Em relação ao Decreto nº a SEFAZ-MT emitiu nota explicativa que detalha as disposições dos atos mencionados.
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1 NOTA EXPLICATIVA Em relação ao Decreto nº a SEFAZ-MT emitiu nota explicativa que detalha as disposições dos atos mencionados. O Governo do Estado publicou nesta terça-feira (12.06) o Decreto nº 1.174/12 que define as regras para o parcelamento de débitos para contribuintes do Simples Nacional. O texto trata exclusivamente do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) informado pelo próprio contribuinte junto à Receita Federal por meio da Declaração Anual do Simples Nacional (DASN) referente aos exercícios de 2007 a Pelo levantamento do Fisco, aproximadamente 6,5 mil Inscrições Estaduais acumulam R$ 24,7 milhões em débitos nesta situação. Com relação aos débitos apurados na DASN relativos ao ano-calendário 2011, o Fisco ressalta que eles ainda serão disponibilizados pela Receita Federal. Assim que os mesmos forem repassados para a competência do Estado, poderão ser objetos de um novo parcelamento. Esta é uma oportunidade para o contribuinte ficar em dia perante o Fisco. São débitos que o próprio empresário disse ser devedor e, por motivos diversos, não efetuou o recolhimento. Estamos facilitando o pagamento para que o Estado não seja obrigado a efetuar exclusão destes contribuintes do regime diferenciado de tributação que é o Simples Nacional, destacou o secretário de Estado de Fazenda, Edmilson José dos Santos. Pelo Decreto, é possível ao contribuinte obter 40% de desconto sobre a multa de ofício, se o mesmo requerer o parcelamento no prazo de 30 dias, contados da data em que foi notificado do lançamento, ou o fizer espontaneamente. Caso ele não regularize a situação neste período, será feita a notificação da decisão administrativa de primeira instância, sendo que mesmo nesta situação, dentro de 30 dias o contribuinte que efetuar o parcelamento ainda terá 20% de desconto sobre as multas, ressaltando que, por força da Portaria-Sefaz nº 045/12, as notificações e comunicações aos contribuintes optantes pelo Simples Nacional passaram a ser realizadas, exclusivamente, por meio eletrônico. O Fisco destaca ainda que os débitos serão lançados no Sistema Conta Corrente Fiscal no prazo de 30 dias, período necessário para a adequação do sistema à legislação e às opções do parcelamento. Neste momento antes do lançamento, os contribuintes podem recolher as parcelas para imputação e vinculação posterior no Conta Corrente Todo o controle será efetuado pela Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz-MT), conforme prerrogativas constantes na Resolução n 94/11 do Comitê Gestor do Simples Nacional. Os parcelamentos dos débitos da DASN podem ser feitos em até 60 vezes, sendo que o valor
2 de cada parcela será acrescido de juros equivalentes à taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic) para títulos federais, acumulada mensalmente, e de 1% relativamente ao mês em que o pagamento estiver sendo efetuado. Aos contadores, que efetivamente efetuam o parcelamento em favor do contribuinte, é solicitada atenção aos artigos 6º e 7º do Decreto 1.174/12. Assim, o valor de cada parcela será obtido mediante a divisão do valor da dívida consolidada pelo número de parcelas solicitadas, observado o limite mínimo de 20 Unidades Padrão Fiscal de Mato Grosso (UPF/MT), e as prestações vencerão no último dia útil de cada mês. Serão admitidos até dois reparcelamentos de débitos do Simples, sendo que sua formalização fica condicionada ao recolhimento da primeira parcela em valor correspondente a 10% do total dos débitos consolidados; ou 20% do total dos débitos consolidados, caso haja débito com histórico de reparcelamento anterior. DECRETO Nº 1.174, DE 11 DE JUNHO DE Dispõe sobre a gestão e a concessão de parcelamento de débitos pertinentes ao ICMS, devidos por contribuinte optante pelo Simples Nacional, nas hipóteses que especifica, e dá outras providências. O GOVERNADOR DO ESTADO DE MATO GROSSO, no uso das atribuições que lhe são conferidas pelo artigo 66, inciso III, da Constituição Estadual, CONSIDERANDO as prerrogativas conferidas ao