o ESTADO o.. COOPERAÇÃO

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Geraldo Prada Alencastre
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1 Secretaria de Finanças t"t,...rondônia o ESTADO o.. COOPERAÇÃO OFíCIO N. 349/GAB/ SEFIN Porto Velho, 05 de março de A Sua Senhoria o Senhor JOÃO GONÇALVES FILHO Presidente do sindicato do Comércio Varejista de Gêneros Alimentícios de Rondônia - SINALlMENTOS Nesta do Estado Assu nto: Encarnit'Í hâmehtc>do;pàrêcer.rw.()45/20~qjig Em~I/C~E Senhor Presidente, Com nossos atenciosos cumprimentos, encaminhamos a V. Sa. o supracitado, de 02 de fevereiro de 2012, que trata dos questionamentos dos contribuintes sobre o complemento de substituição tributária devido por desenternamento da ALCGM, conforme Requerimento desse Sindicato, de 16 de janeiro de 2012, para conhecimento. Atenciosamente, JeooWc>~~ MARIA DO SOCORRO BARBOSA PEREIRA Secretária de Estado de Finanças-Adjunta Av.: Presidente Dutra S/N, esquina com a Rua Pio XII- Esplanadas das Secretarias Bairro: Pedrinhas - CEPo Fone: Ramal "Governo da Cooperação"

2 PARECER PARECER - Petição de sindicato, Decreto N /2011; legalidade do complemento de substituição tributária devido por desinternamento da ALCGM antes do prazo estipulado na nota 5 do item., 68 da tabela I do anexo I do RICMS/RO; denúncia '. espontânea. 1. RELATÓRIO Por ordem da Ilustríssima Senhora Coo(denadora-Geral da Receita Estadual foi encaminhado para esta Gerência requerimento do Sindicato do Comércio Varejista de Gêneros Alimentícios do Estado de Rondônia - SINALlMENTO, que sob a alegação de: 1. ser "insustentável a cobrança da diferença do ICMS-ST, sobre fato gerador passado, através da legislação nova, a lei só retroage no tempo apenas para beneficiar, nunca para punir"; 2. ser "a própria legalidade da cobrança de diferença do ICMS-ST, (..) discutível, pois como bem determina a própria legislação, a base de cálculo para fins de Substituição Tributária é o valor da operação + seguro e frete + margem de valor agregado, sendo que, os produtos tributados desta forma, se consideram já tributados por ocasião de sua saída". 3. ser "injusta, (..) nem o contribuinte nem tão pouco o Fisco era sabedor de tal obrigação, ou seja, fomos todos pegos de surpresa"; 4. que "os tributos (são) parte integrante do custo da venda, e a diferença do ICMS- ST, a que se refere à Notificação, não foi inclusa na formação do preço de venda dos produtos"; 5. que "o levantamento desta diferença não é tarefa fácil, pois como bem informado na Notificação, este terá que ser feito NF-e por NF-e, no período dos últimos 60 (sessenta) meses". Em suma, peticiona: 1. "o não pagamento da diferença do ICMS-ST, tendo em vista a dificuldade patente de fluxo de caixa das empresas e/ou conceder prazo exeqüível para atender as notificações". Considerando o encaminhamento da questão a esta Gerência de Tributação, e à luz da legislação pertinente, passamos à sua análise confor e segue. Av. Presidente Dutra, no Esplanada das Secretarias - CEP: Porto Velho-RO

