TEC TÍTULO DE ESPECIALISTA EM CARDIOLOGIA PROVAS NA ÍNTEGRA E QUESTÕES COMENTADAS

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1 TEC TÍTULO DE ESPECIALISTA EM CARDIOLOGIA PROVAS NA ÍNTEGRA E QUESTÕES COMENTADAS

2 Índice Principais tópicos abordados nas provas Hipertensão arterial sistêmica...9 Semiologia...10 Valvopatias...12 Parada cardiorrespiratória...14 Prova na íntegra, questões baseadas e questões comentadas Prova na íntegra e questões comentadas TEC Questões baseadas nas provas TEC 2012 e Questões...73 Comentários... 99

3 Assessoria didática Mário Barbosa Guedes Nunes Graduado em Medicina pela Universidade Federal do Pará (UFPA). Especialista em Clínica Médica pelo Hospital de Clínicas Gaspar Vianna (Pará). Especialista em Cardiologia pelo Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia. Bárbara Maria Ianni Graduada pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Título de especialista em Cardiologia pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC). Livre-docente pela FMUSP. Rafael Munerato de Almeida Graduado pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo (FCMSCSP). Especialista em Clínica Médica pela Santa Casa de São Paulo. Especialista em Cardiologia e em Arritmia Clínica pelo Instituto do Coração (InCOR), do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP).

4 TEC Principais tópicos abordados nas provas

5 SIC TÍTULO DE ESPECIALISTA EM CARDIOLOGIA 9 Hipertensão arterial sistêmica Figura 1 - Diagnóstico de hipertensão Tabela 1 - Início da terapia anti-hipertensiva Situações Abrangência (medida casual) Recomendação Classe Nível de evidência Todos os estágios de hipertensão e PA = 135 a 139x85mmHg Ao diagnóstico I A Início de intervenções Hipertensos estágio 2 e 3 Ao diagnóstico I A estilo da vida Hipertensos estágio 1 e alto risco CV Ao diagnóstico I B Hipertensos idosos com idade até 79 anos PAS 140mmHg IIa B Hipertensos idosos com idade 80 anos PAS 160mmHg IIa B Aguardar 3 a 6 meses pelo Hipertensos estágio 1 e risco CV moderado ou baixo efeito de intervenções no estilo de vida IIa B Início de terapia farmacológica DCV preexistente ou alto risco CV Indivíduos com PA = 130 a 139x85mmHg e Ao diagnóstico IIb B Indivíduos com PA = 130 a 139mmHg sem DCV preexistente e risco CV baixo ou moderado Não recomendado III -- PA: pressão arterial; PAS: pressão arterial sistólica; CV: cardiovascular; DCV: doença cardiovascular. Fonte: VII Diretriz sobre Hipertensão Arterial Tabela 2 - Classificação da hipertensão arterial segundo a VII Diretriz sobre hipertensão arterial Classificação PAS (mmhg) PAD (mmhg) Normal Pré-hipertensão 121 a a 89 Hipertensão estágio a a 99 Hipertensão estágio a a 106 Hipertensão estágio Observações: - Quando a PAS e a PAD situam-se em categorias diferentes, a maior deve ser utilizada para classificação da PA; - Considera-se hipertensão sistólica isolada se PAS 140mmHg e PAD <90mmHg, devendo ser classificada em estágios 1, 2 e 3.

6 10 TEC - TÍTULO DE ESPECIALISTA EM CARDIOLOGIA Tabela 3 - Estratégia terapêutica para o paciente hipertenso, a partir do seu risco cardiovascular Sem risco adicional Risco baixo Categorias de risco Risco médio, alto ou muito alto Decisão terapêutica da hipertensão arterial, segundo o risco cardiovascular Tratamento não medicamentoso isolado Estratégias Tratamento não medicamentoso isolado por até 6 meses (se não atingir a meta, associar tratamento medicamentoso) Tratamento não medicamentoso + medicamentoso Figura 2 - Tratamento da hipertensão, conforme resposta terapêutica Semiologia Figura 3 - Focos para ausculta cardíaca

