INTRODUÇÃO. O objetivo do presente trabalho foi relatar um caso de colangite/colangiohepatite em um felino com quadro de obstrução biliar.

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "INTRODUÇÃO. O objetivo do presente trabalho foi relatar um caso de colangite/colangiohepatite em um felino com quadro de obstrução biliar."

Transcrição

1 11 INTRODUÇÃO O fígado é um órgão complexo envolvido em numerosos processos metabólicos vitais, possuindo importante papel na eliminação das toxinas do sangue portal, incluindo muitas drogas (STONEHEWER, 2006). As muitas funções complexas do fígado são refletidas nas inúmeras anormalidades fisiopatológicas que ocorrem na doença hepática (RICHTER, 2005). Hepatopatias são comuns em felinos e devem ser cuidadosamente abordadas com relação a sua apresentação clínica, achados laboratoriais, exames de imagem e interpretação histopatológica para diagnóstico correto e escolha da terapia (ZORAN, 2012). As inflamações hepatobiliares possuem apresentação clínica semelhante, mas com características histopatológicas diferentes (FOGLE; BISSET, 2005). Os sinais clínicos são vagos e inespecíficos podendo variar em severidade e prevalência (ZORAN, 2012). As doenças hepáticas inflamatórias são a segunda causa mais frequente de hepatopatias, precedidas apenas da lipidose (EDWARDS, 2004; FOGLE, BISSETT, 2005). Dentre as hepatopatias mais comuns em gatos estão a lipidose (50%), complexo colangite/colangiohepatites (25%), linfoma (5%) e carcinomas (4%) (WEISS et al., 2001). Nos gatos, diferente do que acontece com cães, nas hepatopatias inflamatórias, o trato biliar é frequentemente acometido, sendo que a extensão para o parênquima hepático ocorre naqueles casos mais graves (BRAIN et al., 2006; GERMAN, 2009; GUNN-MOORE; REED, 2010). O objetivo do presente trabalho foi relatar um caso de colangite/colangiohepatite em um felino com quadro de obstrução biliar.

2 12 1. PATOGENIA As doenças hepáticas inflamatórias podem ocorrer como um processo primário ou secundário, concomitante a outras doenças como pancreatite e doença intestinal inflamatória (Quadro 1) (GERMAN, 2009; GRACE, 2009; ZORAN, 2012). Isso ocorre devido à anatomia do ducto biliar e pancreático dos felinos, que se anastomosam conforme se aproximam da parede duodenal permitindo a ascensão de bactérias entéricas via esfíncter de Oddi para o fígado e pâncreas (FOGLE, BISSETT; 2005; HITT, 2011) (Figura 1). Esse quadro é conhecido como Triadite (GERMAN, 2009; ZORAN, 2012). Dos gatos com colangiohepatites, 83% apresentam infiltrado inflamatório concomitante no duodeno e/ou jejuno e 50% tem lesões pancreáticas (WEISS et al., 2001). Quadro 1. As principais doenças associadas aos quadros de colangiohepatites Doença intestinal inflamatória Infecções bacterianas crônicas em outros órgãos Pancreatite Toxoplasmose Anormalidades anatômicas na vesícula biliar Peritonite infecciosa felina FeLV Colelitíase Obstrução do ducto biliar extra-hepática Cirurgia biliar reconstrutiva Septicemia Neoplasia Infestação por parasitas hepáticos EDWARDS, 2004

3 13 Figura 1. Anatomia do ducto biliar, ducto pancreático e sua relação com o duodeno (ZORAN, 2012). Existem diversas terminologias para classificação das colangites, variando muito entre os autores (GERMAN, 2009). A dificuldade na classificação se deve ao fato de que as formas inflamatórias podem se sobrepor. Atualmente, não está claro se há uma progressão de uma forma da doença hepática inflamatória para outra, ou se há uma única via patogênica para cada uma dessas formas (HITT, 2011). Os critérios usados para classificação são os achados histopatológicos (WEISS et al., 2001). Como em colangites felinas a inflamação envolve primariamente o trato biliar (EDWARDS, 2004; GUNN-MOORE; REED, 2010), deve ser usado o termo colangite e não colangiohepatite já que o envolvimento do parênquima hepático não é uma característica consistente e, se estiver presente, é geralmente uma extensão de colangite primária (MAROLF et al., 2012). Em 2003, a World Small Animal Veterinary Association (WSAVA) classificou o complexo colangite em colangite neutrofílica, colangite linfocítica e colangite crônica associada a parasitas (CLARK et. al, 2011; GERMAN, 2009; MAROLF et al., 2012). Essas categorias são baseadas no tipo de infiltrado celular, grau de fibrose periportal, presença de lesões destrutivas nos ductos biliares e evidência de infestação parasitária (MAROLF et al.,

4 ). A forma neutrofílica apresenta a fase aguda e crônica (BRAIN et al., 2006; MAROLF et al., 2012). Acredita-se que a forma neutrofílica crônica sirva como uma ponte entre a forma neutrofílica aguda e a linfocítica (HITT, 2011). A patogênese não está bem esclarecida, mas acredita-se no envolvimento da microbiota intestinal na forma aguda e de mecanismos imunológicos na inflamação crônica (ZORAN, 2012) Colangite neutrofílica Acredita-se que a ascenção bacteriana a partir do intestino é o fator desencadeante (GRACE, 2009; GUNN-MOORE, REED, 2010; JOHNSON, 2004; WEISS et al., 2001). Por isso, está frequentemente associada a pancreatite (GERMAN, 2009). As bactérias mais comumente identificadas na bile por Wagner et al., (2007) foram E. coli, Enterococcus spp., Streptococcus spp., Bacterioides spp. e Costridium spp., observando predominância de bactérias de origem entérica. Recentemente tem se sugerido que o Helicobacter spp ou a Bartonela spp. desempenhem um papel no desenvolvimento da colangite neutrofílica (GREITER-WILKE et al., 2006; HITT, 2011). Foi observado que em gatos geralmente a infecção é causada por um único agente, diferente dos cães em que é comum identificar vários tipos de bactérias (WAGNER et. al., 2007). Outra particularidade da espécie felina é que eles têm um alto número de bactérias no intestino delgado proximal, o que faz com que refluxos de secreções duodenais e pancreáticas sejam muito mais patológicas do que em outras espécies (BRAIN et al., 2006). Além do refluxo intestinal de bactérias, a colonização da vesícula biliar pode ocorrer por disseminação bacteriana via hematógena ou linfática (BRAIN et al., 2006) como em infecções bacterianas crônicas de algum outro local do organismo (sinusite, abscessos esplênicos e pielonefrite) ou sepse (JOHNSON, 2004). Malformações congênitas no trato biliar ou cirurgia biliar reconstrutiva podem predispor o animal a infecção bacteriana ascendente (GAGNE et al., 1996, JOHNSON, 2004). Obstrução do ducto biliar extra-hepática, lama biliar, colelitíase e colecistites concomitantes podem ser causa ou consequências de infecção bacteriana ascendente e colangite (JOHNSON, 2004).

5 Colangite linfocítica A colangite linfocítica se caracteriza por um perfil histopatológico crônico, progressivo de meses a anos, podendo ser clinicamente silenciosa no início. A etiologia é desconhecida, porém, acredita-se que exista um fator imunomediado envolvido (GERMAN, 2009). Esta associação a um processo autoimune possivelmente tem influência dos antígenos de origem bacteriana (HITT, 2011). Pode representar uma infecção bacteriana persistente ou a lesão pode ter sido iniciada por uma bactéria, mas uma resposta imunomediada resulta em distúrbio crônico autoperpetuante (JOHNSON, 2004). Possivelmente é uma continuação da forma aguda (GRACE, 2009; HITT, 2011; WEISS et al., 2001) Colangite associada a parasitas Outras associações menos frequentes são a toxoplasmose e trematódeos hepáticos (JOHNSON, 2004). Especificamente, a infecção do ducto biliar ocorre pelo parasita Platinosomum fastosum (CARREIRA et al., 2008). O diagnóstico é dado pela identificação dos ovos e biopsia hepática (GERMAN, 2009). Caso não haja obstrução completa dos ductos biliares secundária a inflamação, hiperplasia e fibrose, podem ser encontrados ovos desse parasita nas fezes (CARREIRA et al., 2008).

6 16 2. SINAIS CLÍNICOS Os sinais clínicos em enfermidades hepáticas podem ser leves e vagos ou graves com diversas alterações metabólicas (GUNN-MOORE; REED, 2010). Geralmente são alterações inespecíficas semelhantes aos quadros de lipidose hepática. A anorexia parcial ou completa é o sinal mais comum independente do tipo de colangite e a hepatomegalia e icterícia direcionam para hepatopatias (Figura 2) (WEISS et al., 2001). A pancreatite e a doença intestinal inflamatória ocorrem mais comumente associada a colangiohepatite neutrofílica (MAROLF et al., 2012). Na forma neutrofílica os sinais tendem a ser mais agudos e severos e acometem principalmente gatos mais jovens (HITT, 2011; WEISS et al., 2001). O tempo de evolução geralmente é menor que uma semana (EDWARDS, 2004). Podem ser observados febre, anorexia, emese, perda de peso, letargia (GUNN-MOORE, REED, 2010; ZORAN, 2012). Podem apresentar dor abdominal (EDWARDS, 2004; GERMAN, 2009; HITT, 2011). Esses gatos podem apresentar icterícia e hepatomegalia. Ascite é pouco frequente, mas pode ocorrer (GUNN-MOORE, REED, 2010). Fonte: GUNN-MOORE, REED (2010). Figura 2. Icterícia em felino indicando colestase.

7 17 A colangite neutrofílica crônica geralmente tem um ciclo crescente e decrescente durante meses a anos, com períodos de anorexia, vômito e perda de peso (GUNN-MOORE; REED, 2010). Na forma linfocítica os sinais tendem a refletir uma condição mais crônica com sintomas inespecíficos, como anorexia, letargia, perda de peso e vômito (FOGLE; BISSETT, 2005). A duração dos sintomas geralmente é maior que duas semanas e podem ser intermitentes (EDWARDS, 2004). Geralmente acomete gatos de meia idade (WEISS et al., 2001). Os gatos afetados podem estar ictéricos e apresentar-se clinicamente bem. Podem apresentar hepatomegalia e linfadenomegalia mesentérica (GUNN-MOORE; REED, 2010). Podem apresentar ascite em decorrência da hipertensão portal provocada pelo infiltrado inflamatório, fibrose periportal e cirrose, principalmente se a hipoalbuminemia também estiver presente (ROTHUIZEN, 2009). As obstruções no trato biliar são pouco frequentes, porém levam a grave comprometimento sistêmico (MARTÍNEZ, BRUHL-DAY, 2010; MAYHEW, 2006). Podem ocorrer alterações inflamatórias crônicas e irreversíveis no trato biliar (Figuras 3 e 4) (BUOTE et al., 2006). A obstrução do ducto biliar pode ser causada por fatores intraluminais ou extraluminais causando compressão do ducto biliar comum (MARTÍNEZ, BRUHL-DAY, 2010; LEHNER; McANULTY, 2010; STONEHEWER, 2006). As causas intraluminais são colélitos, espessamento da bile e trematódeos hepáticos (STONEHEWER, 2006). A colelitíase pode ser causa ou consequência da obstrução biliar (GERMAN, 2009). As causas extraluminais compreendem neoplasias biliares, pancreáticas ou duodenais (STONEHEWER, 2006; MARTÍNEZ; BRUHL-DAY, 2010) anormalidades congênitas, estenose secundária a pancreatite, duedenite ou traumatismo (STONEHEWER, 2006), colangiohepatite supurativa ou não e lipidose hepática (MARTÍNEZ, BRUHL-DAY, 2010). Em felinos a colangiohepatite é considerada a principal causa da obstrução (LEHNER; McANULTY, 2010; MAYHEW, 2006). A alta viscosidade da lama biliar pode resultar em obstrução total ou exacerbar os efeitos de uma obstrução parcial. Os sinais clínicos nos estágios iniciais da obstrução são inespecíficos e podem aparecer em média após 24 dias (LEHNER; McANULTY, 2010). A obstrução completa do ducto biliar poderá causar ausência dos componentes biliares nas fezes, alterando sua coloração normal. As fezes podem estar cinza e com alta quantidade de gordura (fezes acólicas) (MAYHEW, 2006; ROTHUIZEN, 2009). Em casos mais graves

8 18 podem ocorrer necrose e ruptura da vesícula biliar devido a isquemia induzida pelo aumento da pressão na parede (LEHNER; MCANULTY, 2010). Fonte: LEHNER; MCANULTY (2010). Figura 3. Ducto biliar comum, ducto cístico e ductos intra-hepáticos dilatados e tortusos em obstrução crônica. Fonte: LEHNER; McANULTY (2010). Figura 4. Vesícula biliar intensamente distendida por obstrução do ducto biliar.

