Medidas de lançamento, agosto de 2011
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- Maria Luiza Flores Domingos
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1 Brasil Maior Medidas de lançamento, agosto de 2011
2 ANÁLISE O plano BRASIL MAIOR é a terceira versão de política industrial dos governos do PT. É importante reconhecer o esforço destes três últimos governos em resgatar o conceito de política industrial e de avançar em sua implementação após décadas de predomínio do pensamento único financeiro. Após a POLÍTICA INDUSTRIAL, TECNOLÓGICA E DE COMÉRCIO EXTERIOR PITCE DE 2004, em 2008 foi lançada a POLÍTICA DE DESENVOLVIMENTO PRODUTIVO PDP que inovou no sentido de quantificar metas e definir metodologias de acompanhamento. Em que pese o fato das metas, atropeladas pela crise mundial de 2008/09, não terem sido atingidas, o modelo é válido e foi mantido no atual plano BRASIL MAIOR. As atuais metas explicitadas para o período 2011/14 são proporcionalmente mais modestas do que as da PDP, por exemplo a meta do investimento fixo em porcentagem do PIB está fixada em 22,4% em DCEE Departamento de Competitividade, Economia e Estatística 2
3 ANÁLISE De qualquer maneira elas continuam dificilmente factíveis caso as medidas elencadas se limitem às expostas e não avancem, de forma mais ambiciosa, na direção claramente apontada pela presidente Dilma em seu discurso na cerimônia de lançamento do plano BRASIL MAIOR. Nesta primeira análise, o DCEE avalia as medidas propostas sob a ótica dos ganhos de competitividade para a indústria de transformação como um todo e de nosso setor em particular. Das 35 (trinta e cinco) medidas anunciadas, 9 (nove) tem efeitos positivos sobre a manufatura e destas apenas 7 (sete) melhoram a competitividade do setor produtor de Bens de Capital Mecânicos. Na prática apenas uma (Reintegra) tem efeito imediato, permitindo uma redução de até 3% em nossos preços de exportação, o que é apenas uma gota d água dágua face ao diferencial de competitividade causado pelo Custo Brasil e pelo câmbio sobrevalorizado. Segue a análise resumida de todas as medidas constantes do plano BRASIL MAIOR. DCEE Departamento de Competitividade, Economia e Estatística 3
4 Medidas que aumentam a competitividade da indústria MEDIDAS PROGEREN CRÉDITO PRÉ APROVADO PARA PLANOS DE INOVAÇÃO MODERNIZAÇÃO DO MARCO LEGAL DO INMETRO REINTEGRA AUMENTO DA EXIGÊNCIA DE CERTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA DESONERAÇÃO DA FOLHA DE PAGAMENTO PÁGINA BK* SIM SIM SIM SIM SIM NÃO REGIME AUTOMOTIVO 24 NÃO COMPRAS GOVERNAMENTAIS HARMONIZAÇÃO DAS POLÍTICAS DE FINANCIAMENTO SIM SIM * Medidas que contribuem para o aumento da competitividade da indústria de bens de capital DCEE Departamento de Competitividade, Economia e Estatística 4
5 Estímulo ao investimento e inovação DCEE Departamento de Competitividade, Economia e Estatística 5
6 Desoneração tributária Não aumenta a competitividade do setor prorrogação do prazo da medida vigente Reduz o custo do investimento e portanto deve estimulá los DCEE Departamento de Competitividade, Economia e Estatística 6
7 Financiamento ao investimento Mdid Medida fundamental para manutenção dos investimentos, t mas não aumenta a competitividade do setor por tratar se de prorrogação do prazo Aumenta a competitividade do setor taxa de juros relativamente baixa dentro do mercado brasileiro. É um programa pequeno, pois na prática alcança poucas empresas DCEE Departamento de Competitividade, Economia e Estatística 7
8 Financiamento ao investimento Não aumenta a competitividade do setor reedição do programa com o acréscimo do setor de autopeças, trata se de um programa pouco utilizado Aumenta de forma indireta a competitividade o setor amplia o volume de trabalhadores qualificados no mercado DCEE Departamento de Competitividade, Economia e Estatística 8
9 Financiamento ao investimento Não aumenta a competitividade do setor, mas pode gerar demanda de equipamentos específicos DCEE Departamento de Competitividade, Economia e Estatística 9