7 QUESTÕES Prova na íntegra, questões baseadas e questões comentadas

8 Prova na íntegra e questões comentadas TEC 2013 As questões indicadas com possuem comentário logo após o Gabarito.

9 SIC TÍTULO DE ESPECIALISTA EM CARDIOLOGIA Um paciente de 45 anos, há 8 anos com história de dor lombar de início insidioso, melhora com exercício, mas não tem alívio com repouso. O exame radiológico revelou sacroileíte, com fator reumatoide negativo e HLA-B27 positivo. Foi encaminhado ao cardiologista para avaliação de dispneia aos esforços. Na ausculta cardíaca, o achado mais provável é: a) sopro diastólico na borda esternal esquerda b) sopro sistólico que se irradia para a axila c) estalido de abertura valvar d) atrito pericárdico e) clique sistólico 2. No paciente com suspeita de aneurisma da aorta abdominal, pode-se afirmar que: a) a sensibilidade da palpação para a detecção do aneurisma não tem relação com o diâmetro da aorta no local b) o valor preditivo positivo da palpação para a detecção de aneurismas >3cm é de 25% c) um sopro abdominal pode ser confundido com sopros irradiados do tórax d) a palpação pode excluir esse diagnóstico entre os pacientes não obesos e) frequentemente há sopro abdominal localizado 3. No paciente com pressão venosa elevada, para observar melhor a pulsação da veia jugular, deve-se solicitar ao paciente que: a) se sente no leito com os pés pendentes b) deite e eleve a cabeceira a 45 c) fique em decúbito dorsal a zero grau d) fique em decúbito lateral esquerdo e) fique em decúbito lateral direito 4. A pressão arterial é usualmente medida indiretamente sobre a artéria braquial. Com relação a essa medida, quando obtida em artérias mais distais, geralmente se nota: a) menor valor da pressão de pulso b) alteração nas pressões intra-arterial c) menor valor da pressão arterial média d) maior valor da pressão arterial sistólica e) maior valor da pressão arterial diastólica 5. Entre os indivíduos assintomáticos, sem outros sinais de doença cardiovascular, o único dos listados a seguir em que não está indicado ecocardiograma transtorácico é aquele que apresenta, à ausculta cardíaca, apenas sopro 2+/6+: a) mesossistólico b) protossistólico c) holossistólico d) telessistólico e) pré-sistólico 6. Uma paciente de 38 anos é atendida no consultório com diagnóstico prévio de prolapso da valva mitral. Após examiná- -la em decúbito dorsal, o médico solicita que a paciente fique na posição de cócoras, na qual nova ausculta cardíaca é realizada, devendo-se observar que: a) o sopro sistólico fica mais precoce b) o clique sistólico aumenta de intensidade c) o sopro mesossistólico aumenta de intensidade d) o clique sistólico se aproxima da 1ª bulha e) o clique sistólico se distancia da 1ª bulha 7. A contração e o relaxamento ventricular sofrem influência de vários fatores fisiológicos. Diante disso, pode-se afirmar que um fator e o seu respectivo comportamento estão corretamente apresentados em: a) a pós-carga reduzida gera disfunção diastólica b) o aumento da fosforização da troponina I reduz a razão de relaxamento c) a ativação dos receptores rianodínicos do retículo sarcoplasmático libera grande quantidade de sódio no citosol d) o cálcio do citosol tem de ser reduzido para fornecer o desacoplamento do cálcio do sítio C da troponina para ocorrer relaxamento e) a capacidade de recaptação do cálcio pela enzima SERCA do retículo sarcoplasmático tem influência direta sobre a contração ventricular 8. Após cada despolarização, uma das formas de equilibrar a quantidade de cálcio que entra na célula cardíaca é promover uma pequena saída desse íon através de um processo ativo de troca com: a) hidrogênio b) magnésio c) potássio d) cloro e) sódio 9. A ação da norepinefrina nos receptores alfa-2 pré-sinápticos visa, diretamente, à(ao): a) dilatação arterial b) constrição vascular c) elevação da frequência cardíaca d) aumento da liberação de norepinefrina e) inibição da liberação excessiva de norepinefrina 10. A hipertrofia fisiológica do ventrículo esquerdo, que ocorre no coração de alguns atletas treinados, deve ser diferenciada da hipertrofia patológica, típica na cardiomiopatia hipertrófica. Dentre as características diferenciais da hipertrofia fisiológica, tem-se: a) participação do fator transformador de crescimento-beta b) enchimento diastólico precoce aumentado c) áreas pequenas de fibrose intersticial d) apoptose protetora dos miócitos e) contração ventricular reduzida 11. O óxido nítrico é um gás produzido em diversos tecidos e apresenta propriedades extremamente importantes para manter a boa função do sistema cardiovascular. O óxido nítrico produzido pela óxido nítrico-sintetase neuronal nas terminações vagais determina a liberação de: a) cálcio

