Título: Mudanças no ICMS-Interestadual, Guerra Fiscal e Desenvolvimento Econômico. Autoria: Subseção DIEESE / Sindicato dos Metalúrgicos do ABC.
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2 FICHA BIBLIOGRÁFICA Título: Mudanças no ICMS-Interestadual, Guerra Fiscal e Desenvolvimento Econômico Autoria: Subseção DIEESE / Sindicato dos Metalúrgicos do ABC. Equipe técnica responsável: Fausto Augusto Júnior; Zeíra Mara Camargo de Santana; Warley Batista Soares; Silvana Martins de Miranda Nascimento; José Luiz Lei. Resumo: Este texto discute as propostas de alteração das regras para o ICMSinterestadual e seu impacto na guerra fiscal entre os estados. Palavras-chave: Diretório: M:\IMPOSTOS\ICMS\ Proposta de unificação do ICMS SMABC.docx Maio / 2013
3 MUDANÇAS NO ICMS-INTERESTADUAL, GUERRA FISCAL E DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO Introdução Está em debate no Senado proposta de alteração das regras para o ICMS- interestadual, recoloca em debate um dos temas mais polêmicos da República Federativa do Brasil: a guerra fiscal. A guerra fiscal pode ser entendida como a concessão de incentivos fiscais de estados e municípios para empresas se implantarem em seu território. Desde seu início, tem-se assistido a verdadeiros leilões entre entes federados com vistas a atração de investimento privado por parte dos estados e reduzindo de modo sistemático o potencial global de arrecadação do nosso sistema tributário. Além disso, como lembra Khair, a guerra fiscal tem alterado os critérios econômicos para o investimento, uma vez que tem induzido a trocar critérios de eficiência econômica por artificialismo tributário na localização de uma indústria e estabelecido uma competição entre empresas não por sua eficiência, mas por sua territoriedade. No Brasil, esse modelo de disputa entre as regiões, que em vez de estimular um crescimento da base industrial nacional, tem tido como consequência a desestruturação dos parques industriais tradicionais e a criação de regiões industriais itinerantes, que migram de acordo com as vantagens fiscais e deixam para trás trabalhadores, passivos tributários e ambientais. Dentre os estados mais prejudicados com essa prática está São Paulo, que, segundo estimativas da Secretaria da Fazenda do Estado de SP, tem sofrido perdas de arrecadação da ordem de R$ 10 bilhões anuais. Além disso, tem assistido, ano após ano, à migração das empresas de sua base e a conseqüente diminuição da participação do estado na produção nacional, bem como da participação da indústria em sua economia. Segundo dados do IBGE, o valor adicionado ou a geração de riqueza a partir da indústria de transformação em São Paulo caiu de 59,0% para 47,9% entre 2000 e 2010 e a participação da indústria de transformação no emprego caiu de 34% em 1990 para 22.5% em 2010, ou seja, uma queda de 11,5 pontos percentuais em 20 anos.
4 É nesse cenário que a disputa sobre alteração do ICMS Interestadual se coloca. Um debate entre atores políticos que querem eliminar a Guerra Fiscal e outros que busca nela o desenvolvimento de sua região. O ICMS (Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação) O ICMS é um imposto de competência dos Estados, em que 25% de sua arrecadação é dividida com os Municípios. Suas regras estão definidas no art. 155, 2º, da Constituição federal de Dentre suas principais características destaca-se: a) O caráter não cumulativo, ou seja, o valor pago em uma fase de produção (ou comercialização) se transforma em crédito, que pode ser abatido na fase seguinte. b) Não incidência sobre as exportações de qualquer natureza (redação dada pela emenda constitucional nº 42/2003). No que se refere às alíquotas de ICMS, cabe ao Estado fixá-las para as mercadorias vendidas dentro de seus limites geográficos, diferenciando-as por produto. Como são diferenciadas por produto e definidas pelos Estados, as alíquotas internas são as mais variadas possíveis, situando-se em média em 17% ou 18%. O ICMS interestadual Existem três tipos de transações que estão sujeitas à incidência de ICMS: as importações, as vendas internas em cada unidade da federação e as chamadas operações interestaduais. As exportações estão constitucionalmente isentas de imposto. No caso de uma operação interna ou importação que se destina a um consumidor do próprio Estado, o ICMS é totalmente recolhido por este Estado. Por exemplo, o
