Direção Geral de Reinserção e Serviços Prisionais

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1 Direção Geral de Reinserção e Serviços Prisionais Relatório Estatístico Anual 2012 Atividade Operativa de Reinserção Social Direção de Serviços de Estudos e Planeamento Abril 2013

2 Índice Índice...1 Índice de quadros...2 Índice de gráficos...3 Nota Explicativa...4 Sumário...5 Introdução Síntese de Pedidos Síntese de Pedidos Recebidos e Executados Relatórios e Audições Total de pedidos de relatórios recebidos Pedidos de relatórios recebidos e executados no âmbito penal Pedidos de relatórios recebidos e executados no âmbito tutelar educativo Pedidos recebidos no âmbito da articulação interna Execução de Penas e Medidas Total de pedidos recebidos no âmbito de penas e medidas Execução de penas e medidas no âmbito penal Execução de penas e medidas fiscalizadas por vigilância eletrónica Execução de medidas no âmbito tutelar educativo Jovens internados em centro educativo Atividade da Autoridade Central Evolução da média de pedidos recebidos por técnico de reinserção social

3 Índice de quadros Quadro 1 Síntese de pedidos recebidos...9 Quadro 2 Número de pessoas alvo de pedidos recebidos...9 Quadro 3 Síntese de pedidos recebidos por delegação regional em Quadro 4 Síntese de pedidos recebidos e executados por delegação regional e taxa de execução...12 Quadro 5 Total de pedidos de relatórios e audições recebidos por âmbito...13 Quadro 6 Pedidos de relatórios recebidos e executados no âmbito penal por tipo...15 Quadro 7 Pedidos de relatórios recebidos e executados no âmbito tutelar educativo por tipo 16 Quadro 8 Pedidos de relatórios recebidos no âmbito da articulação interna...17 Quadro 9 Pedidos recebidos no âmbito da execução de penas e medidas...18 Quadro 10 Execução de penas e medidas na comunidade em Quadro 11 Pedidos recebidos para a execução de medidas de trabalho a favor da comunidade...21 Quadro 12 Pedidos de informação recebidos para aplicação de VE e penas e medidas iniciadas...23 Quadro 13 Evolução dos pedidos de informação recebidos e penas e medidas iniciadas...24 Quadro 14 Total de intervenções em penas e medidas fiscalizadas por vigilância eletrónica.24 Quadro 15 Penas e medidas em execução por contexto penal...25 Quadro 16 Taxa de sucesso das penas e medidas executadas...26 Quadro 17 Distribuição das penas e medidas em execução por sexo e contexto penal...27 Quadro 18 Distribuição das penas e medidas fiscalizadas por vigilância eletrónica por idade 27 Quadro 19 Distribuição das penas e medidas fiscalizadas por vigilância eletrónica por crime 28 Quadro 20 Custo diário por vigiado...29 Quadro 21 Execução de medidas no âmbito tutelar educativo em Quadro 22 Lotação e n.º jovens internados em centro educativo...32 Quadro 23 Jovens internados em centro educativo por situação jurídica...33 Quadro 24 Jovens internados em centro educativo por sexo e idade...35 Quadro 25 Jovens internados em centro educativo por tipo de crime...36 Quadro 26 Origem dos jovens internados em centro educativo por tribunal...37 Quadro 27 Cursos de Educação e Formação de Adultos (EFA) nos centros educativos em Quadro 28 Movimento anual no âmbito da cooperação judiciária internacional em Quadro 29 Média de relatórios executados e intervenções em penas e medidas por técnico em Quadro 30 Média de pedidos recebidos por técnico e por delegação regional em Quadro 31 Média anual de pedidos recebidos por TSRS e por equipa de reinserção social

4 Índice de gráficos Gráfico 1 Percentagem de pedidos recebidos por delegação regional em Gráfico 2 Evolução da síntese de pedidos recebidos por âmbito...11 Gráfico 3 Pedidos de relatórios e audições recebidos por pessoa...13 Gráfico 4 Evolução do número de pedidos de relatórios e audições recebidos...14 Gráfico 5 Evolução mensal do número de pessoas com penas e medidas na comunidade em execução em Gráfico 6 Evolução das penas e medidas na comunidade em execução no âmbito penal...22 Gráfico 7 Evolução anual do total de penas e medidas fiscalizadas por vigilância eletrónica..26 Gráfico 8 Evolução das penas e medidas em execução na comunidade no âmbito tutelar educativo...31 Gráfico 9 Evolução mensal do número de jovens internados em centro educativo Gráfico 10 Evolução anual do número de jovens internados em centro educativo...35 Gráfico 11 Evolução anual do total de pedidos recebidos e n.º de técnicos de reinserção social...40 Gráfico 12 Evolução anual da média de pedidos recebidos por técnico

5 Nota Explicativa Em 2010 entrou em funcionamento o Sistema Integrado de Reinserção Social (SIRS) para registo da atividade operativa de reinserção social, tornando-se necessária a definição de alguns conceitos utilizados no presente relatório: Pedidos: Por pedidos entendem-se todas as solicitações registadas no sistema estatístico da DGRS, quer respeitem à assessoria técnica à tomada de decisões judiciais (relatórios e audições) quer à execução de penas e medidas e outras intervenções. Podem ainda ser classificados como recebidos, executados, não executados e em execução, de acordo com o estado do pedido; Pedidos por âmbito: referente às duas jurisdições, penal e tutelar educativa; Pedidos por fase: referente ao período anterior e posterior à sentença no âmbito penal e à decisão no âmbito tutelar educativo; Pedidos por tipo: referente aos dois tipos de actividade desenvolvida pela DGRS como órgão de assessoria aos tribunais, elaboração de relatórios de apoio à tomada de decisão judicial e execução de penas e medidas e outras intervenções. Quanto ao estado dos pedidos, os quadros relativos a relatórios e audições apresentam dados quanto aos pedidos recebidos e executados, os relativos à execução de penas e medidas, apresentam dados relativos ao número total de intervenções em 2011 e ao número de penas e medidas em execução a 31 de Dezembro. Pedidos dos por capítulo: referente aos diferentes capítulos/áreas do processo penal. 4