9 19 3. SÍNDROMES CLÍNICAS ASSOCIADAS A HEPATOPATIAS As manifestações clínicas que podem estar presentes em hepatopatias são colestase, icterícia, hipertensão portal, ascite, encefalopatia hepática e distúrbios de coagulação (ROTHUIZEN, 2009). Colestase é a redução do fluxo biliar (ROTHUIZEN, 2009). As causas de colestase podem ser intra-hepática ou extrahepáticas (ROTHUIZEN, 2009; ZORAN, 2012). Causas intra-hepáticas incluem processos inflamatórios ou infecciosos que levam a danos nos hepatócitos, doenças metabólicas ou alterações estruturais. A causa extrahepática se refere à obstrução na drenagem da bile pelo ducto biliar comum que ocorre principalmente por neoplasia, pancreatite crônica, fibrose do ducto biliar comum e cálculos (ZORAN, 2012). O resultado da colestase é icterícia (ZORAN, 2012). Devido à grande capacidade de reserva do sistema hepatobiliar, a icterícia devido a colestase só acontece quando o fígado está acometido de forma difusa ou a obstrução do ducto é quase total (ROTHUIZEN, 2009). Deve sempre ser feito diagnóstico diferencial entre doenças hepáticas e hemólise. O valor de hemácias é importante para esse diferencial. A hiperbilirrubinemia pode estar presente mesmo antes da icterícia. Para que isso ocorra o valor deve exceder 2 a 3 vezes a capacidade do fígado em excretar a bilirrubina. O grau de hiperbilirrubinemia não diferencia causa intra ou extra-hepática (ZORAN, 2012). Mesmo após a completa recuperação da colestase, a icterícia pode permanecer por diversas semanas e não refletem a situação atual do paciente não tendo valor para avaliar a eficácia da terapia (ROTHUIZEN, 2009). Encefalopatia hepática, ascite e sangramentos são incomuns, ocorrendo em fase final de doença hepática. As coagulopatias em hepatopatias crônicas podem ocorrer pela má absorção de vitamina K, deficiência da produção dos fatores de coagulação pelos hepatócitos ou coagulação intravascular disseminada (EDWARDS, 2004).

10 20 4. DIAGNÓSTICO 4.1. Achados laboratoriais Os exames incluem hemograma, as enzimas indicadoras de lesão hepática, alanina aminotransferase (ALT) e aspartato aminotransferase (AST), as indicadoras de colestase, fosfatase alcalina (FA) e gama glutamil transferase (GGT) e as indicadoras de função hepática (bilirrubina, glicose, uréia, ácidos biliares, colesterol) (ZORAN, 2012). Os exames laboratoriais devem ser interpretados juntamente com o histórico clínico, exame físico e exames de imagem de cada paciente. O diagnóstico específico da enfermidade hepática só pode ser dado pelo exame histopatológico (CENTER, 2007) Hemograma Os achados são inespecíficos (ZORAN, 2012). Um leucograma inflamatório, às vezes com desvio a esquerda, é mais comum na colangite neutrofílica, mas não ocorre em todos os pacientes (GERMAN, 2009; HITT, 2011). É importante verificar a icterícia e a quantidade de hemácias (ZORAN, 2012). Para diferenciação entre icterícia pré e pós hepática são avaliados hematócrito, morfologia eritrocitária, enzimas hepáticas e resultados de imagem do trato biliar (MAYHEW, 2006). Na icterícia devido à anemia hemolítica será observada queda do hematócrito (RICHTER, 2005). Na colangite neutrofílica geralmente há leucocitose por neutrofilia com desvio a esquerda (GRACE, 2009; WEISS et al., 2001). Na colangite linfocítica geralmente se observa hiperproteinemia e hipoalbuminemia (GUNN-MOORE;

11 21 REED, 2010). A hiperglobulinemia está presente em aproximadamente 50% dos gatos com colangiohepatite crônica (EDWARDS, 2004) Bioquímica sérica Na bioquímica sérica podem ser avaliados ALT, AST, FA, GGT, albumina, colesterol, bilirrubina, glicose e ureia (ZORAN, 2012). As enzimas ALT, AST, FA e GGT não refletem a função hepática, e sim a integridade da membrana do hepatócito ou a patência do sistema biliar (RICHTER, 2005). As transaminases hepáticas, ALT e AST, embora possam estar aumentadas, não tem relação com a reversibilidade da lesão (BRETON, 2012; RICHTER, 2005). A ALT é encontrada normalmente no citossol hepático, portanto, seu aumento indica lesão hepatocitária com aumento de permeabilidade de membrana e seu vazamento do citossol (BRETON, 2012; RICHTER, 2005; STONEHEWER, 2006). O seu aumento é proporcional à quantidade de hepatócitos lesados (BRETON, 2012; CENTER, 2007). O aumento das enzimas é considerado ligeiro (até cinco vezes o valor de referência), moderado (5 a 10 vezes o valor de referência) e grave (mais que 10 vezes o valor de referência) (CENTER, 2007). A ALT pode estar aumentada em infecções, inflamações, neoplasia ou doenças endócrinas (ZORAN, 2012). A AST não é específica do fígado, sendo encontrada também no coração e musculatura esquelética (CENTER, 2007; STONEHEWER, 2006). Existem as formas citossólicas e mitocondrial, o que explica porque essa enzima não fica consistentemente elevada em casos de hepatopatia leve e/ou elevações de ALT (STONEHEWER, 2006). As enzimas indicadoras de colestase são GGT e FA (BRETON, 2012; ZORAN, 2012). Glicocorticóides ou outras drogas não aumentam essas enzimas, portanto, não interferem com o resultado (CENTER, 2007; STONEHEWER, 2006; ZORAN, 2012). Estão aumentadas em doenças envolvendo o trato biliar e pâncreas (ZORAN, 2012). A GGT não é uma enzima específica do fígado, sendo um indicador mais sensível, porém menos específico que FA. A FA também não é específica do fígado, porém as outras izoenzimas apresentam uma meia

12 22 vida extremamente curta, sendo somente a isoenzima hepática de importância clínica (STONEHEWER, 2006). A meia vida da FA hepática no gato é de 6 horas (CENTER, 2007). Qualquer aumento na sua atividade em gatos indica colestase significante (BRAIN et al., 2006; RICHTER, 2005; WAGNER et al., 2007), porém, não diferencia de colestase intra ou extrahepática (CENTER, 2007). Na colangite o aumento da FA corresponte ao da GGT, enquanto na lipidose o aumento da GGT não acompanha o aumento da FA (CENTER, 2007; WEISS et al., 2001). A magnitude do aumento da ALT, AST, FA e GGT é variável dependendo da duração, grau da inflamação tecidual e colestase (BRAIN et al., 2006). Os níveis séricos de ALT e FA permanecem elevados seis meses após a cirurgia colecistoduodenostomia, podendo retornar ao normal em um a dois anos (MARTIN et. al, 2007). A albumina, colesterol, bilirrubina, glicose e ureia são indicadores de função hepática. Gatos com doença hepática severa tendem a aumentar a bilirrubina e diminuir ureia, albumina, colesterol e glicose, refletindo inabilidade para metabolizar a ureia e glicose e para produzir albumina e colesterol (ZORAN, 2012). A meia vida da albumina é de sete a 10 dias, portanto raramente ocorre hipoalbuminemia em insuficiência hepática aguda. Como o hepatócito normal opera com um terço da sua capacidade máxima, quando ocorre hipoalbuminemia em hepatopatia, trata-se de indicação de doença em estágio final crônica com perda superior a 80% da massa hepática funcional (STONEHEWER, 2006). Deve ser feito diagnóstico diferencial em hipoalbuminemia para doenças gastrointestinais e nefropatias com perda de proteína (ZORAN, 2012). A hiperbilirrubinemia frequentemente está presente (EDWARDS, 2004). O aumento da bilirrubina se deve a icterícia pré-hepática (hemólise), intra-hepática (diminuição do metabolismo da bilirrubina) ou pós-hepática (obstrução no fluxo de drenagem da bile) (ZORAN, 2012). Bilirrubinúria é anormal em gatos e pode indicar doença hepática (BRETON, 2012; RITCHER, 2005; ROTHUIZEN, 2009; STONEHEWER, 2006). A mensuração das concentrações dos ácidos biliares séricos é um indicador sensível e específico de função hepatobiliar e uma ferramenta útil para diagnóstico desses distúrbios. É especialmente valiosa em pacientes não ictéricos e com suspeita de doença hepática (RICHTER, 2005). Pode ser feita a dosagem comparada pré e pós prandial (GRACE, 2009;

13 23 ZORAN, 2012) ou sua dosagem única na urina (ZORAN, 2012). Na urina a relação ácidos biliares/creatinina deve ser menor que 4,4µmol/L (ZORAN, 2012). A função hepática ou excreção biliar anormais podem interromper a circulação entero-hepática normal e, portanto, causarem um aumento na concentração sérica dos ácidos biliares por diminuir sua extração da circulação portal (RICHTER, 2005). Sendo assim, seu aumento indica redução da função hepática (STONEHEWER, 2006). Eles podem aumentar em colestase e shunt portossistêmicos, enquanto a bilirrubina só aumenta na colestase (ROTHUIZEN, 2009). Em jejum os valores normais são 1,5µmol/L, e pós prandiais (2 horas após uma refeição) aumentam até aproximadamente 8,5µmol/L (RICHTER, 2005). A dosagem sérica de amônia é tão sensível quanto a mensuração de ácidos biliares para avaliação da função hepática, porém, sua principal limitação é a necessidade de manipulação meticulosa da amostra e a necessidade da análise ser realizada imediatamente após sua obtenção (RICHTER, 2005). A amônia deve ser convertida em ureia pelo fígado, aumentando em insuficiência hepática (BRETON, 2012). A ureia é um teste não específico e pouco sensível de função hepática. Sua concentração plasmática baixa pode indicar doença hepática crônica (RICHTER, 2005). A insuficiência hepática pode resultar em hipoglicemia pré ou pós prandial (RICHTER, 2005). A capacidade de coagulação deve ser avaliada principalmente prévia a coleta da biopsia hepática pelo tempo de protrombina, tempo de coagulação ativado (ZORAN, 2012) e tempo de troboplastina (EDWARDS, 2004; HITT, 2011) Imagem A ultrassonografia é o exame de imagem de escolha para avaliação hepática e do trato biliar (GUNN-MOORE; REED, 2010; ZORAN, 2012), porém não consegue classificar os subtipos de colangite (MAROLF et al., 2012). Brain et al. (2006) citam um estudo

14 24 retrospectivo onde a ultrassonografia apresentou 87% de sensibilidade e 90% de especificidade para diagnóstico de colangite. Geralmente em doenças inflamatórias como a colangite, o fígado encontra-se hipoecogênico (GUNN-MOORE, REED; 2010; MAROLF et al., 2012; ZORAN, 2012), embora, em alguns gatos a ecogenicidade possa estar normal (GRACE, 2009; EDWARDS, 2004; MAROLF et al., 2012; WEISS et al., 2001) ou hiperecóico (MAROLF et al., 2012). O aumento da ecogenicidade sugere um processo inflamatório crônico com formação de áreas de fibrose ou infiltrados de gordura devido à anorexia prolongada (MAROLF et al., 2012). Como em colangites pode haver o espessamento do ducto biliar e fibrose variável, essa alteração pode ser vista como paredes biliares hiperecóicas na ultrassonografia (MAROLF et al., 2012). É comum a vesícula biliar aumentada em gatos anoréticos ou em jejum, contudo, o espessamento da parede, a lama biliar e colélitos geralmente se correlacionam com a colangite crônica (GRACE, 2009). A espessura da parede da vesícula biliar acima de 1mm indica processo inflamatório (BRAIN et al., 2006). Ao exame ultrassonográfico os ductos biliares podem estar dilatados e tortuosos (GUNN-MOORE, REED, 2010; WEISS et al., 2001; ZORAN, 2012). Essas alterações indicam obstrução mecânica do fluxo biliar e justificam a intervenção cirúrgica (LEHNER; McANULTY, 2010). O diâmetro normal do ducto biliar comum é 4 mm em gatos. (MAROLF et al., 2012). A papila duodenal pode variar de 2,9 mm a 5,5 mm em largura e tem no máximo 4 mm de altura no corte transversal (CENTER, 2009). A distensão do ducto biliar comum acima de 5 mm ocorre em obstrução biliar extra hepática (BRAIN et al., 2006; GUNN-MOORE; REED, 2010; MAROLF et al., 2012; WEISS et al., 2001). A dilatação da vesícula biliar e do ducto cístico são evidentes após 24 horas de obstrução completa e a distensão dos ductos biliares intra-hepáticos são evidentes após cinco a sete dias (CENTER, 2009; MAYHEW, 2006). Porém, a vesícula biliar frequentemente não altera o seu tamanho, não sendo, portanto, indicador de obstrução do ducto (ZORAN, 2012). A distensão da árvore biliar pode ser sequela de obstruções anteriores, não indicando sempre processo obstrutivo ativo (MAYHEW, 2006). Podem também ser avaliadas obstruções biliares extra-hepáticas, colelitíases, neoplasias, pancreatite (EDWARDS, 2004), espessamento de parede duodenal e aumento de linfonodos mesntéricos (GUNN-MOORE; REED, 2010).

