Análise de Uso e ocupação do solo no Distrito São Félix na cidade de Marabá-Pará INTRODUÇÃO
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- Ana Luiza Ferrão Conceição
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1 Diana Oneide Montelo de Oliveira UNIFESSPA/Camos Marabá; Análise de Uso e ocupação do solo no Distrito São Félix na cidade de Marabá-Pará INTRODUÇÃO A geografia é uma Ciência essencial na organização e reorganização do espaço, compreendendo as inter-relações dos elementos físicos, sociais, econômicos, urbanos, políticos e culturais, dessa forma é possível entender o processo dinâmico dos territórios. Atualmente, o meio ambiente vem se tornando assunto de fundamental importância na sociedade, e uma das grandes dificuldades que estão relacionadas à esse meio é a ausência de um planejamento que permita maior qualidade ambiental e de vida nessas áreas. No presente artigo abordará uma análise socioambiental do uso e ocupação do solo em algumas áreas do distrito São Félix na cidade de Marabá estado do Pará, identificando as formas de usos no ambiente de floresta. Marabá é compreendido como um município em crescente desenvolvimento econômico entre as cidades do sudeste do estado, a através dos empreendimentos imobiliário, nesse espaço possibilitou o uso do solo de maneira planejada e não planejada. Sob esta perspectiva de evidenciar o processo antrôpico dos ambientes a análise socioambiental caracterizou ambientes físicos no distrito São Félix que foram ocupados pela sociedade sendo, área a ser estudada: São Félix Pioneiro, Vila Geladinho, Loteamento Residencial Novo progresso, Loteamento Vale do Tocantins e Residencial Tocantins. O mapa 01 mostra a Localização da área de estudo, demosntrando todo perímetro urbano do distrito São Félix na cidade de Marabá.
2 Objetivo Desenvolver uma análise de uso e ocupação do solo nas áreas específicas de estudo, localizados no distrito São Félix onde se identificou os seus tipos de paisagens, as causas dos impactos ambientais e os padrões urbanos. Dessa forma, visualizando o processo físico e antrópico da paisagem. Metódos e Materiais A metodologia do artigo foi desenvolvida através da dinâmica do Geossistema, onde é possível compreender a estrutura sistêmica dos aspectos físicos relacionados aos fatores sociais, econômicos e políticos. Neste sentido, entender a modificação da paisagem meio da ação antrópica em ambientes de floresta. A interação dos aspectos naturais com os fatores sociais e econômicos remonta um sistema integrado nos elementos físicos, biológicos e antrópicos. Os primeiros estudos sobre a paisagem e a abordagem geossistêmica deu início com Sotchava (1963), no qual sua definição se baseava na interligação de fluxos de matéria e de energia entre os elementos bióticos e abióticos. O geossistema corresponde nesses três componentes que ocasionam atributos positivos e negativos na paisagem, a figura 02 mostra o esquema da definição teórica do geossistema segundo Bertrand (2004).
3 Esquema da definição teórica de geosistema Fonte: Adaptado de Bertrand, (ano 2004) Org: Diana Oneide, 2015 O geosistema se define por três componentes, o primeiro é o potencial ecológico no qual corresponde nos fatores geomorfológicos, climáticos e hidrológicos. O segundo componente é a exploração biológica compreende no processo dinâmico do solo, vegetação e fauna, e por fim o terceiro é a ação antrópica considerado como um integrante nesse esquema, esse componente pode ser visto como a inclusão do homem na natureza. Através desta definição é possível compreender que o geossistema é um arranjo categórico que se estrutura sistemicamente os aspectos físicos relacionando-os com as relações sociais, considerando as mudanças na paisagem conforme s escala espacial e temporal. Nos mapeamentos observou-se a transformação da paisagem durante dez anos e o processo de perda da cobertura vegetal para dar lugar às novas ocupações, o que gerou o crescimento do espaço urbano. Destarte, foram elaborados dois mapas de cobertura vegetal na escala temporal de dez anos que demonstram a ampliação das ocupações na área de estudo em detrimento da perda de cobertura vegetal. O mapa 02 é referente ao ano de 2002, o qual mostra um número menor de ocupações no ambiente de floresta, o que se deve ao fato de, na época, a região ser formada principalmente por fazendas com atividades agropecuárias.
4 O mapa 03 é do ano de 2012 demonstra as ocupações que surgiram na área de estudo. A implantação de loteamentos e residenciais modificaram a paisagem do núcleo. O crescimento urbano da área de estudo ocorreu em virtude do desenvolvimento econômico e a especulação imobiliária, expandindo o uso e ocupação em locais periféricos e nas áreas ambientais. Dessa forma, tal uso e ocupação do solo é fruto do processo dinâmico de urbanização da sociedade. Com os empreendimentos e a especulação imobiliária na localidade, passou-se a ampliar a busca de novos loteamentos que pudessem favorecer a sociedade. Locais onde eram fazendas, atualmente tornaram-se loteamentos, é o caso do distrito São Félix que
5 se tornou importante local para tal empreendimento imobiliário. Os loteamentos hoje são formas de moradias planejadas no espaço urbano, no intuito de vender a melhor forma de ocupação que se pode ter. No desenvolvimento do artigo foram identificadas o ambiente de floresta como os tipos de paisagem: banco de areia, planície fluvial e terraço fluvial. O mapa 04 demostra os tipos de paisagem identificados na área. Nessas ocupações foram destacados os padrões urbanos, variando-se entre o baixo, médio e alto padrão. Observou-se que o bairro São Félix Pioneiro possui algumas áreas pavimentadas, entretanto em sua maioria (parte periférica) não existe pavimentação. Não há canalização e a ocupação dá-se de forma desorganizada, ou seja, ocupações espontâneas ocasionadas pelo crescimento urbano. Com a variável 1 seu padrão urbano é baixo. A Vila Geladinho mostra a precariedade no local e retrata ser o menor número dos locais estudados, com a variável 0 no seu padrão urbano baixo. O Loteamento Residencial Vale do Tocantins, onde há a ausência de pavimentação, as ocupações foram planejadas para as residências simples e residências mistas. Sua variável é no número 4 sendo um padrão urbano médio. O Residencial Tocantins (Minha Casa Minha Vida) programa do Governo Federal destinado à pessoas de baixa renda. Sua variável está na numeração 4 constituindo numa área de padrão urbano médio. O Loteamento Novo Progresso, destinado às pessoas de renda média e alta, de acordo com a pesquisa sua variável é 5 tornando o padrão urbano mais alto.
