Universidade do Vale do Paraíba Faculdade de Educação e Artes Curso de Ciências Biológicas. Aline Sousa Gomes Correia

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Universidade do Vale do Paraíba Faculdade de Educação e Artes Curso de Ciências Biológicas. Aline Sousa Gomes Correia"

Transcrição

1 Universidade do Vale do Paraíba Faculdade de Educação e Artes Curso de Ciências Biológicas Aline Sousa Gomes Correia ESTUDO DA MIOTOXICIDADE INDUZIDA POR A PEÇONHA DE Bothrops fonsecai: ANÁLISE QUANTITATIVA DE FIBRAS LESIONADAS. Jacareí- SP 2012

2 Aline Sousa Gomes Correia ESTUDO DA MIOTOXICIDADE INDUZIDA POR A PEÇONHA DE Bothrops fonsecai: ANÁLISE QUANTITATIVA DE FIBRAS LESIONADAS Relatório final apresentado como parte das exigências da disciplina Trabalho de Conclusão de Curso à banca avaliadora do curso de Ciências Biológicas da Faculdade de Educação e Artes da Universidade do Vale do Paraíba. Orientador: Dr. José Carlos Cogo Jacareí SP 2012

3 Aline Sousa Gomes Correia ESTUDO DA MIOTOXICIDADE INDUZIDA POR A PEÇONHA DE Bothrops fonsecai: ANÁLISE QUANTITATIVA DE FIBRAS LESIONADAS Relatório final aprovado como requisito parcial à obtenção do grau de Bacharel em Ciências Biológicas da Faculdade de Educação e Artes da Universidade do Vale do Paraíba, São José dos Campos, SP, pela seguinte banca examinadora: Orientador: Dr. José Carlos Cogo Banca Examinadora: Prof. Dr. Frederico Lencioni Neto Prof. Dr. Wellington Ribeiro Nota do trabalho...(...) Jacareí, SP 2012

4 DEDICATÓRIA Dedico esse trabalho aos meus pais como forma de gratidão à tudo que fize- ram por mim.

5 AGRADECIMENTOS Agradeço em primeiro lugar a Deus que me deu forças para realizar os meus sonhos e me sustentou em todos os momentos. Agradeço ao Dr. José Carlos Cogo, pela orientação e ensinamentos. Ao Msc. Antônio Carlos Guimarães Prianti Júnior e ao Dr. Wellington Ribeiro, por todas as dicas, momentos de bom humor e a disponibilização do laboratório para as técnicas de histologia. Ao Dr. Marco Antônio de Oliveira pelas dicas de histologia. As amigas de laboratório Amanda, Carla e Fernanda por toda a ajuda, momentos de descontração e amizade. A Elaine Couto, pelas caronas, lanches e conselhos. Por ter sido muitas vezes, uma mãezona para mim. MUITO OBRIGADO MESMO! As colegas do Serpentário Edvana e Silara, pela contribuição na parte experimental. Ao colega de laboratório Vanderson, por me ensinar a realizar as dosagens de Creatina Quinase. Aos meus pais, pelo incentivo e por me ensinarem a batalhar pelos meus sonhos. Eu amo vocês. OBRIGADO! Aos meus pais postiços Edison e Sônia, por terem permitido que eu residisse com eles durante a realização da graduação. Certamente, sem essa ajuda, eu não teria chegado até aqui. Á vocês meu sincero OBRIGADO! A Evelyn e ao Everton, por terem se tornado meus irmãos e terem divido comigo casa, quarto e pais. Ao meu noivo Leandro, pela paciência, companheirismo, dedicação e amor. A bibliotecária Rúbia, pela paciência e ajuda. Ao meu amigo Allan Maurício, pela ajuda com as traduções em inglês. Aos meus amigos da turma de Ciências Biológicas do Vila Branca, por todas as palavras de incentivo. A todos que de forma direta ou indireta, contribuíram para realização deste trabalho.

6 RESUMO A serpente Bothrops fonsecai (B. fonsecai) é encontrada na região sudeste do Brasil, ao leste de São Paulo, sul do Rio de Janeiro e ao extremo sul de Minas Gerais. Neste trabalho, os objetivos foram avaliar quantitativamente e morfologicamente a extensão da lesão promovida pela ação da peçonha de B. fonsecai em fibras musculares, através do estudo morfométrico para quantificar as fibras musculares lesadas e do estudo morfológico através da análise da morfologia das células musculares. A análise histológica nos músculos incubados com 40 e 80 µg/ml de B. fonsecai apresentou lesões do tipo delta, vacuolização, hipercontração das miofibrilas e células com mionecrose. O número de fibras lesadas foi dado pelo número total de células lesadas e expresso como porcentagem do número total de células. Os músculos do grupo controle, incubados apenas com solução de Krebs apresentaram poucas lesões (5,60 ± 1,68%), os músculos incubados com 40 µg/ml apresentaram 54,90 ± 2,87% e os músculos incubados com 80 µg/ml 88,70 ± 2,19. A liberação de Creatina Quinase que é um indício de lesão celular mostrou-se crescente durante os 120 minutos de incubação em todos os tratamentos, porém, de forma mais intensa para a dose de 80 µg/ml da peçonha de B. fonsecai. Concluímos desta forma que a peçonha de B. fonsecai tem ação miotóxica semelhante a ação observada com venenos de outras serpentes botrópicas. Palavras chaves: Bothrops fonsecai, mionecrose, peçonha, serpente.

7 ABSTRACT The Bothrops fonsecai (B. fonsecai), can be found in the southeastern area of Brazil, east of São Paulo, south of Rio de Janeiro and in the extreme south of Minas Gerais. In this study,, the objectives were to morphologically and quantitatively assess the extent of injury promoted by the action of the venom of B. fonsecai in muscle fibers, through the morphometric analysis to quantify the damaged muscle fibers and through the analysis of the muscle cell morphology. The histological analysis in incubated muscle with 40 and 80 µg/ml of B. fonsecai presented delta type injuries, vacuolization, hipercount of myofibrils and cells with myonecrosis. The number of injured fibers was given by the total number of injuried cells, and expressed as percentage of total cell number. The muscles of the control group, only incubated with Krebs solution, presented few injuries (5.60 ± 1.68%), incubated muscles with 40 µg/ ml presented ± 2.87% and incubated muscles, with 80 µg/ml ± The release of Kinase Creatine, which is an indication of cellular injury, proved to be increasing during the 120 minutes of incubation in all treatments, but more intensely for the dose of 80 µg/ml venom of B. fonsecai. We conclude therefore that the venom of B. fonsecai has myotoxic action similar to the observed action of other biotropic snake venoms. Keywords: Bothrops fonsecai, myonecrosis, venom, snake.

8 Lista de Ilustrações Figura 1: Bothrops fonsecai adulta pertence ao Serpentário da Univap Figura 2. Corte transversal do músculo biventer cervicis, após 120 minutos em solução de Krebs Figura 3. Morfologia do músculo biventer cervicis, após 120 minutos de incubação com 40 µg/ml de peçonha de B.fonsecai Figura 4. Morfologia do músculo biventer cervicis, após 120 minutos de incubação com 80 µg/ml de peçonha de B. fonsecai Gráfico 1: Curva de liberação de Creatina Quinase (CK) pela ação da peçonha de B. fonsecai em preparação de biventer cervicis de pintainho Gráfico 2: Determinação do índice de mionecrose em músculo biventer cervicis de pintainho, após 120 minutos com as doses estudadas

9 Lista de Tabelas Tabela 1: Índice de mionecrose do músculo biventer cervicis de pintainho durante 120 minutos

10 Sumário 1 INTRODUÇÃO Objetivo geral Objetivos específicos REVISÃO BIBLIOGRÁFICA Serpentes brasileiras Gênero Bothrops Atividades biológicas e constituição química da peçonha botrópica Bothrops fonsecai Hoge & Belluomini (1959) MATERIAL E MÉTODOS Comitê de Ética em Pesquisa Animais Protocolo de Eutanásia Peçonha Preparação do músculo biventer cervicis de Pintainho Estudo bioquímico: Dosagem de Creatina Quinase (CK) Técnica histológica- análise morfológica Determinação do índice de mionecrose: análise quantitativa de fibras lesadas Análise estátistica RESULTADOS Estudo bioquímico: liberação de Creatina Quinase (CK) Índice de mionecrose Análise morfológica DISCUSSÃO CONCLUSÕES: REFERÊNCIAS ANEXO A: CEP... 40

11 11 1 INTRODUÇÃO Os acidentes causados por serpentes peçonhentas, ainda são problema de Saúde Pública em regiões tropicais do mundo sendo dessa forma de grande importância a realização de estudos que caracterizem os sintomas e efeitos locais do envenenamento, bem como os constituintes químicos dos mesmos. As peçonhas ofídicas são misturas complexas, que quando injetadas em animais, ou humanos no caso de acidentes, produzem sintomas variados (MEBS; OWNBY, 1990). Entre eles, efeitos agudos que podem ser fatais, como falência cardiovascular ou renal, choque, paralisia e outras manifestações, como edema hemorrágico (OWNBY et al, 1992; MEBS; EHRENFELD, SAMEJIMA, 1983). Existem atualmente cerca de espécies de serpentes no mundo, distribuídas em 465 gêneros e 20 famílias. No Brasil, há representantes de nove famílias, 75 gêneros e 321 espécies, ou seja, cerca de 10% do total de espécies descritas atualmente (FRANCO, 2003). No Brasil ocorrem, aproximadamente, 70 espécies que oferecem riscos potenciais para o homem (FREITAS, 1999). De todo esse elenco, as serpentes peçonhentas existentes no Brasil pertencem a duas famílias, Elapidae e Viperidae (subfamília Crotalinae). O único gênero da família Elapidae, no Brasil, é o Micrurus, cujas espécies são conhecidas popularmente por corais (MELGAREJO, 2003). A posição e anatomia dos dentes inoculadores de peçonha (presas) constituem uma das principais características taxonômicas distintivas de Elapidae e Viperidae. Existe uma relação direta entre o número de acidentes ofídicos e as características da dentição e a eficiência da inoculação da peçonha. Essas características permitem a classificação dessas serpentes em Solenóglifas, Proteróglifas, Opistóglifas e Áglifas. Os caracteres que nos permitem diferenciar a família Viperidae são: 1) fosseta loreal, 2) cabeça triangular recoberta com escamas pequenas, 3) dentes inoculadores de veneno (presas) grandes, pontiagudos, móveis e ocos, situados na frente da boca (solenoglifodontes), 4) parte superior do corpo recoberta por escamas sem brilho, em forma de quilha, e 5) cauda diferenciada para cada gênero da família, ou seja, cauda lisa, com guizo ou chocalho ou cauda com escamas arrepiadas no final (MANUAL DE DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DE ACIDENTES POR ANIMAIS PEÇONHENTOS, 2011)

12 12 A família Viperidae possui aparelho peçonhífero complexo, são solenóglifas ou solenoglifodontes, dentre a qual se encontra o gênero Bothrops (BORGES, 2001). Os viperídeos representam o mais importante grupo de serpentes para a saúde pública, pois são responsáveis pela maioria e os mais graves acidentes ofídicos registrados, não só no Brasil, mas também em outros países americanos (MELGAREJO, 2003). São relatados aproximadamente acidentes por serpentes peçonhentas, com mais de 100 mortes anuais, em todo território brasileiro (MANUAL DE DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DE ACIDENTES POR ANIMAIS PEÇONHENTOS, 2011) No Estado de São Paulo, nos casos em que houve a identificação da serpente que causou o acidente, as serpentes do gênero Bothrops foram responsáveis por 83,3% dos casos notificados à São Paulo. Secretaria de Saúde (1993), entre os anos de 1986 a De acordo com a WHO. Organização Mundial da Saúde (OMS- 1981), em outras regiões brasileiras, a mortalidade tem sido estimada em 2,4 %, podendo ser mais alta que 8%, quando o indivíduo vitimado não recebe tratamento com o antiveneno adequado. Estudos realizados por Pires (2004) na região do Vale do Paraíba observaram que no período de 1999 a 2003 foram notificados 140 acidentes no Hospital Municipal de São José dos Campos, SP. Destes, 56% foram considerados leves e 27% moderados, sendo que a maior parte dos acidentes (76%) ocorreram em zonas rurais e 22% em zonas urbanas. 59% dos casos registrados foram atribuídos às serpentes do gênero Bothrops, 17% ao gênero Crotalus, 8% a serpentes não-peçonhentas e 3% ao gênero Micrurus. Os acidentes causados por serpentes peçonhentas, ainda são problema de Saúde Pública em regiões tropicais do mundo, sendo dessa forma de grande importância a realização de estudos que caracterizem os sintomas e efeitos locais do envenenamento, bem como os constituintes químicos dos mesmos. 1.1 Objetivo geral Estudar quantitativamente a extensão da lesão promovida pela ação do veneno de Bothrops fonsecai em fibras musculares.

13 Objetivos específicos 1) Realizar o estudo morfométrico pela quantificação de fibras musculares lesadas e morfológico pela análise da morfologia das células musculares. 2) Realizar o estudo do aspecto bioquímico pela determinação dos níveis de Creatina Quinase (CK).

