Língua portuguesa: ultrapassar fronteiras, juntar culturas

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1 O DIÁLOGO DE FICÇÃO NA LITERATURA: UMA ANÁLISE DA ORALIDADE EM UM CONTO DE LUIZ VILELA Gil NEGREIROS 1 RESUMO Objetiva-se, neste trabalho, investigar o uso da oralidade na elaboração dos diálogos entre as personagens. De forma mais precisa, busca-se definir, a partir de pressupostos teóricos da Linguística, os recursos linguístico-orais usados pelo escritor na montagem do diálogo literário. Como corpus, adota-se um conto, de autoria de Luiz Vilela, escritor contemporâneo brasileiro, em que há marcas, nos diálogos produzidos, de certa ilusão do oral. Segue-se, na análise aqui realizada, a perspectiva metodológica defina por Preti, que estabelece passos para uma análise atenta e cientificamente correta do fenômeno da oralidade no texto escrito literário. Descrita pelo autor como macro e microanálise das variações da linguagem, tal metodologia pode garantir um modelo teórico de análise completa da fala das personagens e dos narradores de primeira pessoa. Assim, primeiramente, deve-se fazer uma macroanálise das variações linguísticas presentes no diálogo, tomando-se como base a situação em que a conversação literária se desenvolve. Além disso, nessa primeira fase, destacam-se variáveis sociais e as variáveis psicológicas dos falantes-personagens. Como exemplo das variáveis sociais, podemos citar itens como faixa etária, escolaridade, profissão e origem geográfica como condicionantes do diálogo. As variáveis psicológicas, por seu turno, estão ligadas ao tipo de pessoa representada na configuração da personagem. Como segundo passo metodológico, propõe-se uma microanálise das variações linguísticas que configuram o diálogo. Aqui, o ato de fala e a observação da situação interacional entre as personagens são fatores essenciais da análise. Nessa abordagem analítica, os aspectos cognitivos do personagem-falante com relação ao personagem-ouvinte são destacados. Assim, a fim de cumprir todos os itens da metodologia prescrita por Preti, o trabalho é dividido em três partes. Na primeira, apresentam-se os referenciais teóricos, baseados na Sociolinguística, na Sociolinguística Interacional e na Análise da Conversação. Em seguida, faz-se um breve relato sobre o conto a ser investigado. Em um terceiro passo, analisa-se o corpus literário. Por se tratar de um trabalho da área da Lingüística, baseado em construtos teóricos da Análise da Conversação, com contribuições da Sociolinguística e da Sociolinguística Interacional, importa salientar que se exclui qualquer abordagem de viés literário. Investiga-se o aspecto linguístico dos diálogos entre personagens, avaliando o grau de influência da língua oral. Não faremos, pois, considerações de ordem estilística ou literária, já que fogem do escopo da ciência linguística. 1 Centro Universitário de Itajubá (UNIVERSITAS). Curso de Letras. Instituto de Ciências Humanas. Av. Dr. Antonio Braga Filho, 687, Bairro Varginha, CEP , Itajubá, Minas Gerais, Brasil. E- mail: gilrobertonegreiros@yahoo.com.br. 41

2 PALAVRAS-CHAVE: oralidade; diálogo literário; Luiz Vilela. Considerações iniciais Objetivamos, neste trabalho, analisar a presença de recursos orais em diálogos construídos. Obviamente, não se trata de diálogos reais, mas sim de conversações construídas literariamente pelo autor que, apoiado em estratégias da língua falada, elabora seu texto tendo como meta criar efeitos de sentido próximos a uma manifestação de interação face a face. O leitor, a partir de seus esquemas de conhecimento da língua oral (cf. TANNEN; WALLAT, 1998), percebe a dinâmica da oralidade refletida no texto literário. Trata-se, pois, de uma construção da realidade, de diálogos criados pelo escritor que possuem marcas de oralidade muito significativas. Dividimos o texto em três partes. Na primeira, apresentamos uma breve discussão teórica a respeito do tema. Na segunda, delineamos a metodologia adotada no trabalho para, na terceira, analisarmos trechos do conto Dez anos, de autoria de Luiz Vilela, contista contemporâneo brasileiro. Uma proposta de análise do diálogo literário Quando pretendemos analisar diálogos construídos, devemos ter sempre em mente que não se trata de diálogos naturais, mas sim de textos que, criados no campo da ficção, têm objetivos estéticos e buscam recriar a realidade oral. 42

