Deontologia, ética e valores na educação - Utopia e realidade. "O que temos de fazer é instruir e não proibir." Sócrates
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- Heitor Brandt Cordeiro
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1 Deontologia, ética e valores na educação - Utopia e realidade "O que temos de fazer é instruir e não proibir." Sócrates
2 2 1.Definição de Valor. 2.Os Professores e os Valores. 3.Metodologia da Educação em Valores. Conclusão.
3 Valores: Tarefa complexa Implicam um nível cognitivo e transformações idealizadas. Representações cognitivas das necessidades. Referem-se à necessidade percebida e ao modo ideal como a necessidade é percebida. 3
4 Os Valores: Definições: Eternos (Patrício, 1985). Abstractos a sua conceptualização requer abstracção e generalização (Reimão, 1998). Possuem um componente emotivo e subjectivo (Ibarra, 2001). Encarnam-se na realidade. Fenómenos psicossociais, interpessoais, conformados, inferidos São objectivos. Necessidade de sentido São os indicadores de valoração da pessoa Estruturam a personalidade Determinam comportamentos e atitudes 4
5 Os Valores: Consistência Estabilidade Matéria - atributos distintos de valor para valor Polaridade bipolaridade Hierarquia subordinação implicação Características: Servem de padrão Guiam a vida dos homens Orientam a actividade humana Mediatizam a percepção de nós e dos outros São expressões idealizadas capazes de satisfazer as necessidades humanas (Escámez, 1988) 5
6 Os valores condicionam e dirigem a acção, quer a pessoa tenha ou não consciência da sua existência. 6
7 A educação em valores pressupõe a exigência de critérios no processo de valoração: O Valor tem de ser escolhido, apreciado e manifestar-se em actuação. 7
8 Preparação para modificar os seus métodos de ensino novas necessidades detectadas nos alunos e na comunidade (OCDE, 1989). 8
9 Em que espécie de pessoas, em que espécie de gente, nos vamos transformar? (Cabral, 2001). O grande desafio da Europa terá pouco a ver com modelos de gestão ou guias curriculares (Op. cit.). Toda a problemática gira em torno do ser pessoa valorativa e do seu conhecimento ságico (Patrício e Sebastião, 2004). 9
10 O professor terá que desenvolver competências que abranjam as grandes áreas da sua intervenção: Cognitiva Técnica e científica Concepção Organização Gestão do ensino Gestão das aprendizagens (Trindade, 2003). Afectiva Comunicação Ligação estreita à comunidade Saber-saber Saber-fazer Saber-ser Saber-estar 10
11 Interessa um professor que é um referencial de valores, que pratica valores, que vive em valores positivos. (Sousa, 2001) É necessário e urgente a formação de professores em valores. (Buxarrais, 2003) 11
12 Obstáculos na Educação em Valores Atitude de cepticismo por parte dos professores Confusão entre matérias» (educação em valores educação religiosa) A função do professor» Conhecimento pedagógico» Compromisso moral e ético A falta de actualização A falta de competências nas tecnologias de Informação e comunicação O escasso reconhecimento social, salarial e académico dos professores. 12
13 Na escola existem duas dimensões de aprendizagem: Formal Informal têm particular relevo na educação em valores. Os valores são: ensinados, aprendidos e Vividos. 13
14 14
15 Equilíbrio entre a Doutrinação (Valente, 2009) e a Clarificação (Andrade, 1990 e Raths, Harmin e Simon: 1978). Reduz o perigo do dogmatismo e o risco do relativismo. A personalização dos valores tem sempre como pano de fundo a universalização. 15
16 Passos da metodologia: 1. Apresentação da situação a debater. 2. Identificação dos valores presentes na situação e respectivo sistema valorativo. 3. Explicitação racional dos valores. 4. Apresentação e identificação das atitudes e dos comportamentos concretos ocorridos ou que poderiam ocorrer. 5. Identificação e reflexão sobre as normas vigentes na comunidade relacionadas com a situação. 16
17 Passos da Metodologia: 6. Hierarquização dos valores, tendo em conta as atitudes, os comportamentos e as normas reflectidas anteriormente. 7. Personalização/universalização dos valores. 8. Avaliação das escolhas feitas. 9. Construção de propostas de acções conformes aos valores. 10.Síntese valorativas. 17