14 14 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 2.1 Serpentes brasileiras Existem atualmente cerca de espécies de serpentes no mundo, distribuídas em 465 gêneros e 20 famílias. No Brasil, há representantes de nove famílias, 75 gêneros e 321 espécies, ou seja, cerca de 10% do total de espécies descritas atualmente (FRANCO, 2003). No Brasil ocorrem, aproximadamente, 70 espécies que oferecem riscos potenciais para o homem (FREITAS, 1999). De todo esse elenco, as serpentes peçonhentas existentes no Brasil pertencem a duas famílias, Elapidae e Viperidae (subfamília Crotalinae). O único gênero da família Elapidae, no Brasil, é o Micrurus, cujas espécies são conhecidas popularmente por corais (MELGAREJO, 2003). A posição e anatomia dos dentes inoculadores de peçonha (presas) constituem uma das principais características taxonômicas distintivas de Elapidae e Viperidae. Existe uma relação direta entre o número de acidentes ofídicos e as características da dentição e a eficiência da inoculação da peçonha. Essas características permitem a classificação dessas serpentes em Solenóglifas, Proteróglifas, Opistóglifas e Áglifas. Os caracteres que nos permitem diferenciar a família Viperidae são: 1) fosseta loreal, 2) cabeça triangular recoberta com escamas pequenas, 3) dentes inoculadores de veneno (presas) grandes, pontiagudos, móveis e ocos, situados na frente da boca (solenoglifodontes), 4) parte superior do corpo recoberta por escamas sem brilho, em forma de quilha, e 5) cauda diferenciada para cada gênero da família, ou seja, cauda lisa, com guizo ou chocalho ou cauda com escamas arrepiadas no final (MANUAL DE DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DE ACIDENTES POR ANIMAIS PEÇONHENTOS, 2011) A família Viperidae possui aparelho peçonhífero complexo, são solenóglifas ou solenoglifodontes, dentre a qual se encontra o gênero Bothrops (BORGES, 2001). Os viperídeos representam o mais importante grupo de serpentes para a saúde pública, pois são responsáveis pela maioria e os mais graves acidentes ofídicos registrados, não só no Brasil, mas também em outros países americanos (MELGAREJO, 2003).

15 Gênero Bothrops O gênero Bothrops (ordem Squamata, família Viperidae) é constituído por várias espécies de serpentes que estão distribuídas nas Américas desde o México até a Argentina (HOGE; ROMANO-HOGE, 1972), E engloba, neste país, 30 espécies de acordo com a Fundação Nacional de Saúde (1998). Os ofídios desse gênero são encontrados em todo o território nacional. Preferem, em geral, locais úmidos, campos, plantações, pastagens ou regiões limítrofes da mata. Possuem hábitos noturnos, alimentam-se principalmente de pequenos roedores e atacam subitamente, erguendo o terço anterior do corpo sem serem percebidos (SOERENSEN, 1990; BOFF; MARQUES, 1996). Segundo Borges (2001), Bothrops é o gênero mais agressivo de tanatofídeos brasileiros, sendo responsável por praticamente 90% dos acidentes. A amplitude de acidentes pode ser atribuída a este comportamento agressivo, assim como a sua ampla distribuição geográfica. Os acidentes ocorrem, principalmente, nos meses mais quentes do ano, devido a um aumento da atividade do animal e ao maior afluxo de pessoas para o campo (BORGES, 2001). As características das serpentes variam dependendo da espécie e da região onde vivem, porém de forma geral, possuem cauda lisa, sem chocalho e são conhecidas popularmente como jararaca, ouricana, jararacuçu, urutu-cruzeira, jararaca do rabo branco, malha de sapo, patrona, surucucurana, combóia e caiçaca (CUPO et al, 1990). 2.3 Atividades biológicas e constituição química da peçonha botrópica As peçonhas das serpentes do gênero Bothrops contêm diferentes toxinas e natureza protéica, algumas com atividade enzimática, que podem atuar conjuntamente e são responsáveis pelos principais efeitos lesivos, sistêmicos e locais (MOURA-DA-SILVA et al., 1991). A composição química destas proteínas tóxicas é muito variável, refletindo grandes alterações em efeitos específicos e na toxicidade das peçonhas (CHIPPAUX; WILLIANS; WHITE, 1991). Essas moléculas compreendem cerca de 90 a 95% do peso seco do veneno, incluindo muitas enzimas, toxinas não enzimáticas e proteínas não tóxicas. As frações não proteicas são compostas por cátions metálicos, carboidratos,

16 16 nucleosídeos, aminas biogênicas e níveis menores de aminoácidos livres e lipídios. (CAPRONI, 2009). A peçonha das espécies pertencentes ao gênero Bothrops tem efeito predominantemente proteolítico, coagulante, hemorrágico, inflamatório, edematogênico e miotóxico (DA SILVA; LOPES; GODOY, 1979; FURTADO; COLLETTO; SILVA, 1991; SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE DE SÃO PAULO, 1993; SOUZA et al., 2001; TEIBLER et al., 2001; MONTEIRO et al., 2002). Os sinais clínicos exibidos pelo envenenamento botrópico são decorrentes dos diversos componentes que já foram isolados dessas secreções, tais como o fator hemorrágico (MANDELBAUM; ASSAKURA; REICHL, 1984), proteases que atuam em etapas da coagulação sanguínea, causando distúrbios de coagulação (NAHAS; KAMIGUTI; BARROS, 1979; HOFMANN; BON, 1987), enzimas proteolíticas (ASSAKURA et al., 1985) e as miotoxinas (GUTIÉRREZ; CERDAS, 1984; GUTIÉRREZ; LOMONTE, 1989; HOMSI-BRANDENBURGO et al., 1988; MOURA- DA-SILVA et al., 1991). O quadro clínico observado no envenenamento botrópico pode ser didaticamente dividido em sistêmico e local (MANUAL DE DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DE ACIDENTES POR ANIMAIS PEÇONHENTOS, 2011). As manifestações sistêmicas são caracterizadas principalmente por distúrbios na hemostasia, caracterizados por deficiência na coagulação, alteração na agregação plaquetária e depleção de fibrinogênio (HATI et al., 1999). A seqüência desses eventos culmina em sangramentos de ferimentos cutâneos préexistentes e hemorragias à distância, como por exemplo, a gengivorragia. Ainda em nível sistêmico é observado sudorese, hipotensão arterial e hipotermia (CARDOSO, 1997). As manifestações locais são caracterizadas por dor e edema persistentes na região da picada, de intensidade variável e, em geral, de instalação precoce e caráter progressivo. Equimoses e hemorragias no ponto da picada são freqüentes e bolhas podem aparecer na evolução do quadro clínico, acompanhado ou não de necrose (CARDOSO, 1997). Nos casos mais graves, o dano tecidual pode resultar em sérias seqüelas, tais como a perda funcional ou permanente do tecido ou do membro afetado (FRANÇA, 1997). A magnitude dos efeitos locais em envenenamentos botrópicos depende basicamente da quantidade de peçonha inoculada, do tempo entre a picada e o início da soroterapia, do peso e idade do paciente, da região anatômica onde ocorreu a picada e do eventual uso de torniquete (FRANÇA, 1997).

17 17 Efeitos neurotóxicos foram observados, em ratos, para as serpentes Bothrops jararacussu (OSHIMA-FRANCO et al., 2004); Bothrops insularis (COGO et al., 1993; COGO; PRADO-FRANCHESCHI; RODRIGUES-SIMIONI, 2001), Bothrops neuwiedii paoloensis (ZAMUNER; PRADO-FRANCHESCHI; RODRIGUES-SIMIONI, 1996) e Bothrops leucurus (PRIANTI et al., 2003), porém este efeito aparentemente não participa nas manifestações clínicas do envenenamento. O envenenamento de mamíferos causado pela peçonha de serpentes do gênero Bothrops se caracteriza, entre outras coisas, por um proeminente efeito local com edema, hemorragia e necrose do tecido muscular e conjuntivo (GUTIÉRREZ; CHAVEZ, 1980; GUTIÉRREZ; OWNBY; ODELL, 1984a,b; QUEIROZ; PETTA, 1984). Entre os componentes desta peçonha estão: (1) a hialuronidase, que condiciona a difusão dos constituintes do veneno no tecido conjuntivo, devendo contribuir, em conseqüência, para a extensão de seus efeitos locais e para a rapidez de absorção; (2) hemotoxinas, miotoxinas e citolisinas que causam inflamação local, necrose muscular e dano ao epitélio vascular; (3) Fosfolipase A e Estearase, que alteram a permeabilidade da membrana e liberam histaminas, bradicininas, prostaglandinas e leucotrienos. O veneno possui, também, (4) ação proteolítica ou necrosante, que determina edema inflamatório na região da picada; (5) coagulante, atuando através de uma ou mais ações como trombina símile (semelhante à ação da trombina), ativadora de protrombina e do fator X, promovendo consumo de fatores de coagulação com conseqüente alteração da coagulação sangüínea; (6) hemorrágica, atuando na microvasculatura do local da picada e, provavelmente, também na sistêmica e (7) nefrotóxica. Outras atividades que podem participar da fisiopatologia do envenenamento são a fibrinogenolítica, fibrinolítica e agregadora de plaquetas (RIBEIRO; JORGE, 1990; SECRETARIA DE SAÚDE DO ESTADO DE SÃO PAULO, 1993; BOFF; MARQUES, 1996; MÉNDEZ, 1998). Classicamente, as miotoxinas são responsáveis pelas manifestações dos principais sintomas do envenenamento botrópico. É considerado miotoxina o componente do veneno que tem ação direta e específica sobre o músculo esquelético e que pode levar a degeneração e morte celular (mionecrose) (MEBS, D.; OWNBY. C.L, 1990). Várias pesquisas demonstram que todas as miotoxinas dos venenos botrópicos apresentam estrutura de Fosfolipase A 2 (PLA 2 ). As PLA 2 são enzimas que hidrolisam a ligação éster do carbono 2 dos glicerolfosfolipídios resultando em fosfolipídio e ácido graxo, assim produzindo o efeito farmacológico mais característico do envenenamento botrópico, a miotoxicidade local e sistêmica (KINI, 1997).

18 Bothrops fonsecai Hoge & Belluomini (1959) A Bothrops fonsecai, é uma serpente de hábito terrícola. Pode ser encontrada na região sudeste do Brasil, ao leste de São Paulo, sul do Rio de Janeiro e ao extremo sul de Minas Gerais. Sua distribuição é restrita às áreas altas com domínio de Araucária na Serra da Mantiqueira, muito comum na região de Campos do Jordão e arredores. Chega a medir 0,70 metros de comprimento e seu padrão de coloração é basicamente marrom variando o tom entre escuro e claro (CAMPBELL; LAMAR, 1989; MUSEU DO INSTITUTO BUTANTAN, 2007). É uma espécie terrícola e de hábito noturno, portadora de dentição solenóglifa (dentes injetores anteriores ocos), que se alimenta de mamíferos (roedores e marsupiais). Para se defender de predadores usa como estratégia de defesa o achatamento dorsal (aplanamento horizontal de partes do corpo) e botes que incluem mordidas, injeção da peçonha e golpes com a cabeça (MARQUES et al., 2001). Em geral, existe uma ausência de informações na literatura sobre a composição, atividades biológicas, efeitos locais e sistêmicos promovidos pela ação da peçonha de Bothrops fonsecai. São encontradas informações sobre o efeito deste veneno sobre a cascata de coagulação, atuando sobre o fibrinogênio, a protrombina (Fator II) e o fator X (NAHAS; KAMIGUTI; BARROS, 1979), sobre os efeitos na resposta contrátil em músculo biventer cervicis de pintainho sob estimulação elétrica indireta (BUBELA, 2008) e sobre a ação edematogênica (SOUZA, 2007; PEREIRA, 2008).