3 Uma obra de ficção é uma transposição da realidade, pois o autor pode recriar no texto literário qualquer espécie ou modalidade linguística, porém sob o aspecto abrangente da intenção artística e estética. É isso que nos afirma Urbano (cf. 2000, p. 129). Sobre o caráter estético presente no texto literário, Preti (2004), ao lembrar que se trata de uma manifestação escrita, salienta que há um processo de planejamento que poderia fazer com que o texto se tornasse distante das características de um texto oral. Contudo, o autor afirma que os objetivos do escritor são estéticos e isso faz com que não haja limites na elaboração textual. Para nós, também, há, na língua literária, um caráter estético. Todavia, essa artificialidade estética da língua literária pode ser formada pela naturalidade da língua comum, do cotidiano: Em suma, [...], adotamos a posição segundo a qual a língua literária possui, antes de tudo, um caráter estético. Isso não impede, contudo, que se considere que a língua literária ou, nas palavras de Granger, o uso literário seja composta por outras línguas. É possível afirmar, assim, que a artificialidade estética da língua literária pode ser composta pela naturalidade da língua comum. (NEGREIROS, 2009, p. 68) Assim, mesmo sendo de concepções diferentes, podemos falar em certa aproximação entre diálogo literário, que se encontra no campo da estética, e diálogo oral, que se encontra no campo da língua em uso. São muitas as marcas do diálogo oral que podem ocorrer nos diálogos construídos. A título de exemplificação, podemos citar, no nível do léxico, o uso de 43

4 vocabulário popular ou gírio, muito comum na oralidade; no nível da sintaxe, os diálogos podem ser marcados por repetições, paráfrases, cortes, anacolutos e correções; no nível textual, há a construção de diálogos que refletem, até certo ponto, a dinâmica e a organização dos turnos; no campo discursivo-interativo, é possível encontrar marcas de negociação entre os falantes, construção de focos comuns, marcas de atenção e de demonstração de interesse dos parceiros, expectativas, conhecimentos partilhados, estratégias conversacionais que podem denunciar, por exemplo, poder, agressão, humor, carinho, ironia, malícia. Essas marcas garantem ao texto o efeito de sentido pretendido a partir de certa ilusão do oral (PRETI, 2004) e são muito comuns em textos de autores contemporâneos, como Rubem Fonseca, Luiz Fernando Veríssimo, Dalton Trevisan e Luiz Vilela. Para demonstrar e analisar essas marcas no diálogo literário, Preti (2004) propõe que se realizem dois níveis de análise, a saber: a macroanálise e a microanálise da conversação literária. A macroanálise da conversação literária é pautada por pressupostos da Sociolinguística. Neste nível, destacam-se as variáveis sociais e a situação de comunicação, que podem fornecer informações próximas do comportamento do falante. A análise se embasaria nas variáveis sociais do falante (faixa etária, gênero, profissão, escolaridade, origem etc) e nas situações de comunicação (local, grau de intimidade entre os falantes). Essas características poderiam fornecer pistas para a definição de sua linguagem: 44