15 25 Apesar de não ser exame de rotina na veterinária, a cintilografia é um método não invasivo para diferenciar doença obstrutiva e não obstrutiva e pode ser usado para avaliar a severidade da doença hepatobiliar (EDWARDS, 2004). Sua desvantagem seria a não identificação da causa ou local de obstrução (MAYHEW, 2006). Radiografias abdominais tem utilidade limitada no diagnóstico de desordens biliares (CENTER, 2009). É indicado para avaliação de tamanho hepático e evidenciar colélitos (EDWARDS, 2004; ZORAN, 2012). Mineralização distrófica do tecido hepático ou pancreático podem estar presentes nos casos crônicos ou recidivantes (HITT, 2011) Cultura e antibiograma da bile O ideal é que seja realizado exame citológico e cultura com antibiograma da bile (GUNN-MOORE; REED, 2010). Pode-se também realizar a cultura e antibiograma do tecido hepático (RICHTER, 2005; GERMAN, 2009). A cultura da bile é importante em todos os casos de doenças hepáticas inflamatórias ou doenças hepatobiliares (GRACE, 2009; ZORAN, 2012). Pode realizar aspirado da vesícula biliar durante exame ultrassonográfico ou laparotomia (EDWARDS, 2004; GRACE, 2009; GUNN-MOORE; REED, 2010). A coleta guiada por ultrassom envolve risco de peritonite biliar devido ao risco de extravasamento da bile (EDWARDS, 2004; GUNN-MOORE; REED, 2010) e ruptura da vesícula biliar (EDWARDS, 2004). Outras complicações incluem hemorragia, bacteremia e reação vasovagal com depressão respiratória e bradicardia (HITT, 2011). Resposta vasovagal letal pode ser evitada administrando previamente ao procedimento medicações anticolinérgicas e mantendo o suporte ventilatório (HITT, 2011). A colecistocentese é contra indicada em colecistite enfisematosa (BRAIN et al., 2006). A bile em gatos saudáveis é estéril (BRAIN et al., 2006). Em casos de obstrução dos ductos biliares a cultura da bile em gato foi positiva em 50% dos casos (MAYHEW, 2006).

16 26 Nem sempre se isolam bactérias da bile ou dos tecidos dos gatos com colangiohepatite aguda, possivelmente devido à antibioticoterapia prévia (WEISS et al., 2001; EDWARDS, 2004; JOHNSON, 2004) ou falha no cultivo de bactérias anaeróbicas (WEISS et al., 2001). Os microrganismos frequentemente isolados incluem Bacterioides, Escherichia coli, Clostridium e Streptococcus α hemolítico (WEISS et al., 2001). As alterações macroscópicas vistas na bile são geralmente em decorrência da reabsorção de pigmentos biliares dentro da vesícula durante o processo obstrutivo (CENTER, 2009; ZORAN, 2012). Em decorrência disso ocorre o fenômeno da bile branca (ZORAN, 2012) Histopatológico e citologia Os aspirados citológicos possuem valor diagnóstico limitado, pois, não permitem avaliar a arquitetura hepática (GERMAN, 2009). A citologia pode ser empregada para diagnosticar casos de lipidose e neoplasia de células redondas (WEISS et al., 2001; ZORAN, 2012). Para outras neoplasias ou doenças inflamatórias o histopatológico é o exame de escolha (GRACE, 2009; WEISS et al., 2001; ZORAN, 2012). O histopatológico avalia os tipos de células inflamatórias, sua distribuição, a quantidade de inflamação, fibrose e proliferação das vias biliares (FOGLE; BISSETT, 2005). A diferenciação entre as formas aguda e crônica de colangites só podem ser realizadas através desse exame (EDWARDS, 2004). A colangite neutrofílica aguda é caracterizada pela infiltração neutrofílica dos ductos biliares e áreas ao redor da tríade portal, juntamente com a invasão do parênquima hepático (GAGNE et al., 1996; GRACE, 2009; JOHNSON, 2004; WEISS et al., 2001). Pode ter necrose periportal (EDWARDS, 2004). Se for recidivante, fibrose e hiperplasia biliar podem ser evidentes (HITT, 2011). A colangite linfocítica caracteriza-se de infiltrados mistos de neutrófilos, linfócitos e plasmócitos, com alterações crônicas nos ductos biliares e áreas periportais (Figura 5) (GAGNE et al., GRACE, 2009; 1996; JOHNSON, 2004; WEISS et al., 2001). Podem ser

17 27 observadas hipertrofia do ducto biliar e fibrose portal (EDWARDS, 2004; HITT, 2011; WEISS et al., 2001). A colangiohepatite crônica pode progredir para cirrose biliar (GAGNE et al., 1996, EDWARDS, 2004; JOHNSON, 2004; GUNN-MOORE; REED, 2010), caracterizada por intensa fibrose, marcada hiperplasia do ducto e graus variados de uma inflamação crônica (GAGNE et al., 1996). Fonte: CENTER (2009). Figura 5. Fotomicrografia da tríade portal em colangiohepatite linfocítica. Observar o infiltrado de linfócitos ao redor da tríade portal e epitélio biliar. Na colangite associada a parasitas, as alterações incluem distensão e fibrose dos ductos biliares com proliferação epitelial. O infiltrado inflamatório é misto e composto de macrófagos, linfócitos, plasmócitos, eosinófilos e neutrófilos frequentemente presentes na área portal. A presença de eosinófilos é sugestiva de infestação por parasitos pois, raramente são vistos em outros tipos de doenças hepáticas inflamatórias (WEISS et al., 2001). Durante a laparotomia também devem ser avaliados e realizada a biopsia do pâncreas, sistema biliar e intestino delgado para pesquisa de doenças concomitantes à colangite (EDWARDS, 2004).

18 28 5. DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL Devem ser considerados os diagnósticos diferenciais dos sinais clínicos apresentados, como icterícia, ascite e hepatomegalia (Quadro 2, 3 e 4). Os principais diferenciais para colangites/colangiohepatites são peritonite infecciosa felina, toxoplasmose, parasitas hepáticos, lipidose, hipertireoidismo (WEISS et al., 2001; GERMAN, 2009), hepatite reativa inespecífica, amiloidose, shunt portosistêmico, obstrução biliar extra-hepática e neoplasias (GERMAN, 2009). O hipertireoidismo comumente causa elevação das enzimas hepáticas e por isso é considerado como diagnóstico diferencial (EDWARDS, 2004). Quadro 2. Diagnósticos diferenciais de icterícia. Pré-hepática Infecciosa (Micoplasma sp e FeLV) Anemia imunomediada primária ou induzida por fármacos Metabólica (hipofosfatemia e cetoacidose diabética) Anormalidades genéticas Hepática Colangites Lipidose Neoplasia Infecciosas (PIF e toxoplasmose) Amiloidose Doença cística Pós-hepática Colelitíase Ruptura dos ductos biliares ou vesícula biliar Pancreatite Obstrução do ducto biliar Septicemia Fonte: GUNN-MOORE; REED (2010).

19 29 Quadro 3. Diagnósticos diferenciais para ascite. Transudato Transudato Modificado Exudato Outros Nefropatias Neoplasia PIF Hemoabdomen Enteropatias Pancreatite Peritonite Séptica Uroabdomen Hepatopatias Colangite Peritonite biliar Desnutrição Toxoplasmose Queimaduras ICC Hipertensão Portal Cirrose Trombose ou hiperplasia da veia porta Fonte: GUNN-MOORE; REED (2010). Quadro 4. Diagnósticos diferenciais de hepatomegalia. Neoplasias Inflamatórias Colangites Metabólica/ Endócrina Lipidose Diabetes Mellitus Hiperadrenocorticismo Acromegalia Congestão Cardiomiopatias Infecciosas PIF Toxoplasmose Fonte: GUNN-MOORE; REED (2010).

20 30 6. TRATAMENTO 6.1. Tratamento clínico O objetivo do tratamento é a interrupção da inflamação, redução da fibrose e remoção dos fatores predisponentes como infecção (STONEHEWER, 2006). O tratamento da colangite neutrofílica é baseado em antibioticoterapia de acordo com o resultado de cultura da bile e terapia suporte. Os antibióticos devem ser administrados por dois meses ou mais (RICHTER, 2005; WEISS et al., 2001). O uso de antibióticos também é indicado para tratamento da forma crônica (EDWARDS, 2004; GERMAN, 2009; WEISS et al., 2001). Porém, podem ser usados por um período mais curto de quatro a seis semanas (EDWARDS, 2004; GERMAN, 2009). Se não for possível a cultura e antibiograma da bile pode-se usar uma combinação de antibióticos (GRACE, 2009). Como é mais provável que o agente infeccioso tenha vindo do trato gastrointestinal o antibiótico deve ser bactericida, de amplo espectro e efetivo contra anaeróbios. Deve-se dar preferência para antibióticos com excreção biliar e que tenha o mínimo metabolismo hepático (GERMAN, 2009). Os mais frequentemente usados são amoxicilina com clavulanato (GERMAN, 2009; WEISS et al., 2001) e ampicilina (WEISS et al., 2001). Esses antibióticos podem ser combinados com metronidazol para aumentar o espectro de ação (RICHTER, 2005; WEISS et. al., 2001). Nos quadros muito graves, onde se faz necessária a cobertura contra bactérias aeróbicas, anaeróbicas, gram positivas e gram negativas, indica-se uso intravenoso da associação de amoxicilina com clavulanato com metronidazol ou clindamicina (GUNN-MOORE; REED, 2010). Porém, apenas 80-83% de Bacterioides ou Clostridium são sensíveis a clindamicina (WAGNER et al., 2007). Alternativamente pode-se usar combinações de cefalosporinas ou fluorquinolonas com metronidazol (GERMAN, 2009). Como o metronidazol é dependente de excreção biliar, em alguns gatos pode ser necessário reduzir a sua dose (EDWARDS, 2004; GRACE, 2009).

