Indústria Náutica Brasileira: Fatos e Números 2005

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1 Indústria Náutica Brasileira: Fatos e Números 2005

2 INDÚSTRIA QUE GERA EMPREGOS E TEM POTENCIAL PARA CRESCER Paulo Sérgio Renha Presidente ACOBAR A importância do segmento náutico como alavanca do crescimento econômico e do desenvolvimento social, distribuindo renda, gerando empregos, expandindo o turismo e proporcionando melhoria da qualidade de vida, é incontestável. Uma embarcação de esporte, recreio e turismo, se traduz na grande capacidade de gerar mãode-obra, desde o projeto do barco, passando por sua construção, utilização e manutenção; e no movimento que produz em toda a cadeia náutica, criando sete postos de trabalho para cada barco produzido. O barco é uma fonte inesgotável de lazer e saúde, um grande aliado na busca da melhoria da qualidade de vida. Atualmente, o setor náutico brasileiro é responsável por milhares empregos diretos e indiretos, na sua maioria em empresas de médio e pequeno porte, pulverizadas por todo o país. Ao mesmo tempo que o Brasil representa um dos maiores potenciais náuticos do mundo, reúne condições ideais para a prática do lazer e do esporte aquático: km de extensão de costa, ao longo de 17 estados, e um número imenso de rios, lagos, represas e hidrovias que somam 32 mil 550 quilômetros de águas navegáveis. Somos o segundo maior conjunto de águas interiores do planeta.o clima tropical, com a temperatura média anual em torno de 24, também é favorável. Quando falamos em náutica, não podemos esquecer o turismo, que é hoje um dos três maiores negócios do mundo (os outros dois são armas e petróleo). O crescimento do setor turístico tem relação direta com o fortalecimento e expansão da indústria de barcos, e também com a necessidade de se criar pontos turísticos de vocação náutica, de qualificar e re-qualificar a mãode-obra, de profissionalizar as atividades de turismo aquático, de fomentar os esportes náuticos e de preservar as águas, com o seu uso sustentado. O barco é uma fonte inesgotável de lazer e saúde, um grande aliado na busca da melhoria da qualidade de vida. Em estudo recente, uma associação norte-americana comprovou que pessoas que têm barco sofrem menos de estresse, são mais tranqüilas, mais saudáveis, mais unidas em família e não se sentem sozinhas, infelizes ou cansadas, como outras pessoas de mesma faixa sócioeconômica que não possuem barco. Por todos esses motivos, temos feito muitos esforços no sentido de mostrar a importância do setor náutico para a economia do país. A ACOBAR solicitou esse trabalho, que é uma base de dados confiáveis, com o intuito de contribuir para o crescimento da cultura náutica no país e para fazer com que a sociedade, os nossos interlocutores e as instituições, saibam a razão de apostarmos na indústria de embarcações de recreio, esporte e turismo como aliada no desenvolvimento do Brasil. 4

3 Apresentação Marcio Malmegrin Independente Consultores Num cenário econômico-institucional cada vez mais pautado pela interatividade e pela velocidade na distribuição de informações, os diversos segmentos da economia têm encampado esforços no sentido de quantificar, analisar e apresentar os dados que espelham as suas realidades específicas. Trata-se de uma tendência da era da informação, onde a transparência prevalece e facilita a interlocução entre os diversos agentes econômicos, a sociedade e os poderes concedentes. Os desafios são grandes, mas as recompensas são ainda maiores. A construção e a disponibilização destes bancos de dados são preocupações recentes e implicam na revisão de paradigmas e práticas consolidadas em diversos setores, nos quais o sigilo é tido como estratégico para a sobrevivência dos negócios. Os desafios são grandes, mas as recompensas são ainda maiores. A globalização da economia traz, por um lado, a necessidade de estruturas institucionais adequadas para competir em escala mundial e, por outro lado, inúmeras oportunidades de negócios e meios de financiamento para os diversos setores. Em ambos os casos, transparência na gestão e dados setoriais confiáveis são essenciais para subsidiar decisões. A Independente Consultores e seus parceiros, com destaque para o Instituto de Marinas do Brasil, sentemse honrados por terem sido escolhidos pela ACOBAR para dar o primeiro passo em direção à construção de um banco de dados oficial para a Indústria Náutica do Brasil. Ao longo do trabalho de levantamento e análise de dados, confirmamos algumas das informações já disponíveis e encontramos realidades diferentes do que era corrente no mercado. A discussão dos resultados da pesquisa é saudável e profícuo, na medida em que toda a amostragem é uma das possíveis perspectivas de uma realidade complexa e multi-facetada. Discutindo os dados deste primeiro levantamento, o setor terá um parâmetro para se auto-analisar, levantar hipóteses e avaliar tendências, num processo contínuo de evolução. Cabe aqui um agradecimento especial ao International Council of Marine Industry Associations, que ofereceu os dados de mercados internacionais apresentados neste trabalho, e ao Instituto de Marinas do Brasil, capitaneado pelo incansável Claudio Brasil do Amaral, que nos apoiou na condução dos trabalhos de campo e na análise exaustiva dos dados levantados. Navegar é indispensável! Outubro de 2005, Florianópolis, Ilha de Santa Catarina S ; W 7