10 Financiamento a inovação Não aumenta a competitividade do setor transfere do BNDES ao FINEP parte do PSI Aumenta a competitividade do setor a médio prazo, mas assim como na maioria dos programas do BNDES o acesso é difícil. DCEE Departamento de Competitividade, Economia e Estatística 10
11 Financiamento a inovação Não aumenta a competitividade do setor, apenas amplia o orçamento do programa existente. Faz parte dos pleitos da ABIMAQ ao BNDES a formatação de um PROMAQ Não aumenta a competitividade do setor, mas pode gerar demanda de equipamentos específicos DCEE Departamento de Competitividade, Economia e Estatística 11
12 Marco legal a inovação Facilita encomendas de alto risco tecnológico induzidas pelo Estado. A médio prazo aumenta a competitividade Não aumenta a competitividade do setor, atinge um número reduzido de empresas Amplia o numero de entidade com acesso aos incentivos da Lei do Bem. DCEE Departamento de Competitividade, Economia e Estatística 12
13 Marco legal a inovação Não aumenta a competitividade do setor Aumenta a competitividade id d do setor por dificultar a importação ao exigir ique Bens de Capital importados cumpram os regulamentos das máquinas nacionais DCEE Departamento de Competitividade, Economia e Estatística 13
14 Comércio Exterior DCEE Departamento de Competitividade, Economia e Estatística 14
15 Desoneração das exportações Aumenta a competitividade do setor reduz custo das exportações em até 3% Não aumenta a competitividade do setor promete apenas pagar o que deve DCEE Departamento de Competitividade, Economia e Estatística 15
16 Defesa comercial Tendem a reduzir a concorrência desleal DCEE Departamento de Competitividade, Economia e Estatística 16
17 Defesa comercial Medida positiva, mas dificilmente haverá consenso dos demais membros do Mercosul Aumenta a competitividade do setor ao exigir o cumprimento da certificação aos produtos importados a ela sujeitos jit DCEE Departamento de Competitividade, Economia e Estatística 17
18 Defesa comercial Tende a reduzir a concorrência desleal Elimina uma distorção, masnão toca nas demais relativas à importação de bens de capital usados Tende a reduzir a concorrência desleal DCEE Departamento de Competitividade, Economia e Estatística 18
19 Financiamento e garantias para exportação Medida que visa fortalecer as exportações das MPME DCEE Departamento de Competitividade, Economia e Estatística 19
20 Financiamento e garantias para exportação Não aumenta a competitividade do setor Não aumenta a competitividade do setor já existia DCEE Departamento de Competitividade, Economia e Estatística 20
21 Promoção comercial Não aumenta a competitividade do setor disciplina a ação Tende a aumentar as exportações brasileiras em novos mercados DCEE Departamento de Competitividade, Economia e Estatística 21
22 Defesa da indústria e do mercado interno DCEE Departamento de Competitividade, Economia e Estatística 22
23 Desoneração da folha de pagamento Aumenta a competitividade dos setores selecionados (não inclui Bens de Capital) Para compensar parcialmente il a desoneração foi criada id contribuição tib iã de 15% 1,5% a 25% 2,5% sobre a receita bruta e elevação na COFINS em 1,5 p.p. sobre a importação dos produtos beneficiados pela medida DCEE Departamento de Competitividade, Economia e Estatística 23
24 Regimes especiais setoriais Automotivo Aumenta a competitividade setorial. O Conteúdo nacional a ser observado se restringe ao produto final e não é extensivo aos investimentos em máquinas, equipamentos e ferramental DCEE Departamento de Competitividade, Economia e Estatística 24
25 Compras governamentais Aumenta a competitividade das empresas nacionais nas compras públicas. Cria comissão interministerial de Compras Públicas com atribuição, entre outros, de estabelecer as margens de preferência aos produtos nacionais. DCEE Departamento de Competitividade, Economia e Estatística 25
26 Harmonização de políticas de financiamento Aumenta a competitividade das empresas nacionais Visa impedir o financiamento público de bens importados DCEE Departamento de Competitividade, Economia e Estatística 26
27 Departamento de competitividade, economia e estatística
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