19 Figura 1: Bothrops fonsecai adulta pertencente ao Serpentário da Univap. Fonte: Silara Batista. 19

20 20 3 MATERIAL E MÉTODOS 3.1 Comitê de Ética em Pesquisa Os procedimentos utilizados neste projeto foram aprovados pela Comissão de Ética no Uso de Animais (CEUA) da Universidade do Vale do Paraíba (UNIVAP), sob o número A-102/CEUA. 3.2 Animais Foram utilizados pintainhos da linhagem HY-LINE W36 (4 a 8 dias de idade) fornecidos pela Granja Ito S/A (Campinas). Os animais foram mantidos em gaiolas abastecidas com água e ração ad libitum. 3.3 Protocolo de Eutanásia Os animais foram anestesiados e eutanasiados com uma overdose de 0,1 ml/kg de cloridrato de xilazina para anestesia e 0,2 ml/kg de cloridrato de ketamina para analgesia. 3.4 Peçonha A peçonha da serpente Bothrops fonsecai foi gentilmente cedido pelo Dr. José Carlos Cogo, responsável pelo Serpentário do Centro de Estudos da Natureza (CEN). A extração da peçonha foi efetuada mensalmente com intervalo de pelo menos 15 dias depois da última alimentação. Após a extração, a peçonha foi liofilizada e mantida a 4º C. 3.5 Preparação do músculo biventer cervicis de Pintainho Após eutanásia dos pintainhos os músculos foram extraídos através de técnica cirúrgica e mantidos suspensos em 3 ml de solução de Krebs (composição, em mm: NaCl 118,6; KCl 4,69; CaCl 2 1,88; KH 2 PO 4 1,17; NaHCO 3 14,99 e glicose 11,65; ph 7,4) e

21 21 mantidos arejados a 37ºC. Concentrações de 40 e 80 µg/ml de peçonha foram adicionados ao banho para observação de seus efeitos no músculo durante 120 minutos. Os experimentos controle foram incubados apenas com solução de Krebs. 3.6 Estudo bioquímico: Dosagem de Creatina Quinase (CK) A quantificação da enzima CK liberada pela preparação biventer cervicis serve como indicador da ação miotóxica da peçonha sobre as fibras musculares. Durante os experimentos alíquotas de 0,2 ml do meio nutritivo foram retiradas do banho nos tempos 0, 15, 30, 60 e 120 minutos após a adição das diversas concentrações da peçonha. Para o grupo controle, amostras de 0,2 ml foram retiradas do banho nos tempos acima indicados, sem a adição da peçonha (completando-se, no entanto o volume da cuba com solução de Krebs). A atividade da CK foi dosada com o uso do kit comercial CK NAC da Laborlab S/A, conforme orientações do fabricante. 3.7 Técnica histológica- análise morfológica Após o tempo de incubação o músculo biventer cervicis de pintainho foi fixado em formaldeído 10% por um período de 24 a 48 horas e posteriormente submetido à realização da técnica histológica de rotina. A amostra foi lavada em água destilada antes de iniciar o processo de desidratação. Iniciou-se o processo de desidratação por álcool 70% por 1 hora, sendo posteriormente submetida a álcool 80%, 90%, 95%, 100% (2x) por 1 hora cada, em seguida banho no álcool+xilol por 30 minutos. Após a desidratação a preparação sofreu um processo de diafanização em um banho de xilol por 1 hora antes do banho com parafina (paraplast) em estado líquido (60º C) por 1 hora. Em seguida ocorreu a inclusão definitiva em parafina. Após, secções de 5 m foram obtidas em micrótomo, montadas em lâminas de microscópio e coradas com Hematoxilina e Eosina. Os cortes foram observados em microscópio Rm 2245 e fotografados com câmera acoplada.

22 Determinação do índice de mionecrose: análise quantitativa de fibras lesadas A determinação do índice de mionecrose foi realizada utilizando as lâminas confeccionadas por a técnica histológica descrita na seção anterior. O dano morfológico (índice de mionecrose) foi quantificado pela contagem do número total de células e expresso como porcentagem do número total de células em três áreas aleatórias de cada três cortes histológicos de um mesmo músculo. Para a contagem foram utilizadas 10 lâminas de cada tratamento. O índice foi determinado utilizando a fórmula abaixo: Índice de mionecrose = (Nº total de células lesadas / Nº total de células) x 100. Foram consideradas lesadas as células que apresentaram alterações como: células edemaciadas, lesões do tipo delta, degeneração de miofibrilas, mionecrose caracterizada por vacúolos e rompimento da membrana celular caracterizado por extravasamento de material citoplasmático. 3.9 Análise estátistica Os resultados foram expressos como média erro padrão da média (E.P.M.). A significância da diferença entre os grupos controle e tratados com peçonha ou fração foi determinada com o teste t-student, ou por ANOVA seguida pelo teste Tukey-Kramer de comparações múltiplas. Foram considerados estatisticamente significativos valores com p<0,05.

23 23 4 RESULTADOS 4.1 Estudo bioquímico: liberação de Creatina Quinase (CK) A liberação de CK no líquido do banho mostrou-se crescente durante 120 minutos de incubação, tanto para as doses de 40 µg/ml como para as doses de 80 µg/ml de peçonha de B. fonsecai. Porém, apenas a dose de 80 µg/ml mostrou valores estatisticamente significativos em relação ao controle. Os resultados revelaram uma dose-tempodependência na liberação de CK, o que pode ser mais bem visualizado no Gráfico 1. Concentração de CK UI/L * * * * Tempo (min) Controle (n=2) 40 g B. fonsecai (n=2) 80 g B. fonsecai (n=2) Gráfico 1: Curva de liberação de Creatina Quinase (CK) pela ação da peçonha de B. fonsecai em preparação de biventer cervicis de pintainho. O gráfico representa a liberação de CK no banho durante 120 minutos, mostrando-se dose-tempo-dependente para todas as doses, porém, estatisticamente significativa apenas para a dose de 80 µg/ml. Cada ponto representa a média ± o erro padrão da média (* p <0,05).

24 Índice de mionecrose Os músculos do grupo controle incubados com solução de Krebs durante 120 minutos, apresentaram poucas lesões (5,60 ± 1,68%). Já os músculos incubados com 40 µg/ml de B. fonsecai revelaram 54,90 ± 2,87% de fibras musculares lesadas, e os músculos incubados com 80 µg/ml de peçonha de B. fonsecai apresentaram 88,70 ± 2,19% de fibras musculares lesadas. Ambos os resultados estão representados na Tabela I e no Gráfico 1. Tabela I: Índice de mionecrose do músculo biventer cervicis de pintainho durante 120 minutos. Dose de B. fonsecai 120 minutos µg/ml Controle n=(10) 5,60 ± 1,68* 40 µg/ml B.fonsecai n=(10) 54,90 ± 2,87 * 80 µg/ml B.fonsecai n=(10) 88,70 ± 2,19* Nota: Os valores correspondem à média ± e o erro padrão da média. *p < 0,05.

25 25 Fibras musculares lesadas (%) * * Controle 40 g B.fonsecai 80 g B. fonsecai Gráfico 2: Determinação do índice de mionecrose em músculo biventer cervicis de pintainho, após 120 minutos com as doses estudadas. Os dados representam a média ± e erro padrão da média. p* <0, Análise morfológica Os músculos do grupo controle apresentaram poucas lesões, que foram provenientes da morte celular natural. As fibras musculares mostraram-se íntegras, com aspecto normal, estando agrupadas em feixes musculares, com núcleos dispostos na periferia e com arranjo poligonal das células (Figura 2). As preparações incubadas com 40 e 80 µg/ml durante 120 minutos apresentaram diferentes estágios do processo mionecrótico, como desintegração de miofibrilas, células edemaciadas, células mionecróticas e lesões do tipo delta, além de apresentarem células amorfas com perda total do arranjo poligonal (Figuras 3 e 4).

26 Figura 2. Corte transversal do músculo biventer cervicis, após 120 minutos em solução de Krebs. A) Corte transversalb:nota-se a presença de núcleos periféricos, arranjo poligonal das células e fibras musculares íntegras. B) Corte longitudinal: fibras musculares com aspecto normal, agrupadas, com membrana íntegra e núcleos bem dispostos (setas). Coloração: H.E. 26

27 Figura 3. Morfologia do músculo biventer cervicis após 120 minutos de incubação com 40 µg/ml de peçonha de B.fonsecai. A) Corte transversal: observam-se células com mionecrose (setas), células edemaciadas (e) e áreas com degeneração (*). B) Corte longitudinal: observam-se fibras rompidas (R), hipercontraídas (h) e fibras completamente desagregadas. Coloração: H.E. 27

28 Figura 4. Morfologia do músculo biventer cervicis, após 120 minutos de incubação com 80 µg/ml de peçonha de B. fonsecai. A): Corte transversal: observam-se células com intensa mionecrose (setas), lesões do tipo delta (D), células edemaciadas (e), células com vacúolo (V), rompimento de membrana (r) e total perda do aspecto poligonal das células. B): Corte longitudinal: observam-se fibras rompidas (R), presença de infiltrado infamatório (i) e hipercontração de miofibrilas. 28

29 29 5. DISCUSSÃO Os resultados obtidos demonstram que a peçonha de Bothrops fonsecai causa danos morfológicos as fibras musculares. No presente trabalho a miotoxicidade causada pela peçonha de B. fonsecai foi avaliada pela análise histológica usando a preparação do músculo biventer cervicis de pintainho. As análises histológicas apresentaram as características clássicas da miotoxicidade induzida pela peçonha de serpentes do gênero Bothrops, como a presença de lesões delta (MOKRI, ENGEL, 1975), células edemaciadas e a presença de infiltrado inflamatório; efeitos estes que estão de acordo com a literatura sobre o efeito da peçonha de serpentes do gênero Bothrops em células musculares (GUTIÉRREZ ; LOMONTE, 1989; COGO et al., 1993; CRUZ- HOFLING et al; 1990a, 1993), bem como vacuolização, áreas com degeneração, regiões com hipercontração e condensação das miofibrilas. Danos morfológicos semelhantes formam observados em estudos realizados utilizando o veneno de Bothrops leucurus em músculo de aves (PRIANTE et al., 2003), Bothrops insularis (COGO et al., 1993), Bothrops asper em músculo esquelético de rato (GUTIÉRREZ et al., 1980), Bothrops jararacussu em músculo tibial anterior de ratos (QUEIROZ et al., 1983), Bothrops alcatraz em aves (MORAES, D.S, 2001) e um estudo realizado por ZAMUNER, S.R et al., (2004) com veneno de Bothrops jararacussu, Bothrops moojeni, Bothrops erythromelas e Bothrops newuied mostraram que todos eles causam alterações mionecróticas nas fibras musculares. A quantidade de fibras lesadas com 80µg/mL de peçonha de B.fonsecai, foi semelhante ao encontrado em um estudo realizado por MOURA (2004) com músculo diafragma de camundongo, que revelou que após 120 minutos de incubação com a Bothropstoxina I na dose de 1,4 µm, principal componente da peçonha de Bothrops jararacussu ocorreram 82 ± 3,1 % de fibras lesadas. Muitos estudos têm sido realizados a fim de entender o complexo mecanismo que leva a necrose causada por picadas de serpente. Sabe-se que a necrose não é causada apenas por um fator, mas por a ação de fatores específicos e/ou da combinação de reações secundárias, não específicas nos tecidos afetados (OWNBY et al.; 1982, 1990). De acordo com a literatura a mionecrose é causada por miotoxinas com características de fosfolipases A 2 e atuam diretamente sobre a membrana da célula muscular, por se ligarem e alterarem a membrana plasmática (GUTIÉRREZ ; CERDAS, 1984), induzindo assim o dano tecidual

30 30 proeminente, de forma que as alterações morfológicas são observadas a partir de 15 minutos de exposição à peçonha (GUTIÉRREZ ; LOMONTE, 1995). Há uma ausência de estudos quanto aos componentes da peçonha de B. fonsecai, portanto é necessária a realização de pesquisas para que se possam afirmar quais são os fatores que promovem a lesão. Porém, estudos realizados com o gênero Bothrops indicam que as alterações morfológicas além de serem causadas por miotoxinas (GUTIÉRREZ; CERDAS, 1984), podem ainda, ser consequência da isquemia dos vasos da microcirculação e de artérias intramusculares (GUTIÉRREZ; CERDAS, 1984; QUEIROZ; PETTA, 1984). Acredita-se que por afetarem drasticamente a microvasculatura, essas toxinas impedem a irrigação adequada de sangue, necessária para o processo de regeneração (GUTIÉRREZ; RUCAVADO, 2000). A mionecrose dos miofilamentos pode ser atribuída as miotoxinas com atividade fosfolipásica A 2 (PLA 2 ). As fosfolipases A 2 (PLA 2 ) hidrolisam fosfolipídios de membrana na posição sn2 liberando lisofosfolipídios e ácidos graxos. O ácido graxo é chamado de ácido araquidônico que uma vez liberado da posição sn2 dos fosfolipídios de membrana pela ação da PLA 2 pode ser metabolizado tanto pela lipooxigenase como por uma das isoformas da ciclooxigenase formando leucotrienos e prostaglandinas respectivamente (DENNIS, 2000). O mecanismo proposto para explicar essas alterações tem sido o de que haveria hidrólise dos fosfolipídios de membrana devido à atividade enzimática, ruptura do sarcolema e perda da habilidade da célula em regular o fluxo de cálcio extracelular (HARRIS; MACDONELL, 1981; GUTIÉRREZ et al., 1984). A técnica de determinação dos níveis de CK tem sido utilizada em estudos para avaliação da miotoxicidade (MELO; SUAREZ KURTZ, 1988; OSHIMA FRANCO et al., 1999, 2000). O aumento nos níveis de CK indica lesão na membrana celular devido aos componentes que estão presentes nas peçonhas botrópicas que levam ao rompimento da membrana. A enzima Creatina Quinase está presente nos filamentos de miosina e transfere grupos fosfatos da fosfocreatina ao ADP, transformando-o em ATP (reação de Lohmanm), que será utilizado pela célula como fonte imediata de energia para a contração muscular. A Creatina Quinase está presente essencialmente no citoplasma, e seu aparecimento no líquido nutritivo pode indicar alterações na permeabilidade da membrana e lesões celulares (SUAREZ KURTZ, 1983).

