Leonardo Cericato Médico Veterinário Coordenador Territorial Aquicultura

Transcrição

1 Diagnóstico das Principais Doenças Bacterianas na Carcinicultura Marinha *Vibriose e NHP* Prevenção e Tratamentos Leonardo Cericato Médico Veterinário Coordenador Territorial Aquicultura

2 Aspectos sanitários gerais 2

3 Aspectos sanitários gerais Todos os animais, sejam eles terrestres ou aquáticos são susceptíveis a diferentes enfermidades. A alta densidade de animais junto as criações intensivas favorecem o aparecimento e a rápida disseminação das doenças, levando a grandes mortalidades e conseqüentemente a grandes prejuízos econômicos. Na carcinicultura, as condições ambientais (variação dos padrões físico/químico) são os fatores de maior influencia sobre o aparecimento e disseminação das doenças de forma geral. Virais - Bacterianas - Parasitárias - Fungicas 3

4 FATORES QUE INFLUENCIAM NA SUSCEPTIBILIDADE DOS ORGANISMOS AQUÁTICOS CRIADOS EM CATIVEIRO ÀS DIFERENTES ENFERMIDADES INFECCIOSAS ESPÉCIE ESTADO FISIOLÓGICO (IDADE DO ANIMAL) MANEJO PATÓGENO ESTADO DE SAÚDE NUTRIÇÃO IMUNIDADE TEMPERATURA + CARGA ORGÁNICA 4 QUALIDADE DE ÁGUA

5 Enfermidades dos animais aquáticos Popularização da atividade; Concentração de propriedades em pólos produtores; Intensificação dos sistemas de produção; Condições favoráveis para o surgimento e disseminação de doenças de impacto econômico 5

6 As criações animais e o mercado veterinário Pecuária Suinocultura Avicultura Alta produtividade Estresse de cativeiro Desafio frente enfermidades Produtos veterinários específicos!! antiinflamatórios, vacinas, antibióticos, antiparasitários, anestésicos, promotores de crescimento, hormônios reprodutivos 6

7 Cenário atual Produtos adaptados (off label use); Falta de respaldo técnico no uso (dose, período de carência); Falta de assistência técnica; Baixa eficácia (produto não específico); Impacto ambiental; Somente tratamentos curativos. Possíveis conseqüências Risco para consumidores; Riscos ambientais; Queda de qualidade do pescado brasileiro; Barreiras comerciais. 7

8 Principais doenças bacterianas 8

9 NHP Hepatopancreatite Necrosante Covarrubias,

10 O que é o agente causador da Hepatopancreatite Necrosante - NHP? NHP é uma doença de carater infecciosa causadora de perdas significativas na carcinicultura marinha, podendo se expressar na formas crônica e/ou aguda. Primeiros relatos: Texas, onde ocorreram mortalidades entre 20-95% (FRELIER et al., 1992; LOY et al., 1996), Agente causador: α-proteobacteria, do tipo Rickettisia, Gram negativa e intracelular; Patogenia replicação intracelular/destruição celular; Isolamento cultivo celular. 10

11 Formas de expressão da NHP: Aguda: Redução do consumo do alimento oferecido, até chegar ao ponto de deixar de comer por completo; Observação de camarões moribundos nas margens dos viveiros; Animais moribundos: - Coloração pálida dos animais - Brânquias amareladas - Hepatopâncreas atrofiado - Alta mortalidade Crônica: Hepatopâncreas atrofiado Baixa mortalidade 11

12 Porque esta infecção é tão importante? Porque esta bactéria só se reproduz no hepatopâncreas!! Células E, R, F e B R acumulam lipídeos e glicogênio. B digestão, acúmulo de nutrientes e transporte de alimentos digeridos. Portanto, os primeiros sinais clínicos são: Anorexia com intestino vazio; Corpo flácidos e amolecido; Letargia (camarões fracos); Atrofia do hepatopâncreas. 12

13 Que curso segue esta enfermidade? A infecção por NHP pode ser dividida em três fases de acordo com curso da infecção Fase 1: (16-23 dia) Dispersão dos túbulos do HP; com grupos de células do HP contendo acumulo bacteriano intracitoplasmático. Fase 2: (23-37 dia) Túbulos do HP hipertróficos e enrugados, poucos túbulos necróticos; Fase 3: (37-51 dia) Numerosos túbulos necróticos, fibroses, melanização e redução nítida de lipídeos do HP. 13

14 Gráfico apresentando diferentes concentrações da bactéria no HP e na fezes de acordo com as diferentes fases: 14

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16 16 Fonte: (MORALES-COVARRUBIAS, 2004)

