FICHA TÉCNICA: Título: Autoria: Equi pe técnica responsável: Resumo: Pala vras-chave: Diret ório: Contato:

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2 FICHA TÉCNICA: Título: A Juventude Trabalhadora no ABC. Autoria: Subseção DIEESE / Sindicato dos Metalúrgicos do ABC. Equipe técnica responsável: Fausto Augusto Júnior; Zeíra Mara Camargo de Santana; Warley Batista Soares; Silvana Martins de Miranda Nascimento; José Luiz Lei. Resumo: Apresenta indicadores do mercado de trabalho formal do jovem no ABC. Palavras-chave: Jovem; mercado de trabalho; Grande ABC. Diretório: M:\Jovens\O Jovem Trabalhador Formal no ABC_Nov2011_CADERNO.docx Contato: sumetabc@smabc.org.br

3 SUMÁRIO I. Apresentação 04 II. O Emprego do Jovem em Setembro 05 III. O Perfil do Trabalho Juvenil no ABC, Segundo a RAIS 07 IV. Considerações Finais 23 V. Anexos 24 3

4 I. Apresentação O mercado de trabalho formal do jovem com até 30 anos de idade no Grande ABC 1 é analisado pelo presente estudo realizado pela Subseção do DIEESE no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC. Os levantamentos foram obtidos a partir das bases de dados do Programa de Disseminação das Estatísticas do Trabalho - PDET do Ministério do Trabalho e Emprego (Relação Anual de Informações Sociais RAIS e Cadastro Geral de Empregados e Desempregados CAGED). O estudo tem por objetivo apresentar o perfil do jovem trabalhador na região, segundo alguns aspectos, dentre os quais: grandes setores de atividade, gênero, distribuição nos municípios, escolarização, faixas de idade, rendimentos, rotatividade, movimentação de contratações e demissões em 2011, jornada de trabalho contratada, tamanho dos estabelecimentos contratantes, ocupações e tempo de trabalho no mesmo estabelecimento. Entende-se que os indicadores a seguir apresentados contribuirão para o movimento sindical, os coletivos de juventude e os órgãos governamentais, dentre outros afins, debaterem e formatarem políticas específicas para este público. 1 A Região do Grande ABC abrange os municípios de Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, Diadema, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra. 4

5 II. O Emprego do Jovem em Setembro Os jovens trabalhadores no Grande ABC, com até 30 anos de idade e com carteira de trabalho assinada, somavam 349,3 mil pessoas em setembro de 2011, de acordo com os últimos dados do Ministério do Trabalho e Emprego (RAIS e CAGED). Em nove meses, esta parcela de trabalhadores cresceu 6,8% na região, uma vez que em dezembro de 2010, os jovens totalizavam 327,2 mil trabalhadores, como mostra a Tabela 1: TABELA 1 Os jovens com até 30 anos representam 42,5% do total da força de trabalho do ABC, que somam hoje 822,9 mil trabalhadores, e contribuem com apenas 28,1% do total dos salários. Do total de jovens, a grande maioria, ou 40,1%, trabalha no setor de serviços, outros 30,8% na indústria de transformação, 21,7% no comércio e 5

6 4,9% na construção civil. Somente 2,5% estão na administração pública, agropecuária, extrativismo mineral e serviços industriais de utilidade pública. 6

7 III. O Perfil do Trabalho Juvenil no ABC, Segundo a RAIS Com a finalidade de apresentar o perfil do jovem trabalhador formal nos grandes setores de atividade econômica no Grande ABC, a Subseção do Dieese passa a analisar o mercado de trabalho para este público a partir dos dados da RAIS. Deste modo, ao distribuir os trabalhadores por gênero, nota-se que os jovens do sexo masculino detêm 59,3% dos postos de trabalho na região, enquanto que as mulheres, 40,7%. No entanto, Rio Grande da Serra possui a maior representação masculina do trabalho juvenil (66,7%), seguida por Mauá (63,8%). Veja tabela 2: TABELA 2 Quanto aos municípios, São Bernardo do Campo possui 34,3% dos postos de trabalho de jovens, seguido por Santo André, que detém 25,8%. 7