31 31 Como um marcador bioquímico quantitativo do dano do músculo esquelético, a liberação de CK promoveu um parâmetro adicional para confirmar os resultados histológicos. A peçonha de B. fonsecai apresentou atividade miotóxica dose-tempo-dependente referente à liberação de CK, semelhante à de Bothrops leucurus (PRIANTI et al., 2003) em músculo de ave; Bothrops asper em ratos (RUCAVADO et al.,2000) e Bothrops jararacussu (CALIL HELIAS et al., 2002). Os resultados demonstram que a liberação foi mais efetiva na dose mais alta utilizada (80 µg/ml de B. fonsecai). Valores elevados logo no início do período de incubação indicam que a peçonha já estaria agindo e promovendo a lesão da membrana das células musculares e/ou um aumento da permeabilidade das mesmas. O fato de a análise histológica ter evidenciado lesões celulares significativas na dose de 40 µg/ml e a liberação de CK não ter sido significativa, indicam que a liberação foi baixa e a técnica empregada para a análise de CK não conseguiu diferenciar os níveis de CK liberados.

32 32 6 CONCLUSÕES: Os resultados obtidos neste trabalho nos permitem afirmar que a peçonha de B.fonsecai apresenta aspectos do dano morfológico semelhantes à de outras serpentes botrópicas, em relação à presença de miotoxinas, componentes característicos das peçonhas desse gênero. O presente trabalhou, levou a conclusão que a peçonha de B. fonsecai promove: (1) Aumento dose-dependente referente à quantidade de fibras musculares lesadas; (2) Alterações morfológicas nas células musculares; (3) Liberação de Creatina Quinase evidenciando as lesões por ação de miotoxinas;

33 33 REFERÊNCIAS ASSAKURA, M.T.; REICHL, A.P.; ASPERTI, M.C.A.; MANDELBAUM, F.R. Isolation of the major proteolytic enzyme from the venom of the snake Bothrops moojeni (caissaca). Toxicon, v. 23, p , BOFF, G.J.; MARQUES, M.G. Animais Peçonhentos. Módulo 7. Curso de especialização por tutoria à distância. Brasília-DF Assoc. Bras. Educ. Agríc. Sup. 67p BORGES, R. C. Serpentes Peçonhentas Brasileiras: manual de identificação, prevenção e procedimentos em caso de acidentes/ Roberto Cabral Borges. São Paulo: Editora Atheneu, BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de vigilância em saúde. Departamento de vigilância epidemiológica, BUBELA, C. C. M. Análise miográfica dos efeitos produzidos pelo veneno da serpente Bothrops fonsecai em músculo biventer cervicis de pintainhos sob estimulação elétrica indireta Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Ciências Biológicas) Universidade do Vale do Paraíba, Faculdade de Educação, São José dos Campos, CALIL-ELIAS, S.; THATTASSERY, E.; MARTINEZ, A.M.B.; MELO, P.A. Effect of perimuscular injection of Bothrops jararacussu venom on plasma Cretine Kinase levels in mice: influence of dose and volume. Braz. J. Med. Biol. Res., v.35, n.10, p ,2002. CAMPBELL, J.A.; LAMAR, W.W. The venomous reptiles of Latin America. Ithaca: ed. Cornell University Press, p ; CARDOSO, J.L.C. Ofídios Bothrops (jararaca, cruzeira). In: Nicolela A; Barros E; Torres JB et al. eds. Acidentes com Animais Peçonhentos Consulta rápida Porto Alegre Ministério da Saúde, CHIPPAUX, J.P.; WILLIANS, V.; WHITE, J. Snake venom variability: methods of study, results and interpretation. Toxicon, v.29, p , COGO, J.C.; PRADO-FRANCESCHI, J.; CRUZ-HÖFLING, M.A.; CORRADO, A.P.; RODRIGUES-SIMIONI, L. Effects of Bothrops insularis venom on the mouse and chick nerve-muscle preparation. Toxicon, v.31, p , 1993.

34 34 COGO, J.C.; PRADO-FRANCESCHI, J.; RODRIGUES-SIMIONI, L. Efeitos induzidos pelo veneno de Bothrops insularis na preparação nervo-frênico diafragma isolado de camundongo. Mem. do Inst. Butantan, v.52, p.78, CUPO P.; AZEVEDO, M.M.; HERING, S.E. Acidentes Ofídicos: Análise de 102 casos. Livro de Resumos do XXI Congresso da Soc Bras Med Trop, p23-24, CRUZ-HÖFLING, M.A.; COGO, J.C.; RODRIGUES-SIMIONI,L.; PRADO-FRANCESCHI, J. Morphological effect of Bothrops insularis venom on chick pectoral muscle. Toxicon., V.28, p605,1990a. CRUZ-HÖFLING, M.A.; COGO, J.C.; RODRIGUES SIMIONI, L. Vascular changes induced by Bothrops insularis venom. Toxicon., p605.v31, p1993, DA SILVA, O.A.; LOPES, M..; GODOY, P. Intensive care unit treatment of acute renal failure following snake bite. Am. J. Trop. Med. Hyg., v. 28, p , DENNIS, E.A. Phospholipase A2 in eicosanoid generation. Amer. J. Resp. and Crit. Car. Med.., v161, ps33-s35, FRANÇA, F. O. S. Associação da venenemia e da gravidade em acidentes botrópicos, no momento da admissão no Hospital Vital Brazil, do Instituto Butantan, SP, com variáveis epidemiológicas, clínicas e laboratoriais. São Paulo, Tese (Doutorado) Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo), FRANCO, F.L. Origem e diversidade das serpentes. In: CARDOSO, J.L.C.; FRANÇA, F.O.S.; WEN, F.H.; MÁLAQUE, C.M.S.; HADDAD JÚNIOR, V. Animais peçonhentos no Brasil: biologia, clínica e terapêutica dos acidentes. São Paulo: Sarvier, p FREITAS, M. A. Serpentes da Bahia e do Brasil/ Marco Antonio de Freitas; ilustrações de Marco Antonio de Freitas et al. Feira de Santana: DALL, p.80.;il; FURTADO, M.F.; COLLETTO, G.M.D.D.; SILVA, W.D. Controle de qualidade dos venenos animais e dos correspondentes antivenenos.1. Padronização dos métodos de ensaio das atividades bioquímicas e farmacológicas dos venenos de algumas espécies do gênero Bothrops e Crotalus usando amostras secas à temperatura ambiente ou liofilizados. Mem. Int. Butantan., v.53, p , GUTIÉRREZ, J.M.; CERDAS, L. Mechanism of action of myotoxins isolated from snake venoms. Rev. Biol. Trop., v.32, p , 1984.

35 35 GUTIÉRREZ, J.M..; CHAVEZ, F. Efectos proteolíticos, hemorrágicos y mionecróticos de los venenos de serpientes costarricenses de los géneros Bothrops, Crotalus y Lachesis. Toxicon., v. 18, p , GUTIÉRREZ, J.M.; LOMONTE, B. Local tissue damage induced by Bothrops snake venoms. A review. Mem. Inst. Butantan., v.51, p , GUTIERREZ, J. M.; OWNBY, C. L.; ODELL, G. V. Isolation of the myotoxins from Bothrops asper venom: partial characterization and action on skeletal muscle. Toxicon., v.22, p , 1984a. GUTIÉRREZ, J. M..; OWNBY, C. L.; ODELL, G. V. Pathogenesis of myonecrosis induced by crude venom and myotoxin of Bothrops asper. Exp. Molec. Pathol., v.40, p ; 1984b. GUTIÉRREZ, J.M.; RUCAVADO, A. Snake venom metalloproteinases:their role in the pathogenese of local tissue damage. Biochimie., v.82, p , HATI, R.; MITRA, P.; SARKER, S.; BHATTACHARYYA, K.K. Snake venom hemorrhagins. Crit. Rev. Toxicon., v.29, p.1-19, HARRIS, J.B.; MACDONELL, C.A. Phospholipase A 2 activity of notexin and its role in muscle damage. Toxicon., v.19, p , HOFMANN, H.; BON, C. Blood coagulation induced by the venom of Bothrops atrox. 2. Identification, purification and properties of two factor X activators. Biochemistry., v.26, p , HOGE, A.R.; ROMANO HOGE.; S. A. W. L., Sinapse das serpentes peçonhentas do Brasil. Serpentes Elapidae e Viperidae. Mem. Inst. Butantan., V.36, p , HOMSI-BRANDENBURGO, M.I.; QUEIROZ, L.S.; SANTO-NETO, H.; RODRIGUES- SIMIONI, L.; GIGLIO, J.R. Fractionation of Bothrops jararacussu snake venom: partial chemical characterization and biological activity of Bothropstoxin. Toxicon., v.26, p , KINI, R. M. Phospholipase A 2 A complex multifuctional protein puzzle. In: venom phospholipase A 2 enzymes: Structure, function and mechanism. Kini, R. M. John Wiley and Sons, New York: p.1-28; 1997.

36 36 MANDELBAUM, F.R.; ASSAKURA, M.T.; REICHL, A.P. Characterization of two hemorrhagic factors isolated from the venom of Bothrops neuwiedi (jararaca pintada). Toxicon., v.22, p , MANUAL DE DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DE ACIDENTES POR ANIMAIS PEÇONHENTOS, Ministério da Saúde, Fundação Nacional da Saúde (2011). MARQUES, O.; SAZINA, I.; ETEROVIC, A. Serpentes da Mata Atlântica: guia ilustrado para a Serra do Mar. Ribeirão Preto. Holos, MEBS, D.; EHRENFELD, M.; SAMEJIMA, Y. Local necrotizing effect of sanke venons on skin and muscle: relationship to sérum Creatine Kinase. Toxicon., V.21, p , MEBS, D. & OWNBY, C.L. Myotoxic components of snake venom: their biochemical and biological activities. Pharmac. Ther., v.48, p ; MELGAREJO, A.R. Serpentes peçonhentas do Brasil. In: CARDOSO, J.L.C.; FRANÇA, F.O.S.; WEN, F.H.; MÁLAQUE, C.M.S; HADDAD JÚNIOR, V. Animais peçonhentos no Brasil: biologia, clínica e terapêutica dos acidentes. São Paulo: Sarvier, p MELO, P.A.; SUAREZ KURTZ, G. Release of sarcoplasmic enzymes from skeletal muscle by Bothrops jararacussu venom: antagonismo by heparin and by the sérum of South Americam marsupials. Toxicon., V.26 (1), p.87-95, MÉNDEZ, M.C., Envenenamento Botrópico. In: RIET-CORREA, F., MÉNDEZ, M.C.;SHILD, A.L. Doenças dos ruminantes e eqüinos da região sul do Brasil. Pelotas RS Editora e Gráfica da Universidade de Pelotas, cap. 8, p , MOKRI, B.; ENGEL, A. G. Duchenne dystrophy: eléctron miicroscopic findings pointing to a basic or early abnormality in the plasma membrane of the muscle fiber. Neurology.,v.25, p1111, MONTEIRO, R.Q.; FOGUEL, D.; CASTRO, H.C.; ZINGALI, R.B. Subunit dissociation, unfolding, and inactivation of bothrojaracin, a C-type lectin-like protein from snake venom. Biochemistry., v.42:2, p , 2002.

37 37 MORAES, D.S. Estudo dos efeitos do veneno da serpente Bothrops alcatraz em preparações neuromusculares in vitro Dissertação (Mestrado em Farmacologia). Faculdade de ciências médicas. Unicamp, MOURA-DA-SILVA AM, DESMOND H, LAING G, THEKSTON RDG. Isolation and comparison of myotoxins isolated from venoms of different species of Bothrops snakes. Toxicon., v.29, p , MOURA, P.R. Efeitos do manganês sobre a toxicidade da bothropstoxina I uma miotoxicina do veneno de Bothrops jararacussu. Dissertação (Mestrado em Farmacologia). UNICAMP Campinas, MUSEU DO INSTITUTO BUTANTAN. Principais Serpentes Brasileiras: Serpentes nãopeçonhentas: Banco de dados. Disponível em: < Acesso em: 21 de julho de NAHAS, L; KAMIGUTI A.S; BARROS, M.A. Thrombin-like and factor X-activator components of Bothrops snake venoms. Thromb. Haemost., v.41, n.2, p , OSHIMA-FRANCO, Y.; HYSLOP, S.; CINTRA, A.C.O.; GIGLIO, J.R.; CRUZ-HÖFLING, M.A.; RODRIGUES-SIMIONI, L. Neutralizing capacity of comercial bothropic antivenom against Bothrops jararacussu venom and bothropstoxin I. Muscle nerve., V.32, p , OSHIMA-FRANCO, Y.; HYSLOP, S.; CRUZ-HÖFLING, M.A.; RODRIGUES-SIMIONI, L. Neutralizing capacity of antisera raised in horses and rabbits agaisnt Crotalus durissus terrificus (South American rattlesnake) venom and its main toxin, crotoxin. Toxicon., v.37 (10), p , OSHIMA-FRANCO, Y.; LEITE, G.B.; DAL BELO; C.A.; HYSLOP, S.; PRADO- FRANCESCHI, J.; CINTRA, A.C.O.; GIGLIO, J.R.; CRUZ-HÖFLING, M.A.; RODRIGUES-SIMIONI, L. The presynaptic activity of Bothropstoxin-I, a myotoxin from Bothrops jararacussu snake venom. Basic Clin. Pharmacol. Toxicol., v.95, p , OWNBY, C.L; NIKA, T.; IMAI,K.; SUGIHARA, H. Pathogenesis of hemorrhage induced by biliotoxin, a hemorrhagic toxin isolated of the Common Cantil (Agkistrodon bilineatus bilineatus). Toxicon., v.28, p46 837, 1990.