6 Sumário Em 2012, a área de reinserção social da DGRSP recebeu um total de pedidos de trabalho, provenientes de entidades judiciais. Tal como nos anos anteriores, o maior nível de atividade registou-se à área penal com (93%) pedidos recebidos, enquanto na área tutelar educativa registou (7%) pedidos. Na área penal, destacaram-se os pedidos de assessoria técnica à tomada de decisão (relatórios e audições) e outros documentos registados no âmbito pré e pós sentencial com registos. Em termos regionais o maior nível de pedidos verificou-se nas delegações regionais de Lisboa ( ) e do Norte ( ). Os pedidos recebidos dos tribunais corresponderam a indivíduos, maioritariamente do sexo masculino (89 89%). Em termos dinâmicos, manteve-se a tendência de crescimento na área penal, cerca de 17% ao ano. A área de Vigilância Eletrónica registou um aumento de 8% relativamente às penas e medidas em execução a 31 de dezembro. Na área tutelar educativa o número de pedidos recebidos diminuiu 9%. Em matéria de relatórios e audições no âmbito penal por tipo, o maior número de pedidos à reinserção social correspondeu aos relatórios e informações sociais (73%). Por capítulo, destacaram-se os relatórios para determinação da sanção com pedidos recebidos (27 27%) e, na fase pós-sentencial, no âmbito da execução de penas e medidas, os relatórios no âmbito do trabalho a favor da comunidade com pedidos (24%) e para Suspensão da Execução da Pena de Prisão com pedidos (14% 14%). No âmbito tutelar educativo, destacaram-se os pedidos de relatórios e informações sociais que totalizaram (74% 74%) pedidos recebidos, tendo-se destacado igualmente os relatórios sociais para decisão da medida tutelar educativa a aplicar. Foram ainda registados pedidos recebidos entre equipas e centros educativos no âmbito da articulação interna. Relativamente à execução de penas e medidas na jurisdição penal, foi registado um aumento de 25% relativamente aos pedidos recebidos em A 31 de dezembro 5

7 encontravam-se em execução medidas das quais, 724 (3% 3%) penas e medidas fiscalizadas por vigilância eletrónica. As medidas com maior impacto foram a Suspensão Provisória do Processo na fase présentencial ( ) e, na fase pós-sentencial, as medidas de Trabalho a Favor da Comunidade Prestação de Trabalho a Favor da Comunidade e a Substituição de Multa por Trabalho ( ) e a Suspensão da Execução da Pena de Prisão ( ). Relativamente à Vigilância Eletrónica e às penas e medidas em execução, continuou a verificar-se uma predominância da Medida de Coação de OPHVE com 489 casos (68 68%). A Pena de Prisão na Habitação e a Adaptação à Liberdade Condicional registaram números abaixo do esperado por motivos de constrangimentos legais relativos à sua aplicação. A 31 de dezembro de 2012 estavam ainda em execução 116 casos no âmbito dos crimes de violência doméstica e 10 casos no âmbito da Modificação da Pena de Prisão, fruto do alargamento da vigilância eletrónica, prevista no artigo 120.º do Código da Execução das Penas e Medidas Privativas da Liberdade (CEPMPL), publicado em No âmbito tutelar educativo, encontravam-se em execução um total de medidas das quais, de execução na comunidade, destacando-se o Acompanhamento Educativo ( ) e a Imposição de Obrigações ( ). No caso dos centros educativos, observou-se, no segundo semestre do ano, uma diminuição do número de jovens internados que, a 31 de Dezembro era de 261. O regime semiaberto foi predominante (73%) e, quanto à situação jurídica, predominou a Medida de Internamento em Centro Educativo (94%). A atividade da Autoridade Central registou um movimento de 458 processos destacando-se a intervenção no âmbito do Regulamento 2201/2003 (183 processos) respeitante à competência, reconhecimento e execução de decisões em matéria matrimonial e de responsabilidade parental. Em 31 de Dezembro de 2012, estavam em funções um total de 441 técnicos superiores de reinserção social dos quais 419 em equipas de reinserção social. Em 2012, a média de pedidos recebidos por técnico foi de 254,68 54,68, tendo-se verificado um aumento de 18%, comparativamente com a média registada em

8 Introdução O presente relatório tem como objetivo a caracterização da atividade operativa da área de reinserção social no ano de Seguindo o mesmo critério dos anos anteriores, a informação é apresentada em quadros relativos aos pedidos recebidos e executados de 1 de janeiro a 31 de dezembro de 2012, e em execução a 31 de dezembro de 2012, continuando a diferenciar relatórios e audições da execução de penas e medidas. Esta distinção é importante para a leitura e análise da informação, uma vez que se tratam de duas realidades diferentes. Nos pedidos de apoio técnico à tomada de decisão, constituídos maioritariamente por relatórios e informações sociais, a intervenção da DGRS consiste na elaboração destes relatórios que se consideram executados ou não executados. Na execução de penas, medidas, os pedidos mantêm-se em execução até serem atingidos os termos fixados ou ocorrer decisão judicial que determine a sua execução antecipada, sendo as suas durações muito variáveis. Os dados de 2012 são apresentados comparativamente com os de 2011 e, no final de cada capítulo, são apresentados dados totais evolutivos referentes aos últimos cinco anos ou seja, de 2008 a 2012, período pós reforma das leis penais. O primeiro capítulo do presente relatório é dedicado à síntese de pedidos recebidos pela reinserção social em 2012 no âmbito das jurisdições penal e tutelar educativa e ao número de pessoas alvo de pedidos por sexo e por âmbito. É também apresentada a síntese de pedidos recebidos e executados por delegação regional e a respetiva taxa de execução. O segundo capítulo é dedicado aos pedidos de relatórios e audições no âmbito penal e tutelar educativo, sendo também apresentados dados relativos aos pedidos no âmbito da articulação interna entre as várias unidades operativas, equipas de reinserção social, equipas de vigilância eletrónica e centros educativos. No terceiro capítulo é caracterizada a atividade respeitante à execução de penas e medidas no âmbito das jurisdições penal e tutelar educativa, onde se inclui a atividade da vigilância eletrónica e dos centros educativos. É ainda apresentada uma breve caracterização por sexo, idade e categoria de crime relativamente ao número de vigiados e jovens internados. 7

