ANÁLISE DA RESISTÊNCIA DE PLACAS DE BASE DE COLUNAS METÁLICAS TUBULARES

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1 Anais das XXXII Jornadas Sulamericanas de Engenharia Estrutural Maio / 2006 ISBN Investigações Teóricas, Experimentais, Numéricas e Computacionais Trabalho JOR p ANÁLISE DA RESISTÊNCIA DE PLACAS DE BASE DE COLUNAS METÁLICAS TUBULARES Gisele S. Novo Possato (1), Arlene M. S. Freitas (2) (1) UFOP Universidade Federal de Ouro Preto, Escola de Minas, DECIV, Programa de Pós-graduação em Engenharia Civil Área de Construção Metálica - Campus Universitário, Morro do Cruzeiro, CEP Ouro Preto - MG Brasil - gisele.novo@uol.com.br (2) UFOP Universidade Federal de Ouro Preto, Escola de Minas, DECIV, Programa de Pós-graduação em Engenharia Civil Área de Construção Metálica - Campus Universitário, Morro do Cruzeiro, CEP Ouro Preto - MG Brasil arlene@em.ufop.br RESUMO O aumento do uso de seções tubulares em estruturas metálicas tem destacado a necessidade de métodos que racionalizem as ligações parafusadas de barras metálicas tubulares. Neste trabalho, foi desenvolvido um estudo teórico-experimental do comportamento das ligações de placas de base de colunas em perfil tubular circular solicitados à força axial e momento fletor. Estes estudos foram realizados de modo a avaliar e comparar os resultados experimentais com as avaliações teóricas apresentadas em prescrições e literaturas sobre o assunto. O programa experimental envolveu ensaios em colunas curtas com placas de base conectadas através de chumbadores a uma base de concreto com resistência controlada. A excentricidade de carregamento foi um parâmetro crítico para a análise sendo observados nos ensaios os modos de colapso obtidos. Foram realizados cinco ensaios em laboratório, e o estudo experimental foi desenvolvido de forma a analisar a distribuição de tensões nas placas de base à medida que a coluna recebe carga excêntrica. Para a leitura das deformações foram posicionados extensômetros em regiões específicas da placa de base, e com os valores das deformações foram obtidas as tensões nas placas. Foram realizadas análises teóricas nos protótipos ensaiados de forma a comparar os valores encontrados nos ensaios realizados e as expressões analíticas das normas de cálculo de placas de base. A partir das comparações dos resultados experimentais com as avaliações teóricas concluiu-se que as formulações propostas pela maioria das prescrições são conservadoras. As análises realizadas neste trabalho foram linear elástica. Palavras-chave: Seções tubulares, Ligações. Anais das XXXII Jornadas Sulamericanas de Engenharia Estrutural. 215