17 Quais fatores de risco que predispôem os camarões a esta infecção? A infecção é dependente de temperatura, salinidade e status de saúde!! Salinidades acima de 20 ppm; Temperaturas acima de C por períodos de dias; Camarões juvenis / adultos. Qual porcentagem da população pode ser afetada pela NHP nas criações? Alguns reportes demonstram taxas de mortalidades que variam de 20 a 80%. 17

18 Como se transmite a doença? Experimentalmente tem se comprovado que a transmissão mais importante da doença ocorre principalmente através do canibalismo. Suspeita-se que o canibalismo de animais infectados exacerba a infecção em até 3 semanas. Algumas espécies de caranguejos e copépodes são considerados como reservatórios para bactéria causadora de NHP, 18

19 Como se diagnostica o NHP? O diagnóstico comumente utilizado são: Avaliações a fresco do HP (grau de evolução da doença; atrofia do HP; estrangulamento dos túblos; reserva lipídica ) Técnicas de PCR Histopatologia Shinozaki,

20 Grau severidade Túbulos atrofiados campo (200X) Achados clínicos. Microscopia (600X) 0 Nenhum Sem sinais de infecção e ou lesões Baixa infecção Infecção moderada Infecção moderada a severa 4 > 20 Infecção severa 20

21 Quando e como tratar? Realizar diagnóstico rotineiro de NHP por análise a fresco; Selecionar 30 animais em 4 diferentes pontos dos viveiros de engorda; Começar tratamento quando prevalência estiver entre 5-10%; Antibioticoterapia oral. Produtos específicos para Aquicultura e respaldo técnico para uso de antimicrobianos!!! 21

22 Trabalhos com infecção experimental em condições controladas demonstraram a eficácia e suportam tecnicamente o uso do antimicrobiano Aquaflor* da MSD Saúde Animal. Dra Maria Soledad Canavarrubias (CIAD México). 22

23 Vibriose Shinozaki,

24 O que é a Vibriose e qual a seu agente desencadeador? A vibriose é considerada uma doença infecciosa de origem bacteriana causadora de perdas significativas na carcinicultura, seja no estágios de larvas, juvenis e/ou adultos. Bactérias gram negativas do gênero Vibrio (> 20 espécies); Bactérias oportunistas que encontram-se normalmente nos ambientes de cultivo e desencadeam a infecção quando associadas a condições favoráveis. 24

25 Vibriose Espécies frequentemente isoladas de camarões doentes: - V. harveyii - V. pahaemolyticus - V. anguillarum - V. vulnificus - V. campbelli - V. alginolyticus Leano et. al., (1998) 25

26 Porque esta infecção é tão importante? Porque são bactérias normalmente presentes nos ambientes de cultivo e podem desencadear enfermidades em qualquer estágio da criação, trazendo grandes prejuízos econômicos!! Patogenia/evolução da enfermidade Infecções seguem um padrão similar: Bactéria coberta por fímbrias; Colonização das vias digestivas; Competição pelas reservas de Fe do hospedeiro; Secreção de toxinas (exoproteases); Destruição da parede celular TGI; Septicemia em HP e hemolinfa. 26

27 Quais fatores de risco predispôem os camarões a esta infecção? Excesso de matéria orgânica associada a queda de oxigênio; Mudanças de salinidade (pluviosidade); A transmissão da enfermidade ocorre diretamente pela água ou pela ingestão de animais moribundos; Qual porcentagem da população pode ser afetada pelas Vibrioses nas criações? DEPENDE!!! - pode variar de acordo com as condições ambientais encontradas e do estado de saúde dos animais. 27

28 Sintomas Larvicultura (microscópio) Diminuição da atividade alimentar; Hepatopâncreas cinzento e necrótico; Atividade peristáltica prejudicada; Ausência de filamentos fecais; Atraso processos de muda das PLs; Redução de sobrevivência. Engorda Natação desorientada junto as margens dos viveiros; Falta de apetite e sobra de ração; Lesões negras junto a carapaça; Opacidade em musculatura; Coloração avermelhada do corpo e dos apêndices dos camarões; Hemolinfa turva com tempo de coagulação de alterados. Lightner (1997) 28

29 Como prevenir a vibriose? Bom preparo do solo dos viveiros (oxidação de mat. orgânica, correção de ph); Boas práticas de manejo (monitoramento dos animais, limpeza e desinfecção de equipamentos / instalações); Monitoramento de qualidade de água (trocas de água); Bom manejo de fertilização (algas e zooplâncton); Uso de alimentos funcionais (suplementação alimentar); Uso de alimentos artificiais de boa qualidade e quantidades adequadas; 29