9 Os dados relativos à frequência de cursos de Educação e Formação de Adultos (EFA) foram fornecidos pela Equipa Multidisciplinar de Formação Escolar e Profissional e Inserção laboral. O quarto capítulo é dedicado à atividade da Autoridade Central em matéria de cooperação judiciária internacional, sendo os dados fornecidos pela Divisão Jurídica e Auditoria (DJA). No quinto capítulo são apresentados dados relativos ao número de técnicos superiores de reinserção social e à média de pedidos recebidos por técnico nos últimos cinco anos, tendo o número de técnicos superiores de reinserção social em funções a 31 de Dezembro de 2012 sido apurado pela DSEP, com base no levantamento mensal efetuado pela DSEP-UPCAI para análise da Medida de Esforço de Trabalho (MET). 8

10 1. Síntese de Pedidos Síntese de Pedidos Recebidos R e Executados Em 2012 a reinserção social recebeu um total de pedidos de entidades judiciais dos quais, (93%) no âmbito penal e (7%) no âmbito tutelar educativo. Comparativamente com 2011, o total de pedidos recebidos aumentou 16%. Por jurisdição, no âmbito penal, o total de pedidos recebidos aumentou 18%, enquanto no âmbito tutelar educativo se registou uma diminuição de 9% (ver Quadro 1). Relatórios e audições Quadro 1 Síntese de pedidos recebidos âmbito penal Penas e medidas Total âmbito tutelar educativo Relatórios e audições Medidas % Total Total geral Tx. Cresc. Os pedidos recebidos em 2012 corresponderam a pessoas das quais, (94%) alvo de processos no âmbito da jurisdição penal e (89% 89%) do sexo masculino (ver Quadro 2). Quadro 2 Número de pessoas alvo de pedidos recebidos Total de pessoas Masculino Feminino Total % Total % Jurisdição penal % % Jurisdição tutelar educativa % % Total % % Não foi possível recolher a informação por sexo referente a 35 pessoas no âmbito penal e 9 no âmbito tutelar educativo (dado omisso). 1 Por síntese de pedidos entendem-se todos os pedidos de relatórios e audições e de execução de penas e medidas no âmbito da jurisdição penal e tutelar educativa que são alvo de registo próprio no Sistema Integrado de Reinserção Social (SIRS), sistema estatístico da área de reinserção social da DGRSP. 9

11 Em 2012, mantendo-se a tendência dos anos anteriores, destacaram-se as delegações regionais de Lisboa e do Norte com 66% do total de pedidos recebidos (ver Quadro 3 e Gráfico 1). Quadro 3 Síntese de pedidos recebidos por delegação regional em 2012 Delegações Regionais âmbito penal âmbito tutelar educativo total % Delegação Regional Lisboa % Delegação Regional Norte % Delegação Regional Centro % Delegação Regional Alentejo e Algarve % Delegação Regional Açores % Delegação Regional Madeira % Este quadro não inclui os pedidos recebidos no âmbito das penas e medidas fiscalizadas por vigilância eletrónica e de internamento em centro educativo. Gráfico 1 Percentagem de pedidos recebidos por delegação regional em % % % % Lisboa Norte Centro Alentejo e Algarve % Açores % Madeira 10

12 O gráfico 2 mostra a evolução do total de pedidos recebidos pela reinserção social nos últimos cinco anos, após a reforma penal de Gráfico 2 Evolução da síntese de pedidos recebidos por âmbito Âmbito Penal Âmbito Tutelar Educativo Total Fonte: Aplicação de Verbetes e Sistema Integrado de Reinserção Social (SIRS) A partir de 2010, o SIRS passou a incluir os dados relativos à atividade dos centros educativos. Se efetuarmos a comparação entre o número de pedidos recebidos e executados, observamos que a taxa de execução mais elevada foi registada na Delegação Regional da Madeira (88 88%). A taxa de execução mais baixa verificou-se na delegação Regional de Lisboa (76%). A comparação do rácio entre pedidos recebidos e executados em 2012 deve ter em atenção que alguns dos pedidos executados podem ter dado entrada em anos anteriores (ver Quadro 4). 11

13 Quadro 4 Síntese de pedidos recebidos e executados por delegação regional e taxa de execução Delegações Regionais Síntese pedidos recebidos síntese de pedidos executados Taxa de execução Delegação Regional Lisboa % Delegação Regional Norte % Delegação Regional Centro % Delegação Regional Alentejo e Algarve % Delegação Regional Açores % Delegação Regional Madeira % Total % Para o cálculo da taxa de execução por delegação regional não foram contabilizados os pedidos recebidos no âmbito das penas e medidas fiscalizadas por vigilância eletrónica referentes à jurisdição penal e de jovens internados em centro educativo referentes à jurisdição tutelar educativa. 12

14 2. Relatórios e Audições 2.1. Total de pedidos de relatórios recebidos 2 Assegurar o apoio técnico à tomada de decisões judiciais no âmbito penal e tutelar educativo constitui uma das principais atribuições da ex-dgrs. Em 2012, foram recebidos um total de pedidos de relatórios e audições dos quais, 93% no âmbito penal e 7% no âmbito tutelar educativo. Comparativamente com 2011, o crescimento do total de pedidos de relatórios recebidos foi de 13%. No âmbito penal o número de pedidos de relatórios recebidos aumentou 16%, enquanto no âmbito tutelar educativo se verificou uma diminuição de 10% (ver Quadro 5). Quadro 5 Total de pedidos de relatórios e audições recebidos por âmbito âmbito penal âmbito tutelar educativo Total Tx. Cresc. 13% O total de pedidos de relatórios recebidos respeitou a pessoas. Cerca de 24% das pessoas foram alvo de mais de um pedido de relatório. A média de pedidos de relatórios recebidos por pessoa foi de 1,34 (ver Gráfico 3). Gráfico 3 Pedidos de relatórios e audições recebidos por pessoa % % % % 1 pedido 2 pedidos 3 pedidos + de 4 pedidos 2 Por pedidos de relatórios recebidos entendem-se todos os pedidos de assessoria técnica à tomada de decisão judicial e todos os documentos produzidos no âmbito da execução de penas e medidas que são alvo de registo próprio no sistema estatístico da área de reinserção social da DGRSP. 13