38 38 OWNBY, C.L.; GUTIÉRREZ, J.M.; COLBERG, T.R.; ODELL, G.V. Quantitation of myonecrosis induced by myotoxin a from praire rattlesnake (Crotalus viridis) venom. Toxicon.,v.20, p , PEREIRA, D.M. Avaliação do efeito anti-edematogênico de Vernonia scorpioides (Piracá) frente ao veneno de Bothrops fonsecai Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Ciências Biológicas) Universidade do Vale do Paraíba, Faculdade de Educação, São José dos Campos, PIRES, L.S. Estudo epidemiológico de acidentes ofídicos na cidade de São José dos Campos (SP) e municípios adjacentes Dissertação (Mestrado em Ciências Biológicas) Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento Universidade do Vale do Paraíba. São José dos Campos, PRIANTI-JR., A. C. G.; RIBEIRO, W.; LOPES-MARTINS, R.A.B.; LIRA-DA-SILVA, R.M.; PRADO-FRANCESCHI, J.; RODRIGUES-SIMIONI, L.;CRUZ-HÖFLING, M.A.; LEITE, G.B.; HYSLOP, S.; COGO, J.C. Effect of Bothrops leucurus venom in chick biventer cervicis preparations. Toxicon., v.41, p , QUEIROZ, L.S., PETTA, C.A. Histopathological changes caused by venom of urutu snake (Bothrops alternatus) in mouse skeletal muscle. Rev. Inst. Med. Trop. São Paulo, v. 26, p , RIBEIRO, L.A. e JORGE, M.T. Acidentes por serpentes peçonhentas do Brasil. Rev. Soc. Bras. Med. Trop., v.36, n.6, p.66-77, RUCAVADO, A.; ESCALANTE, T.; FRANCESCHI, A.; CHAVES, F.; LEÓN, G.; CURY, Y.; OVADIA, M.; GUTIERREZ, J.M. Inhibition of local hemorrhage and dermonecrosis induced by Bothrops asper venom: effectiveness of early in situ administration of the peptidometic metalloproteinase inhibitor batimastat and the chelating agent CaNa 2 EDTA. Am. J. Trop. Med. Hyg., v.63, nº 5 e 6, p , São Paulo. Secretaria de Estado da Saúde. Manual de Vigilância Epidemiológica; Acidentes por Animais Peçonhentos: Identificação, Diagnóstico e Tratamento. São Paulo: Centro de Vigilância Epidemiológica Professor Alexandre Vranjac, Instituto Butantan, SOERENSEN, B. Animais Peçonhentos. São Paulo: Atheneu, 1990, p.138. SOUZA, J.R.F.; MONTEIRO, R.Q.; CASTRO, H.C.; ZINGALI, R.B. Proteolytic action of Bothrops jararaca venom upon its own constituents. Toxicon., v.39, p , 2001.

ACIDENTE OFÍDICO EM EQUINO NO SUL DO BRASIL - RELATO DE CASO A CASE OF SNAKEBITE IN A HORSE IN SOUTHERN BRAZIL - CASE REPORT RESUMO

ACIDENTE OFÍDICO EM EQUINO NO SUL DO BRASIL - RELATO DE CASO A CASE OF SNAKEBITE IN A HORSE IN SOUTHERN BRAZIL - CASE REPORT RESUMO ACIDENTE OFÍDICO EM EQUINO NO SUL DO BRASIL - RELATO DE CASO A CASE OF SNAKEBITE IN A HORSE IN SOUTHERN BRAZIL - CASE REPORT Josiane Bonel Raposo 1 ; Maria del Carmen Méndez 2 ; Carmem Elza Giordano Baialardi

Leia mais

ACIDENTES COM ANIMAIS PEÇONHENTOS

ACIDENTES COM ANIMAIS PEÇONHENTOS ACIDENTES COM ANIMAIS PEÇONHENTOS Parte 7 Profª. Tatianeda Silva Campos Acidentes por Serpentes Acidente ofídico ou ofidismo é o quadro de envenenamento decorrente da inoculação de uma peçonha através

Leia mais

ACIDENTES COM ANIMAIS PEÇONHENTOS

ACIDENTES COM ANIMAIS PEÇONHENTOS Urgência e Emergência Prof.ª André Rodrigues ACIDENTES COM ANIMAIS PEÇONHENTOS PROFESSOR ANDRÉ RODRIGUES 1 PARA COMEÇAR Veneno - Substância tóxica que causa efeitos quando ingerida. Peçonha - Substância

Leia mais

Serpentes peçonhentas Cascavel, Jararaca e Coral

Serpentes peçonhentas Cascavel, Jararaca e Coral Serpentes peçonhentas Cascavel, Jararaca e Coral Características das serpentes As serpentes, também chamadas ofídios, cobras; São répteis, pecilotérmicos ( sangue frio ); Possuem a capacidade, de ingerir

Leia mais

AÇÃO NEUTRALIZANTE DOS EXTRATOS DE

AÇÃO NEUTRALIZANTE DOS EXTRATOS DE AÇÃO NEUTRALIZANTE DOS EXTRATOS DE Byrsonima crassifolia E Sebastiana hispida NO TRATAMENTO DAS ATIVIDADES BOTRÓPICAS INDUZIDAS PELO VENENO DE Bothrops moojeni sp EM CAMUNDONGOS BARROS, F. P 1,2 ;MACHADO,

Leia mais

ACIDENTE COM SERPENTE DO GÊNERO Bothrops EM CÃO - RELATO DE CASO

ACIDENTE COM SERPENTE DO GÊNERO Bothrops EM CÃO - RELATO DE CASO ACIDENTE COM SERPENTE DO GÊNERO Bothrops EM CÃO - RELATO DE CASO HERRERA, Mariana de Souza. E-mail: mariana_souzaherrera@hotmail.com Discente da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia de Garça/SP,

Leia mais

Ofidismo: estatísticas nacionais e estaduais

Ofidismo: estatísticas nacionais e estaduais OFIDISMO Ofidismo: estatísticas nacionais e estaduais NE 13,62 CO 15,61 N 12,45 Frequência relativa (%) S 17,7 Acidentes ofídicos por região do país SE 39,88 Diagnóstico n acidentes % Bothrops 59.619 73,1

Leia mais

nota André Luiz de Oliveira, 1 Jorge Luiz Freire Pinto, 2 Alexandre L. A. Fonseca, 2 Luciana Zambelli Caputto 2 e Fernando L. A. Fonseca 2 e 3 RESUMO

nota André Luiz de Oliveira, 1 Jorge Luiz Freire Pinto, 2 Alexandre L. A. Fonseca, 2 Luciana Zambelli Caputto 2 e Fernando L. A. Fonseca 2 e 3 RESUMO nota AVALIAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA E LABORATORIAL DE PACIENTES QUE SOFRERAM ACIDENTE OFÍDICO NA CIDADE DE MIRACATU (VALE DO RIBEIRA, SÃO PAULO) André Luiz de Oliveira, 1 Jorge Luiz Freire Pinto, 2 Alexandre

Leia mais

Atividade Local e Sistêmica do Veneno de Bothrops alternatus (Duméril, Bibron & Duméril, 1854) em Estudo Experimental

Atividade Local e Sistêmica do Veneno de Bothrops alternatus (Duméril, Bibron & Duméril, 1854) em Estudo Experimental Atividade Local e Sistêmica do Veneno de Bothrops alternatus (Duméril, Bibron & Duméril, 1854) em Estudo Experimental Silva, V.M 1., Morija, G. M 1., Moreira, W.M.Q 2., Fonseca, M.G 3. 1 Graduação - Faculdades

Leia mais

Jararaca - ilhoa Profs. Luiz Roberto Santiago e Márcia Maloso

Jararaca - ilhoa Profs. Luiz Roberto Santiago e Márcia Maloso www.fatosbiologicos.bio.br 1. Jararaca - ilhoa Profs. Luiz Roberto Santiago e Márcia Maloso ESCAMADOS Os Squamata (Escamados) são répteis dotados de escamas representados pelos lagartos (sáurios), anfisbenídeos

Leia mais

Acidente Ofídico. Acidente Ofídico. Bothrops alternatus moojeni. Peçonhentas x Não peçonhentas. Histórico. Interesse mundial e biopirataria

Acidente Ofídico. Acidente Ofídico. Bothrops alternatus moojeni. Peçonhentas x Não peçonhentas. Histórico. Interesse mundial e biopirataria Lendas rurais Acidente Ofídico por Edson Naboro Uwaid Profa Dra Regina K. Takahira FMVZ Unesp Botucatu por Edson Naboro Uwaid Acidente Ofídico Histórico www.canalciencia.ibict.br www.butantan.gov.br Interesse

Leia mais

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE ACIDENTES OFÍDICOS EM MACHADO/MG NO TRIÊNIO E SUA RELAÇÃO COM A ESCOLARIDADE DOS ENVOLVIDOS.

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE ACIDENTES OFÍDICOS EM MACHADO/MG NO TRIÊNIO E SUA RELAÇÃO COM A ESCOLARIDADE DOS ENVOLVIDOS. INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO SUL DE MINAS GERAIS CÂMPUS MACHADO DAVID JÚNIOR GOMES DE ALMEIDA PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE ACIDENTES OFÍDICOS EM MACHADO/MG NO TRIÊNIO 2007 2010 E

Leia mais

Oliveira, ET, Cogo, JC

Oliveira, ET, Cogo, JC LEVANTAMENTO PRELIMINAR DOS ACIDENTES OFÍDICOS OCORRIDOS EM SÃO JOSÉ DOS CAMPOS (SP) E CIDADES ADJACENTES, ATEIDOS NO HOSPITAL MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS. XIV INIC / X EPG - UNIVAP 2010 Oliveira,

Leia mais

IDENTIFICAÇÃO TAXONÔMICA DAS SERPENTES RESPONSÁVEIS PELOS ACIDENTES OFÍDICOS NO SEMIÁRIDO PARAIBANO

IDENTIFICAÇÃO TAXONÔMICA DAS SERPENTES RESPONSÁVEIS PELOS ACIDENTES OFÍDICOS NO SEMIÁRIDO PARAIBANO IDENTIFICAÇÃO TAXONÔMICA DAS SERPENTES RESPONSÁVEIS PELOS ACIDENTES OFÍDICOS NO SEMIÁRIDO PARAIBANO Karla Gomes Cunha 1 ; Joeliton dos Santos Cavalcante 1 ; Joyce Carolyne Ribeiro Holanda 2 ; Sayonara

Leia mais

MÉTODO PARA ISOLAMENTO DA FRAÇÃO MIOTÓXICA DO VENENO DE Bothrops neuwiedi E AVALIAÇÃO DE SUA ATIVIDADE RESUMO SUMMARY

MÉTODO PARA ISOLAMENTO DA FRAÇÃO MIOTÓXICA DO VENENO DE Bothrops neuwiedi E AVALIAÇÃO DE SUA ATIVIDADE RESUMO SUMMARY MÉTODO PARA ISOLAMENTO DA FRAÇÃO MIOTÓXICA DO VENENO DE Bothrops neuwiedi E AVALIAÇÃO DE SUA ATIVIDADE 63 VANESSA LIRA LEITE (*) MARDEN FERREIRA DE ANDRADE (**) MARIA LÚCIA (***) CIBELE MARLI CAÇÃO PAIVA

Leia mais

Introdução à Histologia e Técnicas Histológicas. Prof. Cristiane Oliveira

Introdução à Histologia e Técnicas Histológicas. Prof. Cristiane Oliveira Introdução à Histologia e Técnicas Histológicas Prof. Cristiane Oliveira Visão Geral Corpo humano organizado em 4 tecidos básicos: Epitelial Conjuntivo Muscular Nervoso Visão Geral - Tecidos consistem

Leia mais

Aspectos Epidemiológicos do Acidente Ofídico no Vale do Ribeira, São Paulo, 1985 a 1989

Aspectos Epidemiológicos do Acidente Ofídico no Vale do Ribeira, São Paulo, 1985 a 1989 NOTAS / RESEARCH Acidente NOTES Ofídico Aspectos Epidemiológicos do Acidente Ofídico no Vale do Ribeira, São Paulo, 1985 a 1989 Epidemiologic Aspects of Snakebites in Vale do Ribeira, São Paulo, 1985-1989

Leia mais

Fatores associados à incoagulabilidade sangüínea no envenenamento por serpentes do gênero Bothrops

Fatores associados à incoagulabilidade sangüínea no envenenamento por serpentes do gênero Bothrops Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical 36(6):657-663, nov-dez, 23. ARTIGO Fatores associados à incoagulabilidade sangüínea no envenenamento por serpentes do gênero Bothrops Risk factors associated

Leia mais

ACIDENTES COM ANIMAIS PEÇONHENTOS

ACIDENTES COM ANIMAIS PEÇONHENTOS ACIDENTES COM ANIMAIS PEÇONHENTOS ESCORPIÕES Os escorpiões, dentre os aracnídeos, são os que mais frequentemente causam acidentes. Os mais comuns no Brasil são: Tytius bahiensis (escorpião preto) Tytius