2 1 INTRODUÇÃO As placas de base são utilizadas para fazer a ligação da base da coluna com o elemento de apoio, geralmente um bloco de concreto, e tem por finalidade distribuir adequadamente a pressão da coluna sobre uma determinada área de fundação sem exceder a resistência do concreto da mesma e garantir a fixação da extremidade da coluna. A fixação da placa de base com o bloco é feita por chumbadores, que também são usados para posicionar a coluna no bloco durante a montagem. Esse tipo de ligação da coluna com o apoio é muito significativo no comportamento global da estrutura, como na distribuição de esforços, deslocamentos e estabilidade da estrutura. As placas de base de colunas podem estar submetidas a tipos de carregamento que dependem da excentricidade da aplicação da carga. A conexão entre a coluna e a chapa de base, segundo DEWOLF & RICKER [1], depende da combinação desses carregamentos atuantes e pode ser classificada de acordo com a restrição ao giro em: (a) bases flexíveis, que não oferecem restrição ao giro; (b) bases rígidas, que oferecem restrição ao giro; (c) bases semi-rígidas, que estão submetidas a carga horizontal e axial. O estudo teórico experimental realizado em POSSATO [2] contempla apenas bases rígidas na análise das placas de base, com comportamento uniforme e sem a utilização de enrijecedores na coluna. 2 METODOLOGIA E PROGRAMA EXPERIMENTAL 2.1 Metodologia empregada Os estudos experimentais foram realizados para analisar a resistência de placas de base de colunas formadas por tubos metálicos circulares e envolveram cinco ensaios. A excentricidade de carregamento foi um parâmetro de análise e foi observado nos ensaios os modos de colapso obtidos e as conformidades destes com as avaliações teóricas. No primeiro ensaio, Ensaio 1, a excentricidade do carregamento axial na coluna foi igual a uma vez o raio externo do tubo da coluna, 84,15 mm. No Ensaio 2, a excentricidade foi igual a duas vezes o raio externo do tubo da coluna, 168,3 mm, e o protótipo (Protótipo1) foi o mesmo utilizado no Ensaio 1. Para o Ensaio 3 foi construído um novo protótipo (Protótipo2) de mesmas dimensões que o Protótipo1 e com excentricidade de carregamento de 168,3 mm. As chapas de base dos Protótipos 1 e 2 possuem espessura de 12,5 mm. Para os Ensaios 4 e 5 foram fabricados mais dois protótipos (Protótipos 3 e 4) similares aos Protótipos 1 e 2, mas com espessura da placa de base igual a 16 mm e excentricidade de carregamento de 168,3 mm. Foi avaliada ainda a distribuição de deformações medidas a cada etapa de carregamento através de extensômetros elétricos de resistência. 2.2 Projeto dos protótipos Para avaliação da placa de base foram projetados protótipos com coluna curta tubular de seção transversal circular de comprimento definido para que não ocorressem fenômenos como a flambagem da mesma. Para a aplicação de carga foi projetado um consolo na extremidade livre da coluna de forma a absorver os níveis de carga previstos. O protótipo foi dimensionado de modo que o colapso ocorresse na placa de base que é o objeto da pesquisa realizada. Foi adotado para os protótipos, placas de base quadradas de lado igual a 300mm e colunas tubulares circulares de diâmetro igual a 168,3 mm posicionadas no Anais das XXXII Jornadas Sulamericanas de Engenharia Estrutural. 216

3 centro da placa de base. O bloco de apoio foi armado nas duas direções utilizando barras de diâmetro de 8,0 mm de modo a evitar ruptura e danos no mesmo e ainda possibilitar sua fixação na laje de reação. Para a ancoragem da placa de base foram utilizados chumbadores de barras rosqueadas de diâmetro igual a ¾ (19 mm). O protótipo foi posicionado no bloco de apoio e utilizou-se grout para nivelamento da superfície entre ambos. 2.3 Instrumentação Para a instrumentação dos corpos de prova foram utilizados extensômetros elétricos de resistência (EER), transdutor de deslocamento (LVDT), defletômetros, célula de carga e sistema automático de aquisição de dados. Os extensômetros foram colados na placa de base e nos chumbadores. Os posicionamentos dos extensômetros estão mostrados nas figuras 1 e 2. Figura 1 Esquema de instrumentação com extensometria - Ensaio 1, Ensaio 2 e Ensaio 3. Figura 2 Esquema de instrumentação com extensometria - Ensaio 4 e Ensaio 5. Os LVDT e defletômetros mecânicos foram utilizados para medição dos deslocamentos de recalque do bloco e assim avaliar as influências nos resultados. Para a aplicação da carga utilizou-se atuador hidráulico fixado à mesa inferior da viga do pórtico de reação e para medição do carregamento utilizou-se célula de carga. 2.4 Montagem dos ensaios Inicialmente o bloco foi posicionado de modo a ter-se a excentricidade de carga de cada ensaio realizado. Após o posicionamento, o bloco de apoio foi nivelado com gesso para retirar os desníveis oriundos da concretagem. Na posição ajustada para a excentricidade da carga o bloco foi preso a laje de reação através de parafusos e na região submetida à tração. Em seguida a placa de base foi parafusada no bloco de apoio com o grout ainda trabalhável de modo a ajustar as imperfeições da placa de base. O Anais das XXXII Jornadas Sulamericanas de Engenharia Estrutural. 217