4 Introdução A Cadeia Produtiva da Indústria Náutica compreende a indústria e o comércio de embarcações de recreio e esportivas nos seus mais variados tipos e modelos, todas as atividades econômicas ligadas ao seu uso e manutenção, além da infra-estrutura de apoio às atividades náuticas e turísticas que necessariamente se interligam. O mercado náutico abriga inúmeras atividades, como eventos esportivos e comerciais, diversas modalidades de turismo e de prestação de serviços, indústria e comércio de equipamentos para marinas, vestuário para navegação, material de manutenção e de limpeza, além de serviços associados à prática do lazer náutico. Trata-se de um mercado ainda em crescimento vegetativo que, a depender da iniciativa de seus agentes econômicos, pode crescer em passo acelerado, num movimento constante para realizar o gigantesco potencial deste setor em nosso país. A Indústria Náutica tem uma forte co-relação com a Indústria do Turismo, setor que movimenta mais de seis trilhões de dólares anualmente em todo o mundo e apresenta taxas de crescimento anual de mais de 5%. O Brasil é considerado um dos maiores mercados potenciais náuticos do mundo, na visão dos mais destacados players do cenário global. Esse entusiasmo pode ser explicado pelas nossas condições climáticas, 7480 km de extensão de costa navegável ao longo de 17 estados da federação, abrangendo 395 municípios e 40 milhões de habitantes. No mar interior, ou seja, rios, bacias hidrográficas e hidrovias, o potencial náutico é ainda pouquíssimo explorado, se comparado com outros países que exploram estes recursos naturais como fonte geradora de renda promovida pela navegação de recreio. O Brasil tem 8% de toda a água doce do mundo, com nove bacias hidrográficas e km de cursos de água navegável, o segundo maior conjunto de águas interiores do planeta. Acontecimentos recentes em grandes pólos internacionais de destinação turística, tais como o tsunami e ações terroristas no sudeste asiático, furacões no sul dos EUA e Caribe, e atentados terroristas na Europa, têm contribuído para direcionar para o Brasil o fluxo turístico internacional. Este estudo, realizado pela Independente Consultores a pedido da ACOBAR - Associação Brasileira dos Construtores de Barcos e seus Implementos, tem por objetivo oferecer à sociedade brasileira um perfil quantitativo do setor náutico e seus desdobramentos, contribuindo para a realização do enorme potencial do país no cenário internacional. 8

5 A Frota Brasileira de embarcações de esporte e lazer foi estimada em unidades, considerando barcos acima de 14 pés. Incluem-se neste total as embarcações movidas a vela e a motor, pequenos barcos de apoio (dingues) monotipos e barcos de competição off-shore. Esta projeção foi feita a partir da realização e análise de levantamentos físicos recentes ( ) junto a marinas, iates-clubes e demais estruturas de apoio náutico, fábricas e revendedores. Os parâmetros que embasaram a projeção do número total de embarcações são os seguintes: Segmento A (Objeto de pesquisa in loco): Barcos abrigados em marinas, iates-clubes e garagens náuticas: unidades. Segmento B (Estimativa): Margem de erro (10%) do levantamento acima, considerando estruturas não auditadas, sazonalidade e deslocamentos eventuais: unidades. Segmento C (Projeção): Barcos guardados em poitas, residências particulares, condomínios, postos de gasolina, terrenos e outras estruturas não-especializadas: unidades. Segmento D (Projeção): Barcos de esporte e lazer baseados nas águas interiores do país (rios, lagos, lagoas, hidrovias e represas) à exclusão da Região Metropolitana de São Paulo, cujos dados estão inclusos no Segmento A. Considerando as co-relações entre números de estruturas de apoio e revendas de embarcações e motores apurados no litoral e no interior do Brasil (excluindo São Paulo Capital), projetamos o número máximo de embarcações de esporte e lazer nas águas interiores em unidades. 10

6 No presente estudo foram pesquisadas 209 (74%) das 282 estruturas de apoio náutico registradas pelo mais recente levantamento realizado pelo Instituto de Marinas do Brasil, a pedido do Ministério do Turismo. As estruturas pesquisadas se distribuem pelos estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, São Paulo e Santa Catarina. O número total de embarcações projetado por este estudo difere das estimativas baseadas nos dados do Departamento de Portos e Costas da Marinha do Brasil, que apontam para uma frota superior a unidades em todo o país. Esta diferença pode ser explicada pelos critérios adotados para o presente levantamento, que direcionou seu foco para as embarcações acima de 14 pés e que, efetivamente, têm seu uso ligado às atividades de esporte e lazer. 11

7 Propulsão Apesar da conhecida excelência e da tradição de velejadores brasileiros, donos de inúmeras conquistas internacionais e campeonatos mundiais, como Torben Grael, Amyr Klink, Robert Scheidt, Joerg Bruder, Família Schurmann, Maurício Santa Cruz, entre tantos outros, no cenário náutico brasileiro predominam barcos a motor. As embarcações à vela representam pouco mais de 15% do total geral. Trata-se de um dos muitos paradoxos desse segmento, visto que o litoral brasileiro abriga algumas das melhores raias do mundo para a prática da vela. Além disso, o clima ameno, baías protegidas e a constância dos ventos que se observam em grande parte da costa, propiciam um ambiente ideal para este esporte. A preferência pelas embarcações motorizadas pode ser explicada pela também famosa paixão dos brasileiros por velocidade e esportes de alto desempenho, e devido à maior facilidade de condução oferecida por esse tipo de barco. Enquanto um iniciante pode levar semanas até poder conseguir controlar um veleiro de forma segura, é possível (porém não aconselhável) conduzir uma lancha sem qualquer tipo de instrução prévia. 12