5 imposto que incide sobre os automóveis produzidos em São Paulo e vendidos para seus próprios consumidores pertence integralmente ao governo paulista. As operações interestaduais são aquelas na qual um bem é produzido em um Estado e remetido para outro, onde está o consumidor. Ao Senado Federal, está definida a tarefa de estabelecer as alíquotas que vigoram nas chamadas operações interestaduais, ou seja, nas transações entre empresas de diferentes unidades da federação, não diferenciada por produto. As alíquotas interestaduais em vigor atualmente são apenas duas: 7% nas saídas das unidades da federação das regiões Sul e Sudeste (exceto Espírito Santo), destinadas às regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste e para o Espírito Santo, e 12% em todos os demais casos. Do ponto de vista da arrecadação, a alíquota interestadual corresponde à parcela que fica com o Estado de origem da mercadoria. Por exemplo, se este automóvel for vendido de São Paulo para a Bahia, o governo paulista retém na origem uma alíquota de 7% (alíquota interestadual das saídas da região Sudeste para a Nordeste), cabendo ao governo baiano (destino) a diferença entre a alíquota interna aplicada aos automóveis (17%, como padrão) e a alíquota interestadual cobrada por São Paulo (7%) ou seja, 10% sobre o valor da transação. Se a transação fosse realizada em sentido oposto, ou seja, da Bahia para São Paulo, haveria também uma divisão semelhante, porém, para este caso, a alíquota interestadual nesses é maior, 12%. Sendo assim, o governo baiano reteria 12% sobre o valor do automóvel vendido para São Paulo, e o governo paulista ficaria com a 5%, ou seja, a diferença entre a alíquota de 17% (cheia) e a alíquota interestadual. Em resumo, neste regime parte do imposto fica com o Estado de origem, e parte com o Estado de destino, sendo a fatia de cada um no bolo definida pela alíquota interestadual.
6 Abaixo, um quadro resumo deste sistema: As exceções são as remessas de produtos industrializados de origem nacional (exceto armas, munições, perfumes, fumo, bebidas alcoólicas e automóveis de passageiros) para a comercialização ou industrialização na Zona Franca de Manaus (ZFM) e nas Áreas de Livre Comércio dos Estados do Amazonas, Amapá, Rondônia, Roraima, que são isentas do ICMS por convênios e as saídas que sejam objeto de convênios específicos do CONFAZ. A guerra fiscal por meio do ICMS interestadual Os Estados estão proibidos de conceder quaisquer benefícios fiscais, exceto aqueles aprovados por unanimidade das unidades da federação no Conselho Nacional de Política Fazendária Confaz (Lei Complementar nº 24/1974, recepcionada pela Constituição/1988), porém, não é o que se assiste na prática onde o ICMS interestadual é um das principais munições da Guerra Fiscal. A guerra fiscal só é viabilizada em função da alíquota interestadual não ser única e conferirem aos Estados de origem uma proporção significativa do imposto. Se um Estado das regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste e Espírito Santo, por exemplo, oferecer um crédito presumido de 75% nessas operações, isso significa que a alíquota efetiva que a empresa terá de pagar nas vendas para outras unidades da federação cairá de 12% para 3%.
7 Ao passo que se um Estado da região Sul e Sudeste (exceção do Espírito Santo) resolvesse oferecer o mesmo crédito presumido, ou seja, 75% da alíquota interestadual a alíquota efetiva que a empresa paga seria de 1%. Como se pode ver, uma mesma política de incentivo fiscal feita por um estado do Norte, Nordeste ou Centro-Oeste e de um estado do Sul e Sudeste dão resultados significativamente diferentes, redução de 9% contra uma redução de 3%, respectivamente, na alíquota final do ICMS. Se todo o ICMS das operações interestaduais pertencesse aos Estados de destino das mercadorias, ou seja, se a alíquota interestadual fosse zerada, não haveria como uma unidade da federação atrair empreendimentos com a promessa de não cobrar imposto nas vendas para fora de seu território, ou seja, as unidades da federação só poderiam oferecer isenção de imposto sobre a parcela da produção destinada ao seu próprio mercado consumidor interno. A PROPOSTA DO GOVERNO E DO CONGRESSO NACIONAL Podemos resumir as duas proposta atualmente em debate assim: Alíquotas Exceções Proposta do Governo Federal em novembro/2012 Unificadas em 4% ao final da trajetória Sem exceções MP 599/2012 Unificadas em 4% ao final da trajetória Exceções ao Gás Natural e à Zona Franca de Manaus, com alíquota de 12% Parecer do Senador Delcídio do Amaral Não Unificadas: produtos industrializados e agropecuários do N/NE/CO e ES, com destino aos estados do S/SE, teriam alíquota de 7% Exceções ao Gás Natural importado e à Zona Franca de Manaus, com alíquota de 12% A Reforma do ICMS proposta pela União tem a potencialidade de: Acabar com a guerra fiscal e simplificar o sistema tributário do ICMS por meio da redução e uniformização de alíquotas interestaduais Melhorar o ambiente de negócios com segurança jurídica para os investimentos convalidação
