Relatório sobre o Brasil. A indústria têxtil brasileira concentra-se no mercado interno. Martin Werder. Joachim Maier.

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1 Relatório sobre o Brasil Christian Schindler Martin Werder Joachim Maier Fred Mägerle ITMF Rieter Machine Works Ltd., Rieter Machine Works Ltd., Rieter South America, Zürich, Switzerland Winterthur, Switzerland Winterthur, Switzerland São Paulo, Brazil Relatório sobre o Brasil A indústria têxtil brasileira concentra-se no mercado interno

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3 Rieter. Relatório sobre o Brasil 3 Prefácio Introdução O Brasil deverá ser o início de uma nova série de relatórios da Rieter em cooperação com a International Textile Manufacturers Federation (ITMF) sobre diversos países. Nesta série são analisados os mercados têxteis mais importantes do mundo em que ambas as organizações estão ativas. O objetivo da publicação é informar o leitor sobre a situação econômica atual e as futuras perspectivas destes países. No final do relatório também conheceremos a opinião de um dos nossos clientes. Por ter sido redigida esta publicação por uma equipe, é possível que, apesar de vários ciclos de revisão, o leitor ainda note diferenças nos estilos e na tônica. O Brasil é o quinto maior país e um dos países mais populosos do mundo. Com 200 milhões de habitantes, uma industrialização avançada e enormes reservas naturais, o Brasil tem um elevado potencial econômico. No mundo, o Brasil é um exemplo de uma economia emergente. Por este motivo, o Brasil pertence ao BRICS que é um acrônimo que se refere aos países Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Nestes cinco países (quatro destes são os chamados países emergentes) a economia cresce anualmente em 5 a 10 %. A indústria têxtil brasileira é uma indústria voltada para o consumo interno. Deste volume exportam-se menos de 10 %. Devido ao clima quente e úmido na maioria das regiões do país, o algodão é a fibra mais utilizada. O Brasil fica em sexto lugar na produção mundial de algodão e produz aprox. 1.2 milhões de toneladas de algodão, mas exporta apenas 30 % do plantio para Indonésia, Paquistão, Japão e Argentina. Além do cultivo de algodão, existem, no Brasil, vários fabricantes de fibras sintéticas/artificiais como poliéster, viscose e acrílico. GERMANY Ingolstadt CZECH REPUBLIC Ústí nad Orlicí Žamberk RUSSIA Moscow SWITZERLAND Winterthur USA Spartanburg CHINA Shanghai Beijing Changzhou Urumqi Taipei Hong Kong TURKEY Istanbul INDIA Gurgaon Wing,Pune Koregaon Bhima, Pune Coimbatore Chandigarh BRAZIL São Paulo Figura 1: Vários centros de venda e serviço suportam os clientes em todo o mundo

4 4 Rieter. Relatório sobre o Brasil RIETER The Comfort of Competence ITMF International Textile Manufacturers Federation A Rieter é o principal fornecedor de unidades para produção de fios de fibras curtas. Como parceiro eficiente, a Rieter facilita a vida do seu cliente, oferecendo assistência e suporte, desde as discussões iniciais sobre o investimento até à operação de uma fábrica de fiação. Os conhecimentos abrangentes da Rieter sobre as fibras, desde o fio até aos têxteis acabados, formam a base para máquinas inovadoras e uma qualidade constante dos fios. SISTEMAS DE VALORES A Rieter é o único fabricante de maquinaria têxtil capaz de oferecer todos os procedimentos de fiação, e, por consequência, pode aconselhar o cliente eficiente e independentemente, de acordo com suas necessidades. A excelente relação preço-qualidade, e a ótima utilização de matérias-primas e a longevidade dos produtos tornam o investimento em máquinas da Rieter muito atrativo. Desde a fundação da empresa no ano de 1795 na Suíça, a Rieter desenvolveu elevados padrões de qualidade. Todas as instalações de produção tem certificação ISO TECNOLOGIA CONVINCENTE Com o seu know-how tecnológico abrangente, desde todos os quatro procedimentos de fiação até ao produto têxtil acabado, a Rieter aconselha e ajuda o cliente na seleção do procedimento de fiação apropriado. Cinco centros de fiação, cinco laboratórios têxteis e um centro de treinamento moderno estão à disposição do cliente para ensaios de fiação e treinamento. PARCERIA DE SUPORTE Vários centros de venda e serviço suportam os clientes em todo o mundo. Durante décadas, os clientes podem beneficiar de um único ponto de contato para todas as suas operações de fiação. (Fig. 1) A International Textile Manufacturers Federation (ITMF) é uma associação internacional das indústrias têxteis em todo o mundo. Tomou a seu cargo a tarefa de fornecer informações atualizadas aos seus membros em todo o mundo, através de inquéritos, estudos, publicações e da organização de conferências anuais. Além disso, a ITMF alcança este objetivo pela sua participação no futuro desenvolvimento da cadeia de valor da indústria e pela publicação de opiniões ponderadas relativas a tendências futuras e desenvolvimentos internacionais. HISTÓRIA A International Textile Manufacturers Federation (ITMF) é uma das organizações não governamentais mais antigas. Foi fundada em 1904 numa reunião em Zurique que foi organizada por instigação da indústria britânica de fiação de algodão. A nova organização assumiu o nome International Federation of Master Cotton Spinners and Manufacturers Association. Frequentemente foi designada por International Cotton Federation. A sede principal da organização foi estabelecida em Manchester, Inglaterra. Durante muitos anos, mesmo durante ambas as guerras mundiais, representou e defendeu os interesses das indústrias de fiação e produção de algodão a nível mundial. A introdução de fibras sintéticas ampliou a base de matérias-primas da indústria de algodão. Simultaneamente, a estrutura da indústria foi alterada pela integração vertical em empresas têxteis e, em consequência disso, também o seu escopo. Entretanto, tornou-se uma indústria de multi-fibras e multi-processos.