3 2. ANÁLISE Analisando as razões que levaram à petição da representação sindical dos contribuintes, requerendo o não pagamento do complemento de substituição tributária, pode-se resumidamente mencionar que a publicação do Decreto n 16411, de 15 de dezembro de 2011, não fez "surgir" a obrigação do complemento de substituição tributária por desinternamento das mercadorias da Área de Livre Comércio de Guajará-Mirim (ALCGM). A necessidade deste recolhimento já existia na legislação tributária do Estado, conforme citamos a seguir. Como menciona o sindicato, a base de cálculo da substituição tributária para as operações subseqüentes (inciso 11 do art. 27 do RICMS/RO), salvo o caso de se adotar o boletim de preços, preços sugeridos pelo fabricante ou fixado por órgão público competente (99 3, 4 e 4 -A do art. 27 do RICMS/RO), é o somatório do valor da operação ou prestação; do montante do valor do seguro, frete e outros encargos cobrados ou transferidos aos adquirentes ou tomadores do serviço e; da margem de valor agregado constante no anexo V do RICMS/RO. Ora, se é concedido desconto do valor que caberia ao ICMS na operação interna ou interestadual por conta de ben~fício fiscal que é concedido com base nas disposições do Convênio ICM 65/88, nos Convênios ICMS 52/92 e 23/08, não subsistirá o benefício por conta do desinternamento das mercadorias da ALCGM antes do prazo estipulado na nota 5 do item 68 da tabela I do Anexo I do RICMS/RO. Portanto, o ICMS inicialmente não cobrado e que precariamente foi descontado do preço das mercadorias (nota 2 do item 68 da tabela I do anexo I do RICMS/RO) sob a condição da isenção, passa a ser devido, uma vez que a hipótese que configurava a isenção não se confirmou e, assim, deve o ICMS que foi condicionalmente isentado ser integrado à base de cálculo da substituição tributária (alínea "a" do inciso III do art. 27 do RICMS/RO). Quando o valor do ICMS condicionalmente isentado não é levado à ~' base de cálculo do ICMS-ST, por conta de condição que não se perfaz, o valor do complemento da substituição tributária deve ser apurado pelo contribuinte e. recolhido espontaneamente. Av. Presidente Dutra, no Esplanada das Secretarias - CEP': Porto Velho-RO I I

4 ./ GOVERNO DO ESTADO DE RONDÔNIA Em suma, se a mercadoria originalmente destinada à ALCGM é vendida no mercado rondoniense fora da ALCGM, desde que não atendido a exigência do prazo previsto na nota 5 do item 68 da tabela I do anexo I, o cálculo do tributo devido ao estado de Rondônia, por qualquer modalidade, deve considerar o não atendimento das condições da isenção, ou seja, desconsiderando o benefício fiscal É isso que diz o sistema normativo desde a incorporação do benefício fiscal à legislação e, é isso que explica o Decreto no 16411, de 2011, não há "discussão" quanto a isso. O Decreto no 16411, de 2011, não inova o ordenamento jurídico. O instrumento normativo que possibilita inovações é a lei, em sentido estrito, e não decreto. Neste caso, o ato do poder executivo apenas serviu para explicar o conteúdo das normas já existentes, agindo nos limites dela. Em outras palavras, o citado Decreto foi elaborado para dar interpretação mais clara aos Convênios ICM e ICMS citados no parágrafo terceiro do corpo desta análise, que já se encontravam há muito incorporados à legislação tributária rondoniense (item 68 da tabela I do anexo I do RICMS/RO). Incorporação essa que se baseava em lei (art. 4 da Lei 688, de 27 de dezembro 1996). E, também, nos limites legais (art. 45 da Lei 688, de 1996) alterou, para os desintermanentos da ALCGM posteriores a sua vigência, o prazo de pagamento do complemento agora previsto na alínea "g" d? inciso II do art. 53 do RICMS/RO. O prazo para recolhimento do complemento devido por desinternamento de mercadorias ocorrido antes do Decreto no16411, de 2011, já se esgotou há muito tempo e observava o regra menta da época. As notificações citadas apontam o caminho correto para aqueles contribuintes que deixaram de efetuar o recolhimento do ICMS e querem evitar multas punitivas, por meio do procedimento da denúncia espontânea (art. 925 do RICMS/RO). 3. CONCLUSÃO Conclui-se que:.. t' a) não há discussão quanto à legalidade do recolhimento do complemento de substituição tributária devido por desintermaneto das mercadorias da ALCGM; Av. Presidente Dutra, na Esplanada das Secretarias. CEP: Porto Velho-RO

5 I n 045/2012/GETRI/CRE b) não há retroatividade nenhuma no Decreto n 16411, de 15 de dezembro de 2011, uma vez que as obrigações já se encontram previstas na legislação tributária; c) aqueles contribuintes que não recolheram no prazo correto o complemento de substituição tributária por desinternamento da ALCGM, caso queiram evitar multas punitivas, devem denunciar-se espontaneamente. É o parecer. À consideração superior. Porto Velho (RO), 02 de fevereiro de De acordo: o A PINTO SeUL TETUS Gerente de Tributação t / MARIA DO S~~~~SA PEREIRA Coordenadora Geral da Receita Estadual Av. Presidente Dutra, no Esplanada das Secretarias - CEP: Porto Velho-RO

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