4 esquema geral do sistema de aplicação de carga e do posicionamento em relação à laje de reação está ilustrado na figura 3. Viga do Pórtico de reação Atuador hidráulico Célula de carga Tubo Console Placa de base Bloco de apoio Figura 3 Esquema geral dos ensaios. 2.5 Metodologia de ensaio Inicialmente realizou-se um pré-ensaio, na fase elástica do material para verificação do sistema de aquisição de dados, da instrumentação e dos equipamentos utilizados, e também para acomodação do conjunto bloco de concreto e protótipo. Em seguida, fez-se a aplicação de carregamentos crescentes até o colapso. A cada etapa de carga foi realizada a aquisição de deformações e deslocamentos. 3 RESULTADOS EXPERIMENTAIS Para a caracterização do material das placas de base foram realizados ensaios de tração, dureza e análise química nas chapas, conforme a ASTM (1995) [3]. Para os protótipos 1 e 2, que possuem espessura da chapa de 12,5 mm, tem-se o limite de escoamento de 308,3 MPa e limite de ruptura de 464,3 MPa. Para os protótipos 3 e 4, que possuem espessura da chapa de 16 mm, tem-se o limite de escoamento de 435,6 MPa e limite de ruptura de 632,6 MPa. Foram realizados cinco ensaios onde apenas no Ensaio 1 não ocorreu escoamento da placa de base porque o ensaio foi paralisado por problemas no sistema de aplicação da carga. Os valores da carga que levou a placa de base ao escoamento foram encontrados a partir da tensão de escoamento do aço da placa de base, obtida através do ensaio de caracterização do material da mesma. Para todos os ensaios foram calculadas as tensões principais a partir das deformações lidas pelos extensômetros nos ensaios. Os resultados dos ensaios estão apresentados na tabela 1 e a posição dos extensômetros estão mostrados nas figuras 1 e 2. Nesta tabela tem-se os valores máximos de deformação. Anais das XXXII Jornadas Sulamericanas de Engenharia Estrutural. 218

5 Ensaio TABELA 1 Resultados dos ensaios experimentais [8]. Carga Deformação no Tensão no Máxima Escoamento Escoamento (kn) (microstrain) (MPa) Carga de Escoamento (kn) 2 158,7 301, ,3 306, ,9 378, ,5 414,7 Direção das Tensões EER ,81 Tensão x E ,18 Tensão y E ,9 Tensão x E ,61 Tensão y E ,42 Tensão x E ,66 Tensão y E ,19 Tensão x E ,42 Tensão 45 E ,62 Tensão y E15 No Ensaio 1 a carga máxima aplicada foi de 600,32 kn e a deformação máxima de 687µ no extensômetro E6 que corresponde a tensão de 179,3 MPa. Ainda nesse ensaio observou-se que o núcleo central do tubo sofreu variações nas deformações que caracteriza região limite entre tracionada e comprimida da placa de base. No Ensaio 2 observou-se que praticamente não houve deformação no núcleo central do tubo, devido o nível de excentricidade deste ensaio, que é de 168,3 mm, e passa a ser determinante no comportamento do conjunto placa-bloco. Já no Ensaio 1, os valores das deformações são bem maiores no núcleo central, pois a região de aplicação de carga está localizada na parede do tubo da coluna, caracterizando a alta concentração de tensões através da transmissão da carga pelo tubo para a placa de base. No Ensaio 5 foi comprovado que as tensões calculadas neste trabalho, a partir das deformações lidas pelos extensômetros em todos os ensaios, são as tensões principais, pois foram colados extensômetros a 45 o e a partir destes pode-se calcular as tensões de cisalhamento, verificando-se dessa forma que são praticamente nulas. As leituras dos defletômetros e dos LVDT apresentaram valores muito pequenos, concluindo-se assim que não houve movimentação do bloco de concreto e nem deslocamentos significativos da placa de base e da placa de aplicação da carga, em todos os ensaios realizados. 4 AVALIAÇÃO E COMPARAÇÃO DOS RESULTADOS EXPERIMENTAIS A avaliação teórica das placas de base utilizadas nos ensaios foi calculada a partir das características geométricas dos protótipos ensaiados e assim foi encontrada a carga máxima nominal que as respectivas placas suportam na fase elástica. Para o cálculo da carga máxima nominal não foi utilizado nenhum coeficiente de majoração nas equações. 4.1 Avaliação segundo prescrições existentes O método de cálculo, para base de coluna, recomendado pela maioria dos autores segue uma concepção básica, onde, neste trabalho será apresentado o dimensionamento de placas de base rígidas utilizando dois desenvolvimentos de cálculo, um baseado nas prescrições da EUROCODE3 [4] e outro do AISC [5]. Para calcular a espessura da placa de base é necessário primeiramente calcular as pressões de contato da placa com o bloco de concreto. A pressão de contato admissível de cálculo é Anais das XXXII Jornadas Sulamericanas de Engenharia Estrutural. 219

