É um modo de se endividar crescendo muito pouco", diz ele, acrescentando que o saldo externo negativo pode também levar a uma crise de balanço de pagamentos. Mas não deve acontecer nos próximos dois ou três anos, ressalva Bresser, ao lembrar que o Brasil tem quase US$ 200 bilhões de reservas. Bresser vê o Brasil numa armadilha formada pelos juros altos, o câmbio valorizado e o ajuste fiscal frouxo. Para colocar fim a esse quadro, o ex-ministro defende uma mudança no mix da política econômica, que precisa envolver todo o governo e contar com apoio da sociedade com uma política fiscal austera e redução forte dos juros, auxiliada por retenção de exportações de produtos primários e medidas para acabar com o que resta de indexação na economia, a taxa de câmbio se depreciaria, estimulando investimentos nos setores exportadores. Nesse cenário, a poupança doméstica se eleva, e o país pode crescer 9% a 10%, e não os atuais 5%, avalia Bresser. 1

2 Valor: Depois de registrar um superávit em conta corrente por quatro anos seguidos, o Brasil deve ter um déficit de 1,5% ou 2% do PIB neste ano. Isso é preocupante? Luiz Carlos Bresser Pereira: É preocupante porque daqui a dois ou três anos, duvido que antes, pode se produzir uma nova crise de balanço de pagamentos. Apesar das reservas que nós temos, elas podem desaparecer bem depressa. Mas, mesmo que o país não entre em crise, isso significa que o país está recebendo poupança externa. E, ao contrário do que pensam os economistas de todas as escolas, não apenas os ortodoxos, mas os keynesianos, os estruturalistas latino-americanos etc., a tentativa de crescer com poupança externa não dá certo. É um modo de se endividar crescendo muito pouco. Valor: Alguns economistas o dizem que, como tem baixa poupança doméstica, o Brasil deveria aceitar déficits em conta corrente, para que a poupança externa ajude a financiar o crescimento. Bresser: Esse é o senso comum, mas está errado. Todos os países do mundo sempre cresceram fundamentalmente com poupança interna, como fazem os países asiáticos há muito tempo. Quando quatro países asiáticos tentaram crescer com poupança externa nos anos 90 - Coréia do Sul, Tailândia, Indonésia e Malásia -, foram para a crise e perderam crescimento em relação aos outros asiáticos que não fizeram essa bobagem. Nos anos 90, a idéia de que o Brasil deveria crescer com poupança externa havia se tornado uma espécie de mantra. Nós tivemos enormes déficits em conta corrente. Em 1994, o déficit era perto de zero. Em 1999, cerca de 4,5% do PIB. Se for comparada a taxa média de investimento do país de 1992 a 1994 com a do período de 1998 a 2000, ela não aumentou, ou seja, foi tudo para o consumo. Valor: Quais os problemas de crescer com poupança externa? 2

3 Bresser: Há três limites. Primeiro, ela vira consumo. Depois, fragiliza financeiramente o país e o obriga a fazer o "confidence building" (construção da confiança). O país perde autonomia e começa a fazer aquilo que os credores querem, e não aquilo que precisa. Terceiro, o país vai à crise de balanço de pagamentos. A segunda e a terceira são meio óbvias e não precisam de muita explicação. Mas a primeira não é óbvia. Você pode dizer que pode crescer sem poupança externa sem nunca ir à crise e nem chegar à fragilidade externa. Se o déficit em conta corrente não for muito alto, dá para fazer isso. Mas eu digo que, mesmo aí você vai ter uma coisa muito ruim, porque você vai ter uma elevada taxa de substituição da poupança externa por poupança interna. Grande parte daquilo que você pensa que vai investir vira consumo. Valor: Por que isso ocorre? Bresser: A explicação é muito simples e deve ser feita tanto do lado da oferta como da demanda. Do lado da oferta, qual é o raciocínio? Quando você entra em déficit em conta corrente, isso significa que a taxa de câmbio que "equilibra" esse déficit está mais valorizada do que a que existiria se o país tivesse um equilíbrio em conta corrente. Com isso, os salários aumentam artificialmente, porque a valorização do câmbio significa uma mudança de preços relativos, baixando as commodities e os tradables, tornando-os mais baratos. Isso leva a aumento do consumo, principalmente entre os pobres e uma boa parte da classe média, que têm uma propensão marginal e média a consumir muito alta. Consumindo muito, a poupança diminui. A poupança externa, que você pensava que estava indo para o investimento, foi na verdade para consumo. No lado da demanda: o país entra em déficit em conta corrente, o câmbio se aprecia e, com isso, diminuem as oportunidades de investimento para exportações. Os investimentos voltados para a exportações caem, a poupança doméstica cai e há substituição da poupança interna pela externa. Há determinados momentos, breves e relativamente raros, em que a estratégia de crescimento com poupança externa funciona. São aqueles em que a economia já está crescendo muito aceleradamente, 3