18 Objectivos conteúdos competências estratégias Os valores aprendidos no currículo formal Vividos no dia a dia naturalmente Os alunos sintam que vale a pena, vivê-los. Ritmos e estilos de aprendizagem e necessidades de cada um dos alunos. 18
19 Os valores têm de ser ensinados Papel do professor: Orientador Facilitador Guia Líder Estar no grupo. Elevar-se para: Observar Analisar Retirar conclusões Para ajudar o grupo e cada um dos alunos. Consciente e convicto: Do sistema de valores Da sua hierarquização valorativa Avalia Síntese valorativa. Ensinar, Explicitar, Consolidar, Ajudar na interiorização. 19
20 Professor: Papel Desempenhado Alunos: 1. Apresenta a situação. Apresentam a situação Equaciona a melhor estratégia 2. Identificam os valores. 4. Organiza o sistema valorativo. Explicitação racional. 3. Identificam atitudes, comportamentos, normas. 5. Personalização/universalização dos valores. Avaliação das escolhas feitas. Construção de propostas de acção. Síntese valorativa. 20
21 Os valores têm que possuir uma componente de acção para serem assumidos. 21
22 Processo Valorativo Tem de ser expresso e clarificado no PEE e PCE. A escola tem de expressar de forma clara e inequívoca os valores que pretende ensinar e viver. Metodologias, estratégias e técnicas. Modalidades de avaliação. Critérios de avaliação. Toda a Comunidade Educativa Estruturas de Coordenação e Supervisão Pedagógica 22
23 Auxiliares de Acção Educativa (Assistentes Operacionais) Poderão desempenhar um papel importante no processo valorativo. Interacção realiza-se fora da sala de aula. Confiança e amizade Desenvolvimento dos alunos. 23
24 Processo Valorativo Real nas interacções Escola organização aprendente Professores Auxiliares de Acção Educativa Alunos, Antigos Alunos Pais e Encarregados de educação Forças vivas da comunidade Escola Comunidade 24
25 25
26 A Educação em Valores A formação de professores e outros actores educativos. Supõe-se uma dinâmica tripartida: Os valores desejados pela sociedade. Os valores que a escola assume como seus. A acção e a apropriação dos valores pelos diferentes actores. 26
27 A LBSE refere que como grande finalidade da educação a realização plena do aluno. Devendo existir uma reflexão consciente sobre os valores espirituais, estéticos, morais e cívicos (art. 3º b). Assim considera-se uma necessidade premente de a escola proporcionar educação em valores, mas também uma obrigação de a realizar. Intimamente ligado à educação em valores encontra-se a avaliação em educação em valores. 27
28 Andrade, J. V. (1997). Os Valores na Educação: uma Perspectiva Universalizante". In M. Patrício (org.). A Escola Cultural e os Valores. Porto: Porto Editora. Buxarrais, M. (2003). La Formacíon del Profesorado en Educacíon en Valores. Propuesta y Materiales. Bilbao: Desclée de Brouwer. Cabral, R. (2001). Os Desafios à Educação para a Europa do Século XXI. In J. Silva e J. Neves (coord), EMRC. Um Contributo Essencial aos Desafios Educativos. Lisboa: SNEC. Ibarra, M. N. (2001). Aprendizaje de Valores. In M. Patrício (org.). Escola, Aprendizagem e Criatividade. Porto: Porto Editora. O.C.D.E. (1989). As Escolas e a Qualidade. Rio Tinto: Asa. Patrício, M. e Sebastião, L. (2004). Conhecimento do Mundo Social e da Vida. Passos para uma Pedagogia da Sageza. Lisboa: Universidade Aberta. Patrício, M. F. (1988). A Formação de Professores à Luz da Lei de Bases do Sistema Educativo. Lisboa: Texto Editora. Raths S., Harmin, M., e Simon,S. (1978). Values and Teaching. Ohio: Columbus. Reimão, C. (1998). "Ética e Acção Educativa". Brotéria. Lisboa: vol Novembro. Sousa, A. B. (2001). Educação em Valores. Na Pré-escolaridade e no 1º Ciclo do Ensino Básico. Lisboa: Escola Superior de Educação João de Deus. Trindade, V. M. (2003). Uma Perspectiva Didáctica para o Ensino da Ciências. In Org. Costa, P., Chouriço, J., Mendes, P. Neto, A. e Nico, J. B. Didácticas e Metodologias de Educação. Percursos e Desafios. Évora: Universidade de Évora. Departamento de Pedagogia e Educação. Valente, M. O. (1989). A Educação para os Valores. in E. L. Pires, O Ensino Básico em Portugal. Rio Tinto: ASA. 28
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