15 O Gráfico 4 mostra a evolução do número de pedidos de relatórios e audições recebidos no âmbito penal e tutelar educativo nos últimos cinco anos. No âmbito da jurisdição penal, de 2010 a 2012, observou-se um aumento de 33% relativamente aos pedidos de relatórios e audições recebidos. Relativamente à jurisdição tutelar educativa, verificou-se desde 2008 uma diminuição do número de pedidos de relatórios recebidos, interrompida em 2010, pela entrada em funcionamento do novo sistema estatístico, que passou a registar as solicitações relativas à atividade dos centros educativos. Em 2012 essa diminuição foi de 10%, face a Gráfico 4 Evolução do número de pedidos de relatórios e audições recebidos Âmbito Penal Âmbito Tutelar Educativo Total Fonte: Aplicação de Verbetes e Sistema Integrado de Reinserção Social (SIRS) 14

16 2.2. Pedidos de relatórios recebidos e executados no âmbito penal No âmbito da assessoria técnica à tomada de decisão judicial e de outros documentos relativos à execução de penas e medidas no âmbito penal, a atividade de reinserção social traduz-se na elaboração de relatórios e informações sociais, relatórios de perícia sobre a personalidade e planos de reinserção social. Estão ainda incluídas as audições de técnicos de reinserção social em tribunal no âmbito de esclarecimentos a prestar sobre os documentos elaborados. Em 2012, foram recebidos no âmbito penal um total de pedidos de assessoria técnica à tomada de decisão judicial e outros documentos no âmbito da execução de penas e medidas. Destacaram-se, por tipo, os relatórios sociais (62 62%) e, por capítulo, os Relatórios Sociais para Determinação da Sanção na fase pré-sentencial (31% 31%). Relativamente às execuções, foram executados um total de relatórios, o que resultou numa taxa de execução de 86% (ver Quadro 6). Quadro 6 Pedidos de relatórios recebidos e executados no âmbito penal por tipo Relatórios e audições por tipo Relatório Social Informação Social Relatório de perícia sobre personalidade Planos Apoio técnico e audições outros Total Taxa execução Pedidos recebidos Pedidos executados % Legenda Relatório social Informação sobre a inserção familiar e socioprofissional do arguido e, eventualmente da vítima, elaborada por serviços de reinserção social, com o objetivo de auxiliar o tribunal ou o juiz no conhecimento da personalidade do arguido (alínea g, art. 1º e art. 370º - Código Processo Penal). Informação social Resposta a solicitações concretas sobre a situação pessoal, familiar, escolar, laboral ou social do arguido e, eventualmente, da vítima, elaborada pelos serviços de reinserção social, com o objetivo de auxiliar o tribunal ou o juiz no conhecimento da personalidade do arguido (alínea h, art. 1º e art. 370º - CPP). Relatório de perícia sobre personalidade Para efeito de avaliação da personalidade e da perigosidade do arguido pode haver lugar a perícia sobre as suas características psíquicas, independentes de causas patológicas, bem como sobre o seu grau de socialização. A perícia pode relevar, nomeadamente para a decisão sobre a revogação da prisão preventiva, a culpa do agente e a determinação da sanção. Deve ser deferida a serviços especializados, incluindo os serviços de reinserção social, ou, quando não for possível ou conveniente, a especialistas em criminologia, em psicologia, sociologia ou psiquiatria (art. 160º CPP). Planos Incluem todos os tipos de planos, quer no âmbito do regime de prova, trabalho comunitário, quer os planos de reinserção social que contêm os objetivos de ressocialização a atingir pelo condenado, as atividades que este deve desenvolver, o respetivo faseamento e as medidas de apoio e vigilância a adotar pelos serviços de reinserção social (art. 54º Código Penal). Audições O Tribunal pode solicitar a audição, sem ajuramentação, dos técnicos de reinserção social com o objetivo de prestar esclarecimentos sobre o relatório social elaborado. 15

17 2.3. Pedidos de relatórios recebidos e executados no âmbito tutelar educativo Relativamente à assessoria técnica à tomada de decisão judicial tendo em vista a aplicação da medida tutelar educativa, as atribuições da ex-dgrs traduzem-se na elaboração de relatórios e informações sociais, relatórios sociais com avaliação psicológica e relatórios de perícia sobre personalidade. No âmbito da execução das medidas são ainda elaborados outros documentos e, no caso da Medida de Internamento em Centro Educativo e o Acompanhamento Educativo, o Projeto Educativo Pessoal (PEP). Estão ainda incluídas as audições de técnicos superiores de reinserção social em tribunal no âmbito de esclarecimentos a prestar sobre os documentos elaborados e sobre a execução das medidas. Em 2012, foram recebidos um total de pedidos de assessoria técnica e outros documentos no âmbito tutelar educativo. Por tipo, destacaram-se os relatórios sociais com vista à decisão da medida a aplicar ( ), com 55% do total de pedidos de assessoria recebidos. A taxa de execução relativa aos relatórios e audições no âmbito tutelar educativo foi de 93%. Quadro 7 Pedidos de relatórios recebidos e executados no âmbito tutelar educativo por tipo Relatórios e audições por tipo Relatório social Informação social Relatório social com avaliação psicológica e de perícia sobre personalidade Projecto Educativo Pessoal (PEP) Audições Outros Total Taxa de execução Pedidos recebidos Pedidos executados % Legenda Relatório social: Tem como finalidade auxiliar a autoridade judiciária no conhecimento da personalidade do menor, incluída a sua conduta e inserção socioeconómica, educativa e familiar. É ordenado pela autoridade judiciária e solicitado aos serviços de reinserção social, devendo ser apresentado no prazo máximo de 30 dias (ponto 2 e 4, art. 71º LTE). Informação social: Tem como finalidade auxiliar a autoridade judiciária no conhecimento da personalidade do menor, incluída a sua conduta e inserção socioeconómica, educativa e familiar. É ordenada pela autoridade judiciária e pode ser solicitada aos serviços de reinserção social, ou a outros serviços públicos ou entidades privadas, devendo ser apresentada no prazo de 15 dias (ponto 2 e 3, art. 71º LTE); Relatório social com avaliação psicológica: A sua elaboração é obrigatória quando for de aplicar medida de internamento em regime aberto ou semiaberto (ponto 5, art. 71º LTE). Relatório de perícia sobre a personalidade: Quando for de aplicar medida de internamento em regime fechado a autoridade judiciária ordena aos serviços de reinserção social a realização de perícia sobre a personalidade (art. 69º LTE). Projeto educativo pessoal (PEP): Para cada menor em execução das medidas tutelares de acompanhamento educativo e internamento em centro educativo é elaborado um projeto educativo pessoal, tendo em conta o regime e duração da medida, bem como as suas particulares motivações, necessidades educativas e de reinserção social. O projeto educativo pessoal deve especificar os objetivos a alcançar durante o tratamento, sua duração, fases, prazos e meios de realização, nomeadamente os necessários ao acompanhamento psicológico, para que o menor possa facilmente aperceber-se da sua evolução e que o centro educativo em que está internado possa avaliá-lo. Audição de técnico em tribunal: A autoridade judiciária pode solicitar a audição, sem ajuramentação, dos técnicos de reinserção social com o objetivo de prestar esclarecimentos sobre o relatório social elaborado (ponto 4, art. 71º LTE). 16