5 Rieter. Relatório sobre o Brasil 5 Brasil em expansão Em 1963, a sede principal da organização foi transferida de Manchester, Inglaterra, para Zurique, Suíça, de forma a facilitar os contactos internacionais e melhorar os serviços administrativos e a comunicação. Desde 1960, o número de membros da organização aumentou consideravelmente e hoje cobre a maior parte da produção têxtil mundial. Deste modo, também reflete o processo da internacionalização que ocorreu desde o fim da Segunda Guerra Mundial na indústria de produção de têxteis. Desta forma, não só a localização geográfica das capacidades da indústria têxtil global mudou radicalmente, mas também o processo de adaptação também influenciou a estrutura das associações comerciais da indústria. A sua fragmentação original é substituída gradualmente por uma forma de representação mais integrada e compreensiva Alteração em % População em milhões PNB em bilhões PNB per capita em USD p.a Inflação em % Exportações em bilhões Importações em bilhões Reservas de divisas em bilhões de USD Investimentos estrangeiros em bilhões de USD Salário mínimo em USD/mês Fonte: Central Bank of Brazil and IBGE Desde 1994, a economia brasileira apresentou um crescimento extraordinário que surpreendeu positivamente muitos peritos. Mesmo que o potencial do maior país sul-americano tenha sido sempre evidente, a sua instabilidade política e financeira foi considerado sempre obstáculo para um desenvolvimento econômico bem sucedido. Com a eleição de Fernando Henrique Cardoso no ano de 1994 como novo presidente, foi posta em marcha pela primeira vez uma política financeira, monetária e econômica estável e voltada para o futuro. O objetivo era combater a inflação e reduzir simultaneamente a dívida externa, criando, desta forma, as pré-condições para explorar o potencial de crescimento. O fator decisivo para o sucesso duradouro desta política econômica orientada para a estabilidade foi o fato de que também o sucessor de Cardoso, Luiz I. Lula da Silva, continuou esta política após a sua eleição em 2002, reforçando-a com medidas sócio-políticas (p. ex., o Programa Bolsa Família ). Isto gerou confiança no Brasil como mercado do futuro, não só por parte da economia nacional, mas também por parte dos investidores internacionais. O economista principal da Goldman Sachs Jim O Neill teve razão de incluir, em 2001, o Brasil nos estados BRIC, junto com a Rússia, Índia e China. O sucesso da economia brasileira desde 1994 manifesta-se através de vários indicadores macro-econômicos. (Fig. 2) Figura 2: Indicadores macro-econômicos no Brasil (1994 & 2010)

6 6 Rieter. Relatório sobre o Brasil Fatos e números da indústria têxtil e de vestuário no Brasil BRASIL E O MUNDO: TAXAS DE CRESCIMENTO DO PIB (%) 7.4 Brasil Fonte: Ipeadata and IBGE. Elaborated by APE/BNDES (*) Mundo (*) Previsão baseada no IIF Figura 3: Taxas comparativas de crescimento do produto interno bruto (Brasil & mundo) PRODUÇÃO TÊXTIL MUNDIAL China/Hong Kong EUA Índia Paquistão Brasil Indonésia Taiwan Coréia do Sul Turquia México Tailândia Itália Million Tons 32.3 A China e Hong-Kong representam 47 % de todas as fibras e filamentos produzidos no mundo Com 7 %, os EUA são o segundo maior fabricante Com 2.7 %, o Brasil é o quinto maior produtor Produção têxtil mundial 68 milhões de toneladas Enquanto o crescimento econômico real entre 1981 e 2003 correspondeu a aprox. 2 %, aumentou para 4 % entre 2004 e Até 2015 espera-se um aumento adicional de quase 6 % (fonte: Ipeadata e IBGE). Assim, o crescimento econômico no Brasil será significativamente maior do que a média a longo prazo de aprox. 3.6 %. (Fig. 3) O motor deste crescimento econômico significativo foi sobretudo a economia nacional, enquanto o comércio exterior, na sua maioria, não pode contribuir para este crescimento, devido aos déficits comerciais. A análise da produção mundial de têxteis mostra que o Brasil é o quinto maior produtor, representando 1.83 % do mercado, atrás da China (32.2 %), os EUA (5.0 %), a Índia (4.8 %) e Paquistão (4.1 %). (Fig. 4) A figura 5 apresenta a produção mundial de vestuário. Aqui, o Brasil é o quinto maior produtor com uma percentagem de 2.9 %, atrás da China (48 %), Índia (6 %), Paquistão (4 %) e México (2.9 %). Fonte: Fiber Organon & IEMI 2010 Figura 4: Produção mundial de têxteis

7 Rieter. Relatório sobre o Brasil 7 PRODUÇÃO MUNDIAL DE VESTUÁRIO China/Hong Kong Índia Paquistão México Brasil Turquia Coréia do Sul Itália Polônia Malásia Fonte: Fiber Organon & IEMI 2010 Figura 5: Produção mundial de vestuário Million Tons 19.2 A China e Hong-Kong representam 48 % da produção mundial de vestuário A Índia e o Paquistão representam 10 % Com 2.9 % ou 9.5 bilhões de unidades de vestuário por ano, o Brasil é o quinto maior produtor Produção têxtil mundial: 40.2 milhões de toneladas APRESENTAÇÃO GERAL DO SETOR DE TÊXTEIS E VESTUÁRIO NO BRASIL Setor de têxteis e vestuário Setor de vestuário empresas empresas 1,7 milhões de empregos 1,2 milhões de empregos 1,8 milhões de toneladas/ano 1,2 milhões de toneladas/ano Faturamento: USD 45 bilhões Exportações: USD 1,25 bilhões Faturamento: USD 36 bilhões Exportações: USD 162 milhões Investimentos: USD 811 milhões 2 Investimentos: USD 181 milhões 2 Fonte: IEMI Produção 2 Apenas maquinário importado Figura 6: Setor de têxteis e vestuário no Brasil CADEIA DE SUPRIMENTOS Fibras e filamentos (23 fábricas¹) Estrutura produtiva no Brasil Fibras naturais quilo toneladas Fibras químicas 340 quilo toneladas 1 A importância da indústria têxtil e de vestuário para a economia brasileira torna-se clara quando se analisa o número de empresas e empregados, a venda, a exportação e os investimentos. Em 2009, havia empresas têxteis e de vestuário com aprox. 1.7 milhões de empregados. Estas empresas geravam vendas de aprox. 45 bilhões de dólares americanos, correspondendo o volume dos investimentos em máquinas importadas a cerca de 810 milhões de dólares. A importância relativa da indústria têxtil e de vestuário no Brasil torna-se evidente quando se considera que esta representa 6 % da produção industrial e, além disso, 17 % do emprego industrial. (Fig. 6) ESTRUTURA DA PRODUÇÃO DA INDÚSTRIA TÊXTIL E DE VESTUÁRIO NO BRASIL Uma análise aprofundada da estrutura da produção da indústria têxtil e de vestuário mostra que a maioria das empresas (25 600) opera na área de vestuário e produtos acabados. Em comparação com isto, o número das empresas ativas na produção de têxteis é significativamente menor (3 500). Apenas 23 empresas produzam fibras sintéticas (fibras curtas e filamentos). (Fig. 7) Produtos têxteis (3 500 fábricas) Produtos acabados ( fábricas) Fonte: IEMI 2010 Fios quilo toneladas fábricas Tecidos planos quilo toneladas 583 fábricas Vestuário quilo toneladas fábricas Tecidos de malha 672 quilo toneladas fábricas Outros 681 quilo toneladas fábricas 1 fibras e filamentos químicos consumidos pela indústria têxtil 2 não inclui fios de filamentos 3 inclui outros produtos (plástico, couro, não-tecidos) 4 inclui têxteis domésticos e têxteis técnicos Figura 7: Cadeia de valor: estrutura da produção no Brasil