8 A frota brasileira de esporte e lazer é formada, em sua maior parte, por embarcações projetadas e construídas para navegação em baías, estuários, águas interiores e águas abrigadas. Cerca de 85% da frota são compostos por barcos de até 32 pés, incluindo a quase totalidade dos monotipos para competição. Estes barcos proporcionam uma alternativa de lazer viável para a classe média das grandes cidades brasileiras e se distribuem entre estruturas de apoio náutico formais ou informais e, em muitos casos, são guardados nas residências ou casas de veraneio dos seus proprietários. Os hábitos de utilização que predominam entre os boaters brasileiros guardam relação direta com o alcance e tecnologia disponível nas embarcações e a existência (ou falta) de estruturas de apoio. No universo pesquisado pelo presente estudo, observouse a tendência de utilização das embarcações (sobretudo no caso das lanchas, com comprimento abaixo de 23 ) em raios equivalentes a minutos de navegação (velocidade de cruzeiro) da base de origem. A navegação é geralmente dirigida a pontos conhecidos e, muitas vezes, dotados de infra-estrutura de apoio e lazer, como bares, poitas e restaurantes; pode-se dizer que os boaters brasileiros têm comportamento gregário e intensamente social. Merecem destaque os segmentos de pesca fluvial, oceânica e de plataforma continental, mergulho e caça submarina, passeios contemplativos em hidrovias, esportes e programas que dependem de embarcações motorizadas e representam uma fatia importante do total de recursos movimentados pelo setor náutico como um todo. Os proprietários de embarcações a motor são responsáveis pela maior fatia da renda gerada pela atividade náutica, uma vez que suas incursões implicam em desembolsos com combustível, lubrificantes, alimentos & bebidas, equipamentos, acessórios e serviços. No caso dos velejadores, a tendência é diametralmente diferente. As reuniões geralmente se dão dentro do ambiente competitivo das regatas ou em excursões que incluem pernoites a bordo, com perfil de consumo mais modesto. Devido às longas distancias litorâneas do Brasil e a carência de escalas náuticas confiáveis, poucos boaters se aventuram a cruzeiros mais longos. As embarcações com comprimento acima de 32 pés representam 15% do total e são mantidas em estruturas regulares de apoio náutico ao longo do litoral, dada à complexidade da sua manutenção e operação, e a necessidade de garantir a sua segurança. Entretanto a participação da frota acima de 32 pés tende a aumentar em regiões náuticas com marinas e iates-clubes, que oferecem condições superiores de guarda, apoio e serviços, do que as garagens náuticas. Cerca de 90% destas embarcações estão baseadas no litoral, sendo que a maior concentração delas pode ser encontrada na costa de São Paulo e do Rio de Janeiro. 14

9 Distribuição Geográfica O mercado náutico nacional tende a se subdividir em regiões, em razão da logística de produção, distribuição e suprimento de serviços e peças para as embarcações de recreio. Além dessas condicionantes, há o aspecto geográfico. O Brasil é um país de dimensões continentais, com um imenso litoral e cidades muito distantes uma das outras, em termos de navegabilidade costeira. Ou seja, o apoio às embarcações, através de marinas, é extremamente limitado. A tendência do mercado, quanto à disponibilidade de serviços de manutenção especializada e troca de peças, aponta para uma crescente regionalização. No médio prazo, as regiões tendem a ser auto-suficientes em fabricação e manutenção de embarcações de recreio, assim como a guarda desses barcos em marinas. As regiões estabelecidas pelo crescimento náutico espontâneo, sem que haja planejamento a nível nacional, são as seguintes: 1. REGIÃO SUL (subdividida devido a aspectos geográficos) SC Florianópolis, Joinville, S.Francisco do Sul, Porto Belo, entre outras, com indústria náutica mais presente em Palhoça, Biguaçu, Camboriú e Joinville. A demanda náutica é atendida principalmente por garagens náuticas e iates-clubes. PR Paranaguá, Pontal do Paraná, Antonina, Guaratuba e Caiobá, são as cidades que reúnem as principais marinas, iates clubes e garagens náuticas. A maioria dos passeios ocorre em águas abrigadas (baías de Paranaguá e Guaratuba). RS Grande Porto Alegre e cidades as margens do Lago Guaíba e seus afluentes. A Lagoa dos Patos com as cidades onde a atividade náutica já é tradicional, como Pelotas, S.Lourenço, Tapes e Rio Grande entre outras. A maior barreira física é representada pela costa marítima gaúcha, entre Rio Grande, ao sul, e Torres no extremo norte do estado. É uma extensão de litoral que não oferece nenhum abrigo confiável ou marina. Na região Sul existem fábricas de barcos, lanchas e equipamentos náuticos. 15

10 2. REGIÃO SUDESTE SP Duas micro-regiões náuticas no litoral paulista: Baixada Santista (S.Vicente, Santos, Guarujá e Bertioga); e Litoral Norte (de S.Sebastião a Ubatuba, incluindo Ilha Bela). Ao sul do estado praticamente não existem estruturas de apoio náutico organizadas. RJ 2 Diversos iates clubes, poucas marinas e muitas poitas. Vários fabricantes de barcos. RJ 1 Capital (RJ) e Niterói RJ 3 ES Vitória, um iate-clube, com destaque para a pesca oceânica. Costa Verde (com destaque para Itacuruçá/Mangaratiba/Angra dos Reis/Paraty,) Tem a maior concentração de barcos e marinas do país. A maioria dessas estruturas, na parte continental, são emissoras de passeios às lhas de Angra, protegidas pela Ilha Grande. Região dos Lagos (Cabo Frio e Búzios) com algumas poucas marinas, garagens náuticas e iates clubes. 3. REGIÃO NORDESTE BA Tem a maior concentração barcos acima de 32 e várias estruturas náuticas, incluindo alguns fabricantes e diversos revendedores. O Centro Náutico da Bahia (CENAB) e a Marina de Itaparica são estruturas náuticas públicas, responsáveis pela demanda crescente de regatas internacionais e barcos do exterior. A Bahia Marina construída no waterfront de Salvador é o ponto náutico mais procurado, por barcos de todo o Brasil e do exterior. PE Vários iates clubes e dezenas de garagens náuticas, na sua macro-região. Poucos fabricantes locais. Os demais estados do Nordeste ainda não realizam seu potencial náutico de maneira efetiva, contando com estruturas esparsas de comercialização e apoio à navegação de esporte e lazer. 4. REGIÃO NORTE AM Manaus tem diversas garagens náuticas, com vagas em seco ( drystacks ) e conta com fabricantes náuticos na região, como a Bombardier, Levefort e a Aturia Lanchas, além de estruturas independentes especializadas na construção de embarcações acima de 30. Demais estados desta região não se destacam no cenário náutico brasileiro, a não ser pela enorme frota de embarcações de transporte e de serviços, numa infinidade de cursos d água onde inexistem rodovias. Obs. Com exceção do Rio Grande do Sul e região metropolitana da capital de São Paulo (Guarapiranga), não foram consideradas neste estudo as águas interiores brasileiras (waterways) no interior do país, que representam um mercado específico. 16