18 2.4. Pedidos recebidos no âmbito da articulação interna Em 2012, a reinserção social registou ainda um total de pedidos de relatórios referentes à articulação interna entre equipas de reinserção social, equipas de vigilância eletrónica e centros educativos nomeadamente, relatórios de caracterização familiar e social de reclusos ou internados (em centro educativo ou inimputáveis) para elaboração de relatórios de assessoria a tribunais ou informações para aplicação de medidas fiscalizadas por vigilância eletrónica. Destacou-se a Delegação Regional do Norte com um total de (52 52%) pedidos de relatórios internos recebidos. Comparativamente com 2011, os pedidos registados no âmbito da articulação interna aumentaram 26% (ver Quadro 8). Quadro 8 Pedidos de relatórios recebidos no âmbito da articulação interna Delegações Regionais Total Delegação Regional Norte Delegação Regional Lisboa Delegação Regional Centro Delegação Regional Alentejo e Algarve Delegação Regional Açores Delegação Regional Madeira 2 1 Fonte: Sistema Integrado de reinserção Social (SIRS) Legenda Relatórios no âmbito da articulação interna entre equipas e centros educativos: Relatórios de caracterização familiar e social de reclusos ou internados (em centro educativo ou inimputáveis) para elaboração de relatórios de assessoria a tribunais ou informações para aplicação de medidas fiscalizadas por vigilância eletrónica. 17

19 3. Execução de Penas e Medidas 3.1. Total de pedidos recebidos no âmbito de penas e medidas Em 2007, com a reestruturação verificada na administração central do Estado (PRACE) que originou a transferência das áreas de intervenção não relacionadas com a criminalidade para outras entidades, a ex-dgrs reafirmou-se como o serviço responsável pela execução das políticas públicas de reinserção social de jovens e adultos, recentrando a sua atividade em torno de uma das suas principais atribuições, a execução de penas e medidas na comunidade que sofreram grande incremento desde então. Em 2012, o total de pedidos recebidos pela DGRS para a execução de penas e medidas foi de dos quais, 94% no âmbito penal e 6% no âmbito tutelar educativo. Comparativamente com 2011, o número total de pedidos recebidos para a execução de penas e medidas aumentou 22% (ver Quadro 9). Quadro 9 Pedidos recebidos no âmbito da execução de penas e medidas âmbito penal âmbito tutelar educativo Total Tx. Cresc. 22% O gráfico 5 mostra a evolução mensal do número total de pessoas com penas e medidas em execução no âmbito da jurisdição penal e tutelar educativa em Em dezembro de 2012, o número de pessoas alvo de intervenção em penas e medidas foi de o que traduziu um aumento de 11%, comparativamente com o número registado em janeiro do mesmo ano. 18

20 Gráfico 5 Evolução mensal do número de pessoas com penas e medidas na comunidade em execução em jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez 19

21 3.2. Execução de penas e medidas no âmbito penal Com a reforma das leis penais em 2007, destacou-se a tendência dos tribunais para a aplicação de penas e medidas não privativas de liberdade, o que se traduz num aumento das medidas de execução na comunidade, que constituíram a vertente dominante na missão da ex- DGRS. As penas e medidas de execução na comunidade têm como principal finalidade a reinserção social do agente, a redução da reincidência e a protecção da vítima e da comunidade através de acções de supervisão por parte das equipas de reinserção social. Por contexto penal, a reinserção social supervisiona penas e medidas no âmbito da Suspensão Provisória do Processo, Trabalho Comunitário, aplicado em substituição da pena de multa ou de prisão, da Suspensão da Execução da Pena de Prisão, da Liberdade Condicional e da Liberdade para Prova. Do total de pedidos recebidos em 2012 para a execução de penas e medidas na comunidade na jurisdição penal destacaram-se os pedidos no âmbito das medidas de Trabalho a Favor da Comunidade (39% 39%), da Suspensão Provisória do Processo (30% 30%) e da Suspensão da Execução da Pena de Prisão (24%). As medidas de Trabalho a favor da Comunidade (PTFC e SMT) e de Suspensão da Execução da Pena de Prisão representaram 66% do total de intervenções em penas e medidas em Em 31 de dezembro encontravam-se em execução um total de penas e medidas o que traduz um aumento de 25%, comparativamente com igual período de 2011 (ver Quadro 10 e Gráfico 6). Quadro 10 Execução de penas e medidas na comunidade em 2012 Penas e Medidas N.º Pedidos Recebidos 2012 N.º Total de intervenções 2012 N.º Penas e medidas em execução a 31 dez Suspensão Provisória do Processo Trabalho a Favor da Comunidade Suspensão da Execução da Pena de Prisão Liberdade Condicional Medidas de Segurança relativas a Inimputáveis Outras Total