21 31 Para tratamento da colangite linfocítica usa-se dose imunossupressora de prednisolona (2-4mg/kg VO SID) ou clorambucil (4mg/m² VO cada 48 horas) associados a hepatoprotetores e se necessário o tratamento concomitante de doenças associadas como pancreatite e doença intestinal inflamatória (ZORAN, 2012). A prednisolona poderá ser reduzida para uma terapêutica em dias alternados para a manutenção em longo prazo. Porém, como é uma doença crônica, o uso contínuo de corticosteróides é necessário em muitos gatos (GRACE, 2009). Weiss et al., (2001) recomendam 2 mg/kg BID por duas semanas, reduzindo progressivamente para 2 mg/kg SID por duas semanas, 1 mg/kg SID por duas semanas e 1mg/kg a cada 48 horas por quatro semanas. Doses baixas como 0,5mg/kg a cada 48 horas são suficientes para manutenção a longo prazo (WEISS et al., 2001). O objetivo é reduzir a dosagem do paciente para a menor dose efetiva (HITT, 2011). Os gatos que não respondem à terapêutica com prednisolona isolada podem requerer uma combinação de metotrexato e prednisolona (GRACE, 2009; WEISS et al., 2001). A dose recomendada é de 0,4mg/gato divididos em três administrações no período de 24 horas. Esse protocolo deve ser repetido a cada sete a 10 dias (CENTER, 2009; WEISS et al., 2001). Como metotrexato tem moderado potencial mielossupressor, deve-se monitorar o hemograma e o tratamento deve ser interrompido se a contagem total de leucócitos for inferior a 3000/µl (WEISS et al., 2001). Center (2009), recomenda ácido fólico (0,25mg/ dia VO) para evitar hepatotoxicidade relacionada ao metotrexato. Pulsoterapia com combinação de prednisolona, metotrexato, metronidazol e ácido ursodeoxicólico tem sido efetivo em alguns casos crônicos de colangiohepatite (EDWARDS, 2004; RICHTER, 2005). O metronidazol na dose de 7,5mg/kg/dia possui efeito imunomodulador e pode ser associado somente a prednisolona no controle da colangite linfocítica (FOGLE; BISSETT, 2005; CENTER, 2009). Em colangite neutrofílica, ocasionalmente, pode-se usar dexametasona (0,2mg/kg IV) em dose única para diminuir a inflamação e reduzir o edema que pode estar causando estreitamento da luz dos ductos biliares (HITT, 2011). Porém, nos casos com duração de vários meses também indica-se a utilização de prednisolona em doses imunossupressoras (GRACE, 2009). Clorambucil pode ser efetivo em alguns casos (EDWARDS, 2004; FOGLE; BISSETT, 2005). Hitt (2011) prefere usar inicialmente o clorambucil (0,25mg/kg a cada 72 horas) como terapia imunossupressora. A dosagem pode ser aumentada a cada 48 horas ou diminuída a cada 96 horas de acordo com a resposta do paciente. É necessário monitoramento

22 32 hematológico a cada 30 dias e do perfil bioquímico sérico a cada 90 dias, pois, embora essa medicação seja bem tolerada pelos gatos, pode provocar supressão medular (HITT, 2011). A azatioprina deve ser usada com cautela devido ao potencial mielotóxico (EDWARDS, 2004; FOGLE; BISSETT, 2005). Para colangites associadas a parasitos indica-se praziquantel 20mg/kg VO, uma ao dia durante três dias (GERMAN, 2009). Para alívio da dor podem ser usados buprenorfina, combinação intravenosa de morfina, lidocaína e quetamina (MLK) ou adesivos de fentanil (HITT, 2011). Antieméticos como metoclopramida, ondansetrona e/ou maropitant podem ser usados em combinação com famotidina (HITT, 2011). Em distúrbios de coagulação indica-se usar vitamina K1 (5mg/kg SC a cada 24 ou 48 horas) (EDWARDS, 2004). German (2009) indica dose 0,5mg/kg a cada 12 horas por três dias. Seu uso também é indicado se for realizada biopsia no dia anterior e no dia do procedimento (HITT, 2011). A terapia parenteral com vitamina K1 é preferida a via oral se suspeitar de má absorção intestinal (EDWARDS, 2004). Como a vitamina K é lipossolúvel, sua absorção é comprometida em casos de obstrução biliar (BRAIN et al., 2006; EDWARDS. 2004; GERMAN, 2009; MAYHEW, 2006). Em encefalopatias hepáticas usa-se lactulose (1ml/kg VO TID) e dietas com baixo teor de proteína de alta qualidade para diminuir a produção intestinal de amônia (ROTHUIZEN, 2009). Durante a obstrução do ducto biliar, a endotoxemia é em parte causada pelo crescimento de bactérias gram negativas no lúmen intestinal. A lactulona inibe o crescimento das bactérias no cólon diminuindo a absorção de amônia e alteração da microbiota intestinal. Isto diminui a permeabilidade intestinal e melhora a barreira intestinal funcional (LEHNER; McAULTY, 2010). Estudos em ratos mostraram que a lactulona via oral no pré operatório reduziu a taxa de mortalidade e aumentou o tempo de sobrevivência, e em seres humanos seu uso diminuiu a endotoxemia portal e sistêmica (BUOT et al., 2006; LEHNER; McAULTY, 2010). Hitt (2011) cita o uso de antibioticoterapia contínua com amoxicilina com ácido clavulânico, amoxicilina, fluorquinolonas ou metronidazol para suprimir a microbiota intestinal anaeróbica e aeróbica que produzem amônia e outros resíduos tóxicos.

23 Tratamento cirúrgico A obstrução do trato biliar extra-hepático frequentemente requer tratamento cirúrgico emergencial (LEHNER; McANULTY, 2010) sendo indicadas colecistoduodenostomia ou colecistojejunostomia (BRAIN et al., 2006; BUOT et al., 2006; WEISS et al., 2001). Esse procedimento aumenta a susceptibilidade a colangite séptica retrógrada (BACON; WHITE, 2003; HITT, 2011). Muitas vezes é necessária terapia antimicrobiana crônica ou intermitente em pulsoterapia (HITT, 2011). A cirurgia para tratamento da obstrução envolve alto risco de complicações anestésicas e cirúrgicas, sendo frequente a ocorrência de hipotensão refratária (BUOT et al., 2006). A colecistoduodenostomia é o procedimento de escolha quando não há comprometimento da vesícula biliar. A colecistojejunostomia só deve ser realizada quando não for possível desviar a bile para o duodeno (MARTIN et al., 2007). Nesse caso é comum a ocorrência de úlceras duodenais devido à perda da proteção contra a ação do suco gástrico pela secreção biliar. Nesse tipo de cirurgia, deve-se tomar cuidado com a estenose cicatricial devendo deixar pelo menos uma abertura de 2,5 a 3,5 cm entre a vesícula e a parede intestinal. A reação cicatricial pós operatória pode diminuir a abertura em até 50% (MARTÍNEZ; BRUHL-DAY, 2010). A colecistectomia pode ser indicada em gatos com colelitíase obstrutiva para prevenir estase biliar e formação de novos cálculos (BRAIN et al., 2006), devendo ser realizada em casos de colecistite necrosante (HITT, 2011). A drenagem biliar percutânea não é amplamente aceita, mas tem sido indicada para estabilização do paciente para posterior cirurgia (BUOTE et al., 2006; LEHNER; McAULTY, 2010). Em alguns casos, quando a obstrução biliar é devido somente ao edema inflamatório no ducto biliar, a drenagem pode ser suficiente e curativa, não sendo mais necessária a cirurgia. Essa drenagem reduz a estase biliar e formação de lama, promovendo a redução da pressão intraductal restaurando a contratilidade da vesícula biliar. O ideal é que essa drenagem seja realizada com mínimo trauma e tempo anestésico. Os métodos atuais para drenagem biliar temporária incluem a colocação de stents ou tubos no ducto biliar comum, punção aspirativa da vesícula biliar e colocação de cateter temporário por colecistotomia percutânea (LEHNER; McAULTY, 2010).

24 34 Os relatos do uso de stents para manutenção do fluxo biliar (HITT, 2011; LEHNER; McANULTY, 2010; MARTÍNEZ; BRUHL-DAY, 2010), o consideram uma alternativa ao uso de técnicas de derivação biliar diminuindo os riscos de estenose e deiscência (LEHNER; McANULTY, 2010), devendo ser usados somente em situações potencialmente reversíveis (MAYHEW, 2006). Os tubos ou stents podem ser colocados via laparotomia ou endoscopia (LEHNER; McANULTY, 2010). O stent é inserido após enterotomia pela papila duodenal. São métodos temporários de drenagem biliar e depois de algum tempo acabam sendo extruídos a partir do ducto biliar e eliminados com as fezes (LEHNER, McAULTY, 2010; MARTIN et. al, 2007). Porém, esse procedimento requer anestesia prolongada para sua realização, o que não seria vantajoso para diminuição do tempo cirúrgico e extensão da cirurgia. A sua colocação em gatos através de endoscopia é inviável devido ao pequeno tamanho dos pacientes (LEHNER, McAULTY, 2010). Tendo em vista que o tubo aplicado desde o duodeno até o ducto biliar permite a invasão de bactérias entéricas no trato biliar (através ou ao longo do tubo), mas não trata definitivamente a causa da obstrução a colangite infecciosa pode permanecer (MARTIN et. al, 2007). Esse procedimento está associado a consideráveis complicações como inflamação pancreática e infecção retrógrada (HITT, 2011; MARTÍNEZ; BRUHL-DAY, 2010). A aspiração da vesícula embora promova rápida descompressão e drenagem biliar com anestesia geral mínima, não mantém a drenagem biliar pelo tempo necessário para estabilizar e normalizar a obstrução (LEHNER; McAULTY, 2010). A colocação do cateter é atualmente o método menos invasivo e mais eficaz para proporcionar a drenagem biliar durante um período prolongado. Os cateteres podem permanecer durante semanas a meses, com um risco relativamente baixo de extravasamento biliar e podem ser usados para realização de colangiografia contrastada para determinar o local da obstrução biliar e acompanhar a resolução. Estes cateteres podem também ser usados para a lavagem da vesícula biliar impedindo a formação de lama biliar durante o tratamento desses pacientes. Podem ser colocados através de laparoscopia. Uma variedade de cateteres podem ser utilizados para colecistostomia. Os melhores são indicados para colocação direta e possuem mecanismos de travamento para mantê-los no lugar depois de inseridos. No entanto, também pode-se utilizar um catéter de Foley colocado através de uma pequena incisão de laparotomia (LEHNER; McAULTY, 2010).

25 35 Os protocolos de manejo para os cateteres em animais continuam sendo avaliados (LEHNER; McAULTY, 2010). Um risco potencial é a obstrução do catéter por lama biliar ou muco (LEHNER; McAULTY, 2010; MARTÍNEZ; BRUHL-DAY, 2010). Recomenda-se lavagem e aspiração a cada 4 a 6 horas nos primeiros dias após a colocação. Outra complicação é o risco de infecção ascendente (LEHNER; McAULTY, 2010). Apesar de baixo, existe o risco de extravasamento da bile e ocorrência de peritonite (BRUHL-DAY, 2010; LEHNER, McAULTY, 2010; MARTÍNEZ). Recomenda-se manter o catéter por 21 a 28 dias. Após esse período o catéter pode ser removido sem cirurgia devido à formação de um trajeto fibroso ao redor do mesmo. Antes desse período é necessário mini laparotomia ou laparoscopia para retirado do catéter e sutura da vesícula biliar (LEHNER; McAULTY, 2010). Assim como em humanos há controvérsias sobre os benefícios da drenagem biliar através de catéter como terapia definitiva ou pré cirúrgica com relação a realização direta da cirurgia. Em medicina veterinária, devido à mortalidade extremamente elevada associada à correção cirúrgica emergencial desta condição obstrutiva deve-se considerar essa abordagem alternativa para tentar melhorar os resultados. Não existem dados suficientes que indiquem benefícios da drenagem temporária. Pode ser realizada a drenagem de todos os casos agudos de obstrução do ducto biliar comum no mínimo de 24 a 48 horas antes da cirurgia definitiva (LEHNER; McAULTY, 2010). 7. HEPATOPROTETORES O uso de citoprotetores é indicado para aumentar e melhorar os mecanismos naturais de defesa dos hepatócitos, inibindo inflamação e fibrose, prevenindo apoptose e protegendo contra injúrias oxidativas, embora não estejam direcionados para a causa primária da hepatopatia (WEBSTER; COOPER, 2009).