8 TABELA 3 O setor de comércio possui a maior parcela de jovens com até 30 anos entre o conjunto dos setores, como demonstra a Tabela 4. Já o setor de serviços possui o maior contingente de trabalhadores com até 30 anos no ABC, ou 16,4% do total de trabalhadores com carteira de trabalho assinada. O jovem com até 30 anos possui remuneração média mensal de R$ 1.324,90 e os trabalhadores com mais de 30 anos possuem rendimentos médios de R$ 2.356,71. O maior rendimento médio do jovem é encontrado no setor de extrativismo mineral, em razão dos salários aplicados por empresas do segmento de extração de petróleo e gás natural, porém, é pequena a representação deste setor no total do emprego local. Na região, os jovens com até 20 anos de idade possuem rendimentos ainda menores, uma vez que esta parcela de trabalhadores se enquadra geralmente no primeiro emprego ou em atividades relacionadas a estágios com jornadas parciais, e chegam a receber 42,8% menos que os trabalhadores entre 20,1 e 30 anos, como igualmente constam na Tabela 4: 8

9 TABELA 4 DISTRIBUIÇÃO DOS TRABALHADORES NO ABC, POR SETORES DE ATIVIDADE ECONÔMICA, FAIXA ETÁRIA E RENDIMENTO MÉDIO

10 De acordo com a Tabela 5, a indústria de transformação paga o segundo maior rendimento médio da região para o jovem (R$ 1.752,56), mas somente 49,1% do rendimento pago aos trabalhadores acima de 30 anos no referido setor (R$ 3.443,63). Na administração pública a diferença de remuneração entre as duas faixas de idade é de 36,8%, no setor de serviços, de 34,1%, no comércio, de 30,8% e na construção civil, de 24,4%. Na média da região os trabalhadores com até 30 anos recebem 43,8% menos que aqueles acima desta idade. 10

11 TABELA 5 11

12 Na sequência, a Tabela 6 apresenta a diferença de escolarização entre os jovens nos sete municípios da região. São Caetano do Sul lidera com 21,6% dos jovens com até 30 anos que possuem escolarização acima do ensino médio, seguida por São Bernardo do Campo (18,0%), Santo André (15,4%), Diadema (13,2%), Ribeirão Pires (11,8%), Mauá (10,6%) e Rio Grande da Serra (9,5%). TABELA 6 12

13 Difere a escolarização entre jovens e trabalhadores acima de 30 anos, como pode ser observado na Tabela 7. Com escolarização acima do ensino médio, os trabalhadores com mais de 30 anos somam 20,0%, contra 16,3% daqueles com até 30 anos. Todavia, é mais elevada a escolarização dos trabalhadores com até 30 anos, uma vez que 60,1% possuem o ensino médio completo, contra 40,9% dos acima de 30 anos. TABELA 7 As ocupações em que estão contratados os jovens podem responder uma parte da diferença de escolarização entre os dois grupos. De modo geral, nota-se que a maioria dos jovens, talvez por estarem em início de carreira, possui ocupações que exigem pouca escolarização de nível superior, como por exemplo, vendedores de lojas e supermercados, operadores de telemarketing, alimentadores de linhas de produção, entre outros. Além do mais, ocupações de níveis técnicos ou profissionais como médicos, dentistas, psicólogos, economistas, administradores, possuem 13

14 baixa representatividade nas ocupações de jovens no Grande ABC, como consta na Tabela 8. Ressalte-se que as maiores ocupações de jovens nos principais setores da região, estão nos anexos 1 a 5 deste estudo: TABELA 8 14

15 A escolarização mais elevada também proporciona rendimentos maiores, como se pode ver na Tabela 9. Os jovens com curso superior completo recebem, em média, R$ 2.753,24, contra um rendimento de R$ 1.171,75 dos jovens do ABC com ensino médio completo. Na comparação dos municípios, São Bernardo do Campo detém a remuneração mais elevada tanto para os que possuem ensino médio completo (R$ 1.269,66), como para aqueles com curso superior completo (R$ 3.023,11). TABELA 9 As mulheres jovens de até 30 anos no ABC possuem rendimentos 23,0% inferiores aos dos homens com a mesma faixa etária. A maior diferença de renda observada entre os municípios ocorre em São Bernardo do Campo, onde as mulheres recebem 29,8% menos, apesar de este município apresentar rendimentos médios superiores para os dois gêneros 15