11 A maior concentração de embarcações de esporte e lazer é observada nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro, justamente os mais prósperos da Federação. Estes mercados respondem por 56% de toda a frota brasileira, com destaque para o litoral Norte de São Paulo e o litoral Sul do Rio de Janeiro, onde se concentram os maiores pólos de turismo náutico do Brasil. Nesta região pode-se observar a realização mais efetiva do potencial do mercado náutico brasileiro em termos de volume de negócios, geração de empregos e renda. A região Sul, refletindo seu desempenho em termos da renda per capita da sua população, abriga cerca de 25% das embarcações registradas no país. Merece destaque o forte crescimento dos mercados situados no interior do país, como os lagos de Furnas (MG), Paranoá (DF) e Manso (MT), além das regiões servidas pela hidrovia Tietê-Paraná, onde a afluência gerada pelo desenvolvimento do agribusiness brasileiro proporciona o surgimento de comunidades náuticas e estruturas de apoio cada vez mais sofisticadas. A oferta de produtores e revendedores de embarcações ainda é maior do que a de estruturas para abrigo destes barcos, o que limita o desenvolvimento do mercado em todo o seu potencial. Considerando o Segmento A, e as embarcações baseadas em estruturas formais de apoio náutico, temos a seguinte distribuição: Segundo dados do Ministério do Turismo, a distribuição das embarcações de esporte e lazer nas águas interiores do Brasil (Segmento D) é a seguinte: 17

12 Fabricante de barcos e insumos O Mercado Brasileiro conta com 151 fabricantes de embarcações, 39 fabricantes de botes, 257 fabricantes de acessórios náuticos, 283 fabricantes e revendedores de equipamentos de pesca e 111 fabricantes e revendedores de pranchas à vela. Trata-se de um setor formado, em sua grande maioria, por pequenas e médias empresas, espalhadas por todo o país e que se destaca pelo uso intensivo da mão-deobra, devido à sua produção quase artesanal. Outra característica importante da Indústria Náutica é o uso de mão de obra especializada em marcenaria, mecânica, elétrica, laminação e acabamento em fibra de vidro, tapeçaria, estofaria, pintura e hidráulica. O tamanho e a localização das estruturas industriais facilitam e viabilizam a fixação da população litorânea, sendo um importante instrumento de geração de emprego e renda nas regiões onde o setor se encontra num estágio mais avançado de evolução. Segundo dados oficiais, a indústria náutica tem a capacidade de gerar empregos diretos e indiretos por cada embarcações construídas. A Associação Brasileira dos Construtores de Barcos congrega os maiores e mais importantes estaleiros do mercado, responsáveis por 75% da produção da Indústria nacional. A distribuição geográfica destas empresas é a seguinte: 18

13 Anualmente, a Indústria coloca no mercado mais de embarcações, com predomínio das unidades com comprimento até 23, responsáveis por mais de 70% do total produzido. A Indústria Náutica Brasileira tem sua origem em pequenos estaleiros, com produção sob encomenda de embarcações de esporte e lazer. Em alguns casos, fabricantes de embarcações comerciais ou de artefatos variados de madeira, fibra de vidro, alumínio ou aço se aventuravam na construção de veleiros e lanchas. A partir do final da década de 1970 e início da década de 1980 a Indústria Náutica se consolida e cresce o número de fabricantes especializados na produção náutica, tanto de embarcações como de insumos e acessórios. No entanto, é a partir da década de 1990 que a Indústria experimenta o seu mais forte período de expansão, que se desdobra até o presente. Com o choque de competição e o acesso à tecnologia de produtos e processos disponíveis no exterior, propiciados pela abertura das importações, a Indústria passou a desenvolver soluções específicas para o mercado brasileiro, investindo na qualificação do seu corpo técnico e na modernização de estruturas e processos de fabricação. O resultado destes esforços e investimentos foi o surgimento de um padrão de design e construção reconhecido e respeitado no mercado internacional, cujo exemplo mais recente e evidente é o veleiro Brasil 1, inteiramente produzido no país, que disputa a regata volta-ao-mundo Volvo Ocean Race, conhecida como a Fórmula 1 dos Mares. É o evento de maior repercussão de mídia internacional, visto que a atividade náutica, já consolidada em vários países, desfruta de alta popularidade. A motonáutica brasileira, por sua vez coleciona recordes e conquistas à bordo de lanchas produzidas no país. Em maio de 2005, o piloto Paulo Renha realizou a travessia Santos - Rio em 3h 29min 51, superando seu próprio recorde, de 4h40min11, obtido em 2002, também com a Go Pulga, uma lancha de 26 pés. Antes de Renha, o dono da marca era o lendário piloto brasileiro Wallace Franz, que realizou o percurso em 1974 em 5h38min23 permanecendo dono absoluto do recorde por 28 anos. Competição no mercado mundial, excelência em design, processos de fabricação e utilização de materiais compostos de última geração já fazem parte da realidade da Indústria Náutica Brasileira. Paradoxalmente, o aspecto semi-artesanal e intensivo em mão de obra, característico do processo de fabricação de embarcações, viabiliza a co-existência de estruturas produtivas de diferentes tamanhos dentro do mercado, sem prejuízo para a qualidade e competitividade do produto final. Isso significa que embarcações produzidas por pequenos estaleiros, que operam com padrões de qualidade de processo e produto, podem competir em pé de igualdade com produtos semelhantes fabricados por empresas de maior porte. A diversidade e a qualidade da Indústria Náutica Brasileira garante ao país um lugar de destaque no mercado internacional. Atualmente, embarcações e equipamentos brasileiros são exportados para cerca de 10 países nos cinco continentes. Nos últimos cinco anos, as exportações brasileiras de barcos à vela atingiram 32 unidades, somando mais de 1.4 milhões de dólares, enquanto foram exportadas mais de 150 embarcações a motor, no valor de mais de 14 milhões de dólares, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Vários países, especialmente da Europa, têm se interessado pelos produtos made in Brazil, que oferecem excelente acabamento, design arrojado, alta tecnologia, elevado padrão de qualidade e preço competitivo. A maior parte da demanda recai sobre as embarcações entre 20 e