10 Questões baseadas nas provas TEC 2012 e 2014

11 SIC TÍTULO DE ESPECIALISTA EM CARDIOLOGIA A ausculta cardíaca é parte fundamental do exame clínico geral. A respeito dessa condição, em específico sobre o chamado desdobramento da 2ª bulha, pode-se afirmar que: a) em indivíduos sadios, ocorre fechamento da valva pulmonar antes da valva aórtica b) há um desdobramento constante e variável de acordo com a respiração nos pacientes que têm CIA c) há desdobramento paradoxal entre pacientes que apresentam bloqueio do ramo esquerdo d) o padrão respiratório não modifica o desdobramento constante em portadores de bloqueio do ramo direito e) a inspiração reduz a pressão da artéria pulmonar, o que leva a um encurtamento do tempo de ejeção ventricular direita 2. A respeito da amiodarona, pode-se afirmar que: I - Praticamente não há excreção renal, sendo esta quase totalmente hepática. Além disso, a cirrose hepática é rara, porém, quando existe, pode ser extremamente grave, levando a óbito. II - Apresenta ação iniciando-se cerca de 2 a 3 dias após uso oral e de 1 a 2 horas na administração intravenosa. III - Apresenta ação antagonista, porém de forma não competitiva, a receptores beta e alfa-adrenérgicos e à conversão de tiroxina em triiodotironina. Está(ão) correta(s): a) apenas I b) I, III c) II, III d) I, II, III e) nenhuma das anteriores 3. Considerando o conjunto de doenças que acometem as valvas cardíacas, as chamadas valvopatias, assinale a afirmativa correta: a) a anamnese e o exame físico são suficientes para a identificação da estenose mitral b) a anamnese fornece uma informação primordial para a utilização de tratamento intervencionista nas valvopatias c) o paciente portador de doença valvar apresentar precordialgia é indício de doença arterial coronariana associada d) síndrome de intolerância a esforços e/ou retenção hídrica não são comumente associadas à valvopatia e) os sopros diastólicos em geral são mais intensos que os sistólicos 4. Não podemos afirmar, sobre a prevenção secundária em doença arterial coronariana: a) indica-se AAS na maioria dos casos, com dosagem entre 75 e 162mg, exceto contraindicações b) se não houver contraindicações, podem-se usar betabloqueadores (beta-1 específicos ou não) c) o uso de IECA está restrito a pacientes com hipertensão arterial sistêmica, diabetes mellitus e disfunção ventricular esquerda d) caso o paciente apresente doença coronariana, deve manter níveis de colesterol LDL abaixo de 100mg/dL e) nitratos orais não aumentam a sobrevida 5. Com relação a dislipidemias: a) há hipercolesterolemia se colesterol total 180mg/dL b) há hipertrigliceridemia se triglicérides 150mg/dL c) existe dislipidemia mista se colesterol total 180mg/dL e triglicérides 150mg/dL d) considera-se colesterol HDL baixo quando <50mg/dL em homens e <40mg/dL em mulheres e) todas estão corretas 6. Considerando endocardite em prótese valvar por Staphylococcus aureus, não se pode afirmar que: a) intervenção cirúrgica precoce e antibioticoterapia promovem maiores índices de cura b) 3 drogas combinadas são usadas no esquema de tratamento com antibióticos c) em próteses antigas (>10 anos), pode haver extensão perivalvar da infecção d) deve haver controle da função renal e hemograma em pacientes em uso de betalactâmicos ou vancomicina e) altos riscos de embolias arteriais são verificados em casos de endocardite em prótese valvar esquerda com vegetações visíveis ao ecocardiograma 7. Uma mulher de 30 anos deu entrada no PS referindo dor torácica ventilatório-dependente associada a dispneia com esforços habituais, há 7 dias. Forte dor na face anterior do tórax e dispneia a acordaram nessa noite. Ao exame, apresentava-se dispneica e ortopneica, sem edema, com elevação da pressão jugular, crepitações pulmonares nas bases bilaterais, taquicardia, 3ª bulha com ritmo de galope, sopro sistólico (+++/6) mitral, fígado a 3cm do rebordo costal direito. FC = 100bpm, PA = 110x70mmHg e Tax = 37,5 C. Relata ter 3 filhos, com 5 anos, 4 anos e 20 dias de vida. Nesse caso, podemos pensar em: a) pericardite b) infarto agudo do miocárdio c) tamponamento cardíaco d) pneumonia e) insuficiência cardíaca e tromboembolismo pulmonar 8. As dislipidemias encontradas em pacientes com diabetes mellitus são: a) triglicérides normais, colesterol LDL elevado e colesterol HDL baixo b) triglicérides aumentados, colesterol HDL reduzido e aumento de partículas de colesterol LDL pequena e densa c) triglicérides normais, colesterol LDL reduzido e colesterol HDL aumentado d) triglicérides aumentados, colesterol HDL aumentado e aumento de partículas de colesterol LDL pequena e densa e) triglicérides aumentados, colesterol HDL inalterado e colesterol LDL inalterado 9. Assinale a alternativa que melhor descreve a indicação de ablação da fibrilação atrial, a fim de manter o ritmo sinusal: a) classe I para pacientes de qualquer idade, que tenham coração estruturalmente normal, apresentando ou não sintomas e sem resposta após uso de pelo menos 2 drogas antiarrítmicas b) classe I para pacientes de qualquer idade, que tenham coração estruturalmente normal, sintomático e sem resposta após uso de pelo menos 1 droga antiarrítmica