Estado, nos termos do 3 do artigo 46 e no artigo 55, ambos da Resolução n 94, do Comitê Gestor do Simples Nacional, de 29 de novembro de 2011; CONSIDERANDO as demais disposições constantes da Seção VI do Capítulo II do Título I da invocada Resolução CGSN n 94/2011; D E C R E T A: Art. 1 Os débitos pendentes de pagamento, pertinentes ao ICMS, devidos por contribuinte optante pelo Simples Nacional, declarados na respectiva Declaração Anual do Simples Nacional DASN, transferidos ao Estado de Mato Grosso pela Receita Federal do Brasil, serão recebidos, armazenados, processados, controlados e geridos pela Secretaria de Estado de Fazenda, no âmbito da Secretaria Adjunta da Receita Pública. Parágrafo único Para gestão dos débitos a que se refere o caput deste artigo, a Secretaria
3 Adjunta da Receita Pública aplicará, além do preconizado neste decreto, a legislação de regência do ICMS, sem prejuízo da observância das disposições que disciplinam o Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte Simples Nacional. Art. 2 Os débitos pertinentes ao ICMS, devidos por contribuinte optante pelo Simples Nacional, declarados na Declaração Anual do Simples Nacional DASN, referentes aos exercícios de 2007 a 2011, poderão ser parcelados, no âmbito da Secretaria Adjunta da Receita Pública da Secretaria de Estado de Fazenda, na forma, prazos, condições e limites estabelecidos neste decreto. Art. 3 Os débitos a que se refere o artigo anterior poderão ser parcelados observando-se o que segue: I o prazo máximo será de até 60 (sessenta) parcelas mensais e sucessivas; II o valor de cada parcela mensal, por ocasião do pagamento, será acrescido de juros equivalentes à taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia Selic para títulos federais, acumulada mensalmente, calculados a partir do mês subsequente ao da consolidação até o mês anterior ao do pagamento, e de 1% (um por cento), relativamente ao mês em que o pagamento estiver sendo efetuado; III o pedido de parcelamento deferido importa confissão irretratável do débito e configura confissão extrajudicial; IV serão aplicadas, na consolidação da dívida, as reduções das multas de lançamento de ofício previstas nos incisos II e IV do artigo 6 da Lei n 8.218, de 29 de agosto de 1991, nos seguintes percentuais: a) 40% (quarenta por cento), se o sujeito passivo requerer o parcelamento no prazo de trinta dias, contado da data em que foi notificado do lançamento; ou b) 20% (vinte por cento), se o sujeito passivo requerer o parcelamento no prazo de trinta dias, contado da data em que foi notificado da decisão administrativa de primeira instância. 1 Somente poderão ser parcelados débitos que, cumulativamente, atenderem as seguintes condições: I débitos já vencidos e constituídos na data do pedido de parcelamento, excetuadas as multas de ofício vinculadas a débitos já vencidos, que poderão ser parceladas antes da data de vencimento;
4 II débitos que não se encontrem com exigibilidade suspensa na forma do artigo 151 do Código Tributário Nacional (CTN). 2 É vedada a concessão de parcelamento para sujeitos passivos com falência decretada. 3 O parcelamento de que trata este decreto não se aplica: I às multas por descumprimento de obrigação acessória; II às demais hipóteses de incidência do ICMS não exigidas no âmbito do Simples Nacional; III aos demais tributos exigidos no âmbito do Simples Nacional, de competência da União ou dos Municípios; IV aos demais tributos não abrangidos pelo Simples Nacional. Art. 4 O pedido de parcelamento implica: I confissão irretratável do débito tributário, com o reconhecimento da exatidão dos respectivos valores e expressa renúncia a quaisquer defesas ou recursos administrativos ou judiciais, bem como desistência dos já interpostos; II adesão aos termos deste decreto, às disposições da Seção VI do Capítulo II da Resolução n 94, do Comitê Gestor do Simples Nacional, de 29 de novembro de 2011, bem como, no que couberem, às demais regras que regem o parcelamento, encartadas no Decreto n 2.249, de 25 de novembro de Art. 5 O deferimento do parcelamento fica condicionado à confirmação do pagamento tempestivo da primeira parcela. 1 Para fins do disposto no caput deste artigo, o pagamento deverá ser comprovado no ato do pedido de parcelamento. 2 É vedada a concessão de parcelamento enquanto não integralmente pago parcelamento anterior, salvo nas hipóteses de reparcelamento de que trata o artigo 7. Art. 6º O valor das prestações e o pagamento seguirão o disposto abaixo: I o valor de cada parcela será obtido mediante a divisão do valor da dívida consolidada pelo número de parcelas solicitadas, observado o limite mínimo de 20 UPF/MT;