26 36 Os nutracêuticos usados são S-adenosilmetionina (SAMe), ácido ursodeoxicólico (GRACE, 2009; ZORAN, 2012), N-acetilcisteína, silimarina e vitamina E (Tabela 1) (CENTER, 2009; WEBSTER; COOPER, 2009; ZORAN, 2012). Hitt (2011) ainda cita suplementos de ácido graxo ômega 3 de óleos de peixes marinhos e superóxido dismutase por via oral. Tabela 1. Citoprotetores indicados em hepatopatias. Citoprotetor Dose S-adenosilmetionina 30-50mg/kg VO a cada 24 horas. N-acetilcisteína 140mg/kg IV em dose única, seguido por 70mg/kg IV a cada 6 horas. 100mg/kg/24 horas em infusão contínua. Ácido ursodeoxicólico 10-15mg/kg VO a cada 24 horas. Silimarina 20-50mg/kg/dia VO. Dividir a dose diária a cada 6 ou 8 horas. Vitamina E 10-15mg/kg VO a cada 24 horas. Fonte: WEBSTER; COOPER (2009). SAMe é precursor da glutationa, sendo importante como antioxidante e estabilizador de membranas (WEBSTER; COOPER, 2009; ZORAN, 2012) e essencial para o metabolismo dos hepatócitos (CENTER et al., 2006). A glutationa age na detoxificação e reações de conjugação e a sua depleção causa indiretamente efeitos tóxicos por aumentar o estresse oxidativo (CENTER et al., 2006). Esse agente nutracêutico possui propriedades antinflamatórias acentuadas que podem ser benéficas para os gatos com todas as formas de doenças hepáticas (GRACE, 2009), como hepatopatias inflamatórias, metabólicas, desordens colestásicas, tóxicas ou isquêmicas (WEBSTER; COOPER, 2009). Os comprimidos devem ser revestidos para prevenir a inativação no estômago, não podendo ser partidos ou esmagados (WEBSTER; COOPER, 2009). Sua absorção é melhor em jejum (CENTER et al., 2006; GRACE, 2009; WEBSTER; COOPER, 2009). A N-acetilcisteína também é precursora da glutationa e antioxidante (ZORAN, 2012). Atua como antinflamatória, melhora a microcirculação hepática e a oxigenação tecidual. Indicada principalmente em insuficiência hepática aguda principalmente causada por

27 37 intoxicação e lipidose hepática severa. A alta incidência de gastrite e vômito limita seu uso via oral (WEBSTER; COOPER, 2009). O ácido ursodeoxicólico é usado como hepatoprotetor e aumenta o fluxo biliar (GRACE, 2009; HITT, 2011; ZORAN, 2012), mas é contra indicado em casos de obstrução biliar (EDWARDS, 2004; WEISS et al., 2001). Tem propriedades antinflamatórias, imunomoduladoras e antifibróticas (EDWARDS, 2004; WEISS et al., 2001). Indicado em hepatopatias colestásicas, inflamatórias, metabólicas e imunomediadas. Seus efeitos terapêuticos aumentam se administrados junto com Same (WEBSTER; COOPER, 2009). Alguns especialistas recomendam a suplementação com taurina (250 a 500mg VO, SID) para animais que estão recebendo ácido ursodeoxicólico, pois as altas concentrações de ácido biliares podem aumentar a perda urinária de taurina (GRACE, 2009). Os efeitos adversos são incomuns, podendo ocorrer diarreia e vômito. É melhor absorvido na presença de alimento (WEBSTER; COOPER, 2009). A silimarina exerce efeito hepatoprotetor por aumentar os níveis intracelulares de superóxido dismutase e, consequentemente, contribui para eliminação dos radicais livres (GERMAN, 2009). Tem ação antinflamatória e antifibrótica (WEBSTER; COOPER, 2009; ZORAN, 2012). Indicada em hepatopatias colestásicas, inflamatórias e tóxicas (WEBSTER; COOPER, 2009). A vitamina E apresenta ação antinflamatória e antioxidante (WEBSTER; COOPER, 2009; ZORAN, 2012). A suplementação é indicada em desordens hepatobiliares que envolvem danos oxidativos à membrana, como hepatopatias colestásicas, tóxicas, inflamatórias, lesões de isquemia-reperfusão e toxicidade por metal (cobre e ferro) (WEBSTER; COOPER, 2009).

28 38 8. DIETA É recomendado o suporte nutricional e em casos de anorexia através de sonda nasoesofágica ou esofágica com dietas de alta energia e proteína (Figuras 6 e 7) (WEISS et al., 2001). A necessidade energética deve ser de 40 a 60kcal/kg de acordo com a atividade (FOGLE; BISSETT, 2005). A nutrição enteral juntamente com a suplementação de glutamina ajuda a manter a saúde e a barreira intestinal (LEHNER; McAULTY, 2010). A fonte protéica deve ser de excelente qualidade e altamente digerível, bem como administradas em quantidade suficientes para evitar catabolismo enquanto minimiza a produção de amônia (STONEHEWER, 2006). A restrição protéica só deve ser feita em encefalopatia hepática (EDWARDS, 2004; STONEHEWER, 2006; WEISS et al., 2001; ZORAN, 2012). Podem ser utilizados estimulantes de apetite como a ciproheptadina (EDWARDS, 2004; GERMAN, 2009) e mirtazapina 3,75mg/gato a cada 72 horas (GERMAN, 2009). Fonte: GUNN-MOORE; REED (2010). Figura 6. Sonda nasoesofágica em felino.

29 39 Fonte: GUNN-MOORE; REED (2010). Figura 7. Colocação sonda esofágica em felino. 9. PROGNÓSTICO Embora o prognóstico seja variável e dependa da gravidade da doença e resposta ao tratamento, a maioria dos gatos com doença hepática inflamatória sobrevive por mais de um ano (GRACE, 2009). Pacientes com a forma aguda de colangite tem bom prognóstico com antibioticoterapia prolongada (EDWARDS, 2004). Nos casos de doença intestinal inflamatória e pancreatite associada, o prognóstico é menos favorável (GERMAN, 2009). O prognóstico para forma crônica é variável necessitando de tratamento a longo prazo, podendo apresentar boa melhora no início do tratamento com posteriores revidivas (EDWARDS, 2004). A taxa de sobrevivência nos gatos com colangites neutrofílicas ou linfocíticas são semelhantes (WEISS et al., 2001). O aumento na taxa de mortalidade está associados a presença de outras doenças intercorrentes (CLARK, 2011). Em casos de obstrução biliar, a taxa de mortalidade está relacionada à duração do processo obstrutivo e ao grau de toxicidade sistêmica (LEHNER; McANULTY, 2010), apresentando prognóstico ruim (BACON; WHITE, 2003; BUOTE et al., 2006).

30 RELATO DE CASO Paciente Felino, macho, castrado, 11 anos, siamês. peso: 3,4kg. Atendido na Clínica Veterinária Pet Planet (Piracicaba- SP) no dia 10/10/ Histórico Hiporexia há 30 dias. Perdeu nesse período 0,5kg. Sem êmese e diarreia. Normoquesia e urina normal em volume e coloração bem amarela. Havia sido medicado anteriormente com enrofloxacina, porém, sem melhora dos sintomas. Encaminhado com diagnóstico de inflamação das vias biliares. O hemograma realizado no primeiro atendimento apresentava leucocitose (23500/ul) com neutrofilia (19975/ul). A dosagem de ALT era 464 UI/L e fosfatase alcalina 568 UI/L Exame clínico O animal apresentava icterícia (Figura 8 e 9), mucosas hipocoradas, desidratação leve, temperatura 38,8 C, frequência cardíaca 160 bpm, frequência respiratória 30 mpm.

16/06/2010. Histórico Exame físico Exames complementares. Síntese. Metabolismo. Detoxificação. Urinálise*

16/06/2010. Histórico Exame físico Exames complementares. Síntese. Metabolismo. Detoxificação. Urinálise* HEPATOPATIAS EM FELINOS MV, M.Sc Maria Alessandra Martins Del Barrio PUC-MG Poços de Caldas VETMASTERS FUNÇÕES Síntese Metabolismo Detoxificação DIAGNÓSTICO DAS HEPATOPATIAS Histórico Exame físico Exames

Leia mais

Introdução. Metabolismo dos pigmentos biliares: Hemoglobina Biliverdina Bilirrubina Indireta (BI) ou nãoconjugada

Introdução. Metabolismo dos pigmentos biliares: Hemoglobina Biliverdina Bilirrubina Indireta (BI) ou nãoconjugada Introdução Metabolismo dos pigmentos biliares: Hemoglobina Biliverdina Bilirrubina Indireta (BI) ou nãoconjugada BI + Albumina Hepatócitos Bilirrubina Direta (BD) ou conjugada Canalículos biliares Duodeno

Leia mais

Principal função exócrina = produção, secreção e estoque de enzimas digestivas (gordura, proteínas e polissacarideos) Cães: Possuem dois ductos

Principal função exócrina = produção, secreção e estoque de enzimas digestivas (gordura, proteínas e polissacarideos) Cães: Possuem dois ductos Principal função exócrina = produção, secreção e estoque de enzimas digestivas (gordura, proteínas e polissacarideos) Cães: Possuem dois ductos pancreáticos (principal e acessório) Gatos: Ducto biliar

Leia mais

EXAME DA FUNÇÃO HEPÁTICA NA MEDICINA VETERINÁRIA

EXAME DA FUNÇÃO HEPÁTICA NA MEDICINA VETERINÁRIA EXAME DA FUNÇÃO HEPÁTICA NA MEDICINA VETERINÁRIA GOMES, André PARRA, Brenda Silvia FRANCO, Fernanda de Oliveira BASILE, Laís JOSÉ, Luana Trombini ROMERO, Vinícius Lovizutto Acadêmicos da Associação Cultural

Leia mais

RESPOSTA RÁPIDA 355/2014 Informações sobre Questran Light

RESPOSTA RÁPIDA 355/2014 Informações sobre Questran Light RESPOSTA RÁPIDA 355/2014 Informações sobre Questran Light SOLICITANTE Drª. Mônika Alessandra Machado Gomes Alves, Juíza de Direito do Juizado Especial de Unaí NÚMERO DO PROCESSO 0049989-72.2014 DATA 07/06/2014

Leia mais

ÇÃO O DE EXAMES LABORATORIAIS

ÇÃO O DE EXAMES LABORATORIAIS INTERPRETAÇÃ ÇÃO O DE EXAMES LABORATORIAIS TRANSAMINASES HEPÁTICAS (TGO/TGP) Everton José Moreira Rodrigues Transaminases: enzimas que catalisam a transferência de um grupo alfa-amino de um aminoácido

Leia mais

Infermun em parvovirose canina

Infermun em parvovirose canina em parvovirose canina Redução do tempo de recuperação em cães infectados por Parvovirus e tratados com Departamento I+D. Laboratórios Calier, S.A. INTRODUÇÃO: A Parvovirose é uma das enfermidades entéricas

Leia mais

Fibrose Cística. Triagem Neonatal

Fibrose Cística. Triagem Neonatal Fibrose Cística Triagem Neonatal Fibrose cística Doença hereditária autossômica e recessiva, mais frequente na população branca; Distúrbio funcional das glândulas exócrinas acometendo principalmente os

Leia mais

Interpretação de exames laboratoriais Lactato desidrogenase (LDH)

Interpretação de exames laboratoriais Lactato desidrogenase (LDH) Interpretação de exames laboratoriais Lactato desidrogenase (LDH) Nathália Krishna O que é? NAD+ está presente em quantidades somente catalíticas na célula e é um cofator essencial para a glicólise,dessa

Leia mais

Avaliação por Imagem do Pâncreas. Aula Prá8ca Abdome 4

Avaliação por Imagem do Pâncreas. Aula Prá8ca Abdome 4 Avaliação por Imagem do Pâncreas Aula Prá8ca Abdome 4 Obje8vos 1. Entender papel dos métodos de imagem (RX, US, TC e RM) na avaliação de lesões focais e difusas do pâncreas. 2. Revisar principais aspectos

Leia mais

VIVER BEM OS RINS DO SEU FABRÍCIO AGENOR DOENÇAS RENAIS

VIVER BEM OS RINS DO SEU FABRÍCIO AGENOR DOENÇAS RENAIS VIVER BEM OS RINS DO SEU FABRÍCIO AGENOR DOENÇAS RENAIS Leia o código e assista a história de seu Fabrício Agenor. Este é o seu Fabrício Agenor. Ele sempre gostou de comidas pesadas e com muito tempero

Leia mais

Abordagem Diagnóstica e Terapêutica da Diabete Melito Não Complicada em Cães

Abordagem Diagnóstica e Terapêutica da Diabete Melito Não Complicada em Cães Abordagem Diagnóstica e Terapêutica da Diabete Melito Não Complicada em Cães Cecilia Sartori Zarif Residente em Clínica e Cirurgia de Pequenos Animais da UFV Distúrbio do Pâncreas Endócrino Diabete Melito

Leia mais

Pâncreas. Pancreatite aguda. Escolha uma das opções abaixo para ler mais detalhes.