6 função da resistência do concreto e da relação entre as áreas do concreto e da placa (RAUTARUUKKI [6]). A placa de base deve ser dimensionada para comportar-se como uma placa rígida. O comportamento dessa placa rígida é considerado pela maioria dos autores semelhante à de uma viga em balanço, como mostrado na figura 4(c), com carregamento distribuído devendo ser calculado o momento fletor em torno de uma seção crítica. De acordo com o desenvolvimento de cálculo de RAUTARUUKKI [6], baseado na Eurocode3 [4], a seção crítica é localizada na borda externa da coluna e o balanço da viga (a 1 ), utilizado conforme mostrado na figura 4(a). Já, para DEWOLF e RICKER [1], baseado na AISC [5], a seção crítica é mais interna a coluna e o balanço da viga (m), utilizado no cálculo é conforme mostrado na figura 4(b). Os valores de a 1 e m é como mostrado nas equações 1 e 2, onde L é o comprimento da placa de base, D é o diâmetro da coluna e t p é a espessura da placa de base. a 1 L D =, ou, (1) 2 L 0,8 D m = (2) 2 seção crítica na flexão a 1 t p seção crítica na flexão m t p m ou a 1 P2 P1 (a) (b) (c) Figura 4 Detalhe da seção crítica da viga em balanço e sua projeção. Para o dimensionamento da placa de base inicialmente calculam-se as pressões de contato máxima e mínima, p 1 e p 2, figura 4(c), que variam em função da dimensão da placa de base e da excentricidade do carregamento axial. Com as pressões de contato encontradas é possível calcular o momento na borda da placa, que é o maior momento que ocorre na placa de base, utilizando a analogia de viga em balanço. Com o valor do momento na borda da placa, M borda, é realizada a relação de que o momento de solicitação deve ser menor ou igual ao momento resistente, e assim calcular a espessura, t p, da placa de base. Dessa forma, tem-se na tabela 2 o resultado da análise teórica e da análise experimental no regime elástico. TABELA 2 Resultados análise teórica e experimental (Regime elástico) [8]. Ensaio Carga máxima nominal atuando na placa de base(kn) Análise Teórica EUROCODE a 1 = 65,85 mm Análise Teórica AISC m = 82,68 mm Análise Experimental 2 86,0 56,4 158,7 3 86,0 56,4 163, ,0 130,4 287, ,0 130,4 310,5 Anais das XXXII Jornadas Sulamericanas de Engenharia Estrutural. 220

7 4.2 Avaliações teóricas Com relação a analogia de viga em balanço, foi possível observar através dos ensaios que a placa de base na região da ligação com o tubo se comporta como um engaste, visto que, nos Ensaios 4 e 5, as tensões aumentam a medida que se aproxima dos chumbadores tracionados e tendem a zero na região interna do tubo da coluna. Assim não houve deslocamento nesta região e pode-se dizer que o tubo proporciona um engaste na região da solda do mesmo com a placa de base. Dessa forma foi possível calcular a posição da linha neutra experimental no Ensaio 5. A figura 5 mostra o gráfico de tensão ao longo do comprimento da placa e na posição dos extensômetros para o Ensaio 5. A partir da curva gerada pelos pontos de tensão calculados através dos extensômetros foi possível encontrar uma reta e a partir desta foi possível obter a posição da linha neutra experimental, y experimental, para o Ensaio 5, que é de 109,91 mm para a carga de 310,50 kn (carga de escoamento) ,60 393, ,3 mm Carga 350 Tensão (MPa) 294,93 y = -2,7753x - 18, , mm ,09-160,09-130,09-100,09-70,09-40,09-10,09 19,91 49,91 79,91 109,91 Distâncias (mm) ,09 mm 109,91 mm = yexperimental Figura 5 Tensão ao longo do comprimento da placa para o Ensaio 5. Quando se tem o caso de excentricidade moderada e grande excentricidade, ou seja, e > L/6, e assume-se que a pressão de contato seja máxima na extremidade da placa onde ocorre o contato da placa com o bloco de concreto, e decresça linearmente até a posição da linha neutra y teórico, como mostra a figura 6, havendo, portanto, tração nos chumbadores (P t ) (BLODGETT [7]). e Carga L y teórico Pt Figura 6 Detalhe típico de base com e > L/6 onde os chumbadores são solicitados. Anais das XXXII Jornadas Sulamericanas de Engenharia Estrutural. 221