16 na comparação com as outras cidades da região. Na sequência, São Caetano do Sul apresenta diferença de 26,8% nas remunerações dos gêneros, Mauá, de 23,6%, Ribeirão Pires, de 23,4% e Rio Grande da Serra, de 15,7%. Os municípios de Diadema e Santo André apresentam diferenças menores, de 14,4% e 12,0%, respectivamente. Veja Tabela 10: TABELA 10 No que tange ao trabalho semanal, de modo geral, é pequena a parcela de jovens trabalhadores com jornadas parciais de até 30 horas semanais, como demonstra a Tabela 11. A maior participação pode ser observada em Santo André, onde 4,8% dos jovens trabalham até 30 horas na semana, seguido por São Bernardo do Campo, com 4,2% do total. Os postos de trabalho com jornadas semanais de 40 horas têm mais presença de jovens em São Bernardo do Campo (23,5%) e em São Caetano do Sul (17,3%), participação influenciada pelos empregos nas montadoras de autoveículos. Já as jornadas mais elevadas, acima das 40 horas semanais, 16

17 estão mais presentes em Diadema (91,1%), Rio Grande da Serra (90,2%), Ribeirão Pires (90,0%) e Mauá (89,2%). TABELA 11 Ao comparar as jornadas de trabalho de jovens e trabalhadores acima de 30 anos observa-se que este segundo grupo é mais beneficiado por jornadas menores. Um total de 20,7% dos trabalhadores acima de 30 anos de idade têm jornadas entre 31 e 40 horas e outros 74,2% possuem jornadas entre 41 e 44 horas semanais de trabalho, diferentemente dos jovens, onde 79,7% deles trabalham entre 41 e 44 horas na semana. Veja Tabela 12: 17

18 TABELA 12 Quanto ao tamanho dos estabelecimentos em que trabalham, a Tabela 13 mostra que os jovens têm mais presença nos estabelecimentos menores: 59,5% dos jovens estão contratados em empresas com até 249 trabalhadores, contra 51,1% dos trabalhadores com mais de 30 anos. Da mesma forma, tem-se 30,2% dos jovens em empresas com 500 trabalhadores ou mais, contra 38,6% dos que tem acima de 30 anos. TABELA 13 18

19 Na análise dos municípios, os jovens de São Bernardo do Campo e São Caetano do Sul têm maior representação nos estabelecimentos com 500 trabalhadores ou mais, quando comparados às demais cidades da região: participam com 36,0% e 38,4% do emprego juvenil, respectivamente, como demonstra a Tabela 14. Estes indicadores estão influenciados pela instalação de grandes empresas do setor metalmecânico nestas duas cidades, principalmente montadoras de autoveículos e autopeças. Por outro lado, Ribeirão Pires se destaca como o município que mais detém jovens contratados em estabelecimentos pequenos, com até 19 trabalhadores, ou seja, 27,6% do total. TABELA 14 19

20 Sobre o tempo de trabalho na mesma empresa, observa que 51,0% do total de jovens tem menos de 1 ano de trabalho na empresa e outros 18,4% tem entre 1 e 2 anos, totalizando 69,3% de jovens com carteira de trabalho assinada com menos de 2 anos de registro. De 3 a 8 anos de casa os jovens totalizam apenas 16,4%, como se pode observar na Tabela 15: TABELA 15 De acordo com os dados de contratações e desligamentos fornecidos pelo CAGED/MTE, observou-se uma rotatividade do trabalho juvenil no Grande ABC de 45,1%, entre 31 de dezembro de 2010 e 31 de setembro de Destaque para o setor de construção civil, onde 76,4% dos trabalhadores foram trocados em nove meses, seguido pelos setores de serviços (53,4%), agropecuária (47,2%) e comércio (45,9%). Veja Tabela 16: 20

21 TABELA 16 O indicador de rotatividade dos jovens é intensamente elevado e bastante distinto dos demais trabalhadores formais na região. A rotatividade do trabalhador com 30 anos ou mais foi medida em 23,8% em idêntico período. Na indústria de transformação, somente 14,8% desta parcela de trabalhadores foi trocada nos últimos nove meses, como pode ser observado pela Tabela 17. TABELA 17 21