8 8 Rieter. Relatório sobre o Brasil CADEIA PRODUTIVA DOS TÊXTEIS E DO VESTUÁRIO Fibras naturais e fibras químicas na cadeia produtiva dos têxteis e vestuário do Brasil A maioria das fibras sintéticas destina-se a texteis técnicos As fibras naturais são predominantes em outros segmentos Fio Mil toneladas 85 % 15 % Na maioria dos segmentos da indústria têxtil e de vestuário processam-se predominantemente fibras naturais, nomeadamente algodão. Apenas na área dos têxteis técnicos utilizam-se sobretudo fibras sintéticas. (Fig. 8) Tecidos planos Tecidos de malha Vestuário Têxteis domésticos Têxteis técnicos Fonte: IEMI 61 % 53 % 57 % 72 % 29 % 71 % Fibras naturais Fibras químicas Figura 8: Cadeia de valor: Têxteis e vestuário no Brasil 47 % 39 % 43 % 28 % CONCENTRAÇÃO REGIONAL E DEMANDA REGIO- NAL DA PRODUÇÃO DE TÊXTEIS NO BRASIL Com uma percentagem de 76 % na produção total, a produção de têxteis concentram-se principalmente no sul e sudeste do país. 21 % são produzidos no nordeste, enquanto não se produzem quase nenhuns têxteis no norte e no oeste. (Fig. 9) CADEIA PRODUTIVA DOS TÊXTEIS E DO VESTUÁRIO Concentração regional Sul e sudeste: 76 % da produção de têxteis e vestuário Nordeste: 21 % da produção de têxteis e vestuário O consumo regional de têxteis corresponde em grande medida à produção regional no Brasil. O sul e sudeste representam 65 % do consumo nacional, o nordeste 25 %. O restante é distribuído entre o norte (7 %) e o centro (8 %). (Fig. 10) Fonte: IEMI 28 % até 15 % até 10 % até 5 % até 1 % até 0.1 % Figura 9: Concentração regional da produção da indústria têxtil e de vestuário no Brasil CONSUMO DE TÊXTEIS E VESTUÁRIO Demanda regional 65 % do consumo = sul/sudeste O segundo maior mercado é o nordeste 8% 6% Norte 49% 28% 42% 21% 7% 8% Centro oeste Sudeste 14%16% Nordeste Fonte: IEMI & IBGE Sul População Consumo de vestuário Figura 10: Demanda regional por produtos têxteis e de vestuário no Brasil

9 Rieter. Relatório sobre o Brasil 9 POPULAÇÃO E CONSUMO DE PRODUTOS TÊXTEIS E DE VESTUÁRIOS População e consumo A maior parte da população pertence à classe C A classe B é o grupo com o maior consumo (43,5 %) A classe A representa 5 % da população, mas 16,5 % do consumo Poder de compra A1 A2 0.6 % 2.6 % 4.4 % 13.9 % B1 9.2 % B2 C D 6 % E 1.6 % 0.4 % População (%) 19.7 % 18.0 % 23.8 % 17.8 % 33.6 % 48.4 % Fonte: IEMI & IBGE Consumo de têxteis e vestuário (1) Rendimento familiar: A1= superior a USD A2= USD a USD B1= USD a USD B2= USD a USD C = USD a USD D = 800 USD a USD Figura 11: População e o seu consumo de produtos têxteis e vestuário no Brasil BALANÇA COMERCIAL A balança comercial do Brasil nos têxteis e no vestuário (exceto fibra de algodão) Fonte: ALICEWEB/MDIC Milhões de dólares americanos * projeção Balança Importações Exportações Taxa de câmbio Figura 12: A balança comercial do Brasil nos têxteis e no vestuário * DESPESAS DOS BRASILEIROS EM TÊXTEIS E VESTUÁRIO É interessante notar as diferenças nas despesas em têxteis e vestuário nos diferentes grupos de rendimento. Conforme mostra claramente a figura 11, os grupos de rendimento A1 e A2 (com rendimentos anuais superiores a dólares americanos), que juntos representam aprox. 5 % da população, consumem 17 % da produção total de têxteis. Os grupos de rendimento subsequentes B1 e B2 (com rendimentos anuais entre e dólares americanos) representam 27 % da população total, mas, com uma taxa de 44 %, também apresentam um consumo superior à média. Com 68 %, os grupos de rendimento C, D e E (com rendimento anual entre 800 e USD) representam mais de dois terços da população, sendo, porém, a sua quota-parte de 40 % no consumo de têxteis e vestuário inferior à média. Este grande grupo demográfico (grupos de rendimento C, D e E) representa um considerável reservatório de demanda do qual se pode esperar uma forte procura sustentada, dado o crescimento econômico e o aumento constantes dos rendimentos. A BALANÇA COMERCIAL DO BRASIL NOS TÊXTEIS E NO VESTUÁRIO Desde 2004, as exportações de texteis e vestuários do Brasil têm permanecido mais ou menos inalteradas, correspondendo a um valor de 1.5 bilhões de dólares americanos. Por consequência, o pequeno excedente comercial tornou-se um considerável déficit de 3.6 bilhões de dólares americanos. Como se vê claramente na figura 12, este desenvolvimento está estreitamente relacionado com a apreciação da moeda brasileira. Entre 2004 e 2010, o real brasileiro (BRL) conheceu uma valorização de 40 % em relação ao dólar americano, de 2.92 reais no início de 2004 para ape nas 1.75 reais no final de 2010.