Leia mais

Estudos estruturais com toxinas de venenos de serpentes brasileiras

Estudos estruturais com toxinas de venenos de serpentes brasileiras Estudos estruturais com toxinas de venenos de serpentes brasileiras Os acidentes ofídicos, assim como a leishmaniose, Doenças de Chagas, Febre Amarela, entre outras, são doenças classificadas pela Organização

Leia mais

AVALIAÇÃO HISTOLÓGICA DO EFEITO NEFROTÓXICO EM RATOS DIABÉTICOS SUBMETIDOS À INGESTÃO DO EXTRATO DE BACCHARIS DRANCUNCULIFOLIA (ALECRIM-DO-CAMPO)

AVALIAÇÃO HISTOLÓGICA DO EFEITO NEFROTÓXICO EM RATOS DIABÉTICOS SUBMETIDOS À INGESTÃO DO EXTRATO DE BACCHARIS DRANCUNCULIFOLIA (ALECRIM-DO-CAMPO) AVALIAÇÃO HISTOLÓGICA DO EFEITO NEFROTÓXICO EM RATOS DIABÉTICOS SUBMETIDOS À INGESTÃO DO EXTRATO DE BACCHARIS DRANCUNCULIFOLIA (ALECRIM-DO-CAMPO) Ana Carolina Faria Batistote (PIBIC/CNPq-UNIDERP), e-mail:

Leia mais

TÍTULO: CORRELAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DOS ACIDENTES OFÍDICOS CAUSADOS POR SERPENTES DO GÊNERO BOTHROPS NO BRASIL

TÍTULO: CORRELAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DOS ACIDENTES OFÍDICOS CAUSADOS POR SERPENTES DO GÊNERO BOTHROPS NO BRASIL 16 TÍTULO: CORRELAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DOS ACIDENTES OFÍDICOS CAUSADOS POR SERPENTES DO GÊNERO BOTHROPS NO BRASIL CATEGORIA: CONCLUÍDO ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE SUBÁREA: BIOMEDICINA INSTITUIÇÃO:

Leia mais

AULA-7 PROCESSO DE HEMOSTASIA

AULA-7 PROCESSO DE HEMOSTASIA AULA-7 PROCESSO DE HEMOSTASIA Profª Tatiani UNISALESIANO PROCESSO DE HEMOSTASIA- COAGULAÇÃO DO SANGUE Toda vez que ocorre ferimento e extravasamento de sangue dos vasos, imediatamente são desencadeados

Leia mais

TÍTULO: OS MARCADORES BIOQUÍMICOS NO DIAGNÓSTICO DO INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO INSTITUIÇÃO: CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS

TÍTULO: OS MARCADORES BIOQUÍMICOS NO DIAGNÓSTICO DO INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO INSTITUIÇÃO: CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS TÍTULO: OS MARCADORES BIOQUÍMICOS NO DIAGNÓSTICO DO INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO CATEGORIA: CONCLUÍDO ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE SUBÁREA: BIOMEDICINA INSTITUIÇÃO: CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES

Leia mais

UNIVERSIDADE DO VALE DO PARAÍBA INSTITUTO DE PESQUISA E DESENVOLVIMENTO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS CARLA TONELI FERNANDES

UNIVERSIDADE DO VALE DO PARAÍBA INSTITUTO DE PESQUISA E DESENVOLVIMENTO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS CARLA TONELI FERNANDES UNIVERSIDADE DO VALE DO PARAÍBA INSTITUTO DE PESQUISA E DESENVOLVIMENTO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS CARLA TONELI FERNANDES ESTUDO DOS EFEITOS DA TOXICIDADE DA PEÇONHA DE Bothrops fonsecai

Leia mais

ACIDENTE POR SERPENTES DO GÊNERO BOTHROPS: SÉRIE DE CASOS

ACIDENTE POR SERPENTES DO GÊNERO BOTHROPS: SÉRIE DE CASOS Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical 30(6):475-480, nov-dez, 1997. ACIDENTE POR SERPENTES DO GÊNERO BOTHROPS: SÉRIE DE 3.139 CASOS Lindioneza Adriano Ribeiro e Miguel Tanús Jorge Em avaliação

Leia mais

Efeito do veneno de Bothrops moojeni no fígado de ratos Wistar: marcadores enzimáticos da função do fígado e o uso de fitoterápico.

Efeito do veneno de Bothrops moojeni no fígado de ratos Wistar: marcadores enzimáticos da função do fígado e o uso de fitoterápico. 1 Efeito do veneno de Bothrops moojeni no fígado de ratos Wistar: marcadores enzimáticos da função do fígado e o uso de fitoterápico. Adrielly Pereira da Silva 1,2 ; Maria Helena Fermiano 2 ; Rosemary

Leia mais

Animais Peçonhentos. Priscyla C. Antunes Lauro Monteiro

Animais Peçonhentos. Priscyla C. Antunes Lauro Monteiro Animais Peçonhentos Ofídios Priscyla C. Antunes Lauro Monteiro Ofídios Os ofídios correspondem às serpentes (ou cobras), peçonhentas ou não. Entre as características do grupo estão: a presença de escamas;

Leia mais

TECIDO CONJUNTIVO São responsáveis pelo estabelecimento e

TECIDO CONJUNTIVO São responsáveis pelo estabelecimento e Prof. Bruno Pires TECIDO CONJUNTIVO São responsáveis pelo estabelecimento e do corpo. Isso ocorre pela presença de um conjunto de moléculas que conectam esse tecido aos outros, por meio da sua. Estruturalmente

Leia mais

PLANTAS ANTIOFÍDICAS: UMA ALTERNATIVA TERAPÊUTICA NA ERA DA PROSPECÇÃO

PLANTAS ANTIOFÍDICAS: UMA ALTERNATIVA TERAPÊUTICA NA ERA DA PROSPECÇÃO PLANTAS ANTIOFÍDICAS: UMA ALTERNATIVA TERAPÊUTICA NA ERA DA PROSPECÇÃO Betsy Dantas de Medeiros (1); Anderson dos Santos Ramos (2) (1) Universidade Estadual da Paraíba, betsydantas@gmail.com; (2) Universidade

Leia mais

Herpetologia no Brasil II

Herpetologia no Brasil II II Aspectos sistemáticos e biológicos que atuam na diversidade da composição de venenos em serpentes peçonhentas brasileiras Maria de Fátima Domingues Furtado Resumo As serpentes peçonhentas brasileiras

Leia mais

SISTEMA MUSCULAR. Estriado cardíaco. Miócitos estriados com um ou dois núcleos centrais.

SISTEMA MUSCULAR. Estriado cardíaco. Miócitos estriados com um ou dois núcleos centrais. SISTEMA MUSCULAR O tecido muscular é de origem mesodérmica, sendo caracterizado pela propriedade de contração e distensão de suas células, o que determina a movimentação dos membros e das vísceras. Há

Leia mais

ESTUDO DA INFLAMAÇÃO ATRAVÉS DA VIA DE EXPRESSÃO GÊNICA DA GLUTATIONA PEROXIDASE EM PACIENTES RENAIS CRÔNICOS

ESTUDO DA INFLAMAÇÃO ATRAVÉS DA VIA DE EXPRESSÃO GÊNICA DA GLUTATIONA PEROXIDASE EM PACIENTES RENAIS CRÔNICOS ESTUDO DA INFLAMAÇÃO ATRAVÉS DA VIA DE EXPRESSÃO GÊNICA DA GLUTATIONA PEROXIDASE EM PACIENTES RENAIS CRÔNICOS ALUNA: Roberta Gomes Batista ORIENTADOR: Profa. Dra. Flávia de Sousa Gehrke UNIVERSIDADE PAULISTA

Leia mais

SANGUE PLAQUETAS HEMOSTASIA

SANGUE PLAQUETAS HEMOSTASIA SANGUE PLAQUETAS HEMOSTASIA Fisiologia Molecular BCT 2S/2011 Universidade Federal de São Paulo EPM/UNIFESP DISTÚRBIOS RELACIONADOS ÀS HEMÁCEAS CASO 1: Paciente portador de úlcera péptica Diagnóstico: Anemia

Leia mais

Bula com informações ao Profissional de Saúde soro antibotrópico (pentavalente) e anticrotálico

Bula com informações ao Profissional de Saúde soro antibotrópico (pentavalente) e anticrotálico soro antibotrópico (pentavalente) e anticrotálico solução injetável IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO soro antibotrópico (pentavalente) e anticrotálico APRESENTAÇÃO O soro antibotrópico (pentavalente) e anticrotálico,

Leia mais

AVALIAÇÃO DA REAÇÃO CRUZADA COM OUTRAS MIOTOXINAS PRESENTES NA PEÇONHA DA SERPENTE

AVALIAÇÃO DA REAÇÃO CRUZADA COM OUTRAS MIOTOXINAS PRESENTES NA PEÇONHA DA SERPENTE PIBIC-UFU, CNPq & FAPEMIG Universidade Federal de Uberlândia Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação DIRETORIA DE PESQUISA PRODUÇÃO DE ANTICORPOS POLICLONAIS ANTI-MIOTOXINA BmTx E AVALIAÇÃO DA REAÇÃO

Leia mais

ESTUDO EPIDEMIOLÓGICO DOS ACIDENTES POR ANIMAIS PEÇONHENTOS NO ESTADO DO TOCANTINS, DE 2010 A 2011.

ESTUDO EPIDEMIOLÓGICO DOS ACIDENTES POR ANIMAIS PEÇONHENTOS NO ESTADO DO TOCANTINS, DE 2010 A 2011. ESTUDO EPIDEMIOLÓGICO DOS ACIDENTES POR ANIMAIS PEÇONHENTOS NO ESTADO DO TOCANTINS, DE 2010 A 2011. Nomes dos autores: Gustavo Fernandes Leobas, Carla Simone Seibert Gustavo Fernandes Leobas 1 ; Carla

Leia mais

Estímulo secundário nas vias aéreas como fator modulador da inflamação pulmonar ocasionada pelo trauma esplâncnico

Estímulo secundário nas vias aéreas como fator modulador da inflamação pulmonar ocasionada pelo trauma esplâncnico Prof. Dr. Momtchilo Russo, Depto. Imunologia Estímulo secundário nas vias aéreas como fator modulador da inflamação pulmonar ocasionada pelo trauma esplâncnico Aluno: Alexandre Learth Soares Orientador:

Leia mais

Prof. Enf. Wellington de Moura Leite.

Prof. Enf. Wellington de Moura Leite. Prof. Enf. Wellington de Moura Leite wellington@gruposave.com.br Discutir os problemas peculiares dos pacientes acometidos por queimaduras, associando o mecanismo de lesão com o atendimento e reparação

Leia mais

Orientação Concluídas de Trabalhos de Conclusão de Curso de Graduação e Especialização

Orientação Concluídas de Trabalhos de Conclusão de Curso de Graduação e Especialização Orientação Concluídas de Trabalhos de Conclusão de Curso de Graduação e Especialização 1. Andrada, L. O. Caracterização biológica do veneno de Bothrops cotiara 2. Andrade, R. G. Comparação ontogenética

Leia mais

TÍTULO: TRATAMENTO DE ÚLCERA VENOSA: A APLICAÇÃO DA DRENAGEM LINFÁTICA MANUAL COMO TERAPIA COMPLEMENTAR

TÍTULO: TRATAMENTO DE ÚLCERA VENOSA: A APLICAÇÃO DA DRENAGEM LINFÁTICA MANUAL COMO TERAPIA COMPLEMENTAR TÍTULO: TRATAMENTO DE ÚLCERA VENOSA: A APLICAÇÃO DA DRENAGEM LINFÁTICA MANUAL COMO TERAPIA COMPLEMENTAR CATEGORIA: EM ANDAMENTO ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE SUBÁREA: Enfermagem INSTITUIÇÃO(ÕES): UNIVERSIDADE

Leia mais

INFLAMAÇÃO. Prof a Adriana Azevedo Prof. Archangelo P. Fernandes Processos Patológicos Gerais

INFLAMAÇÃO. Prof a Adriana Azevedo Prof. Archangelo P. Fernandes Processos Patológicos Gerais INFLAMAÇÃO Prof a Adriana Azevedo Prof. Archangelo P. Fernandes Processos Patológicos Gerais Para quê serve? A INFLAMAÇÃO é uma resposta do tecido à lesão, ela procura conter e isolar a lesão e preparar

Leia mais

Relato de acidente fatal causado por Bothrops jararaca (Serpentes: Viperidae) sem alterações hemorrágicas

Relato de acidente fatal causado por Bothrops jararaca (Serpentes: Viperidae) sem alterações hemorrágicas Relato de acidente fatal causado por Bothrops jararaca (Serpentes: Viperidae) sem alterações hemorrágicas Tiago Gaudie Ley Meohas i Claudio Machado ii Rafael Zigliotti Sana iii Registro DOI: http://dx.doi.org/10.22280/revintervol12ed1.388

Leia mais

Universidade Federal de Pelotas Núcleo de Pesquisa, Ensino e Extensão em Pecuária. Pelotas, 11 de novembro de 2015

Universidade Federal de Pelotas Núcleo de Pesquisa, Ensino e Extensão em Pecuária. Pelotas, 11 de novembro de 2015 Universidade Federal de Pelotas Núcleo de Pesquisa, Ensino e Extensão em Pecuária Pelotas, 11 de novembro de 2015 Carlos Loures Pires Josiane de Oliveira Feijó Escolha do artigo Cálcio Homeostase Hormônios

Leia mais

Perfil para transtornos musculares Perfil para enfermidades ósseas Perfil funcional tireodiano

Perfil para transtornos musculares Perfil para enfermidades ósseas Perfil funcional tireodiano Perfil para transtornos musculares Perfil para enfermidades ósseas Perfil funcional tireodiano Prof. Dr. Fernando Ananias Para diagnosticar um infarto do miocárdio, duas das condições abaixo devem estar

Leia mais

POTENCIAL NEUTRALIZANTE DE ANTIVENENOS LATINO- AMERICANOS FRENTE ÀS ATIVIDADES DE VENENOS BOTRÓPICOS.