Pâncreas. Pancreatite aguda. Escolha uma das opções abaixo para ler mais detalhes. Pâncreas Escolha uma das opções abaixo para ler mais detalhes. Pancreatite aguda Pancreatite crônica Cistos pancreáticos Câncer de Pancrêas Pancreatite aguda O pâncreas é um órgão com duas funções básicas:

Leia mais

DOENÇA INFLAMATÓRIA INTESTINAL. Profª. Thais de A. Almeida Aula 21/05/13

DOENÇA INFLAMATÓRIA INTESTINAL. Profª. Thais de A. Almeida Aula 21/05/13 DOENÇA INFLAMATÓRIA INTESTINAL Profª. Thais de A. Almeida Aula 21/05/13 Doença Inflamatória Intestinal Acometimento inflamatório crônico do TGI. Mulheres > homens. Pacientes jovens (± 20 anos). Doença

Leia mais

Benign lesion of the biliary ducts mimicking Kastskin tumor

Benign lesion of the biliary ducts mimicking Kastskin tumor Benign lesion of the biliary ducts mimicking Kastskin tumor Giordani, L. 1 ; Santo, G.F.E. 1, Sanches, M.C.O 1., Tenorio, L.E.M. 2 ; Morais, L.L.G 2 ; Gomes, F. G. 1 1 Department of General Surgery, University

Leia mais

Perguntas e respostas sobre imunodeficiências primárias

Perguntas e respostas sobre imunodeficiências primárias Perguntas e respostas sobre imunodeficiências primárias Texto elaborado pelos Drs Pérsio Roxo Júnior e Tatiana Lawrence 1. O que é imunodeficiência? 2. Estas alterações do sistema imunológico são hereditárias?

Leia mais

Câncer de Próstata. Fernando Magioni Enfermeiro do Trabalho

Câncer de Próstata. Fernando Magioni Enfermeiro do Trabalho Câncer de Próstata Fernando Magioni Enfermeiro do Trabalho O que é próstata? A próstata é uma glândula que só o homem possui e que se localiza na parte baixa do abdômen. Ela é um órgão muito pequeno, tem

Leia mais

Patologia por imagem Abdome. ProfºClaudio Souza

Patologia por imagem Abdome. ProfºClaudio Souza Patologia por imagem Abdome ProfºClaudio Souza Esplenomegalia Esplenomegalia ou megalosplenia é o aumento do volume do baço. O baço possui duas polpas que são constituídas por tecido mole, polpa branca

Leia mais

Oferecemos uma ampla gama de tratamentos entre os que podemos destacar:

Oferecemos uma ampla gama de tratamentos entre os que podemos destacar: A cirurgia endovascular agrupa uma variedade de técnicas minimamente invasivas mediante as quais CIRURGIA ENDOVASCULAR = CIRURGIA SEM CORTES! Técnicas Minimamente Invasivas As técnicas de cirurgia endovascular

Leia mais

Informação pode ser o melhor remédio. Hepatite

Informação pode ser o melhor remédio. Hepatite Informação pode ser o melhor remédio. Hepatite HEPATITE A hepatite é uma inflamação do fígado provocada na maioria das vezes por um vírus. Diferentes tipos de vírus podem provocar hepatite aguda, que se

Leia mais

FUNDAMENTOS DE ENFERMAGEM II. Nutrição Enteral Profª.Enfª:Darlene Carvalho

FUNDAMENTOS DE ENFERMAGEM II. Nutrição Enteral Profª.Enfª:Darlene Carvalho FUNDAMENTOS DE ENFERMAGEM II Nutrição Enteral Profª.Enfª:Darlene Carvalho NUTRIÇÃO ENTERAL INDICAÇÕES: Disfagia grave por obstrução ou disfunção da orofaringe ou do esôfago, como megaesôfago chagásico,

Leia mais

Como escolher um método de imagem? - Dor abdominal. Aula Prá:ca Abdome 1

Como escolher um método de imagem? - Dor abdominal. Aula Prá:ca Abdome 1 Como escolher um método de imagem? - Dor abdominal Aula Prá:ca Abdome 1 Obje:vos Entender como decidir se exames de imagem são necessários e qual o método mais apropriado para avaliação de pacientes com

Leia mais

Rejeição de Transplantes Doenças Auto-Imunes

Rejeição de Transplantes Doenças Auto-Imunes Rejeição de Transplantes Doenças Auto-Imunes Mecanismos da rejeição de transplantes Envolve várias reações de hipersensibilidade, tanto humoral quanto celular Habilidade cirúrgica dominada para vários

Leia mais

Diabetes Gestacional

Diabetes Gestacional Diabetes Gestacional Introdução O diabetes é uma doença que faz com que o organismo tenha dificuldade para controlar o açúcar no sangue. O diabetes que se desenvolve durante a gestação é chamado de diabetes

Leia mais

8:00 Horas Sessão de Temas Livres concorrendo a Premiação. 8:30 8:45 INTERVALO VISITA AOS EXPOSITORES E PATROCINADORES.

8:00 Horas Sessão de Temas Livres concorrendo a Premiação. 8:30 8:45 INTERVALO VISITA AOS EXPOSITORES E PATROCINADORES. MAPA AUDITÓRIO ÓPERA DE ARAME (200 LUGARES) DOMINGO 02 DE AGOSTO DE 2015. 8:00 Horas Sessão de Temas Livres concorrendo a Premiação. 8:00 8:15 TEMA LIVRE SELECIONADO. 8:15 8:30 TEMA LIVRE SELECIONADO.

Leia mais

Metabolismo da Bilurribina e Icterícia

Metabolismo da Bilurribina e Icterícia Metabolismo da Bilurribina e Icterícia Degradação do heme da hemoglobina (tb dos citocromos) Bilirrubina Bilirrubina conjugada Transf. bactérias UDP-Glucuronil transferase R E S Sangue F í g a d o Excreção

Leia mais

Aparelho Gastrointestinal Dor Abdominal Aguda

Aparelho Gastrointestinal Dor Abdominal Aguda Aparelho Gastrointestinal Dor Abdominal Aguda Dor abdominal Difusa Localizada Abdome agudo Sem abdome agudo Exames específicos Tratamento específico Estabilizar paciente (vide algoritmo específico) Suspeita

Leia mais

COMPROMETIMENTO COM OS ANIMAIS, RESPEITO POR QUEM OS AMA.

COMPROMETIMENTO COM OS ANIMAIS, RESPEITO POR QUEM OS AMA. COMPROMETIMENTO COM OS ANIMAIS, RESPEITO POR QUEM OS AMA. CITOLOGIA CLÍNICA O exame citológico é uma das grandes ferramentas para auxiliar o médico veterinário no diagnóstico, prognóstico e na tomada de

Leia mais

Bursite do Olécrano ou Bursite do Cotovelo

Bursite do Olécrano ou Bursite do Cotovelo INTRODUÇÃO Bursite do Olécrano ou Bursite do Cotovelo Bursite do olécrano é a inflamação de uma pequena bolsa com líquido na ponta do cotovelo. Essa inflamação pode causar muitos problemas no cotovelo.

Leia mais

Diretrizes Assistenciais

Diretrizes Assistenciais Diretrizes Assistenciais Manuseio da Meningite Bacteriana Aguda Versão eletrônica atualizada em Novembro 2008 Manuseio da Meningite Bacteriana Aguda Introdução A meningite bacteriana aguda é um processo

Leia mais

INDICAÇÕES BIOEASY. Segue em anexo algumas indicações e dicas quanto à utilização dos Kits de Diagnóstico Rápido Bioeasy Linha Veterinária

INDICAÇÕES BIOEASY. Segue em anexo algumas indicações e dicas quanto à utilização dos Kits de Diagnóstico Rápido Bioeasy Linha Veterinária INDICAÇÕES BIOEASY Segue em anexo algumas indicações e dicas quanto à utilização dos Kits de Diagnóstico Rápido Bioeasy Linha Veterinária 1- ANIGEN RAPID CPV AG TEST BIOEASY PARVOVIROSE Vendas de Filhotes:

Leia mais

Unidade 1 Adaptação e Lesão Celular

Unidade 1 Adaptação e Lesão Celular DISCIPLINA DE PATOLOGIA Prof. Renato Rossi Jr Unidade 1 Adaptação e Lesão Celular Objetivo da Unidade: Identificar e compreender os mecanismos envolvidos nas lesões celulares reversíveis e irreversíveis.

Leia mais

Uso correcto dos antibióticos

Uso correcto dos antibióticos CAPÍTULO 7 Uso correcto dos antibióticos Quando usados correctamente, os antibióticos são medicamentos extremamente úteis e importantes. Eles combatem diversas infecções e doenças causadas por bactérias.

Leia mais

PROFILAXIA CIRÚRGICA. Valquíria Alves

PROFILAXIA CIRÚRGICA. Valquíria Alves PROFILAXIA CIRÚRGICA Valquíria Alves INFECÇÃO DO LOCAL CIRÚRGICO (ILC) Placeholder for your own subheadline A infecção do local cirúrgico (ILC) é uma complicação comum da cirurgia, com taxas de incidência

Leia mais

Imagem da Semana: Ultrassonografia abdominal

Imagem da Semana: Ultrassonografia abdominal Imagem da Semana: Ultrassonografia abdominal Figura 1: US abdominal mostrando a bifurcação portal Figura 2: US abdominal mostrando a vesícula biliar Figura 3: US abdominal mostrando região do hipocôndrio

Leia mais

Sindrome respiratória felina. Rinotraquiete viral Clamidiose Calicivirose

Sindrome respiratória felina. Rinotraquiete viral Clamidiose Calicivirose DOENÇAS DE FELINOS Sindrome respiratória felina Rinotraquiete viral Clamidiose Calicivirose RINOTRAQUEÍTE Agente etiológico: Herpesvírus felino Conhecida como "a gripe do gato", pois os sintomas são parecidos

Leia mais

[PARVOVIROSE CANINA]

[PARVOVIROSE CANINA] [PARVOVIROSE CANINA] 2 Parvovirose Canina A Parvovirose é uma doença infecto-contagiosa causada por um vírus da família Parvoviridae. Acomete mais comumente animais jovens, geralmente com menos de 1 ano

Leia mais

Propil* propiltiouracila

Propil* propiltiouracila Propil* propiltiouracila PARTE I IDENTIFICAÇÃO DO PRODUTO Nome: Propil* Nome genérico: propiltiouracila Forma farmacêutica e apresentação: Propil* 100 mg em embalagem contendo 30 comprimidos. USO ADULTO

Leia mais

Protocolo. Transplante de células-tronco hematopoiéticas nas hemoglobinopatias

Protocolo. Transplante de células-tronco hematopoiéticas nas hemoglobinopatias Protocolo Transplante de células-tronco hematopoiéticas nas hemoglobinopatias Versão eletrônica atualizada em Abril 2012 Embora a sobrevida dos pacientes com talassemia major e anemia falciforme (AF) tenha

Leia mais

EVOLUTIVAS PANCREATITE AGUDA

EVOLUTIVAS PANCREATITE AGUDA Academia Nacional de Medicina PANCREATITE AGUDA TERAPÊUTICA José Galvão-Alves Rio de Janeiro 2009 PANCREATITE AGUDA FORMAS EVOLUTIVAS INÍCIO PANCREATITE AGUDA 1º - 4º Dia Intersticial Necrosante 6º - 21º

Leia mais

EXERCÍCIO E DIABETES

EXERCÍCIO E DIABETES EXERCÍCIO E DIABETES Todos os dias ouvimos falar dos benefícios que os exercícios físicos proporcionam, de um modo geral, à nossa saúde. Pois bem, aproveitando a oportunidade, hoje falaremos sobre a Diabetes,

Leia mais

Abordagem diagnóstica a casos oncológicos em Répteis. Filipe Martinho, DVM

Abordagem diagnóstica a casos oncológicos em Répteis. Filipe Martinho, DVM Abordagem diagnóstica a casos oncológicos em Répteis Filipe Martinho, DVM III Congresso OMV - Novembro 2012 Oncologia e Répteis Aparentemente casos oncológicos são raros; Em colecções zoológicas até 23%

Leia mais

Aspectos Clínicos da Hemobartolenose Felina

Aspectos Clínicos da Hemobartolenose Felina GEAC UFV Grupo de Estudos de Animais de Companhia Aspectos Clínicos da Hemobartolenose Felina Cecilia Sartori Zarif, Graduanda do 9 período de Medicina Veterinária da UFV Etiologia Anemia Infecciosa Felina

Leia mais

Agente Infectante. Vetor / Transmissão. Doença. Sinais e Sintomas Hemorragias na pele, no nariz e em outros locais. Febre, fraqueza, dores musculares.