30 Como diagnosticar a Vibriose? Diagnóstico presuntivo (análises a fresco) + sintomatologias clínicas Isolamento e diagnóstico definitivo: Realizado de amostras de água das criações assim como, da hemolinfa ou de tecidos de camarões doentes. Incubadas a C por horas em Agar TCBS; Caracterização e identificação das espécies. - Histopatologia Sacarose negativa Sacarose positiva 30 Shinozaki, 2006

31 Quando e como tratar? Realizar diagnóstico rotineiro para Vibriose (presuntivo e laboratorial); Diagnóstico positivo, drogas corretas; dose e tempo de tratamento adequados; Doença bacteriana: antibioticoterapia oral. Produtos específicos para Aquicultura e respaldo técnico para uso de antimicrobianos!! 31

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34 Sobre a MSD Nossa Visão Fazemos diferença na vida das pessoas de todo o mundo por meio de nossos medicamentos, vacinas e produtos de consumo e de saúde animal inovadores. Desejamos ser a melhor companhia do mundo em atendimento à saúde e nos dedicamos a fornecer inovações e soluções de vanguarda para o futuro Nossa Missão Fornecer produtos e serviços inovadores e significativos que salvam e melhoram a vida das pessoas e satisfaçam as necessidades dos clientes; desejamos ser reconhecidos como um excelente local de trabalho e nos esforçamos para oferecer aos investidores uma taxa de retorno superior O que defendemos Excelência na inovação científica e no atendimento à saúde, com ênfase na solução de necessidades médicas não atendidas Foco nas necessidades dos pacientes e previsão de necessidades de todos os clientes Compromisso com a expansão do acesso a nossos medicamentos e vacinas e com o aperfeiçoamento da saúde global 34

35 Especificidades da Saúde Animal Ruminantes Bovinos é, de longe, a maior espécie Índia é o maior produtor de leite no mundo Aves Frangos, matrizes e poedeiras Saúde é principalmente orientada economicamente Suínos Reprodutores e de engorda Crescimento no segmento de vacinas respiratórias Animais de Companhia Cães, gatos e cavalos Segmento de maior crescimento nos últimos 15 anos Espécies Aquáticas Indústria emergente, rápido crescimento Doenças variam com a temperatura da água MSD Saúde Animal Líder no segmento de Ovinos Líder no segmento de Aves Líder no segmento de Gado Líder no segmento de Suínos Líder no segmento de Espécies Aquáticas 4ª no segmento de Animais de Companhia 35

36 Produtos e Serviços Eficientes, fácil uso Método de escolha para vacinação de alevinos Antimicrobianos específicos para uso aquícola Segurança e eficácia (peixes) Proteção prolongada com mínimos efeitos colaterais Mono ou multivalente Antiparasitário específico para uso aquícola Alta segurança e eficácia (Crustáceos Sea lice) Únicas vacinas com sistema de proteção do antígeno (AVP) Fácil adimnistração Suplemento alimentar natural a base de macroalgas marinhas Incremento das defesas naturais dos hospedeiros 36 Experiente equipe técnica na área de salmões, trutas, peixes marinhos, tilapia e camarões. Suporte técnico diferenciado programas de gerenciamento.

37 Aquaflor* 50% Premix Primeiro antibiótico registrado para aquicultura no Brasil!! Características desejáveis: Princípio ativo eficaz (florfenicol); Eficácia in vivo e in vitro.; Dose e tempo de tratamento; Palatabilidade; Premix e formulação específica Rápida degradação ambiental; Estabilidade extrusão e peletização; Período de retirada!! 37

38 10 dias consecutivos de medicação!!! 20mg / Kg mg / Kg kg Aquaflor ton. camarão 1Kg Aquaflor ton. camarão Taxa de Alimentação (% peso corporal) Aquaflor/Ton de ração (Kg do produto comercial) Aquaflor por saco de 25 kg de ração 0,5 % 4,0 100 gr 1,0 % 2,0 50 gr 2,0 % 1,0 25 gr 3,0 % 0,66 17 gr 5,0 % 0,40 10 gr 38

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41 Considerações finais Produtividade X Enfermidades Importância do uso de produtos específicos Segurança alimentar Problemas ambientais Assistência técnica especializada 41

42 Muito Obrigado!!! Leonardo Cericato Coordenador Técnico Aqüicultura - MSD Saúde Animal leonardo.cericato@merck.com Cel: (85) M&M distribuidor Aquavita Fone: