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1 retrato R$ 8,00 N O 20 MARÇO DE 2009 REFORMA AGRÁRIA Nos 25 anos do MST, há muita polêmica. Mas pouco a comemorar dobrasil CUIDADO, LULA O presidente diz que seu colega Obama está diante de um pepinaço. Mas não vê que o Brasil está sofrendo uma sangria financeira PELOTAS-FORTALEZA Uma viagem na mais longa linha de ônibus do País MAZAGÃO A cidade marroquina que veio parar no Amapá CÉLULAS-TRONCO Nossa ciência avança na terapia do futuro PALESTINA As armas proibidas que Israel usou contra Gaza

2 retrato R$ 8,00 N O 20 MARÇO DE 2009 dobrasil Ponto de vista O PEPINAÇO DE LULA O Brasil não está melhor que os EUA e a China diante da crise. Ao contrário dos dois países, é vítima de uma sangria financeira 6 Reforma agrária POUCA COMEMORAÇÃO E MUITA POLÊMICA O MST fez 25 anos. Na festa de seu aniversário, no entanto, não teve o que festejar quanto à distribuição de terras no governo Lula Carlos Azevedo e Tânia Caliari 10 Mineração QUEM PAGA A CONTA Se depender das grandes empresas, são os trabalhadores e as cidades mineradoras que devem arcar com as consequências da crise Rafael Hernandes 2 3 Reportagem ÔNIBUS Nosso repórter atravessou o Brasil de sul a norte na mais extensa linha regular do País Léo Arcoverde 2 8 Células-tronco NASCE UMA ESPERANÇA O Brasil registrou avanços importantes nas pesquisas e ensaia uso clínico futurista contra doenças genéticas e degenerativas Flávio de Carvalho Serpa e Verônica Bercht 37 Crise A RAPOSA E O GALINHEIRO Nos EUA, o controle da especulação financeira acabou nas mãos dos especuladores Flávio de Carvalho Serpa 42 Palestina O DIA SEGUINTE Há evidências de que, no brutal ataque de Israel à Faixa de Gaza, teriam sido empregadas até mesmo armas proibidas internacionalmente Yuri Martins Fontes 4 4 Livro A SAGA DE MAZAGÃO A transferência, no século XVIII, da população da cidade-fortaleza lusa para o atual Amapá refletiu as grandes mudanças da geopolítica mundial José Carlos Ruy 4 8 CARTAS FÉ E RESISTÊNCIA Ponderado e oportuno o texto da edição anterior de Retrato do Brasil sobre o Hamas. A respeito do massacre desencadeado pelo Estado de Israel na Faixa de Gaza, Crítica Marxista juntamente com outras publicações brasileiras tomou a iniciativa de propor o texto abaixo, que é apoiado por mais de 40 revistas do campo democrático e progressista do Brasil, Argentina, Bélgica, Bolívia, Chile, Cuba, Equador, França, EUA, Panamá, Portugal e Venezuela. EXPEDIENTE SUPERVISÃO EDITORIAL Raimundo Rodrigues Pereira EDIÇÃO Armando Sartori REDAÇÃO Carlos Azevedo Lia Imanishi Rafael Hernandes Sônia Mesquita Tânia Caliari Verônica Bercht EDIÇÃO DE ARTE Ana Castro Pedro Ivo Sartori REVISÃO Silvio Lourenço Gabriela Ghetti [OK Linguística] COLABORARAM NESTA EDIÇÃO Alex Silva Baptistão Flávio de Carvalho Serpa José Carlos Ruy Laerte Silvino Léo Arcoverde Yuri Martins Fontes Retrato do BRASIL é uma publicação mensal da Editora Manifesto S.A. EDITORA MANIFESTO S.A. PRESIDENTE Roberto Davis DIRETOR ADMINISTRATIVO E FINANCEIRO Marcos Montenegro DIRETOR EDITORIAL Raimundo Rodrigues Pereira COMERCIAL [comercial@retratodobrasil.com] GERENTE Daniela Dornellas Tel REPRESENTANTE EM BRASÍLIA Joaquim Barroncas Tel ADMINISTRAÇÃO [administracao.bh@retratodobrasil.com] Neuza Gontijo Maria Aparecida Carvalho IMPRESSÃO E ACABAMENTO Gráfica Grecco & Melo Rua Chave, 614 Barueri SP Tel Caio Toledo Comitê editorial de Crítica Marxista Campinas, SP Nota de repúdio e solidariedade Os editores das revistas (...) manifestam publicamente seu mais firme e veemente repúdio à operação de extermínio desencadeada pelo Estado de Israel contra o povo palestino na Faixa de Gaza. (...) Entendemos que a possibilidade de uma paz duradoura no Oriente Médio impõe que o governo dos EUA e as demais potências imperialistas cessem sua política intervencionista na região e que a legítima reivindicação histórica de criação do Estado livre e independente da Palestina se transforme em concreta e imediata realidade. Diante das atrocidades em curso, os editores das publicações signatárias manifestam sua mais viva e irrestrita solidariedade à heroica resistência do povo palestino. CAPA Ilustração de Baptistão