8 Criar mecanismo de atração de investimentos Fundo de desenvolvimento regional Garantir autonomia financeira dos Estados compensação das perdas de receitas estaduais com as alterações propostas Pela proposta do Governo Federal a alíquota interestadual é reduzida para 4%, para todas as operações, independente da região, o que na prática, no caso de manutenção de um incentivo fiscal de 75% (exemplo anterior), a tributação efetiva poderia ser reduzida de 4% para 1% para todos. Um desconto sob a forma de crédito presumido de 3% e não mais 9%, como vigora sob a alíquota de 12%. No entanto, a atual proposta no Congresso Nacional (parecer do Senador Delcídio do Amaral), tem-se caminhado para a não unificação de alíquotas, assim como para a criação de exceções à regra geral. A nova proposta (veja quadro) propõe a continuidade de duas alíquotas, uma para Sul e Sudeste (exceto Espírito Santo), 4%, e outra, 7% para Norte, Nordeste, Centro-Oeste e o Espírito Santo. Além disso, propõe exceções ao gás natural importado e à Zona Franca de Manaus, definindo uma alíquota interestadual de 12%. Pode-se afirmar que a proposta do Congresso mantém a guerra fiscal, uma vez que uma alíquota de 7% é suficientemente alta para permitir que a concessão de benefício de ICMS crie vantagem competitiva prejudicial ao equilíbrio de mercado. Ao se abandonar a unificação das alíquotas, sem exceções, além de não alcançar o objetivo de acabar com a munição da guerra fiscal, perde-se a oportunidade de simplificar o sistema tributário, especialmente em um momento em que se discutem formas de se reduzir o custo para as empresas. Alíquotas interestaduais desiguais, também, tornam o sistema tributário mais complexo, com a ampliação das obrigações aos contribuintes que coíbam a sonegação fiscal. Zona Franca de Manaus A Zona Franca criada em 1967tinha como objetivo a criação de um expressivo centro industrial em plena Amazônia. A ideia era transformar Manaus em porto livre para as importações e exportações.
9 Para atrair as empresas para este fim, a Zona Franca de Manaus oferece algumas vantagens fiscais que se materializam somente após a instalação da empresa no Polo Industrial. Estas vantagens são: Isenção do Imposto de Importação, que permite que empresas atuem como montadoras usando tecnologia internacional; Isenção do Imposto de Exportação; Desconto fornecido pelo governo estadual no ICMS; Isenção por dez anos, fornecido pelo município do IPTU, da Taxa de Licença para Funcionamento e da Taxa de Serviços de Limpeza e Conservação Pública. No que se refere ao ICMS, o que existe é isenção nas remessas de produtos industrializados de origem nacional (exceto armas, munições, perfumes, fumo, bebidas alcoólicas e automóveis de passageiros) para comercialização ou industrialização na ZFM. As saídas de produtos industrializados da ZFM não são isentas. O Amazonas editou uma lei que concede benefícios fiscais, por meio dos mecanismos descritos anteriormente, que praticamente anulam o imposto destacado nas notas fiscais de remessa a outras UF. Por ser um estado exportador, o Amazonas apresenta superávit nas operações interestaduais e será o que mais irá perder com a redução das alíquotas e por isso é o Estado que mais reage a qualquer mudança nas regras do interestadual. É particularmente danoso o tratamento excepcional previsto para a Zona Franca de Manaus na proposta do Congresso Nacional, que poderá ser contemplada com uma alíquota de saída de 12%. Ao estender esse tratamento excepcional também para outras áreas de livre comércio, a nova emenda apresentada pelo Senador Delcídio do Amaral acrescenta um agravante ao problema. Contrariamente aos esforços empreendidos na edição da Resolução 13/2012 pelo Senado Federal, que pretendia conter a chamada guerra dos portos, essa ampliação expõe o país ao risco da concorrência desleal de produtos importados, uma vez que as áreas de livre comércio se apresentam,
10 frequentemente, como meros entrepostos comerciais para operações de comércio exterior. AS MUDANÇAS E OS TRABALHADORES O Sindicato dos Metalúrgicos do ABC tem participado desde o início dos debates sobre a política industrial brasileira e sobre os diversos incentivos que União, Estados e Municípios tem oferecido as industrias com vista a atrair investimentos. Neste processo, tem defendido que um Estado indutor, orientador, regulador e fomentador do processo de industrialização e desenvolvimento é fundamental para sustentar, no longo prazo, o desenvolvimento do país. Porém, compreende que é preciso articular o desenvolvimento de novos polos industriais, sem o sucateamento dos polos industriais tradicionais, sob pena de desarticular cadeias inteiras da produção de diversos produtos, bem como enfraquecer regiões que tem um papel fundamental no crescimento do país. Assim sendo, defende medidas que desestimulem a guerra fiscal e incentivem a diversificação produtiva a partir de novos polos industriais espalhados pelo país. O que significa, que entendemos ser necessário a substituição do atual modelo de disputa entre regiões, estados e municípios por investimento, por uma política articulada e negociada entre os diversos entes federados, os empresários e os trabalhadores de modo a possibilitar a descentralização da produção sem a desestruturação das áreas historicamente industrializada. Por isso, o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC defende: 1- criação de um Conselho no âmbito do "Brasil Maior" que promova a negociação entre entes federados, empresários e trabalhadores de uma política de desenvolvimento regional articulada pelo do Governo Federal. 2- a aplicação da alíquota de 4% para todas as operações e prestações interestaduais; 3- criação de uma política específica de fortalecimento dos polos industriais tradicionais.