10 10 Rieter. Relatório sobre o Brasil PRINCIPAIS MERCADOS DE EXPORTAÇÃO Principais mercados de exportação para produtos têxteis e de vestuário brasileiros (exceto fibra de algodão) México (No.4) EUA (No.2) Uruguai (No.5) OS MERCADOS E FORNECEDORES PRINCIPAIS DO BRASIL Uma olhada nas exportações brasileiras (fig. 13) ilustra que as exportações se concentram sobretudo na América do Norte e do Sul. Entre Janeiro e Setembro de 2010, as exportações aumentaram consideravelmente em comparação com o mesmo período em Argentina (No.1) EUA (No.2) Paraguai (No.3) México (No.4) Paraguai (No.3) Jan-Sep 2009 USD 224 m. Jan-Sep 2010 USD 282 m. Jan-Sep 2009 USD 175 m. Jan-Sep 2010 USD 192 m. Jan-Sep 2009 USD 43 m. Jan-Sep 2010 USD 60 m. Jan-Sep 2009 USD 42 m. Jan-Sep 2010 USD 47 m. Argentina (No.1) % +9.7 % % % No entanto, as importações aumentaram consideravelmente em paralelo (fig. 14). Desta forma, as importações da China aumentaram em quase 60 % para o impressionante valor de 1.56 bilhões de dólares americanos, as importações da Índia aumentaram em 115 % para 415 bilhões de dólares americanos e as da Coréia do Sul em 31 % para 132 milhões de dólares americanos. Mas também as importações da Argentina aumentaram em 36 % para 140 milhões de dólares americanos. Uruguai (No.5) Jan-Sep 2009 USD 37 m. Jan-Sep 2010 USD 43 m % Total: Jan-Sep 2009 USD 866 m. Jan-Sep 2010 USD m % Fonte: ALICEWEB/MDIC Figura 13: Os mercados estrangeiros mais importantes para a indústria têxtil e de vestuário

11 Rieter. Relatório sobre o Brasil 11 PRINCIPAIS FORNECEDORES Principais fornecedores de produtos têxteis e de vestuário do Brasil (exceto fibra de algodão) Argentina (No.4) Índia (No.2) China (No.1) Coréia do Sul (No.5) Indonésia (No.3) A INDÚSTRIA BRASILEIRA DE VESTUÁRIO DU- RANTE A CRISE ECONÔMICA A crise financeira e econômica global também teve efeitos negativos no Brasil, embora menos severos e duradouros do que na maioria dos outros países. Em 2009, a produção da indústria de vestuário diminui quase 8 %, a produção de têxteis 6.5 %. A venda a retalho diminui 2.7 %. No entanto, os valores correspondentes no mesmo período entre Janeiro e Augusto de 2010 já se tornaram claramente positivos. (Fig. 15) China (No.1) Índia (No.2) Indonésia (No.3) Argentina (No.4) Coréia do Sul (No.5) Total: Jan-Sep 2009 USD 973 m. Jan-Sep 2010 USD m. Jan-Sep 2009 USD 193 m. Jan-Sep 2010 USD 415 m. Jan-Sep 2009 USD 226 m. Jan-Sep 2010 USD 225 m. Jan-Sep 2009 USD 103 m. Jan-Sep 2010 USD 140 m. Jan-Sep 2009 USD 101 m. Jan-Sep 2010 USD 132 m. Jan-Sep 2009 USD m. Jan-Sep 2010 USD m % % -0.4 % % % % Fonte: ALICEWEB/MDIC Figura 14: Os fornecedores principais da indústria têxtil e de vestuário no Brasil MERCADO INTERNO - PRODUÇÃO X VENDAS PARA CONSUMIDOR FINAL 2009 Jan - Aug 2010 Alteração Sep Aug 2010 Vestuário % 9.07 % 3.90 % Produtos têxteis % 8.94 % 6.48 % Vendas para consumidor final % % 7.66 % Fonte: IBGE Figura 15: Variações na produção da indústria brasileira de vestuário durante a crise econômica

12 12 Rieter. Relatório sobre o Brasil MERCADO INTERNO: CRIAÇÃO DE EMPREGOS = CONTRATAÇÕES - DEMISSÕES Fonte: CAGED/MTE Jan - Ago 2009 Jan - Ago Figura 16: Demanda de pessoal da indústria brasileira de vestuário ÍNDICE GLOBAL DAS VENDAS PARA O CONSUMIDOR FINAL DE VESTUÁRIO DE 2009 De acordo com a análise de A.T. Kearney, o Brasil é o país em desenvolvimento mais importante do mundo. O Brasil lidera este ranking pela segunda vez consecutiva. Esta rápida recuperação também se refletiu num aumento do nível de emprego na indústria de vestuário. No período de Agosto de 2010, mais pessoas eram empregados em comparação com o mesmo período do ano anterior. (Fig. 16) Um estudo de A.T. mostra que o setor da venda a retalho de vestuário do Brasil se desenvolve rápida e fortemente. De acordo com este estudo sobre a venda a retalho de vestuários nos países em desenvolvimento, o Brasil ocupava a primeira posição nos anos de 2008 e Isto é devido não só às excelentes perspetivas de crescimento com uma população jovem, mas também ao elevado e crescente consumo per capita. (Fig. 17) Posição País Volume do mercado Perspetivas de crescimento Despesas com vestuário per capita Resultado 1 Brasil Romênia China Índia Argentina Ucrânia Chile Rússia Arábia Saudita Turquia Figura 17: Índice global do setor da venda a retalho de vestuário