14 Revendedores O mercado brasileiro é atendido por uma ampla rede de revendedores de barcos, motores, acessórios e equipamentos náuticos. A sua distribuição geográfica reflete a localização das maiores frotas de embarcações no território brasileiro. No entanto, observa-se uma grande capilaridade no interior do país, onde concessionárias de veículos, motos e mesmo algumas grandes lojas agropecuárias, comercializam motores, barcos e acessórios. Na realidade, a oferta de equipamentos náuticos de esporte e lazer surge nestes centros comerciais como um upgrade das linhas de produtos oferecidas originalmente, que incluíam apenas equipamentos voltados para usos comerciais e de transporte. Nos grandes centros náuticos ao longo do litoral observa-se a tendência de especialização e sofisticação das estruturas comerciais e seus mix de produtos O senso de oportunidade dos comerciantes, aliado à disponibilidade de renda discricionária dos agricultores das regiões mais prósperas do interior do Brasil proporcionaram o surgimento de novas fronteiras comerciais para o setor. Atualmente, cerca de 45% dos revendedores de embarcações, motores e acessórios encontram-se no interior do país, descontada a região metropolitana de São Paulo. Nos grandes centros náuticos ao longo do litoral observa-se a tendência de especialização e sofisticação das estruturas comerciais e seus mix de produtos, principalmente naquelas unidades localizadas dentro ou nas proximidades de estruturas de apoio náutico, como marinas, iates-clubes e garagens náuticas. Muitas destas lojas atendem a necessidades específicas, oferecendo uma ampla variedade de produtos nacionais e importados para a prática de esportes e atividades como mergulho, vela, esqui aquático, wakeboard, windsurf, etc. Nas regiões dotadas de centros náuticos menos desenvolvidos, as estruturas comerciais oferecem um mix de produtos variado, que atende às necessidades básicas do público consumidor. As mais importantes lojas do mercado, localizadas no eixo Rio São Paulo, já oferecem estruturas de e- commerce, com entrega em todo o país. 20

15 Histórico 1ª Onda A fundação de iates clubes, no início do século 20, instituiu no país a prática do lazer e esportes náuticos. Em 1913 era fundado em Niterói o Rio Yacht Sailing; em 1920, o Fluminense Iate Clube, que mudaria o nome para Yacht Clube do Rio de Janeiro, em 1942; em 1934, surge o Veleiros do Sul, em Porto Alegre; em 1930 o Yacht Clube Santo Amaro, na represa de Guarapiranga, na região metropolitana da capital paulista; em 1941, o Clube dos Jangadeiros, em Porto Alegre; em 1947, foi inaugurado o Iate Clube de Santos, no Guarujá; em 1956, o Iate Clube de Ilhabela e, assim, muitos outros foram surgindo pelo litoral do Brasil. Na seqüência, nasceram as federações de vela e motor, atendendo expectativas dos sócios de clubes náuticos. 2ª Onda Nas décadas de 1970 e 1980, foram lançadas as primeiras marinas brasileiras, entre as quais se destaca a Marina da Glória, no Rio de Janeiro, que foi a primeira e uma das únicas marinas públicas do Brasil; a Marina Porto Bracuhy e as marinas da Rede Frade de Hotéis, na região de Angra dos Reis ; a Marina Porto Búzios, com longos canais navegáveis. Em São Paulo, no município do Guarujá, surge o empreendimento imobiliário com canais navegáveis, Marinas do Guarujá, seguindo-se a construção das marinas Nacionais, Tropical e Astúrias, entre outras. Entretanto, sendo os iates clubes sociedades fechadas, o uso de barcos restringiu-se por longo tempo só às pessoas que tinham condições de se associar. 3ª Onda Nos anos 90, o surgimento de novas marinas foi desestimulado pelas turbulências macro-econômicas e as limitações impostas pelas leis ambientais planejadas no bojo da criação do Conselho Nacional de Meio- Ambiente CONAMA, que não previam um marco regulatório específico para o setor. Em decorrência deste refluxo de investimentos em projetos turístico-náuticos de alto padrão, o mercado foi ocupado por estruturas de apoio mais simples, as garagens náuticas. A conjuntura atual Nos últimos anos, a questão do planejamento, certificação e regulamentação para a implantação de estruturas de apoio náutico e projetos de waterfront voltou a ganhar destaque. O desenvolvimento da Indústria Náutica, a qualidade e o volume da sua produção tornam clara a necessidade da criação de estruturas adequadas para o apoio da atividade náutica. Atualmente, as gestões institucionais em favor do desenvolvimento da Indústria Náutica e das suas estruturas de apoio se articulam de forma sinérgica, e encontram eco no Governo Federal, principalmente na Câmara Temática da Infra-estrutura Náutica do Ministério do Turismo, cuja gestão é compartilhada por especialistas do governo e setor privado. 22