3 Ponto de vista: O PEPINAÇO DE LULA O Brasil não está melhor que os EUA e a China diante da crise. Ao contrário dos dois países, é vítima de uma sangria financeira O presidente Luiz Inácio Lula da Silva diz que nunca na história deste País os ricos ganharam tanto quanto sob seu governo. Deveria acrescentar: e nunca mandaram para o exterior tanto dinheiro quanto agora. Essas remessas tinham se elevado de 2 bilhões para 5 bilhões de 1993 a 2002, os dez anos de mandato de Fernando Henrique Cardoso como ministro da Fazenda e como presidente. No ano passado, segundo o Banco Central (BC), foram enviados para fora do País 33,8 bilhões, somando-se os lucros totais distribuídos e os dividendos (lucros distribuídos parcialmente). No total remetido, não estão incluídas outras importantes receitas do capital, como as remessas de juros por conta de empréstimos, que alcançaram 7,4 bilhões. Não estão somadas também rubricas que o BC contabiliza como serviços : os royalties elicenças pagos a estrangeiros por conta de uso de marcas e patentes, de 2,1 bilhões ; os pagamentos de serviços de computação e informações, de 2,6 bilhões ; e os aluguéis de equipamentos, de 7,8 bilhões. E não estão somadas, também, entre outras, as contas de turismo e fretes, que juntas representaram um envio para o exterior de mais de 10 bilhões. MAIS QUE O DOBRO Somando todos os serviços e rendas pagos no ano passado, saíram do País 57,2 bilhões, um valor maior que o dobro dos 24,7 bilhões do saldo entre o que o Brasil exportou e o que importou de mercadorias. As rendas (40,5 bilhões de saídas), e não os serviços (saídas de 16,7 bilhões ), são a parte maior da sangria. Basicamente, as rendas são as do capital, representadas em três rubricas, duas de lucros e dividendos e uma de juros: 1) os lucros dos chamados investimentos estrangeiros diretos, obtidos em função do controle total ou parcial de empresas aqui localizadas, responsáveis pela saída do País de 26,8 bilhões ; 2) os lucros da conta dos investimentos estrangeiros em carteira, resultantes essencialmente dos rendimen- tos e da compra e venda de ações de empresas brasileiras, responsáveis pela saída do Brasil de 8,5 bilhões ; e 3) os juros decorrentes de empréstimos feitos a empresas e outras instituições do País, conta pela qual saíram 7,4 bilhões. Como mostra o gráfico destacado nestas duas páginas, o crescimento das remessas de lucros nos últimos anos, em valor absoluto, é exponencial. Os problemas desse crescimento, no entanto, são mais bem vistos em termos relativos: por exemplo, como porcentagem do superávit da balança comercial brasileira (ver tabela na pág. 8). Nos dois primeiros anos do primeiro mandato do presidente Lula, as remessas de lucros para o exterior estavam em torno de 20% desse saldo. Depois, começam a dar saltos. Em 2007, chegaram a 55%. No ano passado, para pagar apenas as remessas de lucros, o superávit da balança comercial precisaria ter sido 36% maior. E, para pagar toda a conta de rendas e a de serviços, precisaria ter sido 131% maior. Como o Brasil, historicamente, paga suas contas com exportações de mercadorias, isso significa dizer que o governo Lula está evoluindo para deixar o País em pior situação do que aquela na qual foi enfiado pela política econômica liberal de Fernando Henrique Cardoso? A resposta do presidente é de que estamos muito melhor. Fundamentalmente porque, diz ele, hoje, o Estado brasileiro é parte da solução, não do problema: suas contas estão ajustadas, suas políticas são corretas e ele tem ampla margem para tirar o Brasil da grave crise que nos ameaça. FHC, como presidente, foi ao Fundo Monetário Internacional (FMI) três vezes: em fins de 1998, quando sua política de abertura ampla quebrou o País; em 2001, quando novamente pediu dinheiro ao Fundo, depois da quebra da Argentina; e, mais uma vez, em 2002, quando houve novo ataque