13 Rieter. Relatório sobre o Brasil 13 Comparação dos custos de produção CUSTOS TOTAIS DE PRODUÇÃO PARA FIOS DE ANEL (NE 30) USD / kg fio % +4.1 % % % % % Brasil China Egito Índia Itália Coréia Turquia EUA Fonte: ITMF do Sul Figura 18: Custos totais de produção para fio de anel (Ne 30) CUSTOS TOTAIS DE PRODUÇÃO PARA FIOS OPEN-END (NE 30) USD / kg fio Fonte: ITMF % % % +9.7 % +0.3 % -8.6 % Brasil China Egito Índia Itália Coréia Turquia EUA do Sul Figura 19: Custos totais de produção para fios open-end Um fator importante para investimentos num país é o nível dos custos de produção em comparação com outras localizações. A ITMF compara a cada dois anos os custos de produção para as áreas fiação, texturização, tecelagem e malharia circular. CUSTOS DE PRODUÇÃO PARA FIO DE ANEL Desde 1999, os custos de produção para fio de anel (em dólares americanos) aumentaram dramaticamente no Brasil, na Itália e na Coréia. O aumento na Turquia e nos EUA foi muito menor, apresentando a Índia o aumento mais baixo dos custos de produção (fig. 18). É interessante notar que, com 51 % desde 2003, a subida dos custos de produção na China foi ainda maior do que na Itália ou no Brasil. Em termos absolutos, a fiação de algodão no Brasil é barata em comparação com os outros sete países. Enquanto os custos totais de um quilograma de fio de algodão correspondiam a 3.66 dólares americanos no ano de 2010, foram muito maiores na Itália, China, no Egito e na Turquia. No entanto, os custos totais na Coréia e nos EUA eram ligeiramente inferiores. Apenas o nível de custo da Índia, com custos totais de aprox dólares americanos, era sensivelmente inferior ao nível de custo do Brasil. CUSTOS DE PRODUÇÃO PARA FIOS OPEN-END A situação é semelhante na produção de um quilograma de fio open-end. Entre 1999 e 2010, os custos de produção no Brasil aumentaram em 13.5 % e, desta forma, mais pronunciadamente em comparação com todos os outros países. Em 2010, os custos totais de produção encontravam- -se entre 3.24 dólares americanos na China e 2.30 dólares americanos na Índia. Apesar do aumento relativamente acentuado com 2.63 USD por quilograma de fios open-end, o Brasil conseguiu posicionar-se no setor inferior (fig. 19).

14 14 Rieter. Relatório sobre o Brasil CUSTOS TOTAIS DE PRODUÇÃO PARA TECIDOS EM FIO DE ANÉIS USD / metros tecido % +7.4 % % % % -5.5 % Brasil China Egito Índia Itália Coréia Turquia EUA Fonte: ITMF do Sul Figura 20: Custos totais de produção para tecidos em fio de anel CUSTOS DA MATÉRIA-PRIMA DE ALGODÃO USD por kg % % % % % % 2.50 Fonte: ITMF Brasil China Egito Índia Itália Coréia Turquia EUA do Sul Figura 21: Custos da matéria-prima de algodão CUSTOS DE PRODUÇÃO PARA TECIDOS EM FIO DE ANEL Em 1999, os custos para tecidos em fio de anel correspondiam a aprox dólares americanos por metro linear no Brasil e, por conseguinte, eram inferiores aos de todos os outros países comparáveis. Onze anos mais tarde, estes elevavam-se a 1.02 dólares americanos o que correspondia a um aumento de 48 %. Em 2010, no setor de tecelagem, as diferenças nos custos de produção eram muito menos pronunciadas do que no sector de fiação. Com 0.84 dólares americanos por metro linear de tecido, a Índia apresentava os custos mais baixos e a Itália os custos mais elevados com 1.48 dólares americanos. Nos outros países, os custos correspondiam a aprox. 1 dólar americano por metro linear de tecido. (Fig. 20). CUSTOS DA MATÉRIA-PRIMA DE ALGODÃO Junto com a Coréia e a Turquia, o Brasil sofreu a maior subida no preço do algodão desde 1999 (fig. 21). Na última semana do mês de Março de 2010, o algodão custava 54 % mais do que na mesma semana do ano de Na Coréia, esta subida correspondia a 62 %, na Turquia a 57 % e na Itália 47 %. Este aumento era muito menos pronunciado na Índia (+38 %) e, de longe, o menor nos EUA. Uma das razões principais para o aumento dramático dos custos calculados em dólares americanos, também para o algodão nacional, que é comparativamente barata, é a forte apreciação da moeda brasileira desde o final de Entre Outubro de 2002 e Julho de 2008, o valor do real brasileiro subiu 137 % em relação ao dólar americano. No curso da crise financeira e econômica global, o valor do real brasileiro diminui a curto prazo, mas, no final de 2010, atingiu quase o nível de Julho de 2008 (USD = BRL 1.69).

15 Rieter. Relatório sobre o Brasil 15 PERSPECTIVAS PARA O BRASIL EM 2015 O PIB deverá crescer anualmente 4 % a 5 % A população deverá crescer 1 % por ano O consumo total de têxteis e vestuário deverá crescer para 3.6 milhões de toneladas (47 % a mais do que em 2009) O consumo per capita de têxteis e vestuário deverá atingir um valor de 18 kg para uma população de 201 milhões de pessoas (atualmente aprox. 12 kg) Fonte: PCI Figura 22: Expectativas para 2015 País População em milhões Figura 23: Rendimentos anuais per capita PIB em USD per capita (PPC) Brasil EUA Indonésia Paquistão Bangladesh Vietnã Turquia Fonte: The World Factbook, US Government PIB bilhões de USD (PPC) A crise financeira e econômica global também afetou a América Latina e, por conseguinte, o Brasil como maior país da América Latina, mas menos severamente do que os países industriais. Não obstante, de acordo com a PCI (PCI Fibers é uma empresa de consultoria especializada na indústria de fibras e indústrias relacionadas com sede na Inglaterra), a demanda total de fibras na América Latina diminuiu 9.7 % para 4.09 milhões de toneladas. Também em 2010, a PCI espera um ligeiro declínio para 4.07 milhões de toneladas, antes de se registrar um ligeiro crescimento nos anos subsequentes. Durante este período, a PCI espera que a demanda de algodão se reduza de 2.3 para 1.9 milhões de toneladas enquanto o consumo de fibras sintéticas aumentará de 1.9 para 2.2 milhões de toneladas. PERSPECTIVAS DE FUTURO No entanto, devido à dinâmica econômica e ao desenvolvimento demográfico, a PCI também espera um ligeiro aumento da demanda de algodão na América do Sul para o período até Ao contrário, após uma ligeira diminuição em 2009, a demanda de fibras sintéticas continuará a aumentar consideravelmente. As perspectivas econômicas para o Brasil nos próximos anos são muito positivas no total, esperando-se um crescimento real anual de 4 a 5 %. O aumento da população de 1 % por ano contribuirá para este desenvolvimento. Quanto ao consumo de têxteis e vestuário, espera-se que a demanda aumente para aprox. 3.5 milhões de toneladas o que corresponderia a uma subida de 47 % em comparação com Desta forma, o consumo per capita dos 200 milhões de brasileiros subiria de aprox. 12 kg em 2010 para 18 kg. (Fig. 22) A INDÚSTRIA TÊXTIL BRASILEIRA NUMA ENCRU- ZILHADA ENTRE ESTAGNAÇÃO E OPORTUNIDA- DES DE CRESCIMENTO É interessante comparar o Brasil com outras economias médias que também possuem uma indústria têxtil importante. Se olharmos a figura 23, nota-se a grande diferença nos rendimentos anuais per capita, em relação à paridade de poder de compra. Nos EUA, como número um, os rendimentos per capita são 30 vezes maiores do que no país em desenvolvimento Bangladesh. Na comparação entre países, o Brasil, junto com a Turquia, encontra-se no ou acima do limite mágico de dólares americanos.