POTENCIAL NEUTRALIZANTE DE ANTIVENENOS LATINO- AMERICANOS FRENTE ÀS ATIVIDADES DE VENENOS BOTRÓPICOS. POTENCIAL NEUTRALIZANTE DE ANTIVENENOS LATINO- AMERICANOS FRENTE ÀS ATIVIDADES DE VENENOS BOTRÓPICOS. Evaldo Joaquim de Farias Filho 1 ; Joeliton dos Santos Cavalcante 2 ; Maurício Reis 3 ; Cayo Antônio

Leia mais

UNESP UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA CÂMPUS DE BOTUCATU INSTITUTO DE BIOCIÊNCIAS

UNESP UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA CÂMPUS DE BOTUCATU INSTITUTO DE BIOCIÊNCIAS UNESP UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA CÂMPUS DE BOTUCATU INSTITUTO DE BIOCIÊNCIAS Ação do extrato bruto etanólico da Tabernaemontana catharinensis e de seu alcalóide isolado sobre as atividades de fosfolipases

Leia mais

TÍTULO: USO DO PLASMA SANGUÍNEO EM GEL NA CICATRIZAÇÃO DE FERIDAS CATEGORIA: EM ANDAMENTO ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE

TÍTULO: USO DO PLASMA SANGUÍNEO EM GEL NA CICATRIZAÇÃO DE FERIDAS CATEGORIA: EM ANDAMENTO ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE Anais do Conic-Semesp. Volume 1, 2013 - Faculdade Anhanguera de Campinas - Unidade 3. ISSN 2357-8904 TÍTULO: USO DO PLASMA SANGUÍNEO EM GEL NA CICATRIZAÇÃO DE FERIDAS CATEGORIA: EM ANDAMENTO ÁREA: CIÊNCIAS

Leia mais

TECIDO MUSCULAR QUAIS SUAS PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS?

TECIDO MUSCULAR QUAIS SUAS PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS? QUAIS SUAS PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS? Músculos representam 40% da nossa massa corporal; Apresenta células altamente contráteis, responsáveis pela: Movimentação do corpo: locomoção e flexibilidade; Movimentação

Leia mais

PATOGÊNESE DA MIONECROSE EM PREPARAÇÕES DE DIAFRAGMA DE CAMUNDONGO INDUZIDA PELO VENENO BRUTO DA VESPA SOCIAL POLYBIA PAULISTA

PATOGÊNESE DA MIONECROSE EM PREPARAÇÕES DE DIAFRAGMA DE CAMUNDONGO INDUZIDA PELO VENENO BRUTO DA VESPA SOCIAL POLYBIA PAULISTA CDD: 571.95 PATOGÊNESE DA MIONECROSE EM PREPARAÇÕES DE DIAFRAGMA DE CAMUNDONGO INDUZIDA PELO VENENO BRUTO DA VESPA SOCIAL POLYBIA PAULISTA MYONECROSIS PATHOGENESIS INDUCED BY CRUDE VENON OF THE SOCIAL

Leia mais

Programa de Formação Complementar: Fundamentos de Toxicologia para a Prática Clínica ANIMAIS PEÇONHENTOS

Programa de Formação Complementar: Fundamentos de Toxicologia para a Prática Clínica ANIMAIS PEÇONHENTOS Programa de Formação Complementar: Fundamentos de Toxicologia para a Prática Clínica ANIMAIS PEÇONHENTOS Ana Gabriela da Silva Bonacini Farmacêutica e Residente em Análises Clínicas Londrina- 2016 OFIDISMO

Leia mais

INTRODUÇÃO À PATOLOGIA GERAL

INTRODUÇÃO À PATOLOGIA GERAL Cursos de Graduação em Farmácia e Enfermagem 3 o Período Disciplina: Patologia Geral INTRODUÇÃO À PATOLOGIA GERAL Prof.Dr. Lucinei Roberto de Oliveira http://lucinei.wikispaces.com 2014 DISCIPLINA DE

Leia mais

Enzimologia Clínica. Enzimas. Alteração da atividade sérica. Auxílio diagnóstico de processos patológicos Fosfatase Alcalina

Enzimologia Clínica. Enzimas. Alteração da atividade sérica. Auxílio diagnóstico de processos patológicos Fosfatase Alcalina Enzimologia Clínica Enzimas Auxílio diagnóstico de processos patológicos 1900 Lipase sérica 1927 Fosfatase Alcalina Alteração da atividade sérica Permeabilidade da membrana celular Necrose celular Remoção

Leia mais

Tecido muscular Capítulo 5

Tecido muscular Capítulo 5 Tecido muscular Capítulo 5 1 MÚSCULO ESTRIADO ESQUELÉTICO As células do músculo estriado esquelético são originadas da fusão dos mioblastos. Figura 5.1 - Fusão dos mioblastos para formar o músculo estriado

Leia mais

PUC GO. Revisão sistemática: as principais complicações do acidente botrópico. Systematic review: the main complications of accident bothropic

PUC GO. Revisão sistemática: as principais complicações do acidente botrópico. Systematic review: the main complications of accident bothropic e vs PUC GO ISSN 1983-781X Revisão sistemática: as principais complicações do acidente botrópico Systematic review: the main complications of accident bothropic Karla Camargo dos Santos,1, Mariana Miranda

Leia mais

Aula de OFIDISMO Enfermagem em Urgência e Emergência

Aula de OFIDISMO Enfermagem em Urgência e Emergência Aula de OFIDISMO Enfermagem em Urgência e Emergência Docente Márcio Gomes da Costa Pós Graduação em Unidade de Terapia Intensiva Pós Graduação em Docência Pós Graduando em Gestão Estratégica de Negócios

Leia mais

Profº André Montillo

Profº André Montillo Profº André Montillo www.montillo.com.br Sistema Imunológico Simples: Não Antecipatório / Inespecífico Sistema Imune Antígeno Específico: Antecipatório Sistema Imunológico Simples: Não Antecipatório /

Leia mais

CASCAVEL COBRA-DA-MORTE VÍBORA NAJA SERPENTE-TIGRE MAMBA-PRETA TAIPAN COBRA MARROM

CASCAVEL COBRA-DA-MORTE VÍBORA NAJA SERPENTE-TIGRE MAMBA-PRETA TAIPAN COBRA MARROM CASCAVEL COBRA-DA-MORTE VÍBORA NAJA SERPENTE-TIGRE MAMBA-PRETA TAIPAN COBRA MARROM A cascavel é uma serpente da América facilmente identificável pelo chocalho na ponta de sua cauda. Surpreendentemente,

Leia mais

03/03/2015. Acúmulo de Leucócitos. Funções dos Leucócitos. Funções dos Leucócitos. Funções dos Leucócitos. Inflamação Aguda.

03/03/2015. Acúmulo de Leucócitos. Funções dos Leucócitos. Funções dos Leucócitos. Funções dos Leucócitos. Inflamação Aguda. Acúmulo de Leucócitos Os leucócitos se acumulam no foco inflamatório seguindo uma sequência de tempo específica Neutrófilos (6-12 h) Monócitos: Macrófagos e céls. dendríticas (24-48 h) Linfócitos e plasmócitos

Leia mais

PURIFICAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO PARCIAL DE UMA FOSFOLIPASE A 2 DA PEÇONHA DE Bothrops leucurus

PURIFICAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO PARCIAL DE UMA FOSFOLIPASE A 2 DA PEÇONHA DE Bothrops leucurus PIBIC-UFU, CNPq & FAPEMIG Universidade Federal de Uberlândia Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação DIRETORIA DE PESQUISA PURIFICAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO PARCIAL DE UMA FOSFOLIPASE A 2 DA PEÇONHA DE Bothrops

Leia mais

Tecidos nervoso e muscular. Capítulos 9 e 10 Histologia Básica Junqueira e Carneiro

Tecidos nervoso e muscular. Capítulos 9 e 10 Histologia Básica Junqueira e Carneiro Tecidos nervoso e muscular Capítulos 9 e 10 Histologia Básica Junqueira e Carneiro Tecido nervoso Divisão anatômica do sistema nervoso central e periférico Neurônios Corpo celular- Contêm uma massa de

Leia mais

INTRODUÇÃO À HEMOSTASIA. Rafael Fighera Laboratório de Patologia Veterinária Hospital Veterinário Universitário Universidade Federal de Santa Maria

INTRODUÇÃO À HEMOSTASIA. Rafael Fighera Laboratório de Patologia Veterinária Hospital Veterinário Universitário Universidade Federal de Santa Maria INTRODUÇÃO À HEMOSTASIA Rafael Fighera Laboratório de Patologia Veterinária Hospital Veterinário Universitário Universidade Federal de Santa Maria Hemostasia A hemostasia compreende as interações que ocorrem

Leia mais

ACIDENTES OFÍDICOS CAUSADOS POR Bothrops moojeni: CORRELAÇÃO DO QUADRO CLÍNICO COM O TAMANHO DA SERPENTE

ACIDENTES OFÍDICOS CAUSADOS POR Bothrops moojeni: CORRELAÇÃO DO QUADRO CLÍNICO COM O TAMANHO DA SERPENTE Rev. Inst. Med. trop. São Paulo 31 (2): 84-90, março-abril, 1989 ACIDENTES OFÍDICOS CAUSADOS POR Bothrops moojeni: CORRELAÇÃO DO QUADRO CLÍNICO COM O TAMANHO DA SERPENTE João Aris KOUYOUMDJIAN (1) & Cristina

Leia mais

Introdução à Bioquímica. Lipídeos. Dra. Fernanda Canduri Laboratório de Sistemas BioMoleculares. Departamento de Física.. UNESP. www.

Introdução à Bioquímica. Lipídeos. Dra. Fernanda Canduri Laboratório de Sistemas BioMoleculares. Departamento de Física.. UNESP. www. Introdução à Bioquímica Lipídeos Dra. Fernanda Canduri Laboratório de Sistemas BioMoleculares. Departamento de Física.. UNESP São José do Rio Preto - SP. Tópicos! Classificação dos lipídeos! Ácidos graxos!

Leia mais

ConScientiae Saúde ISSN: Universidade Nove de Julho Brasil

ConScientiae Saúde ISSN: Universidade Nove de Julho Brasil ConScientiae Saúde ISSN: 1677-1028 conscientiaesaude@uninove.br Universidade Nove de Julho Brasil Monteiro Pereira, Danielle; Cogo, José Carlos; Zamuner, Stella Regina Efeito antiedematogênico da planta

Leia mais

FISIOLOGIA DA CONTRAÇÃO MUSCULAR DISCIPLINA: FISIOLOGIA I

FISIOLOGIA DA CONTRAÇÃO MUSCULAR DISCIPLINA: FISIOLOGIA I FISIOLOGIA DA CONTRAÇÃO MUSCULAR DISCIPLINA: FISIOLOGIA I PROFESSOR RESPONSÁVEL: FLÁVIA SANTOS Musculatura corporal Músculo Liso Fibras menores Revestimento de órgãos: Trato gastrointestinal Vasos sanguíneos

Leia mais

TÍTULO: EFEITO DA IRRADIAÇÃO DO LASER DE BAIXA INTENSIDADE NA SINOVITE AGUDA EM RATOS WISTAR

TÍTULO: EFEITO DA IRRADIAÇÃO DO LASER DE BAIXA INTENSIDADE NA SINOVITE AGUDA EM RATOS WISTAR Anais do Conic-Semesp. Volume 1, 2013 - Faculdade Anhanguera de Campinas - Unidade 3. ISSN 2357-8904 TÍTULO: EFEITO DA IRRADIAÇÃO DO LASER DE BAIXA INTENSIDADE NA SINOVITE AGUDA EM RATOS WISTAR CATEGORIA:

Leia mais

8. A incubação com PA recupera a organização estrutural do aparelho de Golgi das

8. A incubação com PA recupera a organização estrutural do aparelho de Golgi das 8. A incubação com PA recupera a organização estrutural do aparelho de Golgi das células CI Após a incubação com 10 mg/ml de PA as células CI passaram a apresentar um aparelho de Golgi compacto e estruturalmente

Leia mais

TECIDOS MUSCULARES Fonte fibras musculares ou miócitos actina miosina Tipos de tecido muscular estriado esquelético estriado cardíaco liso

TECIDOS MUSCULARES Fonte fibras musculares ou miócitos actina miosina Tipos de tecido muscular estriado esquelético estriado cardíaco liso TECIDOS MUSCULARES Fonte: http://www.sobiologia.com.br/conteudos/histologia/epitelio25.php Os tecidos musculares são de origem mesodérmica e relacionam-se com a locomoção e outros movimentos do corpo,