Agente Infectante. Vetor / Transmissão. Doença. Sinais e Sintomas Hemorragias na pele, no nariz e em outros locais. Febre, fraqueza, dores musculares. Dengue Dengue Agente Infectante Arbovirus Vetor / Transmissão Picada do mosquito Aedes Aegypti Sinais e Sintomas Hemorragias na pele, no nariz e em outros locais. Febre, fraqueza, dores musculares. Profilaxia

Leia mais

Retinopatia Diabética

Retinopatia Diabética Retinopatia Diabética A diabetes mellitus é uma desordem metabólica crónica caracterizada pelo excesso de níveis de glicose no sangue. A causa da hiper glicemia (concentração de glicose igual ou superior

Leia mais

Abordagem. Fisiologia Histologia. Aspectos Clínicos. ANATOMIA -Partes constituintes -Vascularização e Inervação -Relações

Abordagem. Fisiologia Histologia. Aspectos Clínicos. ANATOMIA -Partes constituintes -Vascularização e Inervação -Relações Intestino Delgado Abordagem ANATOMIA -Partes constituintes -Vascularização e Inervação -Relações Fisiologia Histologia Aspectos Clínicos Anatomia Do estômago ao intestino grosso Maior porção do trato digestivo

Leia mais

ETIOLOGIA. Alcoólica Biliar Medicamentosa Iatrogênica

ETIOLOGIA. Alcoólica Biliar Medicamentosa Iatrogênica PANCREATITE AGUDA ETIOLOGIA Alcoólica Biliar Medicamentosa Iatrogênica FISIOPATOLOGIA MANIFESTAÇÃO CLÍNICA CRITÉRIOS PROGNÓSTICOS Ranson Na admissão: Idade > 55 anos Leucócitos > 1600 N uréico aumento

Leia mais

DIABETES MELLITUS. Prof. Claudia Witzel

DIABETES MELLITUS. Prof. Claudia Witzel DIABETES MELLITUS Diabetes mellitus Definição Aumento dos níveis de glicose no sangue, e diminuição da capacidade corpórea em responder à insulina e ou uma diminuição ou ausência de insulina produzida

Leia mais

Prof. Dr. Jorge Eduardo F. Matias Cirurgia do Aparelho Digestivo Departamento de Cirurgia UFPR - HC

Prof. Dr. Jorge Eduardo F. Matias Cirurgia do Aparelho Digestivo Departamento de Cirurgia UFPR - HC DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DOS NÓDULOS HEPÁTICOS BENIGNOS Prof. Dr. Jorge Eduardo F. Matias Cirurgia do Aparelho Digestivo Departamento de Cirurgia UFPR - HC DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DOS NÓDULOS HEPÁTICOS

Leia mais

Conheça mais sobre. Diabetes

Conheça mais sobre. Diabetes Conheça mais sobre Diabetes O diabetes é caracterizado pelo alto nível de glicose no sangue (açúcar no sangue). A insulina, hormônio produzido pelo pâncreas, é responsável por fazer a glicose entrar para

Leia mais

Diretrizes Assistenciais PREVENÇÃO DA DOENÇA ESTREPTOCÓCICA NEONATAL

Diretrizes Assistenciais PREVENÇÃO DA DOENÇA ESTREPTOCÓCICA NEONATAL Diretrizes Assistenciais PREVENÇÃO DA DOENÇA ESTREPTOCÓCICA NEONATAL Versão eletrônica atualizada em fev/2012 O agente etiológico e seu habitat A doença estreptocócica neonatal é causada por uma bactéria,

Leia mais

CIRURGIA TORÁCICA Prof. André Lacerda de Abreu Oliveira- MV, Msc,PhD Prof. de Cirurgia da UENF INTRODUÇÃO

CIRURGIA TORÁCICA Prof. André Lacerda de Abreu Oliveira- MV, Msc,PhD Prof. de Cirurgia da UENF INTRODUÇÃO Page 1 of 6 CIRURGIA TORÁCICA Prof. André Lacerda de Abreu Oliveira- MV, Msc,PhD Prof. de Cirurgia da UENF INTRODUÇÃO A cirurgia torácica em pequenos animais não tem sido realizada com rotina na prática

Leia mais

Circulação sanguínea Intrapulmonar. V. Pulmonar leva sangue oxigenado do pulmão para o coração.

Circulação sanguínea Intrapulmonar. V. Pulmonar leva sangue oxigenado do pulmão para o coração. DOENÇAS PULMONARES Árvore Brônquica Circulação sanguínea Intrapulmonar V. Pulmonar leva sangue oxigenado do pulmão para o coração. A. Pulmonar traz sangue venoso do coração para o pulmão. Trocas Histologia

Leia mais

Abordagem da reestenosee. Renato Sanchez Antonio

Abordagem da reestenosee. Renato Sanchez Antonio Abordagem da reestenosee oclusões crônicas coronárias Renato Sanchez Antonio Estudos iniciais de seguimento clínico de pacientes com angina estável demonstraram que o percentual de mortalidade aumentou

Leia mais

INSTITUTO QUALITTAS DE PÓS GRADUAÇÃO CURSO DE CLÍNICA MÉDICA E CIRÚRGICA DE PEQUENOS ANIMAIS HEPATOPATIAS E INSUFICIÊNCIA HEPÁTICA: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA Daniela Facanali Morim Rio de Janeiro, outubro

Leia mais

DEFINIÇÃO. quantidade de plaquetas.

DEFINIÇÃO. quantidade de plaquetas. HEMOGRAMA DEFINIÇÃO É o exame mais requisitado pela medicina e nele analisa-se as células sanguíneas. É comum você pegar um laudo dividido em três partes:eritrograma, parte que analisa as células vermelhas

Leia mais

Abcessos Hepáticos. Hospital de Braga. Cirurgia Geral. Director: Dr. Mesquita Rodrigues. Pedro Leão Interno de Formação Específica em.

Abcessos Hepáticos. Hospital de Braga. Cirurgia Geral. Director: Dr. Mesquita Rodrigues. Pedro Leão Interno de Formação Específica em. Hospital de Braga Cirurgia Geral Director: Dr. Mesquita Rodrigues Pedro Leão Interno de Formação Específica em Cirurgia Geral 18-05-2010 Lesões Hepáticas Focais Benignas Abcessos Hepáticos Piogénico Amebiano

Leia mais

DOBEVEN. dobesilato de cálcio. APRESENTAÇÕES Cápsula gelatinosa dura contendo 500 mg de dobesilato de cálcio: Caixas com 5 e 30 cápsulas.

DOBEVEN. dobesilato de cálcio. APRESENTAÇÕES Cápsula gelatinosa dura contendo 500 mg de dobesilato de cálcio: Caixas com 5 e 30 cápsulas. DOBEVEN dobesilato de cálcio APSEN FORMA FARMACÊUTICA Cápsula gelatinosa dura APRESENTAÇÕES Cápsula gelatinosa dura contendo 500 mg de dobesilato de cálcio: Caixas com 5 e 30 cápsulas. USO ORAL USO ADULTO

Leia mais

Saiba quais são os diferentes tipos de diabetes

Saiba quais são os diferentes tipos de diabetes Saiba quais são os diferentes tipos de diabetes Diabetes é uma doença ocasionada pela total falta de produção de insulina pelo pâncreas ou pela quantidade insuficiente da substância no corpo. A insulina

Leia mais

Diabetes Mellitus em animais de companhia. Natália Leonel Ferreira 2º ano Medicina Veterinária

Diabetes Mellitus em animais de companhia. Natália Leonel Ferreira 2º ano Medicina Veterinária Diabetes Mellitus em animais de companhia Natália Leonel Ferreira 2º ano Medicina Veterinária O que é Diabetes Mellitus? É uma doença em que o metabolismo da glicose fica prejudicado pela falta ou má absorção

Leia mais

Linfomas gastrointestinais

Linfomas gastrointestinais Linfomas gastrointestinais Louise Gracielle de Melo e Costa R3 do Serviço de Patologia SAPC/HU-UFJF Introdução Linfomas extranodais: a maioria é de TGI. Ainda assim, linfomas primários gastrointestinais

Leia mais

Nefrolitotripsia Percutânea

Nefrolitotripsia Percutânea Nefrolitotripsia Percutânea A cirurgia renal percutânea é a forma menos agressiva de tratamento para cálculos renais grandes e que não podem ser tratados adequadamente pela fragmentação com os aparelhos

Leia mais

Centro de Estudos de Fisiologia do Exercício CEFE UNIFESP / EPM

Centro de Estudos de Fisiologia do Exercício CEFE UNIFESP / EPM Prof a. Ms. Carolina Rivolta Ackel Centro de Estudos de Fisiologia do Exercício CEFE UNIFESP / EPM DEFINIÇÃO Acúmulo de estresse provocado pelo treinamento resultando em queda persistente da capacidade

Leia mais

Hepatites Virais 27/07/2011

Hepatites Virais 27/07/2011 SOCIEDADE DIVINA PROVIDÊNCIA Hospital Nossa Senhora da Conceição Educação Semana Continuada de Luta Contra em CCIH as Hepatites Virais 27/07/2011 Enfº Rodrigo Cascaes Theodoro Enfº CCIH Rodrigo Cascaes

Leia mais

Linfomas. Claudia witzel

Linfomas. Claudia witzel Linfomas Claudia witzel Pode ser definido como um grupo de diversas doenças neoplásicas : Do sistema linfático Sistema linfóide Que tem origem da proliferação de linfócitos B ou T em qualquer um de seus

Leia mais

FÍGADO. Veia cava inferior. Lobo direito. Lobo esquerdo. Ligamento (separa o lobo direito do esquerdo) Vesícula biliar

FÍGADO. Veia cava inferior. Lobo direito. Lobo esquerdo. Ligamento (separa o lobo direito do esquerdo) Vesícula biliar FÍGADO É o maior órgão interno È a maior glândula É a mais volumosa de todas as vísceras, pesa cerca de 1,5 kg no homem adulto, e na mulher adulta entre 1,2 e 1,4 kg Possui a coloração arroxeada, superfície

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIÂNGULO MINEIRO DIRETORIA DE ENFERMAGEM SERVIÇO DE EDUCAÇÃO EM ENFERMAGEM

UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIÂNGULO MINEIRO DIRETORIA DE ENFERMAGEM SERVIÇO DE EDUCAÇÃO EM ENFERMAGEM UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIÂNGULO MINEIRO DIRETORIA DE ENFERMAGEM SERVIÇO DE EDUCAÇÃO EM ENFERMAGEM MINICURSO: Assistência de enfermagem ao cliente com feridas Ferida cirúrgica 1º Semestre de 2013 Instrutora:

Leia mais

MAPEAMENTO ELETROANATOMICO NA ABLAÇÃO. Cristiane Miranda Hospital São Lucas - RJ

MAPEAMENTO ELETROANATOMICO NA ABLAÇÃO. Cristiane Miranda Hospital São Lucas - RJ MAPEAMENTO ELETROANATOMICO NA ABLAÇÃO Cristiane Miranda Hospital São Lucas - RJ Técnica da ablação Ao final do período, 66% dos pacientes tratados com ablação permaneceram livres dos sintomas, contra 16%

Leia mais

Azul. Novembro. cosbem. Mergulhe nessa onda! A cor da coragem é azul. Mês de Conscientização, Preveção e Combate ao Câncer De Próstata.

Azul. Novembro. cosbem. Mergulhe nessa onda! A cor da coragem é azul. Mês de Conscientização, Preveção e Combate ao Câncer De Próstata. cosbem COORDENAÇÃO DE SAÚDE E BEM-ESTAR Novembro Azul Mês de Conscientização, Preveção e Combate ao Câncer De Próstata. Mergulhe nessa onda! A cor da coragem é azul. NOVEMBRO AZUL Mês de Conscientização,

Leia mais

Cancro Gástrico. Prevenção, Diagnóstico e Tratamento. Cancro Digestivo. 30 de Setembro 2006. Organização. Sponsor. Apoio.

Cancro Gástrico. Prevenção, Diagnóstico e Tratamento. Cancro Digestivo. 30 de Setembro 2006. Organização. Sponsor. Apoio. Organização Sponsor Cancro Gástrico Prevenção, Diagnóstico e Tratamento Apoio Secretariado Central Park R. Alexandre Herculano, Edf. 1-4º C 2795-240 Linda-a-Velha Telefones: 21 430 77 40/1/2/3/4 Fax: 21

Leia mais

Protocolo de Encaminhamentos de Referência e Contra-referência dos Ambulatórios de Gastrenterologia.