8 Para o cálculo da posição da linha neutra, y teórico, foi utilizado um polinômio de 3 o grau obtido da relação entre deslocamentos e deformações, assim, o valor de y teórico para o Ensaio 5 foi igual a 131,65mm. Comparando a posição da linha neutra teórica com a experimental do Ensaio 5 a diferença foi de aproximadamente 16%, porque para o cálculo da LN teórica é admitido uma distribuição linear de deformações na seção da base, e observando o gráfico da figura 8 podemos perceber que a distribuição de deformações não é linear ao longo da placa. Uma outra justificativa é que experimentalmente foi possível observar através do Ensaio 5, que o bloco de concreto exerce forte contribuição na resistência momento-giro da placa de base devido a excentricidade de carga. Ou seja, a região comprimida diminui em relação a carga centrada, por exemplo. Inicialmente, utilizando o princípio de que a viga em balanço possui seu comprimento associado ao comprimento da linha neutra, pode-se utilizar este nas avaliações teóricas. No entanto, um maior comprimento da viga geraria uma diminuição na resistência. Assim, a resistência da placa de base pode ser calculada a partir da projeção da mesma considerando não mais a analogia de viga em balanço e sim uma viga engastada em uma extremidade e apoiada na outra, com comprimento igual a y teórico. Dessa forma têm-se os seguintes resultados apresentados na tabela 2. TABELA 2 Cargas máximas nominais - viga engastada e apoiada. Ensaio Comprimento da viga (mm) Carga Máxima Nominal (kn) 2 e 3 y teórico = 131,65 119,5 4 e 5 y teórico = 131,65 276,4 Em uma outra proposta de cálculo a resistência da placa de base também pode ser calculada a partir da projeção da mesma considerando uma viga engastada em uma extremidade e apoiada em apoio elástico na outra, com comprimento da viga igual a a 1. Nas análises realizadas a partir da comparação com os valores experimentais obteve-se o valor da constante k da rigidez do apoio elástico em cada ensaio, onde foi considerado o valor de k = 550 knm/rad. Com esse valor de k, obtém-se na tabela 3 a máxima carga de escoamento para cada ensaio, considerando a análise teórica de viga engastada e apoiada em apoio elástico. TABELA 3 Cargas máximas nominais - viga engastada e apoiada em apoio elástico. Ensaio Comprimento da viga (mm) Carga Máxima Nominal (kn) 2 e 3 a 1 = 65,85 162,0 4 e 5 a 1 = 65,85 296,5 4.3 Comparações entre as formulações Para comparar os resultados das análises teóricas com a análise experimental e as formulações propostas para a análise teórica foi feito um gráfico mostrado na figura 7, onde foi levado em consideração a espessura da placa de base de 12,5mm e tensão de escoamento do aço da placa de 308 MPa, de acordo com os Ensaios 2 e 3, e a espessura da placa de 16mm e tensão de escoamento do aço da placa de 435 MPa, de acordo com os Ensaios 4 e 5. No eixo vertical está representado a carga máxima de ruptura dividido pela tensão de escoamento do aço da placa de base e no eixo horizontal está representado o comprimento da placa de base dividido pela espessura da mesma. A Anais das XXXII Jornadas Sulamericanas de Engenharia Estrutural. 222