16 16 Rieter. Relatório sobre o Brasil País Equipamento de fiação instalado em 2009 Máquinas de fiar para fios de fibras Rotores OE curtas Capacidades fornecimentos totais Máquinas de fiar para fios de fibras curtas Máquinas de fiar para fios de fibras longas Rotores OE Máquinas de fiar para fios de fibras curtas Fornecimentos Máquinas de fiar para fios de fibras longas Rotores OE Brasil EUA Indonésia Paquistão Bangladesh Vietnã Turquia Fonte: ITMF Figura 24: Máquinas de fiar (por anéis e rotores) País Taxa de modernização Fusos de filatório anel Rotores OE Fusos equivalentes Brasil 10 % 42 % 20 % EUA 9 % 47 % 39 % Indonésia 23 % 30 % 24 % Paquistão 51 % 6 % 47 % Bangladesh 53 % 38 % 51 % Vietnã 112 % 148 % 116 % Turquia 45 % 60 % 55 % Fonte: ITMF and Rieter Marketing Figura 25: Taxa de modernização para as instalações de fiação COMPARAÇÃO DAS CAPACIDADES DE FIAÇÃO: COMPARAR A MODERNIDADE DAS FÁBRICAS DE FIAÇÃO NOS DIFERENTES PAÍSES Na figura 24 são representadas as máquinas de fiar instaladas, diferenciadas por máquinas de fiação por anéis e por rotores. Destes dados pode derivar- -se a percentagem das capacidades de fiação substituídas nos últimos dez anos. Daí resulta a taxa de modernização (fig. 25) que é uma boa base para analisar o grau de modernidade das fiações num dado país. O Vietnã apresenta a maior taxa de modernização, dado que a maioria das fiações foi instalada apenas após 2004 e Os maiores investimentos foram realizados em 2007 e 2008, após o acordo comercial bilateral entre o Vietname e os EUA em 2009 e a adesão daquele país à OMC (Organização Mundial do Comércio). Quanto ao grau de modernização, a indústria de fiação da Turquia também ocupa uma das primeiras posições. 45 % das máquinas de fiar por anéis e 60 % das máquinas de fiar por rotor têm menos de 10 anos. Também o Paquistão e Bangladesh apresentam elevadas taxas de modernização: mercados com crescimento superior à média da produção de fios. Ambos os países possuem uma indústria de fiação com elevada percentagem de máquinas de fiação por anéis. A taxa mais baixa de modernização de máquinas de fiar por anéis verifica-se nos EUA e no Brasil. No Brasil, 90 % das máquinas de fiar por anéis têm mais de 10 anos. Quanto às instalações de fiar por rotor, a taxa de substituição no Brasil é muito maior. Quase metade das máquinas de fiar por rotor (42 %) foi instalada nos últimos 10 anos.

17 Rieter. Relatório sobre o Brasil 17 Rendimento familiar e despesas de consumo em porcentagem 10 % mais baixos 10 % mais altos População abaixo do limite de pobreza Taxa de desemprego Brasil 1.1 % 43 % 26 % 8.1 % EUA 2 % 30 % 12 % 9 % Indonésia 2 % 33 % 18 % 8 % Paquistão 4 % 27 % 24 % 14 % Bangladesh 9 % 27 % 36 % 5 % Vietnã 3 % 30 % 12 % 7 % Turquia 2 % 33 % 17 % 14 % Fonte: The World Factbook, US Government Figura 26: Indicadores econômicos e sociais INDICADORES ECONÔMICOS E SOCIAIS NOS DIFERENTES PAÍSES Embora o Brasil não pertença aos países pobres considerando os rendimentos per capita, as diferenças entre pobres e ricos são maiores em comparação com outros países. A indústria têxtil brasileira é uma indústria orientada para as necessidades locais. DIREITOS DE IMPORTAÇÃO PARA MÁQUINAS DE FIAÇÃO A política de comércio externo do Brasil apresenta tendências protecionistas que têm efeitos negativos na competitividade da indústria têxtil. Devido aos elevados direitos de importação (14 % para máquinas de fiação), os investidores pagam preços excessivos não só para as máquinas importadas, mas também para as máquinas fabricadas em território nacional. Numa comparação internacional, as fiações no Brasil têm custos de financiamento e amortização mais elevados. (Fig. 26) UM FUTURO ENTRE ESTAGNAÇÃO E ENORMES OPORTUNIDADES DE CRESCIMENTO O potencialmente grande mercado interno com 200 milhões de habitantes oferece enormes oportunidades de crescimento. Após anos da estagnação, a produção de fios no Brasil cresceu anualmente 10 % entre 2007 e Trata-se de um acidente estatístico ou é o resultado de uma política econômica inteligente? Até agora, esta questão ainda não pode ser respondida definitivamente. No entanto, em 2007 foi iniciado o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para acelerar o crescimento econômico.