11 Referências bibliográficas DIEESE. A questão tributária e os trabalhadores. São Paulo: DIEESE, p. (Pesquisa DIEESE, n. 8). Política tributária e os trabalhadores. São Paulo: DIEESE, (Seminários de Negociação). CONFEDERAÇÃO NACIONAL DE MUNICÍPIOS CNM. ICMS e Guerra Fiscal / Confederação Nacional de Municípios Brasília: CNM, páginas. KHAIR, AMIR. Avaliação do impacto de mudanças nas alíquotas do ICMS nas transações interestaduais, Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), novembro/2011, 43 p. PISCITELLI, Roberto. Princípios para uma reforma cidadã. Brasília, In: UNAFISCO SINDICAL. 10 anos de derrama: a distribuição da carga tributária no Brasil. Brasília: UNAFISCO Sindical, p SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL SRF. Carga tributária no Brasil: Brasília: SRF, jul (Estatísticas Tributárias, 19). Disponível em: 06.pdf. Acesso em: 29 abr. 2008, 15:00 h. SALVADOR, Evilásio. A distribuição da carga tributária: quem paga a conta? In: SICSÚ, João (Org.). Arrecadação (de onde vem?) e gastos públicos (para onde vão?). São Paulo: Boitempo, p SENADOR DELCÍDIO DO AMARAL (RELATOR): PARECER Da COMISSÃO DE ASSUNTOS ECONÔMICOS, sobre o Projeto de Resolução do Senado nº 1, de 2013, do Poder Executivo, que estabelece alíquotas do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestação de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação - ICMS, nas operações e prestações interestaduais, UNAFISCO SINDICAL. 10 anos de derrama: a distribuição da carga tributária no Brasil. Brasília: UNAFISCO Sindical, p. Disponível em: ZOCKUN, M. (Org). Simplificando o Brasil: propostas de reforma na relaçãoeconômica do governo com o setor privado. São Paulo: FIPE, In: UNAFISCO SINDICAL. 10 anos de derrama: a distribuição da carga tributária no Brasil. Brasília: UNAFISCO Sindical, p. 28.
12 DIREÇÃO SINDICAL Rafael Marques da Silva Junior (Presidente) Wagner Firmino de Santana (Secretário Geral) Teonílio Monteiro da Costa (Secretário Administrativo e Financeiro) Moisés Selerges Junior (Secretário de Organização) José David Lima Carvalho (Diretor Executivo) Sérgio Aparecido Nobre (Diretor Executivo) Nelsi Rodrigues da Silva (Diretor Executivo) Ana Nice Martins de Carvalho (Diretora Executiva) Daniel Bispo Calazans (Diretor Executivo) Amarildo Sesario de Araújo (Diretor Executivo) José Roberto Nogueira da Silva (Diretor Executivo) Juarez Barros da Silva (Diretor Conselho da Executiva) Maria Gilza C. Macedo (Diretora Conselho da Executiva) Cícera Michelle Silva Marques (Diretora Conselho da Executiva) Claudionor Vieira do Nascimento (Diretor Conselho da Executiva) Valter Sanches (Diretor Conselho da Executiva) Gilberto da Rocha (Diretor Conselho da Executiva) Alexandre Aparecido Colombo (Diretor Conselho da Executiva) Paulo Marcio Nogueira (Diretor Conselho da Executiva) Sebastião Gomes de Lima (Diretor Conselho da Executiva) Rogério Fernandes Medeiros (Diretor Conselho da Executiva) Luciano Lourenço da Costa (Diretor Conselho da Executiva) Valderez Dias Amorim (Diretor Conselho da Executiva) Edmiro Dias de Castro (Diretor Conselho da Executiva) José Carlos de Souza (Diretor Conselho da Executiva) Raimundo Domingos Silva (Diretor Conselho Fiscal) Simone Aparecida Vieira (Diretora Conselho Fiscal) Antonio Claudiano da Silva (Diretora Conselho Fiscal) Genildo Dias Pereira (Diretor Conselho Fiscal)
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