especulativo contra o real, por ocasião da campanha presidencial que acabou, aliás, elegendo Lula presidente. Hoje, tudo é diferente, diz Lula: o Brasil tem cerca de 200 bilhões de reservas. Quem está em maus lençóis é Barack Obama, que tem um pepinaço nas mãos, diz ele. Quem está mal é a China, que teria 40% de sua economia atrelada ao comércio exterior. ALHOS E BUGALHOS Em nossa opinião, a avaliação de que o Brasil é o país de melhores perspectivas na crise em curso mistura alhos com bugalhos, embaralha conclusões relativas à extensão da crise e à sua qualidade. Quanto ao tamanho do problema, é claro que os EUA e a China, como a primeira e a terceira maiores economias do mundo, estão diante de formidáveis desafios, superiores aos colocados diante da economia brasileira. Mas o Brasil não é os EUA, não é a China. O Brasil é um país dependente, ao contrário dos dois, e, por esse motivo, está em condições piores para enfrentar as dificuldades já delineadas, como procuraremos demonstrar. Quanto à origem e natureza da crise, é certo que não foi o Brasil que a gerou. Os EUA são os principais responsáveis pela crise global: criaram e jogaram nas costas de outros países, especialmente os mais fracos, diversas bolhas financeiras, até que a atual, a maior de todas, explodiu em seu colo. É verdade também que, sob Fernando Henrique Cardoso, o Estado brasileiro quebrou três vezes, mas também é cer retratodobrasil 20

4 em 2008: 33,8 bilhões to que o presidente Lula mantém os aspectos essenciais da política econômica de FHC as políticas fiscal, de câmbio e de juros, que, aplicadas no País sob a tutela americana, aprofundaram tanto a financeirização como a dependência e a vulnerabilidade da economia brasileira. O governo também não recompôs, na medida do necessário, a capacidade de intervenção do Estado na parte produtiva da economia, gravemente atingida pelo processo de privatizações. Com as políticas básicas da economia liberal e sem um braço produtivo forte, como tirar o País da crise? A questão dos juros se destaca. José Serra, governador paulista e principal nome da oposição na disputa pela presidência em 2010, em visita a uma feira de negócios no Paraná, em meados de fevereiro, disse: O mundo inteiro enfrenta a crise procurando tornar o crédito mais barato. O Brasil se mantém em posição contrária. Esse é o ponto fraco da política do governo para enfrentar a crise. Por que a política de juros não muda? O País mantém o que Yoshiaki Nakano, economista da Fundação Getulio Vargas (FGV), chama de uma anomalia tropical : as maiores taxas de juros do mundo há 17 anos. Com a crise, os juros nos EUA, que já eram baixos, foram cortados até próximo de zero. A China, que também tinha juros baixos, reduziu-os ainda mais, também agressivamente. Ao contrário de praticamente o mundo inteiro, no entanto, o Brasil manteve os juros nas alturas, com um modesto corte de 1%, que deixou a taxa dos empréstimos aos bancos no overnight ainda a 12,75% ao ano, quando o próprio Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), do governo, recomendou um corte de 4%. Por quê? SOPRO VITAL Contra a crise, o presidente americano tem falado em elevar a dívida pública, que já é elevada, à base de 1 trilhão por ano. O país líder da economia capitalista está empenhado, principalmente, em soprar vida em praticamente todas as suas principais instituições financeiras - essencialmente privadas e basicamente falidas - e até o momento está fracassando nessa tarefa. Porém, não deixou de estimular a economia real do país, com diversos programas novos de dezenas de bilhões para a infraestrutura de transportes e de comunicações, para o equilíbrio das contas dos estados, para elevação das bolsas de ajuda aos mais necessitados. A China, já no ano passado, deu meia volta num programa que tinha iniciado para frear o seu enorme crescimento, estimado em 13% ao ano, e iniciou outro, de natureza oposta, de grandes investimentos em infraestrutura e de apoio aos de menor renda. Por que o governo brasileiro, nessas