22 Se contabilizarmos a Prestação de Serviço de Interesse Público como injunção na Suspensão Provisória do Processo e dever de trabalho a favor da comunidade na Suspensão da Execução da Pena de Prisão, obtemos um total de pedidos para a execução de medidas de trabalho a favor da comunidade em A Prestação de Serviço de Interesse Público (PSIP) é uma injunção imposta no âmbito do instituto da Suspensão Provisória do Processo, aplicável a arguidos indiciados pela prática de crimes puníveis com pena de prisão não superior a cinco anos e sanção diferente da pena de prisão, não devendo ser confundida com a prestação de trabalho das penas substitutivas, uma vez que o que se pretende é precisamente a não aplicação de uma sanção penal (ver Quadro 11). Quadro 11 Pedidos recebidos para a execução de medidas de trabalho a favor da comunidade Medida/ano Prestação de Trabalho a favor da Comunidade (PTFC) Substituição de Multa por Trabalho (SMT) Prestação de Serviço de Interesse Público (PSIP) Total Tx Crescimento 30% 36% O gráfico 6 mostra a evolução das penas e medidas na comunidade no âmbito penal em execução a 31 de dezembro, nos últimos cinco anos, que traduz um aumento na sua aplicação por parte das entidades judiciais, destacando-se a Suspensão da Execução da Pena de Prisão ( ) nomeadamente, a modalidade com Regime de Prova. 21

23 Gráfico 6 Evolução das penas e medidas na comunidade em execução no âmbito penal Suspensão Provisória do Processo Trabalho a Favor da Cmunidade Suspensão da Execução da Pena de prisão Liberdade Condicional Fonte: Aplicação de Verbetes e Sistema Integrado de Reinserção Social (SIRS) Legenda penas e medidas no âmbito penal Suspensão provisória do processo (SPP): Se o crime for punível com pena de prisão não superior a 5 anos ou com sanção diferente da prisão, o Ministério Público, oficiosamente ou a requerimento do arguido ou do assistente, determina, com a concordância do juiz de instrução, a suspensão do processo, mediante a imposição ao arguido de injunções e regras de conduta, sempre que se verifiquem os seguintes pressupostos: a) Concordância do arguido e do assistente, b) Ausência de condenação anterior por crime da mesma natureza, c) Ausência de aplicação anterior de suspensão provisória de processo por crime da mesma natureza, d) Não haver lugar a medida de segurança de internamento, e) Ausência de um grau de culpa elevado, f) e ser de prever que o cumprimento das injunções e regras de conduta responda suficientemente às exigências de prevenção que no caso se façam sentir (art. 281º - CPP). O Trabalho a favor da Comunidade inclui: Prestação de trabalho a favor da comunidade (PTFC): Se ao agente dever ser aplicada pena de prisão não superior a dois anos, o tribunal substitui-a por prestação de trabalho a favor da comunidade sempre que concluir que por este meio se realizam de forma adequada e suficiente as finalidades da punição. Consiste na prestação de serviços gratuitos ao Estado, a outras pessoas coletivas de direito público ou a entidades privadas cujos fins o tribunal considere de interesse para a comunidade (art. 58º - Código Penal). Substituição da multa por trabalho (SMT): A requerimento do condenado, o Tribunal pode ordenar que a pena de multa fixada seja total ou parcialmente substituída por dias de trabalho em estabelecimentos, oficinas ou obras do Estado ou de outras pessoas coletivas de direito público, ou ainda de instituições particulares de solidariedade social, quando concluir que esta forma de cumprimento realiza de forma adequada e suficiente as finalidades da punição (art. 48º - CP). Suspensão da execução da pena de prisão (SEPP): O Tribunal suspende a execução da pena de prisão aplicada em medida não superior a 5 anos se, atendendo à personalidade do agente, às condições da sua vida, à sua conduta anterior e posterior ao crime e às circunstâncias deste, concluir que a simples censura do facto e a ameaça da prisão realizam de forma adequada e suficiente as finalidades da punição. A Suspensão da execução da pena de prisão pode ser subordinada ao cumprimento de deveres, regras de conduta e acompanhada de regime de prova que assenta num plano de reinserção social, executado com vigilância e apoio dos serviços de reinserção social (art. 50º - CP). Liberdade condicional (LC): O tribunal coloca o condenado a prisão em liberdade condicional quando se encontrar cumprida metade da pena e no mínimo seis meses se: a) For de esperar que o condenado, uma vez em liberdade, conduzirá a sua vida de modo socialmente responsável, sem cometer crimes; b) A libertação se mostrar compatível com a defesa da ordem e da paz social. O tribunal pode ainda colocar o condenado a prisão em liberdade condicional quando se encontrarem cumpridos dois terços da pena e no mínimo seis meses, desde que se revele preenchido o requisito constante na alínea a) anterior. O condenado a pena de prisão superior a seis anos é colocado em liberdade condicional logo que houver cumprido cinco sextos da pena. Em qualquer das modalidades, a liberdade condicional tem uma duração igual ao tempo de prisão que falte cumprir, até ao máximo de cinco anos, considerando-se então extinto o excedente da pena e a sua aplicação depende sempre do consentimento do condenado (art. 61º - CP). Medidas de segurança /internamento de inimputáveis: Quem tiver praticado um facto ilícito típico e for considerado inimputável, nos termos do artigo 20º do C.P., é mandado internar pelo tribunal em estabelecimento de cura, tratamento ou segurança, sempre que, por virtude da anomalia psíquica e da gravidade do facto praticado, houver fundado receio de que venha a cometer outros factos da mesma espécie (art. 91º - CP). Se da revisão referida no artigo anterior (revisão da situação do internado - cessação do internamento) resultar que há razões para esperar que a finalidade da medida possa ser alcançada em meio aberto, o tribunal coloca o internado em liberdade para prova (art.94º - CP e art. 504º - CPP). O tribunal que ordenar o internamento pode ainda determinar, em vez dele, a suspensão da sua execução (suspensão da execução do internamento) se for razoavelmente de esperar que com a suspensão se alcance a finalidade da medida (art. 98º - CP). O agente a quem for suspensa a execução do internamento é colocado sob vigilância tutelar dos serviços de reinserção social. É correspondentemente aplicável o disposto nos artigos 53º e 54º do CP Suspensão da execução da pena e plano de reinserção social. 22