16 Dados estatísticos das estruturas náuticas pesquisadas (Segmento A ) As 209 estruturas de apoio náutico investigadas para este levantamento, apresentam individualmente em média, 131 vagas, das quais 101 ocupadas por embarcações de recreio. O estudo dividiu por tamanho os barcos das marinas pesquisadas. Apurou-se que 66% das embarcações são menores do que 32, sendo 15.5% movidos à vela e 84.5% com propulsão a motor. Estas estruturas mantêm, em média, 15 empregados fixos, seis variáveis e três terceirizados, num total de postos de trabalho e dependentes. O piso salarial dos funcionários de estruturas de apoio náutico gira em torno de 2,6 salários mínimos. Não está contabilizada, nesses cálculos, a expressiva quantidade de mão de obra utilizada durante a implantação física desses empreendimentos náuticos. O faturamento bruto do Segmento A é de aproximadamente R$ 98 milhões /ano, considerando receitas básicas representadas pelo aluguel de vagas e receitas agregadas, que incluem os serviços prestados numa estrutura náutica, tais como: abastecimento de combustível, arrendamentos de lojas, bares e restaurantes, taxas extras de içar e/ou descer embarcações na água, resgate de barcos, Estruturas de apoio náutico Número médio de vagas 131 Taxa média de ocupação 77% Preço médio por vaga/mês R$ 291,00 Embarcações a motor 84,15% Embarcações à vela 15,85% Barcos entre 14 e 32 66% Barcos acima de 32 34% Geração de empregos diretos (média) Geração de empregos indiretos (média) manutenção, comissões sobre vendas, eventos, etc. O preço médio de aluguel de vagas, que é o ganho básico de uma estrutura de apoio náutico, é de R$ 291,00. Marinas, por oferecerem maior diversidade de serviços e produtos, dentro de uma estrutura turística de qualidade, obviamente cobram preços mais altos. Os iates-clubes, por não terem fins lucrativos, praticam as menores taxas do mercado, mas vendem título e cobram mensalidade do associado. As garagens náuticas geralmente cobram proporcionalmente ao mix de serviços oferecido. A média mais baixa de aluguel de vaga, tendo como referencia um barco de 25 foi verificada no Rio Grande do Norte ( R$ 110,00 / mês ), em garagens náuticas e iates-clubes. A mais alta, na região de Angra dos Reis, que chega a R$ 477,00 / mês, seguida de perto pelo resultado em estruturas de apoio náutico no litoral de São Paulo, que cobram em média R$ 400,00 para o mesmo tamanho. 15 postos 06 postos Geração de empregos (total) Piso salarial (média) Faturamento anual do setor (est.) 2,6 S.M. R$ 98 milhões Os estados do Rio de Janeiro e São Paulo abrigam a maioria das estruturas de apoio náutico (62.55% do total), sendo % baseadas em S.Paulo e 27.69%, no Rio de Janeiro. 23

17 Serviços A cadeia produtiva da Indústria Náutica tem no setor de serviços um dos seus vetores mais importantes. A compra, uso e manutenção de embarcações implica na utilização intensiva de serviços em praticamente todas as etapas dos processos. O quadro abaixo resume as principais modalidades prestação de serviços vinculadas à posse e uso de embarcações de esporte e lazer: Comercialização Manutenção Utilização Brokers / Comércio Capotaria Comércio de combustíveis e lubrificantes Certificação Conserto de eletro-eletrônicos Comunicação / Mídia / Publicações Comércio Exterior / Despacho Aduaneiro Eletricistas Controle e fiscalização (Capitanias e Polícia Naval) Comunicação / Mídia Estofaria Cursos e Habilitação Despachantes Laminação e conserto em fibra de vidro Hotelaria Instituições Financeiras Limpeza Marinheiros / Práticos / Mestres Registro e Controle (Capitania dos Portos) Seguradoras Marcenaria Organização de eventos e competições Marinas. Iates Clubes e Garagens Náuticas Rádio-bases Transportadoras Marinheiros Restaurantes, bares e similares Mecânicos Pintura Segurança Patrimonial Velarias Vistorias Salvatagem Serviços específicos (recargas de cilindros para mergulho, venda de iscas, etc.) Sinalização O alto grau de especialização exigido na prestação de serviços para o setor náutico propicia o surgimento de clusters com grande sinergia interna. Lojas especializadas e estruturas de apoio, como marinas, iates clubes e garagens náuticas geralmente têm uma gama de prestadores de serviços gravitando ao seu redor. Trata-se da forma que o setor encontrou para levar ao consumidor uma oferta completa, que possibilita o desfrute pleno dos benefícios oferecidos por uma embarcação de esporte e lazer. A escassez do tempo livre e o alto poder aquisitivo da média dos proprietários e usuários de embarcações fazem com que a oferta de serviços apresente uma rentabilidade razoável. É importante perceber que existe uma relação direta entre a oferta de serviços e o volume de embarcações numa determinada região. Se, por um lado, a inexistência de embarcações, obviamente, não estimula a prestação de serviços correlatos, por outro lado a falta destes serviços inviabiliza o desenvolvimento das atividades náuticas. Várias regiões brasileiras, dotadas de um potencial náutico impressionante, têm a realização desse potencial refreada ou inviabilizada pela falta de serviços básicos como abastecimento de combustível e lubrificantes, salvatagem, mecânica e garagens náuticas. A aceleração do crescimento da indústria náutica no Brasil passa, obrigatoriamente, pela expansão da oferta de serviços ligados à venda, manutenção e utilização de embarcações. 24

18 O calendário náutico brasileiro conta com aproximadamente 250 eventos ao longo do ano. Semanas de Vela, regatas, rallys náuticos, competições, encontros e os Salões Náuticos movimentam dezenas de milhares de aficionados. Ao longo do ano, 16 federações estaduais e mais de 30 associações de classes realizam regatas e competições por todo o país. A pesca oceânica embarcada também merece destaque, sendo responsável por cerca de 15 eventos fixos de alcance nacional ao longo do ano, em diversos pontos do litoral brasileiro, de Rio Grande RS à Canavieiras BA. Eventos regionais acontecem simultaneamente a cada final de semana, nos mais de 60 clubes de pesca espalhados pelo Brasil. São encontros que possibilitam a prática dos esportes náuticos em suas diversas modalidades, promovem a integração social e alavancam negócios para o setor. Além dos tradicionais Rio Boat Show e São Paulo Boat Show que, anualmente, reúnem dezenas de milhares de aficionados, admiradores, potenciais compradores e as principais marcas do Mercado Náutico Brasileiro, existem diversos eventos de caráter local ou regional que apresentam os produtos disponíveis no mercado brasileiro para um número cada vez maior de consumidores efetivos e potenciais. Os Boat Shows são considerados as grandes vitrines da Indústria Náutica, servindo de plataforma de lançamento para tendências, produtos e serviços e fechamento de negócios. Os eventos regionais, as chamadas Feiras Náuticas, têm um caráter predominantemente comercial e de fechamento de negócios no curto prazo. As Feiras Náuticas acontecem nos principais centros náuticos do litoral, como Guarujá (FENÁGUA) e Ubatuba SP, Porto Belo e Joinville (Nauticapri) SC, Recife - PE (durante a Regata REFENO) e nos centros náuticos do Interior do país, como Manaus (Auto Moto & Náutica) AM, Cáceres (FIP) MT, Foz do Iguaçu (Fenapesca) PR e o Brazil Fishing Show, em São Paulo - SP Modalidade Eventos Oficiais em 2005 Salões Náuticos 2 Vela 143 Motonáutica 4 Jet Ski 19 Wakeboard 15 Remo 6 Ski Aquático 5 Total