18 18 Rieter. Relatório sobre o Brasil Os centros têxteis mais importantes do Brasil Com uma superfície de mais de 8 milhões de metros quadrados, é óbvio que o Brasil não tem só um centro têxtil, mas vários centros distribuídos no país. Blumenau (no estado federal de Santa Catarina) e São Paulo são os centros principais da produção tradicional de têxteis no Brasil. Nos últimos anos registrou-se uma taxa de crescimento no Brasil que permitiu uma expansão significativa do potencial de mercado. As fiações produzem principalmente fios de algodão, apresentando os fios em outros materiais uma percentagem de 15 % da produção total de fios. Geralmente, o valor elevado do real brasileiro tem efeitos negativos na balança comercial o que dificulta as exportações e favorece as importações. O problema crucial para as empresas brasileiras são as importações da Ásia que, devido ao valor elevado da moeda brasileira, se tornaram mais baratas. A PRODUÇÃO DE FIOS NO BRASIL 25 % dos fios são produzidos no sul do Brasil O sul do Brasil, com Santa Catarina e Paraná, é muito importante para a indústria têxtil brasileira, estando situadas as fábricas de malhas mais importantes do Brasil na Santa Catarina. Cia. Hering (fundida em 1880) e Malwee (fundida em 1906) são as maiores empresas e ainda hoje se encontram no processo de crescimento. A Malwee tem aprox empregados e é o comprador mais importante de fios de algodão. Os maiores produtores de toalhas como a Karsten, Teka, Buddemeyer, Buettner e Doehler também estão localizados nesta região. No estado federal de Paraná, a indústria têxtil teve a sua origem no cultivo de algodão. Embora aqui já não se produza algodão, as fiações continuam a investir em máquinas de ponta. O SUDESTE DO BRASIL APRESENTA APROX. 35 % DA PRODUÇÃO DE FIOS São Paulo e Minas Gerais são os centros têxteis do sudeste, sendo o último também um centro de produção com empresas grandes como Coteminas, Cataguases, Santanense e Estamparia. A maioria das tecelagens brasileiras encontra-se no estado de São Paulo. Por motivos logísticos, foram estabelecidas algumas fiações nesta região. As empresas mais importantes são Canatiba (fabricantes de jeans), Alpina, Maliber e Jofege. Em consequência da abertura do mercado têxtil para a importação de têxteis estrangeiros nos primeiros anos da década de noventa, a produção de têxteis no sudeste sofreu uma diminuição de 60 %. HOJE, O NORDESTE É O CENTRO TÊXTIL MAIS IMPORTANTE DO BRASIL Devido aos custos de produção cada vez maiores na área de São Paulo e suportada por um programa de desenvolvimento do governo, a indústria têxtil deslocou fábricas para o nordeste no final da década de setenta. Quase 40 % dos fios brasileiros são produzidos nesta região. Empresas como a Santana, TBM, Norfil, Tavex e Brastex aproveitaram a oportunidade de investir em novas máquinas.

19 Rieter. Relatório sobre o Brasil 19 Maliber Indústria e Comercio Têxtil Ltda. Líder na produção de fios open-end Figura 27: A Maliber foi fundada em Março de 1977 por Mario Lisandro Bertoni. OS PROGRAMAS GOVERNAMENTAIS ATUAIS PROMOVEM O CENTRO-OESTE DO BRASIL O centro-oeste do país, incluindo o oeste do estado federal de Bahia, beneficia de um clima ideal para o cultivo de algodão. Nesta região, os investimentos cresceram consideravelmente. As fiações acompanharam este desenvolvimento, atraídas pelas incentivas governamentais por um lado, e beneficiando da proximidade dos importantes mercados de consumidor no sul e sudeste por outro. A Maliber iniciou as suas operações em Março de 1977 e dedica-se à fiação, tecelagem e ao acabamento. Ao longo dos anos, a Maliber tornou-se um fator importante na indústria têxtil brasileira. O fundador e proprietário Mario Lisandro Bertoni explica que apenas com tecnologia de ponta e uma base financeira sólida é possível sobreviver nos mercados atuais. (Fig. 27) Bem sucedida por mais de 30 anos 1978: A Maliber coloca em serviço a primeira unidade de produção de têxtil 1980: Estabelecimento da unidade Morungaba no estado federal de São Paulo 1987: Instalação da primeira unidade de fiação 1989: Extensão para fusos O sucesso como motor de uma expansão adicional 1992: Estabelecimento da unidade de fiação II e extensão para fusos 1993: Início da unidade de tecelagem de jato de ar 1994: Instalação da unidade de fiação III 1997: Expansão adicional com rotores 2005: Passo significativo com a construção da unidade de fiação IV com rotores; apenas foram instaladas máquinas da Rieter. A Maliber só processa algodão brasileiro com comprimentos de fibra de mm e um valor Micronaire de 3.8. Figura 28: Em 2005 foram instalados rotores tudo máquinas da Rieter

20 20 Rieter. Relatório sobre o Brasil Entrevista conduzida pela ITMF com Mario Lisandro Bertoni (MLB), fundador e proprietário da Maliber O PORTFÓLIO DE PRODUTOS DA MALIBER ITMF: Em que setor da indústria têxtil opera a sua empresa? MLB: Dedicamo-nos à fiação, tecelagem e ao acabamento. A Maliber utiliza 20 % e vende 80 % da sua produção de fios. Destes 80 %, vendemos 30 % às fábricas de tecelagem e o resto à indústria de malharia. Também operamos na área dos têxteis técnicos que é o nosso grupo alvo mais importante. Realizamos acabamentos como revestimentos, etc. para produtos como cintas transportadoras ou tendas. ITMF: Qual é a filosofia da sua empresa? MLB: É necessário concentrar-se nos seus próprios produtos. Analisamos a crise global e comparamos o leste com o oeste. Chegamos à conclusão de que é necessário especializar-se para sobreviver e produzir com as melhores máquinas para ser competitivo. Competitividade significa obter um melhor resultado produtivo sem aumento dos custos. Isto não só se aplica ao e- quipamento. Nomeadamente o pessoal tem um papel importante e deve ter uma ótima qualificação. ITMF: O que considera pessoalmente desafiante para a sua empresa? MLB: A coisa mais importante de uma empresa é o seu futuro. Por isso creio que o maior desafio de uma empresa é organizar a sucessão. Uma transição suave tem importância crucial. Posso dizer com satisfação que o meu filho será o meu sucessor, consistindo, porém, a direção da empresa não só em membros da família. É importante ter diversidade das opiniões. Figura 29: A Rieter é o líder tecnológico e de mercado e principal fornecedor de sistemas integrados