5 Pode-se fazer a análise das variações de comportamento linguístico dos falantes, tomando-se como base as variáveis sociais, considerando-se, nos falantes, a sua faixa etária, sexo (gênero), profissão, escolaridade, origem geográfica, bem como suas variáveis psicológicas, seu tipo de pessoa que explicaria muitos aspectos de sua linguagem, como, por exemplo, seu ritmo de voz. Essas variações, associadas à situação de comunicação, isto é, às condições em que se desenvolve a conversação (local, grau de intimidade entre os falantes, tema etc) poderiam fornecer pistas para uma análise próxima da realidade do comportamento lingüístico de um falante, permitindo classificar sua linguagem como culta, comum, popular, vulgar etc (PRETI, 2004, p. 139) A microanálise, por sua vez, é sustentada pelos pressupostos da Análise da Conversação e da Sociolingüística Interacional. Nesse nível de investigação, deve-se observar e interpretar o ato conversacional produzido nos diálogos literários. Examinam-se os fatores que influenciam o momento de interação, como, por exemplo, os conhecimentos partilhados entre os falantes, as insinuações, as ironias. O ato conversacional apoia-se nas estruturas de conhecimento, isto é, naquilo que o ouvinte espera que o falante diga e em que tipo de linguagem o faça. (cf. 2004, p.144) Essas estruturas de expectativa estão ligadas aos esquemas de conhecimento, já que tudo aquilo que se espera encontrar no discurso do falante surge das experiências de vida desse ouvinte. Tais esquemas formam, então, uma atitude linguística, que é um julgamento do que constitui a linguagem ideal para determinada situação de comunicação. Além disso, os implícitos também são regidos pelos esquemas de conhecimento, que garantem aos interlocutores o preenchimento de informações não proferidas durante a conversa. 45

6 Em pesquisas sobre os aspectos cognitivo-interacionais subjacentes à construção discursiva em situações face a face, a linguista Deborah Tannen e a a Psicóloga Cynthia Wallat definem esquemas de conhecimento quando se referem às expectativas dos participantes acerca das pessoas, objetos, eventos e cenários do mundo (1998, p.124). Na interação face a face, as pesquisadoras postulam que, entre os interagentes, a única maneira de alguém compreender qualquer discurso é através do preenchimento de informações não proferidas, decorrentes do conhecimento e experiências do mundo. (IBIDEM) Assim, esses esquemas de conhecimento regem um componente essencial no processo interacional, que é a escolha dos registros linguísticos: Um elemento chave no enquadramento é o uso de registros linguisticamente identificáveis. Registro, conforme a definição de Ferguson [...], é simplesmente variação condicionada pelo uso : convenções para escolhas lexicais, sintáticas e prosódicas consideradas apropriadas para o cenário e para a platéia.. (IDEM, 1998, p. 127). A oralidade em um conto de Luiz Vilela: uma análise do diálogo construído Selecionamos como corpus para análise neste artigo um excerto retirado de um texto de autoria do contista mineiro Luiz Vilela, publicado no livro Contos Eróticos, coletânea de narrativas do autor. O conto, inteiramente planejado nos moldes de um diálogo, não possui interferência do narrador, o que faz com que todas as informações a respeito do contexto, das personagens e da narrativa sejam inferidas a partir dos diálogos construídos. 46

7 A - Nosso corpus Dez anos E aí? Aí eu fui para o terreiro. Já contei que eu estava sozinho lá em casa, não contei? Contou. Papai e Mamãe tinham saído. Eu fui dar milho para as galinhas, depois fui lavar as mãos no tanquinho; aquele tanquinho da lavanderia, sabe qual? Sei. Lavei as mãos e fui para dentro. Fiquei lá, na sala, olhando uma revista; então lembrei que tinha esquecido de pôr água para as galinhas e voltei lá, no galinheiro. Quando passei na lavanderia, escutei o barulho do chuveiro da empregada. Aí dei uma olhada para lá, mas continuei andando, e de repente levei um susto: vi que a porta do banheiro estava aberta. Feito a gente vê nos filmes: o sujeito vê uma coisa, parece que não viu, e de repente arregala os olhos e para, sabe como? Sei. E aí? O que você acha que eu fiz? Você olhou. É. Eu parei e dei uma olhada: a porta estava aberta mesmo, não era imaginação. Que tanto mais ou menos? Assim... Então dava para ver muita coisa... e aí, conta. Eu cheguei mais perto, pisando na ponta dos pés, e escondi atrás do tanque; do tancão, não é do tanquinho, não. Sei. Aí eu olhei... Hum... Menino... Estava dando para ver? Era a mesma coisa da porta estar aberta inteira... Puxa... E ela? O quê? Ela estava com alguma coisa? 47

8 Alguma coisa como? Alguma roupa. Gente tomando banho de roupa?... Nada? Nada, uai. Nada nada? Nada nada. Então deu para ver tudo? Tudo. Mas tudo tudo ou só tudo de cima? Não, tudo tudo. Tudo de baixo também? Não estou dizendo que tudo? Puxa, heim? Tudo. Deve ser, heim?... Vou te contar... É aquela loura mesmo, né? É. Eu não sabia que ela era sem-vergonha. [...] (VILELA, 2008, p. 81-2) B - A macroanálise da conversação literária O conto Dez anos, ao ser construído sem a presença de um narrador, possui uma maior proximidade com uma situação oral. Com isso, produz-se um primeiro efeito sentido, ligado a um frame de conversação espontânea. O excerto escolhido para análise é início do conto. Esse trecho não nos oferece informações sobre o contexto histórico ou geográfico em que se realiza o diálogo. Pelas falas, sabemos que se trata de duas personagens masculinas, que possuem praticamente a mesma idade. Sugere-se, pelo título, que sejam dois adolescentes, que se veem frente à temática da sexualidade. Além disso, as formas de tratamento usadas em referência aos pais de um deles é outro indicador de que os personagens não são adultos. Os interagentes já se conhecem, 48

9 possuindo informações sobre a casa do outro, local no qual o fato (relatado no ato conversacional) ocorreu: (01) Papai e Mamãe tinham saído. Eu fui dar milho para as galinhas, Depois fui lavar as mãos no tanquinho; aquele tanquinho da lavanderia, sabe qual? Sei. (02) Eu cheguei mais perto, pisando na ponta dos pés, e escondi atrás do tanque; do tancão, não é do tanquinho, não. Sei. C - A microanálise da conversação literária Primeiramente, há que se notar o início do texto. Nele, há a sugestão de que o ato conversacional, construído a partir de um nível de linguagem informal, foi iniciado anteriormente ao discurso apresentado no conto. Tal estratégia garante ao texto uma maior aproximação com a realidade oral, em que conhecimentos compartilhados e implícitos são comuns entre pessoas já conhecidas. O marcador conversacional e aí, primeira fala do conto, retrata bem a condição de conversa já em andamento : (03) E aí? Aí eu fui para o terreiro. Já contei que eu estava sozinho lá em casa, não contei? Contou. Outro item que merece destaque nesta análise é a estruturação do diálogo construído. Nele, há pares adjacentes do tipo pergunta-resposta, fundamentais na 49

10 composição organizacional na conversação (cf. SACKS; SCHEGLOFF; JEFFERSON, 1974). Segundo Silva, é muito difícil imaginar uma conversação que não comece ou termine nem contenha perguntas e respostas. Em nosso dia-a-dia, utilizamos, ainda que inconscientemente, desse recurso conversacional inúmeras vezes. É tal a importância desse par dialógico que, quando utilizado à exaustão, leva o locutor a dizer (muitas vezes, com certo tom de aborrecimento) que está sendo alvo de algum inquérito e, quando não utilizado, leva o locutor a dizer que seu interlocutor não se interessa por ele ou pelo tópico desenvolvido. (2006, p. 261) Segundo Marcuschi (1986, p. 34), a conversação consiste normalmente numa série de turnos alternados, que compõem sequências em movimentos coordenados e cooperativos. No caso de nosso corpus, essa dinâmica é representada. O autor, a partir de um hábil processo de percepção da realidade conversacional, usa os pares adjacentes pergunta-resposta, o que é sem dúvida uma alternativa eficaz para aproximação com a estrutura oral. A forte interação demonstrada pelo uso, no conto, dos pares adjacentes, cria vínculos de proximidade entre os personagens. O diálogo literário, assim, é construído a partir de duas vozes, fato que também garante ao texto mais um índice ilusório da oralidade. Com relação aos objetivos dos interlocutores, há, pelo lado de um personagem, o interesse em contar aquilo que viu (as insinuações sexuais da empregada ao tomar banho com a porta do banheiro aberta). 50

11 Pelo lado do outro personagem, o objetivo é saber, com o máximo de detalhes, o fato narrado. No caso desse último personagem, confirmam-se os dizeres de Tannen e Wallat quanto às expectativas de conhecimento a respeito do mundo do outro: (04) Vou te contar... É aquela loura mesmo, né? É. Eu não sabia que ela era sem-vergonha. Esses dois objetivos (contar o fato narrado e conhecer os mínimos detalhes do ocorrido), que não se excluem, fazem com que o diálogo tenha muitos pares adjacentes do tipo pergunta / resposta, com forte ideia de interação entre os falantes. A título de exemplificação, podemos destacar, no trecho 05, essa dinâmica. Em negrito, destacamos as perguntas que compõem os turnos e que são sempre condutoras do processo de interação e de informação entre os interactantes: (05) Papai e Mamãe tinham saído. Eu fui dar milho para as galinhas, depois fui lavar as mãos no tanquinho; aquele tanquinho da lavanderia, sabe qual? Sei. Lavei as mãos e fui para dentro. Fiquei lá, na sala, olhando uma revista; então lembrei que tinha esquecido de pôr água para as galinhas e voltei lá, no galinheiro. Quando passei na lavanderia, escutei o barulho do chuveiro da empregada. Aí dei uma olhada para lá, mas continuei andando, e de repente levei um susto: vi que a porta do banheiro estava aberta. Feito a gente vê nos filmes: o sujeito vê uma coisa, parece que não viu, e de repente arregala os olhos e para, sabe como? Sei. E aí? O que você acha que eu fiz? Você olhou. 51

12 O ato conversacional, percebe-se, é regido por certo enquadramento pudico, principalmente com relação à descrição da nudez da mulher. Diante das expectativas dos falantes frente a esse quadro implícito, marcado por insinuações eróticas, as escolhas linguísticas dos interagentes estão ligadas àquilo que se considera apropriado para o momento. Isso é percebido nas escolhas de expressões como tudo tudo, de baixo também e deve ser, heim, que sugerem, além de tudo, conhecimentos compartilhados sobre o assunto da conversa. A repetição do termo nada, feita em determinado momento da interação, também é um registro linguisticamente identificável. A seleção da repetição lexical, aqui, também é um índice que vem ao encontro do enquadramento discursivo criado: (06) Ela estava com alguma coisa? Alguma coisa como? Alguma roupa. Gente tomando banho de roupa?... Nada? Nada, uai. Nada nada? Nada nada. O interesse dos interlocutores e seus objetivos na interação revelam-se, assim, por um discurso disfluente, marcado por certo constrangimento e receio em explicitar certas afirmações. Desta forma, o ato conversacional, em muitos momentos, é determinado por um processo especial: buscam-se detalhes do fato sem, contudo, uma definição linguística no diálogo. É a partir do conhecimento mútuo, do partilhamento de 52

13 expectativas e da negociação presente no processo interacional que os falantes constroem o foco comum do discurso: (07) Puxa... E ela? O quê? Ela estava com alguma coisa? Alguma coisa como? Alguma roupa. Gente tomando banho de roupa?... Nada? Nada, uai. Nada nada? Nada nada. Então deu para ver tudo? Tudo. Mas tudo tudo ou só tudo de cima? Não, tudo tudo. Tudo de baixo também? Não estou dizendo que tudo? Puxa, heim? Tudo. Deve ser, hem?... Também há que se destacar o emprego, no corpus em análise, dos marcadores conversacionais. Esses recursos desempenham, em uma conversação real, funções tanto textuais quanto interacionais: como o texto oral é planejado e verbalizado ao mesmo tempo, os interlocutores podem empregar Marcadores Conversacionais em qualquer ponto da interação, desempenhando funções conversacionais e sintáticas. (DIONÍSIO, 2001, p. 88) 53

14 No diálogo construído, o emprego dos marcadores conversacionais é, da mesma forma, um recurso apropriado na busca da aproximação com o oral. Esses marcadores, além de serem marcas de atenção dos falantes, demonstram que há interesses partilhados entre os dois falantes: (08) E aí? Aí eu fui para o terreiro. Já contei que eu estava sozinho lá em casa, não contei? Contou. [...] Sei. E aí? [...] Assim... Então dava para ver muita coisa... e aí, conta. [...] Sei. Aí eu olhei... Hum... [...] Nada, uai. Nada nada? Nada nada. Então deu para ver tudo? [...] Puxa, heim? Tudo. Deve ser, heim?... Vou te contar... É aquela loura mesmo, né? É. Eu não sabia que ela era sem-vergonha. Considerações finais 54

15 Ao analisarmos um pequeno trecho do conto Dez anos, de Luiz Vilela, podemos chegar a algumas considerações a respeito da oralidade no texto literário. No excerto em análise, há proximidade entre algumas características da língua oral e os recursos empregados pelo autor. Na verdade, o emprego dessas marcas orais pode ser uma estratégia intencional do escritor para dar ao diálogo construído uma maior proximidade com a realidade. Com essa dinâmica, é possível inferir que os sentidos do diálogo literário são produzidos a partir de muitas das marcas comuns em um diálogo real. Daí a presença da oralidade no texto literário. Por seu turno, é fundamental salientar que o diálogo de ficção não equivale à transcrição de uma interação face a face. São evidentes as diferenças entre uma interação oral e um diálogo construído. Contudo, no caso em xeque, revela-se o hábil grau de elaboração do texto literário. O texto literário, sabemos, é constituído tendo em vista o caráter estético da linguagem. Em alguns casos, contudo, a fim de cumprir esse objetivo, o autor parte justamente da língua comum, do cotidiano dos homens. Assim, é a partir da expressividade dos usos linguísticos, nesses casos, que se atinge o caráter estético desejado. Referências Bibliográficas DIONÍSIO, Ângela Paiva. Análise da Conversação. In: MUSSALIM, Fernanda e BENTES, Anna Christina. Introdução à linguística: domínios e fronteiras. v. 2. São Paulo: Cortez, p MARCUSCHI, Luiz Antonio. Análise da Conversação. São Paulo: Ática, p 55

16 NEGREIROS, Gil Roberto Costa. Marcas de oralidade na poesia de Manuel Bandeira. São Paulo: Paulistana, p. PRETI, Dino. Estudos de língua oral e escrita. Rio de Janeiro: Lucerna, p. SACKS, SCHEGLOFF e JEFFERSON. A simplest systematics for the organization of turn-taking for conversation. Language, 50: , SILVA, Luiz Antonio da. Perguntas e respostas: oralidade e interação.in: PRETI, Dino. Oralidade em diferentes discursos. São Paulo: Humanitas, p TANNEN, Deborah e WALLAT, Cynthia. Enquadres interativos e esquemas de conhecimento em interação: exemplos de um exame / consulta médica. In: RIBEIRO, Branca Telles & GARCEZ, Pedro M. (org.). Sociolinguística Interacional: Antropologia, Linguística e Sociologia em Análise do Discurso, p. URBANO, Hudinilson. Oralidade na literatura: o caso Rubem Fonseca. São Paulo: Cortez, p. VILELA, Luiz. Contos eróticos. Belo Horizonte: Leitura, p

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