9 espessura da placa de base variou de 12 mm até 17 mm. A excentricidade da aplicação da carga foi de 168,30 mm como ocorreu nos Ensaio 2 ao Ensaio 5. Carga de Escoamento / fy do ensaio 14,0 13,0 12,0 11,0 10,0 9,0 8,0 7,0 6,0 5,0 4,0 3,0 2,0 1,0 0,0 EUROCODE - Viga em balanço - Vão da viga = a1 AISC - Viga em balanço - Vão da viga = m Viga engastada e apoiada - Vão da viga = yteórico Viga engastada e apoiada em mola - Vão da viga = a1 Ensaio 2 Ensaio 3 Ensaio 4 Ensaio 5 17,0 18,0 19,0 20,0 21,0 22,0 23,0 24,0 25,0 26,0 27,0 28,0 29,0 30,0 31,0 32,0 L/tp Figura 7 Comparações entre as formulações. É possível perceber no gráfico da figura 7 que a formulação baseada na AISC, é mais conservadora que a formulação baseada no EUROCODE. Os melhores resultados quando comparados com os ensaios são da análise teórica de que a viga se comporta como engastada e apoiada em apoio elástico com comprimento da viga igual a a 1. O efeito do apoio elástico pode ser resultado da contribuição do bloco de concreto na resistência momento-giro da placa de base ou do comportamento bidimensional da placa. Quanto a proposição de viga engastada e apoiada com o comprimento da viga igual a y teórico, apesar de os resultados serem próximos dos resultados experimentais, a hipótese não considera a influência da coluna na deformação da placa de base. 5 CONCLUSÕES Através dos resultados obtidos pode-se observar de uma maneira geral que a distribuição de tensões no carregamento axial mostra que a aproximação da teoria de uma viga em balanço com carregamento distribuído é conservadora e fornece placa de base espessa. Nos Ensaios 2 a 5, que possuem excentricidade de carregamento de 168,30 mm, o escoamento ocorreu primeiro na posição dos extensômetros que se localizam na linha de eixo dos chumbadores tracionados, ou seja, nessa posição ocorreu as maiores tensões diminuindo a medida que os extensômetros se aproximam da coluna, chegando a ficarem nulos no centro da mesma. Observou-se também, que as cargas experimentais médias que provocaram escoamento na placa de base são aproximadamente, 33% e 47% maiores que as cargas teóricas obtidas a partir de formulações das prescrições de cálculo. As prescrições propõem que para o cálculo da espessura da placa de base deve ser considerada a projeção da placa como sendo uma viga em balanço, engastada na parede do tubo da coluna e livre na borda da placa de base, onde o carregamento dessa viga é a pressão de contato entre a placa de base e o bloco de concreto. Com relação a essa hipótese, foi possível observar experimentalmente a condição de engaste visto que Anais das XXXII Jornadas Sulamericanas de Engenharia Estrutural. 223

10 nos Ensaios 4 e 5 as deformações aumentam a medida que se aproxima dos chumbadores tracionados e tendem a zero na região interna do tubo da coluna, caracterizando a hipótese de que existe um engaste nesta região. Observou-se que a proposição de viga engastada e apoiada em apoio elástico com o comprimento da viga igual a a 1 apresenta boa correlação com resultados experimentais. O efeito do apoio elástico pode ser resultado do comportamento bidimensional da placa, ou seja, na direção perpendicular ao momento fletor há uma resistência de viga entre os dois chumbadores; ou pode ser resultado da contribuição do bloco de concreto na resistência momento-giro da placa de base. 6 AGRADECIMENTOS Os autores agradecem ao CNPQ, a CAPES e a empresa Vallourec & Mannesmann do Brasil. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS [1] DEWOLF, J.T. & RICKER, D. T., Column Base Plates. AISC Design Guide Series I, Chicago, IL. [2] POSSATO, G.S.N., 2004 Análise Teórico-Experimental de Placas de Base de Colunas Metálicas Tubulares. Dissertação de Mestrado, Ouro Preto. [3] ASTM, E8M-95 A-Standard Test Methods for Tension Testing os Metallic Materials (Metric). [4] EUROCODE 3, Design of steel structures. ENV : General rules and rules for buildings. [5] AISC, Manual of steel construction. Load and Resistance Factor Design-LRFD, VOL.1&2, 2 nd editon, Illinois. [6] RAUTARUUKKI OYJ; HANNU VAINIO, Design Handbook for Rautaruukki Structural Hollow Sections. Hämeenlinna, Finlândia. [7] BLODGETT, O. W., Design of Welded Structure. The James F. Lincoln Arc Welding Foundation, Cleveland, Ohio. [8] POSSATO, G.S.N., Análise Teórico-Experimental de Placas de Base de Colunas Metálicas Tubulares. REM Revista Escola de Minas, Ouro Preto (submetido). Anais das XXXII Jornadas Sulamericanas de Engenharia Estrutural. 224

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