Estado do Rio Grande do Sul Secretaria de Estado da Saúde. DOENÇA PELO VÍRUS EBOLA (DVE) Marilina Bercini 23/10/14

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1 Estado do Rio Grande do Sul Secretaria de Estado da Saúde DOENÇA PELO VÍRUS EBOLA (DVE) Marilina Bercini 23/10/14

2 DVE - Histórico Vírus Ebola foi identificado em 1976 em 2 surtos: no Zaire (atual República Democrática do Congo) em uma aldeia perto do rio Ebola e no Sudão Ocorrência de surtos somente na África, com pequena magnitude e abrangência Desde dezembro de 2013, ocorrência de surto de grandes proporções afetando a África Ocidental que iniciou na Guiné e com casos importados na Europa e América do Norte

3 Doença pelo Vírus Ebola Os morcegos frugívoros são os hospedeiros prováveis do vírus Ebola, não existem no Brasil Os surtos se originam quando o ser humano entra em contato ou manuseia carne crua de chimpanzés, gorilas, macacos, morcegos, antílopes e porcos-espinhos infectados (zoonose) 5 espécies de Ebola: Zaire (maior letalidade), Sudão, Bundibugyo, Tai Forest e Reston (só PNH)

4 DVE Características Febre hemorrágica causada pelo vírus da família Filoviridae, gênero Ebolavirus Período de incubação: 2 a 21 dias, em média 8 a 10 dias Modo de transmissão: contato direto (pele não íntegra ou mucosas) com sangue, tecidos ou fluidos (fezes, urina, saliva, sêmen) de indivíduos infectados (inclusive cadáveres) indireto com superfícies e objetos contaminados por meio de animais infectados Transmissão respiratória não está comprovada, possibilidade de ocorrência se o vírus sofrer mutação e se adaptar Transmissão ocorre após início dos sintomas Alta letalidade: 60 a 90%

5 DVE Aspectos clínicos Quadro clínico: doença aguda de início súbito Febre, cefaléia e mialgia A seguir, prostração, dor de garganta, dor abdominal, náuseas, vômitos, diarreia 5 ao 7 dia: exantema máculo-papular, conjuntivite, faringite e primeiros sinais de sangramento (nasal, gengival, subconjuntival, vaginal), hematêmese, melena, hemorragias pulmonares. 7 ao 16 dia: falência renal, hepática, evolução para choque e óbito. A viremia aumenta drasticamente com a evolução da gravidade dos casos

6 DVE Aspectos clínicos DD: malária, febre tifoide, shiguelose, cólera, leptospirose, peste, ricketsiose, febre recorrente, doença meningocócica, hepatite, dengue grave e outras febres hemorrágicas. Não há tratamento específico ou vacina disponíveis no momento Tratamento experimental (anticorpos monoclonais) Antivirais específicos em estudo Vacinas previstas para 2015 Tratamento com medidas de suporte vital: suporte hemodinâmico, diálise, reposição de hemácias, plasma e plaquetas, suporte ventilatório

7 DVE Situação atual na África 08/08/14: OMS decreta ESPII (Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional Países com transmissão acelerada desde dezembro de 2013: Guiné, Libéria e Serra Leoa Nigéria: pequeno surto a partir de um caso importado da Libéria (20 casos com 8 óbitos), saiu da lista de países afetados em 19/10/14 Senegal: 01 caso importado da Guiné, saiu da lista de países afetados em 17/10/14 RDC: surto em aldeia remota, na mesma região que o vírus emergiu em 1976, 66 casos com 49 óbitos, 5 de 1121 comunicantes ainda em monitoramento, sem novos casos, cepa da África Ocidental

8 África ocidental países com transmissão acelerada

9 Casos e óbitos confirmados, prováveis e suspeitos por DVE, Guiné, Libéria e Serra Leoa, até 22/10/14 País Nº casos Nº óbitos Guiné Libéria Serra Leoa Total Letalidade: 49% 443 profissionais de saúde acometidos com 244 óbitos Fonte: WHO

10 17/10/14 Fonte: WHO 22/10/14

11 DVE Situação atual em outro países Fora da África: somente casos importados 03 casos confirmados EUA (um óbito de liberiano e 02 profissionais de enfermagem que atenderam esse caso), dos 172 comunicantes, restam 112 em monitoramento, além de 153 passageiros avião 01 na Espanha (profissional de enfermagem que atendeu dois espanhóis expatriados com DVE), 83 contatos em monitoramento TRANSMISSÃO PARA PROFISSIONAIS DE SAÚDE POR QUEBRA DO PROTOCOLO DE BIOSSEGURANÇA? POSSIBILIDADE DE TRANSMISSÃO RESPIRATÓRIA?

12 ANÁLISE DE RISCO/BRASIL Pelas características da transmissão do vírus Ebola, o potencial de disseminação da doença em larga escala para outros continentes é pequeno O Brasil não possui voos diretos com os países com casos autóctones e o fluxo internacional de viajantes é limitado Existe possibilidade de detecção de caso suspeito de DVE em viajantes, mas não se espera transmissão sustentada Grupos de maior risco entre os viajantes são os profissionais de saúde e os missionários Os sistemas de vigilância e assistência à saúde brasileiros, apesar dos problemas, têm condições de detectar, conter e atender casos suspeitos/confirmados de Ebola

13 DVE - DEFINIÇÕES DE CASO 16/10/14 Doença de Notificação Compulsória Imediata Portaria 1271/14

14 DEFINIÇÕES DE CASO

15

16 Secretaria de Estado da Saúde/RS Centro Estadual de Vigilância em Saúde Disque Vigilância 150

Ebola. Vírus. Profissional da Saúde. O que saber. Notificação. sintomas. O que saber. Doença do Vírus Ebola Oeste Africano. Febre.

Ebola. Vírus. Profissional da Saúde. O que saber. Notificação. sintomas. O que saber. Doença do Vírus Ebola Oeste Africano. Febre. EPI Fluxo 1 dias Profissionais da Saúde O que Saber sintomas Vírus Contatos GRAU Fluídos secreção Letalidade Febre Triagem Ebola O que saber Central/CIEVS/SP Emílio Ribas Profissional da Saúde Contato

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