12 QUESTÕES

13 SIC TÍTULO DE ESPECIALISTA EM CARDIOLOGIA MEDCEL 1. É correto afirmar, sobre as valvopatias: a) na estenose mitral, extrassístoles atriais predizem o surgimento de fibrilação atrial em médio e longo prazo, por isso devem ser tratadas com antiarrítmicos b) a avaliação da elegibilidade do portador de estenose mitral para tratamento percutâneo é essencialmente ecocardiográfica, levando em conta 4 critérios área valvar, mobilidade, espessamento e calcificação das cúspides c) palpitações são queixas frequentes dos portadores de valvopatia aórtica, enquanto dor torácica e síncope são mais frequentes em pacientes com doença mitral d) em pacientes assintomáticos, com sopro cardíaco, porém de baixa probabilidade para cardiopatia estrutural, porém que não pode ser descartada pela clínica, eletrocardiograma ou radiografia de tórax, a ecocardiografia tem indicação classe I e) no Brasil, o prolapso de valva mitral é a 2ª causa mais comum de insuficiência mitral Tenho domínio do assunto Reler o comentário Refazer essa questão Encontrei dificuldade para responder MEDCEL 2. É incorreto afirmar, sobre o conceito epidemiologia e prevenção da hipertensão arterial, que: a) a hipertensão arterial sistêmica é uma condição clínica multifatorial marcada por níveis altos e sustentados de pressão arterial. É associada comumente a alterações funcionais e/ ou estruturais dos órgãos-alvo e a alterações metabólicas, com aumento do risco de eventos cardiovasculares fatais e não fatais b) com o aumento da PA a partir de 115x75mmHg de forma linear, contínua e independente, a mortalidade por doença cardiovascular cresce progressivamente c) no Brasil, o predomínio de hipertensão arterial é superior nas mulheres d) há um baixo nível de controle da hipertensão arterial no Brasil e) no Brasil, algumas regiões possuem taxas de tratamento e controle da hipertensão arterial melhores do que em outros países, em especial em municípios do interior com ampla cobertura do Programa de Saúde da Família tardio, rude, irradiado para carótidas e fúrcula; apresenta também sopro sistólico, audível no foco mitral, intensidade (2+/6+), configuração em diamante, com timbre piante. Não aumenta com decúbito lateral esquerdo. O diagnóstico correto seria: a) estenose pulmonar grave e insuficiência mitral moderada b) estenose aórtica moderada e insuficiência mitral moderada c) insuficiência mitral grave d) estenose aórtica grave e) insuficiência aórtica grave Tenho domínio do assunto Reler o comentário Refazer essa questão Encontrei dificuldade para responder MEDCEL 5. Sobre o diagnóstico de insuficiência cardíaca sistólica, pode- -se afirmar que: a) para o diagnóstico, a determinação de prognóstico e para a avaliação de resposta terapêutica, deve sempre ser feita a dosagem de BNP/pró-BNP b) o ecocardiograma não tem recomendação de rotina na avaliação inicial dos pacientes, mas sempre na alteração do quadro clínico c) para a especificação da etiologia, cinecoronariografia deve ser feita em todos os doentes d) em indivíduos com história de doença coronariana e angina, a angiotomografia coronariana é imprescindível e) em pacientes com doença arterial coronariana, ponderados para revascularização miocárdica, procedimentos de avaliação não invasiva de viabilidade miocárdica são recomendados Tenho domínio do assunto Reler o comentário Refazer essa questão Encontrei dificuldade para responder MEDCEL 6. Um indivíduo de 68 anos com história de angioplastia coronariana há 2 anos apresenta palpitações de começo súbito. PA = 120x80mmHg, ausculta pulmonar normal, nega síncope. Para esse doente, com o traçado eletrocardiográfico a seguir, qual é o procedimento inicial? Tenho domínio do assunto Reler o comentário Refazer essa questão Encontrei dificuldade para responder MEDCEL 3. Na redução de acidente vascular encefálico em idosos, qual dos seguintes fármacos tem pouco impacto? a) clortalidona b) atenolol c) losartana d) nitrendipino e) perindopril Tenho domínio do assunto Reler o comentário Refazer essa questão Encontrei dificuldade para responder MEDCEL 4. Um idoso de 86 anos com sopro sistólico, em focos da base, intensidade (3+/6+), configuração em diamante, com pico a) verapamil b) manobra vagal c) cardioversão elétrica sincronizada d) adenosina e) desfibrilação imediata Tenho domínio do assunto Reler o comentário Refazer essa questão Encontrei dificuldade para responder MEDCEL 7. Um paciente de 59 anos apresenta um quadro de infarto agudo do miocárdio com menos de 60 minutos de evolução e é submetido a uma coronariografia imediata, ilustrada a seguir:

14 COMENTÁRIOS

15 SIC TÍTULO DE ESPECIALISTA EM CARDIOLOGIA 101 Questão 1. De fato, o surgimento de extrassístoles atriais frequentes tem relação com evolução para fibrilação atrial. No entanto, o tratamento desses batimentos prematuros não implica em redução de fibrilação atrial ou de eventos cardiovasculares maiores, não estando, portanto, indicado. Valvoplastia mitral percutânea pode ser indicada para doentes com escore de Wilkins menor do que 8 pontos. Esse escore avalia, além de mobilidade, espessamento e calcificação das cúspides, o espessamento do aparelho subvalvar, e não a medida da área valvar. Justamente ao contrário do citado na alternativa c, palpitações estão entre as queixas mais frequentes na valvopatia mitral, especialmente na estenose. Dor torácica, síncope e dispneia são manifestações frequentes na doença valvar aórtica. Em assintomáticos, com sopro cardíaco, porém de baixa probabilidade para cardiopatia estrutural, porém que não pode ser descartada pela clínica, eletrocardiograma ou radiografia de tórax, a diretriz brasileira de valvopatias estabelece a avaliação ecocardiográfica como recomendação classe IIa. Esse exame tem indicação classe I na presença de história forte, sinais clínicos, radiológicos ou eletrocardiográficos que sugiram valvopatia, mesmo que em assintomáticos. A causa mais comum de insuficiência mitral ainda é a reumática, sendo a 2ª a degeneração mixomatosa, com prolapso da valva mitral, com evolução dependente da intensidade do prolapso, se manifestando clinicamente por volta dos 50 anos. Gabarito = E Questão 2. Esta é mais uma daquelas questões do TEC onde se recortam trechos das diretrizes brasileiras sobre um determinado assunto e se enxertam como alternativas. A alternativa a representa a própria transcrição do conceito de hipertensão arterial definido pelas diretrizes brasileiras, ipsis litteris. Da mesma forma, a alternativa b está irrefutavelmente correta, já que foi transcrita da diretriz. A mortalidade por doença cardiovascular associada a hipertensão arterial aumenta principalmente em países de baixo e médio desenvolvimento econômico, especialmente na faixa etária entre 45 e 69 anos. Estudos populacionais nacionais, envolvendo quase indivíduos hipertensos revelaram baixo controle da pressão arterial, com apenas 19,6% desses pacientes com níveis de PA <140x90mmHg. Ainda assim, essas taxas devem estar superestimadas, devido, principalmente, a heterogeneidade dos trabalhos realizados. A comparação das frequências, respectivamente, de conhecimento, tratamento e controle nos estudos brasileiros com as obtidas em estudos de 35 países, revelou taxas semelhantes em relação ao conhecimento (52,3% versus 59,1%), mas significativamente superiores no Brasil em relação ao tratamento e controle (34,9% e 13,7% versus 67,3 e 26,1%) em especial em municípios do interior com ampla cobertura do Programa de Saúde da Família, mostrando que os esforços concentrados dos profissionais de saúde, das sociedades científicas e das agências governamentais são fundamentais para se atingir metas aceitáveis de tratamento e controle da HAS. No Brasil e no mundo, a hipertensão é mais prevalente entre o sexo masculino. Em nosso país, acomete aproximadamente 35,8% dos homens e 30% das mulheres. Gabarito = C Questão 3. A redução de 10mmHg, independente do fármaco utilizado, reduz significantemente a ocorrência de Acidente Vascular Encefálico (AVE) e eventos coronarianos nos idosos. No entanto, isoladamente, os betabloqueadores têm muito pouco impacto na redução de AVE nessa população, em especial o atenolol, que tem menor eficácia no controle pressórico e esteve associado a aumento da mortalidade nessa faixa etária em alguns trabalhos. Inibidores da ECA, BRA, bloqueadores do cálcio e diuréticos são boas opções quando se considera a prevenção primária de AVE. Além disso, na população geriátrica, deve-se evitar a prescrição de betabloqueadores em monoterapia. Gabarito = B Questão 4. Idoso, com sopro sistólico importante, melhor audível em focos da base, ejetivo, com configuração em crescendo e decrescendo ou em diamante, com pico mais tardio, você está autorizado a dar o diagnóstico de estenose aórtica antes do ecocardiograma. Neste caso, é possível inclusive aferir que essa estenose aórtica é grave, pois encontramos o fenômeno de Gallavardin. Em pacientes com a valva aórtica muito calcificada (comum nos casos de estenose aórtica degenerativa/senil), é possível ouvir sopro de alta frequência, que pode se irradiar para o ápice. Por vezes esse sopro é mais intenso em foco mitral que nos próprios focos da base, podendo ser confundido com um ruído de regurgitação mitral. O sopro regurgitativo mitral é suave, holossistólico, irradiado para axila, que aumenta de intensidade ao decúbito lateral esquerdo. O sopro de insuficiência aórtica é diastólico e não sistólico. O sopro da estenose valvar pulmonar se irradia para fossa supraclavicular esquerda e não para fúrcula e carótidas. Além disso, é causa pouco frequente de sopro significativo, fazendo parte geralmente de alterações congênitas, como T4F, síndrome de Williams e síndrome de Noonan. Gabarito = D Questão 5. As palavras que levam a afirmações ao extremo, como sempre, nunca, indispensável, todos, nenhum, dentre outras, devem gerar suspeita quando se fazem presentes em questão de múltipla escolha. O BNP/NT-pró-BNP tem valor na estratificação prognóstica da insuficiência cardíaca, como complemento ao exame físico para guiar a terapêutica ou quando há dúvida no diagnóstico. O ecocardiograma, por sua vez, está indicado na avaliação inicial de todo paciente com insuficiência cardíaca. Além disso, também deve ser realizado na modificação do quadro clínico, para ajuste de tratamento. Na insuficiência cardíaca, a tomografia de coração tem indicação na suspeita de pericardite constrictiva e quando for útil avaliar a morfologia do ventrículo direito, na hipótese de displasia arritmogênica do ventrículo direito. Na suspeita de doença coronariana deve ser realizada cinecoronariografia ou uma prova funcional, de acordo com a probabilidade da doença, não para investigação etiológica de rotina. A angiotomografia coronariana só está indicada para diagnóstico de DAC em pacientes com fração de ejeção reduzida e probabilidade baixa ou intermediária de coronariopatia, dado seu alto valor preditivo negativo. Cintilografia de perfusão miocárdica, eco sob estresse ou pesquisa de viabilidade pela ressonância magnética são métodos que podem ser empregados na pesquisa de viabilidade miocárdica, em especial entre os doentes com possibilidade de revascularização miocárdica (recomendação classe IIa). Gabarito = E Questão 6. Taquicardia regular de complexo estreito, com ausência de onda P, de aproximadamente 180 a 190bpm, com

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