24 3.3. Execução de penas e medidas fiscalizadas por vigilância eletrónica Em 2002 iniciou-se um programa experimental de utilização da vigilância eletrónica em contexto pré sentencial como alternativa à prisão preventiva, tendo os resultados favoráveis permitido o seu alargamento por todo o território nacional em Com a revisão da legislação penal ocorrida em 2007, passaram a estar previstas novas penas substitutivas da pena de prisão nomeadamente, o regime de permanência na habitação e a adaptação à liberdade condicional até um ano, fiscalizadas por vigilância eletrónica. Em 2009 foi iniciado o Projeto Experimental de Vigilância Eletrónica em contexto de crime de violência doméstica cujo objetivo se traduz em proporcionar uma maior proteção às vítimas, através da fiscalização da proibição de contactos. Com a publicação, em 2009, do Código da execução das penas e Medidas Privativas da Liberdade (CEPMPL), a vigilância eletrónica foi também alargada à Modificação da Execução da Pena de Prisão. Em 2012, a reinserção social recebeu das entidades judiciais um total de pedidos de informação para eventual aplicação de penas e medidas fiscalizadas por vigilância eletrónica e iniciou a execução de penas e medidas, o que resultou numa taxa de decisão de aplicação de 57%. Por contexto penal, continuou a destacar-se a Medida de Coação de Obrigação de Permanência na Habitação (OPHVE) com um total de 544 casos iniciados (62% 2%) e uma taxa de decisão de aplicação de 55% (ver Quadro 12). Quadro 12 Pedidos de informação recebidos para aplicação de VE e penas e medidas iniciadas Designação da pena/medida Medida de Coação de Obrigação de Permanência na Habitação Pedidos de informação recebidos Penas e medidas iniciadas Pena de Prisão na Habitação Adaptação à Liberdade Condicional VE em contexto de violência doméstica (fiscalização da proibição de contactos) Modificação da Execução da Pena de Prisão Total Taxa de decisão de aplicação 57% 23

25 Comparativamente com o ano de 2011, o número de pedidos de informação para aplicação de VE e o número de penas e medidas iniciadas aumentaram 7% e 9%, respetivamente (ver Quadro 13). Quadro 13 Evolução dos pedidos de informação recebidos e penas e medidas iniciadas Tx. cresc Total de pedidos de informação recebidos % Total de penas e medidas iniciadas % O total de intervenções em penas e medidas fiscalizadas por vigilância eletrónica aumentou 18%, destacando-se as medidas pelo crime de violência doméstica e a Modificação da Execução da Pena de Prisão. A Medida de Coação de OPHVE continuou a ser a mais representativa com 69% do total de intervenções e um aumento de 10% face a A Pena de Prisão na Habitação e a Adaptação à Liberdade Condicional, apesar do potencial que apresentam, têm visto o seu crescimento impossibilitado em virtude de constrangimentos legais que dificultam a sua aplicação pelos tribunais (ver Quadro 14). Quadro 14 Total de intervenções em penas e medidas fiscalizadas por vigilância eletrónica Designação da medida Medida de Coação de Obrigação de Permanência na Habitação Pena de Prisão na Habitação Adaptação à Liberdade Condicional VE em contexto de violência doméstica (fiscalização da proibição de contactos) Modificação da Execução da Pena de Prisão 4 14 Total Tx cresc. 18% 24

26 A 31 de dezembro de 2012 encontravam-se em execução um total de 724 penas e medidas fiscalizadas por vigilância eletrónica o que traduziu um aumento de 8%, comparativamente com as 671 penas e medidas registadas em igual período do ano anterior. A Medida de Coação de OPHVE na fase pré-sentencial continuou a destacar-se, representando 68% do total de penas e medidas com VE em execução, com 489 casos. Este número representou 16% do total de reclusos preventivos a 31 de Dezembro de 2012 (2.661) 3. Destacou-se igualmente o número de casos associados ao crime de violência doméstica que aumentou 127% (Quadro 15). Quadro 15 Penas e medidas em execução por contexto penal Designação da medida/ano Medida de Coação de Obrigação de Permanência na Habitação Pena de Prisão na Habitação Adaptação à Liberdade Condicional VE em contexto de violência doméstica (fiscalização da proibição de contactos) Modificação da Execução da Pena de Prisão 4 10 Total Tx. Crescimento 8% Os valores referem-se às penas e medidas em execução a 31 de dezembro O gráfico 7 evidencia a evolução anual das penas e medidas fiscalizadas por vigilância eletrónica pelos três ciclos de existência: Ciclo do Programa Experimental, Ciclo de alargamento e consolidação e ciclo pós-reforma penal de Segundo os dados estatísticos disponíveis no site da ex-dgsp, o número de reclusos preventivos a 31 de Dezembro foi de

27 Gráfico 7 Evolução anual do total de penas e medidas fiscalizadas por vigilância eletrónica Dez-02 Dez-03 Dez-04 Dez-05 Dez-06 Dez-07 Dez-08 Dez-09 Dez-10 Dez-11 Dez-12 Ciclo Programa Experimental Ciclo de Alargamento e Consolidação Ciclo Pós Reforma 2007 Os valores referem-se às penas e medidas em execução a 31 de dezembro Fonte: Direção de Serviços de Vigilância Eletrónica (DSVE) e Sistema Integrado de Reinserção Social (SIRS) Em 2012 foram executadas um total de 828 penas e medidas com VE enquanto que o número de revogações foi de 24. A taxa de sucesso, estabelecida na relação entre execuções e revogações foi de 97,11%. Relativamente a 2011, o número de penas e medidas revogadas diminuiu cerca de 38%. Em dados acumulados, de 2002 a 2012, tendo por base o total de execuções e 331 revogações, a taxa de sucesso das penas e medidas executadas foi de 93,96% (ver Quadro 16). Quadro 16 Taxa de sucesso das penas e medidas executadas Total acumulado ( ) Penas e medidas executadas Penas e medidas revogadas Taxa de revogação 4,78% 6,04% 2,89% 6,04% Taxa de sucesso 95,22% 93,96% 97,11% 93,96% Fonte: Direção de Serviços de Vigilância Eletrónica (DSVE) e Sistema Integrado de Reinserção Social (SIRS) 26