4 como foi no Brasil no período do milagre. Se o país está crescendo muito, as oportunidades de lucro e de investimento são muito altas. A propensão a consumir das pessoas diminui e elas passam a pegar uma parte da renda extra e a colocar em investimento. Aí, a taxa de substituição da poupança interna pela externa é pequena e vale a pena. Valor: No fim dos anos 90, o Brasil teve déficits em conta corrente superiores a 4,5% do PIB que levaram a uma crise no balanço de pagamentos. O país pode repetir isso ou não há esse risco? Bresser: Eu não vejo risco de crise no curto prazo. A partir do terceiro ano pode ser, embora às vezes as coisas explodem de tal modo que é difícil prever. Mas de qualquer modo neste ano e no próximo não deve haver crise. As reservas que nós temos são suficientes para evitar isso. Valor: O Brasil tem condições de seguir o modelo asiático, de câmbio desvalorizado e juros baixos? Bresser: O Brasil está dentro de uma armadilha de alta taxa de juros, baixa taxa de câmbio e ajuste fiscal frouxo. Dada a situação internacional ainda boa, o Brasil passou a crescer 5% e não mais 3%. Quando o Brasil crescia a 2% ou 3%, eu dizia que podia crescer 6% a 7%. Agora eu digo que pode crescer 9% a 10%, mas cresce a 5%. Valor: Um economista ortodoxo diria que um dos maiores problemas do Brasil é que o país não tem a taxa de poupança que a China tem. Bresser: É claro que nós não temos a mesma taxa de poupança da China. Esse é o óbvio ululante, mas é a consequumlência. Como você aumenta a poupança? Fazendo 4

5 ajuste fiscal e tendo taxa de câmbio competitiva. Mudar a armadilha formada por juros altos, câmbio valorizado e ajuste fiscal frouxo envolve todo o governo, não apenas o BC, mas o Ministério da Fazenda, do Planejamento e o presidente. E depende também da sociedade, porque ela precisa apoiar razoavelmente o presidente quando ele fizer isso. Valor: O que é necessário fazer? Bresser: Num determinado momento, ele tem que criar um processo de fortíssimo ajuste fiscal. Ao mesmo tempo, ele manda o BC - que nesse período é para entrar na estratégia - baixar os juros. O câmbio se eleva porque os juros estão caindo, mas também porque o governo resolve fazer um controle de capitais por um pequeno período. Quando sobe a taxa de câmbio, o governo coloca uma retenção nas exportações de commodities, para combater a doença holandesa. Vai haver uma pequena inflação provisória, porque o câmbio se depreciou. Na estratégia, também se eliminam os contratos com correção monetária. Qualquer indexação é um escândalo. Feito isso, o que vai ocorrer? Haverá um crescimento muito forte, com juros baixos, câmbio competitivo e aumento de exportações. Os salários baixam um pouco em termos reais, por causa da depreciação do câmbio, mas depois começam a aumentar e o país vai crescer 9%, 10% ao ano. Em pouco tempo, recupera-se a perda de salários ocorrida. 5

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