Protocolo de Encaminhamentos de Referência e Contra-referência dos Ambulatórios de Gastrenterologia. Rua Santa Marcelina, 177 CEP 08270-070 SÅo Paulo SP Fone(11) 6170-6237- Fax 6524-9260 www.santamarcelina.org E-mail: dir.med@santamarcelina.org Protocolo de Encaminhamentos de Referência e Contra-referência

Leia mais

Como controlar a mastite por Prototheca spp.?

Como controlar a mastite por Prototheca spp.? novembro 2013 QUALIDADE DO LEITE marcos veiga dos santos Professor Associado Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da USP www.marcosveiga.net O diagnóstico da mastite causada por Prototheca spp.

Leia mais

USO PRÁTICO DOS INDICADORES DE IRAS: SUBSIDIANDO O TRABALHO DA CCIH HOSPITAIS COM UTI

USO PRÁTICO DOS INDICADORES DE IRAS: SUBSIDIANDO O TRABALHO DA CCIH HOSPITAIS COM UTI USO PRÁTICO DOS INDICADORES DE IRAS: SUBSIDIANDO O TRABALHO DA CCIH HOSPITAIS COM UTI Débora Onuma Médica Infectologista INTRODUÇÃO O que são Indicadores? 1. Indicador é uma medida quantitativa que pode

Leia mais

O sistema esquelético ou sistema ósseo é formado por vários ossos, cujo estudo é chamado de osteologia.

O sistema esquelético ou sistema ósseo é formado por vários ossos, cujo estudo é chamado de osteologia. SISTEMA ESQUELÉTICO Ossos do corpo humano se juntam por meio das articulações. E são responsáveis por oferecer um apoio para o sistema muscular permitindo ao homem executar vários movimentos. O sistema

Leia mais

Boehringer Ingelheim do Brasil Química e Farmacêutica Ltda. Cápsulas moles 100 mg e 150 mg

Boehringer Ingelheim do Brasil Química e Farmacêutica Ltda. Cápsulas moles 100 mg e 150 mg OFEV (esilato de nintedanibe) Boehringer Ingelheim do Brasil Química e Farmacêutica Ltda. Cápsulas moles 100 mg e 150 mg Ofev esilato de nintedanibe APRESENTAÇÕES Cápsulas moles de 100 mg e 150 mg: embalagem

Leia mais

Duphalac lactulose MODELO DE BULA. DUPHALAC (lactulose) é apresentado em cartuchos contendo 1 frasco de 200 ml e um copo medida.

Duphalac lactulose MODELO DE BULA. DUPHALAC (lactulose) é apresentado em cartuchos contendo 1 frasco de 200 ml e um copo medida. MODELO DE BULA Duphalac lactulose FORMA FARM ACÊUTICA E APRESENTAÇ ÃO DUPHALAC (lactulose) é apresentado em cartuchos contendo 1 frasco de 200 ml e um copo medida. VIA ORAL USO ADULTO E PEDIÁTRICO COMPOSIÇÃO

Leia mais

As disfunções respiratórias são situações que necessitam de intervenções rápidas e eficazes, pois a manutenção da função

As disfunções respiratórias são situações que necessitam de intervenções rápidas e eficazes, pois a manutenção da função As disfunções respiratórias são situações que necessitam de intervenções rápidas e eficazes, pois a manutenção da função respiratória é prioritária em qualquer situação de intercorrência clínica. O paciente

Leia mais

CONCEITO. É definido como um material colocado no interior de uma ferida ou cavidade, visando permitir a saída de fluídos ou ar que estão

CONCEITO. É definido como um material colocado no interior de uma ferida ou cavidade, visando permitir a saída de fluídos ou ar que estão DRENOS CONCEITO É definido como um material colocado no interior de uma ferida ou cavidade, visando permitir a saída de fluídos ou ar que estão ou podem estar ali presentes. OBJETIVOS DOS DRENOS Permitem

Leia mais

CARCINOMA MAMÁRIO COM METÁSTASE PULMONAR EM FELINO RELATO DE CASO

CARCINOMA MAMÁRIO COM METÁSTASE PULMONAR EM FELINO RELATO DE CASO CARCINOMA MAMÁRIO COM METÁSTASE PULMONAR EM FELINO RELATO DE CASO HOFFMANN, Martina L. 1 ; MARTINS, Danieli B. 2 ; FETT, Rochana R. 3 Palavras-chave: Carcinoma. Felino. Quimioterápico. Introdução O tumor

Leia mais

Funções do sistema digestório

Funções do sistema digestório Sistema digestório Funções do sistema digestório Ingestão Digestão Absorção dos nutrientes Eliminação dos restos não-digeridos ou não absorvidos Processos Físicos Digestão Processos Químicos língua Cavidade

Leia mais

Daiichi Sankyo Brasil Farmacêutica Ltda.

Daiichi Sankyo Brasil Farmacêutica Ltda. IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO BENICAR olmesartana medoxomila APRESENTAÇÕES Benicar é apresentado em embalagens com 10 ou 30 comprimidos revestidos de olmesartana medoxomila nas concentrações de 20 mg ou

Leia mais

INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO

INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO MATERNIDADEESCOLAASSISCHATEAUBRIAND Diretrizesassistenciais INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO Gilberto Gomes Ribeiro Francisco Edson de Lucena Feitosa IMPORTÂNCIA A infecção do trato

Leia mais

2. HIPERTENSÃO ARTERIAL

2. HIPERTENSÃO ARTERIAL TESTE ERGOMETRICO O teste ergométrico serve para a avaliação ampla do funcionamento cardiovascular, quando submetido a esforço físico gradualmente crescente, em esteira rolante. São observados os sintomas,

Leia mais

Diagnóstico Microbiológico

Diagnóstico Microbiológico Diagnóstico Microbiológico Identificação e Tipagem Bacteriana Prof. Vânia Lúcia Diagnóstico clínico Sinais (mensuráveis) e sintomas (subjetivos) Origem Etiologia Natureza Diagnóstico laboratorial Identificação

Leia mais

Corticóides na Reumatologia

Corticóides na Reumatologia Corticóides na Reumatologia Corticóides (CE) são hormônios esteróides produzidos no córtex (área mais externa) das glândulas suprarrenais que são dois pequenos órgãos localizados acima dos rins. São produzidos

Leia mais

Complexo Colangite Felino

Complexo Colangite Felino Mestrado Integrado em Medicina Veterinária Ciências Veterinárias Complexo Colangite Felino Catarina Susana Almeida de Oliveira Esteves Orientadora: Professora Doutora Maria João Miranda Pires Co-orientador:

Leia mais

Intestino Delgado. Bárbara Andrade Silva Allyson Cândido de Abreu

Intestino Delgado. Bárbara Andrade Silva Allyson Cândido de Abreu Intestino Delgado Bárbara Andrade Silva Allyson Cândido de Abreu Irrigação do Intestino Delgado Duodeno Artérias duodenais Origem Irrigação Duodeno proximal Duodeno distal Anastomose Jejuno e íleo

Leia mais

Aula 4: Sistema digestório

Aula 4: Sistema digestório Aula 4: Sistema digestório Sistema digestório As proteínas, lípideos e a maioria dos carboidratos contidos nos alimentos são formados por moléculas grandes demais para passar pela membrana plasmática e

Leia mais

-.BORDETELOSE CANINA "TOSSE DOS CANIS"

-.BORDETELOSE CANINA TOSSE DOS CANIS -.BORDETELOSE CANINA "TOSSE DOS CANIS" A bactéria Bordetella bronchiséptica é a causa primária da traqueobronquite infecciosa canina (tosse dos canis).embora a tosse dos canis seja a manifestação clínica

Leia mais

Será que égastrite? Luciana Dias Moretzsohn Faculdade de Medicina da UFMG

Será que égastrite? Luciana Dias Moretzsohn Faculdade de Medicina da UFMG Será que égastrite? Luciana Dias Moretzsohn Faculdade de Medicina da UFMG Sintomas Dor na região do estômago Estômago estufado Empanzinamento Azia Arrotos frequentes Cólica na barriga Vômitos e náusea

Leia mais

TUTORIAL DE ANESTESIA DA SEMANA MONITORIZAÇÃO DOS BATIMENTOS CARDÍACOS FETAIS PRINCIPIOS DA INTERPRETAÇÃO DA CARDIOTOCOGRAFIA

TUTORIAL DE ANESTESIA DA SEMANA MONITORIZAÇÃO DOS BATIMENTOS CARDÍACOS FETAIS PRINCIPIOS DA INTERPRETAÇÃO DA CARDIOTOCOGRAFIA TUTORIAL DE ANESTESIA DA SEMANA MONITORIZAÇÃO DOS BATIMENTOS CARDÍACOS FETAIS PRINCIPIOS DA INTERPRETAÇÃO DA CARDIOTOCOGRAFIA Dr Claire Todd Dr Matthew Rucklidge Miss Tracey Kay Royal Devon and Exeter

Leia mais

Rivastigmina (Port.344/98 -C1)

Rivastigmina (Port.344/98 -C1) Rivastigmina (Port.344/98 -C1) Alzheimer DCB: 09456 CAS: 129101-54-8 Fórmula molecular: C 14 H 22 N 2 O 2.C 4 H 6 O 6 Nome químico: (S)-N-Ethyl-3-[(1-dimethylamino)ethyl]-N-methylphenylcarbamate hydrogen

Leia mais

Diabetes mellitus em felinos Ricardo Duarte www.hospitalveterinariopompeia.com.br

Diabetes mellitus em felinos Ricardo Duarte www.hospitalveterinariopompeia.com.br Diabetes mellitus em felinos Ricardo Duarte www.hospitalveterinariopompeia.com.br Síndrome que abrange uma série de doenças de etiologia diferente e clinicamente heterogêneas, que se caracterizam pela

Leia mais

Avaliação Semanal Correcção

Avaliação Semanal Correcção Avaliação Semanal Correcção 1. Mulher de 32 anos, caucasiana. Antecedentes pessoais e familiares irrelevante. 11 Gesta, 11 Para, usa DIU. Recorreu ao S.U. por dor abdominal de início súbito, localizada

Leia mais

HM Cardoso Fontes Serviço o de Cirurgia Geral Sessão Clínica

HM Cardoso Fontes Serviço o de Cirurgia Geral Sessão Clínica HM Cardoso Fontes Serviço o de Cirurgia Geral Sessão Clínica 22/07/04 Anastomoses Bilio-digestivas Intra-hep hepáticas em Tumores da Convergência Diego Teixeira Alves Rangel Tratamento Paliativo em 10

Leia mais

LESÕES DOS ISQUIOTIBIAIS

LESÕES DOS ISQUIOTIBIAIS LESÕES DOS ISQUIOTIBIAIS INTRODUÇÃO Um grande grupo muscular, que se situa na parte posterior da coxa é chamado de isquiotibiais (IQT), o grupo dos IQT é formado pelos músculos bíceps femoral, semitendíneo

Leia mais

www.printo.it/pediatric-rheumatology/br/intro

www.printo.it/pediatric-rheumatology/br/intro www.printo.it/pediatric-rheumatology/br/intro Artrite de lyme Versão de 2016 1. O QUE É ARTRITE DE LYME 1.1 O que é? A artrite de Lyme é uma das doenças causadas pela bactéria Borrelia burgdorferi (borreliose

Leia mais

PROTOCOLO MÉDICO. Assunto: Infecção do sítio cirúrgico. Especialidade: Infectologia. Autor: Cláudio de Cerqueira Cotrim Neto e Equipe GIPEA

PROTOCOLO MÉDICO. Assunto: Infecção do sítio cirúrgico. Especialidade: Infectologia. Autor: Cláudio de Cerqueira Cotrim Neto e Equipe GIPEA PROTOCOLO MÉDICO Assunto: Infecção do sítio cirúrgico Especialidade: Infectologia Autor: Cláudio de Cerqueira Cotrim Neto e Equipe GIPEA Data de Realização: 29/04/2009 Data de Revisão: Data da Última Atualização:

Leia mais

DOBEVEN. Apsen Farmacêutica S.A. Cápsula gelatinosa dura 500 mg

DOBEVEN. Apsen Farmacêutica S.A. Cápsula gelatinosa dura 500 mg DOBEVEN Apsen Farmacêutica S.A. Cápsula gelatinosa dura 500 mg DOBEVEN dobesilato de cálcio APSEN FORMA FARMACÊUTICA Cápsula gelatinosa dura APRESENTAÇÕES Cápsula gelatinosa dura contendo 500 mg de dobesilato

Leia mais