28 Relativamente às características dos vigiados 4, das 724 penas e medidas em execução a 31 de Dezembro com vigilância eletrónica, 660 (91%) corresponderam a indivíduos do sexo masculino (ver Quadro 17). Quadro 17 Distribuição das penas e medidas em execução por sexo e contexto penal género/ medida Medida de Coação Pena de Prisão na Habitação Adaptação à Liberdade Condicional VE em contexto de violência doméstica Modificação da Pena de Prisão Total % Masculino % Feminino % Total No que respeita às idades, a maior frequência verificou-se no grupo etário dos anos. Cerca de 64% das penas e medidas em execução corresponderam a indivíduos com idade até 40 anos. Por contexto penal, nos casos associados aos crimes de violência doméstica e relativos à Modificação da Execução da Pena de Prisão, predominaram indivíduos com idade superior a 40 anos (ver Quadro 18). Quadro 18 Distribuição das penas e medidas fiscalizadas por vigilância eletrónica por idade Grupo etário/medida Medida de Coação Pena de Prisão na Habitação Adaptação à Liberdade Condicional VE em contexto de violência doméstica Modificação da Pena de Prisão Total % % % % % % % Total A caracterização dos vigiados foi efetuada tendo por base as 724 penas e medidas fiscalizadas por vigilância eletrónica em execução a 31 Dezembro

29 A tipologia criminal variou de acordo com a pena/medida. Na Medida de Coação predominou a categoria de Crimes contra o Património e os crimes respeitantes a estupefacientes, previstos em Legislação Avulsa. Na Pena de Prisão na Habitação predominaram os designados crimes rodoviários. Desde 2010, tem-se observado um aumento dos casos de VE associados aos crimes contra o Património, em detrimento dos crimes respeitantes a estupefacientes. Em 31 de Dezembro de 2012 os crimes contra o património representavam 33% do total de crimes das penas e medidas em execução (ver Quadro 19). Quadro 19 Distribuição das penas e medidas fiscalizadas por vigilância eletrónica por crime Categoria de crime/ Penas e medidas Medida de Coação Pena de Prisão na Habitação Adaptação à Liberdade Condicional VE em contexto de violência doméstica - fiscalização da proibição de contactos Modificação da Execução da Pena de Prisão Total % 1. Contra as Pessoas % 2. Contra o Património % 3. Contra a Identidade Cultural e Integridade Pessoal % 4. Contra Vida em Sociedade Condução de veículo com taxa de alcool = ou > a 1,2 g/l Outros Contra o Estado % 6. Legislação Avulsa % Tráfico de Estupefacientes Condução sem habilitação legal Outros Total % Para além da manutenção dos laços familiares e da ausência de contacto com o meio prisional, dados não quantificáveis a nível financeiro, um dos objetivos do sistema de vigilância eletrónica, independentemente do enquadramento processual, consiste na redução da pressão do excesso da população prisional e os custos a ela associados. Em 2012, o custo diário por vigiado diminui 14% relativamente à tecnologia de Rádio Frequência e 18% relativamente ao Sistema de Geo-localização (GPS) (ver Quadro 20). 28

30 Quadro 20 Custo diário por vigiado Sistema vigilância eletrónica tx cresc. Tecnologia Rádio Frequência (RF) 16,35 14,02-14% Tecnologia Geo-localização (GPS) 25,70 21,12-18% Fonte: Direção de Serviços de Vigilância Eletrónica (DSVE) Legenda penas e medidas fiscalizadas por vigilância eletrónica Medida de Coação de Obrigação de Permanência na Habitação com Vigilância Eletrónica O juiz pode impor ao arguido a obrigação de não se ausentar, ou de não se ausentar sem autorização, da habitação própria ou de outra em que de momento resida, se houver fortes indícios de prática de crime doloso punível com pena de prisão de máximo superior a 3 anos. Para fiscalização do cumprimento das obrigações referidas nos números anteriores podem ser utilizados meios técnicos de controlo à distância, nos termos previstos na lei. A vigilância eletrónica é executada através de meios técnicos que permitam, no respeito pela dignidade pessoal do arguido, detetar à distância a sua presença ou ausência em determinado local, durante os períodos de tempo fixados pelo juiz (artigo 201º, Código Processo Penal, regulado pela Lei n.º 122/99). Pena de Prisão na Habitação Se o condenado consentir, podem ser executados em regime de permanência na habitação, com fiscalização por meios técnicos de controlo à distância, sempre que o tribunal concluir que esta forma de cumprimento realiza de forma adequada e suficiente as finalidades da punição a pena de prisão aplicada em medida não superior a 1 ano, o remanescente não superior a um ano da pena de prisão efetiva que exceder o tempo da liberdade a que o arguido esteve sujeito em regime de detenção, prisão preventiva ou obrigação de permanência na habitação. O limite máximo previsto no número anterior pode ser elevado para dois anos quando se verifiquem, à data da condenação, circunstâncias de natureza pessoal ou familiar do condenado que desaconselham a privação da liberdade em estabelecimento prisional (artigo 44º - CP e artigo 487º - CPP) Adaptação à Liberdade Condicional Para efeito de adaptação à liberdade condicional e verificados os pressupostos previstos para a aplicação da liberdade condicional, a colocação em liberdade condicional pode ser antecipada pelo tribunal, por um período máximo de um ano, ficando o condenado obrigado durante o período da antecipação, ao regime de permanência na habitação, com fiscalização por meios técnicos de controlo à distância. (artigo 62º - CP, artigo 484º, 485º e 487º CPP). Vigilância Eletrónica em contexto de Violência Doméstica O tribunal, com vista à aplicação das medidas e penas previstas nos artigos 52º e 152º do Código Penal, referentes, respetivamente, à suspensão da execução da pena de prisão e crime de violência doméstica, no artigo 281º do Código do processo Penal, referente à Suspensão Provisória do Processo e ao artigo 31º, Lei 112/2009, referente às medidas de coação urgentes relativas ao crime de violência doméstica, pode, sempre que tal se mostre imprescindível para a proteção da vítima, determinar que o cumprimento daquelas medidas seja fiscalizado por meios técnicos de controlo à distância (artigo 31 e 35, Lei 112/2009, de 16 de setembro). Modificação da Execução da Pena de Prisão A modificação da execução da pena pode revestir a modalidade de Regime de permanência na habitação podendo o tribunal, se entender necessário, decidir-se pela fiscalização por meios técnicos de controlo à distância, com base em parecer médico e dos serviços de reinserção social (artigo 120º - Lei n.º 115/2009). 29

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