22 Entre janeiro e setembro de 2011, do total de contratações de jovens na região, 77,0% se deu em condições de reemprego e 20,7% foram de entrada no mercado de trabalho, como consta na Tabela 18: TABELA 18 Dos desligamentos no referido período, nota-se que 51,3% deles aconteceram sem justo motivo. No entanto, chama a atenção que 34,0% dos desligamentos ocorreram por solicitação do próprio trabalhador. Parcela deste dado pode-se atribuir à expectativa atendida dos jovens na procura de melhores oportunidades de trabalho, por diversas razões: elevação da remuneração, jornadas reduzidas, condições de trabalho mais adequadas, associação da atividade à escolarização e/ou formação profissional etc. Observe Tabela 19: TABELA 19 22

23 IV. Considerações Finais Os jovens com até 30 anos de idade totalizam 349,3 mil trabalhadores no Grande ABC e têm uma representação significativa no total dos postos de trabalho formais. Participam com 42,5% do total do emprego na região. A grande maioria dos jovens trabalha no setor de serviços (40,1%), indústria de transformação (30,8%) e comércio (21,7%). Apesar da relevante representação em termos de emprego, os jovens contribuem com 28,1% do total de salários no ABC. Geograficamente, mais da metade dos jovens trabalham em estabelecimentos de São Bernardo do Campo (34,3%) e Santo André (25,8%). O jovem com até 30 anos possui remuneração média mensal de R$ 1.324,90, isto é, 43,8% inferior ao rendimento dos trabalhadores com 30 anos ou mais (R$ 2.356,71). Com escolarização acima do ensino médio, tem-se 16,3% dos jovens trabalhadores na região, contra 20,0% acima dos 30 anos. Outros 60,1% de jovens possuem o ensino médio completo. É pequena a parcela de jovens com jornadas de até 30 horas na semana: somam 4,0%. No entanto, 79,7% de jovens possuem jornadas semanais de trabalho entre 41 e 44 horas. É bastante elevado o indicador de rotatividade do jovem trabalhador do ABC. Nos últimos nove meses, 45,1% dos postos de trabalho desta população foram trocados, contra 23,8% dos trabalhadores com 30 anos ou mais. Porém, dos desligamentos no idêntico período, 34,0% aconteceram por iniciativa do próprio trabalhador. 23

24 V - A N E X O S 24

25 ANEXO 1 25

26 ANEXO 2 26

27 ANEXO 3 27

28 ANEXO 4 28

29 ANEXO 5 29

30 DIREÇÃO SINDICAL Sérgio Aparecido Nobre (Presidente) Rafael Marques da Silva Junior (Vice-Presidente) Wagner Firmino de Santana (Secretário Geral) Teonílio Monteiro da Costa (Secretário Administrativo e Financeiro) Moisés Selerges Junior (Secretário de Organização) José David Lima Carvalho (Diretor Executivo) Carlos Alberto Gonçalves (Diretor Executivo) Helio Honorato Moreira (Diretor Executivo) Nelsi Rodrigues da Silva (Diretor Executivo) Ana Nice Martins de Carvalho (Diretora Executiva) Daniel Bispo Calazans (Diretor Executivo) Maria Gilza Macedo (Diretora Conselho da Executiva) Cícera Michelle Silva Marques (Diretora Conselho da Executiva) Claudionor Vieira do Nascimento (Diretor Conselho da Executiva) Francisco Duarte de Lima (Diretor Conselho da Executiva) Valter Sanches (Diretor Conselho da Executiva) José Inácio de Araújo (Diretor Conselho da Executiva) Juarez Barros da Silva (Diretor Conselho da Executiva) Gilberto da Rocha (Diretor Conselho da Executiva) Alexandre Aparecido Colombo (Diretor Conselho da Executiva) Paulo Marcio Nogueira (Diretor Conselho da Executiva) Sebastião Gomes de Lima (Diretor Conselho da Executiva) Rogério Fernandes Medeiros (Diretor Conselho da Executiva) Luciano Lourenço da Costa (Diretor Conselho da Executiva) Valderez Dias Amorim (Diretor Conselho da Executiva) Edmiro Dias de Castro (Diretor Conselho da Executiva) José Carlos de Souza (Diretor Conselho da Executiva) Raimundo Domingos Silva (Diretor Conselho Fiscal) Amarildo Sesario de Araújo (Diretor Conselho Fiscal) Simone Aparecida Vieira (Diretora Conselho Fiscal) Antonio Claudiano da Silva (Diretor Conselho Fiscal) Marcelo Donizete Bernardo (Diretor Conselho Fiscal) Genildo Dias Pereira (Diretor Conselho Fiscal)