19 Conforme exposto anteriormente, a cadeia produtiva da Indústria Náutica é intensiva em mão de obra, geograficamente dispersa e possui um grande potencial de crescimento. Os empregos gerados por esta cadeia produtiva, se revestem de um significado social muito importante, na medida em que, na maioria dos casos, viabiliza a fixação da população litorânea em suas comunidades de origem. Inclusive, ou, principalmente, os jovens. Cabe destacar que alguns dos maiores fabricantes de embarcações, equipamentos e acessórios estão localizados próximos a centros urbanos, oferecendo empregos em unidades industriais de grande porte. A participação da mão-de-obra direta na fabricação de embarcações de esporte e lazer varia entre 30% e 40%, sendo que embarcações maiores são proporcionalmente mais intensivas em mão de obra. Outro aspecto importante é o caráter artesanal da produção de embarcações, visto que a qualificação da mão-de-obra passa, muitas vezes, pelo treinamento em um determinado ofício. Esta especialização facilita a realocação do trabalhador e o valoriza dentro do mercado de trabalho. O piso salarial médio dos funcionários das estruturas de apoio náuticas pesquisadas equivale a 2.6 salários mínimos. Por outro lado, o setor de prestação de serviços de manutenção de embarcações é dominado por micros e pequenas empresas, de alcance regional e alto grau de especialização, geralmente formadas por ex-marinheiros, ou funcionários das indústrias do setor. O surgimento e o crescimento destas empresas representam oportunidades de ascensão social e multiplicação de emprego e renda para um número cada vez maior de brasileiros. Uma particularidade do mercado náutico é o fato de embarcações terem uma vida útil extensa, podendo chegar ou ultrapassar os 20 anos de uso. Ao contrário do que acontece com automóveis ou outros bens duráveis, o desembolso com a manutenção, reparo e reforma destas embarcações tende a ser constante durante a sua vida útil, garantindo a manutenção e geração de empregos. O potencial de geração de empregos indiretos pela indústria náutica também é digno de destaque, visto que esta cadeia produtiva faz parte da indústria do turismo, que vem experimentando um crescimento anual da ordem de 5,4%,com projeção de expansão a taxas médias anuais de 4,5% a.a. para os próximos 10 anos, segundo dados da WTTC (World Travel & Tourism Council). Hotelaria, comércio, transportes e serviços em cidades dotadas de potencial náutico são positivamente afetados pelo desenvolvimento da indústria náutica. 28

20 Análise conjuntural 29

21 O setor de turismo O setor de turismo é um dos que mais cresce dentro da categoria serviços. Em 2003, o PIB do setor de turismo representou aproximadamente 5,56% do PIB nacional, conforme tabela 1. Tabela 1 - O setor de turismo em relação à economia brasileira (2003) Indicador Brasil Setor de Turismo % PIB (R$ milhão) ,40 5,56 Impostos indiretos (R$ milhão) Investimentos Privados (R$ milhão) 161 8,58 5, ,398 0,17 Fonte: IBGE ( e Núcleo de economia do turismo UnB. A carga tributária do setor de turismo está em torno de 40% do PIB do setor, mas é variável geograficamente, uma vez que grande parte do volume de recursos alavancados refere-se à prestação de serviços, e os estados e municípios concedem incentivos diferentes aos diversos estabelecimentos espalhados pelo país. Deste modo, pode-se afirmar que, em algumas regiões do país, há incentivos tributários para o setor de turismo. Setor Náutico Cálculo do PIB setorial Elasticidade-renda da demanda De acordo com dados da ACOBAR, no período 1997 a 2004, a produção de barcos em fibra de vidro cresceu, aproximadamente, 11,31% a.a., ao passo que o crescimento do PIB brasileiro foi, no mesmo período, de 2,28% a.a.. Assim, é possível concluir que a elasticidade-renda da demanda, neste período, foi de 4,96. Em resumo, um crescimento de 1% no PIB implica um aumento de quase 5% na produção de barcos. Em 2004, o PIB do setor agrícola cresceu 4,9% em relação ao ano anterior; o setor industrial cresceu 5,6% e o de serviços cresceu 3,2%. Segundo dados da ACOBAR, a produção de barcos em fibra de vidro cresceu 13,21%, neste período. Ou seja, o PIB do setor náutico tem crescido a taxas maiores que as dos grandes setores da economia, que contam com carga tributária menor. Em termos macro-econômicos, a carga tributária corresponde a 35,91% do PIB Brasileiro, em Já no setor náutico esta carga atinge o patamar de 67% do PIB setorial. Logo, nota-se que há grave distorção, uma vez que a taxa de crescimento da produção de barcos é significativamente maior que a do crescimento do PIB. projeções indicam um PIB setorial de, aproximadamente, R$ ,00. Equivalente, de acordo com a taxa de câmbio de outubro 2005, a USD 1 bi. Neste sentido, uma redução da carga tributária permitiria um crescimento ainda maior do setor, devido a vários fatores: Primeiramente, como o setor é formado essencialmente por empresas de pequeno e médio portes, não há significativas barreiras à entrada. Isto permite a entrada de novas empresas no mercado ou a ampliação das empresas já existentes. Em segundo lugar, como o setor emprega mão-de-obra local e a produção é intensiva em trabalho, aumentaria o nível de empregos e manteria muitos jovens próximos às suas cidades de origem. É, pois, difícil de mensurar o impacto de uma diminuição da carga tributária no setor e na cadeia náutica, mas certamente este impacto seria positivo. Em 2003, segundo dados que fazem parte da classificação do IBGE número 35.1*, que diz respeito à produção e reparo de embarcações, o PIB do setor de produção de barcos foi igual a R$ ,00. Já em 2004, as 30