Leia mais

TÍTULO: COMPARAÇÃO DA CONTAGEM DE PLAQUETAS ENTRE O MÉTODO DE FÔNIO E O MÉTODO SEMI-AUTOMATIZADO

TÍTULO: COMPARAÇÃO DA CONTAGEM DE PLAQUETAS ENTRE O MÉTODO DE FÔNIO E O MÉTODO SEMI-AUTOMATIZADO TÍTULO: COMPARAÇÃO DA CONTAGEM DE PLAQUETAS ENTRE O MÉTODO DE FÔNIO E O MÉTODO SEMI-AUTOMATIZADO CATEGORIA: CONCLUÍDO ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE SUBÁREA: BIOMEDICINA INSTITUIÇÃO: CENTRO UNIVERSITÁRIO

Leia mais

THIAGO MARCHI SACOMAN

THIAGO MARCHI SACOMAN UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JÚLIO DE MEQUITA FILHO THIAGO MARCHI SACOMAN Efeito da interação entre bothropstoxina-i e crotapotina na junção neuromuscular de camundongos in vitro Estágio em Iniciação

Leia mais

Trombocitopenia induzida pela heparina

Trombocitopenia induzida pela heparina Trombocitopenia induzida pela heparina Novembro 2012 ULSM Hospital Pedro Hispano, Matosinhos Distinguir Terapêutica curta duração: Profilática Emergência Heparina via parentérica Heparinas baixo peso molecular

Leia mais

TECIDO MUSCULAR (parte 1)

TECIDO MUSCULAR (parte 1) TECIDO MUSCULAR (parte 1) Profª Patrícia Mendes Disciplina: Histologia Geral e Embriologia Curso: Medicina Veterinária www.faculdadevertice.com.br COMO OCORREM OS MOVIMENTOS? As atividades musculares são

Leia mais

BIOLOGIA. Moléculas, células e tecidos. A química da vida. Professor: Alex Santos

BIOLOGIA. Moléculas, células e tecidos. A química da vida. Professor: Alex Santos BIOLOGIA Moléculas, células e tecidos A química da vida Professor: Alex Santos Tópicos em abordagem: A Química da Vida I Conceitos fundamentais; II Componentes químicos da célula; III Compostos inorgânicos;

Leia mais

Tecido Muscular. Tecido muscular estriado esquelético - voluntário (sistema nervoso somático)

Tecido Muscular. Tecido muscular estriado esquelético - voluntário (sistema nervoso somático) Tecido Muscular 3 variedades: Tecido Muscular Tecido muscular estriado esquelético - voluntário (sistema nervoso somático) Tecido muscular estriado cardíaco - involuntário (sistema nervoso autônomo) Tecido

Leia mais

TECIDO MUSCULAR (parte 2)

TECIDO MUSCULAR (parte 2) TECIDO MUSCULAR (parte 2) Profª Patrícia Mendes Disciplina: Histologia Geral e Embriologia Curso: Medicina Veterinária www.faculdadevertice.com.br TIPO: MÚSCULO CARDÍACO Músculo Cardíaco Características

Leia mais

Processo Inflamatório e Lesão Celular. Professor: Vinicius Coca

Processo Inflamatório e Lesão Celular. Professor: Vinicius Coca Processo Inflamatório e Lesão Celular Professor: Vinicius Coca www.facebook.com/profviniciuscoca www.viniciuscoca.com O que é inflamação? INFLAMAÇÃO - Inflamare (latim) ação de acender, chama FLOGOSE phlogos

Leia mais

FATORES PROGNÓSTICOS PARA OCORRÊNCIA DE NECROSE E ABSCESSO NO ENVENENAMENTO POR SERPENTE BOTHROPSJARARACA LINDIONEZA ADRIANO RIBEIRO

FATORES PROGNÓSTICOS PARA OCORRÊNCIA DE NECROSE E ABSCESSO NO ENVENENAMENTO POR SERPENTE BOTHROPSJARARACA LINDIONEZA ADRIANO RIBEIRO FATORES PROGNÓSTICOS PARA OCORRÊNCIA DE NECROSE E ABSCESSO NO ENVENENAMENTO POR SERPENTE BOTHROPSJARARACA LINDIONEZA ADRIANO RIBEIRO Tese de Doutorado apresentada à Faculdade de Saúde Pública da Universidade

Leia mais

O SANGUE HUMANO. Professora Catarina

O SANGUE HUMANO. Professora Catarina O SANGUE HUMANO Professora Catarina SANGUE Principais funções: Transportar O 2 e nutrientes a todas as células do corpo; Recolher CO 2 e excreções; Transportar hormônios; Proteger o corpo contra a invasão

Leia mais

Acidentes causados por animais peçonhentos. Dra. Sônia Maria dos Santos

Acidentes causados por animais peçonhentos. Dra. Sônia Maria dos Santos Acidentes causados por animais peçonhentos Dra. Sônia Maria dos Santos Acidentes ofídicos (ou ofidismo) Introdução e Epidemiologia Os acidentes ofídicos têm importância médica em virtude de sua grande

Leia mais

ANIMAIS PEÇONHENTOS DEFINIÇÃO Prof. Fabio Azevedo São acidentes provocados por picadas ou mordeduras de animais que possuem glândulas secretoras e aparelhos inoculadores de veneno, como dentes ocos e ferrões.

Leia mais

BIOLOGIA. Moléculas, células e tecidos. Estudo dos tecidos Parte. Professor: Alex Santos

BIOLOGIA. Moléculas, células e tecidos. Estudo dos tecidos Parte. Professor: Alex Santos BIOLOGIA Moléculas, células e tecidos Parte Professor: Alex Santos Tópicos em abordagem Parte 6 Tecido sanguíneo I Características II Funções III Composição IV Visão geral da hematopoese: V Considerações

Leia mais

UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA

UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA SISTEMA MUSCULAR Dra. Flávia Cristina Goulart CIÊNCIAS FISIOLÓGICAS UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA Campus de Marília flaviagoulart@marilia.unesp.br Histologia do M.Esquelético É formado por células

Leia mais

1. TECIDO MUSCULAR. Figura 1: Tipos de tecido muscular: liso, estriado cardíaco, estriado esquelético

1. TECIDO MUSCULAR. Figura 1: Tipos de tecido muscular: liso, estriado cardíaco, estriado esquelético 1. TECIDO MUSCULAR De origem mesodérmica, os tecidos musculares têm como principal característica a capacidade de contração, que terá como resultado a locomoção e outros tipos de movimento, como a contração

Leia mais

DIVERSIDADE TECIDUAL TECIDO MUSCULAR PROFA. JANAINA SERRA AZUL M. EVANGELISTA

DIVERSIDADE TECIDUAL TECIDO MUSCULAR PROFA. JANAINA SERRA AZUL M. EVANGELISTA DIVERSIDADE TECIDUAL TECIDO MUSCULAR PROFA. JANAINA SERRA AZUL M. EVANGELISTA TECIDOS MUSCULARES ORIGEM E FUNÇÕES Mesoderma Embrionário CONTRAÇÕES??? TECIDOS COM POUCA MATRIZ E POUCO ESPAÇO ENTRE AS CÉLULAS

Leia mais

Composição Celular do Músculo

Composição Celular do Músculo Tecido Muscular Composição Celular do Músculo Células alongadas com grande quantidade de filamentos citoplasmáticos de proteínas contráteis (geradoras de força para contração) = miofibrilas Células musculares

Leia mais

21/08/2016. Fisiologia neuromuscular

21/08/2016. Fisiologia neuromuscular Fisiologia neuromuscular 1 2 Potencial de ação Junção neuromuscular - Sinapse 3 Junção neuromuscular TERMINAÇÕES NERVOSAS Ramificações nervosas na extremidade distal do axônio PLACAS MOTORAS TERMINAIS

Leia mais

ESTUDO DO PERFIL LIPÍDICO DE INDIVÍDUOS DO MUNICÍPIO DE MIRANDOPOLIS/SP

ESTUDO DO PERFIL LIPÍDICO DE INDIVÍDUOS DO MUNICÍPIO DE MIRANDOPOLIS/SP PALAVRAS-CHAVE Lipídios, Dislipidemias, Lipidograma CONEXÃO ESTUDO DO PERFIL LIPÍDICO DE INDIVÍDUOS DO MUNICÍPIO DE MIRANDOPOLIS/SP Alyne Maia Silva 1 Jéssica Fontoura Junqueira 1 Tatiane Kelly Correa

Leia mais

PROTEÍNAS Professores: Manoela e Marco Aurélio 2017

PROTEÍNAS Professores: Manoela e Marco Aurélio 2017 PROTEÍNAS Professores: Manoela e Marco Aurélio 2017 Bioquímica Celular Elementos químicos da matéria viva Principais substâncias presentes na matéria viva Proteínas - Nutriente construtor (função plástica)

Leia mais

FARMACOCINÉTICA E NEUTRALIZAÇÃO DO VENENO DA SERPENTE BOTHROPS ERYTHROMELAS (JARARACA DA SECA): NOVAS FONTES TERAPÊUTICAS E DESAFIOS

FARMACOCINÉTICA E NEUTRALIZAÇÃO DO VENENO DA SERPENTE BOTHROPS ERYTHROMELAS (JARARACA DA SECA): NOVAS FONTES TERAPÊUTICAS E DESAFIOS FARMACOCINÉTICA E NEUTRALIZAÇÃO DO VENENO DA SERPENTE BOTHROPS ERYTHROMELAS (JARARACA DA SECA): NOVAS FONTES TERAPÊUTICAS E DESAFIOS Maurício Reis de Araújo 1 ; Joeliton dos Santos Cavalcante 2 ; Evaldo

Leia mais

U n i v e r s i d a d e d e S ã o P a u l o E s c o l a S u p e r i o r d e A g r i c u l t u r a L u i z d e Q u e i r o z C u r s o d e G e s t ã o

U n i v e r s i d a d e d e S ã o P a u l o E s c o l a S u p e r i o r d e A g r i c u l t u r a L u i z d e Q u e i r o z C u r s o d e G e s t ã o U n i v e r s i d a d e d e S ã o P a u l o E s c o l a S u p e r i o r d e A g r i c u l t u r a L u i z d e Q u e i r o z C u r s o d e G e s t ã o A m b i e n t a l L F N - 0 2 3 3 Z o o l o g i a e

Leia mais

PROPEDÊUTICO Tecido Muscular

PROPEDÊUTICO Tecido Muscular HISTOLOGIA PROPEDÊUTICO Tecido Muscular Profa. Dra. Constance Oliver Profa. Dra. Maria Célia Jamur PRINCIPAIS FUNÇÕES DO MÚSCULO Função primária: CONTRAÇÃO Sua finalidade é executar TRABALHO MECÂNICO CLASSIFICAÇÃO

Leia mais

Acidente crotálico (Crotalus) em cão atendido na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul: relato de caso

Acidente crotálico (Crotalus) em cão atendido na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul: relato de caso Acidente crotálico (Crotalus) em cão atendido na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul: relato de caso Lorena Cavalcanti Garcia Fabricio Oliveira Frazilio RESUMO O objetivo do presente estudo foi

Leia mais

Óbitos por serpentes peçonhentas no Estado de São Paulo: avaliação de 43 casos, 1988/93

Óbitos por serpentes peçonhentas no Estado de São Paulo: avaliação de 43 casos, 1988/93 Artigo Especial Óbitos por serpentes peçonhentas no Estado de São Paulo: avaliação de 43 casos, 1988/93 L. A. RIBEIRO 1,3, M.J. ALBUQUERQUE 2,3, V. A.F. PIRES DE CAMPOS 3, G. KATZ 2, N.Y. TAKAOKA 2,3,

Leia mais

PROF. ROMMEL BARRETO Mestre em Morfologia (UFRJ)

PROF. ROMMEL BARRETO Mestre em Morfologia (UFRJ) Microscopia PROF. ROMMEL BARRETO Mestre em Morfologia (UFRJ) Preparação das lâminas histológicas Remoção dos fragmentos de órgãos Fixação Desidratação (Álcool etílico) Concentração crescente (70%, 80%,

Leia mais

UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM MEDICINA

UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM MEDICINA UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM MEDICINA ADRIANO SILVIO DOS SANTOS EFEITO DO LASER DE BAIXA POTÊNCIA SOBRE CÉLULAS MUSCULARES C2C12 SUBMETIDAS À LESÃO POR MIOTOXINAS BTHTX - I E

Leia mais

SERPENTES PEÇONHENTAS: PRINCIPAIS GRUPOS, IDENTIFICAÇÃO, VENENO, ACIDENTES E PRIMEIROS SOCORROS. Aníbal R. Melgarejo Biólogo, PhD

SERPENTES PEÇONHENTAS: PRINCIPAIS GRUPOS, IDENTIFICAÇÃO, VENENO, ACIDENTES E PRIMEIROS SOCORROS. Aníbal R. Melgarejo Biólogo, PhD SERPENTES PEÇONHENTAS: PRINCIPAIS GRUPOS, IDENTIFICAÇÃO, VENENO, ACIDENTES E PRIMEIROS SOCORROS. Aníbal R. Melgarejo Biólogo, PhD Considerações Gerais As serpentes são animais que despertam interesses

Leia mais