mesmas questões essenciais, mal consegue fazer uma modesta correção no Bolsa Família e manter o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), iniciado há um ano e meio? Por que a Petrobras é praticamente a única grande estatal produtiva com capacidade de intervenção na crise? Por que o presidente Lula não reanima, pelo menos, a Eletrobrás, que há anos ele diz que deveria ser a segunda grande multinacional estatal brasileira? Para a oposição de direita, o governo gasta mal. Atualmente, sem poder dizer que o governo deve parar de gastar para estimular a economia, a direita aponta o custo da máquina pública como o problema número um do País. Para chegar a essa conclusão, evidentemente, a direita considera uma necessidade imperiosa os juros altíssimos e o igualmente altíssimo custo correspondente da dívida pública - de cerca de 150 bilhões de reais por ano, dez vezes o Bolsa Família e superior ao custo anual do PAC. Há meses que, nos bastidores, o presidente da República fala em afastar o presidente do em 2000: 3,3 bilhões em 2005: 12,6 bilhões REMESSAS LÍQUIDAS DE LUCROS E DIVIDENDOS AO EXTERIOR retratodobrasil

5 BC. Na prática, mantém-no e também a sua política. O governo age sob o comando ideológico da direita. O presidente Lula tem a esperteza de Getulio Vargas, mas não tem sua ousadia. Para atender ao apelo pelo corte de gastos, fez um enorme contingenciamento no orçamento deste ano. E, na política de estímulo ao crescimento econômico, cortou o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a produção de carros e o Imposto de Renda (IR) para alguns setores da classe média, tributos que, de fato, têm de dividir com estados e municípios. Assim, prejudicou esses entes federativos, especialmente os mais pobres, que já enfrentam graves dificuldades em função da queda da arrecadação local. CRUCIAL DEPENDÊNCIA Para explicar esse comportamento, a questão da dependência brasileira é crucial. Isso é melhor visto na comparação com a política independente dos chineses. A China tem cerca de 150 mil empresas estatais, cem vezes mais que o Brasil. Isso não tornou a economia chinesa menos competitiva. A dívida pública interna chinesa é mínima diante da brasileira, em termos percentuais: menos de 20% do PIB, contra mais de 40% no caso da dívida interna de nosso país. A China tem 2 trilhões de reservas cambiais, dez vezes mais do que o Brasil. O sistema financeiro chinês, muito mais que o brasileiro, é essencialmente estatal e não foi contaminado pela ideia de que a abertura das fronteiras financeiras do país seria essencial para sua estabilidade. A China iniciou sua política de abertura econômica em Só depois de 16 anos, em 1994, a China abriu para o exterior a conta de transações correntes. Até hoje, não abriu a conta de capitais. O Brasil, desde 1992, primeiro de forma disfarçada e, depois, já no governo Lula, de forma explícita, abriu totalmente suas fronteiras aos capitais vindos de fora. A conta de capitais, como já vimos, determina aspectos essenciais da conta de rendas. Se um país recebe capital estrangeiro na forma de investimentos diretos, por meio da Bolsa ou de empréstimos, compromete-se, é claro, com o pagamento dos lucros, dividendos e juros devidos a esses capitais. A China estabeleceu que toda aplicação de capital no país estaria sujeita a uma negociação com o Estado. Os chineses, com sabedoria, cuidaram para que no passeio que os capitais internacionais queriam fazer pelo país, deveria ser obrigatório o que a economista Leda Paulani chama de uma voltinha pelo setor produtivo. Eles precisavam gerar valor local. Dessa forma, não só se desenvolveria a economia chinesa, como também se poderia pagar o preço cobrado por esses capitais. O que dizem os aberturistas brasileiros até hoje? Que as velhas teorias da economia clássica - de que o valor vem do trabalho e das quais a teoria da mais-valia, de Karl Marx, é uma espécie de culminância - estão mortas. Que os Estados capitalistas não são estruturas de classes cujas economias são políticas, no sentido