22 IPI O IPI é o principal imposto indireto, em nível federal, do país. É o terceiro em volume de arrecadação, atrás do Imposto de Renda e do ICMS, sem contar as contribuições sociais. Atualmente, para o setor náutico, a alíquota do IPI é de 10% para embarcações até 12 metros e 25% para embarcações de mais de 12 metros. Quando analisamos outros segmentos industriais, que foram beneficiados pela redução da alíquota do IPI, percebe-se que tal redução foi positiva para empresas, trabalhadores e governo. * Atenção: Este valor diz respeito à construção e manutenção de embarcações, que não são destinadas à marinha mercante; ou seja, além da indústria náutica, inclui a indústria e manutenção de embarcações para fins comerciais e pesca. Em setores onde a alíquota caiu de aproximadamente 20% para 12%, observou-se o crescimento médio nas vendas em torno de 30%. Ou seja, caso tal redução seja aplicada na alíquota para barcos maiores do que 12 metros, o impacto tende a ser ainda maior. Cumpre destacar que, nos casos onde a alíquota foi reduzida, houve um aumento médio de arrecadação de IPI de 24%, corroborando teses acadêmicas que afirmam que há um nível ótimo de alíquotas em um determinado setor, acima ou abaixo deste nível ótimo, a arrecadação tende a cair. Importante notar também que o aumento nas vendas impulsionou a arrecadação do ICMS em aproximadamente 20%, mesmo a alíquota deste permanecendo constante. ICMS O ICMS é o principal imposto estadual e o segundo maior em arrecadação no país. Este imposto representa 7,83% dos impostos arrecadados no Brasil. Alguns estudos sobre a alíquota ótima de ICMS afirmam que esta se situa entre 12 a 18%, dependendo do caso. Lembrando que alíquota ótima é aquela que desonera a produção, mas não reduz a arrecadação. A alíquota da ICMS incidente sobre as embarcações de esporte e lazer é de 25%. O que sugere que a alíquota do ICMS do setor náutico está substancialmente acima do patamar ótimo, havendo, portanto, espaço para cortes. 31

23 Cenário internacional Ao redor do mundo, existem exemplos de ciclos virtuosos da cadeia produtiva da Indústria Náutica induzidos por políticas públicas e investimentos privados. O caso mais evidente e comentado na atualidade reporta o ciclo de expansão que atingiu a Indústria Náutica italiana no início da década de A partir de um pacote de medidas de estímulo ao setor, incluindo redução de alíquotas, eliminação de tributos e entraves burocráticos, a cadeia produtiva da Indústria Náutica Italiana floresceu, transformando o país no segundo maior mercado náutico do mundo. A costa italiana viu surgir uma gama de estruturas de apoio náutico, criadas através da revitalização de áreas desvalorizadas ou da ocupação racional de áreas intocadas, frutos de investimentos públicos e privados, contando com capital internacional, bem como italiano. Desde o início da década de 1990, a cadeia produtiva da Indústria Náutica Italiana tem experimentado taxas anuais de crescimento superiores a 10%, chegando a espantosos 30,6% em Como resultado desse crescimento, a população da Itália embarcou num movimento de resgate de suas raízes náuticas, causando uma verdadeira explosão de demanda. Atualmente, o PIB náutico italiano está estimado em 1,4 bilhão / ano, para uma população de 58 milhões. O caso da Itália soma-se ao da Nova Zelândia e vários outros países ao redor do mundo, onde a Indústria Náutica cresce, gera emprego e renda, fomentada por uma estrutura tributária racional e um ambiente de negócios favorável. O Brasil encontra-se diante de um potencial imenso a ser realizado. Apesar de possuir um litoral extenso e pródigo em águas abrigadas, além do segundo maior conjunto de águas interiores do mundo, o país possui uma frota náutica proporcionalmente menor que outros países da América Latina. Considerando a pujança da economia brasileira e a distribuição de renda no País, para atingir um coeficiente de população/frota equivalente ao apresentado pela Argentina ou México (entre 400 e 600 habitantes/barco), seria necessária a construção de novos barcos. Lembrando que a construção de uma nova embarcação acima de 23 pode gerar até sete empregos diretos e indiretos, o setor náutico brasileiro tem potencial para a abertura de mais de um milhão de postos de trabalho, até atingir o seu próximo limite de expansão. 32

24 Fontes / bibliografia ACOBAR Instituto de Marinas do Brasil ICOMIA International Council of Marine Industry Associations Dossiê Náutico Departamento de Portos e Costas Marinha do Brasil Registros Municipais Contas Nacionais, IBGE, 2003.classificação por atividade industrial US Department of State, Italy Country Commercial Guide FY 2004 UCINA Unione Nacionale Cantieri e Industrie Nautiche ed Affine Revista do BNDES Revista Náutica Programa Nacional de Orientação para Implantação de Marinas nas Águas Interiores Brasileiras (MINISTÉRIO DO TURISMO / EMBRATUR / INSTITUTO DE MARINAS DO BRASIL). 34

25 Créditos Coordenação Geral do Projeto: Marcio Malmegrin - Independente Consultores Planejamento e Estudos dos Segmentos Náuticos: Cláudio Brasil do Amaral - INSTITUTO DE MARINAS DO BRASIL Coordenação de Análise Econômica: Prof. Dr. André Luís da Silva Leite e Prof. Dr. Fernando Antônio Ribeiro Serra - Unisul Apoio Institucional: ICOMIA MARINA COMMITTEE - Hawaii - USA Fotografias: Páginas 8, 10, 19 e 22: Ito Cornelsen - Arquivo Náutica Páginas 12 e 29: Marcio Dottori - Arquivo Náutica Páginas 9 e 13: Lang - Arquivo Náutica Páginas 24 e 27: Gustavo Roth - Arquivo Náutica Páginas 14 e 33: Saulo Mazonni - Arquivo Náutica Projeto Gráfico: Bruno Kaneoya 35

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