21 Rieter. Relatório sobre o Brasil 21 QUESTÕES SOBRE O MERCADO A produção de fios corresponde a aprox. 55 toneladas por dia. Os títulos dos fios situam-se entre o Ne 8 e o Ne 30. A maior parte do material utilizado para fiação é algodão, mas também se utilizam viscose e misturas de viscosepoliéster. ITMF: Como vê a situação atual do mercado? MLB: Bem, o mercado de fios é como um campo de batalha, está acontecendo uma grande guerra de preços. Temos de lutar com as matériasprimas. Quanto às dimensões dos lotes e às capacidades, o ano passado foi um desastre. Nós, porém, fizemos o nosso dever de casa, somos eficientes e competitivos. A situação no Brasil varia de estado para estado. Em alguns estados pagam-se salários e num maior número de estados pagam-se subvenções. ITMF: Há produtos que atualmente se vendem mais na sua área? MLB: Há, os fios mais finos do Ne 20 ao Ne 36 se vendem bem, mas não há muita procura de fios mais grossos. Além disso, estamos contentes com o desenvolvimento dos fios para aplicações técnicas. De acordo com as informações do senhor Bertoni, a Maliber tem a licença para a produção do fio open-end ComfoRo da Rieter. Este fio é fabricado com AEROpiecing, uma tecnologia patenteada da Rieter, através da qual as emendas podem ser produzidas com a mesma estabilidade e alongamento que o próprio fio. Todos os fios produzidos são controlados através dos purgadores electrônicos da R 40 e sujeitos a permanentemente a testes no laboratório interno da Maliber. Antes de ser embalado, os fios são condicionados no sistema de tratamento com vapor sob vácuo Xorella. A ESTRUTURA DO EQUIPAMENTO ITMF: Utiliza equipamento da Rieter. Quando ouviu o nome Rieter pela primeira vez? MLB: Foi em ITMF: Quais as máquinas da Rieter utiliza? MLB: Utilizamos a completa linha de abertura da Rieter, para assegurar um manuseio suave das fibras e ótimos resultados de limpeza. O sistema está equipado com um abridor automático, um dispositivo de pré-limpeza, dispositivos de mistura e limpadores finos. Logo de início do processo, os fardos de algodão são abertos através do abridor de fardos automático A 11 e divididos em tufos de algodão muito pequenos. Após o UNIfloc A 11, os tufos de fibra passam através do dispositivo de pré-limpeza B 11 e, em seguida, são misturados no B 70. Finalmente, o algodão é conduzido através do B 60 para uma limpeza fina, antes de ser levado para a carda C 60. Para a fiação por rotor utilizamos a tecnologia mais avançada. A máquina de fiar por rotor completamente automática R 40 com 360 rotores é mais adequada para a qualidade de fio e produtividade requeridas. (Fig. 29)

22 22 Rieter. Relatório sobre o Brasil SISTEMA COMPLETO ITMF: Pode especificar as razões mais importantes para esta estrutura? MLB: A Rieter é o líder tecnológico e de mercado e principal fornecedor de sistemas integrados. Isto era muito importante para nós. ITMF: Quais são as vantagens principais da compra destas máquinas? MLB: Por exemplo, escolhemos a carda C 60 da Rieter devido à sua alta capacidade de produção. Produz fitas de fibra para fios mais grossos (Ne 6 Ne 20) de excelente qualidade e produz 150 kg/h. Conforme o tipo do fio e a qualidade requerida, as cardas C 60, que têm uma largura de 1.5 m, produz entre 85 e 125 kg/h para fios mais finos como o Ne 24 e Ne 30. ITMF: Quais são as vantagens principais desta estrutura para a sua empresa? MLB: Qualidade, eficiência e a relação preço- -qualidade. E não se esqueça do fato de que estas máquinas não são produzidas no Brasil. Apesar dos direitos de importação, a relação preço-qualidade é um argumento a favor deste equipamento. ITMF: Quanto tempo já trabalha com essas novas máquinas e quais são as suas experiências e impressões nesse período? MLB: Trabalhamos com estas máquinas desde o final de Devido às vantagens já referidas, a nossa impressão é muito positiva. A tecnologia é de manuseio fácil, mas requer pessoal treinado. Tenho de dizer que este pessoal foi muito bem treinado na sede principal da Rieter em Winterthur, Suíça. E também deve ser mencionado o suporte que recebemos aqui, no Brasil, dos empregados da Rieter. Para ser competitivo, é necessário dispor do melhor equipamento trabalho manual não é uma solução. SOBRE O FUTURO ITMF: Comparando as exigências do mercado de hoje com as exigências do mercado há 10 anos, quais são as maiores diferenças? MLB: Há grandes diferenças: por um lado, os requisitos para os produtos são cada vez maiores, por outro lado, as máquinas operam com maior velocidade, de modo que requerem fios de melhor qualidade. ITMF: Como vê o desenvolvimento do mercado nos anos que vêm? MLB: Muito positivo. Espero um crescimento de aprox. 5 % nos próximos cinco anos o que resultará principalmente do aumento dos rendimentos das pessoas. ITMF: A sua empresa é considerada um dos líderes do mercado de fiação. O que faz para manter esta posição? MLB: Trabalhamos 24 horas por dia e sete dias por semana. Queremos trabalhar com tecnologia de ponta e manter a nossa base financeira sólida.

23 Rieter. Relatório sobre o Brasil 23

24 Rieter Machine Works Ltd. Klosterstrasse 20 CH-8406 Winterthur T F sales.sys@rieter.com parts.sys@rieter.com Rieter India Private Ltd. Gat No 134/1, Off Pune Nagar Road, Koregaon Bhima, Taluka Shirur, District Pune IN - Maharashtra T F Rieter Textile Systems (Shanghai) Ltd. 12/F, New Town Centre No. 83 Loushanguan Road CN-Shanghai T F Os dados e ilustrações de esta brochura e do respectivo suporte de dados referem-se à data da sua impressão/gravação. A Rieter reserva-se o direito de em qualquer altura e sem aviso prévio proceder às alterações necessárias. Os sistemas e inovações Rieter estão protegidos por patentes v1 pt 1110 Impresso na CZ

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