5 II as prestações do parcelamento vencerão no último dia útil de cada mês. Art. 7 Serão admitidos até 2 (dois) reparcelamentos de débitos do Simples Nacional constantes de parcelamento em curso ou que tenha sido rescindido, podendo ser incluídos novos débitos, concedendo-se novo prazo, observado o limite de que trata o inciso I do artigo 3 deste decreto. 1 A formalização de reparcelamento de débitos fica condicionada ao recolhimento da primeira parcela em valor correspondente a: I 10% (dez por cento) do total dos débitos consolidados; ou II 20% (vinte por cento) do total dos débitos consolidados, caso haja débito com histórico de reparcelamento anterior. 2 A desistência de parcelamento cujos débitos foram objeto do benefício previsto no inciso IV do artigo 3 deste decreto, com a finalidade de reparcelamento do saldo devedor, implica restabelecimento do montante da multa proporcionalmente ao valor da receita não satisfeita e o benefício da redução será aplicado ao reparcelamento, caso a negociação deste ocorra dentro dos prazos previstos nas alíneas a e b do mesmo inciso. 3 O reparcelamento para inclusão de débitos relativos ao ano-calendário de 2011: I não contará para efeito do limite de que trata o caput deste artigo; II não estará sujeito ao recolhimento de que trata o 1 deste preceito. Art. 8 Implicará rescisão do parcelamento: I a falta de pagamento de três parcelas, consecutivas ou não; ou II a existência de saldo devedor, após a data de vencimento da última parcela do parcelamento. 1 É considerada inadimplente a parcela parcialmente paga. 2 Rescindido o parcelamento, será apurado o saldo devedor, providenciando-se, conforme o caso, o encaminhamento do débito para inscrição em dívida ativa, de acordo com os critérios estabelecidos na legislação do ICMS. 3 A rescisão do parcelamento motivada pelo descumprimento das normas que o regulam implicará restabelecimento do montante das multas de que trata o inciso IV do artigo 3, proporcionalmente ao valor da receita não satisfeita.
6 Art. 9 Respeitado o estatuído na Resolução CGSN nº 94, de 29/11/2011, do Comitê Gestor do Simples Nacional, aos parcelamentos concedidos na forma deste decreto aplicam-se as disposições da legislação estadual, em especial da Lei n 7.098, de 30 de dezembro de 1998, bem como do Decreto n 2.249, de 25 de novembro de Art. 10 As disposições deste decreto aplicam-se, também, aos débitos referidos no artigo 2, encaminhados para inscrição em Dívida Ativa pela Procuradoria Geral do Estado, em qualquer fase em que se encontrar a respectiva cobrança no âmbito daquele Órgão, inclusive aqueles que forem objeto de ação de execução fiscal já ajuizada. Parágrafo único Na hipótese de concessão de parcelamento no âmbito da Procuradoria Geral do Estado, para fins de consolidação do débito, deverão, também, ser somados os valores das custas, emolumentos e demais encargos legais, sem prejuízo da comprovação do recolhimento da contribuição devida ao FUNJUS. Art. 11 Não se concederá qualquer outra modalidade de parcelamento para quitação de débito de que trata o artigo 2 deste decreto. 1 Ressalvado o disposto nas alíneas do inciso IV do artigo 3, fica vedada a aplicação de qualquer outro redutor do valor do débito. 2 Fica, ainda, vedada a extinção do débito de que trata o artigo 2 deste decreto mediante a utilização do instituto da compensação. Art. 12 Este decreto entra em vigor na data da sua publicação, revogadas as disposições em contrário. Palácio Paiaguás, em Cuiabá MT, 11 de junho de 2012, 191 da Independência e 124 da República.
O Comitê Gestor do Simples Nacional (CGSN), no uso das competências que lhe
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