de refletirem as lutas das classes sociais e o regime de exploração do trabalho. Como disseram John Bellamy Foster e Fred Magdoff, no ensaio publicado nesta revista na edição passada: neste último quarto de século, a economia foi purificada de todos os elementos de classe e políticos e gradualmente apresentada como uma ciência neutra, que tratava de princípios universais, transhistóricos, das relações do capital e do mercado. O importante é o capital vir para o Brasil, não precisa produzir mercadorias. Surgiu uma economia nova, do conhecimento. A criatividade financeira gera riqueza no País, e, se os capitais estrangeiros vêm buscar lucros aqui, os nossos capitais também vão para o exterior trazer lucros que compensariam os que saírem. O que aconteceu de fato? Os números sobre a renda dos capitais apresentados no início deste texto são valores líquidos - medem a diferença entre as entradas e saídas. E as saídas superam amplamente as entradas, como REMESSAS DE LUCROS E DIVIDENDOS COMO % DO SUPERÁVIT DA BALANÇA COMERCIAL % % % % % % Fonte: BC se viu. Os lucros e dividendos que nossas multinacionais enviam do exterior para cá, por exemplo, estão relativamente estagnados, oscilam sem grandes surpresas entre 1 bilhão e 1,5 bilhão, entre 1998 e Já os lucros e dividendos que as multinacionais estrangeiras enviam para fora do País, que oscilavam entre 4 bilhões e 5 bilhões entre 1998 e o primeiro ano do governo Lula, dispararam a partir de então para 26,9 bilhões em Quanto aos lucros e dividendos com ações compradas no exterior, a receita brasileira é praticamente inexistente no período ; fica sempre abaixo de 20 milhões. Quanto à despesa, aos lucros e dividendos que os compradores de ações de companhias brasileiras enviam para o exterior, a ascensão também foi meteórica nos últimos anos: ela fica em torno de 1,5 bilhão no período e acelera para 8,5 bilhões em Nessa conta, estão os lucros e dividendos obtidos com o rendimento das companhias nas quais o dinheiro foi aplicado. E, também, e especialmente, os resultados obtidos por meio de um amplo processo de especulação. Esse processo já foi descrito por Retrato do Brasil, mas vale repetir. VELHO TRUQUE O truque é velho como a Sé de Braga: comprar, no caso, reais e ações na baixa e vender na alta. As condições para aplicá-los foram os movimentos especulativos com commodities, com ações na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), e com o real. O investidor estrangeiro vinha com dólares, comprava reais e, com eles, ações. Depois, vendia ações, obtinha reais e com eles comprava dólares para ir embora. Entre sua entrada e saída, o real se valorizava, e as ações na Bovespa, também. Ao vender suas ações, o investidor recebia mais reais. E como, no mesmo período, o dólar tinha se desvalorizado, com seus reais ele comprava mais dólares para sair. Ou seja, ganhava também pelo processo de valorização da moeda brasileira. O BC apoiou a política do real forte que favoreceu essa especulação com os chamados swaps cambiais reversos : eles compensavam os exportadores prejudicados pela perda que tinham por estarem na outra ponta do movimento vendiam mercadorias em dólar e obtinham cada vez menos reais. Foi uma verdadeira farra. A compra de ações por estrangeiros na Bovespa havia caído de cerca de 30 bilhões a 40 bilhões por ano para cerca de 10 bilhões anuais; do auge do movimento especulativo anterior, no fim do primeiro mandato de FHC, quando vigorou também a política de real forte, para o primeiro ano do governo Lula. Com a nova onda especulativa, a compra de ações de companhias brasileiras foi se acelerando, dessa vez de modo mais espetacular: chegou a 50 bilhões em 2006, 120 bilhões em 2007 e 220 bilhões em Só que, no fim de 2008, a farra já tinha acabado. Saíram 225 bilhões no total do ano. Sem desmanchar os mecanismos essenciais que permitiram essa verdadeira sangria dos recursos do País, como se pode achar que nossa situação é favorável? 8 retratodobrasil 20

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