6 A forma desordenada das ocupações na área de estudo localizado no distrito São Félix vem ocasionando em diversos impactos no ambiente resultando numa maior degradação dos recursos naturais e na cobertura vegetal da área. A epansão das ocupações e a ausência de um planejamento ambiental em ambientes de floresta promoveu o desiquilíbrio ambiental. Resultados e discussões O crescimento econômico e urbano em todo distrito São Félix consolidou na ampliação econômica e imobiliária. Mas a falta deu um planejamento nesse espaço urbano problematiza nos impactos ambientais na área ambiental, é importante perceber que nas localidades periféricas sofrem com a falta de saneamento básico e com outros pontos geradores de poluição. Dessa forma, a ocupação desordenada nas áreas não preservadas acarretou numa degradação dos recursos naturais. Diante disso, a análise pontuou o processo de transformação da paisagem identificando os tipos de paisagem e caracterizando o uso e ocupação do solo. Enfim, esse momento do trabalho é a visualização do mapa de uso e ocupação do solo, que mostra a ampliação do solo exposto na área de estudo. Os impactos ambientais gerados pelo uso e ocupação do solo de forma inadequada na área de estudo evidencia a falta de um planejamento ambiental no espaço urbano do distrito São Félix. O mapeamento de uso e ocupação do solo visualizou a extensão das ocupações, ou seja, o crescimento do espaço urbano na área ambiental, causando impactos nos recursos naturais existentes na área de estudo.
7 Destarte, o mapa 05 é o de uso e ocupação do solo é o resultado, através do mapeamento caracterizaram-se tais usos e a inclusão do homem na modificação da área de estudo em ambientes de floresta. Percebe-se que no mapa todo o processo de transformação da paisagem na escala temporal de dez anos, retratando também os aspectos naturais e os sociais, identificaram-se os tipos de paisagem, e os padrões urbanos do objeto de estudo. O mapa demostra o crescimento urbano de forma desordenada em detrimento da perda de cobertura vegetal da área. Em seguida o quadro, apontando toda síntese do trabalho na área de estudo.
8 Quadro Síntese da área de estudo Geologia/Geomorfologia Paisagem/Tipos Formas de Impactos uso/padrão urbano Ambientais São Félix Pioneiro Planície fluvial e Baixo Degradação o terraço fluvial ambiente do terraço fluvial ocupações inadequadas (residências comerciais e olarias) sem planejamento ambiental, falta de canalização de esgoto causando degradação ambiental Vila Geladinho Banco de areia, Baixo Impactos sobre os planície fluvial e recursos naturais no terraço fluvial ambiente de floresta que está localizada entre o banco de areia e a planície fluvial, falta de canalização de esgoto causando degradação ambiental Loteamento Vale do Terraço fluvial Médio Falta de arborização Tocantins Residencial Tocantins Terraço fluvial Médio Falta de arborização Loteamento Novo Progresso Terraço fluvial Médio Melhor qualidade ambiental de toda área estudada, presença de áreas verdes em todo loteamento. Org: Diana Oneide (2015)
9 Considerações Pretendeu-se através dessa pesquisa observar o uso e ocupação do solo na área de estudo, percebendo no âmbito, a má qualidade ambiental e social na área estudada. Diante disso, a necessidade de um mapa principal que mostre o aumento das ocupações de forma desordenada na planície e terraço fluvial. Caracterizaram-se os seguintes locais do núcleo: o bairro São Félix pioneiro, a Vila geladinho, o Loteamento Residencial Vale do Tocantins, o Residencial Tocantins e o Loteamento Novo Progresso. Foram constatadas as ocupações planejadas e não planejadas, identificadas na planície e terraço fluvial, caracterizou-se os padrões urbanos de cada local, e os impactos ambientais ocasionados pela ausência da ausencia uma preservação ambiental no ambiente de floresta. Enfim, o mapa de uso e ocupação do solo resultou como etapa final, analisando a modificação da paisagem através das formas de uso e ocupação sem nenhum planejamento ambiental, neste sentido, o mapa confeccionado visualiza a ampliação desordanada do cenário urbano na área de estudo.
10 Referências BERTRAND, G. Paisagem e geografia física global: esboço metodológico. Caderno de Ciências da Terra, FELIPE, L. Geologia, Geomorfologia e Morfotectônica da Região de Marabá-PA, BURGOS, D. Mapeamento Geomorfológico Aplicado a Análise Ambiental: Estudo do Caso Serra da Jaqueçaba e seu Rntorno (Espiríto Santo Brasil), Universidade Federal do Espiríto Santo BRITO, E. Avaliação Qualitativa de Impactos Ambientais de Correntes do Empreendiemtno Denominado Praias Fluviais no Estado de Tocantins, ROSOLÉM, N.Geossitema, Território e Paisagem como Método de Análise Geográfica, SABBAGH, R. Gestão Ambiental. Secretária do meio Ambiente, Governo do Estado de São Paulo, 2011.
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